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Inspirado na doutrinação desenvolvida na Faculdade ATENEU, instituição universitária, base da formação especializada em Farmacologia Clínica, do autor, dedicamos esta obra aos docentes da Faculdade mencionada, em particular aos professores da TURMA DE FARMACOLOGIA CLÍNICA, GRUPO VII. Aqui representa todos os docentes, o orientador Professor Dr. Rivelilson Mendes de Freitas. http://www.bookess.com/read/24198-farmacologia-clinica-uso-racional-de-medicamentos-na-medicina-geral-e-especializada/ Na podemos perder de vista, a Universidade Metropolitana de Santos, Curso Licenciatura em Biologia responsável ainda, pelas bases de formação do autor no Curso mencionado. Agradecimentos especiais a Professora Camila Rocha – Coordenadora do nosso Núcleo em Fortaleza. Agradecimentos a Universidade Interamericana, Curso de Mestrado, inspirador da formação do autor nos estudos em Neurociências. Sentimentos de respeito a Professora Doutora Elisete Mota SYF - Coordenadora de Intercâmbio Educacional par
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1 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
FARMACOLOGIA
MÉDICA GERAL
Fortaleza-Ceará
Dezembro de 2015
2 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Os inibidores da
bomba de prótons
(IBPs)
3 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
4 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
RESUMO: Os inibidores da bomba de prótons
(IBPs), são medicamentos que inibem a enzima
H+, K+ ATPase (ou bomba de prótons) realizando
a supressão ácida gástrica. Atualmente, são
comercializados seis representantes desta classe:
omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol,
esomeprazol e dexlansoprazol.
5 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
SUMMARY : The proton pump inhibitors (PPIs )
are drugs that inhibit the enzyme H + , K + ATPase
( or proton pump ) performing gastric acid
suppression . Currently marketed six
representatives of this class : omeprazole,
lansoprazole , pantoprazole, rabeprazole ,
esomeprazole and dexlansoprazole .
6 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Inspirado na doutrinação desenvolvida
na Faculdade ATENEU, instituição
universitária, base da formação
especializada em Farmacologia Clínica, do
autor, dedicamos esta obra aos docentes da
Faculdade mencionada, em particular aos
professores da TURMA DE FARMACOLOGIA
CLÍNICA, GRUPO VII. Aqui representa todos
os docentes, o orientador Professor Dr.
Rivelilson Mendes de Freitas.
http://www.bookess.com/read/24198-farmacologia-
clinica-uso-racional-de-medicamentos-na-medicina-
geral-e-especializada/
Na podemos perder de vista, a
Universidade Metropolitana de Santos, Curso
Licenciatura em Biologia responsável ainda,
pelas bases de formação do autor no Curso
mencionado. Agradecimentos especiais a
Professora Camila Rocha – Coordenadora do
nosso Núcleo em Fortaleza.
7 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Agradecimentos a Universidade
Interamericana, Curso de Mestrado,
inspirador da formação do autor nos estudos
em Neurociências. Sentimentos de respeito a
Professora Doutora Elisete Mota SYF -
Coordenadora de Intercâmbio Educacional
para o Exterior.
A presente série que ora iniciamos é
dedicada ao Instituto Universitário Italiano
de Rosário, onde o autor espera desenvolver
seus estudos de Doutorado em Medicina, e já
desenvolve campanha em busca de
financiamento para seu projeto de pesquisa.
O nosso futuro doutorado, nos dias atuais é
acreditado pela Resolução CONEAU
n°390/08, e se desenvolve na modalidade
intensiva, na sede do IUNIR na cidade de
Rosário, Argentina. Concluo os
agradecimentos parafraseando o mestre: Dr.
Mario A. Secchi:
8 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
“É de conhecimento de todos que
realizar uma tese de doutorado
implica levar ao final a tarefa
relevante e original de
investigação, mas no nosso caso
vamos além, pois um dos
objetivos primordiais do
doutorado em Ciências
Biomédicas da IUNIR é ‘promover
a investigação original na área
das Ciências Biomédicas para
contribuir no avanço do
conhecimento científico
interdisciplinar’(...)”.
9 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Inspired by the indoctrination
developed at the Faculty Athenaeum,
university, foundation of specialized
training in Clinical Pharmacology, the
author, we dedicate this work to the Faculty
of teachers mentioned in particular
teachers CLASS OF CLINICAL
PHARMACOLOGY, group VII. Here is all the
teachers, the advisor Professor Dr.
Rivelilson Mendes de Freitas.
http://www.bookess.com/read/24198-farmacologia-
clinica-uso-racional-de-medicamentos-na-medicina-geral-
e-especializada/
In we lose sight of the Metropolitan
University of Santos, Course Degree in
Biology responsible also the author of the
training bases in that course. Special thanks
to Professor Camila Rocha - Coordinator of
our Center in Fortaleza.
10 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Thanks to Inter-American University,
Master's Degree, inspiring the formation of
the author in studies in Neuroscience.
Feelings of respect to Professor Elisete
Mota SYF - Educational Exchange
Coordinator for Overseas.
This series started praying is
dedicated to the Italian University Institute
of Rosario, where the author hopes to
develop his Doctoral studies in medicine,
and already develops campaign for funding
for your research project. Our future
doctoral nowadays is accredited by
Resolution CONEAU No. 390/08, and is
developed in the intensive mode at the
headquarters of IUNIR in Rosario,
Argentina. I conclude thanks to paraphrase
the master: Dr. Mario A. Secchi:
11 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
"It is known to all who hold a doctoral
thesis entails taking at the end of the
relevant and original task of research, but in
our case we go beyond because one of the
primary doctorate goals in IUNIR of
Biomedical Sciences is' to promote original
research in field of Biomedical Sciences to
contribute to the advancement of
interdisciplinary scientific knowledge '(...) ".
12 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Juramento de Hipócrates
Não permitirei que
considerações de religião,
nacionalidade, raça, partido
político, ou posição social se
interponham entre o meu dever
e o meu Doente.
Guardarei respeito
absoluto pela Vida Humana
desde o seu início, mesmo sob
ameaça e não farei uso dos meus
conhecimentos Médicos contra
as leis da Humanidade.
Faço estas promessas
solenemente, livremente e sob a
minha honra.
13 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Sumário Geral
1. Os inibidores da bomba de prótons
(IBPs).
2. Medicamentos que inibem a enzima
H+, K+ ATPase (ou bomba de
prótons).
3. Supressão ácida gástrica.
4. Fármacos representantes desta
classe - (IBPs).
5. Omeprazol.
6. Lansoprazol.
7. Pantoprazol.
8. Rabeprazol.
9. Esomeprazol.
10. Dexlansoprazol.
14 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Resumo.
Os inibidores da bomba de prótons
(IBP) suprimem fortemente a secreção de
ácido gástrico, não demonstrando
diferenças terapêuticas significativas entre
os representantes do grupo.
Há evidências de sua eficácia no
tratamento e prevenção de manifestações e
complicações de doença péptica e doença
do refluxo gastrintestinal.
São especialmente indicados em
pacientes com hipergastrinemia, síndrome
de Zollinger-Ellison e úlceras pépticas
duodenais refratárias a antagonistas H2.
Apesar das controvérsias, há benefício
provável no tratamento de dispepsia que se
manifesta com pirose e regurgitação.
Porém, não há evidência de eficácia
em tratamento e prevenção secundária de
sangramento digestivo alto (SDA) e em
15 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
prevenção primária de sangramento
digestivo alto por úlcera de estresse.
Adicionalmente, esses fármacos, como
outros, aumentam o risco de pneumonia
nosocomial em pacientes gravemente
enfermos.
Também se observa uso desmedido
desses medicamentos em indivíduos com
queixas dispépticas, o que deve ser revisto
pelos potenciais efeitos adversos e o custo
acarretado.
Todos os representantes do grupo
têm similar eficácia clínica, embora haja
algumas diferenças farmacocinéticas.
16 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
17 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Sumário do
Capítulo I
18 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
RESUMO.........................................................................
SUMMARY.....................................................................
Juramento de Hipócrates................................. .....
Sumário.........................................................................
Resumo.........................................................................
1 – Introdução a teoria da bomba de
prótons, ou bomba H+-ATPase............................
1.1 - Protões. (prɔˈt w
1.2 - Teoria do prɔˈt w X a prática
farmacológica..............................................................
1.2.1 - Resumo anatomofisiológico do Apd –
Segmento, Estomago................................................
1.2.2 - Suco gástrico..................................................
1.2.3 - Anatomia do Estômago.............................
1.2.4 – Fisiologia do Estômago............................
1.2.4.1 – Resumo Conclusão na Fisiologia do
Estômago......................................................................
1.2.4.1.1 – Estômago.................................................
19 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.1. – Fisiologia do Estômago................
1.2.4.1.1.1.1. As funções do estômago..............
1.2.4.1.1.1.1.1 - Reservatório e transferência
controlada de quimo para o intestino
delgado.........................................................................
1.2.4.1.1.1.1.2 - Trituração de o bolo
alimentar, com redução do tamanho das
partículas......................................................................
1.2.4.1.1.1.1.3 - Função digestiva pela
hidrólise de proteínas pela pepsina, de
lipídios pela lipase....................................................
1.2.4.1.1.1.1.4 - Produção do fator
intrínseco, uma glicoproteína de 55kDa,
indispensável para a absorção da vitamina
B12...................................................................................
1.2.4.1.1.2. Motilidade gástrica............................
1.2.4.1.1.2.1 - As regiões do estômago………
1.2.4.1.1.2.2 - Revisão da invervação, plexo
intrínseco, marca passo e arranjo das fibras
musculares em camadas........................................
20 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.2.3 - Relaxamento gástrico
receptivo.......................................................................
1.2.4.1.1.2.4 - Motilidade gástrica na fase
digestiva.........................................................................
1.2.4.1.1.2.5 - Motilidade gástrica na fase
interprandial................................................................
1.2.4.1.1.3. Secreção gástrica exócrina.............
1.2.4.1.1.3.1 - Componentes orgânicos.............
1.2.4.1.1.3.1.1 – Pepsinogênio..............................
1.2.4.1.1.3.1.2 – Lipase............................................
1.2.4.1.1.3.1.3 – Fator intrínseco.........................
1.2.4.1.1.3.2 - Componentes eletrolíticos........
1.2.4.1.1.3.3 - Mucosa e glândulas gástricas...
1.2.4.1.1.3.4 - A células parietais.........................
1.2.4.1.1.3.5 - As células principais....................
1.2.4.1.1.3.6 - As células secretoras de muco
da superfície gástrica...............................................
1.2.4.1.1.3.7 - Controle da secreção nas
células parietais.........................................................
1.2.4.1.1.3.8 - Controle da secreção de
pepsinogêno pelas células principais...............
21 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.3.9 - Fases do controle da secreção
gástrica...........................................................................
1.2.4.1.1.3.9.1- Fase cefálica..................................
1.2.4.1.1.3.9.2 - Fase gástrica................................
1.2.4.1.1.3.9.3 - Fase intestinal.............................
1.2.5. Fisiopatologia..................................................
1.2.5. 1- Refluxo..........................................................
1.2.5.2 - Retardo no esvaziamento gástrico...
1.2.5.3 - Esvaziamento gástrico acelerado......
1.2.5.4 – Vômito..........................................................
1.2.6. - Correlação Teoria do prɔˈt w X a
prática farmacológica e a desnutrição do
paciente..........................................................................
1.2.6.1 - Comentários desenvolvidos ao
longo dos anos 2012-2015....................................
1.2.6.2 - Ácido Clorídrico........................................
1.2.6.3 - Ácido Clorídrico baixo............................
1.2.6.4 -Excesso de Ácido Clorídrico.................
1.2.6.5 - Hipocloridria.............................................
1.2.6.6 – Acloridria....................................................
1.2.7 - Proteína integral de membrana............
22 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.8 - As micelas......................................................
1.2.9 - Farmacologia Clínica na prática............
1.2.10.1 - Dodecil sulfato de sódio....................
1.2.10.1.1 - Atenção para os compostos
relacionados................................................................
1.2.10.1.2 - ALS é classificado como um
sulfato de alquila.......................................................
1.2.10.1.3 - Outros nomes: Sal de amônio
do éster monodecílico.............................................
1.2.10.1.4 - Dodecil sulfato de sódio................
1.2.10.1.5 - Danos e riscos a saúde
individual.....................................................................
1.2.10.1.6 - A humidade ou umidade................
1.2.10.1.7 - Preocupações de saúde..................
1.2.10.1.8 - O produto [Lauril Sulfato de
Sódio - LSS] e a referência de
CARCINOGÊNESE......................................................
1.2.10.1.9 – Dioxano................................................
1.2.10.1.10 - Conheça substâncias que
podem liberar o dioxano........................................
23 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.10.1.11 - Vamos entender e conhecer os
perigos da dioxina.....................................................
1.2.10.1.12 - História e processos
industriais....................................................................
1.2.10.1.13 - Problemas causados pelas
dioxinas.........................................................................
1.2.10.1.14 - Emissões de dioxinas....................
1.2.10.1.15 - Exposição............................................
1.2.10.1.16 - Alternativas.......................................
1.2.10.1.17 - Como evitar a exposição?............
1.2.10.1.18 - Micro-ondas: aquecer
alimentos em recipientes de plástico pode
liberar dioxinas.........................................................
1.2.10.1.19 - Funcionamento................................
1.2.10.1.20 - Impactos no uso cotidiano..........
1.2.11 - Cloreto de benzalcônio (catiônico)...
1.2.12 - Tensioativos ou tensoativos................
1.2.13 - Cocamidopropil betaína
(zwitterionico)............................................................
1.2.14 - Octanol (álcool graxo, não iônico).....
1.2.15 - Créditos especiais.....................................
24 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.16 - “Pim” – Função..........................................
1.2.17 - Receptores. Exemplos.............................
25 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
PROFESSOR CÉSAR AUGUSTO
VENÂNCIO DA SILVA
OS INIBIDORES DA BOMBA DE
PRÓTONS (IBPS)
CAPÍTULO I
26 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1 – Introdução a teoria da bomba de
prótons, ou bomba H+-ATPase.
A bomba de prótons efetua o
transporte ativo de protões através da
membrana de uma célula, mitocôndrio ou
outro compartimento subcelular, contra a
gradiente de concentração.
Preliminarmente em caráter geral
podemos dizer que uma bomba de prótons,
ou bomba H+-ATPase, é uma proteína
integral de membrana, que funciona a partir
da hidrólise de ATP em ADP e fosfato.
1.1 - Protões. (prɔˈt w )
Inicialmente esclarece-se que na
literatura de língua portuguesa, português
do Brasil e português da Europa,
encontraremos a palavra “protões” como
nome masculino plural de protão.
Do grego prõtos,
“primeiro”+(electr)ão.
27 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Sentido literal - nome masculino que
em FÍSICA é partícula elementar,
constituinte dos núcleos atômicos, de massa
quase igual à unidade (na escala de massas
atômicas) e carga positiva, igual em valor
absoluto à do eletrão (Porto: Porto Editora,
2003-2015).
O protão é uma partícula constituinte
do átomo, com carga eléctrica positiva
1,602 176 487 x10-19 C (carga elementar) e
massa (em repouso) 1,672 6231 x10-27 kg,
que está presente no núcleo atômico.
No nosso contexto, em química e em
bioquímica, o termo “protão” pode referir-
se ao “ião” hidrogênio em solução aquosa
(ião oxônio).
Neste contexto, um doador de protões
é um ácido e um aceitador de protões é uma
base (IUPAC Gold Book).
De fato, o prótio, isótopo ultra
maioritário do hidrogênio, é formado por
28 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
um núcleo com um único protão e sem
qualquer neutrão e de uma nuvem
eletrônica de um só eletrão.
Um destes átomos de hidrogênio ao
perder um eletrão é, portanto, um protão
livre.
Numa solução aquosa, não se pode
distinguir verdadeiramente entre o “ião
oxônio”, H3O+, e o protão, H+, pois este
último tem tendência a formar
constantemente ligações com moléculas de
água (CODATA, 2007; B. Povh, Klaus Rith,
Christoph Scholz, and Frank Zetsche, 1999).
1.2 - Teoria do prɔˈt w X a prática
farmacológica.
(Iconografia 1)
29 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Um dos inibidores da bomba de protões...
A presença de ácido no estômago é
indispensável para o correto processo de
digestão dos alimentos, nomeadamente das
proteínas.
A diminuição da acidez no estômago
vai condicionar a capacidade de digestão
dos alimentos, diminuir a absorção de
alguns nutrientes levando a défices
importantes que importa prevenir.
Recomendando o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=TUsoXP7Y4fQ
Ressalte-se que a acidez do meio
gástrico contribui de forma muito
importante para matar os microrganismos,
bactérias e fungos, ingeridos juntamente
com os alimentos, e que não estão
adaptados a sobreviverem em meio ácido,
impedindo a sua progressão para o
intestino.
30 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Se este tipo de bactérias e fungos
invade e prolifera no intestino delgado
podem dar origem a alterações da flora
intestinal, permitindo o desenvolvimento
de germens oportunistas e podendo estar
na origem de colites por vezes dificilmente
diagnosticadas.
O ácido clorídrico é um componente
importante que ajuda no processo de
digestão.
É importante conhecer detalhes a
respeito dos níveis normais de ácido
clorídrico no estômago.
O estômago é o órgão que é uma parte
importante do sistema digestivo.
Este é o órgão que é responsável pela
digestão dos alimentos que é transportado
a partir da boca para o estômago através do
esófago.
As enzimas que estão presentes no
estômago, que digerir o alimento requerem
31 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
um pH ácido para funcionar
adequadamente.
Isto é, onde o ácido clorídrico entra
em jogo.
A função principal de ácido clorídrico
no estômago é o de proporcionar um pH
adequado para o funcionamento normal das
enzimas ali presentes.
Por exemplo, o ácido clorídrico ajuda
a converter pepsinogênio à pepsina, que é
responsável por quebrar as proteínas no
estômago.
1.2.1 - Resumo anatomofisiológico do
Apd – Segmento, Estomago.
O estômago seve como um
reservatório para os alimentos ingeridos,
que ali são armazenados e misturados com
as secreções gástricas.
Forma-se, assim, uma massa
semilíquida denominada quimo, que vai
sendo progressivamente liberada para o
32 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
intestino delgado, de acordo com sua
capacidade de absorção.
O estômago esta dividido em vários
seguimentos. Citemos:
Cárdia: A região em que ele se junta
ao esôfago;
Corpo: A porção central, onde ocorre
a secreção de enzimas digestivas que
se misturam com o bolo alimentar;
Fundo: Porção mais alta, que serve
com reservatório
Antro porção mais distal: Ajuda na
mistura do alimento com as secreções
para produzir o quimo
Piloro: Que é um esfíncter, um
músculo circular sua função é regular
a velocidade de saída do quimo para
o intestino delgado, através do
orifício. O estômago também tem
movimentos peristálticos que ajudam
33 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
a misturar o alimento com o suco
gástrico.
Podemos didaticamente afirmar que
as principais substâncias que constituem a
secreção gástrica são:
Acido Clorídrico: Que tem como ação
corrosiva e prepara o alimento para a
ação das enzimas gástricas;
Pepsina: Enzimas que digere as
proteínas;
Mucina: Um muco que recobre a
parede do estomago, protegendo-a do
ambiente acido;
Lípase gástrica: Enzima que digere as
gorduras;
Amilase gástrica: Enzima que digere
o amido (Açúcares existentes nos
vegetais);
34 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
O estômago, nos humanos, é a parte
do tubo digestivo em forma de bolsa,
situado entre o esôfago e o duodeno.
Encontra-se situado por debaixo do
diafragma, no lado esquerdo do abdômen.
(Situação: Epigástrio & Hipocôndrio
esquerdo do Abdômen).
(Iconografia 2)
35 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
O estômago é uma bolsa de parede
musculosa, localizada no lado esquerdo
abaixo do abdome, logo abaixo das últimas
costelas.
É um órgão muscular que liga o
esôfago ao intestino delgado.
Sua função principal é a decomposição
dos alimentos.
Um músculo circular, que existe na
parte inferior, permite ao estômago guardar
quase um litro e meio de comida,
possibilitando que não se tenha que ingerir
alimento de pouco em pouco tempo.
Quando está vazio, tem a forma de
uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes
se unem por ângulos agudos.
O segmento superior é o mais
volumoso, chamado "porção vertical".
Este compreende, por sua vez, duas
partes superpostas; a grande tuberosidade,
36 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que
termina pela pequena tuberosidade.
O segmento inferior é denominado
"porção horizontal", está separada do
duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A
borda direita, côncava, é chamada pequena
curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita
grande curvatura. O orifício esofagiano do
estômago é a cárdia.
O estômago compõe-se de quatro
túnicas: serosa (o peritônio), muscular
(muito desenvolvida), submucosa (tecido
conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco
gástrico).
Quando está cheio de alimento, o
estômago torna-se ovóide ou arredondado.
O estômago tem movimentos
peristálticos que asseguram sua
homogeneização
37 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.2 - Suco gástrico.
O estômago produz o suco gástrico,
um líquido claro, transparente, altamente
ácido, que contêm ácido clorídrico, muco e
várias enzimas, como a pepsina, a renina e a
lipase.
A pepsina, na presença de ácido
clorídrico, quebra as moléculas de
proteínas em moléculas menores.
A renina coagula o leite, e a lipase age
sobre alguns tipos de gordura.
A mucosa gástrica produz também o
fator intrínseco, necessário à absorção da
vitamina B12.
O Aparelho Digestivo, segmento
estômago, pode ser alvo de diversas
patologias.
As doenças e problemas gástricos do
estômago são numerosos: úlcera, câncer, a
dispepsia (indigestão gástrica), tumores
malignos e benignos (raros), gastrite,
38 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
afecções decorrentes das cicatrizes das
úlceras curadas, etc.
1.2.3 - Anatomia do Estômago.
ANATOMIA INTERNA DO ESTÔMAGO.
O estômago tem aproximadamente a
forma dum J e para melhor localizarmos as
lesões dividimo-lo em três partes:
1 - O fundo do estômago: Que é a
porção mais alta.
2 - O corpo do estômago: Porção do
estômago entre o fundo e antro.
3 - O antro: Que vai do corpo do
estômago até ao piloro.
A porção inicial do estômago logo
depois do esófago chama-se cárdia.
Através do piloro o estômago se
comunica com a parte inicial do intestino
delgado - o duodeno.
A parede do estômago é constituída
por fibras musculares.
39 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 3)
(Iconografia 4)
40 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 5)
1.2.4 – Fisiologia do Estômago.
FUNÇÕES DO ESTÔMAGO.
O estômago exerce uma função
mecânica. Faz o armazenamento dos
alimentos e, através de movimentos,
vaivém, mistura-os e transforma-os em
41 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
pequenas partículas que irão facilitar a
digestão. A digestão é a transformação dos
alimentos, para serem absorvidos. A face
interior da parede do estômago é coberta
por uma mucosa que contêm células
especializadas na secreção de várias
substâncias, sendo que nos dois terços
superiores do estômago essas células da
mucosa segregam ácido clorídrico, o fator
intrínseco (células parietais) e
pepsinogênio (células principais). O
pepsinogênio dá origem a uma enzima, a
pepsina, com funções na digestão. No terço
inferior do estômago, que corresponde ao
antro, às células da mucosa segregam
gastrina (células G). A gastrina é uma
hormona que estimula as células parietais
do corpo do estômago a produzir ácido
clorídrico. O ácido clorídrico baixa o pH do
estômago para valores que são necessários
para ativar as enzimas da digestão e servir
42 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
de barreira às bactérias. Podemos citar e
em seguida comentar, que das bactérias
perigosas que habita o estômago, existe a
Helicobacter pylori, um agente patogênico
que desenvolveu nas mutações genéticas
mecanismos, para se defender do ácido. Na
iconografia que segue, retiramos as
imagens do Fígado e a Vesícula, para
melhor vislumbrar o estômago e duodeno
(Imagens postadas com autorização nos termos da
licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha
Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0).
(Iconografia 6)
43 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
A digestão começa na boca por ação
de duas enzimas, a amilase e a lipase, que
transformam o amido e as gorduras e,
continua no estômago por ação da pepsina
que transforma as proteínas. A maior parte
da digestão é, no entanto, feita no intestino
delgado pelas enzimas do pâncreas, pela
ação detergente da bílis e, pelas enzimas da
mucosa do intestino delgado. Com exceção
do fator intrínseco, que é necessário para
que a absorção da Vitamina B12 seja
possível no intestino delgado, as outras
secreções do estômago são pouco
importantes para a digestão normal.
Podemos viver, perfeitamente, sem
estômago. Como o fator intrínseco é
indispensável para que se faça a absorção
da Vitamina B12 no intestino delgado, é
necessário, injetar Vitamina B12 às pessoas
com gastrite autoimune, cujo estômago não
produz fator intrínseco e, às pessoas, às
44 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
quais, cirurgicamente foi retirado o
estômago. Sem fator intrínseco, a Vitamina
B12 não se absorve no intestino delgado e,
como consequência da fata de Vitamina B12
aparece alterações neurológicas. As
doenças do estômago, com expressões
clínicas, mais frequentes são Dispepsia
Funcional (de longe a doença mais
frequente do estômago), a Úlcera do
Estômago, Gastropatia Erosiva ("Gastrite"
erosiva) e o Cancro do Estômago. A gastrite
causada pelo Helicobacter pylori é, a lesão
mais frequente do estômago, mas,
habitualmente, não causa sintomas. Outras
doenças do estômago são pouco frequentes,
como exemplos tumores benignos, *volvo
do estômago, gastrite autoimune, gastrites
específicas, doença de Ménétrier,
divertículo do estômago, bezoares, estenose
hipertrófica do piloro. Nota em relação o
*“volvo gástrico”, podemos descrever
45 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
como se caracterizando por uma rotação
anómala do estômago superior a 180º.
Podendo ocorrer em qualquer idade, tendo
maior incidência aos 50 anos, embora 10-
20% dos volvos gástricos ocorram em
crianças com menos de 1 ano. Existem duas
formas etiológicas, a primária ou idiopática,
que afeta 25% dos doentes, em resultado de
adesões ou alterações nos ligamentos
suspensores do estômago. A forma
secundária ocorre em 75% dos casos e pode
ter origem em alterações da anatomia ou
função gástrica como por hérnia do hiato,
hérnia diafragmática por traumatismo,
obstrução pilórica com dilatação crônica do
estômago, cirurgia gastresofágica prévia e
bridas. A evolução clínica desta patologia
depende do desenvolvimento temporal,
agudo versos o crônico, e tipo de volvo e
grau de obstrução. O volvo gástrico pode
ser diagnosticado por TC, no entanto o meio
46 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
de diagnóstico Gold-standard é o estudo
fluoroscópico do tubo digestivo com
contraste de bário(Chau B, Dufel S. 2007; Pinho A,
Lopes S, Martinho F.; Rashid F, Thangarajah T, Mulvey
D, Larvin M, Iftikhar SY., 2010).
Concluindo:
• O volvo gástrico, embora seja uma
entidade rara, pode constituir-se como
emergência, sendo importante o seu
precoce reconhecimento e atitude
terapêutica.
• O exame fluoroscópico do tubo
digestivo com contraste baritado
permite uma excelente caracterização e
classificação do volvo gástrico nas suas
três variantes:
Organoaxial, Mesenteroaxial e Misto.
A endoscopia alta é, hoje, a técnica
mais utilizada para observar o estômago. O
estudo radiológico do estômago passou a
realizar-se muito menos desde que na
47 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
década de 1970, apareceu a endoscopia. A
endoscopia permite, não só, observar e
fotografar as lesões do estômago, mas
também, colher fragmentos para exame
histológico, colher fragmentos para
pesquisar o Helicobacter pylori e, realizar
várias técnicas terapêuticas: tratamento de
lesões sangrantes, extração de pólipos,
extração de corpos estranhos etc.
1.2.4.1 – Resumo Conclusão na Fisiologia
do Estômago.
1.2.4.1.1 – Estômago.
1.2.4.1.1.1. – Fisiologia do Estômago.
1.2.4.1.1.1.1. As funções do estômago.
1.2.4.1.1.1.1.1 - Reservatório e
transferência controlada de quimo para
o intestino delgado.
1.2.4.1.1.1.1.2 - Trituração de o bolo
alimentar, com redução do tamanho das
partículas.
48 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.1.1.3 - Função digestiva pela
hidrólise de proteínas pela pepsina, de
lipídios pela lipase.
A secreção de HCl acidifica o quimo,
ajustando o pH ao ótimo para a ação da
protease. O pH ácido tem efeito
antisséptico, hidrolisa os pepsinogênios e é
o meio adequado para a ação da pepsina.
1.2.4.1.1.1.1.4 - Produção do fator
intrínseco, uma glicoproteína de 55kDa,
indispensável para a absorção da vitamina
B12.
1.2.4.1.1.2. Motilidade gástrica.
De modo bem sintético, é possível
salientar quatro principais funções motoras
do estômago:
A acomodação de o bolo alimentar;
A mistura de o bolo alimentar com a
secreção gástrica;
A redução do tamanho das partículas
Ingeridas;
49 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
O esvaziamento gástrico.
1.2.4.1.1.2.1 - As regiões do estômago.
1.2.4.1.1.2.2 - Revisão da invervação, plexo
intrínseco, marca passo e arranjo das fibras
musculares em camadas. A parede do
estômago é delgada na região do fundo e do
corpo e se espessa em direção à junção
gastroduodenal. Como em outros
territórios do trato gastrintestinal, as fibras
musculares lisas estão arranjadas em
camada circular e longitudinal. Na região
do corpo, nas paredes anterior e posterior
as fibras também se dispõem em camada
oblíqua.
(Iconografia 7)
50 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
O piloro não é um esfíncter
anatomicamente definido, porém o
comportamento contrátil das camadas
musculares na região se distingue das
camadas adjacentes. Há, pois, uma região
diferenciada que, fisiologicamente, é um
esfíncter. Entre o estômago e o bulbo
duodenal há um anel conjuntivo,
interrompendo a continuidade de fibras
musculares. Apenas algumas fibras da
camada longitudinal passam pela junção, de
um para outro órgão. A inervação
extrínseca parassimpática tem as fibras
pré-ganglionares no vago. As fibras pós-
ganglionares do simpático integram o plexo
celíaco. A ação do parassimpático via plexo
intrínseco, é excitatória da motilidade e da
secreção. A do simpático é inibitória. Na
junção gastroduodenal a invervação
adrenérgica, por receptores alfas, é
constritora. O parassimpático tem efeito
51 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
duplo: terminação colinérgica estimula a
contração enquanto que outras,
provavelmente com VIP como mediador,
são inibitórias da contração. Neurônios
sensoriais para o estiramento,
quimiorreceptores (principalmente para
pH) e para dor geram e conduzem a
informação aferente para os reflexos locais
e para os reflexos envolvendo o sistema
nervoso central. Na altura do corpo do
estômago localiza-se o marca-passo, que
gera as ondas lentas, ou ritmo elétrico
basal, a uma frequência de 3/min. A
velocidade de propagação da onda aumenta
na direção da junção gastroduodenal.
52 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 8)
53 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 9)
(Imagens postadas com autorização nos
termos da licença Creative Commons - Atribuição -
Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0).
54 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.2.3 - Relaxamento gástrico
receptivo.
(Iconografia 10)
À onda peristáltica que percorre o
esôfago na deglutição segue-se o
relaxamento das camadas musculares do
fundo e do corpo do estômago. Receptores
de estiramento produzem as informações
55 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
aferentes. Fibras parassimpáticas, com o
VIP como mediador, inibem a contração.
Com o relaxamento o estômago
acomoda o bolo alimentar sem variações
significativas da pressão.
1.2.4.1.1.2.4 - Motilidade gástrica na fase
digestiva.
As regiões do fundo e do corpo têm
atividade contrátil apenas suficiente para o
ajuste do volume do estômago ao volume
variável do bolo alimentar. Com a onda
lenta de despolarização, iniciada na região
do marca-passo, há uma onda de contração,
que se propaga em direção à junção
gastroduodenal, com velocidade e
amplitude crescentes. Com o aumento da
velocidade de propagação a onda atinge o
esfíncter pilórico com o antro em plena
contração. Dependendo da constrição
pilórica, um pouco de quimo pode ser
injetado no duodeno, antes do completo
56 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
fechamento do esfíncter. A contração do
antro, com o piloro fechado, provoca
retropropulsão do quimo. O padrão de
contração, que se denomina sístole do
antro, fragmenta as partículas de alimento e
mistura o bolo alimentar com as secreções
gástricas. A transferência de quimo para o
duodeno é ajustada para permitir o
processamento digestivo no intestino
delgado. O controle do esvaziamento
gástrico é duplo, neural e hormonal, e se dá
pela regulação da motilidade gástrica e da
constrição do esfíncter pilórico.
Dois hormônio das mesma família, a
colecistocinina (CCK) e a gastrina
aumentam a motilidade gástrica, mas
inibem o esvaziamento, por ação
constritora sobre o esfíncter pilórico.
A gastrina, em humanos, é produzida
pelo antro gástrico e pela porção proximal
do duodeno. A colecistocinina é produzida
57 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
pelo duodeno. A secretina e o GIP (peptídio
inibitório gástrico), hormônios de uma
mesma família de peptídios, inibem a
motilidade e aumentam o tônus do piloro.
Portanto, inibem o esvaziamento
gástrico. O principal estímulo para a
liberação destes hormônios é o pH do
quimo em contato com a mucosa duodenal.
Depreende-se, das considerações
acima, que a velocidade de esvaziamento
gástrico dependerá da natureza do material
ingerido. Gorduras, por exemplo, estendem
o período de digestão.
1.2.4.1.1.2.5 - Motilidade gástrica na fase
interprandial.
Ao cabo do processo digestivo, a cada
90 minutos, mais ou menos, uma onda
peristáltica poderosa varre o estômago. São
os complexos mioelétricos migratórios que
varrem para o intestino restos de alimento.
58 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Os surtos de atividade correspondem
a níveis plasmáticos elevados da motilina, o
que suporta a hipótese de ser este
hormônio o determinante da atividade
motora.
1.2.4.1.1.3. Secreção gástrica exócrina
1.2.4.1.1.3.1 - Componentes orgânicos.
1.2.4.1.1.3.1.1 – Pepsinogênio.
Proteína que hidrolisada na luz, pelo
pH ácido, dará a pepsina, uma
endopeptidase. Há pepsinas da classe I que
são produzidas pelas células da mucosa
gástrica, principalmente na região do corpo,
e as da classe II, produzidas pela mucosa
gástrica e pelas glândulas de Brunner, no
duodeno. O pH ótimo para a ação desta
peptidase está abaixo de 3 e a enzima se
desnatura a pH alcalino. Em humanos o
pepsinogênio é produzido pelas células
principais e estocado em vesículas que, no
estímulo, são liberadas por exocitose.
59 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.3.1.2 – Lipase.
Esta hidrolisa triglicerídeos com
ácidos graxos de cadeia curta. Mucina:
glicoproteína que, polimerizada, forma o gel
da barreira mucosa.
1.2.4.1.1.3.1.3 – Fator intrínseco.
O único componente da secreção
gástrica indispensável. É um proteína de 55
kDa que forma com a vitamina B12 um
complexo resistente à hidrólise e que,
reconhecido por receptores nas células da
mucosa do intestino delgado, é absorvido.
Sem esta proteína não há absorção da
proteína, com a consequente anemia. Em
humanos o fator intrínseco é produzido
pelas células parietais.
1.2.4.1.1.3.2 - Componentes eletrolíticos.
Os principais sais são o NaCl e o KCl. A
secreção de HCl é tal que o pH pode estar
abaixo de 2,0. As concentrações dos vários
íons variam com o ritmo de secreção: com
60 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
secreção a ritmo alto, o HCl é o principal
soluto, e a solução tende à isotonicidade
com o plasma. Para ritmos basais de
secreção predomina o NaCl como soluto e o
fluido é hipotônico ao plasma.
A concentração de K+, sempre maior
que a plasmática, eleva-se com o ritmo de
secreção.
1.2.4.1.1.3.3 - Mucosa e glândulas gástricas
(criptas).
A mucosa gástrica é formada por
células secretoras de mucina e de
bicarbonato. As glândulas são invaginações
no assoalho do estômago. A citologia das
glândulas varia segundo a região do
estômago: no fundo predominam as células
secretoras de muco, no corpo as células
secretoras de pepsinogênio e de HCl e no
antro as células secretoras de muco e as
endócrinas, secretoras de gastrina e de
61 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
somatostatina. O pescoço da glândula é
formado por células secretoras de muco.
Nesta região estão, ainda, células
indiferenciadas, com capacidade de mitose,
e que repõem as células perdidas. Mais
profundamente nas glândulas da região do
corpo há células oxínticas ou parietais e
células principais. As primeiras secretam
HCl, as segundas produzem o pepsinogênio.
1.2.4.1.1.3.4 - A células parietais.
Estas células sofrem enormes
mudanças ultraestruturais quando passam
do estado de repouso para o de secreção de
HCl. No repouso o citoplasma é atravessado
por canalículos que se abrem no espaço
luminal e o citoplasma está repleto de
estruturas túbulo-vesiculares.
A estimulação promove a fusão das
vesículas com a membrana dos canalículos,
amplificando enormemente a área de
membrana que contém os sistemas de
62 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
transporte para o HCl. Fundamental para a
secreção do HCl é a bomba de H+-K+ na
membrana apical. Há ainda, na membrana
apical, canais para K+ e para Cl-. O H+
secretado pela bomba é fornecido pela
reação de hidratação do CO2. O bicarbonato
formado é trocado, na membrana
basolateral, por Cl-. Na membrana
basolateral há ainda bomba de Na+-K+ e
canais para K+. Tanto a bomba de Na+-K+
como os canais para Cl- apicais são
modulados pela kinase dependente de
cAMP e por Ca2+.
Na membrana basolateral há
receptores para acetilcolina e para a
gastrina, associados à sinalização
intracelular por Ca2+ e por IP3. Os
receptores para histamina, de tipo H2, tem
o cAMP como sinalizador intracelular.
1.2.4.1.1.3.5 - As células principais.
63 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Estas secretam o pepsinogênio por
exocitose de vesículas que o contém,
formadas no aparelho de Golgi. Na
membrana basolateral há receptores para o
VIP e secretina e receptores beta-
adrenérgicos que utilizam o cAMP como
mensageiro intracelular. Receptores para
acetilcolina e para gastrina e CCK
mobilizam a cascata do DAG e IP3.
1.2.4.1.1.3.6 - As células secretoras de
muco da superfície gástrica.
Estas células secretam mucina e
bicarbonato. A mucina é uma glicoproteína,
com o esqueleto peptídico rico em serina,
treonina e tirosina. Às hidroxilas destes
resíduos ligam-se, por ligações éster, os
açúcares galactose e a N-acetilglicosamina.
A ligação dos açúcares protege a cadeia
peptídica da hidrólise enzimática.
As terminações da cadeia peptídica
são ricas em cisteínas, e pontes de
64 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
dissulfeto podem reunir as moléculas em
um tetrâmero, que, em concentrações
adequadas, forma gel. O gel recobre a
mucosa. Como esta secreta também
bicarbonato, e o gel restringe o movimento
de bicarbonato para a luz e de H+ da luz
para a superfície da célula, o pH na camada
de gel vária da acidez luminal até um valor
relativamente alcalino na superfíce das
células. Como a junção das 4 moléculas
sofre ataque da pepsina, a mucina tem de
ser continuamente secretada para a
preservação da camada de muco.
Estimulantes da secreção de muco, como a
ACh e o Ca2+ reforçam a camada protetora.
Os inibidores da secreção, como os
agonistas alfa-adrenérgicos, a aspirina e os
anti-inflamatórios não esteroides, colocam
a mucosa em risco de agressão pelo pH
ácido e pela pepsina.
65 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.3.7 - Controle da secreção nas
células parietais.
Há, na membrana basolateral destas
células, receptores colinérgicos para a ACh
liberada pelas terminações dos neurônios
dos gânglios entéricos. Estes receptores
acionam a cascata do DAG e IP3. Há também
receptores para a gastrina, um hormônio
liberado pelas células G da mucosa do
antro. Estes receptores também utilizam o
DAG e o IP3 como mensageiros
intracelulares. Os estímulos para a
liberação da gastrina são a ação colinérgica
das terminações dos neurônios dos gânglios
entéricos, o pH mais alcalino da luz do
estômago, peptídios e aminoácidos do
quimo. Tanto os neurônios colinérgicos
como a gastrina estimulam a liberação de
histamina pelas células enterocromoafins
(ECL). A histamina estimula a secreção de
HCl por meio de receptores H2, bloqueados
66 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
por cimetidina. O cAMP é mensageiro
intracelular. Há inibidores endógenos da
secreção de HCl, que ao se ligarem aos
respectivos receptores ativam uma proteína
Gi, inibidora da adenilato ciclase e,
portanto, da produção celular de cAMP.
O somatostatina, as prostaglandinas E
e I e o fator de crescimento epidérmico
(EGF) agem assim. A secretina e o GIP
inibem a secreção gástrica ao reduzirem a
liberação de gastrina.
1.2.4.1.1.3.8 - Controle da secreção de
pepsinogêno pelas células principais.
A secreção nestas células é estimulada
pelo VIP e secretina e pela ação beta-
adrenérgica. Os dois tipos de receptores
elevam a produção celular de cAMP. A ACh ,
agindo sobre receptor M3, e a Gastrina e
CCK, ligando-se a receptor comum,
estimulam a secreção ativando a cascata do
DAG e IP3.
67 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.4.1.1.3.9 - Fases do controle da
secreção gástrica.
1.2.4.1.1.3.9.1- Fase cefálica.
Os estímulos gustativos, visuais e
olfativos desencadeiam o reflexo, que utiliza
o vago para a estimulação das várias vias
que na da mucosa levam à produção da
secreção. Há diversas áreas no SNC
operando no controle da secreção.
Certamente no hipotálamo há destas áreas.
Esta fase foi estudada com a coleta da
secreção gástrica em animais com fístula
esofágica.
1.2.4.1.1.3.9.2 - Fase gástrica.
Os estímulos para o reflexo são
mecânicos (distensão) e químicos (pH,
aminoácidos, peptídios, Ca2+). Os
receptores são neurônios que integram
arcos reflexos locais ou longos, abrangendo
o SNC, ou as próprias células endócrinas, no
caso as G, produtoras de gastrina e as D,
68 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
produtoras de somatostatina. O estímulo à
secreção dá-se por neurônios colinérgicos,
gastrina e histamina.
1.2.4.1.1.3.9.3 - Fase intestinal.
A entrada do alimento no duodeno
leva, por circuitos neurais e endócrinos, à
modificação da atividade motora e
secretora do estômago. Peptídios e
aminoácidos no duodeno estimulam a
liberação de gastrina e de oxintina, que
aumentam a motilidade e a secreção
gástricas. Se o pH o quimo que penetra o
duodeno é menor que 5, há liberação de
secretina e de GIP e de somatostatina que
ao inibir a liberação de gastrina, reduz a
secreção gástrica. Gorduras estimulam o
duodeno a secretar a CCK que sendo um
agonista pouco potente para o receptor da
gastrina, inibe a ação deste.
1.2.5. Fisiopatologia.
1.2.5. 1- Refluxo.
69 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Ulceração da mucosa gástrica por sais
biliares. Esvaziamento rápido: úlcera
duodenal provocada pelo pH baixo do
quimo.
1.2.5.2 - Retardo no esvaziamento
gástrico.
Tumores pilóricos ou cicatrizes
duodenais. O esvaziamento gástrico é ainda
retardado nas atonias provocadas por
vagotomia.
1.2.5.3 - Esvaziamento gástrico
acelerado.
Cirurgias para úlcera pépticas. Os
casos piores são os de gastrectomia, com
anastomose gastro-jejunal. "Dumping
inicial": vasodilatação, talvez por bradicina,
liberada pela distensão rápida do intestino
delgado. "Dumping" tardio por
hipoglicemia, decorrente da incapacidade
hepática de restabelecer os níveis
70 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
convenientes de glicogenólise e
gliconeogênese.
1.2.5.4 – Vômito.
Área na medula oblonga. Estímulos:
distensão do estômago e do duodeno,
estimulação mecânica da garganta, dor, etc.
Eméticos: estimulam receptores no
duodeno ou no SNC. A sequência de eventos
é a seguinte: peristalse reversa iniciando-se
mais ou menos no meio do intestino
delgado, relaxamento do esfíncter pilórico e
do estômago (reflexos inibitórios vagais),
inspiração forçada contra a glote cerrada
(aumento da pressão abdominal e redução
da torácica), contração da musculatura
abdominal, forçando o conteúdo gástrico
para o esôfago, relaxamento do esfíncter
esofágico inferior e contração pilórica. Na
ânsia o esfíncter esofágico superior
permanece fechado. Se o vômito não ocorre,
a peristalse esofágica, com o relaxamento
71 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
da musculatura respiratória, esvazia o
conteúdo no estômago. No vômito há
relaxamento do esfíncter esofágico
superior, com expulsão do conteúdo.
Aproximação das cordas vocais e
fechamento da glote previnem e entrada de
vômito da traquéia.
1.2.6. - Correlação Teoria do prɔˈt w X a
prática farmacológica e a desnutrição do
paciente.
Veremos mais a frente, no capítulo
apropriado, que o uso prolongado de
Omeprazol está associado à deficiência de
vitamina B12 que pode ter repercussão
clínica mais grave nas pessoas idosas e com
déficit nutricional, sendo nestas
recomendadas a avaliação laboratorial dos
níveis de vitamina B12 no caso de toma
prolongada de fármacos desta classe que
entre outros encontramos: omeprazol,
lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol,
72 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
esomeprazol e dexlansoprazol. Todos são
classificados como inibidores da bomba de
prótons (IBPs), se comportando como
fármacos que inibem a enzima H+, K+
ATPase (ou bomba de prótons) realizando a
supressão ácida gástrica. Devemos alertar
na Farmacologia Clínica e estabelecer
protocolos no sentido que o URM - Uso
Racional de Medicamentos na Clínica
Médica durante a toma prolongada de
inibidores da bomba de protões pode
provocar ou agravar deficiência em
magnésio, um dos mais importantes
minerais do nosso organismo. A deficiência
de vitamina B12 pode favorecer a elevação
dos níveis de homocisteína, o que é mais um
fator adverso para a prevenção das doenças
cardiovasculares e neurológicas.
O Omeprazol é um medicamento que
diminui a acidez no estômago. É prescrito
para o tratamento de úlceras gástricas,
73 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
gastrites, refluxo gastresofágico e
esofagites. Como citado o Omeprazol
pertence a uma categoria de fármacos
genericamente denominada inibidores da
bomba de protões a que pertencem também
o Lanzoprazol, Esomeprazol, Pantoprazol,
Rabeprazol, Timoprazol e Picoprazol. A sua
ação terapêutica exerce-se sobre a mucosa
gástrica diminuindo consideravelmente a
normal produção de acido clorídrico por
esta mucosa.
1.2.6.1 - Comentários desenvolvidos ao
longo dos anos 2012-2015.
Estudos diversos abre a discussão em
que sugere que o “Omeprazol” é um
medicamento seguro, mas que está a ser
sobre utilizado. Estamos observando na
prática e ao longo dos debates virtuais em
redes sociais, blogs e sítios na internet, que
há quem o use como protetor gástrico
quando está a tomar outros fármacos. Isso é
74 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
preocupante no campo dos estudos do URM
– USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS, nem
todos os medicamentos são lesivos para a
mucosa do estômago. Além de que, o fato
deste fármaco ser um “protetor gástrico”
não significa que seja esta a sua indicação
médica e muito menos deva ser usado como
minimizador de efeitos associados a
indisposições gástricas. Um estudo
recentemente publicado na revista
científica da Associação de Médicos
Americanos atribuiu à ingestão prolongada
deste fármaco e de outros semelhantes uma
carência da vitamina B12. A investigação
refere que as pessoas que tomaram
diariamente um medicamento do grupo do
omeprazol durante dois ou mais anos
tinham 65% mais de probabilidades de ter
níveis baixos de vitamina B12 (que tem um
papel importante na formação de novas
células) do que os que não ingeriram o
75 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
fármaco. Confrontado com este estudo, o
Infarmed indicou que “a possibilidade de
redução da absorção da vitamina B12 em
terapêuticas em longo prazo com
omeprazol foi já identificada há vários anos,
especificamente atualizada na informação
do medicamento desde procedimento de
arbitragem a nível europeu em 2010”
A OM(Ordem dos Médicos) europeia
considera essencial aumentar o controlo de
qualidade dos medicamentos. Nesse
sentido, apela a todos os profissionais
médicos e farmacologistas clínicos que se
mobilizem para a defesa dos pacientes
usuários, nomeadamente através do
simples preenchimento de formulário de
farmacovigilância, sempre que sejam
detectadas reações adversas de quaisquer
fármacos, quer resultantes de um fármaco
específico, quer resultantes de troca de
medicamentos. A Europa já se mobiliza, a
76 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
exemplos de outras nações fora de eixo
continental, para que suas organizações
médicas e científicas em geral encaminhem
estes formulários para as agencias
governamentais, em Portugal, ao Infarmed,
no Brasil, a ANVISA e nos Estados Unidos,
para o FDA, assim fica assegurada a
notificação com o intuito de garantir que se
obtenha uma resposta formal da entidade
responsável pelo controlo da qualidade dos
medicamentos. O contributo dos médicos e
farmacologistas clínicos em todo o planeta,
na busca de uma comunicação mais eficaz
com as agencias de controle será um
aumento da segurança para os usuários de
medicamentos. Defendemos que os
profissionais de saúde em qualquer nível de
graduação profissional mantenham-se
empenhados em defender a Qualidade na
Saúde e, como tal, os usuários.
1.2.6.2 - Ácido Clorídrico.
77 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Este ácido pode ser encontrado no
estômago. Os sucos digestivos humanos
consistem numa mistura bastante diluída
de ácido clorídrico e várias enzimas que
ajudam a clivar as proteínas presentes na
comida. O ácido clorídrico (HCℓ é uma
solução aquosa, ácida e queimante, devendo
ser manuseado com as devidas precauções
de segurança individual(Rayner-Canham, G.;
Overton, T).
(Iconografia 11)
O seu nome IUPAC é Ácido
clorídrico, porém recebe ainda outros
nomes, como por exemplo: Cloreto de
hidrogênio (gás); Ácido clorídrico
(solução); Ácido muriático (impuro).
78 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
O ácido clorídrico foi descoberto em
torno do ano 800 pelo alquimista Persa
Jabir Ibn Hayyan (Geber), misturando sal
comum com ácido sulfúrico (vitríolo):
2NaCl + H2SO4 Na2SO4 + 2HCl
O cloreto de hidrogênio é irritante e
corrosivo para qualquer tecido com que
tenha contato. A exposição a níveis baixos
produz irritação na garganta e nariz.
Em níveis mais elevados pode levar
até ao estreitamento dos bronquíolos,
acumulando líquidos nos pulmões, podendo
levar a morte. Dependendo da
concentração, o cloreto de hidrogênio pode
produzir desde uma leve irritação até
queimaduras graves na pele e olhos. Ele é
normalmente utilizado como reagente
químico, e é um dos ácidos que se ioniza
completamente em solução aquosa. Em sua
79 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
forma pura, HCℓ é um gás, conhecido como
cloreto de hidrogênio.
1.2.6.3 - Ácido Clorídrico baixo.
Como mencionado anteriormente, o
ácido clorídrico no estômago tem muitas
funções importantes, e assim, quando há
uma redução na secreção do mesmo, que
conduz a vários problemas. Diminuição da
produção de ácido clorídrico é conhecida
como hipocloridria, ao passo que a
ausência completa de ácido clorídrico é
conhecida um acloridria. Esta diminuição
da produção de ácido clorídrico pode
ocorrer devido à deficiência de vitamina e
nutrientes. Há muitos sintomas de ácido
clorídrico baixa no estômago, como fezes
cheiro ofensivo (devido a presença de
alimento não digerido), atraso no
esvaziamento gástrico, inchaço abdominal
superior e geral flatulência, sonolência após
a refeição, fome frequente, etc. Além disso,
80 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
uma diminuição dos níveis de ácido gástrico
também conduz a maior susceptibilidade
para infecções do trato gastrointestinal,
sendo que o ácido clorídrico tem a
propriedade de ser um desinfetante. Assim,
todos estes sintomas podem apontar para
uma secreção diminuída de ácido clorídrico
no estômago. O tratamento para a
hipocloridria ou acloridria envolve a
inclusão de produtos alimentares que irá
auxiliar no processo de digestão ou irá
estimular a produção de ácido clorídrico no
estômago. Estes alimentos incluem pimenta
caiena, o vinagre, os suplementos de
enzimas digestivas, etc.
1.2.6.4 -Excesso de Ácido Clorídrico.
Quantidade em excesso de ácido
clorídrico no estômago pode conduzir a
uma grande quantidade de problemas de
saúde. Esta condição surge em
81 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
determinadas doenças como a Síndrome de
Zollinger-Ellison e hipercalcemia.
O excesso de ácido gástrico ocorre
quando há aumento dos níveis de gastrina,
o que é responsável por instigar as células
em ácido secretando mais gástrico. Esta
condição leva a sintomas como dores de
estômago e úlceras estomacais. Além disso,
outros sintomas incluem dor no estômago
devido a presença de excesso de ácido, o
que faz com que a pessoa sinta a sensação
de perder o apetite. Comer comida picante
também agrava ainda mais a dor em tais
casos. Para o alívio de ácido gástrico, o
tratamento é tomar antiácidos, quer sob a
forma de soluções ou drogas e
medicamentos. No entanto, para casos em
que há persistente sobre a secreção de
ácido clorídrico, o melhor é uma
investigação médica mais apurada e obter a
condição diagnosticada corretamente e
82 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
tratada. Embora seja muito raro que
existem problemas relacionados com os
níveis de secreção do ácido, se vierem a
ocorrer, é melhor a imediata assistência ao
médico especialista o mais cedo possível, de
modo a prevenir eventuais complicações.
1.2.6.5 - Hipocloridria.
O nível apropriado de ácido clorídrico
no estômago ajuda a destruir as bactérias
encontradas nos alimentos. Uma baixa
concentração de HCl pode levar a uma
condição conhecida como hipocloridria
(baixo quantitativo de ácido no suco
gástrico). Isso é prevalente em idosos
porque a produção de HCl diminui à medida
que envelhecemos. O HCl esteriliza o
estômago, permitindo também que o corpo
absorva os nutrientes dos alimentos. Além
disso, o HCl é responsável pela conversão
do pepsinogênio em sua conformação ativa,
criando uma enzima que digere as
83 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
proteínas para que o corpo possa absorvê-
las mais facilmente. Quando os níveis de
ácido no estômago estão muito baixos, o
organismo não consegue digerir os
alimentos ou matar bactérias. A condição
pode diminuir a capacidade do corpo de
absorver vitaminas, minerais e
aminoácidos, levando a sérias deficiências
nutricionais e a doenças autoimunes.
Em nível de comentários, visando
manter níveis ideais de ácido clorídrico,
desenvolvemos alguns comentários
subsequentes. Aos usuários, ou pacientes,
recomendamos algumas mudanças simples
na dieta para melhorar os níveis de ácido do
estômago. Ver possibilidade econômica e
cultural de incluir na dieta o salmão, atum,
abacate e castanhas (mas não amendoim)
para elevar os níveis de ômega três, um
ácido graxo essencial. Aumentar a ingestão
de fibras consumindo cereais. Beba ao
84 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
menos oito copos de água, 300 ml, filtrada
por dia. Inserir alho cru esmagado na dieta,
para consumir alicina, um composto
antimicrobiano que combate bactérias.
Se não for intolerante à lactose,
consumir iogurte simples não
pasteurizados com culturas ativas. Alguns
alimentos e bebidas devem ser evitados.
Bebidas alcoólicas, por exemplo, podem
causar refluxo ácido. Evitar gorduras trans
(hidrogenadas ou óleos parcialmente
hidrogenados), como as muitas vezes
utilizadas em fast-foods. Evitar açúcares
refinados e adoçantes artificiais, pois o
açúcar estimula o crescimento de bactérias.
Tomate, berinjela, batata e pimenta podem
causar indigestão e azia e podem piorar a
artrite. Eliminar na medida do possível, ou
reduzir, todos os carboidratos simples ou
refinados como pão branco, massas,
85 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
biscoitos e bolachas. Evitar trigo e proteína
de trigo (glúten), além de amendoim.
Peixes e mariscos são conhecidos por
abrigar níveis elevados de mercúrio, por
isso, evite peixe-cavala, atum de barbatana
amarela, espadarte, lagosta, mariscos e
ostras. Além disso, peixes criados em
fazendas podem conter altos níveis de PCBs
(bifenilos policlorados). Café, chás,
refrigerantes e outras bebidas com cafeína
podem causar insônia e prisão de ventre e
ainda interferir no funcionamento do
sistema digestivo. Evitar o nitrito de sódio
contido em alimentos como bacon e
salsicha, assim como alimentos que contêm
MSG (glutamato monossódico).
É importante a mudança de hábitos
alimentares. Em vez de três grandes
refeições diárias, recomendar que se façam
pequenas refeições consumidas ao longo do
dia. Evitar deitar-se imediatamente após
86 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
comer. Em vez disso, sente-se uma hora
depois de comer para melhorar a digestão.
Evite excessos. Estudos mostram que uma
dieta mais rica em carboidratos do que em
alimentos gordurosos pode desencadear
um desequilíbrio do conteúdo ácido
estomacal. Experiências sugerem que beber
água gelada, inibe a produção de ácido
gástrico. Estudos sugerem que as cápsulas
de cloridrato de betaína com pepsina
ajudam a hidrolisar as proteínas, facilitando
a digestão dos alimentos. Porém esta
recomendação deve ser fortalecida pelo
médico do paciente, pois suplementos de
cloridrato de betaína podem causar reações
adversas quando administrados em
conjunto com certos medicamentos.
Recomendações de uso de
multivitamínico diariamente para ajudar a
restaurar os níveis de vitaminas e minerais,
que podem ser exauridos pela hipocloridria.
87 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Especialistas em medicina alternativa
também recomendam tomar vitaminas do
complexo B. Beber chás de ervas,
especialmente de gengibre ou chá verde, ou
consumir ervas amargas em formulações
líquidas. Não é consenso, porém, se credita
que essas bebidas estimulem a produção de
HCI. Ervas como orégano, hortelã-pimenta,
alho e extrato de semente de toranja têm
demonstrado combater as bactérias,
enquanto outras medidas dietéticas são
usadas para aumentar a produção de HCl no
estômago. O Farmacologista Clínico e o
médico devem compreender que os
sintomas de hipercloridria podem às vezes
parecer idênticos aos sintomas de excesso
de ácido. O refluxo ácido é um sintoma
comum tanto para níveis baixos quanto
para níveis altos de ácido, embora o
tratamento seja totalmente diferente em
cada condição. Além disso, as soluções
88 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
alternativas não têm sua eficácia
comprovada cientificamente.
1.2.6.6 - Acloridria.
Incapacidade de produzir ácido
gástrico. Mais comumente causada por
atrofia gástrica, com ou sem gastrite
autoimune. A atrofia gástrica está presente
em cerca de 15% dos idosos. É geralmente
assintomática, mas pode apresentar sinais
e/ou sintomas de deficiência de ferro,
vitamina B12 ou cálcio. Pode interferir na
absorção de alguns medicamentos. Pode
ainda ser definida como a incapacidade do
Ph gástrico em chegar abaixo de 4,0 para
fazer a digestão dos alimentos. Este
distúrbio pode leva a alguns sintomas
importantes como azia, queimação,
distensão abdominal (barriga estufada,
inchada), sensação de empachamento após
as refeições principalmente proteínas. Além
de ser causada por doenças auto imunes,
89 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
nutrição deficiente de zinco, vitamina B6 e
excesso de uma dieta rica em açucares,
gorduras, estresse, ingestão de bebidas
alcoólicas e uso de medicamentos como
Omeprazol(se usado de forma continua sem
prescrição médica).
1.2.7 - Proteína integral de membrana.
Uma proteína integral de membrana é
uma molécula proteica (ou conjunto de
proteínas) que está ligada de maneira
permanente à membrana plasmática. As
proteínas que atravessam a membrana são
rodeadas por lipídios "anulares", que são
definidos como lípidos que estão em
contato direto com uma proteína de
membrana. Tais proteínas podem sair da
membrana biológica através do uso de
detergentes, solventes não polares, ou
mesmo por agentes desnaturantes. As
proteínas são uma parte substancial das
90 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
proteínas codificadas pelo genoma de um
organismo (Wallin E, von Heijne G.1998).
Todas as proteínas transmembranares
são proteínas integrais de membrana, mas
nem todas as proteínas integrais de
membrana são proteínas
transmembranares. Receptores
transmembranares são polipeptídeos
imersos na bicamada lipídica da célula de
eucariotos. Um polipeptídeo ou peptídeo
corresponde a um polímero linear de mais
de vinte aminoácidos estabelecendo entre si
ligações peptídicas. Por exemplo, o
glucagon a insulina, os dois hormônios,
incluem-se nesta divisão. O termo proteína
é usado quando na composição do
polipeptídio entram setenta ou mais
aminoácidos. A bicapa lipídica é formada
pelo acoplamento de distintos lípidos
anfipáticos, ou seja, que têm uma
extremidade ("cabeça") hidrófila (pólo
91 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
lipófobo) e uma "cauda" lipófila (pólo
hidrófobo), que quando se encontram em
um meio aquoso se orientam
espacialmente, de tal maneira que as
cabeças hidrofílicas se orientam até o
exterior (até o meio aquoso) e as caudas
hidrófobas se dirigem ao interior, formando
uma região lipófila. Vejamos a ilustração da
bicapa lipídica fluida que é construída
inteiramente de fosfatidil colina. Sendo que
as duplas capas lipídicas são o fundamento
de todas as membranas biológicas e sua
estrutura se ajusta ao modelo de mosaico
fluido de Singer e Nicholson (1972).
(Iconografia 12)
92 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 13)
E = espaço extracelular; P = membrana plasmática; I =
espaço intracelular.
Nas iconografias seguintes temos a
descrição seguinte em que nos lípidos
presentes nas membranas biológicas, a
cabeça hidrofílica procede de um destes
três grupos:
Glucolípidos, cujas "cabeças" contêm
um oligossacarídeo de 1 a 15
monossacarídeos.
Fosfolípidos, cujas cabeças contêm
um grupo carregado positivamente
93 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
que se enlaça à cauda por um grupo
fosfato carregada negativamente.
Esteróides, cujas cabeças contêm um
anel esteroide planar, por exemplo, o
colesterol, exclusivo dos animais.
A bicapa lipídica pode formar duplas
capas planas que não têm limite de
extensão; Micelas, que podem alcançar
certo tamanho; Membranas negras e
Túbulos.
(Iconografia 14)
1.2.8 - As micelas.
94 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
As micelas são geralmente globulares,
contudo, estas estruturas podem ser
elipsoides, cilíndricas e em camadas. Em
matemática, um elipsoide é uma superfície
cuja equação num sistema de coordenadas
cartesianas x-y-z é...
...onde a, b e c são números reais positivos
que determinam as dimensões e forma do
elipsoide. Se dois dos números são iguais, o
elipsoide é um esferoide; se os três forem
iguais, trata-se de uma esfera.
95 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Imagem tridimensional de
um elipsoide(F. W. J. Olver, D. W. Lozier, R. F. Boisvert,
and C. W. Clark, 2010, Cambridge University Press).
(Iconografia 15)
As micelas, o formato e o tamanho
destas são em função da geometria
molecular dos surfactantes bem como das
condições da solução, tais como:
concentração, temperatura, pH e força
iônica. Micela é uma estrutura globular
formada por um agregado de moléculas
anfipáticas, ou seja, compostos que
possuem características polares e apolares
simultaneamente, dispersos em um líquido
constituindo uma das fases de um coloide.
Estas "partículas" variam entre 0,1 e 0,001
micrômetros de diâmetro em soluções
coloidais.
96 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Esquema
de uma micela. Cada molécula formadora da micela é
representada por uma cabeça polar e uma cauda
apolar. (Iconografia 16)
As micelas se mantêm unidas graças a
uma interação chamada Força de Van der
Waals, que acontece devido à grande
proximidade entre as parcelas apolares das
moléculas anfipáticas. Moléculas
anfipáticas, ou anfifílicas, são moléculas que
apresentam a característica de possuírem
uma região hidrofílica (solúvel em meio
aquoso), e uma região hidrofóbica
(insolúvel em água, porém solúvel em
lipídios e solventes orgânicos). A maior
parte dos sabões e detergentes é feitos de
97 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
compostos que contém esse tipo de
molécula. O caráter polar e apolar permite
ligações aparentemente impossíveis entre
moléculas. Em sua maioria, são moléculas
orgânicas que apresentam de um lado um
haleto orgânico (polar) e de outro uma
extensa cadeia de hidrocarbonetos (apolar).
Sua forma mais estável em água ou
outro ambiente polar é na forma de micela.
A formação das micelas, contudo, não
ocorre em qualquer concentração. Apenas a
partir de uma concentração mínima
chamada concentração micelar crítica,
ocorre a micelização. Esta associação das
moléculas de surfactantes ocorre para que
haja uma diminuição da área de contato
entre as cadeias hidrocarbônicas do
surfactante e a água ou outro composto
polar. Com a formação de micelas várias
propriedades físicas da solução tais como
98 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
viscosidade, condutividade elétrica, tensão
superficial e pressão osmótica são afetadas.
As micelas podem ser formadas de
fosfolipídeos (lipídeos complexos), por
exemplo, onde a parte polar ou hidrofílica
fica rodeada de água, e a parte apolar ou
hidrofóbica (caudas hidrocarbonadas),
ficam sequestradas no interior.
É importante o conhecimento destas
micelas, pois é o que ocorre em nosso
organismo quando absorvemos os lipídeos.
Depois de ingeridos, eles são
"quebrados" em moléculas menores e mais
fáceis de serem absorvidos (isso ocorre no
estômago e intestino). Depois que são
absorvidos, eles cai na corrente sanguínea
em forma de micelas para atuarem na
síntese de hormônios, proteção da
termorregulação, etc. As micelas não são
solúveis em água, por isso, não se
99 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
solubilizam no sangue favorecendo assim o
seu transporte dentro do nosso corpo.
1.2.9 - Farmacologia Clínica na prática.
Na prática, talvez em Farmacologia
Geral encontremos alguns exemplos.
Citemos alguns: Dodecil sulfato de sódio
(aniônico). Dodecil sulfato de sódio (SDS ou
NaDS, do inglês sodium dodecyl sulfate) ou
lauril sulfato de sódio (SLS, do inglês
sodium lauryl sulfate) (fórmula
C12H25SO4Na) é um surfactante aniônico.
A molécula tem um ramo de 12 átomos de
carbono, ligados a um grupo sulfato, dando
a molécula propriedades anfipáticas
requeridas por um detergente. É usado em
produtos de uso profissional e doméstico,
tanto em escala industrial quanto de
produção artesanal, em cosméticos e
produtos para a higiene, tais como pastas
de dente, xampus, cremes de barbear,
algumas aspirinas solúveis e sabonetes
100 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
líquidos e géis para banho pelo seu efeito
espessante e sua habilidade em criar um
mousse.
Também é usado em produtos de
limpeza. Encontraremos na prática outros
nomes, a saber:
Monododecil sulfato de sódio;
Lauril sulfato de sódio;
Monolauril sulfato de sódio;
Dodecanossulfato de sódio;
Sal de sódio dos álcool dodecílico
hidrogenossulfato;
n-dodecil sulfato de sódio;
Sal de sódio do éster monododecílico
do ácido sulfúrico.
101 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.10.1 - Dodecil sulfato de sódio.
Fórmula molecular NaC12H25SO4
Massa molar 288.38 g mol−1
Densidade 1,1 g·cm–3 (20 °C)
Ponto de fusão 204–207 °C
Ponto de ebulição 380 °C (decomposição
térmica)
Solubilidade em água 150 g·l-1 a 20 °C
(Iconografia 17)
102 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.10.1.1 - Atenção para os compostos
relacionados.
Lauril sulfato de amônio (ALS -
ammonium lauryl sulfate) é o nome comum
para o dodecil sulfato de amônio
(CH3(CH2)10CH2OSO3NH4). O dodecil
significa a presença de uma cadeia de
carbono de 12 membros na "coluna
vertebral" molecular a qual permite a
molécula se ligar com porções não polares
de moléculas enquanto a "cabeça" de
sulfato altamente polar permite a molécula
ligar-se com moléculas polares tais como a
água.
1.2.10.1.2 - ALS é classificado como um
sulfato de alquila e é um surfactante
aniônico encontrado principalmente em
xampus e sabonetes líquidos como um
formador de espuma. Lauril sulfatos são
surfactantes muito espumantes que
rompem a tensão superficial da água
103 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
formando micelas em torno das moléculas
polares de água.
Ammonium dodecyl sulfate, nome IUPAC.
(Iconografia 18)
1.2.10.1.3 - Outros nomes: Sal de amônio
do éster monodecílico do ácido sulfúrico;
dodecil sulfato de amônio.
Lauril éter sulfato de sódio, ou laureth
sulfato de sódio (SLES), é um detergente e
surfactante que faz parte de muitos
produtos de higiene (sabonetes, shampoos,
cremes dentais, etc.). É um
desengordurante muito eficaz e barato. A
sua fórmula química é
CH3(CH2)10CH2(OCH2CH2)nOSO3Na. Por
104 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
vezes o número "n" é incluído no nome, por
exemplo, lauriléter-2 sulfato de sódio.
O produto comercial é heterogéneo,
tanto no comprimento da cadeia álcali (12
sendo a moda do número de átomos de
carbono), como no número de grupos
etoxila, onde n é a mediana. Tem-se que n=3
é comum nos produtos comerciais. SLES
pode ser derivado por etoxilação de SDS.
1.2.10.1.4 - Dodecil sulfato de sódio (Lauril
sulfato de sódio) (também conhecido como
SDS) e lauril sulfato de amónio (ALS) são
alternativas comuns ao SLES em produtos
comerciais. Enquanto o SLS é um conhecido
irritante, algumas evidências e pesquisa
sugerem que SLES pode também causar
irritação após exposição prolongada.
1.2.10.1.5 - Danos e riscos a saúde
individual.
Ao médico dermatologista e em
particular ao Farmacologista Clínico, uma
105 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
alerta em relação aos efeitos na pele
sensível. Produtos contendo essas
substâncias podem afetar quem tenha
propensão a eczemas e outras irritações.
Essas substâncias ajudam na produção
elevada de espuma nesses produtos,
permitindo uma melhor distribuição do
produto durante a lavagem do cabelo, pele
ou dentes. Quando enxaguado, o produto
terá lavado a área, mas, em contrapartida,
terá também removido a humidade das
camadas superiores da derme. Em pessoas
com pele sensível (dadas a dermatites, acne,
eczema, psoríase e sensibilidade química),
as propriedades hidrófilas desse tipo de
detergentes podem causar o ressurgir de
problemas de pele ou piorar condições já
existentes (Magnusson B, Gilje O. Allergic contact
dermatitis from a dish-washing liquid containing
lauryl ether sulphate. Acta Derm Venereol.
1973;53(2):136-40. Abstract; Van Haute N, Dooms-
Goossens A. Shampoo dermatitis due to cocobetaine
106 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
and sodium lauryl ether sulphate. Contact Dermatitis.
1983 Mar;9(2):169. Abstract).
1.2.10.1.6 - A humidade ou umidade (em
língua portuguesa, Brasil) é a quantidade de
vapor de água na atmosfera.
Fisicamente, a humidade relativa é
definida como a razão da quantidade de
vapor de água presente numa porção da
atmosfera (pressão parcial de vapor) com a
quantidade máxima de vapor de água que a
atmosfera pode suportar a uma
determinada temperatura (pressão de
vapor). A humidade relativa é uma
importante variável (medida) usada na
previsão do tempo, e indica a possibilidade
de precipitação (chuva, neve, granizo, entre
outros), orvalho ou nevoeiro. A alta
humidade durante dias quentes faz a
sensação térmica aumentar, ou seja, a
pessoa tem a impressão de que está fazendo
mais calor, devido à redução da eficácia da
107 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
transpiração da pele, e assim reduzindo o
resfriamento corporal. Por outro lado, a
baixa humidade dos desertos causa uma
grande diferença de temperatura entre o
dia e a noite. Este efeito é calculado pela
tabela de índice de calor.
1.2.10.1.7 - Preocupações de saúde.
O produto [Lauril Sulfato de Sódio -
LSS] é um surfactante aniônico,
biodegradável, possui ação detergente e
emulsificante. Tem ampla utilização na
Indústria farmacêutica e cosmética,
produtos de higiene pessoal (xampu, pasta
dental, cremes, etc.), detergentes de uso
domésticos, limpeza industrial e inúmeras
sínteses químicas. Não há nenhuma
referência de CARCINOGÊNESE ou risco à
saúde em vasta bibliografia consultada
especializada em toxicologia clínica ou
sobre substâncias Carcinogênicas, inclusive
Organização Mundial da Saúde e IARC -
108 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Agência Internacional de Pesquisa do
Câncer. A Cosmetic, Toiletry, and Fragrance
Association (CTFA) e a American Cancer
Society dizem que a possibilidade de o LSS
ser cancerígeno é uma lenda urbana.
1.2.10.1.8 - O produto [Lauril Sulfato de
Sódio - LSS] e a referência de
CARCINOGÊNESE.
Environmental Working Group disse
no seu Skin Deep Report que o LSS pode
possivelmente estar contaminado com 1,4-
dioxano(Rumor: Sodium Lauryl Sulfate Causes
Cancer. The Cosmetic, Toiletry, and Fragrance
Association. 13, October 2000. Consumer Information;
Skin Deep Report. Environmental Working Group.
Revised October 1995. SLES Rating).
SLES e SLS sabe-se que tenham sido
contaminados com 1,4-dioxano. A U.S.
Environmental Protection Agency
considera o 1,4-dioxano como um possível
cancerígeno. A U.S. Food and Drug
Administration encoraja as empresas a
109 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
remover este contaminante, tal ainda não é
imposto por lei(Roderick E. Black, Fred J. Hurley,
Donald C. Havery. Occurrence of 1,4-Dioxane in
Cosmetic Raw Materials and Finished Cosmetic
Products. Journal of AOAC International.2001
May;84(3):666-670. Abstract; 1,4-Dioxane (1,4-
Diethyleneoxide). Hazard Summary. U.S.
Environmental Protection Agency. Created in April
1992; Revised in January 2000. Fact Sheet;
FDA/CFSAN--Cosmetics Handbook Part 3: Cosmetic
Product-Related Regulatory Requirements and Health
Hazard Issues. Prohibited Ingredients and other
Hazardous Substances: 9. Dioxane; 9004-82-4 -
Guidechem.com(em inglês).
1.2.10.1.9 - Dioxano é um dos isômeros do
dioxacicloexano, um cicloexano em que
dois -CH2- são substituídos por -O-:
1,4-Dioxano - isômero para.
1,3-Dioxano - isômero meta.
1,2-Dioxano - isômero orto.
110 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 19)
1.2.10.1.10 - Conheça substâncias que
podem liberar o dioxano, componente
nocivo à saúde.
A substância é considerada como
possível cancerígena e pode estar presente
em muitos outros componentes que são
comuns em cosméticos. Classe de um
solvente industrial que pode aumentar as
chances de surgimento de câncer é utilizada
em cosméticos e é bem provável que
individualmente ou coletivamente as
pessoas tenham contato direto com ele.
111 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Vamos entender no contexto o
“dioxano ou 1,4-dioxano”, que é um
composto orgânico volátil
(VOC) pertencente à família dos éteres,
sendo que alguns tipos de dioxinas podem
liberá-lo.
1.2.10.1.11 - Vamos entender e conhecer
os perigos da dioxina e desenvolver a ideia
de como preveni-los.
Inicialmente é bom esclarecer que
estar presente em papéis que passaram por
processo de branqueamento e em certos
artigos íntimos femininos, a substância
pode causar câncer dependendo do excesso
em corpo humano. Durante as pesquisas
do autor, que resultou na Monografia
Acadêmica para seu título de especialista
em Farmacologia Clínica pela Faculdade
ATENEU, observamos que alguns médicos
convidados para opinar em diversos
estudos científicos demonstraram nunca
112 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
tenha ouvido falar dessa substância
química. Porém é uma realidade, ela está
em nossos corpos (mesmo que em pequena
quantidade) e é perigosa. A dioxina é um
subproduto industrial de certos processos,
como produção de cloro, certas técnicas de
branqueamento de papel e produção de
pesticidas. A incineração de lixo também
libera dioxina (queima de plástico, de papel,
de pneus e de madeira tratada com
pentaclorofenol), pois muitos produtos são
tratados com cloro em sua fabricação.
As dioxinas são acumuladas nos
tecidos adiposos, ou seja, nas regiões em
que nossos corpos e os de animais têm mais
gordura. Por meio de um processo chamado
biomagnificação, elas também acompanham
o desenvolvimento da cadeia alimentar, de
acordo com artigo da Agency for Toxic
Substances and Disease Registry (ATSDR),
dos EUA. Ao comermos a carne de um
113 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
animal que contém muitas dioxinas, elas
serão acumuladas no corpo. A partir de
então, o organismo tentará se livrar delas
por um bom tempo. Nesta linha de
raciocínio observemos que “Comer carne
vermelha em excesso não é saudável por
muitas razões e uma delas é aumentar o
risco de câncer de próstata” Comer carne
vermelha em excesso não é saudável por
muitas razões e uma delas é aumentar o
risco de câncer de próstata. Não há nível
saudável de dioxinas e até uma quantidade
pequena pode ser perigosa, exatamente
porque ela se acumula no organismo.
Mesmo assim, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) e a União Européia
estabeleceram a dosagem de 2,3 pg/kg/dia
(picograma/quilo/dia - 1 picograma
equivale a 10-¹² grama ou um trilionésimo
de grama) como limite. A americana
Enviromental Protection Agency
114 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(EPA), discorda, apontando 0,7 pg/kg/dia
como quantidade máxima recomendável.
É limites que significam quantidades
muito baixas, o que pode ser aferido por
orientação da própria EPA, que descreve o
uso de filtro simples de papel para coar café
feito com papel branqueado
industrialmente, por exemplo, como
suficiente para exceder os “níveis
aceitáveis” de dioxina por toda uma vida.
1.2.10.1.12 - História e processos
industriais.
A expansão das dioxinas se liga à
utilização do cloro na Segunda Guerra
Mundial. Até esse período, o produto foi
usado, juntamente com outras substâncias
químicas, como forma de armamento. Com
o fim do conflito, havia uma grande
produção, mas a demanda sofreu uma
queda abrupta. Assim, a indústria química
buscou novos mercados para inserir o
115 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
cloro. Essa empreitada foi bem sucedida,
mas o subproduto dioxina não estava nos
planos. Uma fonte de cloro, uma fonte de
matéria orgânica e um ambiente térmico ou
quimicamente reativo em que os materiais
citados possam se combinar é o que gera a
dioxina nos processos industriais, de
acordo com o Greenpeace. Portanto, tanto a
produção de cloro como o tratamento de
outros produtos com cloro gera o
indesejado subproduto.
1.2.10.1.13 - Problemas causados pelas
dioxinas.
As dioxinas podem afetar o organismo
humano, principalmente, de três maneiras:
Má formação: as dioxinas são
substâncias teratógenas (causam má
formação fetal), mutagênicas
(causam mutações genéticas,
algumas das quais podem causar
câncer) e suspeita-se que sejam
116 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
carcinogênicas para humanos
(podem causar câncer).
Devido a essas propriedades, as
dioxinas mexem com a regulação de
crescimento celular, induzindo ou
bloqueando a morte de células;
Câncer: segundo a ATSDR, as
dioxinas são comprovadamente
causadoras de câncer em animais.
O mesmo efeito parece ocorrer com
humanos. E o mais grave é que as dioxinas
agem como carcinogênicos completos, que
não precisam de outros elementos químicos
para atuar no organismo. Elas podem
causar tumores e aumentar o risco de todos
os tipos de câncer, de acordo com a OMS e o
National Institute for Occupational Safety
and Health (NIOSH), dos EUA.
Outros efeitos: as dioxinas alteram
receptores de estrogênio, podem ser tóxicas
para o crescimento e o desenvolvimento,
117 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
podem causar danos no fígado, nos nervos e
alterações indesejadas em glândulas, de
acordo com a ATSDR. Problemas
relacionados aos sistemas reprodutivo e
imunológico, além de alterações no
neurodesenvolvimento também podem
ocorrer devido às dioxinas. As substâncias
também são suspeitas de causarem
problemas respiratórios, câncer de
próstata, além de dois tipos de diabetes.
1.2.10.1.14 - Emissões de dioxinas.
A tabela abaixo, divulgada sugere os
processos formadores das dioxinas e quais
são os emissores primários. V. Iconografia
20.
1.2.10.1.15 - Exposição.
Novamente de acordo com a ATSDR,
as dioxinas são encontradas em
praticamente todas as amostras de pele e
sangue de pessoas sem conhecimento sobre
terem exposição à substância. Como as
118 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
dioxinas perduram na cadeia alimentar e se
acumulam em tecidos adiposos, a
alimentação é responsável por 96% de toda
a acumulação de dioxinas da qual estamos
sujeitos. Os principais tipos de alimento que
as contêm, de acordo com a ATSDR, são os
seguintes: gordura animal presente em
carne, laticínios ricos em gordura, peixes
gordurosos (arenque, cavala, salmão,
sardinha, truta e atum) e produtos que
tenham sido expostos a pesticidas.
A contaminação também pode ocorrer
quando ingerimos alimentos que tiveram
contato direto com embalagens que
possuam dioxinas (principalmente as feitas
com papel branqueado industrialmente,
como pratos de papel e caixas de comida
feitas de papel). Também é possível que
produtos íntimos femininos que passaram
por processo de branqueamento liberem
dioxinas, como absorventes internos. Outra
119 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
maneira de o organismo humano ser
invadido por dioxinas é a respiração de
gases, vapores e outras emissões
provenientes de lixões que costumam
incinerar seus resíduos. Plantas industriais,
como fábricas de papel, de cimento e de
fundição de metais também podem liberar
dioxinas no ar. Viver numa região próxima
a esse tipo de estabelecimento pode
acarretar exposição crônica a dioxinas via
respiração (apesar de a maior parte entrar
no corpo humano via alimentação).
1.2.10.1.16 - Alternativas.
Se os parques industriais de todo o
mundo deixassem de produzir dioxinas,
ainda levaria cerca de 30 anos para que os
seres humanos diminuíssem
consideravelmente o nível da substância em
seus corpos. Como alternativas algumas
empresas tentaram substituir o cloro nos
processos industriais utilizando dióxido de
120 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
cloro, menos nocivo, o que pode ser aferido
em produtos que exponham o selo ECF
(Elemental Chlorine Free). Essa alteração
se deu principalmente nas indústrias de
papel e celulose e foi seguida por outra
inovação, chamada TCF (Total Chlorine
Free), em que não há nenhum tipo de cloro
na composição do material. Ele é
substituído por oxigênio, peróxido de
hidrogênio e ozônio. No Brasil, um projeto
de lei de 2008 tentou fazer com que a
indústria de papel só pudesse fabricar
modelos livres de cloro (TCF), mas foi
rejeitada. A maior parte da indústria
nacional de papel utiliza ECF, mas é possível
encontrar produtos TCF. O Greenpeace
defende que as dioxinas deixem de ser
produzidas, mas há um embate na
sociedade. Há posições que defendem o uso
dos ECF, alegando que não há diferenças
entre os dois modelos.
121 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Iconografia 20.
122 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.10.1.17 - Como evitar a exposição?
As dioxinas já estão presentes não só
em nossas gordurinhas, mas nas
gordurinhas de muitas pessoas ao redor do
mundo. No entanto, é possível seguir
alguns conselhos básicos para evitar a
exposição a essa perigosa substância -
Produtos de papel: opte por papéis
branqueados naturalmente ou não
branqueados, especialmente para produtos
que entram em contato com comida ou com
partes íntimas – filtros de café, toalhas de
papel e absorventes internos; Alimentos:
escolha alimentos orgânicos e com baixa
quantidade de gordura. Se a carne for
imprescindível na sua dieta, procure saber
se o animal foi criado de maneira
sustentável – alimentado com poucas
quantidades diárias de gordura ou
pasto/ração livre de pesticidas.
123 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
É comprovado que mães que comem
menos carne têm menos dioxinas em seu
leite materno; Plásticos: quando for
esquentar algum produto nas micro-ondas,
certifique-se de que ele foi feito
especialmente para essa finalidade. Mesmo
assim, dê preferência a recipiente de
cerâmica e vidro. Com o calor, os plásticos
podem liberar dioxinas diretamente no
alimento. O mesmo vale para o filme
plástico que recobre comida. Tire-o antes
de levar o alimento às micro-ondas. No
caso do PVC, evite qualquer forma de
queima ou aquecimento intenso do material
(fato comum em obras, para dar
elasticidade ao cano).
1.2.10.1.18 - Micro-ondas: aquecer
alimentos em recipientes de plástico pode
liberar dioxinas.
124 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
1.2.10.1.19 - Funcionamento.
(Iconografia 21).
O princípio básico desse tipo de forno
é transformar a energia elétrica em energia
térmica por meio de ondas
eletromagnéticas (as tais micro-ondas), que
aumentam a energia cinética dos alimentos.
Seu principal componente é o magnetron,
responsável pela formação de ondas
magnética e composta basicamente por
imãs e placas de metal. Essas ondas são
absorvidas pelas moléculas de água
125 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
presente nos alimentos, o que provoca
agitação e, por fim, aquecimento.
1.2.10.1.20 - Impactos no uso cotidiano.
O tipo de aquecimento do forno de
micro-ondas faz com que os nutrientes dos
alimentos sejam reduzidos.
No entanto, não são apenas os benefícios
que cessam. Segundo o médico Sérgio
Vaisman, médico especialista em nutrologia
e há anos dedicado à prática de medicina
preventiva, as alterações decorrentes do
aquecimento por meio das micro-ondas
pode fazer com que alimentos como fibras,
frutas e verduras, abundantes em
antioxidantes, percam boa parte de suas
propriedades, fundamentais ao trabalho de
eliminação de parte dos radicais livres que
podem lesar o DNA das células e contribuir
para a prevenção de várias doenças, dentre
elas câncer e cardiovasculares. De acordo
com a revista Pediatrics, a perda de
126 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
vitaminas e nutrientes do leite materno
devido ao aquecimento em forno de micro-
ondas pode afetar o sistema imunológico do
bebê. Aquecer alimentos em recipientes de
plástico que não são específicos para esse
tipo de forno, pode liberar dioxina, um
composto orgânico incolor e inodoro
comprovadamente cancerígeno (atestado
pelo Instituto Nacional do Câncer). Para
evitar problemas, basta utilizar recipientes
de vidro temperado, porcelana ou plásticos
especiais para micro-ondas. Porém,
operando de maneira normal, as micro-
ondas não oferece riscos à saúde, é
inclusive um facilitador ao poupar tempo
em nosso corrido dia-a-dia. Quando o forno
é desligado, não há riscos de contaminação
por radiação, já que ele só a emite quando
está funcionando, segundo o Instituto de
Pesquisas Tecnológicas. Na educação em
prol da segurança e bom ficar atento aos
127 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
aparelhos com data avançada de uso. Se
houver problemas no fechamento da porta,
dobradiça, trinco ou vedação, o uso deve ser
interrompido e o aparelho levado ao
conserto, já que a radiação pode escapar.
1.2.11 - Cloreto de benzalcônio (catiônico).
(Iconografia 22)
Cloreto de benzalcônio.
(Iconografia 23)
128 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
É um sal facilmente solúvel em água,
álcool e acetona. Cloreto de Benzalcônio
(cloreto de alquil dimetil benzil amônio) é
um agente de tensão superficial para
aumentar o contato nitrogenoso e catiônico
pertencente ao grupo de compostos de
amônio quaternário. É utilizado como
antisséptico, espermicida,
descongestionante nasal, e historicamente
como bactericida. Seu uso varia desde
desinfecção de pele e limpeza de
membranas mucosas passando por
esterilização de instrumentos, por cultivo
de pêssegos e até como conservante.
1.2.12 - Tensioativos ou tensoativos.
São surfactantes, são substâncias que
diminuem a tensão superficial ou
influenciam a superfície de contato entre
dois líquidos. Tensão superficial é um
efeito físico que ocorre na interface entre
duas fases químicas. Ela faz com que a
129 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
camada superficial de um líquido venha a se
comportar como uma membrana elástica.
Esta propriedade é causada pelas forças de
coesão entre moléculas semelhantes, cuja
resultante vetorial é diferente na interface.
Enquanto as moléculas situadas no interior
de um líquido são atraídas em todas as
direções pelas moléculas vizinhas, as
moléculas da superfície do líquido sofrem
apenas atrações laterais e internas. Este
desbalanço de forças de atração que faz a
interface se comportar como uma película
elástica como um látex. Os surfactantes
quando utilizados na tecnologia doméstica
são geralmente chamados de emulsionantes
ou emulgentes, ou seja, substâncias que
permitem conseguir ou manter a emulsão.
São feitos de moléculas na qual uma
das metades é solúvel em água e a outra
não. Tensioativos podem ser classificados
como Catiônicos: são agentes tensioativos
130 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
que possuem um ou mais grupamentos
funcionais que, ao se ionizar em solução
aquosa, fornece íons orgânicos carregados
positivamente. Exemplos típicos são os
quaternários de amônio. Os cátions
quaternários de amônio são íons
poliatômicos carregados positivamente e
com a estrutura NR4+, sendo R qualquer
radical alquila. Ao contrário do próprio íon
amônio NH4+ e dos cátions amônio
primário, secundário e terciário, os cátions
quaternários de amônio ficam carregados
eletricamente permanentemente, qualquer
que seja o pH do meio. Os cátions
quaternários de amônio são sintetizados
através da alquilação completa da amônia
ou outras aminas. Os sais quaternários de
amônio sais de amônio quaternário ou
compostos quaternários de amônio são sais
de cátions quaternários de amônio com um
ânion. São usados como desinfetantes,
131 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
surfactantes, amaciantes de tecido, agentes
antiestáticos (ex.: em xampus e
condicionadores de cabelos) e catalisadores
de transferência de fase. Nos amaciantes de
roupa líquidos, são geralmente usados os
sais de cloreto (exemplos: cloreto de cetil
dimetil amônio) ou os de sulfato de metila.
Cátion quaternário de
amônio.
(Iconografia 24)
Os radicais R podem ser o mesmo grupo ou
grupos alquílicos diferentes. Além disso,
quaisquer um dos Rs podem estar
conectados entre si.
Aniônicos: são agentes tensioativos
que possuem um ou mais grupamentos
132 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
funcionais e ao se ionizar em solução
aquosa, fornece íons orgânicos carregados
negativamente e que são responsáveis pela
tenso atividade. Um exemplo é o
dodecanoato de sódio.
Não iônicos: são agentes tensioativos
que possuem grupos hidrofílicos sem carga
ligado a cadeia graxa.
Anfóteros: são agentes tensioativos
que contem em sua estrutura tanto o
radical ácido inflamável como o básico.
Esses compostos quando em solução
aquosa exibem características aniônicas ou
catiônicas dependendo das condições de pH
da solução.
Os tensioativos anfóteros mais
comuns incluem N-alquil e C-alquil betaina
e sultaina como também álcool amino
fosfatidil e ácidos. Entre os tensioativos
encontram-se substâncias sintéticas que
são utilizadas regularmente, como
133 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
detergentes e produtos para máquina de
lavar louça. O tensioativo é um produto que
pode se misturar a qualquer produto
inflamável e não detectável quimicamente.
1.2.13 - Cocamidopropil betaína
(zwitterionico).
Cocamidopropil betaína, também
conhecida pela sigla CAPB, é um líquido
viscoso amarelo derivado de óleo de coco e
de um produto químico chamado
dimetilaminopropilamina. É um anfotérico
surfactante suave - um detergente que pode
atuar como um ácido ou uma base - e é
normalmente usado em produtos de
limpeza e higiene pessoal. A substância
ajuda a produzir espuma em produtos como
o sabonete líquido e pode ajudar a
engrossar produtos como condicionador de
cabelo. Tem também suaves qualidades
antissépticas. Reações alérgicas e irritação
na pele são possíveis, especialmente para
134 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
pessoas com mais pele sensível. O coco
betaína também podem ser rotulada em
recipientes de produtos como N-(carboxi
metil)-N, N-dimetil-3-sal [(1-oxococo)
amino]-1 de hidróxido de propanaminium-,
ou sal interior. Betaína cocamidopropyl
representa um impulsionador ou
estabilizador de espuma eficaz, tornando-se
um ingrediente comum em produtos de
espuma de banho, sabonetes líquidos e
xampus. O composto permanece estável
dentro de uma ampla gama de valores de
pH. Esta gama de pH confere-lhe um ligeiro
efeito germicida e antisséptico, tornando-o
adequado para utilização em produtos
industrializados de higiene pessoal. Por
exemplo, muitas vezes é incluído como um
ingrediente desinfetante suave em
esfoliantes faciais e corporais. Também é
compatível com outros agentes catiônicos,
aniônicos e tensoativos não iônicos,
135 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
tornando-se um ingrediente comum em
tintas para o cabelo. Embora seja
geralmente considerado como um
ingrediente leve e seguro, existem alguns
relatos de casos de reações alérgicas em
usuários, provavelmente como resultado do
processo de fabricação dos subprodutos
amidoamina e dimetilaminopropilamina,
duas impurezas que têm sido associadas
com a irritação da pele e alergias dérmicas.
Estudos demonstram que este problema
pode potencialmente ser evitado se os
fabricantes mantiverem baixos os níveis
destes subprodutos. Na última década,
mais e mais novos surfactantes têm sido
introduzidos com a esperanças de gerar
produtos mais suaves e menos irritantes. A
utilização de betaína cocamidopropil tem
em grande parte substituído o uso de
cocoamida DEA na maioria dos produtos,
graças a pesquisas que demonstraram
136 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
possíveis efeitos carcinogênicos em ratos de
laboratório em testes de cocoamida DEA em
cosméticos. Alguns fabricantes de
produtos de higiene estão substituindo
agora a betaína cocamidopropyl por
cocamidopropyl hydroxysultaína, também
derivado de óleo de coco, alegando que é
mais leve e mais eficaz. No entanto, esta
última substância tende a ser um
ingrediente mais caro(Referências: Informe
técnico do fabricante; Manual de Incompatibilidades
farmacotécnicas em preparações de uso tópico –
ANFARMAG – 2003).
Conclusão: A COCOAMIDOPROPIL
BETAÍNA pertence à classe dos tensoativos
anfotéricos, por possuir uma carga positiva
e outra negativa na estrutura de sua
molécula. É obtida sinteticamente, pela
reação de condensação do óleo de coco ou
de babaçu com a dimetilpropilamina.
137 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
A COCOAMIDOPROPIL BETAÍNA é um
tensoativo anfotérico suave, com excelente
compatibilidade dérmica, baixa
irritabilidade aos olhos e pele,
especialmente em combinação com os
aniônicos (LESS). Reduz a irritabilidade das
formulações, melhora o toque, promove o
aumento da viscosidade e maior
estabilidade de espuma. Compatível com
quase todos os outros tensoativos usados
em formulações de shampoos e sabonetes
líquidos, tem alto poder de detergência,
espuma e limpeza, sendo utilizado nas
formulações cosméticas de shampoos
perolados, shampoos transparentes,
shampoos anticaspas, shampoo-
condicionadores, sabonetes líquidos,
espuma de banhos, shower-géis, entre
outros.
Aplicações: Shampoos de todos os
tipos; � Shampoos infantis; � Sabonetes
138 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
líquidos; � Sabonetes líquidos infantis; �
Espumas de banho; � Shower-géis;
�Sabonetes antissépticos; � Loções de
limpeza(Jones, R.G e Storey, 1981; Craig, SAS., 2004).
1.2.14 - Octanol (álcool graxo, não
iônico).
Octanol é o álcool primário saturado
de cadeia linear com oito carbonos. O álcool
(al-kohul) é uma classe de compostos
orgânicos que possui, na sua estrutura, um
ou mais grupos de hidroxilas(-OH) ligados a
carbonos saturados. É, comumente,
utilizado como combustível, esterilizante e
solvente. É o componente principal das
bebidas alcoólicas. Os álcoois primários
têm o grupo hidroxila ou oxidrila ligado a
um carbono primário, como por exemplo, o
etanol. Sua fórmula geral é:
139 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Na ilustração, "R" representa um
radical hidrocarboneto qualquer.
Em química, um hidrocarboneto é um
composto químico constituído por átomos
de carbono e de hidrogênio unidos
tetraedricamente por ligação covalente
assim como todos os compostos orgânicos.
O álcool é produzido a partir de
matérias primas com origem vegetal que
possuem altos índices de frutose.
A principal matéria prima utilizada é a
cana-de-açúcar, mas podem também ser
usadas outras matérias como o milho, a
mandioca e o eucalipto.
Após o corte, é feito o transporte da
matéria para a usina, onde ocorre a lavagem
e a moagem seguida da filtragem, de onde
são obtidos a garapa e o bagaço.
A garapa é aquecida, formando um
líquido viscoso e rico em açúcar, o melaço.
140 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Depois, adiciona-se ao melaço um
pouco de água e ácido, de onde obtemos o
mosto. Após 50 horas de fermentação 13%
do mosto torna-se álcool e é enviado para a
destilação. Para fins de higienização de
ambientes e do corpo humano, é fabricado o
álcool na versão pastosa (álcool em gel).
1.2.15 - Créditos especiais.
Para os pesquisadores recomendamos
o formato em página web utilizando Chime
© 2001 de Angel Herráez (Depto.
Bioquímica e Biologia Molecular,
Universidade de Alcalá, 28871 Alcalá de
Henares, Espanha).
Desenvolvido e traduzido a partir
dum script para Rasmol, © 1997 Eric Martz
(Dept. Microbiology, University of
Massachusetts, Amherst, MA 01003-5720,
U.S.A.).
Permitem-se a utilização e a copia
com fins educativos não comerciais. O uso
141 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
comercial exige um acordo prévio com os
autores.
Inclui uma simulação mediante
dinâmica molecular da bicamada de
fosfatidilcolina em água, realizada por H.
Heller, M. Schaefer e K. Schulten no
Theoretical Biophysics Group, Beckmann
Institute, University of Illinois, Urbana-
Champaign, U.S.A. ("Molecular dynamics
simulation of a bilayer of 200 lipids in the
gel and in the liquid-crystal phases", J. Phys.
Chem. 97:8343-60, 1993).
Inclui também uma simulação por
dinâmica molecular da gramicidina numa
bicamada, realizada por S. Crouzy , T.B.
Woolf y B. Roux em CENG, Centre d'Etudes
Atomiques, Grenoble, Francia, y Chemistry
Dept., Université de Montreal, Montreal
H3C 3J7 Canadá. ("A molecular
dynamics study of gating in dioxolane-
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Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
linked gramicidin A channels", Biophys. J.
67:1370-86, 1994).
http://biomodel.uah.es/pt/model2/bicapa
/inicio.htm
Mais modelos moleculares que
utilizam Chime, em espanhol, em Biomodel:
http://www.uah.es/otrosweb/biomodel
Há outros recursos com Chime em espanhol
no "Índice Mundial de Recursos de
Visualização Molecular" ( World Index of
Molecular Visualization Resources ).
1.2.16 - “Pim” – Função.
Estas proteínas incluem
transportadores, canais iónicos, receptores,
enzimas, domínios estruturais de
ancoragem membranar, proteínas
envolvidas na acumulação e transdução de
energia, proteínas responsáveis pela adesão
celular. A classificação de transportadores
pode ser encontrada na base de dados
TCDB, citado por Saier MH, Yen MR, Noto K,
143 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Tamang DG, Elkan C - 2009(Transporter
Classification Database).
1.2.17 - Receptores. Exemplos.
Em citologia, o termo receptores(ou
recetores designa as proteínas que
permitem a interação de determinadas
substâncias com os mecanismos do
metabolismo celular. A união de uma
molécula sinalizadora a seus receptores
específicos desencadeia uma série de
reações no interior das células (transdução
de sinal), cujo resultado final depende não
só do estímulo recebido, senão de muitos
outros fatores, como o estado celular, a
situação metabólica da célula, a presença de
patógenos, o estado metabólico da célula,
etc. Portanto ciente que receptores são
proteínas ou glicoproteínas presentes na
membrana plasmática, na membrana das
organelas ou no citosol celulares, que unem
especificamente outras substâncias
144 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
químicas chamadas moléculas
sinalizadoras, como os hormônios e os
neurotransmissores. Podemos citar alguns
exemplos de proteínas integrais de
membrana, e como por referência, temos:
Receptor de insulina.
Receptor de insulina.
(Iconografia 25)
O receptor de insulina é um receptor
transmembranar que é ativado pela
insulina, IGF-I, IGF-II, pertencendo à grande
classe dos receptores tirosina quinase. Do
145 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
ponto de vista metabólico, o receptor de
insulina desempenha um papel central na
regulação da homeostase da glucose, um
processo funcional que quando em
condições degeneradas podem resultar
numa variedade de manifestações clínicas
como a diabetes e o cancro. Alguns tipos de
proteínas de adesão celular ou moléculas de
adesão celular como as integrinas,
caderinas, NCAMs ou selectinas. Alguns
tipos de proteínas receptoras.
Glicoforina;
Rodopsina;
Banda 3(três);
CD36;
GPR30.
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Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
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ILUSTRADA
(Iconografia 1)
(Iconografia 2)
187 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 3)
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Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 4)
(Iconografia 5)
189 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
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(Iconografia 8)
190 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 9)
191 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 10)
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192 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
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(Iconografia 12)
(Iconografia 13)
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(Iconografia 14)
Imagem tridimensional de
um elipsoide(F. W. J. Olver, D. W. Lozier, R. F. Boisvert,
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(Iconografia 15)
194 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Esquema de uma
micela. Cada molécula formadora da micela é
representada por uma cabeça polar e uma cauda
apolar. (Iconografia 16)
(Iconografia 17)
195 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Ammonium dodecyl sulfate, nome IUPAC.
(Iconografia 18)
(Iconografia 19)
196 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Iconografia 20.
197 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
(Iconografia 21).
(Iconografia 22)
Cloreto de benzalcônio.
(Iconografia 23)
198 FARMACOLOGIA MÉDICA GERAL
Professor César Augusto Venâncio da Silva Os inibidores da bomba de prótons (IBPs)
Cátion
quaternário de amônio.
(Iconografia 24)
Receptor de insulina.
(Iconografia 25)