Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição outubro/2010

Transcrição:

Thalles Couto

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Vanessa Freitas

Capa e Diagramação:

Matheus Freitas

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Introdução

Saulo de Tarso, outrora perseguidor dos cristãos, teve o nome mudado pelo Senhor e passou a ser chamado de Paulo e ser conhecido por Apóstolo Paulo. Ele sentia muito ódio e perseguia àqueles que identificavam como “os do Caminho”, a ponto de matá-los, conforme o relato descrito em Atos, capitulo 9, a partir do verso 1: “Saulo, respirando ain-da ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que era do Caminho, assim homens como mu-lheres, os levassem presos para Jerusalém”. A Bíblia

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Nova Tradução da Linguagem de Hoje (NTLH) apre-senta a seguinte versão para este texto:“Enquanto isso, Saulo não parava de ameaçar de morte aos se-guidores do Senhor Jesus. Ele foi falar com o Grande Sacerdote e pediu cartas de apresentação para as sinagogas da cidade de Damasco. Com esses docu-mentos Saulo poderia prender e levar para Jerusalém os seguidores do Caminho do Senhor que moravam ali, tanto os homens como as mulheres”. O testemu-nho de vida dos seguidores de Jesus não deixava dúvidas, eles eram do Senhor. E como tais, viviam de uma forma diferente chamando a atenção dos que viviam próximo a eles. O então, Apóstolo Pau-lo passou a entender na prática essa realidade. Ele compreendeu que o caminho que escolhera para viver não era o que Deus tinha para ele, portanto não era o melhor para a própria vida. Muito além disso, o caminho de Deus para Paulo reservava mui-to mais do que ele poderia pensar ou imaginar.

Em Isaías, capítulo 55, versos 8 e 9, está assim es-crito: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus cami-nhos, diz o SENHOR. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos

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mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensa-mentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” Te-mos, portanto, a revelação do Espírito Santo de que existem dois caminhos, o de Deus e o do homem. Há uma maneira dos homens viverem, que normalmen-te não é a certa. E é sobre isso que vamos discorrer neste livreto. A minha oração é para que você enten-da que verdadeiramente os caminhos do Senhor são infinitamente melhores do que os nossos, escolha viver e andar nos caminhos de vida, que são os que o Senhor preparou para você.

Boa leitura!

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os dIferentes camInhos

No livro de Êxodo, capítulo 13, versos 17 e 18, Deus nos revela a razão pela qual Ele conduziu Israel pelo deserto. A razão de Ele ter determinado aque-le caminho: “Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito. Porém Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e, arregimentados, subiram os filhos de Israel do Egito”. Deus não dificultou as coisas para

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o povo, pelo contrário, Ele sabia o que está fazendo, aliás, Ele sempre sabe o que está fazendo.

Podemos observar no livro de Êxodo que até o capítulo 13, o povo de Deus viveu sob uma opres-são tremenda no cativeiro de Faraó. Sofreram ata-ques de dez de pragas, entre outras situações difí-ceis, contudo, foram libertos de Faraó, e seguiram rumo à terra prometida. Entretanto, o povo não sabia o caminho para chegar a essa terra. Não sa-bia qual o percurso a fazer para chegar à Canaã. As-sim também acontece na vida de cada pessoa. Há muitos caminhos apresentados como bons, como verdadeiros, e na busca incessante para se chegar a “terra que mana leite e mel”, muitos se perdem, se deixam levar por caminhos de morte.

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o camInho apertado

Amado leitor, vimos que existem caminhos dife-rentes. Existe aquele que Deus deseja que andemos por ele e existe o caminho dos homens. Neste se-gundo, as facilidades para se chegar a ele são mui-tas. E se manter nesse caminho também é muito fácil, pois ele é largo e cômodo. Não há regras, não há mandamentos a serem obedecidos, não há leis a serem respeitadas, contudo não há possibilidade alguma de se permanecer nesse caminho e chegar à Canaã celestial. Não há como ter a vida eterna! E

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é preciso entender que continuar andando nele é uma escolha individual, quem decide é você!

O caminho de Deus é sempre um caminho apertado, ao contrário do caminho dos homens, há mandamentos a serem obedecidos. Ele é sim um caminho difícil. Mas essa aparente facilidade que o caminho humano oferece é puro engano. Sabe aquela história do barato que sai caro? Pois é... Ao final, a conta a ser paga é a condenação eterna. Já as dificuldades que se encontram ao escolher trilhar os caminhos de Deus trazem paz, vida, amor, res-peito, alegria etc. Por isso eu escolhi o caminho de Deus e não me arrependo, ao contrário, andar nos caminhos que Deus designou para mim foi a esco-lha mais acertada que fiz em toda a minha vida.

A verdade sobre o caminho humano está, tam-bém, em Provérbios, capitulo 16, verso 9. O Senhor diz assim: “O coração do homem traça o seu cami-nho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.” Na maioria das vezes elaboramos um projeto de vida pessoal e deixamos Deus de fora dele. Traçamos a rota que “achamos” ser a melhor e por ela andamos por lon-gos anos, contudo, chega o momento do balanço, do diagnóstico, revelando-nos que obtivemos mais

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perdas do que ganhos. Há mais tristeza do que ale-gria. Há somente o vazio. Amado leitor, não queira este resultado no balanço de sua vida. Não se per-mita sofrer tanto para depois buscar a cura. Esco-lha antes de tudo, andar com e ao lado do Senhor. Escolha andar nos caminhos dele:“Entrega teu cami-nho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.” (Salmo 37.5.) Devemos entregar o nosso caminho ao invés de tentarmos trilhar nosso próprio caminho. Temos que desejar, mais do que tudo, a vontade do Senhor e seguir pelo caminho que Ele traçou para nós.

É muito difícil entregarmos nosso caminho ao Senhor por causa do egoísmo, por causa do “eu que-ro ser feliz a qualquer custo”, com o “eu” sempre no centro. É preciso destronar esse “eu”. Somente Jesus pode e deve ocupar o centro da nossa vida.

Entregue teu caminho ao Senhor, escolha abrir mão da sua própria vontade, escolha andar pelo ca-minho de Deus. O caminho do Senhor não é fácil, mas é necessário para viver uma vida abençoada. Em Mateus 7, versos 13 e 14, está escrito: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que en-tram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o

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caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” Esta é uma alusão entre a caminha-da cristã, que conduz à vida, e ao estilo de vida do incrédulo, que conduz à morte.

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não será fácIl seguIr o

camInho de deus

No texto de Êxodo, capítulo 13, versos 17 e 18, Deus nos revela também o quanto foi difícil para o povo de Israel o período de cativeiro que enfren-tou, da luta travada para convencer Faraó a liberar o povo de Deus do Egito. Mas a batalha não foi trava-da apenas no âmbito natural, no âmbito espiritual houve uma batalha ainda maior, situações das mais terríveis aconteceram em paralelo nos dois planos.

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Faraó deixou o povo sair, mas as lutas não acaba-ram. Havia pela frente uma escolha a ser feita, qual seria o caminho a seguir para a terra de Canaã? Deus agiu a favor do povo e “não os levou pelo caminho da terra dos filisteus [...]” Deus sabia que Faraó tentaria recapturar os israelitas, por isso levou o povo pelo caminho mais longo. O que aos nossos olhos pa-rece ser o pior pode ser um livramento do Senhor. A viagem feita através do caminho dos filisteus era mais rápida, aproximadamente 120 quilômetros do Egito até Canaã. Era um caminho reto, um caminho que já estava preparado para a viagem e tinha todo tipo de apoio e comodidade que os viajantes iriam precisar durante o percurso. Fazendo uma analogia com os tempos atuais seria o mesmo que passar por uma estrada onde tivesse posto de gasolina, restaurantes, hotéis e qualquer outra facilidade que um viajante precisa para concluir o trajeto de ma-neira mais tranquila.

Pela ótica humana, o melhor caminho para o povo de Israel trilhar era o dos filisteus, pois havia es-trutura e segurança, mas por qual razão “Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus”? A resposta correta é: Deus não estava e não está preocupado

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com a rapidez da chegada, mas sim com o trabalho que Ele pode realizar em nossas vidas durante a ca-minhada. O horário de Deus é tão diferente do nosso, bem como o seu modo de agir. O Senhor diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jeremias 29.11.)

Deus nos deu dons e talentos para fazermos muitas coisas, desde criar vacinas que combatem doenças, fazer cirurgias no coração, fazer voar um avião que pesa toneladas, entre tantas coisas mais, contudo não nos deu o poder de saber o que real-mente é o melhor para nós, para nos dar o fim que desejamos. O caminho quem faz é Deus. Agimos segundo as circunstâncias e decidimos pela lógica, pelo nosso próprio entendimento, pelo que somos capazes. O caminho aos nossos olhos pode parecer direito, mas no fim são sempre caminhos de morte e de destruição. “Há caminho que ao homem pare-ce direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. (Provérbios 14.12). “Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher”. (Salmo 25.12.) “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” (Provérbios 16.9.)

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Deus sabia que o caminho dos filisteus daria em caminhos de morte, por isso não deixou o povo se-guir pelo caminho da terra dos Filisteus. Ele disse: “[...] para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte ao Egito”. Pela lógica humana, se o caminho oferecer facilidades para a viagem de ida, obviamente o retorno também será fácil. Mas a verdade é que tudo o que é conquistado com faci-lidade é fácil de abrir mão. As pessoas não querem enfrentar dificuldades, querem tudo muito fácil, prático e rápido. Muitos desistem de caminhar com o Senhor porque a porta é estreita e não segue a lógica da cultura “fast food”.

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o camInho de deus

No mundo espiritual, os caminhos de Deus são retos, mas no nosso entendimento humano são ca-minhos cheios de curvas e imperfeições. E devido a esse nosso olhar turvo, por não conseguimos en-xergar adiante e a esta falta de visão do que vem pela frente fazemos com que a insegurança entre em nosso coração. Mas a Palavra do Senhor nos diz: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Pro-vérbios 4.18.) Ninguém consegue ver tudo de uma

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vez. Há passos que precisam ser dados a cada dia. Não sabemos o que tem depois de uma curva, mas podemos caminhar sob o cuidado de Deus para ver o que há mais a frente.

O profeta Jeremias escreveu: “Eu sei, ó SENHOR, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos.” (Jeremias 10.23.) A tarefa de determinar o próprio caminho e de dirigir os próprios passos não foi dada ao homem. Esta pertence somente a Deus. Jeremias aprendeu isso e nos deixou esse valioso ensinamento, mas sei que é difícil aprender isso. Muitas vezes são neces-sários muitas “cabeçadas, tropeções, quedas” para se aprender isso. Colocar esse ensinamento em prática pode não ser fácil, entretanto é fácil compreender.

O meu genro, Gustavo Bessa, já esteve em mui-tos países e relatou o quanto é difícil ser cristão em muitos deles, nos quais pessoas são presas e mortas por propagar o evangelho. Nestes lugares podemos ver o quão o caminho é estreito e apertado. E pelo fato de ser estreito e apertado vemos também que a garra dos irmãos é diferente, eles não são como “sol-dadinhos de chocolate” que derretem com o furor do sol, mas são guerreiros que parecem ter o “sangue de

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aço”, são tão marcados que nada os impede. Os do caminho de Deus são perseguidos, assim como fo-ram por Saulo na antiguidade. Isso porque escolhe-rem viver tudo aquilo que o evangelho proporciona pelo fato de saberem para onde estão indo, por isso dificuldade alguma os faz abrir mão daquilo que o Senhor tem preparado para eles. Nenhuma dificul-dade por ser comparada com a glória que estar por vir.

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o camInho maIs curto

Como já vimos, o caminho aparentemente mais fácil era o dos filisteus. Mas para quem não sabe, os filisteus eram inimigos do povo de Deus. E se eram inimigos de Deus eram também do povo que se-guia e servia a Deus. Tudo na vida é uma escolha, ou escolhemos o caminho de Deus ou escolhemos o nosso próprio caminho, que é o mesmo caminho dos filisteus e consequentemente o caminho dos inimigos de Deus.

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O caminho mais curto é o caminho das faci-lidades, o caminho das vantagens. E na nossa cultura tem uma máxima que diz: “tire vantagem de tudo e dê um jeitinho”, “só uma mentirinha não faz mal”. O caminho dos filisteus não é o cami-nho de Deus, mesmo com todas as facilidades e vantagens. Poderia ficar escrevendo várias situa-ções que acontecem no caminho dos filisteus que aparentemente você diz que não têm importân-cia, ou que pode ser insignificante aos olhos de muitos. São atitudes cotidianas para a maioria das pessoas, consideradas normais no dia a dia, mas que são características do caminho dos inimigos de Deus.

Num momento de sua vida, Jesus disse: “Já não falarei muito convosco, porque aí vem o prínci-pe do mundo; e ele nada tem em mim; contudo, as-sim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.” (João 14.30-31.) Muitas vezes em nossa vida ouvimos que devemos aproveitar todas as oportunidades que aparecem em nosso caminho, mas nem sempre o caminho mais curto é o melhor caminho, o caminho de Deus o é.

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Deus não está no caminho dos filisteus. O ca-minho que Deus escolheu é o caminho do deserto e diferente do que muitos podem pensar, era um caminho de propósito. E o propósito era alcançar Canaã e conquistá-la, enquanto o caminho dos filis-teus passava por Canaã, mas não se estabelecia ali. Muitas pessoas erram porque vão além, não sabem o momento de parar, estão sem propósito. Na cami-nhada as pessoas deveriam parar em um determi-nado ponto, mas vão além e pecam por isso.

Já o caminho no deserto é tão diferente. Ele não vai adiante, ele acaba onde tem que acabar, ele tem um ponto de chegada e quem determina a própria chegada é o Senhor. O caminho do deserto é um ca-minho sem retorno. Algo na fé que é tão maravilhoso é o caminho sem retorno. O Senhor diz em sua Pala-vra: “Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.”

Na Segunda Guerra Mundial, os pilotos daqueles aviões de batalha que guerreavam sobre o oceano pacífico deviam ter sempre a atenção para o comba-te e para a agulha do marcador de combustível, pois existia ali um determinado ponto conhecido como

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ponto de retorno e funcionava assim: o combustí-vel era colocado na aeronave para que o avião pu-desse ir até um determinado ponto e voltar para o porta-aviões em segurança. Mas se o piloto não observasse o ponto de retorno e continuasse a via-gem, ele estava destinado à morte, pois não have-ria combustível suficiente para voltar até o porta-aviões, e seu pensamento era: “Vou fazer o maior estrago e causar a maior baixa possível nos inimigos”.

Esta história serve como uma metáfora para nós, mostrando-nos que há um limite. Pense as-sim. Todos nós temos uma zona de conforto. E esta zona de conforto nos leva muitas vezes, dentro da compreensão natural, a pensar da seguinte forma: “Você pode até ser crente, mas não leve esta coisa de você ser crente, de ser honesto, de ser santo tão a sério, afinal você precisa de combustível para poder voltar”. Mas o caminho no deserto não tem volta, retorno.

Por isso, Deus levou o povo ao caminho do de-serto, para não se arrependerem de terem saído do Egito. A pior coisa que pode acontecer é encontrar-mos alguém que se arrependeu de ter se arrepen-dido, de ter deixado velhas práticas. Como é triste

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encontrar aqueles que começaram tão bem, mas voltaram para o Egito, deixando as promessas do Senhor.

Ultimamente eu tenho visto como irmãos aqui da Igreja Batista da Lagoinha estão crescendo e se fortalecendo no Senhor, são tempos tão gloriosos na fé e no renovo de Deus. As pessoas estão esco-lhendo o caminho do Senhor e abandonando o ca-minho dos filisteus, vivendo assim como o Apóstolo Paulo, morrendo a cada dia. Como o piloto que pas-sou do ponto de retorno, está vivo, mas já estava morto.

O caminho do deserto é um caminho de bênçãos e de milagres. Durante 40 anos não houve entre os de Israel quem precisasse de roupas ou de cuidados médicos especiais. A comida caía do céu. O sol não incomodava durante o dia, que no deserto é uma ca-lor insuportável, pois havia uma nuvem que cobria toda a comunidade. E o frio que é tremendo à noite não era problema, pois uma coluna de fogo os aque-cia. Deus sempre os supriu em todas as necessidades.

O caminho no deserto é um caminho de fé. O povo israelita disse à Moisés no deserto: “Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que

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nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto.” (Êxodo 14.11-12.) A incredulidade é um inimigo que leva a aumen-tar o medo.

Mesmo não faltando nada para Israel no deser-to veja a revolta da congregação contra os líderes do povo, movidos pelo medo descrito em Números 14.1-4: “Levantou-se, pois, toda a congregação e gri-tou em voz alta; e o povo chorou aquela noite. Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivésse-mos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? E diziam uns aos outros: Levantemos um capi-tão e voltemos para o Egito”. Mesmo no caminho que o Senhor determinou que eles devessem andar e com todo o suprimento das necessidades que Deus proveu no percurso, o povo quis o conforto de uma vida de cativeiro.

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conclusão

Devemos andar no caminho do Senhor e ser-mos fortes vigiando sempre para que o medo e a in-credulidade, algo contagiante e perigoso, não tome conta de nossos corações. Observe a passagem no livro de Deuteronômio 20.8: “E continuarão os ofi-ciais a falar ao povo, dizendo: Qual o homem medroso e de coração tímido? Vá, torne-se para casa, para que o coração de seus irmãos se não derreta como o seu coração”. Não ande na companhia de pessoas que farão você voltar, retornar, tirando-o do caminho do Senhor.

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Para andar no caminho do Senhor é necessário andar por fé, como descrito em Juízes 7.3: “Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram”. Temos que andar pela fé e na cer-teza que o Senhor está conosco.

Andar com o Senhor é andar em comprometi-mento com Ele, levando a Sua cruz, para que Ele leve a nossa, assim como descrito na passagem de Lucas 14.27-32: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verifi-car se tem os meios para a concluir? Para não suce-der que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda lon-ge, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz”.

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Comece a caminhar com o Senhor e no caminho dele, decidido a permanecer plenamente em sua vontade, este é o melhor caminho. O Senhor quer nos guardar e nos proteger enquanto andamos no caminho dele, como descrito em Deuteronômio 32.10: “Achou-o numa terra deserta e num ermo soli-tário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guar-dou-o como a menina dos olhos”.

Toda caminhada começa com o primeiro passo. E o primeiro passo que Deus espera de você neste momento é que você confie nele, crendo que Ele é o melhor caminho para a sua vida. Eu gostaria mui-to de lhe ajudar a dar esse primeiro passo para uma vida de sucesso e prosperidade no Senhor. Se você quiser dar este passo, convido-o a orar assim:

“Senhor Deus, eu, (seu nome) sei que andei pelos meus próprios caminhos, mas agora arrependido sei que o Senhor está aqui, e que o Tu me ama, não pe-los meus méritos, mas porque o Senhor escolheu me amar. O Senhor disse ‘que não veio buscar os santos, mas os perdidos’ e eu me considero perdido no meu próprio caminho, mas nesta hora eu ouvi que o Se-nhor morreu na cruz para me salvar, assim abro o meu coração e te convido Jesus, para entrar na minha vida.

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Eu te recebo como meu Senhor e meu único caminho. Senhor Jesus, e eu que andei pelo caminho contigo, mas me afastei, hoje eu volto, arrependido. Eu volto ao teu caminho na certeza que serei recebido, amém”.

Que Deus te abençoe e faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te dê a paz. No nome precioso de Jesus Cristo,

Márcio Valadão

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Jesus te ama e Quer

VocÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está

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separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

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“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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