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Grito de guerra da Mãe-Tigre

Mae Tigre Livro

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Grito de guerrada Mãe-Tigre

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Grito de guerrada Mãe-Tigre

amy chua

Tradução de Adalgisa Campos da Silva

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Copyright © Amy Chua, 2011

Todos os direitos reservados, incluindo os direitos de reprodução do todo ou de parte.

título originalBattle Hymn of the Tiger Mother

créditos das imagensBarach Photography: página 41© Susan Bradley Photography: 171Peter Z. Mahakian: 218, 225Todas as outras fotografias fazem parte do acervo da família

preparaçãoAngela Vasconcelos

revisãoMaíra AlvesRodrigo Rosa

cip-brasil. catalogação-na-fontesindicato nacional dos editores de livros, rj

C483g Chua, Amy Grito de guerra da mãe-tigre / Amy Chua ; tradução Adalgisa Cam-

pos da Silva. – Rio de Janeiro : Intrínseca, 2011. il. Tradução de: Battle hymn of the tiger mother ISBN 978-85-8057-046-5 1. Chua, Amy. 2. Mães – Estados Unidos – Biografia. 3. Mães e filhas

– China. 4. Mães e filhas – Estados Unidos. 5. Americanos de origem chinesa – Biografia. 6. Oriente e Ocidente. I. Título.

11-0617 cdd: 920.3068743 cdu: 929:316.812.1-055.26-055.62

[2011]

Todos os direitos desta edição reservados à

editora intrínseca ltda.Rua Marquês de São Vicente, 99, 3º andar22451-041 – GáveaRio de Janeiro – rjTel./Fax: (21) 3206-7400www.intrinseca.com.br

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Para Sophia e Louisa

e para Katrin

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Sumário

Parte I

1. A mãe chinesa 15

2. Sophia 18

3. Louisa 22

4. Os Chua 26

5. Sobre a decadência das gerações 31

6. O círculo virtuoso 36

7. Sorte de Tigre 41

8. O instrumento de Lulu 45

9. O violino 52

10. Marcas de dentes e bolhas 60

11. “O burrinho branco” 69

12. A cadência 73

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Parte II

13. Coco 85

14. Londres, Atenas, Barcelona, Bombaim 92

15. Popo 99

16. O cartão de aniversário 108

17. A caravana para Chautauqua 113

18. A piscina natural 119

19. Como chegar ao Carnegie Hall 126

20. Como chegar ao Carnegie Hall, parte 2 134

21. A estreia e o teste 141

22. Explosão em Budapeste 148

Parte III

23. Pushkin 161

24. Revolta 171

25. Escuridão 180

26. Revolta, parte 2 183

27. Katrin 189

28. O saco de arroz 194

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29. Desespero 198

30. A “Melodia hebraica” 202

31. A Praça Vermelha 206

32. O símbolo 211

33. A ocidentalização 213

34. O fi nal 218

Coda 225

Agradecimentos 233

Notas 235

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Esta é a história de uma mãe, duas filhas e

dois cachorros. É também sobre Mozart,

Mendelssohn, piano e violino, e como

conseguimos chegar ao Carnegie Hall.

Era para ser uma história de como os pais

chineses são melhores educadores que os

ocidentais.

Em vez disso, é sobre um amargo choque

de culturas, um fugaz sabor de glória, e

sobre como uma menina de treze anos

me tornou humilde.

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Parte I

O Tigre, símbolo vivo da força e do poder,

em geral inspira medo e respeito.

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A mãe chinesa

Muita gente se pergunta como os pais chineses em geral criam filhos tão

bem-sucedidos. Querem saber o que eles fazem para produzir tantos gê-

nios em matemática e prodígios em música, como é a vida numa família

chinesa, e se questionam se seriam capazes de fazer o mesmo. Bem, eu

posso contar, porque eu fiz. Eis algumas coisas que minhas filhas, Sophia e

Louisa, nunca tiveram permissão de fazer:

• dormir na casa de amiguinhas

• aceitar convites para brincar com amiguinhos

• participar de peças encenadas na escola

• reclamar por não participar de peças encenadas na escola

• ver televisão ou brincar com jogos no computador

• escolher suas atividades extracurriculares

• tirar qualquer nota abaixo de A

• não ser a primeira da classe em todas as matérias,

exceto educação física e teatro

• tocar qualquer instrumento senão piano ou violino

• não tocar piano ou violino

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Estou usando o termo “mãe chinesa” em sentido amplo. Conheci re-

centemente um ocidental super bem-sucedido de Dakota do Sul (você já

o viu na televisão), e, após compararmos anotações, concluímos que o pai

dele, um integrante da classe operária, definitivamente fora uma mãe chi-

nesa. Conheço alguns pais coreanos, indianos, jamaicanos, irlandeses e

ganenses que também se enquadram nessa categoria. Por outro lado, co-

nheço mães de ascendência chinesa, quase sempre nascidas no Ocidente,

que não são mães chinesas, seja por opção ou não.

Também estou usando o termo “pais ocidentais” em sentido amplo. Há

pais ocidentais de todos os tipos. Na verdade, digo que o estilo de criar os

filhos varia muito mais entre os ocidentais do que entre os chineses. Al-

guns pais ocidentais são rígidos; outros, negligentes. Há pais do mesmo

sexo, pais judeus ortodoxos, pais solteiros, pais ex-hippies, pais banquei-

ros de investimentos e pais militares. Esses pais “ocidentais” não necessa-

riamente compartilham as mesmas ideias, portanto, quando uso o termo

“pais ocidentais”, obviamente não me refiro a todos os pais ocidentais —

assim como o termo “mãe chinesa” não se refere a todas as mães chinesas.

Contudo, mesmo quando os pais ocidentais se julgam rígidos, normal-

mente estão longe de ser mães chinesas. Por exemplo, meus amigos oci-

dentais que se consideram rígidos fazem os filhos tocar seus instrumentos

meia hora por dia. Uma no máximo. Para uma mãe chinesa, a primeira

hora é a parte fácil. É na segunda e na terceira que fica difícil.

Apesar de nossos escrúpulos em relação a estereótipos culturais, há

toneladas de estudos por aí que mostram diferenças consideráveis e quan-

tificáveis entre chineses e ocidentais no que se refere à criação dos filhos.

Numa pesquisa feita com 50 mães americanas ocidentais e 48 mães imi-

grantes chinesas, quase 70% das ocidentais diziam que “enfatizar o êxito

acadêmico não faz bem à criança”, ou que “os pais precisam alimentar

a ideia de que aprender é divertido”. Por outro lado, aproximadamente

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0% das mães chinesas tinha a mesma visão. A maioria delas dizia achar que

seus filhos poderiam ser “os melhores” alunos; que o “êxito acadêmico

reflete o sucesso da educação recebida em casa”; e que, se as crianças não

se destacavam na escola, é porque havia um “problema”, e os pais “não

estavam fazendo o que deviam”. Outras pesquisas indicam que os pais

chineses passam dez vezes mais tempo que os ocidentais por dia realizan-

do atividades escolares com os filhos. Por outro lado, as crianças ociden-

tais são mais propensas a participar de equipes de esporte.

Isso leva ao meu argumento final. Pode-se pensar que os pais esportis-

tas americanos sejam semelhantes às mães chinesas. Porém, isso está erra-

do. Ao contrário da mãe oci dental típica, que passa o dia carregando os

filhos para cumprir uma agenda abarrotada de atividades esportivas, a mãe

chinesa acredita que (1) os deveres escolares são sempre prioritários;

(2) um A-menos é uma nota ruim; (3) seus filhos devem estar dois anos

à frente dos colegas de turma em matemática; (4) os filhos jamais devem

ser elogiados em público; (5) se seu filho algum dia discordar de um pro-

fessor ou treinador, sempre tome o partido do professor ou do treinador;

(6) as únicas atividades que seus filhos deveriam ter permissão para prati-

car são aquelas em que puderem ganhar uma medalha; e (7) essa medalha

deve ser de ouro.

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