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N.2 SETEMBRO.2011 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO BIOTECNOLOGIAS E TECNOLOGIAS DA SAÚDE TECNOLOGIAS TROPICAIS

Magazine Oeiras Valley N2 (PT)

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Magazine Oeiras Valley - Numero 2

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N.2SETEMBRO.2011

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

BIOTECNOLOGIAS

E TECNOLOGIAS DA SAÚDE

TECNOLOGIAS TROPICAIS

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Edição N.2 | Setembro | 2011

OEIRAS VALLEYTecnologias de Informação e Comunicação, Biotecnologias e Tecnologias da Saúde, Tecnologias Tropicais

Nº2 | Mês Setembro | Ano 2011 Periodicidade Trimestral

ISSN 2182-0295

EDITOR AITECOEIRAS

DIRECÇÃO Luís Todo Bom

COORDENAÇÃOJosé Manuel TriboletGuilherme Arroz

ENDEREÇORua da Fundição de Oeiras, Edif. CMO, 2780-057 Oeiras

TEL. (+351) 214 221 020FAX (+351) 214 221 028 E-MAIL [email protected]

www.aitec-oeiras.ptwww.oeirasvalley.com

EDITORIAL

ENTREVISTA

WORKSHOPS

ENTREVISTA

ARTIGO

ENTREVISTA

NOTÍCIA

ARTIGO

ARTIGO

OEIRAS VALLEY

ROFF

TECNOLOGIAS TROPICAIS

GENIBET

DMIR

GRUPO JOAQUIM CHAVES

IGC

VISION-BOX

MAEIL

Prof. José Tribolet Vice-Presidente, ATECOEIRAS

Mário Oliveira Adminstrador

Teresa Alves CEO

Prof. Pável Calado

Francisco Chaves Direcção de Marketing e Comunicação

Hugo Duarte da Fonseca Managing Partner

ÍNDICE

FICHA TÉCNICA

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EDITORIAL . OEIRAS VALLEY02

ESTRATÉGIA DIGITALOEIRAS-VALLEY DA CRISÁLIDA À BORBOLETA: OS DESAFIOS DA EXPLORAÇÃO EM COMUNIDADE DO NOVO MUNDO DIGITAL

Oeiras ValleyConstitui objecto global da AITECOEIRAS a realização de actividades de internacionalização, promoção e desenvolvimento empresarial e das tecnologias do Concelho de Oeiras, tendo em vista contribuir para o incremento do investimento estrangeiro, da produtividade e da competitividade empresarial, assumindo simultaneamente o papel de agente dinamizador das novas actividades económicas no Concelho. A actuação concreta da Agência desenvolve-se de acordo com o Programa Estratégico de Actividades aprovado para 2011.

Conceito central nesta Estratégia é o de Oeiras Valley, entendido como “Região Integrada de Desenvolvimento, suportada em unidades de conhecimento intensivo, ligada aos Clusters das Tecnologias de Informação e Comunicação, Biotecnologias e Tecnologias da Saúde e Tecnologias Tropicais, onde são criadas as condições necessárias para a localização, a nível internacional, destas unidades, promovendo emprego qualificado e condições ímpares de qualidade de vida e de ambiente de trabalho”.

Abordarei neste artigo um ponto de situação da relação entre as Redes Digitais e Oeiras Valley e a emergência de linhas de força para a definição de uma estratégia digital para Oeiras, que sustente as dinâmicas dos principais “stackeholders” da comunidade no seu entrosamento sinergético visando o desenvolvimento de Oeiras.

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE OEIRAS

Edição N.2 | Setembro | 2011

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EDITORIAL . OEIRAS VALLEY 03

Contributos para uma Estratégia Digital A presença actual da AITECOEIRAS na internet e o suporte que presta ao Oeiras Valley é feita através dos seus sites respectivos. O site da AITECOEIRAS (http://www.aitec-oeiras.pt/) é um site digno, humilde, simplesmente informativo, alinhado com o estilo de gestão desta Agência, rigoroso e espartano. Há muito a melhorar certamente mas sempre na resultante proporcionada de meios investidos versos os resultados esperados.

O Portal Oeiras Valley (http://www.oeirasvalley.com/) está, a bem dizer, na sua versão “ZERO”. No mesmo espírito espartano, está-se fazendo o caminho, caminhado! Esta versão do Portal que foi "para o ar", revelando as dimensões essenciais do Conceito Estratégico de Oeiras Valley, procurando sistemática e iterativamente recolher, agregar e apresentar conteúdos sobre quem é quem, faz o quê, onde está e para onde vai em Oeiras, esta nova realidade virtual está a ser concebida, construída e exibida em tempo real, com transparência, com realismo e com humildade. Não corresponde ao que pretendemos. Mas vai melhorar, sistemáticamente.

Obviamente, o que hoje é o Portal Oeiras Valley, nesta forma de crisálida, não permite ainda vislumbrar a linda borboleta que esperemos venha a dar origem daqui a poucos anos. E sobre a forma como imagino esta borboleta que me proponho falar, enunciando “bits and pieces”do que virá a tomar forma em breve como a componente de Estratégia Digital da actuação da AITECOEIRAS.

A relevar à partida o facto de, graças à dinâmica de estreita cooperação que tem sido possível urdir entre a AITECOEIRAS e a Taguspark, através da presença do Engº Luis Todo Bom e de mim próprio, como vogais não- executivos no seu CA, não só existir já um articulação estratégica explicita, enunciada nos documentos estratégicos aprovados pelos seus órgãos máximos, como se estarem a discutir e elaborar em simultâneo as respectivas Estratégias Digitais e a preparar a utilização racional e cooperativa dos meios para estas finalidades.

Aliás pela sua natureza e objecto, processos idênticos de definição articulada de estratégias digitais são possíveis e desejáveis com os outros stackeholders deste concelho, desde logo a Câmara Municipal de Oeiras (CMO), mas também as principais instituições económicas, sociais, culturais e da administração pública do concelho. Aqui fica o desafio para connosco interagirem, visando a criação no espaço digital da realidade pujante e dinâmica de Oeiras como ela é no presente no espaço real físico.

Principios base da arquitectura no espaço digitalEnuncio neste artigo pela primeira vez alguns dos princípios arquitectónicos de construção deste espaço digital comunitário. A idea base parte de um mesh-up de Second Life, Farmville, Facebook et al, Twitter, Google everything, The Cloud, You Tube, etc. A que se somam pitadas qb de inovação, localização, teoria dos jogos, metodologias de trabalho cooperativa, em open group, etc. Aposto que vai funcionar!

-No espaço digital existirão entidades digitais que representam de forma dinâmica e permanentemente actualizada as respectivas entidades reais do mundo físico. Exemplo: A CMO física é univocamente representada pela CMO virtual, sendo esta a única responsável pela outra. Trata-se assim verdadeiramente de uma sociedade virtual no mundo digital, com entidades independentes que coexistem de acordo com as regras comunitárias desta sociedade Oeiras Valley.

-A topologia e as normas de intercomunicação entre estas entidades, no seio do Portal Oeiras Valley e deste para o mundo exterior, são definidas e monitorizadas pelo “todo” colectivo, o Portal, administrado pela AITECOEIRAS.

-Toda a actividade legitimamente desenvolvida através deste portal deverá ser conforme aos objectivos estratégicos do desenvolvimento de Oeiras, conforme vertido no Plano Estratégico da AITECOEIRAS.

-A concepção e desenvolvimento destes conceitos e desta realidade – isto é, a emergência da borboleta – deve ser feito num regime aberto, voltado para a a inovação social, cultural e tecnológica, em particular pelas entidades que se indentificam com Oeiras e com a sua estratégia, nacional e internacionalmente.

ConcluindoEste texto é um editorial e portanto com dimensão limitada. Tenho pena mas não posso escrever mais. Mas ok, isto serve de teaser! Aquelas de vocês que ao lerem isto fiquem intrigados, têm bom remédio: usem os contactos disponíveis no site da AITECOEIRAS e do Portal Oeiras Valley, digam ao que vêm, façam perguntas, sugestões, criticas, ok? E, sobretudo, se pretendem ser construtores de borboletas, saiam do armário e revelem-se! Todos não somos demais.

Prof. José Tribolet, Vice-Presidente, ATECOEIRAS |

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ENTREVISTA . ROFF

Desde o seu aparecimento em 1996 a ROFF trilhou um caminho de crescimento da sua dimensão e de desenvolvimento das suas actividades. Pode referir aqueles que são, na visão actual da empresa, os marcos fundamentais?

A ROFF tem uma imagem de empresa de consultoria ligada a um produto específico, o SAP, tendo como alvo de mercado as pequenas e médias empresas. É este o perfil é assumido pela empresa, ou há outros aspectos que gostaria de realçar?

A génese da empresa como agência de consultores independentes foi determinante para forjar duas realidades que consideramos fundamentais para o sucesso alcançado até agora: o foco no cliente, não poupando esforços na sua satisfação; e o companheirismo, entreajuda e verdadeiramente singular espírito ROFF que singra entre os colaboradores. Características que conseguimos manter até hoje.

Outro marco fundamental foi a orientação estratégica que definimos e concretizámos em 2006 com a abertura de filiais em Angola e, pouco tempo depois, em França. Esta determinação abriu as portas da internacionalização, recentemente reforçada com a abertura de mais um escritório na Suécia. Em menos de meia década, mais de metade do nosso volume de negócios passou a provir do mercado internacional.

Por outro lado, fomos capazes de manter uma postura de antecipação face à restante concorrência no que diz respeito a um conjunto de serviços formatados que estabelecemos a vários níveis: manutenção, desenvolvimento e implementação. Estes permitiram que, desde 2004, nos focássemos cada vez mais em elevar a qualidade dos serviços e na redução dos custos de projeto nos nossos clientes. Esta ação levou a que não só se ganhasse cota de mercado em Portugal, como também à conquista de clientes internacionais.

A atividade da ROFF sempre se focou no trabalho próximo com o nosso parceiro estratégico, a SAP. Na consultoria SAP estivemos no grupo dos pioneiros e fomos capazes de constituir uma equipa com os melhores, que nos levou a ser o principal parceiro desta empresa em Portugal. Continuamos convictos que a gama de soluções SAP é, ainda, o melhor caminho para grande parte do tecido empresarial moderno garantir a exequibilidade e prosperidade dos seus negócios. Nesse sentido a vossa afirmação é verdadeira, no entanto no que toca ao mercado alvo da ROFF, o mercado das pequenas e médias empresas é apenas uma das nossas prioridades, na realidade apenas cerca de um terço do total do volume de negócios advém do canal VAR (Value Added Reseller), sendo os restantes dois terços provenientes de grandes empresas e multinacionais. As nossas vendas internacionais são feitas quase em exclusivo a grandes empresas.

ROFF INSPIRATION . CHANGE . TOGETHER

ENTREVISTA MÁRIO OLIVEIRA ADMINISTRADOR

A ROFF é uma empresa composta por capitais 100% portugueses, com escritórios em Lisboa, Porto, Covilhã, Luanda, Paris e Estocolmo. Líder no mercado português na implementação de soluções SAP, a ROFF desenvolve projetos de consultoria em todos os domínios tecnológicos de suporte ao negócio empresarial. Atualmente com 500 colaboradores, a ROFF foi o primeiro parceiro SAP a operar em Portugal simultaneamente no mercado das PME, grandes empresas nacionais e multinacionais, detendo os estatutos de Channel Partner Gold e Services Partner.

A estratégia da ROFF para os mercados internacionais baseia-se na integração de recursos locais de elevado desempenho em equipas do melhor capital humano Português. Esta aposta tem resultado no crescimento sustentado da organização, bem como no forte contributo para a confiança de todos os clientes da empresa no talento nacional.

Em 2008, a ROFF integrou-se no Grupo Reditus, resultando num dos três maiores grupos portugueses na área das Tecnologias de Informação.

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ENTREVISTA . ROFF

A ROFF é hoje uma empresa de dimensão apreciável com presença relevante nos mercados internacionais nomeadamente em França, Angola e, mais recentemente, nos países nórdicos. Qual o caminho para essa internacionalização e qual o peso que ela tem na empresa?

A ROFF, está integrada no grupo Reditus. Qual é a mais valia estratégica desta integração?

Recentemente a ROFF foi considerada a melhor empresa portuguesa para trabalhar pelo estudo do Great Place to Work Institute. Qual é a sua visão sobre a importância deste prémio e quais foram as opções de gestão interna que a ele conduziram?

A ROFF tem nos últimos anos investido significativamente na inovação da forma como realiza os serviços. Dessa inovação surgiram modelos de implementação e suporte competitivos para o mercado baseados em serviços remotos, agregação de competências, desenvolvimento de reutilizáveis e ferramentas/metodologias que permitem maior eficiência e qualidade nos nossos serviços. A nossa internacionalização tem sido suportada por uma presença local complementada por esse conjunto de serviços essencialmente remotos. Esta abordagem permite-nos ser competitivos em termos de custo e qualidade. O nosso sucesso com esta abordagem tem-nos permitido ir progressivamente conquistando novos clientes.

Neste momento, nas nossas três localizações Portuguesas (Algés, Porto e Covilhã), prestamos serviços 24x7x365 a 4 continentes. Quando esses serviços atingem massa crítica ou surgem oportunidades de dimensão segue-se a abertura de uma representação local para ficarmos mais próximos dos clientes. Existem várias geografias que estão próximas de atingir esse ponto pelo que a ROFF prevê a abertura de novas filiais fora de Portugal ainda este ano. De qualquer forma, a abertura de escritórios não é condição obrigatória para a nossa expansão para outros países.

Em 2010, o mercado internacional correspondeu a 54% do volume de negócios da ROFF. Apesar do crescimento da ROFF no mercado nacional a percentagem do volume de negócios internacional tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos.

Todas as que resultam de ser parte integrante de um dos maiores Grupos a operar na área de IT em Portugal e a notoriedade que advém da sua cotação em bolsa.

Este resultado enche-nos a todos de orgulho e torna-nos ainda mais unidos e comprometidos com o crescimento desta empresa. Consideramos que é fundamental para a produtividade da empresa que os nossos colaboradores estejam motivados no seu local de trabalho. É um esforço que acaba por ter um grande retorno e que é importante ver reconhecido neste estudo. Esta avaliação é importante para continuarmos a melhorar a nossa competitividade e a crescer no mercado nacional e internacional.

Para alcançar este tipo de distinção é necessário enveredar por políticas que proporcionem efetivo bem-estar aos nossos colaboradores, algo que fazemos desde sempre. Entre estas medidas, encontram-se o fortalecimento da credibilidade,

«ROFF alcançou o 6.º lugar no ranking das Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal.»A ROFF, empresa líder nacional na implementação de soluções SAP, foi considerada a 6º Melhor Empresa para Trabalhar em Portugal, de acordo com o Estudo elaborado pelo Great Place to Work Institute.

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CERTIFICAÇÕES E PRÉMIOS

- Empresa certificada pela norma ISO 9001:2008;

- Empresa certificada NATO Secret;

- Maior Parceiro SAP Business All-in-One 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (SAP Iberia);

- Melhor Marketing 2010 (SAP Iberia);

- 5ª Melhor empresa no prémio Excelência no Trabalho 2010/11, Económico;

- Melhor empresa Portuguesa (4ª do Ranking) 2011, pelo estudo do GPTW Institute;

- Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro (Câmara Municipal de Oeiras);

- Vencedora da categoria "Investimento" dos Troféus Luso-Franceses

ENTREVISTA . ROFF

respeito e imparcialidade da administração e chefias, bem como várias iniciativas de reforço do espírito de equipa e camaradagem, que resultam muito bem, numa empresa com um espírito descontraído, mas sempre responsável, como é a ROFF.

Sem dúvida. A experiência internacional é claramente favorável a este tipo de iniciativas, que se revelam contribuir para a troca de experiências e estabelecimento de relações simbióticas entre as organizações. Nos mercados internacionais a colaboração entre empresas portuguesas é muito importante no sentido de transmitir aos clientes uma ideia de competência global do país. De notar que a ROFF na sua aventura internacional tem já alavancado através de referências em clientes outras empresas portuguesas.

A perspetiva de promoção internacional preconizada pelo cluster interessa-nos de sobremaneira, pois essa é a orientação estratégica da empresa. O cluster pode contar com a ROFF no que diz respeito à intransigente defesa da qualidade da inteligência Portuguesa e cooperação nos mercados onde nos inserimos.

Os valores médios praticados no mercado nacional de consultoria SAP diminuíram, bem como o número de novas implementações. A ROFF tem conseguido incrementar a sua atividade suportada em serviços inovadores que, garantindo a qualidade, conseguem maior eficiência nos custos.

Porém, temos consciência que este crescimento da ROFF não expressa a generalidade do mercado, a pressão sobre as margens de consultoria e os prazos médios de pagamento agravou-se bastante. Na verdade, os prazos de pagamento médios em conjunção com a limitação do crédito existente nos bancos estão a paralisar a atividade das empresas.

No mercado internacional, embora estagnados, os valores praticados na nossa área de serviço são significativamente mais elevados, favorecendo a nossa competitividade. De qualquer forma, temos sentido que nos mercados internacionais o factor preço não é tão decisivo no momento da aquisição deste tipo de serviços é-o sim a atenção à qualidade do serviço, com um peso substancialmente superior. Como a perceção e feedback que temos obtido dos nossos clientes internacionais sobre o nível de competência e proficiência dos nossos profissionais tem sido muito positivo, não temos sentido o tão referido ambiente de crise generalizada.

A ROFF está localizada no concelho de Oeiras, município que tem procurado atrair as melhores empresas nas áreas das tecnologias avançadas. Na visão da empresa faz sentido a promoção do cluster das TIC no contexto do conceito Oeiras Valley? E como pensa que a ROFF se pode inserir nesse cluster com vantagens para si própria e para o cluster?

Como vê o futuro da ROFF tendo em conta o ambiente de crise nacional e internacional que se vive?

CONTACTOS PORTUGAL

ROFF LISBOA

ROFF PORTO

ROFF COVILHÃ

Website

Torre de MonsantoRua Afonso Praça, 30 15º, 1495-061 Algés

T: +351 21 839 34 10F: +351 21 859 24 56I

Rua de Álvares Cabral, 2594050-041 Porto

T: +351 21 839 34 30 F: +351 22 208 00 79

ParkurbisParque da Ciência e Tecnologia da Covilhã6200-865 Covilhã

www.roffconsulting.com

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07WORKSHOP . TECNOLOGIAS TROPICAIS

PRÓXIMOWORKSHOP

22|11|20113º WORKSHOP

Construção e Materiais de Construção em Ambiente Tropical

Inscrições e programa disponíveis em:www.aitec-oeiras.pt/tecnologiastropicais

WORKSHOPS TECNOLOGIAS TROPICAISTécnicas de Organização e Gestão em Ambiente Tropical

No passado dia 22 de Fevereiro, teve lugar, no Centro de Congressos de Lagoas Park, o 2º workshop do ciclo dedicado ao cluster das Tecnologias Tropicais subordinado ao tema «Técnicas de Organização e Gestão em Ambiente Tropical».

Promovido e organizado pela AITECOEIRAS, este ciclo surge, nas palavras do seu Presidente, Luís Todo Bom, «como agregador de conhecimento em Tecnologias Tropicais, quer ao nível do Concelho de Oeiras quer ao nível nacional». Assim, pode verificar-se que Portugal tem um enorme potencial de conhecimento sobre este cluster e, concretamente, no que diz respeito às técnicas de organização e gestão em ambiente tropical através do Ensino Universitário, dos Centros de Investigação e das Empresas.

É precisamente no Ensino Universitário e nos Centros de Investigação que também existe uma forte potencialidade para o alargamento e especialização ainda maior deste nível de conhecimento tropical a partir das estruturas já em funcionamento. São exemplo disso, no Concelho de Oeiras, o Instituto Superior Técnico (IST), a Universidade Atlântica, a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique e o Centro de Geo-informação para o Desenvolvimento do Instituto de Investigação Cientifica e Tropical. De igual modo, existem entidades de investigação como o Centro de Estudos de Gestão do IST e o Instituto Nacional de Administração que podem, também, ser adaptados à realidade tropical. Da mesma forma, do ponto de vista empresarial, conseguem-se já definir as tecnologias de base que servem para o estudo das técnicas de organização e gestão nestas latitudes: Operações, Sistemas de Informação, Recursos Humanos, Legal/Fiscal e Administrativa.

Através do rastreio a 99 empresas a nível nacional, concluiu-se que 26 foram rastreadas em Oeiras e que, tanto a nível nacional como do Concelho de Oeiras, a tecnologia base de Sistemas de Informação é predominante.

Na opinião de Luís Todo Bom, conclui-se que «o Cluster das Tecnologias Tropicais assume um papel catalisador, baseado no conhecimento disponibilizado pelas Universidades e Centros de Investigação e nas necessidades das empresas que se pretendem internacionalizar para os países africanos lusófonos.»

O workshop contou com quatro painéis temáticos dedicados aos temas «Logística, transporte e distribuição de mercadorias e gestão de frotas», «A importância das TIC na deslocalização e na gestão de empresas», A gestão de Recursos Humanos em quadros multiculturais» e ainda «Parcerias de Negócio: Modelo em Ambiente Tropical» que foram compostos por oradores representantes de empresas multinacionais de referência.

As apresentações estão disponíveis emhttp://www.aitec-oeiras.pt/tecnologiastropicais/tecnicas-de-organizacao-e-gestao

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ENTREVISTA . GENIBAT08

A Genibet surge recentemente como uma empresa inserida no sector biofarmaceutico. Que tipo de serviços são oferecidos pela empresa e qual a sua estratégia de afirmação nos mercados internacionais, mercados chave para a empresa?

A Genibet surge assente na experiência anterior dos seus quadros no IBET. Quatro dos cinco projectos actuais são realizados em colaboração com o IBET. Qual a relação actual entre as duas organizações e em que medida se complementam?

As instalações e equipamentos da Genibet estão já usados numa percentagem significativa da sua capacidade ou podem ainda suportar um crescimento da actividade da empresa?

A GenIbet é uma CMO – Contract Manufacturing Organization biofarmacêtica, isto é, produz para terceiros, por contrato, substâncias biofarmacêuticas que serão utilizadas em ensaios pré-clínicos e clínicos de fase I e II. Sendo uma empresa de biotecnologia, a GenIbet utiliza células bacterianas, células animais ou vírus para produzir o princípio activo desejado. Esta produção tem requisitos de Qualidade e de Boas Práticas de Fabrico que são comuns à indústria biofarmacêutica.

A GenIbet pode ainda, em conjunto com o IBET, Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, desenvolver processos de produção para terceiros.

Os clientes da GenIbet são empresas farmacêuticas e biofarmacêuticas com novos produtos biofarmacêuticos, assim como grupos de investigação em áreas como a das terapias avançadas. Nesta fase inicial da sua actividade a empresa está focada principalmente no mercado europeu. ~

Os accionistas da GenIbet são a ANF, IBET, Inovcapital, Medinfar, Nutrinveste e Tecnifar. O IBET é, por um lado, o principal accionista da GenIbet e, por outro lado, as duas organizações têm actividades que se complementam e fortalecem mutuamente.

O IBET é um instituto reconhecido internacionalmente pela investigação aplicada que faz, nomeadamente em áreas relevantes à indústria farmacêutica e biofarmacêutica. Ao conjugarem esforços, a GenIbet e o IBET tornam a sua prestação de serviços mais ampla, completa e com maior valor acrescentado para os clientes e parceiros.

A GenIbet está neste momento a ampliar as suas instalações de produção para poder entrar em áreas ainda mais inovadoras do que aquelas em que já actua. A partir do final de Junho, já com as novas instalações em operação, a GenIbet entrará no mercado das terapias avançadas e teremos ainda uma unidade para enchimento e acabamento. Contamos assim continuar a crescer a nossa actividade.

GENIBETBIOPHARMACEUTICALSENTREVISTA TERESA ALVES CEO

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A Genibet é uma empresa com um número de colaboradores muito reduzido. A estratégia a curto prazo é crescer ou manter a sua actividade baseada na ligação ao IBET?

A Genibet, tem tido uma colaboração significativa com a Universidade Nova de Lisboa. No concelho está em fase de finalização o Laboratório de bioengenharia de células estaminais e medicina regenerativa do IST no Taguspark. Prevêem o estabelecimento de alguma colaboração com essa entidade?

A Genibet está localizada no concelho de Oeiras, município onde existe um cluster significativo na área das biotecnologias e tecnologias da saúde. Esse facto foi importante para a fixação da Genibet em Oeiras? Que caminhos antevê a Genibet para o desenvolvimento desse cluster?

Quais são os principais objectivos para os próximos cinco anos?

A GenIbet tem dez colaboradores e com as novas unidades em operação haverá certamente necessidade de ter colaboradores especializados em áreas distintas e tecnicamente muito sofisticadas. No entanto, para ser competitiva e devido ao tipo de trabalho que faz, por campanha, a GenIbet deverá manter uma estrutura bastante leve. A flexibilidade neste tipo de negócio é fundamental pois há custos de operação muitíssimo elevados. A nossa ligação ao IBET é e será sempre relevante no que diz respeito ao apoio científico e à complementaridade de serviços que prestamos.

As nossas instalações estão no edifício da Planta Piloto do IBET, o qual tem uma relação estreitíssima e se encontra no mesmo edifício que o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa (UNL).

Sendo a GenIbet a única CMO nacional na área biofarmacêutica, está consciente da responsabilidade que tem e interessadíssima em trabalhar com todos os grupos de investigação e empresas nacionais que necessitem dos seus serviços e experiência. Faz todo o sentido juntar esforços, reduzir investimentos e rentabilizar capacidades. Por outro lado, o IBET tem ao longo dos tempos mantido relações estreitas com o Taguspark.

A GenIbet nasce do IBET o qual está localizado em Oeiras. O IBET, juntamente com outros dois institutos aqui sediados, o ITQB e Instituto Gulbenkian de Ciência, forma um Laboratório Associado do Ministério da Ciência e da Tecnologia, com cerca de 800 investigadores. A GenIbet espera contribuir para o fortalecimento deste cluster com a sua equipa de técnicos altamente especializados, procurando, sempre que possível, prestadores de serviços locais e estabelecendo uma rede de contactos enriquecedora.

A GenIbet tem como principais objectivos ser reconhecida no mercado europeu pela qualidade do seu serviço e pela excelência em áreas científicas relevantes.

CONTACTOS PORTUGAL

GENIBET LISBOA

Website

Edifício da Unidade Piloto do IBETEstação Agronómica NacionalAvenida da República2780-157 Oeiras

T: (+ 351) 21 446 94 84F: (+351) 21 446 94 80E-mail: [email protected]

www.genibet.com

09ENTREVISTA . GENIBET

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Qualquer actividade, em qualquer sector da sociedade, é geradora de dados. E falar de dados, hoje em dia, em que os sistemas informáticos são omnipresentes, é falar de dados digitais. De facto, cada vez mais toda a produção humana, industrial, artística, científica e até pessoal, é representada algures por um conjunto de bits. Números, imagens, sons e documentos existem interligados dentro de servidores, redes e computadores pessoais, ocupando um volume que se estima superior a 800 mil milhões de gigabytes (cerca de 800 exabytes) .

Claramente, quantidades de dados não triviais trazem problemas não triviais. Problemas, tais como o de encontrar e manipular dados em repositórios contendo milhões de registos, ou de como garantir a qualidade desses dados, certificando-nos que não existem erros ou incoerências, ou ainda, como processar tais dados, se estes não são estáticos, mas chegam num fluxo contínuo, por exemplo, provenientes de sensores electrónicos nos transportes de uma cidade. A procura de respostas para tais questões tem movido recursos desde a década de 70, tanto na indústria como nos meios académicos, e é hoje, mais do que nunca, o foco de trabalho de investigadores e grandes empresas em todo o mundo .

No entanto, de nada servem gigabytes nos servidores de uma empresa, se não for possível aprender algo sobre o seu funcionamento, ou sobre as necessidades dos seus clientes. De nada servem milhares de registos médicos, se não conseguirmos descobrir novos medicamentos, novas terapias, ou mesmo novas maneiras de gerir um hospital. De nada serve armazenar anos de observações científicas, se estas não permitirem prever furacões, ou lançar uma nave no espaço. Em suma, de nada servem os dados, se não os conseguirmos transformar em informação.

Extrair informação de grandes quantidades de dados é, assim, uma tarefa fundamental no mundo digital em que vivemos. Mas, qualquer solução neste sentido pode trazer-nos novos e ainda mais complexos problemas. De facto, a quantidade de informação possível de obter é, também ela, em tal volume que torna não trivial a sua aplicação de modo útil. Mais uma vez, de nada nos serve a informação, se não a conseguirmos organizar e disponibilizar, ou mesmo utilizar para inferir nova informação. Em suma, de nada nos serve a informação se não a pudermos transformar em conhecimento.

Para estudar estes problemas e desenvolver soluções inovadoras nas diversas áreas científicas que os englobam, foi criado o Grupo de Gestão de Dados e Recuperação de Informação (em inglês, Data Management and Information Retrieval Group - DMIR). O DMIR é um grupo de investigadores integrado no INESC-ID e dedicado a explorar áreas como a auditoria da qualidade de dados, a limpeza de dados, a procura e extracção de informação de grandes bases de dados de documentos, o processamento de informação georreferenciada, a engenharia de ontologias e do conhecimento e a Web Semântica.

O grupo é constituído pela Professora Helena Sofia Pinto, actual coordenadora, e pelos Professores Bruno Martins, Helena Galhardas, Paulo Carreira e Pável Calado. As suas instalações situam-se no campus Tagus Park do Instituto Superior Técnico

e no INESC-ID, em Lisboa, onde são realizadas as actividades de investigação e desenvolvimento. Para além de investigação fundamental, a sua localização em ambos os pólos tem facilitado o contacto com empresas da região, permitindo assim a inserção nos seus projectos de questões directamente relacionadas com problemas reais, que afectam o dia-a-dia das organizações.

Uma das áreas de investigação e aplicação a que o grupo se tem dedicado é a limpeza de dados (data cleaning). Esta actividade consiste na conversão de um

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DE DADOS A INFORMAÇÃO, DE INFORMAÇÃO A CONHECIMENTO

«O DMIR é um grupo de investigadores integrado no INESC-ID e dedicado a explorar áreas como a auditoria da qualidade de dados, a limpeza de dados, a procura e extracção de informação de grandes bases de dados de documentos, o processamento de informação georreferenciada, a engenharia de ontologias e do conhecimento e a Web Semântica.»

""

DMIR DATA MANAGEMENT AND INFORMATION RETRIEVAL GROUP DO INESC-ID

ARTIGO PELO PROF. PÁVEL CALADO

ARTIGO . DMIR10

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conjunto de dados com problemas, tais como erros ortográficos, inconsistências, etc., em dados destino com um grau de qualidade adequado às aplicações que os manipulam. A tarefa de limpeza de dados é fundamental em contextos de data warehousing e migração e integração de dados. Neste sentido, o grupo DMIR tem vindo a aperfeiçoar o sistema AJAX , para limpeza de dados relacionais. Entre as suas principais características, estão o facto de permitir representar o processo de limpeza visualmente, como um grafo de transformações, a capacidade de optimizar o processo automaticamente e a possibilidade de depuração assistida pelo utilizador. Esta última é particularmente útil, tendo em conta que tais processos, tipicamente, aceitam como entrada um grande volume de dados e que é praticamente impossível especificar transformações que sejam capazes de tratar de forma completamente automática todas as suas instâncias.

Nos últimos 2 anos, o grupo DMIR decidiu apostar igualmente na limpeza de dados XML. Dada a disponibilidade de uma quantidade crescente de informação na Web, cujo formato é maioritariamente HTML ou XML, torna-se cada mais relevante tratar este tipo de dados, a que se dá o nome genérico de semi-estruturados. Nesta área, o grupo DMIR foca a sua atenção em duas vertentes principais. Em primeiro lugar, foram propostas e desenvolvidas aproximações sofisticadas, baseadas em aprendizagem automática, para a detecção de informação duplicada em documentos XML. Em segundo lugar, foi desenvolvida, em parceria com a FLWOR Foudation , uma biblioteca de funções para limpeza de dados em XQuery, a linguagem standard para interrogação de dados XML. Actualmente, estão a ser desenvolvidos programas de limpeza de dados em XQuery, para tratamento de um conjunto real de documentos XML com referências bibliográficas e prevê-se abordar problemas associados à eficiência destes programas num futuro muito próximo.

Outra das áreas nucleares do grupo é a procura de informação relevante em grandes repositórios de documentos textuais, uma área tipicamente designada como Information Retrieval (IR). Um exemplo é o projecto SMARTIS (Smarter Indexing and Search Schemes), actualmente em curso, que tem por objectivo a melhoria dos sistemas de Recuperação de Informação, através da utilização de técnicas capazes de reconhecer conceitos e de utilizar a semântica das palavras. Para ilustrar, a ideia seria tornar sistemas como o Google capazes de perceber se a palavra "jaguar" foi usado no contexto de veículos automóveis ou no contexto de animais selvagens.

Em moldes similares, mas com foco no processamento de informação georreferenciada, foi iniciado este ano o projecto SInteliGIS (Sistemas Inteligentes para Processamento de Informação Geográfica). Neste, são estudadas tecnologias de processamento de informação georreferenciada, capazes de lidar com fontes de informação não convencionais, como páginas Web ou entradas em blogs. O projecto tem como objectivo a extensão de algumas das normas actualmente

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REFERÊNCIAS

Mais informação sobre o grupo pode ser encontrada em:

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[6]

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IDC Digital Universe Study, May 2010.

Han, J., Kamber, M. Data Mining: Concepts and Techniques, Morgan Kaufmann, 2001.

Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (http://www.inesc-id.pt/)

http://www.ist.utl.pt

Galhardas, H. Data Cleaning and Transformation Using the AJAX Framework, Generative and Transformational Techniques in Software Engineering, 2005.

http://www.flwor.com

Toffler, A. Future Shock, Bantam Publishers, 1984.

http://dmir.inesc-id.pt

associadas aos Sistemas de Informação Geográfica na Web, por forma a lidar com problemas como a atribuição de coordenadas geográficas a locais mencionados em textos. O projecto SInteliGIS envolve também a colaboração do Large-Scale Informatics Systems Laboratory (LaSIGE) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, do Instituto Geográfico Português, e da empresa Novageo Solutions.

Técnicas de gestão de informação estão igualmente a ser aplicadas para aumentar a eficiência energética em edifícios inteligentes. Um edifício inteligente é dotado de um conjunto de sensores de temperatura, luminosidade, ocupação, entre outros. Estes geram dados que, uma vez analisados, podem servir de base para tomar decisões de gestão mais racional dos diversos aparelhos eléctricos, como a iluminação ou o sistema de ar condicionado. O projecto Lumina surgiu com o objectivo de criar uma aplicação de software para efectuar o controlo e o comando centralizado de um edifício. Pretende-se que este controlo seja automático, baseado em informação recolhida a partir dos sensores, e que aumente significativamente a eficiência energética. Neste momento foi criado uma primeira versão do software, em colaboração com a empresa Sislite Lda, que está instalada em diversas lojas de grande superfície.

Finalmente, o grupo tem seguido os desenvolvimentos da Web 2.0 e da Semantic Web, onde têm um grande ênfase as plataformas de partilha de conteúdo entre utilizadores, tais como o Facebook ou Twitter. No projecto FolkPeers tentamos compreender e melhorar a experiência dos utilizadores neste tipo de sistemas, desenvolvendo mecanismos de sugestão de conteúdo ou estudando formas mais intuitivas de navegação através dos seus recursos. Além disso, temos estudado fenómenos de influência e importância de utilizadores em redes sociais, analisando a forma como a informação é propagada, tentando compreender e prever como é que estes sistemas evoluem e, em particular, qual a relação entre a propagação da informação e a importância dos utilizadores. Este último tópico tem especial aplicação na área de marketing e é cada vez mais um polo de interesse na indústria.

Em conclusão, todos os projectos em curso no DMIR abrangem áreas científicas que têm um alto impacto em problemas enfrentados hoje pela sociedade e pelas organizações. Além disso, constituem o primeiro passo em direcção a um futuro em que sistemas inteligentes serão capazes de navegar no turbilhão de informação que nos envolve, seleccionando, organizando e apresentando apenas aquela que é essencial para a nossa tomada de decisões e, consequente, para agir sobre o mundo que nos rodeia. Enfim, o DMIR espera contribuir para um futuro em que a chamada sobrecarga de informação deixará de ser um problema . [7]

ARTIGO . DMIR 11

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GJC GRUPO JOAQUIM CHAVESENTREVISTA FRANCISCO CHAVES DIRECÇÃO DE MARKETING E COMUNICAÇÃO

O Grupo Joaquim Chaves (GJC) tem 50 anos de história e é hoje um dos principais actores do sector da Saúde em Portugal. Quais são os factores de êxito?

Quais são os serviços que o GJC oferece?

O Grupo Joaquim Chaves foi fundado em 1959, contando com 52 anos de história. A aposta na inovação e em recursos humanos de elevado prestígio pessoal e profissional são possivelmente os factores mais diferenciadores para os sucessivos êxitos que o Grupo tem alcançado. Isto, aliado a uma visão dos fundadores, e que a actual administração tudo tem feito para preservar, na aposta na qualidade do serviço como um todo. Todos os profissionais que colaboram com o GJC (actualmente contamos com 970 colaboradores a nível nacional) são ajudados a ver na sua prestação e no contacto com o utente, a fonte na nossa razão de existir e a encarar a excelência do serviço com a única forma de se estar presente num mercado tão sensível como o da saúde privada.

Praticamente todos os serviços no âmbito dos exames complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), desde as análises clínicas, passando pela imagiologia até à medicina nuclear, consultas de especialidades médicas, medicina desportiva (desde o diagnóstico à terapêutica), medicina dentária, oncologia (com especial ênfase no tratamento de doentes oncológicos por radioterapia nas sua diferentes componentes incluindo técnicas especiais), e saúde mental (com uma unidade de internamento para doentes deste foro).

É sabido que o GJC tem equipamentos de diagnóstico altamente sofisticados e modernos. A aposta na alta tecnologia é um projecto permanente e a longo prazo?

O Centro Oncológico Dra Natália Chaves, a primeira Unidade de Radioterapia do GJC, foi um marco no combate ao Cancro a nível nacional quando abriu em 2002. Esta doença é um dos principais focus do GJC? De que

A aposta permanente nas tecnologias mais avançadas é uma das peças fundamentais para que os serviços prestados sejam sempre de enorme qualidade. Desde a sua fundação, foi sempre um desígnio para o grupo apostar nas respostas mais eficazes e modernas disponíveis no cenário internacional. Há 50 anos atrás o Dr. Joaquim Chaves apostava em desenvolver técnicas diferenciadoras em análises clínicas, formando-se permanentemente no estrangeiro e importando toda a tecnologia disponível na altura para o seu pequeno laboratório. Actualmente, os seus sucessores técnicos fazem exactamente a mesma coisa, adaptado à época, sendo que hoje, e aproveitando o exemplo das análises clínicas, o laboratório Joaquim Chaves tem uma forte componente de robotização em exames de rotina, a par com uma aposta inequívoca em áreas mais diferenciadoras como a biologia molecular ou a genética. Continuamos a acreditar que a procura da qualidade aposta sempre na diferenciação.

Ao lado

Em cima

Fachada da clínica Grupo Joaquim Chaves

Fachada da unidade de radioterapia «Quadrantes» do Grupo Joaquim chaves no Funchal e de Santarém.E a sede do GJC.

ENTREVISTA . GJC12

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equipamentos de tecnologia avançada dispõem para este e outros tratamentos?

Uma das áreas do GJC é a Medicina Nuclear. Que passos importantes têm sido dados nesta matéria?

A aposta no tratamento de doentes oncológicos surgiu naturalmente numa altura em que constatámos haver uma clara falta de capacidade de resposta nesta área tão sensível, quer por parte de entidades públicas como privadas. Nessa unidade, situada no concelho de Oeiras, houve, mais uma vez, uma forte aposta na aquisição dos equipamentos mais recentes na altura, bem como em contratar profissionais (médicos, técnicos e físicos) altamente qualificados e experientes. Numa primeira fase a unidade esteve vocacionada apenas para o tratamento e mais tarde foi adaptada servindo para a expansão natural da nossa unidade de medicina nuclear (em funcionamento em Miraflores, na sede da Quadrantes, também no concelho de Oeiras), com a aquisição de um equipamento de Pet CT (tomografia por feixe de positrões associado a tecnologia TC).

Equipamentos (unidade de Carnaxide):

1 Acelerador Varian 2100 CD

1 Acelerador Varian Trilogy com MMLC High-Definition

1 M3 BrainLab

1 Varis Source HDR

1 Simulador Acuity

1PET/CT Siemens Biograph TruePoint 6 True V

A Quadrantes (clínicas médicas de diagnostico e terapêutica do GJC), motivada pela percepção de que esta seria uma área da qual dependeria uma melhor capacidade de diagnóstico de algumas patologias importantes como as doenças oncológicas e do foro da cardiologia, apostou desde há uma década nesta importante área. Actualmente dispomos de duas câmaras gama na nossa unidade de diagnóstico em Miraflores. Mais tarde, e de forma natural, evoluímos para a aquisição de um equipamento de PET-CT para melhorar a capacidade de diagnóstico e planeamento dos doentes da nossa unidade de Carnaxide. A evolução destas áreas da medicina – oncologia e medicina nuclear - correm paralelamente, sendo que a segunda permite diagnosticar, planear, tratar e seguir melhor do que no passado, os doentes oncológicos. Assim, entendemos que faz todo o sentido que, a par com o desenvolvimento dos nossos projectos de radioterapia, haja uma aposta forte na medicina nuclear. A título de exemplo, a nossa unidade da

Em cima

Em baixo à esquerda

Em baixo à direita

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Fachada do Centro Oncológico Dra. Natália Chaves

Robot dos Laboratório do Grupo Joaquim Chaves

Equipamento Sala de Radioterapia

Acelerador na Clínica Quadrante de Santarém PET/CT visto de frenteMamografo digital

ENTREVISTA . GJC 13

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ENTREVISTA . GJC14

Madeira, no Funchal, para além dos aceleradores lineares para tratamento por radioterapia, foi equipada desde o inicio com um novo tipo de equipamento de medicina nuclear – uma câmara Spect-CT.

Quando há cerca de 20 anos mudámos a nossa sede para Miraflores, rapidamente percebemos que nos sentíamos bem no concelho de Oeiras. Fomos bem acolhidos pelas entidades oficiais com quem tivemos, obviamente, que nos relacionar, e muitíssimo bem tratados pela população que diariamente nos procura nas nossas diferentes unidades e serviços existentes. Partindo de Oeiras, crescemos dentro e para fora do concelho, por todo o continente, indo já até às regiões autónomas. Havendo resposta favorável do mercado a todos os projectos que temos desenvolvido, é natural que tenhamos optado por nos manter a operar a partir de onde estamos confortáveis: boa acessibilidade para dentro e fora de Lisboa, boa relação com o espaço envolvente, boa relação com serviços autárquicos e óptima situação social.

Já participámos em algumas incitativas deste tipo no passado. Mais recentemente esta foi possivelmente a que teve mais impacto pois envolveu um grande número de atletas, nacionais e estrangeiros, e permitiu-nos afinar um modelo que pretendemos ter com algumas modalidades desportivas através da nossa unidade de medicina desportiva (médicos especialistas e fisioterapeutas ligados ao desporto). Recentemente assinámos um protocolo com o Sport Algés e Dafundo, uma “marca” incontornável no concelho de Oeiras e no panorama desportivo nacional.

Temos algumas ideias em estudo e tido alguns convites nesse sentido, nomeadamente de Espanha, África e Brasil. Estamos a avaliar com cautela toda a situação macroeconómica que se vive e veremos se avançamos ou não.

O GJC está presente em muitas cidades do País. Por que razão, na zona da grande Lisboa, é em Oeiras que estão as principais instalações do GJC?

O GJC, recentemente, foi escolhido para dar assistência médica aos atletas do Portugal Rugby Youth Festival 2011 que se realizou em Oeiras. Em que medida o GJC está envolvido em parcerias neste Concelho?

Existe vontade de internacionalização do GJC? Para que territórios?

Oeiras é um Concelho onde existe um número significativo de empresas de referência ligadas à biotecnologia. Esta é uma oportunidade de eventuais parcerias para o GJC?

Qual é a visão do GJC sobre Oeiras Valleyenquanto Região Integrada de Desenvolvimento?

Acreditamos que sim. Aliás, temos já algumas parcerias fechadas e acreditamos que de futuro surjam mais. Quer com as empresas dessa área como com universidades. O GJC manteve sempre uma estreita ligação com entidades ligadas ao ensino. Temos uma forte componente de formação ligada ao ensino superior, quer em fase pós-graduada como em estágios de pré-licenciatura. Neste momento, e dentro do concelho de Oeiras, temos ligações à FMH e à Universidade Atlântica.

É um conceito inovador e arrojado, que demonstra uma visão de longo prazo. Como aliás, tem sido habitual neste concelho. O Conceito de Oeiras Valley, que pode parecer difícil de concretizar para quem queira ver resultados no imediato, assenta numa cultura de qualificação e oportunidade: apostar e atrair empresas de fora do concelho (e de fora do país), apresentando-lhes um convite irrecusável para se instalarem numa zona organizada, acessível, próxima de uma capital como plataforma que nos liga à Europa e ao mundo. Simultaneamente, e capitalizando aquilo que já vem a ser tentado, e conseguido em muitos casos, procura dar-se oportunidade a empresas que já estão em Oeiras, dentro e fora dos parques empresariais, para que cresçam, que emparceirem com empresas vizinhas. Essas empresas atrairão talentos, capital humano empreendedor, que necessita de boas infra-estruturas para poder organizar a sua vida no concelho. Oeiras já oferece muito, e pode oferecer muito mais. O conceito de Oeiras Valley, bem defendido pela CMO e trabalhado por entidades como a AITECOEIRAS, associado à revisão inteligente que me parece estar a ser feita a nível do PDM do concelho, permitirá a convivência entre empresas, vida social, formação de qualidade, cultura e, inevitavelmente, criará desenvolvimento (económico, social e cultural).

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O Instituto Gulbenkian da Ciência (IGC), com sede em Oeiras, está, pelo segundo ano consecutivo, no ranking das 10 melhores instituições internacionais de investigação para pós-doutorados trabalharem.

Este é o resultado de uma pesquisa publicada anualmente pela revista The Scientist e cujos resultados são determinados por investigadores que trabalham em instituições por todo o mundo. Apenas 3 instituições permaneceram, de 2010 para 2011, no top-10 da conhecida revista de ciência, sendo o IGC a única presença portuguesa.

Como salienta António Coutinho, director do IGC, os pós-doutorados «são extremamente importantes para a produção científica dos grupos de investigação em que estão inseridos, bem como para assegurar a manutenção de instituições saudáveis».

Assim, também os anos posteriores ao doutoramento, têm uma significativa importância na construção da carreira do investigador enquanto futuro líder em ciência. Para Marie Bonnet, pós-doutorada francesa, é importante, para a independência do investigador, que os líderes do grupo de investigação confiem nos pós-doutorados: «Penso que, muito por causa do processo de recrutamento, os líderes dos grupos de investigação do IGC confiam nos seus pós-doutorados - o que é realmente importante para a sua independência – e são apaixonados pelo seu trabalho, são acessíveis e estão preocupados em partilhar o seu conhecimento, o que é óptimo para a nossa orientação. A multidisciplinaridade (no IGC), permite--me “tocar’’ outros campos da investigação e colaborar com pessoas com diferentes experiências e conhecimentos na mesma instituição. Além disso, o compromisso correcto entre a independência e a orientação é uma grande ajuda. Desde que cheguei, estou regularmente perante novas oportunidades de aquisição de novas competências e de novas responsabilidades», diz.

O IGC é um dos principais centros de investigação científica em Portugal. Fundado pela Fundação Calouste Gulbenkian, a missão do IGC é a realização de investigação e formação biomédica. Actualmente, acolhe grupos de investigação internacionais num contexto das mais actuais formas de investigação juntas em ambiente estimulante e autónomo. O IGC conta, desde Janeiro de 2011, com 83 pós-doutorados a trabalhar em 46 grupos de investigação, vindos de diferentes países como Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Brasil, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia, Índia, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, México, Portugal, Roménia e Suécia.

«O Instituto Gulbenkian da Ciência

(IGC), com sede em Oeiras, está, pelo

segundo ano consecutivo, no

ranking das 10 melhores instituições

internacionais de investigação para

pós-doutorados trabalharem.»

NO TOP-10 INTERNACIONAL PARA PÓS-DOUTORADOS

INSTITUTO GULBENKIAN DA CIÊNCIA

NOVIDADES . IGC

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ARTIGO . VISION-BOX16

O SUCESSO NA INTERNACIONALIZAÇÃO DA ALTA TECNOLOGIA

VISION-BOX

Com sede em Oeiras, foi constituída em 2001 como um spin-off do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), por uma equipa de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico com uma larga experiência de mais de duas décadas no domínio das Tecnologias de Informação aplicadas à Segurança Electrónica. A Vision-Box realiza o desenvolvimento de soluções próprias de Visão Computacional e de Biometria, com uma base sólida de engenharia e uma perspectiva única na internacionalização e comercialização dos seus produtos.

A Vision-Box divide a sua actividade em duas áreas fundamentais que passam pelas soluções de identidade electrónica baseadas na recolha de dados biométricos e Smart e-Gates de controlo de fronteiras, bem como pelas soluções inteligentes de Gestão de vídeo digital e Gestão de sistemas de segurança.

A capacidade de internacionalização da Vision-Box é já evidente. Com escritórios em países como a África do Sul, a Alemanha, o Brasil, o Qatar e o Reino Unido, os projectos que assume permitem-lhe ser pioneira e líder mundial em sistemas de controlo biométrico de fronteiras. A empresa venceu importantes concursos para o fornecimento das suas soluções um pouco por todo o mundo. Da Europa à América do Sul, as soluções da Vision-Box são hoje utilizadas por mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo fazendo parte do dia-a-dia dos passageiros que circulam nos mais importantes aeroportos internacionais.

Com uma facturação que, em 2009, ultrapassou os 7 milhões de Euros, a Vision-Box destacou-se em projectos nacionais e internacionais extremamente inovadores. Entre eles, e no contexto português, são de salientar o desenvolvimento e implementação dos sistemas de recolha biométrica para o Passaporte Electrónico Português (PEP) e para o Cartão de Cidadão, com mais de 1000 unidades em operação espalhadas por todo o Mundo, assim como o desenvolvimento e fornecimento do sistema automático de controlo de fronteiras RAPID com cerca de 100 smart gates actualmente em operação nos aeroportos internacionais portugueses.

No Reino Unido, entre 2008 e 2009, desenvolveu o primeiro sistema de smart gates electrónicas de verificação biométrica de identidade fora de Portugal, no aeroporto de Manchester, e forneceu o sistema de controlo de fronteiras de aeroportos como Gatwick, Luton, Manchester, Birmingham, Bristol, Cardiff e East Midlands. No

«A Vision-Box é uma das empresas

portuguesas do sector das Tecnologias de

Informação e Comunicação com

maior projecção internacional..»

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ARTIGO . VISION-BOX 17

aeroporto de Helsínquia, na Finlândia e no aeroporto Simón Bolívar de Maiquetía, na Venezuela, introduziu a mesma tecnologia.

Mais recentemente, em 2010, forneceu o primeiro sistema de controlo de fronteiras terrestre para uma fronteira entre a Europa e a Rússia, em Vaalima na Finlândia, e o sistema piloto de controlo de fronteiras para o aeroporto de Schipol em Amesterdão, na Holanda.

Esta actividade que, em grande medida, está direccionada para aeroportos faz com que a gestão de segurança integrada nestes espaços seja hoje uma preocupação e um desafio. Sendo locais de elevada concentração de pessoas e bens, os aeroportos necessitam hoje em dia de um sistema completamente integrado de segurança, que permita ter um controlo efectivo de pessoas e bens, tanto nas áreas de terra como nas áreas de ar.

Um sistema integrado que consiga aglomerar diversas fontes de informação (detecção de incêndio, intrusão, bagagem abandonada, reconhecimento facial, etc..) é necessário, ao invés de ter vários sistemas a operar em separado. A postura a ser adoptada pelos responsáveis de segurança nesta área passa, segundo a Vision-Box, por três pontos:

Adoptar uma estratégia mais preventiva que reactiva.

Acelerar os tempos de resposta às ameaças, mitigando o risco.

Aumentar a segurança sem comprometer o people flow necessário em instalações deste tipo.

Assim, a gestão de segurança no aeroporto pode estar dividida em duas formas: segurança de perímetro exterior e segurança interior ou de edifício. Na segurança exterior, deve-se ter a capacidade de reagir pro-activamente a situações anómalas e despoletar as acções necessárias para as corrigir. Na vertente interior, mais do que detectar situações anómalas, interessa também receber informação sobre o comportamento dos passageiros e antecipar eventos, como formação de filas ou detectar possíveis zonas de estrangulamento.

A Vision-Box surge, assim, como empresa líder na Europa nas soluções de identificação, autenticação e de controlo de acesso.

No mês de Maio de 2011 esteve presente no evento Digital ID World Middle East 2011, em Abu Dhabi, depois de vários países do Médio Oriente terem demonstrado interesse em ter soluções e produtos específicos.

«os aeroportos necessitam hoje em dia de um sistema completamente integrado de segurança...»

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ARTIGO . MAEIL CONSULTORES18

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE NAVEGAÇÃO A NIVEL MUNDIAL

Desde 1999, a nossa empresa tem vindo a desenvolver Produtos e Soluções no âmbito dos Sistemas de Informação especialmente destinados à Indústria da Navegação. A nossa experiência foi adquirida no Mercado Português e já fizemos a sua exportação para diversos países em todo o mundo. A Indústria da Navegação é, por natureza, um negócio global, que implica um conhecimento muito específico e no qual a maioria dos agentes enfrenta desafios e problemas diários semelhantes. Sempre que alguma mercadoria é exportada ou importada, todas as empresas envolvidas nessa Indústria trabalham em rede, umas com as outras, em todos os Portos mundiais. É a economia global dos nossos dias!

Para o tratamento da exportação e importação das mercadorias, os nossos clientes têm necessidade de soluções que abranjam todos os Procedimentos Negociais, desde a recolha de toneladas de mercadorias num armazém específico até à sua entrega, após 30 dias de viagem transoceânica, noutra parte do mundo, numa fábrica onde vão integrar o respectivo ciclo de produção. Desde as Vendas às Operações e ao Controlo dos Contentores, bem como às Comunicações EDI ou XML com as Autoridades Portuárias e Alfandegárias, o nosso Pacote de Soluções de Transporte permite um tratamento e optimização da forma como este Negócio é efectuado.

Depois dos nossos primeiros Projectos em Portugal, procedemos à implementação da nossa solução numa Empresa de Navegação de Curta Distância, sedeada em Roterdão, e preenchemos todos os seus requisitos, desenvolvendo o software de forma a responder às necessidades específicas da Empresa em questão. O Porto de Roterdão é um dos maiores Portos da Europa e funciona como uma plataforma central para as mercadorias oriundas da América, África e Ásia, que daí saem para Portos de menor dimensão localizados no resto da Europa. A partir desse momento, demos instalámo-nos noutros países, como a Alemanha (Hamburgo), Espanha (Vigo), Inglaterra (Felixstowe) e Turquia (Istambul).

A nossa experiência africana não foi iniciada num país de Língua Portuguesa, mas sim, num de Língua Inglesa. No entanto, a linguagem utilizada no Sector da Navegação tem um carácter global e é utilizada em todos os Países. A nossa solução adapta-se a todos os requisitos do Quénia, utilizados em Mombaça, os quais, em muitos casos, são similares aos desenvolvidos na Europa. Nos últimos anos, no Quénia, deu-se um grande salto qualitativo e o Sector da Navegação foi obrigado a adoptar novas soluções. Presentemente, nesse país, trabalham com as nossas soluções tecnológicas há já 6 ou 7 anos.

Nos últimos 4 anos, começámos a trabalhar com empresas portuguesas que iniciaram a sua actividade em Angola e, durante este período, angariámos também alguns clientes directos de Angola, em consequência das nossas frequentes visitas anteriores. Temos clientes que estão a trabalhar com as nossas soluções nos principais Portos de Angola, em Luanda, Lobito, Cabinda, Soyo e Namibe. Um dos nossos maiores desafios é a comunicação com servidores em Portugal para acesso às bases de dados, visto que o mais robusto sistema de acesso à Internet é ainda o satélite.

Em Angola, a maior parte dos requisitos legais e alfandegários portugueses é suficiente para proceder à instalação e manutenção de soluções para esta Industria. Com o aumento dos negócios, em Setembro de 2010, criámos uma empresa subsidiária da Maeil em Angola, a qual, neste momento, funciona de forma completamente autónoma para esse mercado.

ÁFRICA, QUÉNIA E ANGOLA, PLANOS

QUANTO AO FUTURO PARA

CABO VERDE E MOÇAMBIQUE

NA EUROPA, A SEGUIR A

PORTUGAL, COMEÇÁMOS

COM OS PAÍSES BAIXOS

MAEIL CONSULTORES

POR HUGO DUARTE DA FONSECA MARKETING PARTNER

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ARTIGO . MAEIL CONSULTORES 19

Este ramo de negócio é regulado por diversas entidades a nível mundial, como por exemplo:

UN/CEFACT - United Nations Center for Trade Facilitation and Electronic Business (Centro das Nações Unidas para o Comércio e Cibernegócio);

- United Nations Directories for Electronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport (Directórios das Nações Unidas Relativos ao Intercâmbio Electrónico de Dados para a Administração, Comércio e Transportes);

ITIGG - International Transport Implementation Guidelines Group (Grupo para a Implementação das Directrizes Relativas ao Transporte Internacional);

SMDG – User Group for Shipping Lines and Container Terminals (Grupo de Utilizadores de Empresas de Navegação e Terminais de Contentores);

OMG – The Object Management Group (Grupo de Gestão do Objecto).

As nossas soluções cumprem todas estas regras e directrizes, que, na maioria dos casos, são obrigatórias para todos os nossos clientes.

UN/EDIFACT

NORMAS A NÍVEL

MUNDIAL (ISO)

Para Agências de Navegaçãowww.maeil.pt/products/Documents/Flyers/Transporter/agencies.pdf

Para Companhias de Navegaçãowww.maeil.pt/products/Documents/Flyers/Transporter/liners.pdf

PRODUTOS E SOLUÇÕES

PARA O SECTOR DA

NAVEGAÇÃO

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OEIRAS VALLEY

BASEIA-SE NO CONCEITO DE REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO SUPORTADA EM UNIDADESEMPRESARIAIS DE ALTA INTENSIDADE DE CONHECIMENTO.