Manual Cos Me to Vigil an CIA

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    Conselho Regional de Qumica

    IV Regio

    Comisso Tcnica de Cosmticos

    MANUAL

    DE

    COSMETOVIGILNCIA

    Junho, 2008

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    Conselho Regional de Qumica

    IV Regio

    Comisso de Tcnica de Cosmticos

    MANUALDE

    COSMETOVIGILNCIA

    Este trabalho foi elaborado com a participao dos seguintes Profissionais daQumica, integrantes da Comisso Tcnica de Cosmticos do CRQ-IV:

    Andrea de Batista Mariano CRQ n 04333680

    Antal Gyorgy Alamasy CRQ n 04331227

    Carlos Alberto Trevisan CRQ n 04301794

    Cludio Di Vitta CRQ n 04214085

    Lgia Maria Sendas Rocha CRQ n 04215193

    Linda Cristina de Oliveira CRQ n 04322418

    Mrcia Regina da Silva CRQ n 04100445Marcos Pinheiro Dias CRQ n 04106762

    Maria Aparecida Lima Moreira CRQ n 04215162

    Maria Ins Nogueira de Camargo Harris CRQ n 04127684

    Rita de Cassia Simonaio Pompei CRQ n 04159035

    Rubens Brambilla CRQ n 04401202

    Silvia Helena Mussolini de Oliveira CRQ n 04100314

    Silvio Pires de Oliveira CRQ n 04206167

    Wagner Aparecido Contrera Lopes CRQ n 04321000

    So Paulo, 18 de junho de 2008.

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    APRESENTAO

    A tecnologia em prol da sociedade

    H muito tempo, o Conselho Regional de Qumica IV Regio (So Paulo) tem pautado suas aes

    em duas direes: 1) A busca incessante pela eficincia em sua principal tarefa legal, que a fiscalizao do

    exerccio profissional no mbito de sua jurisdio; 2) O desenvolvimento de atividades que contribuam para

    o fortalecimento tcnico do profissional da qumica e a valorizao da profisso. Nosso modelo de trabalho

    est calcado na crena de que apenas profissionais bem preparados podero atender plenamente e de modo

    seguro s necessidades e anseios da sociedade que consome os produtos que fabricamos ou os servios que

    prestamos.

    A produo deste manual mais uma iniciativa desta entidade no sentido de oferecer aosprofissionais da qumica um guia prtico, baseado em conceitos legais e tcnicos, e que certamente muito os

    ajudar em suas atividades. O trabalho ganha maior relevncia ainda quando se observa o espetacular

    crescimento que a indstria de produtos de higiene pessoal, cosmtica e perfumes vem registrando ano aps

    ano e pela responsabilidade que esse setor tem de contribuir para proporcionar uma sensao que a maioria

    de ns almeja: o bem-estar.

    A construo deste manual comeou h cerca de dois anos. Em julho de 2006, a Comisso Tcnica

    de Profissionais da Qumica que atuam na Indstria de Cosmticos, mantida por este CRQ-IV, promoveu em

    nossa sede um evento chamado Workshop Cosmetovigilncia, o qual foi assistido por quase 200 pessoas.

    O evento apresentou palestras e esclarecimentos feitos por tcnicos da Agncia Nacional de Vigilncia

    Sanitria, do Procon-SP, pelo mdico dermatologista Andr Vergnanini e pelo toxicologista Philippe

    Masson, professor das universidades de Bruxelas (Blgica) e Bordeaux (Frana), que falou sobre o

    funcionamento do sistema de cosmetovigilncia na Unio Europia.

    A mesma Comisso que, cabe ressaltar, formada por pessoas que desenvolvem um trabalho

    voluntrio com vistas ao aprimoramento da profisso que abraaram , apresenta agora este manual, que tem

    em suas pginas as informaes difundidas naquele workshop, as experincias acumuladas daquela poca at

    agora, alm de todos os procedimentos estabelecidos em normas destinadas implantao de um sistema de

    cosmetovigilncia.

    Ficam os nossos agradecimentos a todos que colaboraram para a concretizao de mais este trabalho

    e a nossa expectativa de que possa ser til a todos os que trabalham ou se interessam por esta rea.

    Manlio de Augustinis Presidente do CRQ-IV

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    ndice Analtico

    1 Introduo ................................................................................................................................1

    2 Participao do Responsvel Tcnico no Sistema de Cosmetovigilncia................................ 1

    3 Amparo legal e tecnolgico.......................................................................................................1

    3.1 Amparo Legal............................................................................................................................1

    3.2 Princpios Fundamentais das Boas Prticas de Fabricao e Controle .....................................2

    4 Cosmetovigilncia........................................................................................................................ 8

    4.1 Fluxograma................................................................................................................................8

    4.2 Detalhamento do fluxograma.................................................................................................... 9

    5 Consideraes Sobre Ingredientes Conhecidos Como Alergnicos Ou Potencialmente

    Alergnicos....................................................................................................................................13

    5.1 Qualidade dos Produtos Cosmticos e a Cosmetovigilncia .................................................. 13

    5.2 Reaes Alrgicas ................................................................................................................... 19

    5.3 Alguns ingredientes com potencial alergnico........................................................................ 19

    5.4 Comentrios Finais.................................................................................................................. 19

    6 Consideraes sobre Segurana e Eficcia de produtos..........................................................20

    6.1 Definies Importantes Na Avaliao de Segurana de Produtos Cosmticos ......................21

    6.2 Avaliao dos Ingredientes a serem Utilizados em Formulaes Cosmticas........................236.3 Avaliao do Risco Potencial de Produtos Cosmticos ..........................................................23

    6.4 Metodologias........................................................................................................................... 25

    6.5 Avaliao de Segurana Baseado na Semelhana de Produtos...............................................28

    6.6 Critrios ticos na Avaliao de Segurana de Produtos Cosmticos em Humanos..............28

    6.7 Anexos.....................................................................................................................................29

    Glossrio........................................................................................................................................32

    ANEXO A - Formulrio SAC.......................................................................................................35ANEXO B Formulrio Para Anvisa ........................................................................................... 36

    Referncia Bibliogrfica ...............................................................................................................37

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    1. Introduo

    Este manual tem por objetivo auxiliar os profissionais da qumica, principalmente os

    Responsveis Tcnicos, no esclarecimento de diretrizes e na implementao e prtica daCosmetovigilncia, em cumprimento ao que determina a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    (Anvisa), por meio da Resoluo da Diretoria Colegiada (RDC) n 332 de 1 de dezembro de 2005.

    2. Participao do Responsvel Tcnico no Sistema de Cosmetovigilncia

    Os profissionais da qumica que atuam como Responsveis Tcnicos por empresas de

    Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes tm importante papel na produo, nodesenvolvimento de produtos e no controle de qualidade. No desempenho dessa funo, compete-

    lhes implantar e assegurar o cumprimento das boas prticas de fabricao e controle, atividades

    diretamente envolvidas com a introduo e manuteno do Sistema de Cosmetovigilncia.

    Como demonstraremos ao longo deste trabalho, os conhecimentos tcnicos desses

    profissionais so fundamentais para que a empresa crie e mantenha um sistema de

    Cosmetovigilncia adequado e eficiente.

    3. Amparo legal e tecnolgico

    3.1. Amparo Legal

    A Resoluo RDC n 332, de 01/12/2005, da Anvisa, determina que as empresas fabricantes

    e/ou importadoras de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes instaladas no territrio

    nacional devem implementar um Sistema de Cosmetovigilncia. A exigncia comeou a vigorar em

    31 de dezembro de 2005.O Sistema de Cosmetovigilncia compreende, em sntese: o registro dos relatos de

    ocorrncias de eventos adversos e respectivas avaliaes; o registro das medidas adotadas para

    soluo do evento e a notificao Anvisa.

    O Cdigo de Defesa do Consumidor, Lei n 8.078/90, objetiva atender s necessidades dos

    consumidores, respeitar a dignidade, sade e segurana, proteger seus interesses econmicos,

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    melhorar sua qualidade de vida, bem como manter a transparncia e harmonia nas relaes de

    consumo.

    O princpio bsico do Cdigo de Defesa do Consumidor est relacionado com a

    vulnerabilidade do consumidor, que baseada no fato de que ele geralmente no tem conhecimento

    tcnico do produto. Da a importncia da participao dos rgos de regulamentao em estabelecer

    normas e critrios para que o mercado desenvolva mecanismos eficientes de controle, de forma a

    assegurar o fornecimento de produtos e servios com qualidade e segurana.

    O Cdigo de Defesa do Consumidor atribui, ainda, ao fornecedor de produtos e servios, a

    responsabilidade pelo gerenciamento e controle das informaes colhidas com o consumidor, para

    que sejam tomadas as medidas cabveis tanto no reparo ao dano causado quanto na preveno para

    que o episdio no se repita.A Portaria n 348, de 18/08/97, do Ministrio da Sade, determina que as empresas de

    Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes cumpram as Diretrizes estabelecidas no

    Regulamento Tcnico - Manual de Boas Prticas de Fabricao para Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes.

    3.2. Princpios Fundamentais das Boas Prticas de Fabricao e Controle

    Os princpios fundamentais para que sejam implantadas as Boas Prticas de Fabricao eControle (BPF e C) so:

    3.2.1. Liderana

    Compete liderana estabelecer a misso da empresa e a poltica de qualidade a ser

    aplicada, sendo fundamental, neste processo, uma tima divulgao a todos os seus colaboradores.

    3.2.2. Treinamento

    Todos os colaboradores devem estar qualificados para desempenhar suas funes

    especficas, atravs de treinamentos em BPF e C.

    A empresa deve manter registro atualizado com informaes relevantes sobre os

    treinamentos realizados com seus colaboradores.

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    3.2.3. Projeto, Construo e Instalaes

    O projeto, a construo e as instalaes devem ter como metas: facilitar a limpeza e

    manuteno da rea operacional e dos equipamentos; proteger o ambiente interno em relao ao

    ambiente externo; garantir iluminao e ventilao adequadas.

    Os materiais dos equipamentos e os utilizados na construo devem ser resistentes

    deteriorao por envelhecimento ou por procedimentos de descontaminao e ter facilidade de

    reparao ou troca.

    Os refeitrios e banheiros devem ser separados da rea produtiva.

    Os laboratrios devem ser separados da rea produtiva, tanto fisicamente como

    administrativamente, devendo ter a responsabilidade individualizada.

    3.2.4. Frmulas, especificaes e padres

    Devem ser definidas frmulas centesimal e unitria;

    Devem ser estabelecidos procedimentos de fabricao; procedimentos de limpeza; amostragem

    do processo, identificao de insumos;

    Devem ser identificados materiais, linhas de produo, equipamentos, utenslios e materiais de

    envase;

    Devem ser descriminados materiais de embalagem;

    Devem ser estabelecidos procedimentos de rotulagem, embalagem e conservao;

    Devem ser elaboradas fichas de controle para todos os produtos, com a adequada descrio de

    cada um deles;

    Devem ser especificados matrias-primas e material de embalagem, devendo ser encaminhada

    cpia destas especificaes aos fornecedores;

    Devem ser definidos mtodos de anlises de matrias-primas e produtos acabados nos locais

    onde so processados.

    3.2.5. Procedimentos

    Todos os procedimentos, sejam eles de produo, controle de qualidade, limpeza ou outros,

    devem estar documentados (escritos), num formato padro, contendo plano descritivo das etapas

    envolvidas. Devem estar disponveis aos colaboradores na rea especfica de atividade.

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    Os procedimentos devem ser previamente aprovados pela rea de qualidade, bem como

    periodicamente revisados e atualizados, sempre que necessrio.

    3.2.6. Validao

    Estabelece evidncia documentada de que um processo especfico leva obteno de

    produtos em conformidade com os parmetros estabelecidos.

    A validao composta de plano descritivo, protocolo de anlise e anlise dos resultados.

    3.2.7. Organizao, Limpeza, Sanitizao e Manuteno

    Todas as reas da empresa, bem como as instalaes e equipamentos devem ser mantidos

    organizados e permanentemente limpos e sanitizados.Devem ser realizadas manutenes preventivas.

    A empresa deve possuir um plano de controle de pragas.

    3.2.8. Matrias-primas

    A empresa deve qualificar seus fornecedores, a fim de garantir o adequado suprimento de

    sua linha de produo.

    O recebimento das matrias-primas deve ser adequado, mediante procedimento deamostragem, identificao, estocagem e manuseio.

    Devem ser realizados os testes e as avaliaes necessrias para aprovao das matrias-

    primas.

    Deve ser controlado cada lote de matria-prima, respeitando o que popularmente se

    denomina FIFO (first in, first out): o primeiro que entra o primeiro que sai.

    Devem ser controlados os certificados de anlise e as FISPQs (Fichas de Informao de

    Segurana de Produtos Qumicos) das matrias-primas emitidos pelos fornecedores.

    3.2.9. Operaes de Processos

    Deve ser verificado se:

    a) A quantidade de colaboradores adequada ao desenvolvimento do processo;

    b) Os equipamentos esto identificados e calibrados;

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    c) Existem procedimentos para amostragem e liberao de produtos;

    d) Os materiais esto codificados e limpos;

    e) Existem procedimentos para retrabalho, caso seja necessrio.

    3.2.10.Operaes de Envase

    Deve ser verificado se:

    a) A quantidade de colaboradores adequada ao desenvolvimento do processo;

    b) Os equipamentos esto identificados e calibrados;

    c) Existem procedimentos para amostragem e liberao de produtos;

    d) Os materiais esto codificados e limpos;

    e) Existem procedimentos para retrabalho, caso seja necessrio;Os produtos esto corretamente codificados.

    3.2.11.Estocagem e Manuseio de Produtos Acabados

    Para um adequado estoque e manuseio de produtos, devem ser observadas as seguintes

    condies:

    a) produtos devidamente separados;

    b) controle de danos;

    c) condies ambientais adequadas;

    d) controle de rastreamento de lote;

    e) procedimento de devoluo;

    f) inspeo de caminhes de transporte;

    g) estoque organizado;

    h) o primeiro que entra o primeiro que sai.

    3.2.12.Controles de Laboratrio

    Para que o controle laboratorial seja eficiente:

    a) Os equipamentos devem ser qualificados, calibrados e submetidos manuteno peridica;

    b) Os mtodos e procedimentos devem estar validados e disponveis para uso;

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    c) Os materiais e equipamentos devem ser devidamente identificados;

    d) A empresa deve manter amostras de reteno;

    e) Toda a documentao de qualidade deve estar arquivada.

    3.2.13.Controles de Processo

    Devem ser analisados os dados de variveis e atributos, bem como ser observadas as

    especificaes do processo e produto.

    3.2.14.Registros

    Devem ser mantidos:

    a) Registro de uso e limpeza de equipamentos;b) Anotaes de insumos, rotulagem e fechamento de embalagens;

    c) Padres e controles de processo e produto dentro do estabelecido;

    d) Controle e regularidade na produo;

    e) Reviso das informaes de produo;

    f) Resultados das anlises laboratoriais dos produtos;

    g) Informaes de distribuio dos produtos;

    h) Informaes sobre reclamaes efetuadas pelo Servio de Atendimento ao Consumidor (SAC).

    3.2.15.Reclamaes

    Nos casos de reclamaes, a empresa deve possuir um sistema para registrar os contatos

    recebidos, fazer uma investigao adequada e tomar as medidas necessrias, bem como responder

    imediatamente ao reclamante.

    3.2.16.Autoinspeo

    A metodologia de implantao compreende:

    a) Conscientizao: envolve informao prvia e esclarecimentos necessrios aos colaboradores;

    b) Treinamento: envolve escolha de multiplicadores, programa, cronograma, avaliao e reviso;

    c) Equipe: definio, treinamento contnuo e avaliao;

    d) Inspeo: envolve programa, cronograma, formulrios e prioridades;

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    e) Avaliao: envolve relatrio, anlise das informaes, parecer final e apresentao ao setor

    interessado e direo da empresa;

    f) Auditoria: verificao da implementao das providncias;

    g) Re-inspeo: retorna etapa de inspeo.

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    4. Cosmetovigilncia4.1. Fluxograma Sistema de Cosmetovigilncia

    SAC

    Profissional da

    sade

    Distribuidor

    Consumidor

    Coleta de Dados e Reclamaes

    -Triagem e classificao de reclamaes

    - Ouvir reclamao (treinar)

    - Questionar (preencher questionrio - vide formulrio 1)

    - Orienta e direciona a reclamao para o setor competente

    Embalagens Produtos

    Critrio da

    empresa

    Qualidade e / ou

    performance do

    produto sem

    re uzo a sade

    Efeitos

    adversos /

    indesejveis

    Uso indevido Produto/ formulao

    Rtulo errado/

    mal elaborado

    ou informaes

    no claras

    No

    leu o

    rtulo

    A es corretivas

    Investigao da causa do problema

    Comunicar a

    ANVISA

    Efeitos indesejveis

    c/ riscos para a

    sade

    Efeitos

    indesejveis s/

    risco para a sade

    TcnicoMdico

    Departamento

    tcnico verifica

    produto/formulao

    e eficcia

    Departamento

    tcnico altera /

    a usta formula o

    Avaliao clnica

    do usurio

    Atendimento mdico

    Investigaes

    Problema c/o individuoProblema doroduto

    Alimentar banco

    de dados

    Questionrio Questionrio

    Ao corretiva

    Novos testes

    segurana e eficcia

    Produto problema

    X

    Amostra Retm

    FEED BACK

    PARA O

    RECLAMANTE

    Suspenso imediata do

    uso / orienta o

    Levantamento estatstico

    Anlise do produto:

    Fsico-qumica,

    microbiolgica, etc

    Uso

    inadequado

    do produto

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    4.2. Detalhamento do fluxograma

    4.2.1. SAC Servio de Atendimento ao Consumidor

    O SAC um canal de comunicao entre o consumidor e a empresa, sendo a principal fonte

    de informaes para a prtica da Cosmetovigilncia. Tambm utilizado por profissionais,

    distribuidores ou qualquer outra pessoa envolvida com o produto.

    4.2.2. Coleta de dados e Reclamaes

    A coleta de dados deve ser feita de modo criterioso, para no levar a uma interpretao

    errada das informaes transmitidas pelo consumidor.

    Recomenda-se que seja elaborado um formulrio do SAC. No Anexo A, fornecido um

    modelo de formulrio.

    O funcionrio destinado a exercer cargo no Servio de Atendimento ao Consumidor (SAC)

    deve ser treinado adequadamente, de modo que conhea profundamente cada produto que compe a

    linha de produo, para que possa exercer com eficincia essa atividade.

    Ao receber a reclamao ele dever imediatamente abrir um relatrio de queixa tcnica,

    numer-lo (formulrio apropriado) e:

    Registrar as informaes;

    Verificar no-conformidades no relato do consumidor;

    Interpretar as informaes e resolver o problema, se possvel;

    Direcionar a queixa ao setor competente para as providncias cabveis;

    Manter cada queixa em follow-up;

    Colocar as queixas em um banco de dados.

    importante obter-se o nmero do lote do produto reclamado de imediato, para que a

    empresa possa tomar as providncias de verificao.Sempre que possvel, a empresa deve solicitar ao reclamante o envio do produto que gerou a

    queixa, para realizao de testes de comparao, ou mesmo para troca ou reembolso.

    O problema detectado na anlise das informaes fornecidas pelo reclamante pode se referir

    embalagem, ao produto ou a outras causas.

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    No-danosos sade

    O Departamento Tcnico deve rastrear a causa do problema pela:

    Anlise da documentao de produo e de controle de qualidade (Dossi);

    Anlise das caractersticas organolpticas, fsico-qumicas e microbiolgicas dos produtos;

    Avaliao de pesos e medidas, verificando se as informaes do rtulo do produto esto

    corretas;

    Anlise dos laudos de qualidade das matrias-primas (fornecedor);

    Avaliao das condies de transporte, armazenamento ou distribuio do produto.

    Feito isso, o Departamento Tcnico deve providenciar os ajustes necessrios.

    Danosos sade neste item que efetivamente se inicia a Cosmetovigilncia. Se, na avaliao da

    reclamao, for constatado que o produto causou efeito adverso ou indesejvel, com dano sade,

    recomenda-se:

    Suspender imediatamente seu uso;

    Adotar o(s) procedimento(s) adequado(s) para identificar se o problema foi causado ou no

    pelo produto;

    Se necessrio, encaminhar o consumidor para consulta mdica.

    Fica a critrio da empresa manter mdico prprio, contratar servios de terceiros ou, ainda,

    reembolsar o reclamante para a consulta de um mdico de sua confiana. Vale ressaltar que, em

    todos os casos, a responsabilidade da empresa.

    Problemas deste tipo (danos sade) podem ter origem no:

    a) Uso inadequado ou indevido do produto, ocasionado por:

    Falta de leitura do rtulo ou incompreenso das informaes nele contidas. Este problema pode

    ser identificado pelo SAC e o prprio atendente deve esclarecer as dvidas do reclamante.

    Uso inadequado do produto, quando o consumidor deliberadamente o utiliza de maneirainadequada, no seguindo as orientaes do rtulo. Perfeitamente identificvel pelo SAC,

    devendo o atendente orientar o reclamante sobre o modo adequado de utilizao.

    Rtulos no-conformes: rtulos trocados ou mal elaborados ou com informaes imprecisas.

    Neste caso, necessrio investigar em que momento ocorreu a desconformidade e corrigi-la.

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    b) Produto em si

    Inicialmente necessrio realizar uma investigao da causa do problema, devendo o

    relatrio do SAC ser encaminhado para o Mdico e/ou ao Departamento Tcnico, para realizao de

    anlise criteriosa. A avaliao mdica compreende o preenchimento de relatrio especfico e anlise

    clnica do usurio.

    No Departamento Tcnico deve ser feita a avaliao da reclamao, para identificao das

    provveis causas que a originaram.

    Em amostras de reteno e/ou do produto-problema, enviado pelo reclamante, efetuar:

    Anlise da documentao de produo e de controle de qualidade (Dossi);

    Anlise das caractersticas organolpticas, fsico-qumicas e microbiolgicas dos produtos;

    Anlise dos laudos de qualidade das matrias-primas (fornecedor); Avaliao das condies de transporte, armazenamento ou distribuio do produto;

    Avaliao de laudos de qualidade dos produtos;

    Verificao da formulao dos produtos;

    Anlise da estabilidade dos produtos e matrias-primas;

    Verificao de presena ou no de substncias potencialmente alergnicas na formulao do

    produto.

    Estas avaliaes mdica e tcnica permitem verificar se o problema deveu-se ao usurio

    ou ao produto.

    No caso de problema com o usurio, alm dos esclarecimentos mdicos, a empresa deve

    inform-lo do resultado da investigao. A orientao deve ser clara para que o reclamante no

    fique com dvidas referentes ao caso e evite utilizar produtos semelhantes ou fabricados com

    matrias-primas similares que possam a vir prejudic-lo novamente.

    J nos casos de problemas inerentes ao produto, podem ocorrer duas situaes:

    Efeitos indesejveis com riscos para a sade: pode ser necessrio alterar ou ajustar a formulao

    do produto, ou at retir-lo do mercado (recall). Deve-se comunicar a Anvisa sobre o problema

    ocorrido com o produto e qual foi a providncia tomada;

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    Efeitos indesejveis sem riscos para a sade: se for o caso, o Departamento Tcnico deve

    providenciar alteraes aps analisar a necessidade de:

    realizar novos testes de qualidade e eficcia;

    verificar as condies de produo.

    Recall

    um processo de retirada do mercado dos produtos no-conformes ou que tenham

    demonstrado, durante sua comercializao e uso em larga escala, efeitos indesejveis ou que

    comprometam a sade do consumidor.

    importante que, dentro do procedimento do recall, tambm seja feita a comunicao

    populao nos meios da imprensa.Portanto, toda empresa deve ter seu processo deRecall bem estruturado, atendendo tanto os

    requisitos legais quanto os de boas prticas.

    OBS: obrigatrio fazer contato com o reclamante para dar posicionamento sobre seu problema.

    Levantamento estatstico

    Recomenda-se que a empresa tenha um programa estatstico para armazenar e tratar os

    dados derivados das reclamaes da Cosmetovigilncia.

    Deve-se levar em considerao a natureza da causa em ppm (partes por milho) de unidades

    colocadas no mercado.

    Reitera-se que, para os casos que impliquem riscos para a sade do usurio, o produtor

    dever notificar a Autoridade Sanitria competente.

    5. Consideraes sobre ingredientes conhecidos como alergnicos ou

    potencialmente alergnicos5.1. Qualidade dos Produtos e a Cosmetovigilncia

    Fundamentalmente, a qualidade com que as indstrias de Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes desenvolvem, produzem e controlam qualitativamente os seus produtos,

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    ter como conseqncia o reflexo e resultados para a empresa, sob o prisma da atual

    Cosmetovigilncia.

    Somente indstrias tecnicamente bem projetadas e construdas, seguindo os princpios

    estabelecidos pelo BPF e C (Boas Prticas de Fabricao e Controle) podero produzir cosmticos

    de qualidade. Em funo disso, as empresas sempre devero possuir uma boa poltica de Pesquisa e

    Desenvolvimento de Produtos e obrigatoriamente um perfeito sistema de Controle de Qualidade,

    incluindo o Microbiolgico.

    Sem dvida alguma, chegou-se concluso que o sistema de Cosmetovigilncia, em uma

    empresa, baseia-se quase que exclusivamente nas reclamaes ou informaes fornecidas pelos

    consumidores e usurios dos diferentes Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes.

    Estas vm atravs do SAC Servio de Atendimento ao Consumidor, hoje uma realidade nagrande maioria das empresas organizadas.

    Mesmo antes da publicao da Resoluo n 332 pela Anvisa, que trata da

    Cosmetovigilncia, as empresas do setor cosmtico, j haviam percebido a importncia da

    organizao interna de um bom Servio de Atendimento ao Consumidor (SAC). Isto ocorreu,

    tambm, como conseqncia do Cdigo de Defesa do Consumidor, Lei n 80.789/90, que garantiu e

    incentivou os consumidores a procurarem informaes e seus direitos junto aos fabricantes,

    importadores, distribuidores e revendedores dos diversos produtos colocados no mercado brasileiro,inclusive os cosmticos.

    Assim e como conseqncia, as empresas passaram a receber uma srie de questionamentos

    sobre seus produtos. Surgiram tambm queixas e reclamaes, as mais diversas possveis, sobre

    produtos adquiridos, muitos dos quais no preenchiam as expectativas, alm de dvidas sobre seu

    uso ou emprego. Isso sem contar os problemas diversos sobre o uso, resultados ou efeitos adversos,

    principalmente nos casos de uso de produtos cosmticos e afins.

    5.1.1. SAC Informaes precisas e diretas para as empresas

    As empresas perceberam que teriam no SAC uma importante fonte de informaes, quase

    que imediatas sobre o resultado da aplicao de seus produtos e as necessidades de correo de suas

    embalagens e textos de uso e aplicao. O canal tambm seria o espao para reclamaes mais

    srias, como as conseqncias de efeitos adversos (reaes alrgicas, irritaes cutneas, queda de

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    cabelos) ou no esperados pelo produto, baseados nas suas indicaes, ou muitas vezes, na falta das

    mesmas.

    Essas informaes, em boa parte delas, levam tambm o consumidor a elogiar o produto,

    inclusive oferecendo sugestes para a melhoria dos mesmos, tendo-se verificado um grande ndice

    de aproveitamento dessas sugestes positivas.

    Por esses motivos, a implantao de um sistema de SAC na empresa de fundamental

    importncia para identificar possveis desvios de produo ou anlise. Sua instituio deve prever

    relatrios iniciais das informaes dos consumidores em todos os detalhes possveis, principalmente

    o nmero de lote ou partida para o levantamento dos dados de produo e controle de qualidade do

    produto reclamado.

    Alm disso, a montagem de tabelas com dados estatsticos das reclamaes de cada produtocosmtico isoladamente de suma importncia.

    melhor prevenir do que remediar

    5.1.2. Do cuidado com a pesquisa e o desenvolvimento de Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes.

    Como de conhecimento do tcnico em desenvolvimento de Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes, a seleo dos ingredientes que sero usados para determinada frmula, bem

    como a anlise cuidadosa de suas interaes, de fundamental importncia para o sucesso de um

    produto, tendo por conseqncia, sua segurana e eficcia. Ele deve ter pleno conhecimento do

    produto que ir desenvolver, bem como suas caractersticas e finalidades principais. Boa parte

    destas informaes vir do departamento de marketing da empresa, mediante um completo e

    eficiente briefing do produto (perfil), detalhando todas as suas caractersticas fsicas,

    organolpticas e, principalmente, funcionais.

    Assim preparado, o tcnico poder iniciar a formulao do novo produto, levando em conta

    as literaturas disponveis (no se esquecendo nunca da legislao brasileira pertinente) sobre os

    ingredientes de uso cosmticos, naturais ou sintticos, agentes ativos ou componentes

    complementares ou de acabamento, conservantes, espessantes, fragrncias, corantes, etc.

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    5.1.3. Importantes comentrios gerais:

    Potenciais irritantes para a pele

    Diversos ingredientes de uso cosmtico, levando-se em conta o modo de uso, sua aplicao

    e, principalmente, sua concentrao de uso, podem apresentar em determinados tipos de pessoas,

    maior ou menor grau de irritao e problemas na pele.

    Assim, necessrio um rigoroso controle de escolha das matrias-primas e, principalmente,

    sua concentrao segura de uso.

    O controle do pH do produto outro fator de relevncia, j que devem ser evitados valores

    extremos de alcalinidade ou acidez, devendo-se ajustar a formulao para que se resulte em faixas

    de pH compatveis com o pH da pele.

    Outro exemplo refere-se ao uso de alguns agentes detergentes e solventes, que, dependendo

    de sua concentrao na formulao, podem remover a proteo oleosa da pele e couro cabeludo,

    causando ressecamentos excessivos, rachaduras e descamaes.

    Hipoalergnicos

    Os produtos considerados hipoalergnicos ou reinvidicados como testado contra alergias

    so os produtos desenvolvidos e comercializados pelas empresas com a finalidade de minimizar a

    incidncia de reaes alrgicas, na maior extenso possvel de segurana.Todas essas exigncias de segurana na fabricao dos Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes esto normatizadas e controladas pela Anvisa, que se baseou nas legislaes

    pertinentes, inclusive na definio de produtos cosmticos, como tambm em normas especiais de

    sua Cmara Tcnica de Cosmticos (CETAC Portaria n 485 de 07/07/04), a qual criou pareceres

    tcnicos especficos:

    Parecer Tcnico n 5 de 28/09/01 Uso do termo hipoalergnico em Cosmticos.

    Parecer Tcnico n 6 de 28/09/01 Uso do termo para peles sensveis em Cosmticos. Parecer Tcnico n 1 de 28/05/04 Produtos para higiene ntima e outros.

    Quando uma pessoa alrgica lanolina, por exemplo, reage aos produtos cosmticos que a

    contm, embora essa substncia e seus derivados sejam seguros para uso na grande maioria de

    produtos cosmticos.

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    Somente matrias-primas que obedeam aos parmetros de qualidade devem ser utilizadas

    nas formulaes de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes. Impurezas nas matrias-

    primas so as maiores causas de irritaes de pele ou reaes alrgicas em indivduos com

    sensibilidade.

    Exemplo da importncia da pureza das matrias-primas cosmticas a lecitina. Na teoria

    seria confirmada a impossibilidade de ela provocar algum tipo de reao alrgica ou irritao, j que

    um dos componentes da epiderme, constituinte da pele.

    No entanto, foram identificados casos de irritao e alergia lecitina. Considerando a

    diversidade de fabricantes e os diferentes processos de fabricao dessa substncia, investigaram-se

    tecnicamente as possveis causas dessas reaes, descobrindo-se que eram ocasionadas pela

    presena de agentes branqueadores utilizados em sua fabricao, que no eram adequadamenteremovidos no processo e permaneciam como impurezas remanescentes. Isso no quer dizer que

    todas as impurezas causaro reaes alrgicas, principalmente se estiverem em concentraes

    muitos baixas. Contudo, preciso estar atento.

    Os emulsionantes tambm so historicamente relatados como possveis agentes irritantes da

    pele e possveis alergnicos.

    So encontradas nas literaturas especializadas a informao e a descrio de ingredientes

    cosmticos possivelmente alergnicos, mas elas so quase sempre contraditrias, de autor paraautor.

    Muitos autores publicam relaes de ingredientes possivelmente sensibilizantes para

    produtos cosmticos. Entre eles os componentes das fragrncias aparecem em maior nmero, razo

    pela qual os produtos cosmticos classificados como hipoalergnicos ou no-alergnicos so

    desenvolvidos sem o uso dessas substncias.

    Relao de algumas das matrias-primas encontradas na composio das fragrncias,

    reportadas como possveis causadoras de reaes alrgicas: Aldedo cinmico;

    Blsamo Peru;

    Benzaldedo;

    Etil cinamato (cinamato de etila);

    Eugenol;

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    Geraniol;

    Heliotropina;

    Linolal;

    leo de amndoa;

    leo de bergamota;

    leo de citronela;

    leo de cravo;

    leo de ylang ylang.

    Nota: Os ingredientes sob suspeita de alergenicidade podem ter seu potencial alergnico alterado

    para mais ou menos, o que depende muito da sua concentrao de uso e reao com os demais

    componentes da composio aromtica.Alguns corantes utilizados em produtos cosmticos em geral e principalmente nas linhas de

    maquilagem (como tambm em medicamentos e alimentos) so reportados como alergnicos,

    principalmente os colorantes para a rea dos olhos e lbios.

    Alguns especialistas destacam que, na maioria dos casos, essa possvel reao alrgica

    causada pelas impurezas que esses ingredientes corantes possam conter na forma de agentes

    contaminantes.

    Dentre esses corantes, encontram-se algumas referncias bromofluorocena, com reaesalrgicas fotosensibilizantes.

    Devemos destacar que alguns autores reconhecem que, nas pesquisas clnicas realizadas,

    essas reaes variam muito de indivduo para indivduo, isto , no causam nenhuma reao na

    maioria das pessoas. Eles do nfase aos pigmentos inorgnicos, como agentes possivelmente

    alergnicos.

    Peles sensveis

    Dermatologistas, qumicos cosmticos e especialistas tm definies diferentes para pele

    sensvel, referentes s reaes de irritao da pele ou reaes alrgicas observadas na populao.

    Alguns mtodos de avaliao so muito subjetivos e os formuladores e tcnicos devem conhecer as

    matrias-primas potencialmente causadoras de reaes adversas.

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    Alguns tipos de reaes da pele que podero ser considerados:

    a) Dermatites de contato por irritao;

    b) Dermatites de contato alrgicas;c) Urticria de contato;

    d) Acnegnicos e Comedognicos.

    5.2. Reaes Alrgicas

    As causas primrias de reaes alrgicas de produtos cosmticos descritas nas literaturas

    tcnicas apontam fragrncias e conservantes como os maiores suspeitos. Ocasionalmente em

    algumas formulaes impossvel evitar o uso destas substncias. Assim os formuladores devemser criteriosos na escolha das matrias-primas para formulaes cujo apelo seja para pele sensvel e

    hipoalergnico.

    5.3. Alguns ingredientes com potencial alergnico

    Cloridrxido de alumnio e compostos produto antitranspirante;

    Formaldedo conservante;

    Hidroquinona agente clareador da pele;

    Imidazolinidylurea conservante;

    Lanolina umectante / emoliente;

    Metildibromoglutano conservante;

    Parabenos e derivados conservante;

    1,2 benzisothiazoline-3one conservante;

    5-bromo-5-nitro-1,3-dioxane conservante (ver formao de nitrosaminas);

    2-bromo-2-nitropropane-1,3-diol (BNPD Bromopol) conservante.

    5.4. Comentrios Finais

    As empresas tm a obrigao de conhecer totalmente seus produtos e definir seus prazos de

    validade, seus possveis pontos fracos e/ou deficincias. fundamental que dediquem ateno

    especial para seus centros de desenvolvimento de produtos, tanto na aprovao de novas frmulas

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    quanto nos estudos e conduo dos testes de estabilidade de novos produtos. A empresa deve

    assegurar, ainda, que eventuais pontos fracos do produto no apresentem nenhuma gravidade que

    possa invalidar os testes e conden-lo, sob o ponto de vista de segurana e eficcia.

    Tudo isto feito no perodo dos testes de estabilidade do produto, abrangendo os testes

    fsicos e qumicos, testes de ambiente e, principalmente, testes de estabilidade acelerada. Os testes

    de doseamento dos ingredientes ativos, quando for o caso, so de suma importncia para validarem

    a qualidade dos mesmos e sua estabilidade.

    A empresa deve apresentar um bem organizado laboratrio de controle de qualidade. Da

    mesma forma, na hiptese de recorrer a laboratrios terceirizados, seu Responsvel Tcnico deve

    ser criterioso na escolha do prestador de servios.

    Cabe salientar que os princpios aqui expostos no dependem do porte do estabelecimento eso aplicados para todas as empresas, desde que projetadas com a devida proporcionalidade. Quanto

    aos contratos de terceirizao, para a execuo de controle de qualidade, desenvolvimento de

    produtos e testes de estabilidade, deve ser requisito que estes sejam firmados com empresas

    especializadas, idneas, reconhecidas e pertencentes REBLAS (Rede Brasileira de Laboratrios

    Analticos em Sade).

    Para os produtos cujas caractersticas exigem testes clnicos especficos de segurana e

    eficcia, deve-se utilizar laboratrios de testes clnicos independentes e altamente especializados. possvel garantir que, satisfazendo os princpios e os demais cuidados descritos neste

    Manual, atender Cosmetovigilncia se tornar um trabalho de rotina, que jamais causar qualquer

    transtorno ou preocupao s empresas.

    6. Consideraes Sobre Segurana e Eficcia de Produtos

    O tema Avaliao de Segurana de Produtos de Higiene Pessoal, Cosmticos e Perfumes

    importante para o mercado nacional por garantir a qualidade ao produto e beneficiar diretamente o

    consumidor. A Anvisa, atravs de um Guia lanado em 21/02/2003 colaborou na implantao do

    conceito de segurana, o que abordado de maneira racional e sob tica orientativa para a avaliao

    de segurana dos produtos, enfatizando a importncia de todo um processo que se inicia no

    conhecimento das matrias-primas, banco de dados, testes pr-clnicos at ensaios clnicos,

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    considerando-se fatores como pblico-alvo, condies de uso do produto, rea de contato, entre

    outros. Assim, em carter informativo, apresentamos abaixo um breve relato do mesmo para rpida

    consulta.

    6.1. Definies importantes na avaliao de segurana de Produtos de Higiene Pessoal,

    Cosmticos e Perfumes

    Devido grande complexidade que envolve as avaliaes de risco, algumas definies

    tornam-se necessrias para maior compreenso.

    a) Dano: prejuzo sade em funo da propriedade inerente de uma substncia;

    b)Risco: probabilidade de ocorrncia do dano;

    c) Os ingredientes para uso em produtos de higiene pessoal, cosmticos e perfumes devem ser

    avaliados em termos de risco e no de dano. Conseqentemente, a avaliao do risco deve

    relacionar o dano com o nvel de exposio;

    d) A avaliao de segurana deve atender ao conhecimento dos parmetros toxicolgicos de

    interesse dos ingredientes com base em dados correntes, observadas as condies de uso do produto

    e o perfil do consumidor-alvo;

    6.1.1. Noo de risco

    O risco do produto deve ser avaliado por diferentes aspectos, podendo-se destacar as

    seguintesreaes:

    Irritao: intolerncia local podendo corresponder a reaes de desconforto menores, mas

    tambm a reaes mais ou menos agudas, variando sua intensidade, desde ardor e coceira,

    podendo chegar at a corroso e destruio do tecido. Todas estas reaes se restringem rea em

    contato direto com o produto;

    Sensibilizao: corresponde a uma alergia, que uma reao de efeito imediato (de contato ouurticria) ou tardio (hipersensibilidade). Ela envolve mecanismos imunolgicos e pode aparecer

    em outra rea, diferente da rea de aplicao. Portanto, importante insistir que, no campo da

    imunologia, deve-se no apenas verificar se um produto pode desencadear uma resposta alrgica

    em pessoas pr-sensibilizadas, mas tambm, verificar se o prprio produto no capaz de induzir

    uma reao alrgica no consumidor;

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    Efeito sistmico: resultante da passagem de quaisquer ingredientes do produto para a circulao

    geral, diretamente por via oral, inalatria, transcutnea ou transmucosa, metabolizados ou no.

    V-se aqui a necessidade de avaliar o risco dos ingredientes que constituem a frmula.

    6.1.2. Critrios a serem observados na avaliao de segurana

    A avaliao de segurana de um produto de higiene pessoal, cosmtico ou perfumes

    pressupe uma abordagem especfica para cada caso, observando-se, preliminarmente, todas as

    informaes disponveis que contribuam para o conhecimento do risco potencial, em condies

    normais ou razoavelmente previsveis de uso. Devem-se considerar tambm os seguintes

    parmetros:

    Condies de uso:

    Categoria de produto e finalidade de uso;

    Modo de aplicao;

    Quantidade de produto por aplicao;

    Freqncia de uso;

    Tempo de contato;

    rea e superfcie de aplicao;

    Consumidor-alvo;

    Advertncias e restries de uso.

    Composio do produto:

    Frmula qualitativa;

    Concentrao dos ingredientes;

    Dados toxicolgicos sobre ingredientes desconhecidos, de uso restrito ou regulamentado;

    Existncia de restries ou regulamentaes especficas para algum ingrediente; Possveis interaes entre ingredientes;

    Nvel de exposio (capacidade de absoro);

    Margem de segurana para os ingredientes mais crticos;

    Histrico e conhecimento do produto;

    Dados disponveis sobre o prprio produto e/ou sobre produtos semelhantes;

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    Dados experimentais existentes sobre o prprio produto e/ou sobre produtos semelhantes, em

    relao avaliao de risco;

    Literaturas especializadas, rgos regulatrios, entidades do setor privado e entidades afins,

    de reconhecido valor cientfico.

    6.2. Avaliao dos ingredientes a serem utilizados em formulaes

    Uma vez que os efeitos observados resultantes do produto acabado so, em boa parte,

    dependentes dos seus componentes, o conhecimento do perfil toxicolgico de cada um deles

    permite avaliar o perfil das pesquisas em produtos acabados, desde que respeitada a sua forma

    galnica (cosmtica) e, especialmente, a associao de ingredientes.

    Portanto, necessita-se dispor do melhor conhecimento possvel para cada ingredienteutilizado, tanto no que diz respeito s suas caractersticas quanto a seus dados toxicolgicos,

    levando-se em conta os vrios riscos potenciais ligados ao uso cosmtico.

    Parmetros a serem observados na avaliao dos ingredientes

    Os ingredientes de produtos cosmticos podem ser substncias qumicas, extratos de origem

    vegetal ou animal, ou associao de ingredientes, como, por exemplo, as fragrncias.

    Os parmetros a serem contemplados na avaliao da segurana de uso dos ingredientes,

    dependem de:

    Caracterizao (INCI, CAS ou EINECS, Especificaes fsico-qumicas, microbiolgicas e de

    estabilidade; Mtodo de identificao; Restrio de uso e Condies particulares de estocagem e

    manuseio).

    Aplicao cosmtica (concentrao de uso indicada pelo fornecedor; restries regulamentares

    de uso; outros usos).

    Dados toxicolgicos.

    Informao toxicolgica disponvel sobre os ingredientes.

    6.3. Avaliao do Risco Potencial

    A maioria das informaes necessrias na avaliao do risco potencial de um produto de

    higiene pessoal, cosmtico ou perfume resulta do conhecimento dos ingredientes que compem sua

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    frmula. So eles que, diretamente, podem ser os responsveis por qualquer efeito sistmico e por

    boa parte do risco alergnico. Entretanto, o conhecimento disponvel dos ingredientes pode no ser

    suficiente para prevenir um efeito indesejvel ao consumidor-alvo. Alm dos componentes, deve-se

    avaliar outros parmetros envolvidos tais como: o uso do produto, rea de aplicao, se o produto

    enxaguvel, se o uso prolongado e repetido, dirio ou no, entre outros. Dessa forma, o risco

    potencial pode ser diferente, em cada caso. O avaliador deve observar todos estes parmetros,

    garantindo, da melhor maneira possvel, a segurana do consumidor em condies normais ou

    razoavelmente previsveis de uso de um produto cosmtico.

    6.3.1. Parmetros a serem considerados na avaliao de produtos

    Embora os produtos de higiene pessoal, cosmticos e perfumes sejam aplicadostopicamente, um ou mais de seus ingredientes pode permear a barreira cutnea, sendo parcial ou

    totalmente absorvidos.

    Alguns produtos, devido sua apresentao e modo de uso, podem ser ingeridos ou

    inalados, como, por exemplo, os dentifrcios, enxaguatrios bucais e sprays para cabelos.

    Na avaliao de segurana deve ser considerado o modo de uso do produto, uma vez que

    esta varivel pode determinar diretamente a quantidade que pode ser absorvida, ingerida ou inalada.

    Os primeiros parmetros a serem contemplados so os seguintes: Categoria do produto;

    Condies de uso;

    Concentrao de cada ingrediente na formulao;

    Quantidade de produto em cada aplicao;

    Freqncia de uso;

    Local de contato direto com o produto;

    Superfcie total de pele ou de mucosa onde o produto aplicado; Durao do contato;

    Consumidor-alvo;

    Possveis desvios no emprego do produto (uso inadequado ou acidental).

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    6.3.2. Sugesto para avaliao de segurana de produtos acabados

    6.3.2.1. Avaliao do potencial irritante

    Produto com risco desconhecido: Triagem com mtodos in vitro ou in vivo em animais, seguido de teste clnico.

    Produto com ausncia presumida de risco:

    Teste clnico.

    6.3.2.2. Avaliao do potencial alergnico

    Nvel de absoro dos ingredientes desconhecido:

    Teste in vivo, em animais. Produto com ausncia presumida de risco:

    Teste clnico.

    Presume-se, ento, que as avaliaes sugeridas sejam aplicadas caso a caso, no que couber.

    6.4. Metodologias

    Devido evoluo tcnico-cientfica, na dcada de 80, iniciou-se o desenvolvimento de

    modelos experimentais alternativos para a rea cosmtica, em substituio ao uso de animais de

    laboratrio. Metodologias foram desenvolvidas, inicialmente, para responder corretamente s

    necessidades de pesquisa em farmacologia, pela qual se sabe que o comportamento animal pode ser

    diferente do humano. Os mtodos alternativos tambm foram contemplados para a avaliao de

    efeitos toxicolgicos.

    6.4.1. Ensaios pr-clnicos

    Os 3 Rs (Refine, Reduction and Replacemente, em Ingls, ou Refinamento, Reduo e

    Substituio, em Portugus)

    6.4.1.1. Critrios a serem avaliados

    Os riscos a serem avaliados para ingredientes e produtos cosmticos so do tipo irritativo,

    alergnico e sistmico, este ltimo, essencialmente por meio de sua absoro oral ou permeao.

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    Avaliao do potencial de irritao ocular

    Atravs de um conjunto de mtodos in vitro.

    Avaliao do potencial de irritao cutnea

    A utilizao do teste de corrosividade com modelo de pele reconstituda j considerado

    metodologia validada. Este modelo mais utilizado em ensaios com ingredientes e no atende s

    necessidades de avaliao de produtos acabados.

    Avaliao do potencial fototxico

    O teste defototoxicidade, atravs da metodologia (3T3 NRU), definido como uma resposta txica

    clara, depois da primeira exposio da clula com agentes qumicos e posterior exposio

    irradiao.

    6.4.1.2. Ensaios in vitro

    HET-CAM (membrana corioalantide);

    BCOP (Permeabilidade e opacidade de crnea bovina);

    Citotoxicidade pelo mtodo MTT;

    Citotoxicidade pela difuso em gel de agarose;

    Citotoxicidade pelo mtodo de vermelho neutro (NRU);

    RBC - Red Blood Cell System;

    Teste de corrosividade;

    Teste de fototoxicidade.

    6.4.1.3. Ensaios em animais

    Os animais de laboratrio devero ser utilizados sempre que no existam mtodosalternativos validados que os substituam ou, em casos especficos, aps screening com mtodos

    in vitro e/ou matemticos vlidos, precedendo, dessa forma, os estudos clnicos.

    Cabe ressaltar que a utilizao de animais deve, obrigatoriamente, seguir os preceitos do

    rigor cientfico e da tica que norteiam os desenhos experimentais com modelos biolgicos, bem

    como, as normas de bioterismo preconizadas internacionalmente:

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    Teste de Comedogenicidade;

    Teste de irritao drmica primria e cumulativa;

    Irritao Ocular Primria;

    Sensibilizao Drmica;

    Determinao da DL50 oral;

    Irritao da mucosa oral;

    Fotoalergenicidade;

    Fototoxicidade;

    Irritao da mucosa genital.

    6.4.2. Ensaios Clnicos

    Produtos de higiene pessoal, cosmticos e perfumes necessitam de ensaios clnicos em

    humanos para que as empresas possam oferecer aos consumidores o mximo de segurana com o

    menor risco, garantindo as melhores condies de uso do produto. A partir das informaes pr-

    clnicas coletadas, deve haver a comprovao de segurana de uso por humanos. Estas informaes

    so importantes para determinao do modo e local de uso, advertncias de rotulagem e orientaes

    para o SAC.

    Os ensaios de compatibilidade tm por objetivo comprovar a inocuidade dos produtos em

    pele humana. Representam o primeiro contato do produto acabado com um ser humano e, por isso,

    devem seguir premissas de ordem tica (levantamento prvio de dados pr-clnicos segundo

    Resoluo 196/96, do Ministrio da Sade) e de boas prticas clnicas. H vrias metodologias e

    critrios de avaliao na literatura.

    6.4.2.1. Ensaios de Compatibilidade:

    Irritao Cutnea Primria e Acumulada;

    Fotoirritao; Soap Chamber Test;

    Comedogenicidade;

    Sensibilizao Drmica;

    Fotossensibilizao;

    Ensaios de Aceitabilidade;

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    Resoluo. Para uso de uma nova formulao em humanos, importante que o fabricante rena as

    informaes de segurana pertinentes. A Resoluo 196/96 prev que a pesquisa em qualquer rea

    do conhecimento, envolvendo seres humanos dever observar as seguintes exigncias:

    a) ser adequada aos princpios cientficos que a justifiquem e com possibilidades concretas de

    responder a incertezas;

    b) estar fundamentada na experimentao prvia realizada em laboratrios, animais ou em outros

    fatos cientficos.

    Isto significa que os fatos pr-clnicos levantados que garantem a segurana de uso devem

    ser reunidos previamente s avaliaes. Ensaios cujas metodologias no tm validao do ponto de

    vista cientfico e seus resultados no trazem nenhum tipo de informao til, so inaceitveis.

    As avaliaes de produtos cosmticos devem tambm obedecer aos critrios ticos etcnicos das normas de BPC, quando aplicveis, pois tambm se tratam de produtos em

    desenvolvimento, que no devem trazer malefcio ou prejuzo ao indivduo.

    A comunidade cientfica brasileira vem desenvolvendo estudos clnicos com maior

    velocidade na ltima dcada; proliferaram estudos, comits de tica em pesquisa e profissionais

    atuantes na rea.

    6.7. Anexos

    6.7.1. Exemplos de Metodologia in vitro

    Teste alternativo Tipo de avaliaoHet-Cam Irritao Ocular

    BCOP Irritao Ocular

    Citotoxicidade pela difuso em gel agarose Irritao Ocular

    Citotoxicidade pelo mtodo do Vermelho Neutro Irritao Ocular

    Citotoxicidade pelo mtodo do MIT Irritao Ocular

    Teste de Corrosividade Potencial de Irritao CutneaTeste de Fototoxicidade Potencial Fototxico

    Fonte:Guia de Orientao para Avaliao de Segurana de Produtos Cosmticos (Anexos)

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    6.7.2. Exemplos de Testes

    TesteComedogenicidade

    Irritabilidade Drmica PrimriaIrritabilidade OcularIrritabilidade Drmica CumulativaSensibilizao DrmicaSensibilizao Drmica MaximizadaFotoirritao Drmica PrimriaFotoirritao Drmica CumulativaFotossensibilizao Drmica MaximizadaFotossensibilizao Drmica no MaximizadaFototoxicidade

    Determinao da DL-50 OralIrritabilidade da MucosaIrritabilidade da Mucosa GenitalCarcinogenicidadeTeratogenicidadeTeste LLNA

    Fonte: Guia de Orientao para Avaliao de Segurana de Produtos Cosmticos (Anexos)

    6.7.3. Atributos ligados segurana

    Atributo de segurana Significado/ Comentrios Ensaios recomendados em humanos

    Dermatologicamentetestado

    Avaliado em humanos sob controle demdico dermatologista, para verificar

    potencial de reaes cutneas

    Ensaios de compatibilidade cutnea (dependero dacategoria de produto) e/ou ensaios de aceitabilidade

    cutnea, em condies normais de uso, conduzidos por

    mdico dermatologista

    Oftalmologicamente

    testado

    Avaliado em humanos em condies de

    uso, sob controle de mdico

    oftalmologista para verificar potencial

    de reaes oftlmicas

    Ensaios de aceitabilidade, em indivduos hgidos,

    analisando-se reaes oftlmicas

    Clinicamente testado Avaliado em humanos em condies de

    uso, sob controle de mdico

    dermatologista e eventualmente de

    outro especialista para verificar

    potencial de reaes.

    Ensaio de aceitabilidade em indivduos hgidos,

    analisando-se particularidades dos stios de uso. Ex:

    mucosa oral e dentes, por dentista, em produtos de

    higiene oral; mucosa e pele genital, em produtos de

    cuidados ntimos, por ginecologista, etc.

    No comedognico Avaliado em humanos para observar o

    potencial de formar comedes (cravos)

    Ensaios oclusivos de contato repetido em indivduos negros

    /ou ensaios de uso por quatro semanas, ambos com

    acompanhamento dermatolgico, com monitoramento do

    nmero de comedes antes e depois, ou contra um controle.

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    No Acnegnico Avaliado em humanos para observar o

    potencial de formar ou piorar

    espinhas/acne

    Ensaio em uso por 3-4 semanas, em indivduos com

    predisposio a acne e/ou pele oleosa

    Produto para Pele

    Sensvel

    Avaliado em indivduos que

    apresentem sintomas caractersticos de

    um quadro de pele sensvel

    Ensaios de compatibilidade cutnea e ensaios de uso em

    indivduos de pele sensvel, de acordo com a

    conceituao

    Hipoalergnico Produto com menor potencial de causar

    reaes alrgicas; o termo no

    recomendado pelo FDA, pois todo o

    produto cosmtico, em tese, no deve

    ter potencial sensibilizante

    Ensaios de compatibilidade cutnea, de sensibilizao e

    fotossensibilizao, sem ocorrncia de reaes.

    Produto Infantil Produto apropriado para uso na pele,

    cabelos e mucosas infantis, conforme

    legislao brasileira

    Ensaios de compatibilidade cutnea em adultos, e em

    casos especficos, na seqncia, ensaios de

    aceitabilidade cutnea no pblico-alvo (regulamentao

    especfica)Fonte: Guia de Orientao para Avaliao de Segurana de Produtos Cosmticos (Anvisa).

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    Glossrio

    Acnegnico - Potencial de agravar ou formar quadros de espinhas / acne.

    Anvisa - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria MS (Ministrio da Sade).

    Biotica - O estudo dos problemas ticos suscitados pelas pesquisas biolgicas e pelas suas

    aplicaes por pesquisadores, mdicos, etc.

    Calibrao - conjunto de operaes que estabelece, com a maior exatido possvel, sob condies

    especificadas, a relao entre os valores indicados por um instrumento de medida e os valores

    correspondentes a um material de referncia.

    Comedognico: Potencial de formar comedes (cravos).

    Dermatite ou eczema - uma inflamao das camadas superiores da pele que produz bolhas,

    rubor, edema, secreo, formao de crostas, descamao e, geralmente, prurido. O coar e o atrito

    contnuo da pele podem provocar o espessamento e o endurecimento da mesma. Alguns tipos de

    dermatite afetam apenas determinadas partes do corpo. A dermatite pode ter origem tanto por

    processos internos como pela reao a agresses externas. Caracteriza-se por processos irritativos

    ou alrgicos, podendo existir respostas alrgicas e irritativas simultneas.

    Descontaminao - Remoo de todo e qualquer material estranho, inclusive, organismos e

    microorganismos indesejveis.

    DL50: Dose Letal para 50% da populao em estudo.

    Emulsionante - so substncias que possuem a propriedade de alterar a tenso superficial de um

    sistema imiscvel.

    Equipamento Qualificado (Qualificao de Equipamento) - ao documentada de como oequipamento deve ser instalado (QI), realizado em conjunto com o representante de servio ou do

    fabricante que est instalando o equipamento. Esta fase inclui uma verificao de que o

    equipamento correto foi entregue e instalado corretamente bem como toda documentao est

    completa.

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    FISPQ - Ficha de Informao de Segurana de Produto Qumico.

    Frmula ou frmulas de composio - corresponde s formas de apresentao do produto, com a

    especificao das quantidades das substncias expressas de acordo com o sistema mtrico decimal.

    Fotoalergnico - propriedade de substncia se tornar alergnica atravs de processo fotodinmico.

    Fotossensibilizante - fotoalergnico.

    Fotoirritante - propriedade de substncia se tornar irritante atravs de processo fotodinmico.

    Fototxico - material que para apresentar suas propriedades txicas precisa absorver luminosidade,

    geralmente na regio do UV-visivel. O material absorve a radiao indo para estado excitado e

    tornando-se mais reativo. Nesse estado excitado pode reagir diretamente com molculas comoprotenas, DNA, e outras (reao fotodinmica do tipo I) ou pode decair, transferindo sua energia

    para o oxignio e gerando o oxignio singlete (uma espcie reativa de oxignio), processo

    denominado reao fotodinmica do tipo II. Ambos os processos levam a danos celulares. Essas

    reaes com componentes celulares levam a diferentes respostas como a fotoalergenicidade, a

    fotoirritao e a fotogenotoxicidade.

    INCI / CAS / EINECS - International Nomenclature Chemical Ingredients / Chemical Abstract

    Service / European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances.

    Lote - quantidade definida de matria-prima, materiais de embalagem ou produto fabricado em um

    nico processo ou srie de processos, considerada essencialmente homognea.

    Nitrosaminas - compostos resultantes da reao entre um agente nitrosante e uma amina primria,

    secundria ou terciria.

    leos essenciais - Substncias volteis de origens vegetais que so isoladas de determinadas

    plantas, flores e razes atravs de destilao a vapor ou extrao com solventes.

    Procedimento de amostragem - conjunto de atividades para a retirada de amostras representativas.

    Produtos de Higiene Pessoal, Perfumes e Cosmticos - so preparaes constitudas por

    substncias naturais ou sintticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele,

    sistema capilar, unhas, lbios, rgos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade

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    oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limp-los, perfum-los, alterar sua aparncia e ou

    corrigir odores corporais e ou proteg-los ou mant-los em bom estado.

    Qualidade assegurada - a garantia do fornecedor da entrega do produto ou do servio dentro do

    especificado.

    Rastreamento de lote - a capacidade de se levantar todo o histrico de um produto incluindo

    desde a origem das matrias-primas, processos relacionados, anlises realizadas e analistas

    responsveis pela execuo das mesmas.

    Sanitizao - o processo pelo qual reduzimos a nveis isentos de risco uma populao

    microbiana, de acordo com as exigncias da sade pblica. Em geral, trata-se de um agente qumico

    que elimina 99,9% das bactrias vegetativas, mas no necessariamente esporos. Esse processo

    comumente aplicado em equipamentos, tubulaes, pisos, paredes e etc.

    Teste de estabilidade acelerada - so estudos destinados a aumentar a velocidade de degradao

    qumica e a mudana fsica de uma substncia, utilizando condies foradas de armazenamento,

    como parte de um programa formal de teste de estabilidade. Estes estudos fornecem apenas um

    prazo de validade provisria, devendo ser complementados com os estudos de longa durao.

    Teste de estabilidade normal - so avaliaes feitas a partir de experimentos realizados em relaos caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas e microbiolgicas do produto, durante e aps o seu

    prazo de validade esperado, armazenando-se as amostras nas condies esperadas do mercado

    determinado. Os resultados obtidos so usados para estabelecer e projetar o prazo de validade, bem

    como recomendar condies de armazenamento.

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    ANEXO A Formulrio SACLogotipo Nome da Empresa Registro N0

    Data Abertura: ___/___/___

    Forma de Contato: ( ) Telefone ( ) E-mail ( ) Fax ( ) CartaFormulrio de Servio de Atendimento ao

    Consumidor - SAC

    I) Identificao do Reclamante:Nome:

    Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) Idade:

    RG: CPF: No obrigatrio

    Endereo:

    Rua/Av. N0

    Bairro: Cidade: UF:

    Tel.: ( ) Cel.: ( ) CEP:

    E-mail: Observaes:

    Fonte de reclamao: ( ) Consumidor ( ) Distribuidor ( ) Profissional da SadeII) Descrio do Produto que Gerou a Reclamao :

    Produto: Forma apresentao:

    Lote: Fab. Qtde adquirida: Doc. Fisc.Local e Data da Compra:

    III) Relato da Queixa:........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    ............................................................................................................................................................................................................

    IV) Questionrio:Produto(s)

    - Foram tomadas medidas preventivas?

    - Leu o rtulo ou bula informativa?- Seguiu corretamente as instrues de uso?- Foi suspenso o uso do produto logo aps a percepo do problema?- Procurou um mdico, que especialidade?- J teve alguma reao alrgica a algum produto correlato ou semelhante?- Foi a primeira vez que fez uso deste produto?- Aps quanto tempo de uso percebeu o problema?- Possui problema alrgico (renite e outros)?- Faz uso de algum tipo de medicamento?

    - Fez uso de algum outro produto em conjunto?- Onde costuma armazenar este produto?

    - Qual o seu tipo de pele/cabelo? (quando aplicvel)Qualidade/Performance do Produto:

    - Aspecto- Cor

    - Odor- Funcionalidade

    Embalagem :- Rompida

    - Vazamento

    - Rotulagem no conforme

    - Mal funcionamento

    - Mal fechamento

    V) Avaliao, Classificao e triagem da reclamao.Providncias: 1) Resoluo do problema sem a necessidade de envio a outros departamentos, fechar relatrio;

    2) Enviar relatrio ao departamento competente, relatrio em aberto;

    3) Caso solucionado, retorno ao consumidor e fechar relatrio.

    ____________________________ ___/___/___

    Assinatura do Atendente Data

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    ANEXO B Formulrio Para Anvisa(Nome da empresa)

    Modelo

    COSMETOVIGILNCIA

    Comunicao de Ocorrncia n _________

    ANVISA GGCOS

    Consumidor: _________________________________________________

    Produto: _____________________________________________________

    Ocorrncia: ___/___/______

    Incidncia da Ocorrncia por Produto: ___________ Registro n _________

    Comunicamos a ANVISA GGCOS a ocorrncia no prevista do produto e dados acimareferidos, descrio e providncias tomadas pela empresa.

    Informaes Sobre Lote / Produo

    Lote n _________ Data de produo: _________

    Resultados Analticos / Microbiolgicos: ______________________________________

    Quantidade de Produto Produzido: ________

    Quantidade de Produto Distribudo no Mercado: ______

    Quantidade Ainda em Estoque / Empresa: ________ Quantidade Estoque / Distribuidor: ___________

    Informaes do Responsvel de Rastreabilidade eRecall

    __________________, ____, de _____________ de 200__.

    ________________________ ____________________________Assinatura Responsvel Tcnico Assinatura do Responsvel Legal

    CRQ 4 n

    Descrio da Ocorrncia e Providncia

    ..............................................................................................................................................................

    ..............................................................................................................................................................

    ..............................................................................................................................................................

    ..............................................................................................................................................................

    ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

    ..............................................................................................................................................................

    ..............................................................................................................................................................

    ..............................................................................................................................................................

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