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2014
Manual de Coleta
2018
1
Caros Parceiros e Clientes,
Este manual apresenta as orientaes da coleta de materiais biolgicos e
microbiolgicos, atravs das tcnicas bsicas de procedimentos, incorporando padronizaes,
regulamentos e regras a respeito desta prtica.
Embora no seja necessrio conhecer todos os detalhes sobre os procedimentos dos
testes, essencial conhecer o procedimento correto de coleta e o tipo de amostra necessria
para cada um deles. Neste manual voc ir encontrar as informaes necessrias para a coleta
das amostras de forma adequada.
Evidenciamos que, apesar da funo de guia para consulta rpida, pode haver
alteraes sem comunicao prvia, devido necessidade de processos operacionais internos.
Desta forma, solicitamos que as informaes recentes sejam consultadas em nossa
pgina de internet: www.labclim.com.br, mecanismo constantemente abastecido e atualizado.
http://www.labclim.com.br/
2
Sumrio
CAPITULO 1 ....................................................................................................................................................................................... 6
FASE PR-ANALTICA ..................................................................................................................................................................... 6
1.1 Fase Pr-Analtica .................................................................................................. 7
1.2 Fase Analtica ....................................................................................................... 7
1.3 Fase Ps- Analtica ................................................................................................ 7
1.4 Erros Pr- Analticos .............................................................................................. 7
1.5 Variveis Pr-Analticas .......................................................................................... 8
1.6 Interferentes na obteno da amostra Atuao direta da coleta ................................ 9
CAPITULO 2 .................................................................................................................................................................................... 10
ATENDIMENTO AO PACIENTE .................................................................................................................................................. 10
2.1 Excelncia no Atendimento ................................................................................... 11
2.2 Aparncia ........................................................................................................... 11
2.3 Competncias para a linha de frente ...................................................................... 12
2.4 Atendimento ao cliente coleta ............................................................................... 13
2.5 Lavagem das Mos .............................................................................................. 14
CAPITULO 3 .................................................................................................................................................................................... 15
IDENTIFICAO ............................................................................................................................................................................ 15
3.1 Solicitao Mdica (Guia Sadt) .............................................................................. 16
3.2 Carimbo de Rastreabilidade .................................................................................. 16
3.4 Identificao do Cliente Realizado com Etiquetas Pr- Impressas ............................... 17
3.6 Tipos de Tubos Utilizados para Coleta de Sangue ..................................................... 19
3.6.1 Seqncia Para Coleta dos Tubos........................................................................ 20
3.7 Sala de Coleta .................................................................................................... 21
3.8 Maleta de Coleta ................................................................................................. 22
3.9 Equipamentos de Proteo Individual (EPI) ............................................................. 23
3.10 Tipos de Materia ................................................................................................ 24
3.11 Tipos de Sistema para coleta............................................................................... 25
3.12 Tcnica de Puno Venosa .................................................................................. 26
3.13 Procedimento de Coleta Venosa ........................................................................... 26
3.14 Procedimento de coleta de sangue em sistema Aberto ............................................ 27
3.15 Procedimento de coleta de sangue em sistema fechado .......................................... 29
3.16 Procedimentos alternativos para insucesso ........................................................... 30
3.17 Procedimento de Coleta de Cateter ...................................................................... 30
3.18 Procedimento de coleta- Cateter Venoso Central .................................................... 31
3.19 Procedimento de coleta Cateter Arterial Central .................................................. 31
3.20 Homogeneizao ............................................................................................... 31
3.21 Transferncia do sangue da seringa para o tubo em sistema aberto ......................... 32
3
3.22 Avaliao do trabalho realizado ............................................................ 33
CAPTULO 4 .................................................................................................................................................................................... 35
COLETA PARA EXAMES ESPECIAIS ......................................................................................................................................... 35
4.1 Exames especiais ................................................................................. 36
4.2 Tempo de Sangramento (TS) ................................................................. 36
4.3 Tempo de Coagulao (TC) .................................................................... 37
4.4 Coagulograma Completo ....................................................................... 38
4.5 Coleta de PPD (Teste Tuberculinico) ........................................................ 39
4.6 Curva Glicmica ................................................................................... 42
4.7 Glicose Ps- Prandial ............................................................................ 43
4.8 Teste de Tolerncia a Lactose ................................................................ 45
4.9 Gasometria Arterial .............................................................................. 47
4.10 Erros Pr Analticos mais comuns ....................................................... 47
4.11 Locais para puno arterial .................................................................. 48
4.12 Gasometria Venosa ............................................................................. 48
CAPITULO 5 .................................................................................................................................................................................... 50
COLETA PARA EXAMES DE MICROBIOLOGIA...................................................................................................................... 50
5.1 Consideraes Gerais em Microbiologia ................................................... 51
5.2 Procedimento de Coleta ........................................................................ 51
5.3 O pedido deve conter ............................................................................ 51
5.4 Mycobacterium Leprae: Linfa Cutnea ..................................................... 51
5.5 Hemocultura ......................................................................................... 53
5.6 Bacterioscpio ..................................................................................... 55
5.7 Culturas de Secreo ............................................................................ 56
5.8 Citologia Onctica (Papanicolau) ............................................................ 65
5.9 Cultura de swab Anu- Retal ................................................................... 66
5.10 Citologia Nasal ................................................................................... 67
5.11 Pesquisa de Oxiros (enterobius vermicularis) ........................................ 68
5.12 Cultura de secreo de vias respiratrias ............................................... 69
5.13 Cultura de ponta de cateter ................................................................. 69
5.14 Micolgico ......................................................................................... 70
CAPITULO 6 .................................................................................................................................................................................... 74
COLETA PARA ESPERMA, ESCARRO E MICOBACTERIA ................................................................................................... 74
6.1 Esperma ............................................................................................. 75
6.2 Escarro ............................................................................................... 77
6.3 Micobactria: Mycobacterium Tuberculosis............................................... 77
CAPITULO 7 .................................................................................................................................................................................... 79
4
COLETA PARA URINA E FEZES .................................................................................................................................................. 79
7.1 Urina I ............................................................................................................... 80
7.2 Urocultura .......................................................................................................... 80
7.3 Coleta de Urina em Sonda .................................................................................... 83
7.4 Urina de 24 horas ................................................................................................ 84
7.5 Fezes (Parasitolgico) .......................................................................................... 85
CAPITULO 8 .................................................................................................................................................................................... 87
ATENDIMENTO EM CASO DE MAL SBITO .......................................................................................................................... 87
8.1 Estrutura de Pessoal e Responsabilidade ................................................................ 88
8.2 Atendimento ao Cliente em Situao de Emergncia e Urgncia ................................ 88
8.3 Reaes durante ou aps a coleta ......................................................................... 89
CAPITULO 9 .................................................................................................................................................................................... 91
TRANSPORTE DE AMOSTRAS ................................................................................................................................................... 91
9.1 Acondicionamento do Material Biolgico em Saco Cristal .......................................... 92
9.2 Envio de Materiais Biolgicos para a Central Labclim ................................................ 92
9.5 Amostras de Anatomia Patolgica ......................................................................... 103
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................................................................................... 106
5
OBJETIVO
O principal objetivo garantir a qualidade e eficincia na coleta de materiais biolgicos
e microbiolgicos.
6
Capitulo 1
Fase Pr-Analtica
7
1.1 Fase Pr-Analtica
Definio
O laboratrio de Anlises Clnicas dividido em trs grandes Processos: Pr- Analtico
Analtico e Ps Analtico.
O processo Pr- Analtico responsvel por todas as fases que antecedem a analise do
material colhido (Analtico), ou seja, desde a informao de preparo do paciente at a entrega
da amostra no setor tcnico passando por cadastro, coleta, transporte e triagem, sendo
necessrio atentar-se:
s requisies mdicas;
s informaes sobre preparo de exames;
Ao cadastramento no sistema;
identificao dos pr- requisitos e medicaes em uso;
coleta do material Biolgico;
Ao armazenamento da amostra;
Ao transporte para o laboratrio de apoio;
Ao preparo e/ou triagem da amostra para anlise.
1.2 Fase Analtica
Calibrao dos equipamentos
Manuteno preventiva dos equipamentos
Preparo dos reagentes necessrios
Realizao dos exames
1.3 Fase Ps- Analtica
Liberao dos resultados;
Auxlio na interpretao dos resultados
1.4 Erros Pr- Analticos
Definies
Erros cometidos no perodo anterior anlise da amostra, os quais podem influenciar a
qualidade dos resultados finais e comprometer o diagnstico e o tratamento do paciente. Os
mais comuns so:
8
Cadastro Inadequado - Atendimento (cadastro)
Amostra Hemolisada - Coleta, transporte ou triagem.
Amostra Coagulada - Coleta
Amostra Inadequada - Coleta
Amostra Contaminada - Coleta ou triagem
Amostra Insuficiente - Coleta
Identificao da Amostra - Coleta
Preparo ( dietas e Jejum) - Atendimento ( Cadastro)
Acondicionamento para o transporte Triagem ou coleta
Influncia na Amostra:
Pr Analtico
Analtico
Ps Analtico
Atendimento
Coleta
Transporte
Triagem
Executar
Anlise
Laudo
- Amostra Coagulada - Recipiente Inadequado - Amostra Hemolisada - Amostra Contaminada - Amostra Insuficiente - Identificao - Informaes (dietas e jejum) - Acondicionamento (refrigerar x ambiente) - Tempo (coleta x transporte x execuo) - Acidentes (amostras e profissionais) - Comunicao (coleta x triagem x rea tcnica) - Postura x Cliente.
FIGURA1: Influncia na Amostra
1.5 Variveis Pr-Analticas
A finalidade dos exames laboratoriais reduzir dvidas que a histria clnica e o exame
fsico fazem surgir no raciocnio mdico. Para o laboratrio atender adequadamente a este
propsito, indispensvel que todas as fases do atendimento ao paciente sejam desenvolvidas
seguindo os mais elevados princpios de correo tcnica, considerando a existncia e a
importncia de diversas variveis biolgicas que influenciam significativamente a qualidade
final do exame.
Cronobiolgica: horrio da coleta (manh ou tarde), perodo menstrual, temperaturas
e altitudes; Gnero: masculino ou Feminino;
9
Idade: recm-nascido, crianas, jovens, adultos e idosos;
Posio do paciente no momento da coleta: deitado ou sentado, nunca em p;
Atividade Fsica: descanso de 12 a 24 horas antes da coleta.
Infuso de medicamentos: coletar em local distante e se possvel com intervalo de 1
hora aps o termino da infuso;
Jejum: Variao de 1 a 2 horas para criana e de 4 a 14 horas para adultos
dependendo do exame. Nunca ultrapassar de 16 horas;
Garroteamento: tempo mximo = 1 minuto
Procedimentos teraputicos ou diagnsticos: contrastes, exame de toque retal,
hemodilise, cirurgias, transfuses de sangue e infuso de medicamentos.
1.6 Interferentes na obteno da amostra Atuao direta da coleta
Evaporao do lcool Hemlise
Sequncia de coleta Contaminao dos anticoagulantes/ Alterao de resultado
Homogeneizao Cogulo
Acondicionamento Inadequado Alterao de resultado/Estabilidade das
amostras.
10
Capitulo 2
Atendimento ao Paciente
11
2.1 Excelncia no Atendimento
De acordo com a Misso do Labclim a sade um direito fundamental do ser
humano, por isso todos devem ter acesso a um servio de qualidade no Labclim todos
tambm tero acesso a um atendimento com respeito.
Para que trabalhemos com foco na excelncia do atendimento, destacamos algumas
dicas:
importante gostar de atender, se comunicar e gostar de pessoas. Sua atitude faz a
diferena no atendimento!
Devemos usar como referncia ns mesmos, ou seja, como gostamos de ser atendidos.
importante prestar ateno no atendimento que estamos oferecendo aos nossos
clientes. necessrio que, em sua opinio, seja um atendimento EXCELENTE.
O relacionamento deve ser profissional e cordial. Cuide diariamente de sua postura para
que no permita um excesso de liberdade.
O cliente busca a resoluo de seu problema e voc o responsvel por oferecer esta
soluo. Caso no tenha a soluo no momento do atendimento, d ao menos retorno e
uma previso para a soluo.
Observe o cliente. Oua e entenda o que ele precisa e deseja. Desta forma voc ter
uma atitude Emptica e poder oferecer um atendimento memorvel!
Tudo comea dentro de casa por isso pratique internamente estas dicas com seus
colegas de trabalho.
2.2 Aparncia
Unhas:
- Curtas limpas e bem feitas,
- Esmaltes claros (mulheres)
Cabelos:
- Limpos e presos,
Maquiagem:
- Leve e bem feita,
12
Roupa (uniforme ou branca):
- Limpas e bem passadas,
- Sapatos limpos e fechados,
- Crach sempre vista,
- Jaleco limpo, bem passado e fechado.
Adornos: Para as mulheres:
permitido o uso de um brinco discreto no lbulo da orelha (apenas no lbulo da
orelha).
No permitido o uso de relgios e pulseiras e anis conforme NR 32.
Para homens:
No permitido o uso de brincos.
No permitido o uso de Relgio e Anis conforme NR 32.
Crach:
- Obrigatrio sempre vista
- No utilizar bottons, pins ou colar adesivos.
Aparncia o nosso carto de boas vindas!
2.3 Competncias para a linha de frente
1. Comunicar-se bem.
2. Trabalhar bem em equipe.
3. Aplicar conhecimentos e habilidades tcnicas.
4. Colocar-se no lugar do paciente= empatia.
5. Desenvolver a confiana e simpatia dos pacientes.
6. Demonstrar confiana e lealdade.
7. Estar muito atente.
8. Estar sempre alerta.
9. Dominar a tenso.
10. Resolver problemas.
11. Manter o profissionalismo.
12. Organizar as atividades de trabalho.
13
13. Demonstrar motivao pessoal.
14. Entender a empresa e o setor.
15. Conservar a energia.
Fonte: Learning Internacional
2.4 Atendimento ao cliente coleta
Mostrar-se sempre seguro e confiante perante o paciente antes e no momento da
coleta.
A visualizao dos materiais descartveis pelo paciente fundamental.
A abordagem ao paciente deve ser pelo seu nome completo e de maneira tranquiliza-
lo. Lembre-se que ele pode estar com dor ou medo. Por isso, sorria, seja amvel. A
equipe de coleta deve passar segurana ao cliente.
Ao chamar um paciente para a coleta importante certificar a data de nascimento na
identidade do paciente, pois pode existir outro paciente aguardando com nome muito
semelhante ou at igual.
No caso de crianas, menores de idade ou incapaz deve-se conferir os dados do cliente
com o acompanhamento e anotar na ficha do cliente os dados do acompanhamento.
Se o paciente no puder falar, normalmente estar acompanhado e os dados podero
ser confirmados com o acompanhante.
Explique de uma maneira clara como ser o procedimento de coleta e o que voc ir
fazer, falando com o paciente e explicando o procedimento, voc o reconfortar.
Demonstrando ateno, diminuir o receio que todos os pacientes tm a respeito de
sua doena. A coleta melhor realizada quando o paciente est calmo e o mais
confortvel possvel.
Pergunte se o paciente j se sentiu mal durante uma coleta.
Caso haja necessidade de preparo para o exame como: jejum ( horrio de sua ltima
refeio), dieta, medicao e condio clinica deve-se confirmar com o paciente se este
o fez.
Em caso de paciente internado, jamais se guiar por nmero de quarto, enfermaria ou
leito. SEMPRE indagar o nome completo do paciente, as informaes a respeito dos
testes solicitados ou de sua utilidade no devem ser comentadas. Se o paciente
indagar, responda que somente o mdico ou enfermeiro (a) ser capaz de explicar a
finalidade dos testes, Eficincia e discrio so muito importantes.
Em caso de exames que necessitam de preparo prvio como o jejum (horrio da ultima
refeio), dietas especiais, medicao ou condio clnica, sempre confirmar com o
cliente se houve este preparo. Caso no haja o preparo, a coleta no deve ser
14
realizado, mesmo com a insistncia do paciente, e s poder ser realizado com o
preparo correto.
2.5 Lavagem das Mos
A lavagem das mos deve ser um procedimento de rotina para todos os profissionais
sendo este obrigatrio antes e aps a execuo de suas tarefas ou atendimento a um cliente.
A lavagem rotineira das mos com gua e sabo, elimina alm da sujeira visvel ou no,
todos os microrganismos que se aderem pele durante o desenvolvimento de nossas
atividades mesmo estando mo enluvada.
Abaixo temos os passos para execuo da lavagem das mos
FIGURA : Procedimento de lavagem de mos
OBS: Caso a torneira no possua o seu fechamento automtico, o mesmo dever ser
realizado com o auxilio do papel toalha utilizado para secar as mos.
15
Capitulo 3
Identificao
16
3.1 Solicitao Mdica (Guia Sadt)
Os exames que so solicitados do cliente pelo mdico ou enfermeiro (a) devem estar
descrito na Solicitao Mdica. importante conferir cuidadosamente todas as informaes,
para que possa ser compreendida e visualizada.
Os dados preenchidos devem estar legvel para uma melhor compreenso.
Deve conter as seguintes informaes:
Nome completo sem abreviaes;
Data de nascimento,
RG, N do carto SUS, pronturio;
Nmero de telefone para contato;
Peso, Altura, DUM (para mulheres), uso de medicamento;
Descrio do exame;
de grande importncia que essas informaes estejam preenchida na guia e de
maneira correta, sem elas o setor tcnico no consegue liberar os laudos dos exames. Caso
haja a necessidade de solicitar uma nova coleta o contato com o cliente faz se necessrio.
3.2 Carimbo de Rastreabilidade
Foi criado um carimbo para que seja possvel o rastreabilidade da coleta, este ento
deve ser usado na solicitao mdica e preenchido com as informaes obrigatrias, conforme
descrito abaixo:
Data da coleta;
Hora da coleta;
Responsvel pela coleta;
Numero do pedido (etiquetas pr-impressas);
Pendncias;
Visto do Enfermeiro Responsvel;
FIGURA : Carimbo de rastreabilidade de Coleta.
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3.4 Identificao do Cliente Realizado com Etiquetas Pr- Impressas
Seqncia de dez Etiquetas:
FIGURA: Etiquetas de Identificao
Lembrando que o jogo de etiquetas corresponde a um cliente, no deve ser utilizada para
realizar a identificao de outros clientes assim evitamos a troca de amostras.
Todos os clientes que o nmero de Tubos ou Frascos ultrapassarem a quantidade de dez
etiquetas seguir o procedimento abaixo:
Utilizar etiquetas em branco;
Escrever o nome da Unidade ( UBS, Hospital ou unidade de atendimento ambulatorial);
Colocar os nmeros do cdigo de barras correspondente ao j rotulados.
Para evitar troca ou at mesmo identificao incorreta, devemos descartar assim que
finalizar a coleta, sempre conferindo Guia x exames colhidos.
1 Etiqueta ser colada na
SADT do Cliente
2 Etiqueta ser colocada
no protocolo de retirada de
resultado
Etiquetas para identificao
dos materiais biolgicos
18
3.5 Identificao do Material Biolgico
Toda amostra dever ser identificada no Box de coleta, o colaborador deve apresentar
os tubos devidamente identificados e confirmar o nome do cliente ou cdigo de barras na
etiqueta pr-impressa, no momento da coleta. Nunca enviar amostras sem identificao ao
laboratrio.
Ao identificar os tubos de coleta colocar a etiqueta cdigo de barras em cima da
etiqueta do fabricante. Nos frascos de urina e fezes, fixar a etiqueta cdigo de barras no corpo
do frasco e nunca na tampa.
Quando o exame for URGENTE, devemos identificar o pedido e o tubo, colando uma
etiqueta descrita como URGENTE e encaminhar o mais rpido possvel.
Figura : Coletor
Universal Estril
Figura : Coletor
Universal Tampa
Branca
Figura : Porta
Lmina
Figura : Lmina Figura : Tubo
Falcon
Figura : Tubo
Cnico Urina I
Figura :
Tubo EDTA
19
Para casos excepcionais como danificao da impressora de etiquetas ou queda no
sistema, devemos identificar os materiais biolgicos manualmente, at que o problema seja
solucionado.
3.6 Tipos de Tubos Utilizados para Coleta de Sangue
Os tubos variam em tamanho, cor de tampa e podem ou no conter aditivos em forma
de lquido ou p. Cada aditivo contido dentro dos tubos pode ser identificado visualmente pela
cor da tampa ou escrito no rtulo dos tubos. Os aditivos previnem a coagulao ou preservam
algum componente do sangue a ser analisado, quando mantida a proporo sangue/aditivo
correta. por esse motivo que de grande importncia que se obedea a marcao nos tubos.
Figura : Tabela: Cor da tampa x aditivos x setor laboratorial
20
3.6.1 Seqncia Para Coleta dos Tubos
Sequncia para coleta dos tubos a vcuo sangue a ser coletada
Frascos de Hemocultura
Citrato Tampa Azul
Gel Tampa Vermelha
Heparina Tampa Verde
EDTA Tampa Roxa
K2 EDTA Gel - Tampa Branca
Translcida
Fluoreto Tampa Cinza
Trace - Tampa Azul Marinho
21
Observao: Estudos demonstram que os resultados do Tempo de Protrombina (TP),
International Normalized Ratio (INR), e o tempo de Tromboplastina parcial ativado (TTPA) no
sofrem interferncia se aliviados no primeiro tubo coletado, sem a necessidade da coleta
previa de um tubo de descarte. Esees estudos no comprovaram a hiptese de que as
amostras para os ensaios rotineiros de coagulao deveriam ser obtidas aps a coleta do tubo
de descarte, para minimizar o efeito da ao da tromboplastina tecidual. Segundo o
documento CLSI H21-A5, Collection, transport, and processing of blood specimens for test
plasmabased coagulation assays and molecular hermostasis assays; approved guideline 5th
edition, a evidncia acerca da necessidade da coleta prvia de um tubo de descarte para teste
de coagulao circunstancial. Assim, no existem publicaes recentes que indiquem ser
esta prtica absolutamente necessria ou desnecessria, quando se recorre ao sistema de
coleta a vcuo.
Manual de Recomendaes da SBPC
Para Coleta de Sangue Venoso Verso 02
Quando a coleta de sangue for realizada pelo mtodo de aspirao por seringa,
devemos utilizar a mesma sequncia do procedimento a vcuo e transferir a amostra para os
tubos cuidadosamente, sem encostar o bico da seringa (sem agulha) na parte interna do tubo.
3.7 Sala de Coleta
A sala de coleta dever apresentar-se sempre limpa e organizada. No deve ser feito
refeies dentro do Box.
Para cada atendimento deve-se manter o Box totalmente organizado e limpo para
chegada do prximo cliente. O cliente deve notar apenas os materiais de uso, os objetos
pessoais dos colaboradores devem ser guardados em locais prprios, longe do alcance visual
do cliente.
No final da jornada de trabalho, a equipe de coleta deve realizar a reposio de
materiais que foram utilizados, para o inicio do prximo planto, manter organizado e limpo.
Deve-se registrar a organizao e limpeza da sala de coleta ou Box Np formulrio FO203-Box
de Coleta, e o material que foi usado para limpeza, ex: lcool, algodo, clorexidina, etc.
A padronizao da Organizao e Limpeza da Sala/Box de Coleta est descrito no
documento DB42 Organizao do Box de Coleta.
22
O Box/ Sala de Coleta de conter:
Cadeiras/Poltronas/ Macas,
Braadeira,
Bancada de apoio,
Pia para lavagens das mos,
ou dispositivo de
higienizao como lcool
gel,
Recipiente rgido adequado
para o descarte de
materiais perfurocortantes
utilizados,
Lixo para materiais
contaminados,
FIGURA : Ilustrao Box/Sala de Coleta.
3.8 Maleta de Coleta
A maleta de coleta deve apresentar-se sempre organizada e limpa, a higienizao deve
ser realizada semanalmente seguindo as instrues abaixo:
Executante: equipe de coleta;
Periodicidade: semanalmente;
Materiais: equipamento de proteo individual, detergente, gua destilada, lcool,
gaze e panos
Procedimento:
1. Lavar as maletas com detergente neutro;
2. Enxaguar com gua abundante;
3. Secar com pano seco limpo;
4. Passar gaze com lcool a 70%;
5. Colar etiqueta com data da realizao da limpeza, validade e responsvel;
23
A cada final de jornada a equipe deve realizar a reposio de materiais na maleta de
coleta e antes do inicio da jornada deve ser realizada uma inspeo para confirmar a
organizao.
A maleta deve ser identificada de acordo com a norma vigente com o smbolo de
substncia infectante.
3.9 Equipamentos de Proteo Individual (EPI).
recomendvel sobrepor vestimenta com colete padronizado, avental de tecido
lavvel ou descartvel, longo de mangas compridas, no permitida a utilizao em reas de
descaso ou alimentao.
Recomenda-se sempre a utilizao de luvas durante o ato da coleta. As trocas
necessitam ser efetuadas a cada novo atendimento. Sempre que for necessrio, lavar as mos
e, em seguida, colocar luvas novamente.
No manusear objetos de uso comum (telefone, maanetas, copos xcaras, etc.)
enquanto estiver usando luvas.
Descartar as luvas em lixeiras identificadas com material contaminado (saco branco).
Utilizar culos de proteo para no ter a contaminao em caso de refluxo, durante a
coleta.
24
Utilizar mscara durante o ato de coleta de material biolgico, para no ter a
contaminao por gotculas ou aerossis.
Utilizar sapatos fechados que sejam confortvel e antiderrapante.
FIGURA : Equipamentos de Proteo Individual.
3.10 Tipos de Materia
Soro : Parte lquida do sangue obtido quando coletado em tubo sem aditivo + Centrifugao.
Plasma: Parte lquida do sangue obtido quando coletado em tubo com anticoagulante +
centrifugao.
Sangue Total: O sangue permanece nas suas caractersticas prximas normalidade sendo
obtido quando coletado em tubo com anticoagulante (no centrifugar).
FIGURA : Tipos de materiais.
25
3.11 Tipos de Sistema para coleta
Sistema fechado
FIGURA : Holder com trava
de segurana
FIGURA: Agulhas
Intradrmica 25X7 e
25X8.
FIGURA : Holder com
trava e Agulha.
O Sistema a vcuo utilizado para obteno da amostra. O mesmo deve ser priorizado
devido:
Facilidade de Manuseio.
Coleta exata do volume de sangue devido existncia de vcuo calibrado.
Conforto do paciente devido possibilidade de se coletar vrios tubos com uma nica
puno.
Segurana do profissional, uma vez que a coleta a vcuo e um sistema fechado.
Sistema aberto
FIGURA : Seringas. FIGURA : Modelos de
agulhas.
FIGURA : Scalp
n23.
o sistema de coleta que utilizamos agulha e seringa ou ainda scalp e seringa para
obteno da amostra biolgica. Este tipo de coleta deve ser realizado apenas em situao
excepcionais:
Clientes com acesso venoso muito difcil.
Cliente com fragilidade capilar.
Crianas muito pequenas.
26
3.12 Tcnica de Puno Venosa
Preparo do local da puno
So tcnicas utilizadas para preparo do local da puno venosa:
Garroteamento (No realizar na coleta de Lactato e Clcio- risco de alterao)
Palpao;
Ordenha;
Aplicao de calor (bolsa quente);
Tipos de Amostras
Arterial;
Venosa;
Cateter;
3.13 Procedimento de Coleta Venosa
Tcnicas para visualizao da veia
Pedir para o cliente abaixar o brao e fechar a mo com isso ir provocar uma
contrao da musculatura, facilitando assim a localizao da veia;
Massagear delicadamente o brao do paciente (do punho para o cotovelo);
A palpao da veia dever ser feita cuidadosamente, sem a aplicao de (tapinhas) no
brao do paciente, principalmente em idosos;
Fixao da veia com os dedos nos casos de flacidez;
Aplicao do garrote/torniquete cerca de oito cm acima do local da puno mantendo o
membro garroteado por menos de 1 minuto para evitar hemoconcentrao
Caso seja necessrio garrotear mais de uma vez o mesmo membro, aguardar cerca de
2 minutos para poder us-lo novamente.
Locais de escolha para puno venosa
O melhor local para a puno venosa no brao na regio da fossa antecubital (Anterior
ao cotovelo) onde encontramos a veia mediana que possui uma boa visualizao e bom
fluxo venoso.
As demais veias do brao bem como as das regies das mos ou dos ps podem ser
puncionadas, tomando um cuidado especial durante a coleta, pois as mesmas so mais
susceptveis formao de hematoma ( principalmente a baslica- veia lateral interna
do brao).
27
FIGURA : Locais para puno venosa.
Locais que devem ser evitados para puno venosa
reas com terapia de hidratao intravenosa, cicatrizes ou queimaduras;
Membros prximos mastectomia, cateterismo, fistula ou qualquer procedimento
cirrgico;
Veias previamente trombosadas (entumescidas)
FIGURA : Locais que devem ser evitados ser puncionados.
3.14 Procedimento de coleta de sangue em sistema Aberto
o sistema de coleta que utilizamos agulha e seringa ou ainda escalpe e seringa para
obteno da amostra biolgica.
28
Clientes com acesso venoso muito difcil;
Clientes com fragilidade capilar;
Crianas, recm-nascidos, pacientes de oncolgicos.
1. Informar ao cliente sobre o procedimento a ser realizado;
2. Posicionar o brao do cliente no suporte ( inclinado para baixo a partir da altura do
ombro);
3. Garrotear o brao/ antebrao do cliente;
4. Selecionar a veia a ser puncionada e soltar o garrote/Torniquete;
5. Preferencialmente puncionar as da regio mediana do brao. Evitar as veias da regio
das mos ou dos ps, pois so mais susceptveis formao de hematomas;
6. Preparar o material adequado para puno: agulha mltipla ou outros materiais escalpe
21g 23g, 25g.
7. Abrir a agulha frente ao cliente informando que a mesma descartvel. Conectar a
mesma no holder ou na seringa.
8. Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
9. Garrotear novamente o membro escolhido;
10. Fazer a anti-sepsia no local da puno com o uso de algodo limpo e lcool 70%
atravs de movimentos unidirecionais (do centro para fora);
11. Deixar secar (2 minutos) a umidade do lcool;
12. Retirar a proteo da agulha mltipla;
13. Puncionar a veia;
14. Penetrar a agulhar na pele com bisel voltado para cima, num ngulo de 30 grau com o
auxilio da outra mo, esticar a pele abaixo do local da puno;
15. Firmar com uma das mos o holder, impedindo que a agulha se movimente;
16. Inserir o primeiro tubo para a coleta a vcuo e soltar o garrote preferencialmente no
momento em que o sangue fluir no tubo;
17. Seguir a sequncia padronizada para a coleta dos tubos a vcuo;
18. Observar o limite do volume de sangue especificado em cada tubo pelo fabricante
obedecendo proporo anticoagulante e sangue;
19. Homogeneizar os tubos cerca de 5 a 8 vezes por inverso completa;
20. Retirar a agulha da veia;
21. Comprimir com algodo limpo e seco, o local da puno por 1 a 2 minutos;
22. Solicitar o auxilio do cliente nos primeiros segundos da compresso, para realizar o
descarte da agulha no coletor de material perfuro cortante.
23. Colocar o curativo;
24. Pedir para o cliente que mantenha a compresso por 3 a 5 minutos evitando dobrar o
antebrao neste perodo. Caso a puno seja na mo, pedir ao cliente para ergu-la
levemente por 5 minutos;
29
25. Recomendar ao cliente para no carregar peso ou bolsa com o membro cuja veia foi
puncionada por no mnimo 1 hora;
26. Retirar as luvas e lavar as mos.
No puxar mbolo da seringa com muita fora, nem realizar o movimento de vai-e-vem, pois a
presso pode causar lise das hemcias.
3.15 Procedimento de coleta de sangue em sistema fechado
Facilidade de manuseio.
Coleta exata do volume de sangue devido existncia de vcuo calibrado.
Conforto ao paciente devido possibilidade de se coletar vrios tubos com uma nica
puno.
1. Informar ao cliente sobre o procedimento a ser realizado;
2. Posicionar o brao do cliente no suporte ( inclinado para baixo a partir da altura do
ombro);
3. Garrotear o brao/ antebrao do cliente;
4. Selecionar a veia a ser puncionada e soltar o garrote/Torniquete;
5. Preferencialmente puncionar as da regio mediana do brao. Evitar as veias da regio
das mos ou dos ps, pois so mais susceptveis formao de hematomas;
6. Preparar o material adequado para puno: agulha mltipla ou outros materiais
dependendo do calibre da veia analisada previamente, holder e tubos.
7. Abrir a agulha frente ao cliente informando que a mesma descartvel. Conectar a
mesma no holder;
8. Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
9. Garrotear novamente o membro escolhido;
10. Fazer a anti-sepsia no local da puno com o uso de algodo limpo e lcool 70% atravs
de movimentos unidirecionais ( do centro para fora);
11. Deixar secar (2 minutos) a umidade do lcool;
12. Retirar a proteo da agulha mltipla;
13. Puncionar a veia;
14. Penetrar a agulhar na pele com bisel voltado para cima, num ngulo de 30 grau com o
auxilio da outra mo, esticar a pele abaixo do local da puno;
15. Firmar com uma das mos o holder, impedindo que a agulha se movimente;
16. Inserir o primeiro tubo para a coleta a vcuo e soltar o garrote preferencialmente no
momento em que o sangue fluir no tubo;
17. Seguir a sequncia padronizada para a coleta dos tubos a vcuo;
18. Observar o limite do volume de sangue especificado em cada tubo pelo fabricante
obedecendo proporo anticoagulante e sangue;
30
19. Homogeneizar os tubos cerca de 5 a 8 vezes por inverso completa;
20. Retirar a agulha da veia;
21. Comprimir com algodo limpo e seco, o local da puno por 1 a 2 minutos;
22. Solicitar o auxilio do cliente nos primeiros segundos da compresso, para realizar o
descarte da agulha no coletor de material perfuro cortante.
23. Colocar o curativo;
24. Pedir para o cliente que mantenha a compresso por 3 a 5 minutos evitando dobrar o
antebrao neste perodo. Caso a puno seja na mo, pedir ao cliente para ergu-la
levemente por 5 minutos;
25. Recomendar ao cliente para no carregar peso ou bolsa com o membro cuja veia foi
puncionada por no mnimo 1 hora;
26. Retirar as luvas e lavar as mos.
3.16 Procedimentos alternativos para insucesso
Caso o sangue no flua, realizar as manobras listadas a seguir:
1) Pode ser que o bisel da agulha no tenha penetrado totalmente na veia. A puno
devera ser continuada at que a agulha penetre adequadamente a luz da veia.
2) A agulha foi introduzida profundamente e transfixou a veia. Retroceder com agulha at
que o sangue flua.
3) A agulha penetrou ao lado da veia. Palpar a veia com a mo esquerda e corrigir a
trajetria da agulha.
4) Caso haja colabamento pelo sistema a vcuo, retirar o tubo e acopl-lo novamente, de
modo a restabelecer o fluxo sanguneo.
Em veias poucos calibrosas, recomenda-se utilizar Scalp ( Ex 23 g comum)
Em Crianas ou nos casos de dificuldade de acesso venoso, utilizar os tubos de menor
volume.
3.17 Procedimento de Coleta de Cateter
Todo procedimento de coleta atravs de cateter, seja ele de qual tipo, deve ser
realizado pela equipe de enfermeiros ou mdicos do hospital ou pela enfermeira habilitada do
laboratrio desde que possua uma autorizao previa da Diretoria de enfermagem do hospital,
para pode manipular o cateter.
31
3.18 Procedimento de coleta- Cateter Venoso Central
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Fazer a assepsia com lcool 70% na conexo do dispositivo venoso central;
Conectar uma seringa na conexo do cateter e abrir o clamp;
Aspirar 10 ml de sangue, fechar o clamp e despreza esta seringa;
Conectar outra seringa, abrir o clamp e aspirar quantidade de sangue;
Fechar o clamp, desconectar a seringa e transferir o sangue para os tubos;
Conectar outra seringa contendo 20 ml de soro fisiolgico 0,9 %, abrir o clamp e injetar
no cateter venoso central;
Fechar o clamp, retirar a seringa conectada ao cateter.
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
3.19 Procedimento de coleta Cateter Arterial Central
Este procedimento s deve ser realizado pela equipe da UTI mdicos ou enfermeiros
habilitados. Em nenhuma hiptese poder ser realizada pela equipe do laboratrio.
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Fazer a anti-sepsia com lcool 70% na conexo do dispositivo do cateter com o equipo
de PAM;
Aspirar 10 ml de sangue, fechar o clamp e despreza esta seringa;
Conectar outra seringa, aspirar quantidade de sangue para os exames;
Desconectar a seringa e transferir o sangue coletado para os tubos;
Desprezar a seringa descatvel utilizada;
Reinstalar o equipo de PAM;
Retirar as luvas de procedimentos e lavar as mos.
3.20 Homogeneizao
As amostras de sangue devem ser homogeneizadas atravs do mtodo de inverso com
ciclos completos de 5 a 8 vezes.
Somente no exame de TCA (tempo de coagulao ativada) deve-se realizar a
homogeneizao pelo mtodo de rotao.
32
FIGURA : Homogeneizao
de tubos.
3.21 Transferncia do sangue da seringa para o tubo em sistema aberto
1) Desconectar o scalp ou agulha da seringa com auxilio do descartador de perfuro-
cortante;
2) Abrir a tampa do tubo;
3) Transferir o sangue lentamente pela parede do tubo sem encostar o bico da seringa na
parte interna;
4) No injetar o sangue no tubo com auxilio do scalp ou da agulha perfurando a tampa do
mesmo, pode ocorrer risco de hemlise ou acidente de trabalho.
FIGURA : Transferncia adequada do material coletado.
Homogeneizao
Tubos com Anticoagulantes
Tubos com Ativador de Coagulo
5 8 vezes
33
3.22 Avaliao do trabalho realizado
Para que uma amostra de plasma, sangue total ou soro seja de boa qualidade, e produza
os melhores resultados, ela no de conter:
Hemlise
Lise anormal de eritrcitos com liberao de substncias, principalmente hemoglobina.
Ela reconhecida pela aparncia avermelhada do soro ou plasma, aps centrifugao ou
sedimentao.
A hemlise interfere ativamente em alguns exames, causando aumento na atividade
plasmtica de enzimas, como aldolase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina,
desidrogenese lctica dosagens de K, MG e P.
FIGURA : Amostras de Hemolise.
Boas prticas para preveno de hemlise
Antes de iniciar a puno deixar o lcool secar para que o mesmo no cause lise do
momento da puno;
Evitar agulhas de baixo calibre, usar somente em casos especiais, pois a dificuldade da
coleta o tempo para obteno da amostra podem causar hemlise;
Evitar coletar em rea de hematoma ou equimose;
34
Evitar tubos com volume excedente ou insuficiente de sangue alterando a proporo
sangue/aditivo;
Em casos onde o tubo no seja preenchido completamente (tubo seco sem aditivo)
eliminar o restante do vcuo de dentro do tubo;
No puxar o mbolo da seringa com muita fora, nem realizar (vai-e-vem), pois a
presso causa a lise das hemcias, e consequentemente a hemlise.
No centrifugar a amostra antes do trmino da retrao do coagulo, aguardar o tempo
de 15 a 20 minutos para que o sangue coagule (tubo seco) No refrigerar o material.
Cogulo
Ao detectar a presena de cogulos na amostra cujo material seja sangue total ou
plasma devemos:
Segregar a amostra e solicitar que um enfermeiro ou especialista faa a anlise da
amostra, e confirmando a presena de cogulos esta amostra deve ser desprezada e
uma nova coleta solicitada.
Lembrando que o Cogulo gerado devido falta de homogeneizao dos tubos com
Anticoagulantes ou com excesso de material colhido, primordial que respeite o volume que
est especifico no tubo.
Lipemia
Ocorre em funo da elevao significativa dos nveis de triglicrides. Pode ocorrer
apenas no perodo ps- prandial ou de forma ininterrupta em portadores de dislipidemias. Por
isso, o horrio da ltima refeio sempre deve ser questionado, a fim de verificar se o paciente
realmente esta em jejum. O aspecto pode variar de turvo at leitoso. O aspecto turvo tem
importncia clinica e deve ser reportado ao laboratrio.
FIGURA : Ilustrao de uma amostra lipmica.
35
Captulo 4
Coleta para Exames Especiais
36
4.1 Exames especiais
4.2 Tempo de Sangramento (TS)
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Massagear delicadamente o lbulo da orelha por 30 segundos;
Realizar a anti-sepsia do lbulo da orelha com lcool 70 % esperar secar bem;
Puncionar com a lanceta o lbulo da orelha na regio inferior, evitando reas
hiperemiadas;
Acionar imediatamente o cronmetro ou utilizar relgio;
Secar o sangue a cada 30 segundos com papel filtro, encostando-se gota
delicadamente (no esfregar), utilizando cada vez uma parte limpa do papel;
Continuar at o sangramento cessar;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos;
Anotar o resultado no termo de coleta;
Valor normalidade: 1 minuto at 3 minutos;
Repetir: menor que 30 segundos e maior que 3 minutos;
FIGURA: Tempo de Sangramento
37
4.3 Tempo de Coagulao (TC)
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Identificar o tubo seco sem aditivo (tampa vermelha) com a etiqueta ou manualmente
o nome cliente;
Realizar o procedimento de puno venosa;
O tubo para realizar o TC deve ser o primeiro tubo a ser coletado;
Coletar aproximadamente 2 ml de sangue;
Disparar o cronmetro ou relgio no momento em que o sangue entra no tubo;
No homogeneizar o tubo;
Realizar a primeira verificao no 3 minuto;
Aps 3 min, observar a cada 30 seg a presena do coagulo, invertendo o tubo;
Quando o sangue coagular totalmente, para o cronometro;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos;
Anotar o resultado;
Valor Normalidade: 3 minutos e 30 segundos a 8 minutos e 30 segundos.
Repetir o teste: menor e igual h 3 minutos e igual e maior que 9 minutos.
FIGURA: Tempo de Coagulao
38
4.4 Coagulograma Completo
Seqncia
1. Tempo de sangramento;
2. Realizar a puno venosa, coletando primeiro um tubo seco (rolha vermelha). Soltar o
garrote;
3. Coletar o tubo de Citrato (Rolha Azul);
4. Coletar o tubo de EDTA (rolha roxa). Quando solicitado ( atividades)
Cuidados:
Evitar garroteamento prolongado;
Homogeneizar o tubo (5 a 8 vezes) imediatamente e adequadamente aps a coleta;
No puxar com fora o embolo da seringa durante o procedimento de coleta;
No injetar o sangue no tubo com o auxilio do escalpe.
No coletar no mesmo membro que estiver recebendo infuso venosa.
Retrao do Cogulo
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Identificar o tubo seco sem aditivo (tampa vermelha 2 ml) com etiqueta cdigo de
barrras do cliente;
Realizar o procedimento de puno venosa;
Preencher o tubo adequadamente com 2 ml de sangue;
No homogeneizar o tubo;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos;
Rejeio da amostra: hemlise intensa, volume inadequado;
Acondicionamento: Temperatura ambiente;
Conservao Pr- analtica: temperatura ambiente
Prova do Lao
Materiais:
Esfigmomanometro;
Estetoscpio;
Cronmetro.
Recepcionar o paciente;
Lavar as mos;
39
Calar as luvas de procedimento;
Verificar se o cliente apresenta qualquer tipo de leso no antebrao e dorso da mo que
possa ser confundido com petequias (ex. Sardas)
Verificar a presso arterial do cliente e calcular a presso media do seguinte modo:
Presso Mdia = Presso Mxima + Presso Mnima
2
Exemplo: 100 + 70 = 85 mmhg
2
Manter o Esfigmomanometro no brao do cliente na presso mdia durante 5 minutos,
controlando sempre o pulso que deve ser palpvel.
Orientar o cliente que pode ocorrer dormncia, formigamento e cianose do membro;
Aps 5 minutos, retirar o aparelho e verificar imediatamente e novamente aps 5
minutos, se houver o aparecimento de petequias ( pontos avermelhados na pele)
Demarcar uma rea de aproximadamente 5 cm x 5 cm ( aproximadamente 1 polpa
digital), logo abaixo da prega do cotovelo, fazer um quadrado com caneta e observar o
local.
O resultado deve ser anotado no termo de coleta.
Interpretao de resultado Positivo:
Positivo: Criana Superior a 10 petequias
Adulto Superior a 20 petequias
Ateno:
Em caso de resultado positivo, aguardar 15 minutos e repetir o teste no outro membro,
quando cliente possui somente um brao, realizar primeiramente a prova do lao, aguardar 15
minutos e depois realizar a puno.
Clientes hipertensos, cuja presso mdia fora maior que 100 mm HG, colocar o
aparelho somente em 100 mmHG.
4.5 Coleta de PPD (Teste Tuberculinico)
Materiais:
1 seringas descartveis tipo tuberculnica;
40
1 agulhas descartveis 25x8;
1 Soro Fisiolgico;
1 Recipiente com algodo;
1 Antgeno especfico PPD;
1 Paqumetro.
Tcnica de aplicao:
Lavar as mos;
Frasco de PPD;
Verificar a concentrao, o prazo de validade e o aspecto do produto;
Remover o lacre e fazer a limpeza da rolha de borracha com algodo e lcool;
Retirar o ar da seringa, ajustando a dose para 0,1 ml (no necessrio retirar a agulha
do frasco para ajustar a dose);
Desconectar a agulha e a seringa do frasco (no necessrio trocar a agulha para a
aplicao);
Local de Aplicao:
Selecionar no tero mdio do antebrao esquerdo, um local com poucos pelos, sem
cicatrizes ou leses distante de veias calibrosas. Caso no seja possvel a utilizao do
Local padronizado (aplicao de PPD h menos de 15 dias, queimaduras, gesso, etc.),
Realizar a aplicao no antebrao direito, registrando o fato;
Segurar o antebrao esquerdo do cliente entre os dedos mdio e indicador, distendendo
a pele com o polegar;
Introduzir o bisel voltado para cima de forma visvel ao aplicador, observando que a
Seringa fique paralela pele. Para maior firmeza, fixar o canho da agulha com o
polegar, evitando que o bisel saia da sua posio;
Injetar lentamente 0,1 ml de PPD, observando que a pele no esteja mais distendida;
41
Tcnica de leitura do teste:
Identificar o cliente, observando na ficha se os dados esto corretamente preenchidos e
se houve irregularidade na aplicao do teste;
Realizado em 72 horas ou conforme solicitao mdica;
Segurar a rgua na posio adequada para a leitura;
Observar o aspecto da reao;
Palpar o local da aplicao do teste, com o dedo indicador para localizar a
endurecimento do local;
Caso encontre dificuldade em perceber o local da aplicao, perguntar ao.
cliente ou passar algodo com lcool na regio para provocar uma irritao local, o que
facilitar a visualizao;
Caso haja endurecimento, delimitar a borda externa com o dedo indicador e fixar esse
limite com a rgua, evitando marcar a pele;
A medida do ndulo feita sempre no sentido do plano transversal do brao, isto ,
posicionar a rgua somente no sentido horizontal do antebrao.
Todo resultado de ndulo maior ou igual a 10 mm dever ser realizado uma segunda
leitura por outro funcionrio habilitado.
Excees:
Se no momento da aplicao no surgir a ppula no local, a aplicao foi profunda e
neste caso deve-se repetir o procedimento em local diferente, de preferncia no
antebrao direito e registrar o fato ocorrido para no ser realizada a leitura no brao
errado.
No caso de extravasamento muito importante do liquido durante a aplicao, repetir o
procedimento em local diferente, de preferncia no antebrao direito e registrar o fato
ocorrido para que no seja realizada a leitura no brao errado.
Orientaes ao cliente
Orientar que aps a aplicao da reao pode ocorrer irritabilidade local, ondulao na
pele, coceira, formao de bolhas e hiperemia local.
Orientar a no coar e no utilizar nenhum tipo de medicao.
42
Validade do PPD
Utilizando agulha estril e conservando em geladeira, o antgeno tem validade de trs
semanas aps a sua abertura. Aps este perodo o mesmo devera ser desprezado,
4.6 Curva Glicmica
Para diagnstico laboratorial do Diabetes Mellitus.
OBS: O exame deve ser feito conforme solicitao mdica.
40 150
43
Ateno: Evitar exerccios ou ingesto oral durante a realizao do exame, caso o paciente
apresente vmito, o exame devera ser suspenso.
4.7 Glicose Ps- Prandial
Chamar o paciente e confirmar seu nome completo;
Verificar se paciente encontra-se em jejum de 8 a 12 horas;
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Fazer a anti-sepsia no local da puno com o uso de algodo limpo e lcool 70%
atravs de movimentos unidirecionais (do centro pra fora);
Coletar uma amostra de sangue em jejum ( tempo 0 =basal) no tubo de tampa cinza
contendo fluoreto;
Instruir o paciente para realizar a sua refeio habitual e retornar ao posto de coleta 2
horas aps iniciar a alimentao para a coleta da segunda amostra ( tubo cinza). A
refeio ideal aquela no qual o paciente j est habituado;
Identificar na etiqueta o tempo de coleta Ex: ( 0 basal e PPrandial)
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
O paciente deve realizar a coleta basal e ps prandial no mesmo dia. Caso o paciente
no retorne no mesmo dia para coleta ps-prandial, desprezar a amostra.
44
Mtodo de Diluio: Dextrosol 50 Gr, 75 Gr e 100 Gr:
kg Gluc Up 50 Gluc Up 75 Gluc Up 100
do 7ml/Kg 7ml/Kg 5,25 ml/Kg
Paciente (1,75g/KG) (1,75g/KG) (1,75g/KG)
5 35 ml 35 ml 26.25 ml
6 42 ml 42 ml 31.5 ml
7 49 ml 49 ml 36,75 ml
8 56 ml 56 ml 42 ml
9 63 ml 63 ml 47,25 ml
10 70 ml 70 ml 52,5 ml
11 77 ml 77 ml 57,75 ml
12 84 ml 84 ml 63 ml
13 91 ml 91 ml 68,25 ml
14 98 ml 98 ml 73,5 ml
15 105 ml 105 ml 78,75 ml
16 112 ml 112 ml 84 ml
17 119 ml 119 ml 89,25 ml
18 126 ml 126 ml 94,5 ml
19 133 ml 133 ml 99,75 ml
20 140 ml 140 ml 105 ml
21 147 ml 147 ml 110,25 ml
22 154 ml 154 ml 115,5 ml
23 161 ml 161 ml 120,75 ml
24 168 ml 168 ml 126 ml
25 175 ml 175 ml 131,25 ml
26 182 ml 182 ml 136,5 ml
27 189 ml 189 ml 141,75 ml
28 196 ml 196 ml 147 ml
29
M
XIM
O D
E 2
00
ML
P
OR
CL
IEN
TE
203 ml 152,25 ml
30 210 ml 157,5 ml
31 217 ml 162,75 ml
32 224 ml 168 ml
33 231 ml 173,25 ml
34 238 ml 178,5 ml
35 245 ml 183,75 ml
36 252 ml 189 ml
37 259 ml 194,25 ml
38 266 ml 199,5 ml
39 273 ml 204,75 ml
40 280 ml 210 ml
41 287 ml 215,25 ml
42 294 ml 220,5 ml
TABELA: PESO EM KG X VOLUME DE GLUC UP EM ML
Equipamentos Utilizados: Copo Medidor e
Palito para diluiao do Dextrosol ou Lactose.
Adultos/ Crianas acima de 42
Kg: 75 G em 300 ml.
Crianas abaixo de 42 Kg: 1,75/
Kg de peso corporal em cada 7 ml at o mximo de 75 g.
45
4.8 Teste de Tolerncia a Lactose
O teste de tolerncia ou curva de Lactose realizado em plasma fluoreto, isto devem
ser colhidas em tubo fluoreto ( Cinza).
realizada uma coleta basal em jejum de 8 horas e depois ministrada uma soluo de
LACTOSE ao paciente. Est padronizada a soluo contendo dois gramas de lacatose por
quilograma do paciente ou 50 gramas de LACTOSE para adultos.
Aps ingesto da soluo de lactose, so colhidos os tempos da curva: 30,60,90 e 120
minutos.
Lembrar-se de identificar os tubos com os minutos correspondentes ao exame, Exemplo:
Caso no haja etiqueta suficiente para identificar todos os tubos pode ser realizada a
Identificao manual, sobretudo no esquecer de colocar exatamente os dgitos referentes ao
paciente.
Os tubos referentes a curva devem ser enviados central unidos em saco plstico
separados, identificado aos cuidados sempre da coordenao USINA e do setor especifico
onde o material devera ser encaminhado/ realizado.
OBS: O exame deve ser feito conforme solicitao mdica.
46
Mtodo de Diluio: Lactose 50 Gr.
Materiais Utilizados: Copo Medidor e Palito para diluio
da Lactose.
Diluir 50 Gr de Lactose em 300 ml de gua
filtrada, aps diluir fazer o clculo e
administrar somente a quantidade
adequada da soluo.
A dose que ser administrada ao cliente
calculada da seguinte forma:
12 mL da soluo (valor fixo) x peso do
cliente (sendo o mximo 300 mL).
TABELA: PESO EM KG X VOLUME DE LACTOSE EM ML
Kg do Paciente Lactose 50g
12ml/kg (valores em ml)
5 60
6 72
7 84
8 96
9 108
10 120
11 132
12 144
13 156
14 168
15 180
16 192
17 204
18 216
19 228
20 240
21 252
22 264
23 276
24 288
25 300
47
4.9 Gasometria Arterial
O procedimento de coleta de gasometria arterial deve ser realizado pela equipe de
enfermeiros ou mdicos do hospital ou pela enfermeira habilitada do laboratrio.
Material
Para coleta gasometria existem dois materiais padronizados, a seringa j preparada com
heparina ltica e a seringa com heparina sdica.
Figura: Seringa preparada com heparina marca BD 3 ml.
4.10 Erros Pr Analticos mais comuns
Hemlise;
Bolha de ar;
Mistura de sangue arterial e venoso;
Armazenamento em temperatura ambiente, por tempo prolongado (mais que 15
minutos);
Mistura inadequada da amostra antes da anlise;
Falha na remoo de bolhas de ar.
48
4.11 Locais para puno arterial
Artria radial
Artria braquial
Artria femoral
Figura: Locais para puno arterial.
4.12 Gasometria Venosa
Para realizao de gasometria venosa pode ser utilizado qualquer veia com calibre
suficiente para realizao do procedimento.
Recepcionar o cliente;
Orientar o cliente quanto ao procedimento a ser realizado;
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Abrir o invlucro da seringa de gasometria e remover a tampa alaranjada do cone luer
(bico da seringa). No desprezar esta tampa;
Identificar a seringa com o cdigo de barras;
49
Para seringa comum, aspirar heparina ( sdica ou ltica) em uma escala de 1:10;
Encaixar a agulha ou escalpe comum no calibre necessrio ( adultos: agulha 25x8 /
crianas: agulha 25x7/ escalpe 23G) no cone luer (bico) da seringa;
Puncionar a veia e coletar 2,0 ml de sangue venoso;
Nos casos de criana, pode-se coletar no mnimo 0,5 ml;
Desconectar a agulha da seringa com auxilio do adaptador localizado na parte superior
do recipiente de descarte de prfuro- cortantes;
Figura: Seringa preparada com heparina marca Sarstedt 3 ml.
Armazenamento
Devido natureza voltil dos gases, o tempo de armazenagem deve ser por menos de 15
minutos temperatura ambiente.
Caso a amostra seja armazenada por mais de 15 minutos, ela deve ser resfriada (2-
8C) por o mximo 45 minutos.
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Capitulo 5
Coleta para Exames de Microbiologia
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5.1 Consideraes Gerais em Microbiologia
1. Resultado liberado = Consequncia da qualidade da amostra recebida
2. Material colhido = deve ser eleito o melhor stio da leso, evitando contaminao com
as reas adjacentes.
3. Coleta e transporte = se forem inadequados podem ocasionar falhas no isolamento do
agente etiolgico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante.
5.2 Procedimento de Coleta
Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possvel.
Instruir claramente o paciente sobre o procedimento.
Observar a antissepsia na coleta de todos os materiais clnicos.
Colher material suficiente para uma anlise completa.
Informar o material suficiente para uma anlise completa.
Informar o material coletado e o local da coleta ( ex.: secrees de leso membro
inferior esquerdo).
Considerar o estgio da doena na escolha do material. Patgenos entricos so mais
facilmente isolados durante a fase diarrica do processo infeccioso intestinal.
5.3 O pedido deve conter:
Identificao do paciente (nome e legvel);
Exames solicitados;
Data de nascimento;
Doena de base;
Indicao de uso de antibiticos.
5.4 Mycobacterium Leprae: Linfa Cutnea
Identificar lpis a borda da lmina o n R.A ou iniciais de paciente;
Dar ao paciente uma breve explicao sobre o exame a ser realizado;
Fazer antissepsia do local a ser coletado com lcool 70%;
Com auxilio de uma pina ou com os dedos fazer uma boa isquemia do local de coleta
para impedir o fluxo de sangue manter at o final da coleta;
Com o auxilio de uma lmina de bisturi ou lanceta, cortar a pele em mais ou menos 5
mm de comprimento por 2 mm de profundidade;
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Com o lado no cortante da lmina, raspar a borda interna do corte 2 a 3 vezes at
obter boa quantidade de linfa cutnea;
Transferir a linfa para uma lmina;
Colocar o material com a parte plana da lmina do bisturi em movimentos circulares a
fim de obter um esfregao uniforme abrangendo uma rea pequena de cerca de 5 a 7
mm de dimetro.
Figura: Isquemia e inciso lbulo de orelha
Os dois esfregaos sero colocados um ao lado do outro com 1 cm de distncia.
Obedecer a sequencia da coleta
Lbulo de orelha direita 1 Lmina
Lbulo da orelha esquerda
Cotovelo direito 1 Lmina
Joelho esquerdo
As lminas ainda no coradas devero ser encaminhadas ao laboratrio o mais prev
possvel, acondicionadas em portas-lmina, individualmente para cada paciente.
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5.5 Hemocultura
Material
Luva de procedimento
Swab de lcool isoproplico 70%
Clorexidina alcolica 0,5%
Algodo e gaze estril
Escalpe
Seringa
Frasco de hemocultura
Torniquete
Figura: Frascos de coleta de hemocultura
Procedimento
Higienizar as mos.
Realizar antissepsia da tampa de borracha da garrafa com lcool isoproplico 70%,
deixando o algodo at o momento do uso.
Realizar a antissepsia do local da puno com gaze estril e clorexidina alcolica 0,5%
em movimentos circulares (caracol), iniciando no ponto de insero da agulha e
ampliando em movimentos circulares para as bordas, at atingir aproximadamente 2
cm acima e 2cm abaixo do local da insero.
Deixar a regio secar por aproximadamente 30 segundos.
Garrotear o brao do paciente.
Proceder coleta utilizando o sistema aberto. (Coletar com escalpe e seringa)
Puncionar a veia com o escalpe (no esquecer que no podemos mais tocar no brao).
Aspirar o volume necessrio para cada meio.
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Remover a agulha do paciente e utilizar a mesma agulha da puno para injetar o
sangue no frasco, onde o sangue ser aspirado por vcuo.
Remover a agulha do frasco, ativar a trava de segurana do escalpe, descartar no
perfuro cortante.
Homogeneizar o frasco com movimentos circulares.
Orientar o paciente quanto aos cuidados ps-coleta.
Anotar no termo de consentimento o acesso que foi utilizado para coleta:
Ex: Perifrico Arterial Cateter
Coletar o volume especificado pelo fabricante:
Quando solicitado mais que uma amostra, seguir a sequncia das etiquetas e coletar
com intervalo de no mnimo 15 minutos, anotando no termo de consentimento.
Cada coleta dever ser realizada em stios diferentes e anotar no termo de
consentimento.
A coleta de hemocultura dever ser realizada, quando possvel, antes de iniciar o
tratamento com antibitico.
Quando o mdico no especifica coleta em pico febril, a coleta pode ser realizada a
qualquer hora do dia.
Anotar no termo de consentimento a temperatura do paciente (se apresentar pico
febril).
Quando o paciente apresentar mais coletas alm da hemocultura, remover a seringa e
acoplar uma nova agulha e introduzir no frasco do meio, e continuar a coleta dos
demais tubos seguindo a sequncia de coleta dos tubos.
Identificao dos frascos e pedido mdico
Nome do paciente;
Hora e local da coleta (cateter, perifrico, MSD, MIE)
Anotar uso de Antibioticos;
Etiqueta cdigo de barras.
Transporte
Nunca refrigerar o frasco;
Manter o frasco em temperatura ambiente (21 a 24 + 1).
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Cuidados Gerais
Coletar o volume especificado pelo fabricante.
Identificar os frascos.
Quando ocorrer a coleta de outros exames alm da hemocultura na mesma puno,
colocar primeiro o sangue no frasco de hemocultura e em seguida distribuir nos demais
tubos. No utilizar heparina na seringa.
5.6 Bacterioscpio
Procedimento
Identificar lpis a borda da lmina o n do R.A e Iniciais de paciente e local da coleta;
Identificar o recipiente de transporte com a etiqueta cdigo de barras;
Anotar manualmente na etiqueta o local/regio a ser coletado;
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Colher amostras;
Rolar o swab sobre a Lmina
Movimento uni-direcional;
Acondicionar no porta Lmina.
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 Lminas.
Problemas encontrados
Falta de identificao da lmina (parte fosca) a lpis sem especificar a regio coletada
no caso de mltiplas coletas;
Realizando o esfregao do lado oposto ao lado da borda fosca;
Coletar material insuficiente para anlises.
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5.7 Culturas de Secreo
STUART + LMINA
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: Stuart + Lmina
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Higienizar a regio a ser coletado com gaze e soro fisiolgico para retirar a secreo em
excesso;
Abrir o invlucro do meio de transporte (Stuart) e retirar o swab;
Coletar a secreo do local solicitado. Realizar a coleta na leso;
Aps a coleta da secreo, inserir o swab dentro do tubo de transporte;
Utilizar outro swab para a confeco da Lmina;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
Secreo: Feridas, Abscessos e Exsudatos.
O termo secreo de ferida no apropriado como informao da origem do material
coletado. O stio anatmico especfico, bem como as informaes adicionais (material de ferida
superficial ou profunda), extremamente valioso para o laboratrio, auxiliando na
interpretao dos resultados.
Coleta
Fazer a higienizao com soro fisiolgico;
Proceder limpeza com soluo fisiolgica;
Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida, utilizando-se,
de preferncia, aspirado com seringa e agulha. Quando a puno com agulha no for
possvel, aspirar o material somente com seringa tipo insulina;
Swabs (menos recomendados) sero utilizados quando os procedimentos acima citados
no forem possveis. A escarificao das bordas aps antissepsia pode produzir material
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seroso que adequado para
Cultura de Secreo de Orofaringe
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 Stuart de cada local + 1Lmina de cada local
Para este procedimento o paciente no deve ingerir nenhum alimento lquido ou
solido e no realizar higiene bucal antes da coleta
Lavar as mos e calar luvas de procedimento;
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Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 Stuart de cada local + 1Lmina de
cada local. ex: Olho esquerdo e Olha Direito.
Com o abaixador de lngua, expor a faringe posterior procurando visualizar e coletar o
material das reas com hiperemia, prximas aos pontos de supurao ou remover o
pus ou a placa, colhendo o material abaixo da mucosa;
Para diminuir o reflexo de vmito, pedir ao cliente para fazer um AAA prolongado
para ocasionar a elevao da vula.
Coletar a amostra fazendo esfregao sobre as amgdalas e faringe posterior, evitando
tocar na lngua e na mucosa bucal para no contaminar;
Colher um swab e introduzi-lo no meio de transporte Stuart;
Colher um segundo swab e realizar um esfregao na lmina para bacterioscopia
(Gram);
Retirar as luvas de procedimento;
Lavar as mos e enviar imediatamente a triagem
Observao: A contaminao com saliva, que contm uma flora bacteriana variada, pode
dificultar o isolamento do verdadeiro agente infeccioso. As amostras devem ser cultivadas para
a recuperao do streptococcus pyogenes.
Cultura de Secreo Ocular
As culturas devero ser coletadas antes da aplicao de antibiticos, solues, colrios ou
outros medicamentos.
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Lavar as mos e calar as luvas de procedimentos;
Retirar o excesso de secreo com gaze e soluo fisiolgica estril;
Com o Swab raspar de dentro para fora a conjuntiva inferior (fundo de saco);
Aps a coleta da secreo, inserir o swab dentro do tubo de transporte Stuart;
Utilizar outro swab para a confeco da Lmina;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
Cultura de Secreo Auricular
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 Stuart de cada local + 1Lmina de cada local
Amostra de otite interna deve ser colhida pelo mdico
Conduto auditivo externo (at a membrana timpnica)
Lavar as mos e calar luvas de procedimento;
Remover secreo superficial com um swab umedecido em soluo fisiolgica estril;
Obter material com outro Swab fazendo rotao no canal e em seguida inserir no meio
de transporte Stuart;
Procurar no aprofundar (mximo 1 cm) o swab para no correr o risco de alcanar e
perfurar o tmpano;
Aps coleta, inserir o swab dentro do tubo de transporte Stuart;
Utilizar outro swab para a confeco da lmina;
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Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
Cultura de Secreo nasal
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 Stuart de cada local + 1Lmina
Lavar as mos e calar luvas de procedimento;
Introduzir o swab totalmente na narina com cuidado para no machucar;
Obter material com outro Swab fazendo rotao no canal e em seguida inserir no meio
de transporte Stuart;
Um Stuart para cada narina. (D e E)
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Cultura de Secreo Uretral
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 Stuart de cada local + 1Lmina de
cada local
O sucesso da cultura de Neisseria gonorrhoeae depende da rapidez na entrega da
amostra ao laboratrio.
Neisseria Gonorrhoeae uma bactria muito sensvel e pode morrer rapidamente se
no for semeada imediatamente aps coleta.
Colher preferencialmente pela manh antes de urinar ou estar h pelo menos 2
horas sem urinar.
Lavar as mos e calar luvas de procedimento
Desprezar as primeiras gotas de secreo, limpando com uma gaze estril;
Colher o material com cuidado para no machucar o paciente;
Coletar a secreo purulenta com o swab fino e estril inserindo 1 a 2 centmetros na
uretra, de preferncia pela manh.
Colher o material com o swab e emergir no gel de transporte ( Stuart)
Com outro swab coletar a secreo e confeccionar uma lminas e , posteriormente,
Retirar as luvas de procedimento de lavar as mos.
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Caso o cliente no apresente secreo no momento da coleta, questionar se o mesmo
apresenta secreo em alguns horrios do dia (ex: Apenas pela manh). Caso ele refira
presena, orientar a retornar no horrio de preferncia pela manh, se possvel antes da
primeira urina dia.
Cultura de Secreo Vaginal.
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: LMINA + STUART ( Colher Salina
apenas quando o mdico solicitar Trichomonas Vaginalis.
Para este procedimento a paciente deve:
Trs dias em abstinncia sexual, sem uso de cremes ou pomadas vaginais;
Tomar banho, mas no deve fazer ducha interna vaginal;
No estar menstruada.
Procedimento:
Lavar as mos e calar luvas de procedimento;
Colocar a cliente na posio ginecolgica;
Colher o material com swab e emergir no gel transporte ( Stuart)
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Com outro Swab coletar a secreo do fundo das paredes vaginais e confeccionar as
duas lminas e, posteriormente, colher a secreo com outro swab e introduzir em tubo
contendo salina estril;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos;
Secreo Vaginal em crianas.
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: LMINA + STUART ( Colher Salina
apenas quando o mdico solicitar Trichomonas Vaginalis.
Lavar as mos calar as luvas de procedimento;
Se necessrio, pedir a me ou responsvel que ajude a segurar a criana, flexionando
as pernas para expor a regio genital;
Separar os grandes lbios e coletar com o swab de haste plstica a secreo visvel do
introito vaginal ( introduzir somente a ponto do Swab);
Colher o material com swab e emergir no gel de transporte ( Stuart)
Com outro swab coletar a secreo do fundo das paredes vaginais e confeccionar as
duas lminas e, posteriormente, colher a secreo com outro swab e introduzir em tubo
contendo salina estril;
Retirar as luvas de procedimento e lavar as mos.
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Cultura para estreptococos Beta- hemoltico do Grupo B
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 STUART para cada regio
No ter evacuado (no caso de secreo anal);
No ter feito higiene ntima, no estar usando creme ou vulos vaginais (no caso de
secreo vaginal);
Se em uso de antibiticos via oral, informar qual a medicao;
Coletar preferencialmente entre a 35 e 37 semana de gestao.
Local para coleta:
Secreo vaginal em swab com meio de transporte Stuart;
Regio Perianal em swab com meio de transporte Stuart.
Procedimento de Coleta:
Lavar as mos e calar luvas de procedimento;
Colocar a cliente na posio ginecolgica;
Swab vaginal: Neste exame, para a coleta amostra vaginal, no deve ser utilizado
espculo. A amostra colhida do introito vaginal, introduzindo o swab por cerca de 2
cm , fazendo movimentos giratrios por toda a circunferncia da parede vaginal. No
recomendada a coleta de endocervix e fundo de saco.
Swab retal: Introduzir outro swab no reto, por cerca de 1 cm e fazer movimentos
giratrios por toda a circunferncia da parede do reto.
Colher um Stuart
para cada regio,
no necessrio
Lmina.
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5.8 Citologia Onctica (Papanicolau)
Material:
Espculo
Porta Lmina
Escova cervical
Esptula de Ayres
Fixador Celular
Procedimento
Chamar a Cliente pelo nome completo apresentar-se;
Orientar sobre o procedimento a ser realizado;
Questionar cliente se a mesma virgem, no introduzir se a resposta for positiva;
Nota: Caso a cliente confirme que no mais virgem, proceder coleta.
Solicitar que a cliente retire a parte de baixo da roupa;
Solicitar que a cliente suba na maca;
Posicionar em posio ginecolgica;
Anotar na parte fosca da lmina o N requisio e nome completo da
cliente;
Lavar as mos calar as luvas de procedimento;
Introduzir o espculo e visualizar o colo;
Retirar o excesso de secreo com gazes envolta da esptula de Ayres
caso seja necessrio;
Em uma lamina realizar o raspado das paredes vaginais com a parte
arredondada da esptula de Ayres e passar na lmina no sentindo vertical
nico no tero lateral esquerdo prximo a borda fosca;
Em seguida realizar o raspado da regio do colo do tero e orifcio ectocervice
com a esptula de Ayres e passar na lamina no sentido vertical nico no tero mdio;
Por ultimo realizar a coleta da regio endocervical com a escova
ginecolgica introduzindo a parte das cerdas no orifcio, girando 360.
Passar na lmina rodando a escova no tera da lateral direito
Retirar as luvas de procedimento;
Lavar as mos.
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5.9 Cultura de swab Anu- Retal
Lavar as mos e calar luvas de procedimento;
Colocar a cliente na posio decbito lateral;
Se necessrio, umedecer o swab em salina estril ( no usar gel lubrificante) e inserir
cerca de 1 cm no esfncter retal, fazendo movimentos rotatrios;
Ao retirar, certifique-se que existe colorao fecal no algodo;
Colocar a amostra em meio de transporte ( Stuart) e enviar ao laboratrio.
Figura: Ilustrao do material a ser colhido: 1 STUART
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5.10 Citologia Nasal
Material
Luvas de procedimento,
Lmina,
Swab,
Procedimento
Lavar as mos,
Calar as luvas de procedimento,
Colher amostras das duas narinas,
Introduzir o swab totalmente na narina com cuidado para no machucar o cliente,
Confeccionar a lmina,
Com swabs diferentes coletar narina D (direita) e E (esquerda) e semear em lminas
separadas,
Identificar como D e E + iniciais do cliente e RA,
Retirar as luvas de procedimento,
Lavar as mos,
Figura: Coleta de Citologia Nasal.
No preciso fixar com fixador, apenas secar em temperatura ambiente.
Acondicionar em ambiente apropriado para transporte de lminas e identificar (o
recipiente) com a etiqueta cdigo de barras.
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5.11 Pesquisa de Oxiros (enterobius vermicularis)
Preparo do paciente
No tomar banho ou usar medicamentos perianais por no mnimo 12 horas antes da
coleta. A coleta deve realizar-se preferencialmente pela manh.
Procedimento
Utilizar o fundo de um tubo;
Utilizar fita adesiva transparente;
Colocar a fita adesiva transparente fixada na parte externa do fundo de um tubo, com a
parte colante voltada para fora;
Pressionar com o fundo do tubo mais a fita adesiva, a regio anal externa do paciente (
de modo que o verme e/ou os ovos fiquem presos fita);
No necessrio introduzir o tubo na regio retal, apenas na parte externa do anus;
Colar a fita adesiva horizontalmente em uma lmina ( como mostra a figura)
Identificar a Lmina.
Figura: Pesquisa de Oxiros
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5.12 Cultura de secreo de vias respiratrias
Secreo Traqueal
A coleta deste material realizada em pacientes entubados, atravs de sonda de
aspirao. Esta coleta realizada somente por profissionais da fisioterapia, enfermeiros ou
mdicos do hospital.
Como procedimento para diagnostico etiolgico de pneumonias hospitalares, recomenda-
se metodologia quantitativa e valorizao dos pontos de corte.
Aspirado Transtraqueal (ATT)
Procedimento realizado por equipe mdica especializada. O material obtido
diretamente por material transtraqueal, evitando-se contaminao com o trato respiratrio
alto.
Lavado Bronco Alveolar (BAL)
Pesquisa das pneumonias associadas ventilao mecnica. Mtodo mais fidedigno
para investigao microbiolgica do trato respiratrio inferior.
O tempo de transporte da amostra deve ser de 30 minutos, sendo o mximo aceitvel
de 2 horas. O material dever ser obtido antes das bipsias de escovados para se evitar
excesso de sangue. Este procedimento deve ser realizado por equipe mdica especializada.
Colher as alquotas em recipientes distintos:
Desprezar a primeira alquota;
Colher as outras amostras em um nico frasco estril;
A cultura de lavado, aspirado ou escovado bronco- Alveolar, dever sempre ser
quantitativa.
5.13 Cultura de ponta de cateter
Cateteres intravenosos so importantes fontes de bacteremia e fungemia, bem como
causadores de complicaes infecciosas no local da insero. A ponta do cateter deve ser
cultivada, quando existe suspeita de colonizao no cateter.
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Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
5.14 Micolgico
Procedimento em Leses de Pele
Lavar as mos e calar as luvas de procedimento;
Observar o local da leso a ser escarificado;
Se no houver nenhuma indicao de uma leso especifica, coletar material de mais de
uma leso escolhendo aquelas mais evidenciadas;
Abrir o envelope de papel preto e posicion-lo abaixo da leso;
Coletar o material atravs de descamao do local com o auxilio da lmina de vidro;
Coletar preferencialmente da borda da leso;
Desprezar as primeiras escamas;
Recolher o mximo possvel de material no centro do envelope de papel;
Aps coleta, fechar cuidadosamente o envelope de papel respeitando as dobras j
existentes;
Vedar o envelope de papel com a prpria etiqueta de cdigo de barras;
Retirar as luvas e lavar as mos.
No caso de coleta de bolhas, s devemos coletar do teto da bolha, para isto, a mesma
no pode estar integra.
Procedimento em Unha
Figura: Coleta de micolgico da unha.
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Segurar firmemente o dedo para evitar acidente;
Abrir o papel e posicion-lo abaixo do dedo para receber o material coletado;
Fazer a limpeza da unha com lcool 70%, para remover contaminantes bacterianos;
Os locais de invaso e localizao da infeco mictica apresentam variaes de acordo
com trs formas clnicas possveis;
Infeco Sub-Ungueal (mais comum): Coletar amostras do leito ungueal por baixo da
unha e da face inferior da unha, o mais prximo possvel da cutila, com o auxilio da lmina de
vidro ou lanceta. Se no for possvel a separao da unha de seu leito (debridamento) coletar
amostra do leito ungueal alcanvel. Desprezar as primeiras escamas, recolhendo o mximo
possvel do material no centro do papel.
Onicomicose branca superficial: Escarificar a superfcie da unha, desprezar as primeiras
escamas, recolhendo o mximo possvel do material no centro do papel.
Onicomicose por Cndida: na qual a infeco atinge a pele ao redor da unha, a amostra
deve ser coletada dos limites proximal e laterais da unha. Se a unha se apresentar tambm
alterada, deve-se raspar o leito e face inferior da unha. Desprezar as primeiras escamas,
recolhendo o mximo possvel do material no centro do papel, aps a coleta, fechar
cuidadosamente o papel respeitando as dobras j existentes, vedar o papel com a prpria
etiqueta de cdigo de barras.
Observaes:
Para coleta necessrio que o cliente esteja h pelo menos 5 dias sem fazer uso de
esmalte ou acetona;
Unhas muito compridas, que dificultem o alcance da regio mais afetada, devem ser
cortadas previamente;
Quando o paciente estiver fazendo uso de substncias como iodo, violeta interfere no
exame;
Observar atentamente a solicitao mdica. Por exemplo: micolgico de unh