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EM 1ª série | Volume 1 | Sociologia Manual do Professor Autor: Júlio Cesar Rodrigues.

Manual do Professor - anglouba.com.br · Sociologia Man 3 Apresentação Caro professor, Ao oferecer-lhe um livro com uma proposta de trabalho sobre Sociologia, não podemos deixar

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EM 1ª série | Volume 1 | Sociologia

Manual do Professor

Autor: Júlio Cesar Rodrigues.

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2 Coleção EM1Coleção EM1

C689 Coleção Ensino Médio 1ª série: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018. 48 p.: il.

Ensino para ingresso ao Nível Superior. Grupo Bernoulli.

1. Sociologia I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1

CDU - 37CDD - 370

Centro de Distribuição:

Rua José Maria de Lacerda, 1 900 Cidade Industrial Galpão 01 - Armazém 05 Contagem - MGCEP: 32.210-120

Endereço para correspondência:

Rua Diorita, 43, PradoBelo Horizonte - MGCEP: 30.411-084www.bernoulli.com.br/sistema 31.3029.4949

Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões estéticas ou para melhor visualização.

Coleção Ensino Médio 1ª série - Volume 1 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

SAC: [email protected]

AutorSociologia: Júlio Cesar Rodrigues

ADminiStrAtivoGerente Administrativo: Vítor LealCoordenadora técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara Coordenadora de Projetos: Juliene SouzaAnalistas técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena KnuppAssistentes técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza,

Priscila Cabral, Raphaella HamziAuxiliares de Escritório: Ana da Silva, Sandra Maria MoreiraEncarregado de Serviços Gerais e manutenção: Rogério Brito

ComErCiAlGerente Comercial: Carlos Augusto AbreuCoordenador Comercial: Rafael CurySupervisora Administrativo-Comercial: Mariana GonçalvesConsultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo,

Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Luiz Felipe Godoy, Ricardo Ricato, Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone Costa

Analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela RibeiroAssistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci

oPErAçõESGerente de operações: Bárbara AndradeCoordenadora de operações: Karine ArcanjoSupervisora de Atendimento: Vanessa VianaAnalista de Controle e Planejamento: Vinícius AmaralAnalistas de operações: Adriana Martins, Ludymilla BarrosoAssistentes de operações: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana Maciel, Ariane Simim,

Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Luiza Ribeiro, Mariana Girardi, Renata Magalhães, Viviane Rosa

Coordenadora de Expedição: Janaína CostaSupervisor de Expedição: Bruno Oliveiralíder de Expedição: Ângelo Everton PereiraAnalista de Expedição: Luís XavierAnalista de Estoque: Felipe LagesAssistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos,

Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz QueirogaAuxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel PenaSeparador: Vander Soares

SuPortE PEDAGóGiCoGerente de Suporte Pedagógico: Renata GazzinelliAssessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila BoyGestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette FreitasConsultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino,

Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux, Heloísa Baldo, Leonardo Ferreira, Paulo Rogedo, Soraya Oliveira

Analista de Conteúdo Pedagógico: Paula VilelaAnalista de Suporte Pedagógico: Caio PontesAnalista técnico-Pedagógica: Graziene de AraújoAssistente técnico-Pedagógica: Werlayne BastosAssistentes técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

tECnoloGiA EDuCACionAlGerente de tecnologia Educacional: Alex Rosalíder de Desenvolvimento de novas tecnologias: Carlos Augusto PinheiroCoordenadora Pedagógica de tecnologia Educacional: Luiza WinterCoordenador de tecnologia Educacional: Eric LongoCoordenadora de Atendimento de tecnologia Educacional: Rebeca MayrinkAnalista de Suporte de tecnologia Educacional: Alexandre PaivaAssistentes de tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara MonteiroDesigner de interação: Marcelo CostaDesigners instrucionais: David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Ludilan Marzano,

Mariana Oliveira, Marianna DrumondDesigner de vídeo: Thais MeloEditora Audiovisual: Marina Ansalonirevisor: Josélio VerteloDiagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

ProDuçãoGerente de Produção: Luciene FernandesAnalista de Processos Editoriais: Letícia OliveiraAssistente de Produção Editorial: Thais Melgaço

núcleo PedagógicoGestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar TorresCoordenadora Geral de Produção: Juliana RibasCoordenadoras de Produção Pedagógica: Drielen dos Santos, Isabela Lélis, Lílian Sabino,

Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro, Vanessa Santos, Wanelza Teixeira

Analistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes, Deborah Carvalho, Joana Leite, Joyce Martins, Juliana Fonseca, Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad, Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir Avelar

Assistente de tecnologia Educacional: Numiá GomesAssistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza

Produção EditorialGestora de Produção Editorial: Thalita NigriCoordenadores de núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela DutraCoordenadora de iconografia: Viviane FonsecaPesquisadores iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva,

Guilherme Rodrigues, Núbia Santiagorevisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima,

Tathiana OliveiraArte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia SilvaDiagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim,

Naianne Rabelo, Webster Pereirailustradores: Rodrigo Almeida, Rubens Lima

Produção GráficaGestor de Produção Gráfica: Wellington SeabraAnalista de Produção Gráfica: Marcelo CorreaAssistente de Produção Gráfica: Patrícia ÁureaAnalistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorimrevisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho

Coordenador do PSm: Wilson BittencourtAnalistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas RoqueArte-Finalista: Larissa AssisDiagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes,

Wallace Weberilustradores: Carina Queiroga, Hector Ivo Oliveirarevisores: João Miranda, Luísa Guerra, Marina Oliveira

ConSElho DirEtorDiretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes DomingosDiretor de Ensino: Rommel Fernandes DomingosDiretor Pedagógico: Paulo RibeiroDiretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi

DirEçãoDiretor Executivo: Tiago Bossi

Expediente

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Manual do Professor

3Bernoulli Sistema de Ensino

ApresentaçãoCaro professor,Ao oferecer-lhe um livro com uma proposta de trabalho sobre Sociologia, não podemos deixar de falar do

que significa a sua reintrodução no currículo do Ensino Médio. Para nós, professores da disciplina, esse retorno deve ser visto como o reconhecimento de uma democratização no acesso ao conhecimento dessa ciência social, que possibilita a quem se dedica a estudá-la a compreensão de aspectos sociais contemporâneos que têm suas raízes em fatos sociais passados.

Não é nossa intenção, no Ensino Médio, formar sociólogos, mas possibilitar a nossos alunos o conhecimento das teorias que fundamentaram a Sociologia como ciência, o que lhes dará o discernimento necessário para viverem em sociedade e lhes possibilitará, por meio do exercício da cidadania, alterar a realidade na qual estão inseridos.

Compartilhamos do que propõem os Parâmetros Curriculares Nacionais, no capítulo destinado à Sociologia, principalmente no que se refere a seu objetivo maior, que é o de dar condições ao aluno de se ver além de um indivíduo, de se descobrir cidadão ativo na sociedade.

Esperamos que, com as atividades propostas no livro, principalmente as que constam nas seções “Para refletir” e “Tá na mídia”, você, professor, possa estabelecer um diálogo com outras disciplinas e realizar atividades compartilhadas.

Selecionamos, cuidadosamente, questões dos principais vestibulares do país para que o aluno, como detentor de conhecimentos sistematizados, possa se familiarizar com o que se espera que ele demonstre saber.

Esperamos que este material lhe sirva de ponto de partida, mas não pretendemos que ele seja o único eixo orientador na sala de aula. Sua criatividade, senso crítico e grau de exigência contribuirão, naturalmente, para fazer deste livro uma obra em construção.

Bom trabalho!O autor

Novidades 2018O Bernoulli Sistema de Ensino tem sua atividade pautada na busca constante da excelência. Por isso,

trabalhamos sempre atentos à evolução do mercado e com empenho para oferecer as melhores soluções educacionais aos nossos parceiros. Em 2017, iniciamos o nosso atendimento ao segmento da Educação Infantil com o material didático para 4 e 5 anos, que já é sucesso nas escolas, trazendo ainda mais inovação e qualidade para as práticas escolares. Em 2018, é hora de estendermos nossa atuação às outras crianças desse segmento: as de 2 e 3 anos, que poderão vivenciar práticas lúdicas e pedagogicamente ricas.

Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a novidade é a parceria firmada para oferta de uma coleção de livros literários totalmente alinhada aos temas trabalhados nos livros do 1º ao 5º ano. As obras são voltadas para o desenvolvimento de temas transversais, como respeito a diferenças, sustentabilidade, cidadania e manifestações culturais. Além disso, atendendo aos pedidos de nossos parceiros, passamos a oferecer o livro de Língua Inglesa para o 1º ano, que foi construído com o mesmo rigor de qualidade e com mais ludicidade ainda, em consonância com a proposta pedagógica da Educação Infantil e com a dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, a grande novidade fica a cargo da Coleção de Arte para o 6º até o 9º ano, que apresenta uma abordagem integrada das quatro linguagens artísticas (artes visuais, música, teatro e dança), de forma a desenvolver a sensibilidade, criticidade, criatividade, bem como a fruição estética, entrelaçando a esses aspectos práticas de criação e produção artísticas, incitando nos alunos e nos professores um olhar reflexivo e curioso. Contamos também com um novo livro de Biologia para atender às escolas que trabalham separadamente esse componente curricular no 9º ano do Ensino Fundamental, uma solução totalmente integrada às temáticas e ao projeto editorial da Coleção Ensino Fundamental Anos Finais. Temas como a Bioquímica, a Biotecnologia, a Ecologia, a Evolução são destaques no conteúdo programático dessa obra, que tem como objetivo a retomada de assuntos trabalhados ao longo do Ensino Fundamental e a introdução de tópicos relevantes para a preparação dos alunos que em breve ingressarão no Ensino Médio.

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4 Coleção EM1

No Ensino Médio, as novidades estão no campo da tecnologia, com a disponibilização do Meu Bernoulli também para a 1ª e a 2ª série. Além disso, será disponibilizado um novo formato de e-book, mais leve, com novas funcionalidades e recursos de acessibilidade. Quem já conhece sabe que o Meu Bernoulli é uma plataforma digital de aprendizagem inovadora capaz de trazer grandes benefícios para a comunidade escolar. Além de todas as funcionalidades que o Meu Bernoulli já apresenta, os parceiros que adquirirem os Simulados Enem terão, a partir deste ano, acesso a todas as provas comentadas.

A inovação também está presente no Bernoulli TV! A partir de agora, os vídeos estarão disponíveis no app e em maior variedade, de modo a apresentar a resolução de questões para novas disciplinas das Coleções 6V, 4V e 2V, Ensino Médio (1ª e 2ª séries) e também para a Coleção do 9º ano do Ensino Fundamental. Além disso, estarão disponíveis a resolução de todos os Simulados Enem e Ensino Médio (1ª e 2ª séries) logo após a aplicação das provas e os áudios para as disciplinas de Língua Inglesa e Língua Espanhola.

E ainda tem mais: alinhado com um mundo cada vez mais digital, o Bernoulli Sistema de Ensino passa a integrar os seus objetos de aprendizagem (games, animações, simuladores e vídeos) às Coleções, de modo que eles possam ser acessados através de QR codes e códigos impressos nos materiais físicos. Com isso, o conteúdo estará sempre à mão, podendo ser acessado por meio de smartphones e tablets, onde o aluno estiver, tornando a aprendizagem ainda mais interativa e instigante!

Como você poderá comprovar, o Bernoulli Sistema de Ensino não para! Estamos sempre à frente a fim de trazer o que há de melhor para que sua escola continue sempre conosco.

Fundamentação teóricaAssim, pela via do conhecimento sociológico sistematizado, o educando poderá construir uma postura mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo moderno. Ao compreender melhor a dinâmica da sociedade em que vive, poderá perceber-se como elemento ativo dotado de força política e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar, através do exercício pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de sociedade mais justo e solidário.

(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS)

A reintrodução do estudo de Sociologia no currículo do ensino básico tem suscitado polêmicas que envolvem questões do tipo: Qual a importância do ensino de Sociologia na formação integral dos alunos? Que conteúdos e metodologias são próprios dessa área de conhecimento?

Questionar o lugar desse componente curricular no Ensino Médio é questionar o lugar de outras ciências humanas que já têm sua importância reconhecida para a formação integral do aluno.

A nossa coleção foi norteada tanto por matrizes teóricas, sob uma perspectiva histórico-científica, quanto por uma perspectiva temática, sempre em diálogo com as teorias clássicas da Sociologia.

Com esse diálogo entre teorias e contextualizações temáticas e com o conhecimento da diversidade teórica possibilitamos que o aluno forme sua opinião crítica sobre a sociedade, com base em escolhas conscientes. Isso evita a doutrinação ideológica e garante o ensino com foco no científico. Para esse tipo de abordagem, é necessário que o professor tenha clareza das teorias sociológicas, dos conceitos veiculados e do seu papel como mediador na relação com o aluno, quando o interesse maior é que a ele seja garantido o espaço de decisão.

Significar e / ou ressignificar a escola e práticas pedagógicas a partir desse referencial pressupõe considerar• osenvolvidosnoprocessoeducativocomosujeitosnaconstrução/reconstruçãodoconhecimento;• a formação para o pleno exercício da cidadania pormeio da formação do cidadão consciente,

participativo,críticoeconstrutivo;• otrabalhocomoumprocessohumanizadordasrelaçõessociais,negandoacoisificaçãodohomem;• a globalização cultural como um referencial de organização do trabalho escolar, as identidades

culturais como um recurso de organização do trabalho escolar, cuja elucidação permite transformar a compreensão da “diversidade cultural como problema” na compreensão da “diversidade cultural como recurso”, nas relações entre professor / aluno e alunos /alunos.

Considerando que alguns assuntos discutidos têm relação estreita com conteúdos histórico-filosóficos, propomos em alguns capítulos uma abordagem interdisciplinar, para que o aluno estabeleça relações entre esses conhecimentos. Afinal, se pensamos na formação integral do aluno, é de se esperar que lhe seja possível inter--relacionar os conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas para se tornar um agente social transformador.

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5Bernoulli Sistema de Ensino

Estrutura do livroCada capítulo é permeado por seções que visam fornecer outras abordagens sobre o assunto / conteúdo.

A seguir, são apresentadas as seções que compõem o capítulo para que você, professor, entenda de que forma pode trabalhá-las para obter o melhor rendimento em sala de aula e também como pode orientar os alunos para o estudo autônomo.

1) Texto introdutório

O texto introdutório tem uma temática que estimula os alunos a se envolverem com a situação-problema que serve como ponto de partida para o conteúdo. No momento de sua leitura, aproveite para ativar o conhecimento prévio dos alunos acerca do assunto, o que pode ocorrer em uma pequena discussão, com uma troca de ideias entre todos, inclusive você, professor.

Esse texto pode ser lido coletivamente, em sala, no dia do início do trabalho com o capítulo, ou pode-se solicitar aos alunos que o leiam previamente em casa para que possam trazer para a sala de aula informações sobre o assunto pesquisadas em outras fontes.

2) Exercícios de aprendizagem

Esses exercícios foram distribuídos ao longo do capítulo para que você, professor, possa fazer a fixação do conteúdo por item. Devem ser resolvidos em sala de aula, pois dessa forma você poderá verificar o grau de assimilação do conteúdo trabalhado, podendo retomá-lo, caso seja necessário, a fim de obter um bom resultado. Desse modo, você evita a surpresa de só descobrir as lacunas de aprendizagem no final do capítulo, quando vários itens de naturezas diferentes e também com graus de dificuldade diferentes já tiverem sido abordados.

3) Exercícios propostos

Essa seção, que reúne um grande número de exercícios de múltipla escolha e questões discursivas, foi planejada para que o aluno trabalhe de forma autônoma, resgatando todo o conteúdo estudado ao longo do capítulo. Incentive os alunos a fazerem os exercícios em casa e trazerem para a sala de aula as dúvidas surgidas durante a resolução.

4) Cotidiano

Essa seção procura levar o aluno a perceber a relação existente entre o conteúdo estudado e o cotidiano no qual ele está inserido ou ainda a relação que tal conteúdo guarda com a realidade. É importante que você, professor, encontre um momento para apresentar essa seção aos alunos, instigando-os a falar sobre outras situações vivenciadas que sirvam de exemplo a ser compartilhado em sala de aula.

5) Para refletir

Essa seção oferece uma oportunidade para promover um momento de reflexão e um espaço para exposição de pontos de vista sobre determinado questionamento. Pode-se, em algumas ocasiões, propor a formação de duplas ou grupos para que os alunos troquem opiniões entre si. Assim, você pode variar as formas de se trabalhar a seção, numa atividade individual, em duplas, em grupos ou, coletivamente, envolvendo a turma e você, professor.

6) Leitura complementar

Os capítulos oferecem leituras complementares ao conteúdo, que podem despertar a curiosidade do aluno para pesquisar em outras fontes. Cabe a você, professor, promover um espaço de leitura em sala de aula ou convidar o aluno a realizar essas leituras em casa. É fundamental chamar a atenção do aluno para esses textos, pois, além de conscientizá-lo de que a leitura, de forma geral, é uma fonte inesgotável de informação, é bom que ele saiba que a familiaridade com textos como os disponibilizados pode ser de grande valia em processos seletivos e avaliações.

7) Seção Enem

As questões que compõem a seção são criteriosamente selecionadas das provas do Enem ou dos Simulados elaborados pelo Bernoulli Sistema de Ensino. Explique para os alunos as habilidades cobradas em cada uma das questões. Isso é importante para que eles se familiarizem com a forma como os conteúdos são avaliados no exame nacional.

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8) Tá na mídia

Essa seção oferece sugestões de filmes, livros, sites, músicas, entre outras mídias que abordem o tema de forma diferente daquela tratada no material didático, mas com uma relação estreita com ele. Incentive o aluno a ler as sinopses a fim de entender o porquê da sugestão. Aproveite as sugestões da seção para planejar atividades em sala de aula, como uma “sessão de cinema” com o filme indicado ou a audição de uma música.

9) QR Code – Como acessar

O QR Code é um código de acesso aos objetos de aprendizagem do Bernoulli Digital. Para baixar o conteúdo, é necessário que você tenha disponível no seu dispositivo um leitor de QR Codes, que você pode encontrar nas stores (Google Play e App Store). Baixe o app, escaneie o código com a câmera e tenha acesso ao nosso conteúdo.

Matriz de referência EnemCiências Humanas e suas TecnologiasEixos cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento)

I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática,artísticaecientíficaedaslínguasespanholaeinglesa.

II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para acompreensãodefenômenosnaturais,deprocessoshistórico-geográficos,daproduçãotecnológicae das manifestações artísticas.

III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.

V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Habilidades e competências

Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

H1 – Interpretar historicamente e / ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.

H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.

H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.

H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.

H7 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.

H8 – Analisar a ação dos Estados Nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e ao enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.

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7Bernoulli Sistema de Ensino

H9 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.

H12 – Analisar o papel da Justiça como instituição na organização das sociedades.

H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.

H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

Competência de área 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e / ou da vida social.

H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.

H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.

H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.

H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.

H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.

H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de área 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.

H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e / ou geográficos.

H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico--geográficos.

H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

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8 Coleção EM1

Planejamento anual*Disciplina: sociologia

sÉRiE: 1ª

sEGMEnTO: EM

FRENTE CAPÍTulo VolumE TÍTulo

A

1 1 • Introdução à Sociologia – o ser humano em sociedade

2 1 •Trabalho e sociedade

3 2 •ASociologiapré-científica

4 2 •Émile Durkheim e os fatos sociais

5 3 •Max Weber e a ação social

6 3 •Karl Marx e a luta de classes

7 4 •A Sociologia como ciência

8 4 •A Sociologia no Brasil

* Conteúdo programático sujeito a alteração. / O conteúdo completo de Sociologia do EM 1ª e 2ª série está disponível no final do Manual do Professor.

Planejamento do volumeDisciplina: sociologia

sÉRiE: 1ª

sEGMEnTO: EM

vOluME: 1

FRENTE CAPÍTulo TÍTulosugEsTÕEs dE EsTRATÉgIAs

A

1 • Introdução à Sociologia – o ser humano em sociedade

•Aula expositiva

•Aplicação de exercícios

•Resolução de exercícios

•Aula prática

•Debate

•Aula multimídia

•Discussão em grupos

•Filmes

2 •Trabalho e sociedade

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9Bernoulli Sistema de Ensino

Orientações para composição de carga horária

Para otimizar o uso do material, sugerimos uma composição de carga horária em que se deve observar o seguinte:

Considere que o ano letivo tenha, em média, 36 semanas letivas. Como, na Coleção EM1, o conteúdo de cada disciplina é apresentado em 4 volumes, recomendamos dedicar 9 semanas letivas ao estudo de cada volume.

O conteúdo de Sociologia é apresentado em uma frente (A), com 2 capítulos por volume.

Sugerimos, então, a seguinte carga horária semanal por frente:

Frente A: 1 aula por semana.

Carga total semanal da disciplina: 1 aula por semana.

Para calcular o número médio de aulas por capítulo, basta considerar a carga horária de 9 semanas (nesse caso, 9 aulas – 9x1) e dividi-la pelo número de capítulos (nesse caso, 2 capítulos).

Sugestão de distribuição de conteúdoTrimestral

TRImEsTRE CAPÍTulo

1º trimestre

1º mês •A1 – Introdução à Sociologia – o ser humano em sociedade

2º mês •A2 – Trabalho e sociedade

3º mês •A3–ASociologiapré-científica

2º trimestre

1º mês •A4 – Émile Durkheim e os fatos sociais

2º mês •A5 – Max Weber e a ação social

3º mês •A6 – Karl Marx e a luta de classes

3º trimestre

1º mês •A6 – Karl Marx e a luta de classes

2º mês •A7 – A Sociologia como ciência

3º mês •A8 – A Sociologia no Brasil

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10 Coleção EM1

BimestralBimEsTRE CAPÍTulo

1º bimestre

1º mês •A1 – Introdução à Sociologia – o ser humano em sociedade

2º mês •A2 – Trabalho e sociedade

2º bimestre

1º mês •A3 – ASociologiapré-científica

2º mês •A4 – Émile Durkheim e os fatos sociais

3º bimestre

1º mês •A5 – Max Weber e a ação social

2º mês •A6 – Karl Marx e a luta de classes

4º bimestre

1º mês •A7 – A Sociologia como ciência

2º mês •A8 – A Sociologia no Brasil

Orientações e sugestõesCapítulo A1: Introdução à Sociologia – o ser humano em sociedade

O primeiro capítulo é dedicado a introduzir a Sociologia como uma forma de conhecimento específica da realidade social. Para tanto, é necessário distinguir a Sociologia das ciências naturais, bem como do senso comum.

No entanto, o conhecimento sociológico não se sobrepõe ao conhecimento de senso comum como se fosse um conhecimento mais adequado, pelo simples fato de contar com metodologias científicas. O senso comum é, antes de mais nada, a forma de conhecimento que utilizamos para direcionar nossas ações em relação aos outros indivíduos.

É justamente a relação entre os indivíduos e a sociedade que será o tema desse primeiro capítulo. Desse modo, tendo em vista que o objetivo do estudo da Sociologia no Ensino Médio é o de contribuir para que os alunos consigam estabelecer um olhar crítico sobre a realidade e que os cerca, que os primeiros conceitos a serem trabalhados nesse capítulo serão: socialização, instituições sociais, relações sociais e papéis sociais.

É essencial mostrar aos alunos que a Sociologia não é algo distante do cotidiano de cada pessoa, inclusive dos próprios alunos. Cada um é, necessariamente, um “ser social” e, por esse motivo, nesse primeiro capítulo iremos justamente trabalhar os principais aspectos que condicionam a vida em sociedade dos indivíduos nas sociedades modernas.

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11Bernoulli Sistema de Ensino

O filme apresentado no “Tá na mídia” é o consagrado O enigma de Kaspar Hauser, um marco na análise sociológica, partindo da situação de uma pessoa que, a princípio, está fora de todos os princípios sociais. Mesmo sendo um filme de 101 minutos, vale a pena dedicar duas aulas para criar um ponto de reflexão sobre esse processo de inserção do ser humano na vida social. Pode-se, inclusive, utilizar links com outras obras consagradas, tais como Tarzan ou Mogli, as personagens nas quais passam por situações de inserção e de “reconhecimento” social.

Capítulo A2: Trabalho e sociedadeO objetivo desse capítulo é tratar a categoria trabalho e sua importância para a teoria sociológica de modo

sucinto e adequado ao Ensino Médio.

Como se sabe, o trabalho teve um papel fundamental como categoria de pensamento, desde o surgimento da Sociologia, ainda no século XIX. O desenvolvimento da Revolução Industrial transformou o trabalho em mercadoria e peça fundamental do processo de acumulação de capital. Nesse capítulo, partiremos da elaboração teórica de Karl Marx a respeito do trabalho até chegarmos aos processos de reestruturação produtiva, típico do atual estágio em que se encontra o desenvolvimento capitalista.

Ao analisar a relação entre homem e natureza, relação mediada pelo trabalho, Marx defende que a realidade social é construída de acordo com o modo de produção correspondente e, por esse motivo, se faz necessário analisar como se dá a relação entre as forças produtivas e as relações sociais de produção em modos de produção distintos.

Na sequência do capítulo, analisaremos como a esfera da produção de bens materiais passa a ser o principal elemento gerador de desigualdades sociais no mundo capitalista. Assim, recorremos à teoria weberiana da estratificação social para explicar como o trabalho, ao se transformar em mercadoria, gera as desigualdades sociais ao mesmo tempo que também adquire um outro valor simbólico no mundo capitalista.

A última parte do capítulo será dedicada à reestruturação do sistema capitalista iniciada no século XX. Essa reestruturação se deu em função da crise do Estado, pela crise dos sistemas fordista e taylorista e, principalmente, pelo desenvolvimento de um setor produtivo baseado no surgimento de novas tecnologias.

Comentário e resolução de questõesCAPÍTULO – A1Introdução à sociologia – o ser humano em sociedade

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: O objetivo dessa questão é perceber a diferenciação entre o objeto do conhecimento das ciências sociais e o objeto das ciências da natureza. Para isso, é necessário ter consciência da importância do método científico para a ciência: a generalização e a indução. A seguir, deve-se compreender que, enquanto nas ciências da natureza o sujeito cognoscente (o ser humano) se diferencia do objeto de conhecimento, nas ciências humanas o ser humano é tanto sujeito quanto objeto do conhecimento e nisso encontra-se a especificidade e a dificuldade das ciências humanas: como tratar objetivamente um objeto de conhecimento que é, por natureza, subjetivo e culturalmente marcado.

Questão 02Comentário: O objetivo dessa questão é chamar a atenção para a importância da socialização na inserção do indivíduo na cultura, por meio de costumes e hábitos ensinados pelas diversas instituições que regulam a vida social do grupo que ele faz parte.

Questão 03Comentário: Conforme nos ensina a teoria sociológica clássica, o processo de socialização se divide em duas fases: a socialização primária, que ocorre no seio da família, e a socialização secundária, que ocorre em todas as instâncias e instituições sociais que perpassam a vida do indivíduo desde sua infância até a vida adulta.

Assim, a família é uma das principais instituições que possibilitam aos indivíduos transitar com tranquilidade pelos códigos culturais de sua sociedade. A partir das interações sociais ocorridas nesse núcleo, o indivíduo é socializado em instâncias secundárias, como é o caso da igreja, por exemplo. Portanto, a grande diferença entre a família e a igreja, enquanto instituições sociais, reside no fato de que essas atuam em dois momentos distintos do processo socializador.

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12 Coleção EM1

Questão 04Comentário: O objetivo dessa questão é perceber que as relações culturais não são as mesmas em situações históricas diferentes, uma vez que os costumes e hábitos variam de acordo com o contexto e com as tradições de cada grupo social. Também é importante notar que essa questão pretende estimular uma visão propriamente sociológica a respeito do mundo social. Para que isso aconteça, é fundamental compreender que o mundo em que vivemos é construído socialmente e, dessa forma, o olhar da Sociologia tem por objetivo revelar o porquê e o modo como se dá a estruturação desse mundo.

Questão 05Comentário: Os conceitos de papéis sociais, grupos sociais e processos sociais estão inter-relacionados quando tentamos compreender as relações sociais. O motivo básico para que as relações sociais sejam estabelecidas se baseia na reciprocidade dasatisfaçãodeexpectativasenecessidades;assim,ospapéissociais nos servem como parâmetros de ação. De acordo com o papel social que estamos desempenhando, seja como pais, filhos, professores, executivos de uma empresa, dentre outros, temos uma série de ações a executar e, ao mesmo tempo, as pessoas criam expectativas em relação aos papéis dos outros para também guiarem suas ações. Os papéis sociais são válidos dentro de grupos sociais determinados, que têm seu lugar no tempo e no espaço em decorrência de processos históricos específicos. Os grupos sociais são agrupamentos de indivíduos, temporários ou não, que compartilham um mesmo objetivo ou um universo simbólico e de expectativas comum. Já os processos sociais determinam os condicionamentos sócio-históricos que delimitam as regras e as expectativas dos indivíduos em relação aos outros.

Exercícios propostosQuestão 01 – Letra C

Comentário: A alternativa C é a única que descaracteriza a perspectiva social, deixando-a isolada da própria sociedade em si, ainda que seja a partir de uma sociedade tribal. Basicamente, todas as sociedades humanas criam mecanismos próprios que se sustentam, a partir de suas necessidades básicas e essenciais. Essa é, inclusive, uma caracterização essencial do modo de se pensar a vida social. Seja a compreensão como grupo social (A), enquanto controle da sexualidade feminina (B), como uma realidade marcada pela diversidade (D) ou nos conflitos de gerações (E), a sociedade reúne esses fatores como essenciais à constituição do fator humano na vida social.

Questão 02 – Letra D Comentário: Ao contrário do termo “sexo”, que designa as características fisiológicas que marcam a diferença entre homens e mulheres, o termo “gênero” se refere a uma construção social e, portanto, variável ao longo do espaço e do tempo. Essa concepção é responsável por atribuir papéis sociais aos homens e às mulheres, além de ser objeto de construção de identidades. Por esse motivo, é um forte traço cultural, gerando impactos não apenas sociais como também políticos, especialmente nas sociedades modernas.

Questão 03 – Soma = 13Comentário: Todas as alternativas estão corretas, exceto as de número 02 e 16. As diferenças biológicas entre homens e mulheres geram reflexos na estrutura social a partir do momento em que os processos de socialização criam papéis sociais distintos e específicos para cada sexo, ao contrário do que afirma a alternativa 02. Essa diferenciação de socialização baseada nas diferenças biológicas é justamente o que invalida a alternativa 16, que afirma haver um mesmo processo de socialização para os dois gêneros em todas as culturas.

Questão 04 – Letra EComentário: Desde de sua concepção básica com Augusto Comte, a Sociologia se dispôs a buscar fundamentações semelhantes àquelas constituídas pelas ciências da natureza. Sendo assim, a resposta E é a que melhor se adequa à proposta do enunciado, que estabelece uma diferenciação entre o pensamento formal e o senso comum na formulação do pensamento sociológico.

Questão 05 – Letra DComentário: A grande particularidade das ciências sociais, em especial, da Sociologia, é o fato de muitas vezes confrontar pensamentos e formas de visões de mundo que são as bases por meio das quais os indivíduos pautam suas ações no mundo social. Esse conhecimento tácito a respeito da vida em sociedade veio a ser questionado pela Sociologia, que, desde seus primórdios, buscava compreender as supostas leis gerais que governavam a vida em sociedade. No entanto, não podemos negar a importância desse conhecimento como modo de apreensão da realidade e de ação sobre ela. Por isso, apesar de não ter o rigor científico, o senso comum é de extrema importância para a vida em sociedade por dotar os indivíduos das condições necessárias para que possam agir e transformar o mundo ao redor deles.

Questão 06 – Letra BComentário: O ser humano congrega, além da dimensão biológica, uma dimensão social que juntas formam a totalidade de um indivíduo. Por esse motivo, em alguns aspectos, podemos notar uma interdisciplinaridade entre Biologia e Sociologia para compreendermos a relação entre sexo e gênero, por exemplo. Por esse motivo, é equivocado pensar que a relação de um indivíduo com seu próprio corpo seria objeto de estudo exclusivo da Sociologia, uma vez que esse campo de pesquisa nos induz claramente a buscar também fundamentos de análise próprios da Biologia.

Questão 07 – Letra DComentário: Por intermédio do processo de socialização é que um determinado indivíduo se torna membro de uma sociedade. Ao longo do processo, ocorre uma internalização, por parte do indivíduo, de valores, comportamentos, significados e práticas sociais. É interessante observar que tal processo é muito importante tanto para o indivíduo existir socialmente quanto para a sociedade se reproduzir por meio das gerações. Assim, a alternativa D é a correta.

Questão 08 – Letra CComentário: A definição de instituição social versa justamente sobre regras, normas e costumes que garantem a vigência de padrões de comportamento que são responsáveis pela manutenção da coesão social. Logo, a alternativa correta é a C.

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13Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 09 – Letra CComentário: Entre as alternativas listadas na questão, temos duas opções que estão incorretas. A de número 02 se equivoca ao dizer que a grande maioria das sociedades não possui regras que regulamentam as relações sexuais e a procriação. Podemos afirmar que, diante da centralidade da família enquanto instituição social, todas as sociedades possuem regras para a regulamentação das relações sexuais, como a regra sobre o incesto, por exemplo, e também regras de procriação. A alternativa de número 16 está errada por afirmar que o Estado não é uma instituição social. O Estado é uma das principais instituições das sociedades pós-industriais, uma vez que é o garantidor da cidadania, que é um elemento que agrega os direitos civis, políticos e sociais nessas sociedades.

Questão 10 – Letra CComentário: Ao considerarmos a família como uma instituição social, assumimos de forma implícita que a família é dotada de todo dinamismo que caracteriza a vida social. Logo, a família não é um formato fechado de interação entre os indivíduos, sofrendo mudanças ao longo do tempo, de acordo com as transformações econômicas, políticas e culturais de uma determinada sociedade. Desse modo, a alternativa correta é a C, justamente por estabelecer a relação entre o dinamismo típico da instituição familiar com os critérios de avaliação para se estabelecer a noção de família proposta no enunciado.

seção Enem

Questão 01 – Letra DEixo cognitivo: II

Competência de área: 1

Habilidade: 3

Comentário: A cada instante de nossa socialização adquirimos diversas características e entramos em contato com tradições que são transmitidas socialmente. Ou seja, o universo das regras e comportamentos é um mundo construído pelos seres sociais que fazem parte de determinada coletividade. As características desse universo são transmitidas de geração para geração. Assim, conforme o texto-base demonstra, alguns costumes e crenças sobrevivem ao tempo de modo que diversos indivíduos de diferentes gerações convivem com tais tradições na vida social.

Questão 02 – Letra D Eixo cognitivo: II

Competência de área: 3

Habilidade: 12

Comentário: A questão debate o condicionamento, mediante o Código de Posturas, das ações dos indivíduos em determinados horários na cidade de Fortaleza. Devemos lembrar que o Estado é uma instituição social, isto é, ele se constitui como uma organização em que os indivíduos que fazem parte dele seguem um determinado estatuto que garante seu funcionamento. Dessa maneira, é por meio da ação do poder judiciário, conforme está delimitado pelo texto-base, que o Estado tem a possibilidade de regular as condutas dos cidadãos. Especificamente no caso discutido pela questão, é possível observar que o objetivo do Código de Posturas estava coadunado com o disciplinamento dos corpos na cidade a partir de uma normatização do tempo.

CAPÍTULO – A2Trabalho e sociedade

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: O objetivo dessa questão é compreender o conceito de trabalho. O trabalho humano se diferencia das atividades realizadas pelos demais animais porque, enquanto o homem está dotado de uma racionalidade que lhe possibilita pensar e escolher agir de uma forma ou de outra, os animais agem apenas seguindo os instintos ditados por sua natureza. Assim, quando algumas abelhas constroem uma colmeia, elas não fizeram um projeto anterior para construí-la, mas apenas seguiram seus instintos. Portanto, não é possível afirmar que uma abelha pensou conscientemente em fazer uma colmeia, pois apenas o ser humano tem consciência daquilo que ele produz.

Questão 02Comentário: O objetivo dessa questão é perceber a diferença entre essas duas expressões marxianas, ainda que ambas estejam inter-relacionadas. Para viver e sobreviver, o ser humano altera a natureza. A ideia de força produtiva se refere a esse domínio humano sobre a natureza realizado por meio do conceito de trabalho. Assim, toda e qualquer forma de atuar e transformar a natureza a fim de garantir a sobrevivência humana se relaciona à ideia de força produtiva. Por outro lado, as relações sociais de produção dizem respeito ao modo como os indivíduos se organizam socialmente a fim de produzir os bens materiais. Essas relações são variáveis historicamente, pois em cada época os seres humanos se organizaram em distintos modos de produção.

Questão 03Comentário: Em primeiro lugar, vamos nos ater aos conceitos de forças produtivas e relações sociais de produção propostos por Karl Marx. As forças produtivas são os instrumentos utilizados no processo de produção, como ferramentas e maquinários, além da própria força de trabalho. Já as relações sociais de produção são aquelas estabelecidas pelos indivíduos, proporcionadas pelo modo como são produzidas as mercadorias em uma sociedade e que acabam por condicionar as forças produtivas e as forças de trabalho. De acordo com Marx,

“[...] na produção social da sua própria existência, os homens entram em relações determinadas, indispensáveis, independentesdesuavontade;essas relaçõesdeproduçãocorrespondem a um grau determinado do desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade, a base real sob a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política [...]”.

MARX, K. Infraestrutura e superestrutura: o prefácio da contribuição à crítica da Economia Política. Trad. Florestan

Fernandes. In: IANNI, Octavio (Org.). Marx: sociologia. 3. ed. São Paulo: Ática, 1982. p. 82-3. (Col. Grandes Cientistas Sociais).

Se as relações de produção ordenam as forças produtivas e as relações produtivas, podemos tomar as relações de produção como medida para compreendermos as diferenças entre os modos de produção feudal e capitalista. No feudalismo, as forças produtivas e as relações sociais de produção eram coordenadas por fatores que iam além do aspecto econômico.

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Desse modo, a exploração dos servos por parte dos senhores feudais se baseava em fatores ideológicos e religiosos, determinando, no nascimento, o lugar do indivíduo na escala social, uma vez que os estamentos em que cada indivíduo se encontrava eram bastante fixos.

Já no sistema capitalista, as forças produtivas e as relações sociais de produção são determinadas quase exclusivamente por fatores econômicos. Os fatores ideológicos ainda estão presentes no capitalismo, como individualismo, que foi muito importante para a consolidação do processo de acumulação capitalista. Mas o principal fator que coordena as relações entre as forças produtivas e as relações sociais de produção é, de fato, o aspecto econômico, que determina, por meio da cisão entre burgueses e proletários, quem se coloca em condição de domínio na sociedade e quem são os subordinados.

Questão 04Comentário: O conceito de estratificação social se refere ao modo como os indivíduos se encontram divididos em grupos distintos e com posições, direitos e deveres diferentes, nas mais diversas sociedades.

Max Weber foi quem definiu os estamentos como estratos sociais presentes em sociedades cuja mobilidade social é bastante limitada. A divisão dos indivíduos nas sociedades estamentais costuma se dar com base na honra, status e prestígios adquiridos no nascimento e que conferem aos indivíduos direitos, deveres e privilégios em relação aos outros estamentos. A sociedade feudal era uma sociedade estratificada em torno do clero, da nobreza e dos servos – posições estas que eram ocupadas pelos indivíduos a partir de seu nascimento, sendo muito difícil a troca de estamentos ao longo da vida.

Já nas sociedades capitalistas, a divisão se dá por meio das classes sociais que, no princípio do capitalismo, marcava a oposição entre operários e donos dos meios de produção. Ou seja, são critérios econômicos que definem a posição dos indivíduos nas sociedades capitalistas. Assim sendo, ao menos em termos ideológicos, os indivíduos são livres para ascenderem de uma classe à outra. Em função dessa falácia é que outros aspectos devem ser avaliados para se definir a qual classe pertence um determinado indivíduo e não apenas considerar a faixa salarial em que se encontra.

Questão 05Comentário: Em termos sociológicos, o trabalho é entendido como qualquer ação transformadora de que o ser humano se vale para satisfazer suas necessidades e garantir sua subsistência. Portanto, a noção de trabalho se relaciona com nossa capacidade de agir, sendo assim, anterior à noção de emprego por representar a ação do ser humano sobre o seu ambiente.

Na teoria sociológica clássica, Karl Marx entende que o trabalho é o elemento que estabelece a mediação entre o ser humano e a natureza. Dessa forma, por meio do trabalho, os indivíduos se humanizam. No entanto, com o desenvolvimento do sistema capitalista, temos a cisão entre o trabalho como criação humana e o trabalho abstrato. O trabalho abstrato se torna mercadoria no sistema capitalista e, por esse motivo, torna-se alheio à existência do indivíduo, uma vez que o trabalhador não se reconhece no resultado do seu trabalho.

Esse trabalho abstrato é o que mais se aproxima da noção de emprego. Ao contrário da noção de trabalho, que tem sua existência atrelada ao próprio surgimento do ser humano, a noção de emprego data do século XIX, mais especificamente com o florescimento da Revolução Industrial.

A concepção de atividade laboral imposta pela Revolução Industrial fez com que o trabalho se tornasse uma atividade exterior ao homem, sendo, inclusive, uma atividade opressora em função da exploração a que foi submetida a classe operária pela classe burguesa. Desse modo, o emprego passou a designar o trabalho remunerado que era desempenhado dentro do sistema capitalista. Porém, não podemos nos deixar levar por uma visão simplista do trabalho que o caracteriza como aquelas atividades que são capazes de produzir riquezas. Se adotarmos essa perspectiva, estaremos excluindo e diminuindo todo e qualquer tipo de trabalho que não gere riquezas diretamente, como é o caso do trabalho doméstico. Portanto, a diferenciação entre trabalho e emprego consiste no fato de que o emprego, dentro da realidade capitalista, refere-se ao trabalho que se relaciona a um salário, estrutura hierárquica, funções pré-definidas, sendo todas essas prerrogativas fornecidas pelo sistema capitalista.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra AComentário: Segundo Marx, a compreensão e a prática dos conceitos de meio de produção e de produto, enquanto objetos que participam da construção de sentido na produtividade, são essenciais para a constituição do processo que compõe o mercado e sua produção fabril. O mercado revela suas facetas, de acordo com a compreensão dos elementos que o constituem, por isso, é tão importante distingui-los.

Questão 02 – Letra EComentário: As alternativas corretas seriam as de número I, II e III. Mudanças na estrutura etária de uma sociedade geram efeitos na idade economicamente ativa. Nesse sentido, além de o Brasil estar caminhando para o processo de envelhecimento de sua população, a economia nos últimos anos não tem conseguido absorver toda a população ativa em termos de colocação no mercado de trabalho. Por esse motivo, temos a expansão do terceiro setor e dos trabalhadores que trabalham em sua própria casa.

Questão 03 – Letra AComentário: A música de Zé Ramalho expressa basicamente, em todo o seu desenvolvimento, a estrutura de trabalho no Brasil, destacando a dificuldade de acesso aos bens produzidos pelos próprios trabalhadores (I), as condições precárias do trabalho (II) e ainda o preconceito em diversas modalidades, principalmente com relação à uma vestimenta considerada digna (III). Dessa forma, a opção A é aquela que melhor expressa essa perspectiva de pensamento e de ação do ser humano, a partir da vida social moderna e contemporânea.

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15Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 04 – Letra B Comentário: Uma das grandes inovações tecnológicas, inseridas no mundo do trabalho, do século XX, foi a produção em série, ou em massa, adotada nos Estados Unidos. Primeiramente, Henry Ford aplicou tal método de produção em sua indústria automobilística, dando origem à expressão “Fordismo”. A questão pede uma identificação da ilustração de Andy Warhol com um modelo de desenvolvimento do capitalismo. Logo, a partir da observação das diversas latas de sopa, com uma identidade visual homogênea, podemos fazer a associação com o fordismo, uma vez que esse modelo preconizava a produção em massa dos produtos.

Questão 05 Comentário: Primeiramente, é importante observar o marco temporal da questão. Conforme indicado pelo texto, o processo de reestruturação produtiva, a partir da década de 1970, inclui diversas inovações tecnológicas e novas formas de se gerir o trabalho. Assim, nesse processo, destacam-se: as inovações introduzidas com a revolução tecnológica, com ênfase para os processos de automação; a introdução de tais inovações no mundo do trabalho, suplantando os antigos modelos de produção (como o fordismo, por exemplo); o surgimento de novas ocupações na esfera produtiva e o desaparecimento de outras, assim como o problema do desemprego estrutural e a frequente substituição do ser humano pelas máquinas; o crescimento das exigências em termos de qualificação profissional e aumento dos níveis de informalidade e subemprego, visto que muitas pessoas não conseguem responder a tais demandas; a flexibilização das leis trabalhistas e das relações de trabalho; e, por fim, destaca-se a dinamização da produção por parte das empresas, para que um lucro maior possa ser alcançado.

Questão 06Comentário:

A) O trabalho se converte em força de trabalho quando se torna uma mercadoria a ser vendida e comprada. E a condição necessária para que o trabalho seja transformado em mercadoria é o trabalhador estar desvinculado dos meios de produção, restando-lhe apenas a alternativa de vender sua força de trabalho no mercado.

B) No sistema capitalista, o lucro é gerado justamente pela força de trabalho. A partir das horas de trabalho não pagas, ou seja, a mais-valia, o excedente do dinheiro ganho na produção pode ser investido nesta outra vez, possibilitando que o capitalista lucre cada vez mais.

Questão 07Comentário: O trabalhador, expropriado dos meios de produção, somente sobrevive no mundo capitalista a partir do momento que vende sua força de trabalho. Porém, ele não recebe pelo trabalho o equivalente ao que ele produziu. Ao valor que é apropriado do trabalho de um empregado pelo capitalista dá-se o nome de mais-valia, e é isso que permite a expansão do sistema capitalista na medida em que permite que esse valor seja reinvestido na produção.

Questão 08Comentário: A questão pede a aplicação do conceito de trabalho ao contexto da produção contemporânea, cuja característica é a massiva presença de elementos tecnológicos. Então, devemos pensar assim: a predominância da tecnologia no contexto atual de produção e no mundo do trabalho altera a relação de transformação recíproca entre trabalho, natureza e indivíduo? Por um lado, obviamente, o que podemos observar empiricamente na contemporaneidade já estava anunciado no século XIX, isto é, as máquinas como elementares na produção capitalista de massa e, no aspecto humano, a presença da alienação do trabalhador. Paralelamente, a automação do processo de produção retira o local privilegiado do mercado de trabalho da fábrica para os serviços. Ao mesmo tempo, pode-se perceber que, com o incremento da tecnologia, houve um aumento da demanda pela qualificação profissional, uma vez que o mercado busca, atualmente, mais profissionais qualificados em substituição ao antigo “apertador de parafuso”. Por fim, a natureza continua sendo explorada de maneira predatória, devido à lógica do sistema capitalista, e o ser humano agrupa, como nunca vivenciado anteriormente, tecnologias, sobretudo as de informação.

Questão 09 – Letra DComentário: As classes sociais, assim como suas respectivas ações no mundo material, para Karl Marx, estão relacionadas com a divisão do trabalho, isto é, no capitalismo, a divisão é: proletários, que vendem sua força de trabalho, de um lado; burgueses, donos dos meios de produção, de outro.

Questão 10 – Soma = 20Comentário: Entre as 5 alternativas propostas, 3 estão incorretas. A alternativa 01 não está correta pelo fato de considerar que atividades agrícolas de subsistência não geram relações sociais entre os indivíduos. A alternativa 02 está errada ao não considerar a caça e a coleta como modos de trabalho e, por fim, a alternativa 08 está equivocada pelo fato de que, dentro do sistema feudal, camponeses e servos tinham alguma liberdade para fazer trocas entre si dos excedentes da produção.

Seção Enem

Questão 01 – Letra DEixo cognitivo: II

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: O sistema capitalista depende, paralelamente, da garantia do lucro e da disposição dos indivíduos em se submeterem a tal sistema. Contudo, de acordo com a lógica marxista, a riqueza e o lucro são obtidos por intermédio da exploração da classe trabalhadora. Logo, conforme os textos demonstram, nos momentos de crise, os direitos e benefícios sociais dessa classe são suprimidos em favor da manutenção das relações tecidas pelo capital. Dessa maneira, a alternativa D correlaciona a política econômica e a demanda popular, conforme solicitado pelo comando da questão.

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16 Coleção EM1

Questão 02 – Letra CEixo cognitivo: II

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: Em sentindo amplo, trabalho se refere a toda e qualquer atividade humana que transforma a natureza de maneira intencional, direcionada e planejada para um fim. Ao longo da história da humanidade, modos de produção distintos produziram concepções diferentes acerca do trabalho. Isto é, no modo de produção escravocrata, por exemplo, a ideia de trabalho não é semelhante à adotada no capitalismo. Neste último, o trabalho já passou por algumas reestruturações produtivas, como no caso do toyotismo, em que temos a produção variando de acordo com a demanda, além da horizontalização da produção, isto é, baixo número de funcionários nas fábricas e uso de terceirização de mão de obra e subcontratações. Logo, o texto-base se refere justamente ao decréscimo do número de funcionários nas empresas, uma vez que tal fato tem sido constante no capitalismo.

Questão 03 – Letra DEixo cognitivo: II

Competência de área: 4

Habilidade: 18

Comentário: A alternativa correta é a D. A racionalização da produção em larga escala, no início do século XX, teve como consequência o advento de um modelo de trabalho extremamente fragmentado, isto é, os trabalhadores exerciam, dentro de uma cadeia de produção, atividades altamente repetitivas.

Tal fato auxiliou no crescimento da produção e, paralelamente, no aumento dos lucros. Contudo, há de se vincular tanto o aumento da produção quanto o acréscimo na porcentagem dos lucros à uma exploração da mão de obra industrial.

Questão 04 – Letra EEixo cognitivo: II

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: A resposta mais adequada ao enunciado é aquela que traz as referências à divisão do trabalho, a partir da linha de produção, em que cada empregado pratica uma mesma função dentro de uma longa linha de produção, fazendo com que cada um deles não saiba qual o produto final de seu trabalho. Obviamente, a segunda opção é a mais desconcertante entre as opções, já que coloca meio de produção de épocas diferentes, descontextualizada de seu enunciado.

Questão 05 – Letra CEixo cognitivo: II

Competência de área: 5

Habilidade: 22

Comentário: O enunciado traz à tona a reflexão acerca das principais características que a Revolução Industrial trouxe para a vida dos trabalhadores, no novo viés que surge, o de operários das fábricas. Ainda que em um outro contexto (como o rural), esses trabalhadores exercem atividades diferentes. Aos poucos, com o passar do tempo, as massas de trabalhadores adquirem novas perspectivas de trabalho, bem como direitos e deveres específicos, relacionados com o tempo histórico.

Sugestões de leitura para o professor•A câmara escura. Alienação e estranhamento em Marx. J. Ranieri: Boitempo.

•A construção social da realidade. Peter Berger. Vozes.

•A imaginação sociológica. W. C. Mills. Zahar.

•Aprendendo a pensar com a Sociologia. Zygmunt Bauman e Tim May. Jorge Zahar.

•As regras do método sociológico. Émile Durkheim. Abril Cultural (Coleção Os pensadores).

•Capitalismo desorganizado. C. Offe. Brasiliense.

•Da divisão do trabalho social. Émile Durkheim. Abril Cultural.

•O Capital. Karl Marx. Bertrand Brasil.

•O que é Sociologia. Carlos Benedito Martins. Brasiliense.

•O trabalho à beira do abismo – uma crítica marxista à tese do fim da centralidade do trabalho.

•M. A. S. Prieb. Unijuí.

•O trabalho na forma social do capital e o trabalho como princípio educativo: uma articulação possível? Educação & Sociedade. S.P. Tumolo.

•Sociologia. Anthony Giddens. Artmed.

•Três caminhos para a servidão. Sociedade e Estado. T. G. Silva e Roberto Bartholo.

•Um toque de clássicos: Durkheim, Marx e Weber. Tânia Quintaneiro. Editora da UFMG.

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17Bernoulli Sistema de Ensino

Cont

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ia 1ª séRiE

FRENTE CAPÍTulo VolumE TÍTulo

A

1 1 • Introdução à Sociologia – o ser humano em sociedade

2 1 •Trabalho e sociedade

3 2 •ASociologiapré-científica

4 2 •Émile Durkheim e os fatos sociais

5 3 •Max Weber e a ação social

6 3 •Karl Marx e a luta de classes

7 4 •A Sociologia como ciência

8 4 •A Sociologia no Brasil

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18 Coleção EM1

2ª séRiE

FRENTE CAPÍTulo VolumE TÍTulo

A

1 1 •Cultura

2 1 •Raça e etnia

3 2 •Cultura e mídias

4 2 • Ideologia e alienação

5 3 •Cidadania e democracia

6 3 •Movimentossociais:açõesafirmativas

7 4 •Regimes e sistemas de governo

8 4 •Liberalismo e socialismo

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