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formação
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Módulo VII
Plataformas Colaborativas e de
Aprendizagem
CURSO: : FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE FORMADORES B-LEARNING 2 de 32 | P á g i n a
Mod.DFRH.111/00
MÓDULO: PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM
FICHA TÉCNICA
Título:
Autoria:
Coordenação:
Edição:
Composição Gráfica:
Direitos de Autor: este artigo não pode ser reproduzido, no todo ou em parte,
qualquer que seja o modo utilizado, sem prévia autorização dos autores.
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MÓDULO: PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM
ÍNDICE:
1 PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM .................................................. 4
1.1 PLATAFORMAS: FINALIDADES E FUNCIONALIDADES ........................................................................................4
1.1.1 Internet e sua evolução ........................................................................................................... 4 1.1.2 Pesquisa e navegação na Internet ....................................................................................... 5 1.1.3 Aprendizagem cooperativa e colaborativa ........................................................................ 7 1.1.4 e-Learning ..................................................................................................................................... 8 1.1.5 Plataforma de gestão de aprendizagem Moodle ........................................................... 10 1.1.6 Criação de conteúdos .............................................................................................................. 13 1.1.7 Regras Net-etiqueta ................................................................................................................ 15
1.2 COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM ................................................................................................. 17
1.2.1 Ferramentas virtuais utilizadas na aprendizagem ....................................................... 17 1.2.2 Redes Sociais e a Web 2.0 .................................................................................................... 22 1.2.3 Normas SCORM ......................................................................................................................... 24 1.2.4 Ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona .................................................. 29 1.2.5 O papel do e-formador e e-moderador ............................................................................ 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 32
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1 Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem
1.1 Plataformas: Finalidades e Funcionalidades
Com a massificação da Internet foi possível alargar a forma de ensinar e aprender em termos
educativos e formativos. Nos dias de hoje a informação é disponibilizada de uma forma muito mais
rápida, atrativa e interativa.
Neste contexto surgem os LMS – Learning Management System, ou sistemas de gestão da
aprendizagem. Com estas ferramentas ou plataformas é possível dotar os futuros formadores com
competências que lhes permitam desenvolver as suas formações tanto em regime presencial como a
distância.
1.1.1 Internet e sua evolução
No final dos anos 60 começou a ser desenvolvida a Internet, o meio de comunicação mais utilizado
atualmente que é adjetivada como a amplificadora da globalização. A Internet tem várias funções,
desde a consulta de páginas, transmissão de mensagens, partilha de informação, entre outros.
A World Wide Web, que também pode ser chamada Web ou WWW é em termos gerais, a interface
gráfica da Internet. Ela é um sistema de informações organizado com o intuito de englobar todos os
outros sistemas de informação disponíveis na Internet. A ideia é criar um mundo de informações sem
fronteiras, presumindo as seguintes características seguindo de seus importantes complementos:
interface consistente
incorporação de um vasto conjunto de tecnologias e tipos de documentos
“leitura universal”
um protocolo de transmissão de dados – http
um sistema de endereçamento próprio – URL
uma linguagem de marcação, para transmitir documentos formatados através da rede
Acesso remoto
A Internet permite que computadores se liguem a outros computadores, mesmo estando distantes
geograficamente. Esse acesso remoto pode ser feito de forma segura, com autenticação e
criptografia de dados, permitindo novas formas de trabalho fora do ambiente comum de escritório.
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Seja em casa ou em uma viagem de negócios, uma pessoa pode ligar à sua rede empresarial,
consultando e-mails e outros dados.
Partilha de ficheiros
A partilha de ficheiros pode ser feita por qualquer pessoas que tenha o acesso à internet, o arquivo
pode ser transmitido através de um servidor Web porém o mais utilizado hoje em dia é o servidor FTP
(Protocolo de Transferência de Arquivos) (FTP é mais conhecido como ficheiros) a forma mais usada.
A Colaboração
A colaboração ou trabalho colaborativo tornou-se possível e mais fácil. O chat, as redes socias, as
wikis e as mensagens instantâneos (MSN, Yahoo!Messenger, Skype) também facilitaram de forma
inimaginável a colaboração em rede. O e-mail também tornou-se uma ferramenta colaborativa mas,
vêm perdendo expressão para estas novas formas de comunicação via internet.
As Transmissões multimédia
A multimédia e a sua distribuição são cada vez mais importantes, pois vários canais de televisão
estão na internet oferecendo a transmissão de programas em tempo real. Não são só os canais que
podem oferecer transmissão de imagens em tempo real, qualquer um que tenha uma webcam pode
oferecer esse conteúdo pela internet e em tempo real. Existem também mecanismos que permitem a
comunicação via áudio. Além de ser fácil e bastante conveniente de ser usado, esta nova tecnologia
está rapidamente a substituir os telefones convencionais.
1.1.2 Pesquisa e navegação na Internet
A Internet tem uma dimensão difícil de determinar. Quão vasta é? Ninguém sabe ao certo.
Estimativas recentes colocam o número de páginas Web acima de um bilião e o crescimento é
constante e quase exponencial. Como navegar em volumes tão desconcertantes de conteúdos
fantásticos?
Primeiro, é necessário um navegador, ou browser. Existem vários browsers importantes mas que em
termos de funcionalidades, não diferem uns dos outros.
Os principais são os seguintes:
Internet Explorer
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Safari
Mozilla Firefox
Google Chrome
O segundo elemento essencial é um motor de busca com o principal objetivo de ajudar a encontrar
informação. Há motores de busca que têm como objetivo criar um índice de toda a Web ou apenas
áreas especializadas da mesma.
O browser
O esquema da maioria dos browsers varia pouco. Dentro da frame que o browser forma em torno de
uma página Web, existem muitos elementos em comum. Na parte superior, uma linha principal com
um conjunto de botões para que possa retroceder ou avançar ao longo de páginas que já visitou.
Junto aos mesmos, uma "caixa de endereço" na qual pode introduzir localizações de Web sites
(URLs), bem como uma "caixa de pesquisa" para localizar rapidamente algo através de um motor de
busca.
Motor de busca
Um motor de busca também designado de motor de pesquisa é um sistema implementado por
software projetado para encontrar informações armazenadas na Internet. A pesquisa é efetuada a
partir de palavras-chave indicadas pelo utilizador, reduzindo o tempo necessário para encontrar
informações.
Desde que a Internet começou a ganhar dimensão, rapidamente os motores de busca se tornaram
numa ferramenta essencial.
Em 1994, uma empresa – Yahoo – começou a catalogar manualmente os sítios na Web; foi o
primeiro diretório. Em 1998 surge o Google, oferecendo respostas aos utilizadores muito mais
precisas, continuando posteriormente com muitas inovações
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Hoje verificam-se cinco grandes grupos de motores de busca: Google; Yahoo; MSN; Time Warner;
Ask Jeeves
Figura 1Quota de mercado em Portugal (Dez 2011)
Constituição de um motor de busca
Um motor de busca como o Google é constituído por 3 componentes: Crawler ou spider, Indexador e
a Resposta às consultas.
Um crawler ou spider é um software que percorre a Web e identifica sítios novos ou sítios com
informação nova. Esta informação é recolhida e transmitida ao indexador. Esses índices são gerados
seguindo por um algoritmo de indexação que divide e cataloga as páginas.
A parte de resposta às questões é um programa que procura nos milhões de páginas indexadas para
encontrar parecenças com a procura executada pelo utilizador e ordena-as da forma mais relevante.
1.1.3 Aprendizagem cooperativa e colaborativa
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Podemos pensar que, colaborar e cooperar são considerados sinónimos. No entanto a extensão dos
termos é diferente: o termo colaborar tem maior amplitude do que o termo cooperar, o que faz da
aprendizagem cooperativa um subtipo da aprendizagem colaborativa.
Para facilitar, alguns autores assumem que se trata do mesmo termo, mas dependendo das
situações, esta pode ser uma abordagem errada.
Aprendizagem cooperativa é um processo onde os membros do grupo ajudam e confiam uns nos
outros para atingir um objetivo acordado. A sala de aula é um excelente lugar para desenvolver as
habilidades de criação de um grupo do qual se terá necessidade no futuro.
A aprendizagem cooperativa é interativa e um formando enquanto membro do grupo:
desenvolve e compartilha um objetivo comum
compartilha a sua compreensão do problema: questões; insights e soluções
responde aos, e trabalha para compreender os questionamentos, insights e soluções dos
outros.
cada membro permite ao outro falar e contribuir e considera outras contribuições
são responsáveis pelos outros
são dependentes dos outros
1.1.4 e-Learning
A aplicação das tecnologias da informação e da comunicação à área da formação levou à criação
duma nova modalidade de aprendizagem à distância: o e-learning.
Ao frequentar uma ação e-learning, o formando passa a ter tempo para aprender ao seu ritmo.
Outra modalidade designada de blended-learning, ou b-learning, tem vindo a crescer em
popularidade, como modalidade de formação que assenta no recurso ao e-learning e à formação
presencial com papéis complementares.
O e-learning apresenta diversas vantagens:
Permite aprender a um ritmo próprio, aprofundar os conteúdos, associar a teoria a múltiplas
atividades práticas;
Faz desaparecer custos e inconvenientes associados à deslocação ao centro de formação;
Viabiliza a formação a quem não tem possibilidade de se ausentar do local de trabalho;
Simplifica o acesso à formação para os cidadãos com necessidades especiais;
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Desenvolve novas competências e formas de trabalhar fundamentais para o e-Government;
Favorece novos modelos de gestão da formação e dos recursos humanos;
Contribui para articular a formação, por um lado, com a avaliação de desempenho dos
funcionários e das organizações e, por outro, com a avaliação das necessidades de
formação.
Esta forma de aprender é especialmente adequada para quem:
tem pouca disponibilidade para horários fixos e/ou intensivos;
se encontra longe dos centros de formação;
pretende desenvolver as suas capacidades de trabalho na internet;
gosta de aprofundar os assuntos, com tempo e ao seu ritmo;
acredita que aprender é um processo que se desenvolve ao longo da vida.
Infelizmente este tipo de ensino não se adapta a todos os perfis de destinatários, pois requer:
maior nível de motivação e maior autonomia de aprendizagem que a formação presencial;
alguma experiência de uso de computadores e de utilização da internet;
alguma apetência pelo uso de tecnologias.
Se pretendermos caracterizar um curso e-learning, podemos abordar várias questões:
Tutoria ativa- dinamiza a aprendizagem de cada formando e do grupo, promovendo a
participação de todos e motivando-os para o percurso formativo.
Interação- entre tutor e formando e entre os próprios formandos: ocorre através do chat, do e-
mail, do fórum e de audioconferência. O formando não está sozinho num espaço virtual:
aprende em colaboração com os restantes colegas do grupo e com o tutor.
Percurso de aprendizagem individual ou em grupo- o formando trabalha autonomamente ou
realiza tarefas com os outros colegas.
Duração das ações de formação-as ações de formação a distância têm uma duração variada
que, geralmente, oscila entre uma e seis semanas no caso dos cursos de curta duração ou
vários meses no caso de cursos aproximados do modelo de uma pós-graduação.
Conteúdos- disponíveis em vários formatos e disponibilizados, cada vez mais, através da
Internet, propondo várias situações de interação.
Calendarização das tarefas e atividades- constitui um fator de motivação adicional, ao criar
balizas para o processo de aprendizagem, apesar do e-learning permitir uma gestão do
tempo mais flexível.
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Momentos de avaliação diversos - permitem ao formando verificar se está a cumprir os
objetivos fixados e fornecem "feedback" ao tutor sobre a progressão de cada participante e a
adequação da orientação pedagógica adotada.
1.1.5 Plataforma de gestão de aprendizagem Moodle
O Moodle é uma plataforma de suporte à aprendizagem via web, que permite aos formadores
disponibilizarem conteúdos e aos alunos acederem a esses conteúdos. Os conteúdos podem ser
sumários das aulas, ficheiros de apoio, entregas de trabalhos, fóruns de discussão, wikis, etc.
A palavra Moodle significa "Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment", que é
especialmente significativo para programadores e investigadores da área da educação. Em inglês a
palavra Moodle é também um verbo que descreve a ação que com frequência conduz a resultados
criativos, de deambular com preguiça, enquanto se faz com gosto o que for aparecendo para fazer.
Assim, o nome Moodle aplica-se tanto à forma como foi feito, como à forma como um aluno ou
docente se envolve numa disciplina on-line.
O Moodle funciona recorrendo a disciplinas (cursos) on-line, abertas a toda a comunidade ou
protegidas por palavra-chave, nas quais podem estar inscritos alunos, professores, funcionários e
encarregados de educação.
Cada utilizador terá de ter um acesso à plataforma composto por um "nome de utilizador" e uma
"palavra-chave".
Em cada disciplina o professor pode adicionar recursos/atividades que os alunos terão de
analisar/realizar.
A plataforma Moodle apresenta como pontos fortes, quando utilizado para o ensino:
Aumento da motivação dos alunos;
Maior facilidade na produção e distribuição de conteúdos;
Partilha de conteúdos entre instituições;
Gestão total do ambiente virtual de aprendizagem;
Realização de avaliações de alunos;
Suporte tecnológico para a disponibilização de conteúdos de acordo com um modelo
pedagógico e design institucional;
Controlo de acessos;
Atribuição de notas.
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Figura 2 Plataforma Moodle da Comunilog
Esta plataforma é disponibilizada livremente na forma de software livre.
Uma grande vantagem desta ferramenta é o facto de ser desenvolvida colaborativamente por uma
comunidade virtual, que reúne programadores de software livre, administradores de sistemas,
professores, designers e pela comunidade de utilizadores distribuídos por todo o mundo.
Constitui-se num software intuitivo e fácil de utilizar, que tanto pode dar origem a uma página de um
único professor/formador, como à página de uma Universidade, com dezenas de milhar de
alunos/utilizadores.
Os principais tipos de perfil de utilizador são:
Administrador
gerir utilizadores
definir modelos de autenticação
programar cópias de segurança automáticas
gerir disciplinas e as suas categorias
gerir idiomas
gerir módulos (atividades e blocos)
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gerir página inicial
gerir aparência do site
aceder a relatórios
instalar novos blocos de atividades
editar aparência dos temas
atualizar a versão do Moodle
Professor
configuração da disciplina
gestão de alunos
gestão de grupos
gestão de cópias de segurança
análise de relatórios
gestão de escala de notas
análise de notas dos alunos
gestão de sistema de arquivos/ficheiros
acesso a fórum de professores
acesso a tarefas efetuadas pelos alunos
Aluno
recursos
atividades
bloco administração
Os cursos ou disciplinas no Moodle podem ser configurados em três formatos, de acordo com a
atividade a ser desenvolvida:
Formato Social– em que o tema é articulado em torno de um fórum publicado na página
principal;
Formato Semanal- no qual o curso é organizado em semanas, com datas de início e fim;
Formato em Tópicos- onde cada assunto a ser discutido representa um tópico, sem limite de
tempo pré-definido. Este é o formato mais utilizado.
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Esta importante ferramenta de ensino/aprendizagem permite a transmissão e organização dos
conteúdos de materiais de apoio às aulas, pelo facto de ser uma ferramenta que permite produzir
cursos e páginas da Web, facilita a comunicação (síncrona ou assíncrona), possibilitando contribuir
para um padrão superior quer no ensino presencial, quer no ensino a distância
Os recursos disponíveis para o desenvolvimento das atividades são:
a) Materiais estáticos (ex.: páginas de texto, páginas de texto Web, apontadores para ficheiros
ou páginas Web, conteúdos de pastas)
b) Materiais dinâmicos (atividades):
Avaliação do Curso
Chat
Diálogo
Diário
Fórum
Glossário - utilizado para descrever termos e respetivas definições, ligados à disciplina.
Lição
Pesquisa de Opinião (referendo)
Questionário - com questões de diversos tipos (escolha múltipla, verdadeiro ou falso,
resposta curta, comparação) pode ser respondido on-line pelos alunos, permitindo-lhes
ver qual a sua classificação.
SCORM
Tarefa - atividade proposta pelo professor/formador aos alunos
Trabalho com Revisão - o professor/formador tem acesso a trabalhos enviados pelos
alunos, pode avaliá-los e comentá-los.
Wiki
Livro - permite disponibilizar um livro eletrônico criado pelo professor, e que pode ser
constituído por vários capítulos, dispostos em dois níveis diferentes.
1.1.6 Criação de conteúdos
Para a elaboração de conteúdos multimédia, existem várias ferramentas que podemos utilizar,
tornando-os mais atrativos e melhorando o processo de ensino. Este tipo de conteúdos favorecem a
interação entre aluno e formador e devem ser utilizados sempre que se justificar.
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Com o surgimento do ensino à distância, torna-se ainda mais importante a utilização de diferentes
recursos.
Na tabela seguinte é apresentada um resumo das principais ferramentas utilizadas para a criação e
elaboração de alguns conteúdos.
Tipo de conteúdo Ferramenta gratuita Ferramenta comercial
Criação de documentos OpenOffice Writer Microsoft Word
Criação de PDF's PrimoPDF Adobe Acrobat Professional
Criação de apresentações OpenOffice Impress Microsoft Powerpoint
Edição de imagens Gimp Adobe Photoshop
Folha de cálculo e gráficos OpenOffice Calc Microsoft Excel
Equações matemáticas OpenOffice Math Microsoft Equation
Para a disponibilização de conteúdos aos formandos, o formato de eleição é o pdf. Este formato já é
universalmente aceite e apresenta a vantagem dos ficheiros não estarem num formato editável. Este
ficheiros permitem ainda a introdução de mecanismos de segurança que possibilitam a proibição de
copiar os conteúdos, de permitir ou não a impressão, entre outros.
Regras para a criação e apresentação de diapositivos
Um dos recursos mais utilizados nas ações de formação são a apresentação de diapositivos
recorrendo a ferramentas como o Microsoft Powerpoint.
Como na grande maioria das sessões é ministrada recorrendo a recursos elaborados em Powerpoint,
é importante destacar algumas dicas essenciais.
Manter o texto curto em cada slide: colocar alguns tópicos sobre o assunto, mas não um texto
completo que precise ser lido.
O importante da apresentação é falar, e não ler o que está escrito no computador ou
equipamento de projecção.
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O Powerpoint é um apoio da aula. - Evitar o uso de animações! Se muito, devem ser usadas
muito pouco e apenas se for estritamente necessário para entendimento do contexto!
Máximo de 6 palavras por linha, máximo de 6 linhas por slide
Fundo escuro com letras claras. A escolha das cores deve ser muito cuidada, devendo optar
por cores para o texto e para o fundo com muito contraste.
De preferência devem ser usadas as Fontes Helvetica ou Arial (Times New Roman pode ser
interessante no monitor, mas numa projeção o efeito não é o mesmo.
Optar por tamanhos de letra grandes, sempre superiores a 18.
Não usar somente maiúsculas.
O Powerpoint pode apresentar a numeração do slide no canto inferior direito. Uma dica é, no
Slide-mestre, colocar um “/xx” neste campo, onde “xx” é o número final de slides que
compõem sua apresentação. Desse modo, na aula, o aluno verá no canto da tela “1/76” e em
seguida “2/76” e sucessivamente. O número de página serve essencialmente para
visualização da progressão da apresentação. É um instrumento fundamental para o formador.
1.1.7 Regras Net-etiqueta
Na utilização dos diversos serviços da Internet, tal como no mundo real existem regras de "Etiqueta" e
"Boas Maneiras".
A Net-etiqueta define todo o tipo de comportamento de um utilizador dentro da Internet,
nomeadamente na comunicação virtual, e por conseguinte, também, dentro de uma rede social ou
dentro de ferramentas de trabalho colaborativo.
No caso das comunicações virtuais é fácil esquecer que se interage com pessoas reais e não apenas
caracteres que aparecem no monitor do computador.
Para que as comunidades funcionem torna-se necessário estabelecer e respeitar um código de
conduta. Em seguida são apresentados algumas orientações:
Nos meios virtuais devem ser utilizados os mesmos padrões de comportamento, valores éticos e bom
senso que são utilizados na vida real.
O uso da rede é um privilégio, não um direito. Não abuse dele.
Na Internet as pessoas são por natureza participativas. Perante questões ou dúvidas para as
quais tem conhecimento suficiente, a comunidade responde e o conhecimento geral aumenta.
Estabeleça uma interação positiva. Se gostou de algo, faça com que o seu autor saiba disso.
Se por acaso discorda de alguma coisa, discorde educadamente.
Evite mensagens longas.
Cite todas as referências e fontes e respeite os direitos de autor (copyright).
Certifique-se de que o conteúdo da sua mensagem é correto, de fácil leitura e compreensão.
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Na Internet ninguém é julgado pela cor da pele, olhos, cabelo, peso ou pela roupa. No
entanto, somos julgados pelo que escrevemos, o que nos obriga a dar mais atenção à escrita.
Seja claro, breve e objetivo nas suas mensagens.
Subscreva sempre as suas mensagens. Para além do nome, pode ainda incluir nas suas
mensagens o seu e-mail e/ou outros endereços.
ESCREVER SOMENTE LETRAS MAIÚSCULAS FAZ SUPOR QUE O AUTOR ESTÁ A
FALAR EM VOZ ALTA OU A GRITAR.
Nas comunicações virtuais, perdemos a oportunidade de utilizar expressões faciais, gestos e
tom de voz para dar mais sentido a uma mensagem. Para compensar esta falta de
visualização, a rede desenvolveu sinais, denominados smileys, que podem ajudar a exprimir
emoções e a reforçar o tom das mensagens. Use-os com moderação.
Os acrónimos podem ser utilizados para abreviar as mensagens. Contudo, mensagens com
muitos acrónimos podem ser confusas e aborrecidas para os leitores.
Respeite a privacidade dos outros. Se vai passar informações que não são suas, peça
permissão primeiro. Deixe bem claro a origem da sua informação.
Ao responder a um e-mail, alguns programas reproduzem a mensagem original. Pode ser útil
se quiser responder a um ponto específico. Caso contrário, apague o texto original para
manter as mensagens curtas e simples de ler.
Concentre-se num assunto por mensagem e inclua sempre um título/assunto pertinente.
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1.2 Comunidades Virtuais de Aprendizagem
1.2.1 Ferramentas virtuais utilizadas na aprendizagem
Os novos conceitos impulsionados pela internet apelam essencialmente a uma cultura e a práticas de
colaboração e de participação, associadas à ideia de comunidades. Estas práticas são apoiadas nas
denominadas ferramentas de trabalho colaborativo, amplamente disseminadas na nova era da Web
2.0.
De facto, as ferramentas necessárias para colaborar, criar valor e competir, estão neste momento na
ponta dos dedos de cada indivíduo.
Os indivíduos ligados em rede podem participar ativamente na criação de riqueza e no
desenvolvimento social de uma forma que antes nem sequer se imaginou possível.
Envolver-se em comunidades de colaboração significa abdicar de algum controlo, partilhar
responsabilidades, adotar a transparência, gerir conflitos e aceitar que os projetos assumam vida
própria. Significa aprender novos conjuntos de aptidões que assentam sobretudo na criação de
confiança, no respeito pelos compromissos, na mudança dinâmica e na partilha da tomada de
decisão. Mas significa acima de tudo a capacidade de criar valor em conjunto. Esta nova “ciência da
colaboração”, mais do que a utilização de software aberto, representa uma mudança profunda na
estrutura e no modo de funcionamento das empresas e da economia, baseados em novos princípios
competitivos como sejam a abertura, o trabalho com os pares, a partilha e a ação global. Mas estes
princípios competitivos aplicam-se também aos indivíduos. Se as empresas se tornam globais, os
indivíduos também podem e devem fazê-lo!
As ferramentas estão disponíveis. Apresentam-se seguidamente algumas, que pela facilidade de
acesso e gratuitidade, podem ser mobilizadas por qualquer um de nós.
Wiki
O termo wiki refere-se a um software colaborativo, baseado na Web, que permite a edição coletiva
dos documentos usando um sistema que não necessita que o conteúdo tenha que ser revisto antes
da sua publicação. O wiki cresce através dos links que vão sendo estabelecidos com outras páginas,
novas ou já existentes.
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Os principais benefícios dos wikis estão ligados à facilidade e eficiência com que a colaboração
acontece. Verifica-se que os wikis estão a ser utilizados para tudo: trabalho, vida social, atividades
como voluntariado e até contactos coma família. Estes permitem distribuir a responsabilidade da
organização de um espaço on-line por uma rede de colaboração, que não precisa de um “gestor”.
Cada membro pode produzir para a comunidade sem ter de esperar por outros.
Uma das características definitivas da tecnologia wiki é a facilidade com que as páginas são criadas e
alteradas - geralmente não existe qualquer revisão antes de as modificações serem aceitas, e a
maioria dos wikis são abertos a todo o público ou pelo menos a todas as pessoas que têm acesso ao
servidor wiki. Nem o registo de utilizadores é obrigatório em todos os wikis. A estrutura de
armazenamento da informação é completamente definida pelo utilizador. O que faz o wiki tão
diferente das outras páginas da internet é certamente o facto de poder ser editado pelos utilizadores
que por ele navegam. Assim, o conteúdo de um artigo atualiza-se graças à colaboração coletiva.
Um wiki é uma excelente ferramenta global de registo e partilha de conhecimentos. Pode usar-se
para partilhar conhecimento, para discutir ideias, para o trabalho de uma equipa no desenho de um
projeto, para criar guias de instruções, para criar um repositório de documentos ou apenas para
registar diariamente informação num formato simples e modificável.
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Figura 3 WikiSpaces - http://www.wikispaces.com
Skype
O Skype é um software que permite a comunicação através da internet, assente em ligações de VoIP
– Voz sobre Internet. Este software é gratuito e pode ser usado com outros utilizadores que o
possuam instalado no seu computador.
O Skype, como espaço colaborativo, permite combinar um conjunto de funcionalidades como:
conversa (chat), chamada telefónica, conferência (chat e voz), envio de ficheiros e visualização do
histórico das conversas e chamadas.
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Figura 4 Skype - http://www.skype.com/intl/pt/home/
Google Groups
Um grupo é um espaço de trabalho colaborativo, na Web, que permite na generalidade as seguintes
funcionalidades:
Disponibilizar ficheiros
Editar páginas de informação
Gerir calendários
Comunicar por email do grupo
Manter os membros informados automaticamente das atualizações ocorridas no espaço de
trabalho
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Figura 5 Google Groups - http://groups.google.com
Wordpress
O WordPress é uma ferramenta de gestão de conteúdos em que é possível de uma forma simples e
rápida, construir blogs.
O WordPress foi criado a partir do já desaparecido b2/cafelog e é hoje o mais popular na criação
de weblogs. As causas do seu rápido crescimento são, entre outras, seu tipo de licença (de código
aberto), a sua facilidade de uso e suas características como gestor de conteúdos.
Esta ferramenta é utilizada também como plataforma de desenvolvimento de sites de comércio
eletrônico, revistas, jornais, portfólio, gestor de projetos, diretório de eventos e outros conteúdos
devido a sua capacidade de extensão através de plugins, temas e programação PHP.
A correta exploração desta plataforma, pode auxiliar o processo de ensino/aprendizagem e
enriquecer a qualidade de um curso ou disciplina.
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Figura 6 Wordpress - http://www.wordpress.pt
1.2.2 Redes Sociais e a Web 2.0
As redes sociais têm tido um forte incremento de utilização por uma grande diversidade de
utilizadores, representando um papel cada vez mais influente na vida social e cultural das pessoas.
As principais motivações que levam os alunos a utilizarem as redes sociais são os contactos com
amigos e o entretenimento. Os alunos apresentam opiniões muito favoráveis sobre as redes sociais,
salientando como principais potencialidades a facilidade de utilização, a quantidade e variedade de
recursos disponíveis e o desenvolvimento de contatos pessoais.
As redes sociais têm vindo a assumir um papel cada vez mais central na Web 2.0. Esta, segundo Tim
O’Reilly (2005), representa a segunda geração de comunidade e serviços que visa centrar a Web
como uma plataforma que aproveita o efeito de rede, de modo que quanto mais as aplicações sejam
utilizadas mais ricas se tornam.
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Os alunos têm agora à sua disposição uma grande variedade de formas de criação de conteúdos da
Web 2.0, como podcasts, blogues, bookmarks sociais, redes sociais, atividades em mundos virtuais e
wikis.
A comunidade educativa está interessada em permitir que os alunos possam demonstrar os seus
resultados de aprendizagem através da criação de conteúdos nestas novas plataformas,
nomeadamente para envolver os alunos e desenvolver as suas competências, aumentar a
capacidade crítica e de revisão por pares e a capacidade criativa, tendo simultaneamente o objetivo
de melhorar as capacidades de expressão escrita.
Com a adoção de blogues, wikis e redes sociais, a Internet entrou na era da Web 2.0, que vai além
da informação e da ligação entre pessoas. As redes sociais como, por exemplo, o Facebook,
tornaram-se mais frequentes em ambientes de aprendizagem, explorando novas formas de ensino e
aprendizagem. As redes sociais apresentam-se assim como uma alternativa às plataformas
tradicionais de aprendizagem, uma vez que focam o espírito colaborativo e de comunidade,
combinando o perfil individual com ferramentas interativas de grupo, como chat, blogues e fóruns de
discussão.
Cuidados a ter com as redes sociais
É preciso ter muito cuidado com o que coloca na internet, principalmente para quem está ou quer
ingressar no mercado de trabalho. Agências de recrutamento e contratação, cada vez mais utilizam
estas redes para obter informação privilegiada.
1- Privacidade e segurança
As tecnologias tanto dão para o bem, como para o mal. Com as redes sociais não é diferente. Os
conteúdos guardados numa rede social podem ser recolhidos por outras entidades e armazenados
em formato digital, a longo prazo. Todo o cuidado é pouco. Sempre que pensar que determinada
informação não está visível para todos os utilizadores, pense duas vezes. Muitas empresas já
entrevistaram candidatos, considerando a possibilidade de contratá-los, mas assim que procuraram o
trabalhador na rede social, acabaram por rejeitá-los, devido à informação que recolheram no seu
perfil. Se bem que o contrário também pode acontecer. Tenha muito cuidado com o que lá escreve ou
insere.
2- Fornecimento de dados
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As redes sociais têm grande capacidade de armazenamento, não só de informação mas de outros
dados secundários, como local de estudo, data de nascimento, relações familiares, etc. Estes dados
podem ser utilizado em publicidade, ou para venda de outras entidades.
3- Referências ao local de trabalho
Algumas empresas não gostam de estar expostas nas redes sócias. Se coloca no seu perfil a
empresa onde trabalha, certifique-se de que não está a ir contra a política empresarial.
4- Reconhecimento facial
Para quem tem mais do que uma rede social, está duplamente exposto. Mesmo que crie uma rede
para cada campo, seja pessoal ou profissional, tanto uma como outra estão sempre associadas.
Tenha muita atenção às fotografias que agrega ao seu perfil. Mantenha alguma privacidade!
5- Content Based Image Retrieval ( CIBR)
O CIBR é um programa que permite descobrir onde determinada fotografia foi tirada. O principal risco
desta nova tecnologia é a identificação de lugares onde a pessoa esteve e a localização da própria
pessoa. Isto pode gerar situações de perseguição, quer no local onda mora, que no local de trabalho,
acabando por prejudicá-lo.
6- Eliminação do perfil
Mesmo que um dia queira apagar o seu perfil, não será fácil. Isto porque a informação na internet fica
armazenada durante muito tempo, e nunca se sabe por onde passa. Uma boa forma de verificarmos
esta situação é colocar o nome no Google.
1.2.3 Normas SCORM
Uma das problemáticas da construção e disponibilização dos conteúdos online é a sua
heterogeneidade.
Cada formador apresenta as suas próprias formas de construção de conteúdos, agrupando e
disponibilizando de diferentes formas. Com as normas SCORM pretende-se padronizar os conteúdos
permitindo a sua reutilização.
Sharable Content Object Reference Model (SCORM) é uma coleção de padrões e especificações
destinadas ao e-learning. A norma SCORM é um modelo desenvolvido pela Advanced Distributed
Learning (ADL) e define comunicações entre o conteúdo do lado do cliente e um host/anfitrião
chamado de ambiente de execução, anteriormente designado por LMS.
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O SCORM tem como objetivos:
Padronizar o modo como os conteúdos se relacionam com os sistemas que os suportam;
Reutilizar os objetos de aprendizagem, permitindo ao autor do conteúdo utilizá-lo em
contextos diferentes. Isto é, o mesmo conteúdo pode ser incorporado em vários contextos e
ter várias utilizações (em diferentes disciplinas/módulos);
Flexibilizar a aprendizagem uma vez que podem ser construídos vários percursos de
aprendizagem e estes disponibilizados a diferentes alunos;
Portabilidade/migração ao permitir que sejam independentes da plataforma de e-learning. Os
objetos de aprendizagem podem assim ser transportados entre ambientes de e-learning de
diferentes instituições.
Pela importância deste formato, existem várias ferramentas que podem ser utilizadas para a criação
de conteúdos no formato SCORM. Estas ferramentas podem dar uma ajuda importante para que
professores ou outros profissionais criem os seus próprios conteúdos em e-learning,
independentemente da plataforma.
eXe – eLearning XHTML editor
O eXe é uma aplicação open-source para criar conteúdos SCORM em formato XHTML que pode ser
utilizada facilmente por utilizadores sem grandes conhecimentos de informática.
Possui um painel principal que mostra uma reprodução fiel dos conteúdos e-learning a criar e que
serve também de interface com o utilizador, que ali pode adicionar e remover conteúdos
interactivamente.
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Figura 7 Aplicação eXe
Xerte
O Xerte é uma aplicação open-source desenvolvida pela Universidade de Nottingham que permite
criar cursos e-learning com texto, imagens, sons, vídeo, questionários ou outros objetos, criando no
final um ficheiro SCORM em formato flash.
O Xerte permite também a criação de templates ou modelos, tornando assim possível o
desenvolvimento mais rápido e padronizado de conteúdos em e-learning. Os utilizadores avançados
podem ainda desenvolver scripts para criar templates dinâmicos e conteúdos em e-learning com
grande interatividade.
Outra das vantagens do Xerte é que gera automaticamente uma interface que permite uma
navegação fácil nos conteúdos criados.
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Figura 8 Aplicação Xerte
Reload Editor
A aplicação Reload Editor (Reusable eLearning Object Authoring & Delivery) permite criar ou explorar
o conteúdo dum curso e-learning em formato SCORM, como os seus recursos e metadados,
nomeadamente autor, língua, nível de dificuldade ou assunto, que guardam informação sobre os
vários objetos de aprendizagem.
Um pacote SCORM é um ficheiro zip onde estão todos os Objetos de Aprendizagem dum curso,
tendo ainda um ficheiro de manifesto que além dos metadados, guarda a sequência de apresentação
e a hierarquia dos vários OA que o constituem.
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Ao contrário do Exe e do Xerte que permitem criar conteúdos e-learning, o Reload Editor serve
apenas para agrupar objetos de aprendizagem num pacote SCORM e associar-lhes metadados,
sendo direcionada para os utilizadores com algum conhecimento sobre o padrão SCORM.
O Reload serve também para editar um pacote SCORM tornando assim possível criar novas
organizações (uma sequenciação diferente dos OA) e novos cursos em e-learning a partir doutros
cursos já existentes.
Uma das funcionalidades bastante úteis do Reload Editor é a validação, que permite verificar se o
ficheiro gerado pela aplicação está em conformidade com o formato SCORM.
Figura 9 Aplicação Reload Editor
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1.2.4 Ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona
As principais vantagens apontadas pelas ferramentas de comunicação com suporte on-line, dentro ou
fora de um LMS, é a possibilidade da comunicação poder ser feita não só no sentido de um-para-um,
mas também de um-para-muitos ou ainda de muitos-para-muitos.
Na comunicação de um-para-um os participantes podem conversar entre si em privado através de e-
mail, chats on-line ou ainda pela utilização da vídeo-conferência.
Na comunicação de um-para-muitos os participantes podem comunicar em quadros de aviso na Web,
em listas de discussão ou até mesmo em sessões de chat com a presença de todos.
Existem diversas vantagens no desenvolvimento e estimulação deste tipo de interação que tem em
conta os diferentes estilos de aprendizagem:
Estimula-se a aprendizagem mais ativa e refletida;
As aprendizagens revelam uma maior dependência dos alunos de fatores sensitivos e
intuitivos;
Torna-se mais fácil a ilustração de problemas reais;
Surge uma melhor convergência entre as informações trocadas e o trabalho de campo;
Dada a ausência de reações visuais e verbais orais, estimulam-se outras formas de
comunicação mais ricas baseadas na troca de fotografias, imagens, gráficos, diagramas, clips
de áudio e vídeo, etc;
A aprendizagem torna-se menos sequencial contudo mais global e significativa;
Utilizam-se novas abordagens construtivistas que envolvem os alunos em tarefas e atividades
mais autênticas e contextualizadas;
Dá-se uma maior promoção da motivação intrínseca dos alunos, pelo realce de questões
geradas pelos próprios alunos;
A aprendizagem torna-se independente dos objetivos pedagógicos propostos;
Modificam-se as relações entre alunos e entre o professor e os alunos;
O professor passa a assumir um papel de facilitador das interações e é visto pelos alunos
como um especialista na matéria abordada e que está sempre disponível para ser consultado
ou atendido nas suas sugestões;
As interações entre alunos deixam de depender do espaço, do tempo e do contexto em que
ocorrem.
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Tendo em conta as atividades e plataformas apresentadas nos tópicos anteriores, podemos desde já
dividir de forma síncrona e assíncrona.
Comunicação assíncrona
As formas de comunicação assíncrona, ou seja que decorrem de forma intermitente e com diferença
temporal entre os participantes, são as mais antigas formas de comunicação no ensino a distância e
no e-learning.
Face às formas de comunicação síncrona, elas podem perder no que diz respeito ao imediatismo e
espontaneidade. Mas as possibilidades acrescidas de reflexão e integração com outras fontes de
informação facilita a aprendizagem e a construção de conhecimento, que são os objetivos da
formação. Contrariamente ao que se passa na comunicação síncrona, na comunicação assíncrona os
participantes têm oportunidade de estudar, refletir, procurar informação, redigir ponderadamente, e
corrigir quantas vezes forem necessárias, as suas intervenções nas interações que decorrem durante
um curso em regime de e-learning.
Existem várias ferramentas das quais se destacam as seguintes:
Correio eletrónico
Fóruns
Wikis e glossários
Weblog
Outros
Comunicação síncrona
No caso da comunicação síncrona, como o próprio nome indica, existe simultaneidade na interação
entre os seus participantes. As formas de comunicação síncrona, também conhecidas por
conferência, podem basear-se apenas na utilização de texto, sendo geralmente designadas por chat,
ou também na utilização de áudio e vídeo, caso em que serão designadas por audioconferência ou
videoconferência.
Dependendo dos objetivos que temos para uma determinada sessão, a utilização de uma ou de outra
forma deve ser devidamente ponderada.
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1.2.5 O papel do e-formador e e-moderador
Sempre que se aborda a temática do e-learning, temos obrigatoriamente de falar em e-formador.
O que é um e-formador? A primeira dificuldade na resposta a esta questão resulta do ruído
provocado pela multiplicidade de termos e significados que se foram usando nos últimos anos.
No âmbito do e-learning, os termos professor, formador, tutor, moderador, são associados ao prefixo
e- ou às palavras virtual ou online, dando a origem a designações como e-moderador, tutor online, e-
professor, e-formador, formador virtual, etc., que são geralmente utilizadas de forma indiscriminada.
As funções formativas no contexto do e-learning são múltiplas: desde a conceção das ações, até à
sua implementação e condução, passando pela criação de conteúdos, etc.
Tal como no ensino presencial, o formador num curso em e-learning tem de atuar como organizador e
facilitador da participação dos estudantes/formandos, usando o conjunto de estratégias pedagógicas
necessárias para lhes assegurar uma experiência de aprendizagem enriquecedora.
O e-formador tem de promover, estimular, orientar e apoiar as interações que ocorrem no processo
de formação e que, de acordo com Mason (1998), tem três dimensões:
interação entre formando e formador;
interação entre formando e conteúdos
interação entre formandos
No contexto do e-learning, alguns autores acrescentam um quarto tipo de interação:
interação entre o formando e a interface ou plataforma.
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LEWIS, D. ALLAN, B. (2005). Virtual Learning Communities: a guide for practitioners. Open
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LIMA, J.; CAPITÃO, Z. (2003). E-learning e E-conteúdos. Lisboa: Centro Atlântico
MIRANDA, G. (2009). Ensino Online e Aprendizagem Multimédia. Lisboa: Relógio d’Água
MYERS, Greg (2011). The discourse of blogs and wikis. London: Continuum
RICHARDSON, Will (2006). Blogs, Wikis, Podcast and other powerful Web tools for
classrooms. Thousand Oaks, CA: Corwin Press
SALMON, G. (2000). E-moderating. London and New York: Routledge Falmer
STEFANI, L. et al (2007).The Educational Potential of e-Portfolios. Routledge: London
WATKINS, Ryan (2005). 75 e-learning activities: Making Online learning interactive. Pfeiffer
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