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 Man ual SolTerm 1/60  Manual SolTerm versão 5.0 

Manual SolTerm 5

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Manual SolTerm 1/60

Manual SolTerm versão 5.0 

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Manual SolTerm 2/60

Manual de Instalação e Utilização do software SolTerm

SoftwareVersão: 5.0.2 - 27 Abril 2007Autores: Ricardo Aguiar e Maria João Carvalho

ManualVersão: 1.5 - 3 Maio 2007Autor: Ricardo AguiarRevisão: Maria João Carvalho, Jorge Cruz Costa, João Farinha Mendes,

Carlos Rodrigues, António Joyce (nas anteriores versões)

EdiçãoInstituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, I.P.Departamento de Energias Renováveis

Lisboa, Maio 2007

Distribuição em CD-ROMISBN 978-972-676-205-8

Compatível com o Sistemade Certificação de EdifíciosDecretos-Lei nos. 78, 79 e

80 /2006 de 4 de Abril

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Manual SolTerm 3/60

ÍNDICE

1. CONCEITO GERAL 5 

2. INSTALAÇÃO 6 

3. LICENCIAMENTO 7 

4. ASSISTÊNCIA 8 

5. OPERAÇÃO BÁSICA 9 

5.1. L ANÇAMENTO 9 5.2. CLIMA E OBSTRUÇÕES 9 5.3. DEFININDO O SISTEMA SOLAR 9 5.4. DESEMPENHO E NERGÉTICO 10 5.5.  ANÁLISE E CONÓMICA 11 5.6. BENEFÍCIOS A MBIENTAIS 11 5.7. OUTRAS CAPACIDADES 11 

6. INTERFACE CLIMA E LOCAL 12 6.1. SELECÇÃO DA ZONA DE INTERESSE  12 6.2. CLIMATOLOGIA 13 6.3.  ACESSO A D ADOS H ORÁRIOS 13 6.4. SOMBRAS E OBSTRUÇÕES 13 

7. INTERFACE SISTEMAS TÉRMICOS 15 

7.1 I NSTRUÇÕES GERAIS 15 7.2 CONFIGURAÇÕES DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS 16 7.3 C AMPO DE COLECTORES SOLARES 20 7.4 COLECTORES SOLARES TÉRMICOS 21 

7.5 DEPÓSITOS E PERMUTADORES 22 7.6 T UBAGENS 24 7.7  F LUIDO CIRCULANTE NO CIRCUITO PRIMÁRIO 25 7.8 C ARGAS TÉRMICAS ( CONSUMOS ) 26 7.9 SISTEMA DE APOIO 32 7.10 “K IT ” SOLAR TÉRMICO 33 

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Manual SolTerm 4/60

8. INTERFACE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS 35 

8.1 I NSTRUÇÕES GERAIS 35 8.2 P  AINEL SOLAR FOTOVOLTAICO 36 8.3  MÓDULOS FOTOVOLTAICOS 37 8.4  ARMAZENAMENTO 38 8.5 I NVERSORES 39 8.6 GERADOR AUXILIAR 40 8.7  C ARGAS ELÉCTRICAS ( CONSUMOS ) 40 8.8 CONTROLO 42 

9. INTERFACE ANÁLISE ENERGÉTICA 43 

9.1. I NSTRUÇÕES GERAIS 43 9.3. OPTIMIZAÇÃO POR CRITÉRIOS ENERGÉTICOS 46 

10. INTERFACE ANÁLISE ECONÓMICA 49 

10.1. I NSTRUÇÕES GERAIS 49 10.2 D ADOS TÉCNICO-ECONÓMICOS 49 10.3 CENÁRIOS ECONÓMICO-FINANCEIROS 50 10.4 I NTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA 50 10.5 T  ARIFAS 52 10.6. OPTIMIZAÇÃO ECONÓMICA 53 

11. INTERFACE BENEFÍCIOS AMBIENTAIS 54 

12. OPERAÇÃO AVANÇADA 55 

12.1. E DIÇÃO DIRECTA DOS BANCOS DE DADOS 55 12.2. CONFIGURAÇÕES AVANÇADAS DO SOFTWARE  55 12.3. D ADOS METEOROLÓGICOS ADICIONAIS 56 12.4. T  ABELA DE PARÂMETROS EXTERNOS 57 

13. REFERÊNCIAS 59 

Nota do Editor: A informação apresentada neste Manual, e em particular as figuras que mostram aspectos da interface, podem

variar em alguns detalhes em relação à versão do software distribuído, sem prejuízo da correcção e pertinência dasexplicações aqui providenciadas. 

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Manual SolTerm 5/60

1. Conceito Geral

O SolTerm é um programa de análise de desempenho de sistemas solares (v5.0: térmicos efotovoltaicos), especialmente ajustado às condições climáticas e técnicas de Portugal.

A análise de desempenho de um sistema solar é feita no SolTerm via simulação energética sobcondições quasi-estacionárias: isto é, são simulados os balanços energéticos no sistema em intervaloscurtos (10 minutos), durante os quais se considera constante o estado do ambiente e o do sistema.

Nestas simulações são usadas informações sobre

• 

configuração / dimensionamento do sistema•  estratégias de controlo e operação•  radiação solar horizontal e temperatura ambiente em base horária•  obstruções e sombreamentos•  características técnicas dos componentes (colectores, armazenamento, etc.)•  consumo (ou “carga”) do sistema em base horária média mensal

Estas informações são armazenadas segundo categorias, algumas em bancos de dados que podem sergeridos e expandidos pelo utilizador. O SolTerm traz já consigo na instalação um conteúdo inicialnestes bancos de dados, em que se realçam os dados meteorológicos – 308 Anos Meteorológicos deReferência, i.e. um por cada Concelho de Portugal - e os dados dos colectores e “kits” de tecnologiasolar térmica, que à data de lançamento da versão estejam ensaiados e certificados segundo regraseuropeias. No entanto os restantes bancos de dados (depósitos/permutadores, colectores

fotovoltaicos, baterias, ...) também já incluiem um conteúdo inicial substancial.

A partir dos resultados das simulações de um sistema é possível obter o seu pré-dimensionamento -aliás são fornecidas no programa algumas ferramentas de optimização automática sob vários critériosenergéticos. O software disponibiliza também análise económica e cálculo do tarifário do regime deincentivos à electricidade a partir de fontes renováveis. Uma outra ferramenta útil refere-se àcomponente ambiental, designadamente ao cálculo das emissões de gases com efeito de estufaevitadas pelo uso dos sistemas solares. O programa produz relatórios da climatologia, das análises dedesempenho energético e das análises económicas.

O SolTerm constituiu-se como referência para cálculo de incentivos governamentais à energia solar;e actualmente é o software a ser utilizado na contabilização da contribuição de sistemas de energiasrenováveis para o balanço energético de edifícios, no contexto do Sistema de Certificação de

Edifícios, com o qual esta versão 5 foi especificamente compatibilizada.

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Manual SolTerm 6/60

2. Instalação

O SolTerm funciona sobre o sistema operativo Microsoft Windows© em ambiente interactivo. Nãoexistem a esta data versões para outros sistemas operativos.

A instalação faz-se simplesmente copiando o conteúdo do CD-ROM de distribuição do SolTerm parauma pasta criada pelo utilizador no seu computador. Para minimizar problemas de compatibilidade, oSolTerm apenas deposita informação na pasta escolhida: não é registado no Windows Registry neminstala quaisquer ficheiros na pastas de sistema do Windows©. Também não são instalados atalhosautomaticamente. A desinstalação pode pois ser feita simplesmente apagando a respectiva pasta.

O ficheiro executável que corre o programa é designado SolTerm.EXE.

A instalação contém pastas com os bancos de dados climáticos, de obstruções e sombras, decomponentes, de configurações de sistema, e de consumos, bem como este mesmo Manual, comdesignações auto-explicativas. A instalação inclui também um viewer  de documentos no formatoPDF, de distribuição e utilização livres, embora o utilizador possa configurar o software para usaroutros PDF viewers da sua preferência.

O programa está optimizado para uma configuração típica dos computadores actuais,designadamente uma resolução gráfica mínima '1024 x 768' pixeis, definições de côr mínimas '16 bit',tamanho de letra 'normal' e pixeis de tamanho 'normal' (i.e. 96 dpi). O programa deverá funcionar soboutras configurações, mas o seu aspecto poderá ser confuso e ter algumas partes ilegíveis, em

particular se alterado o tamanho dos pixeis e/ou de letra acima de 'normal'. O SolTerm dá umaajuda para alterar estas várias configurações, sob a opção de menú 'Configuração', ver OperaçãoAvançada. Existe a possibilidade de guardar automaticamente as alterações ao Projecto em que seestá a trabalhar. O programa não é sensível à definição de símbolo decimal (vírgula ou ponto).

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Manual SolTerm 7/60

3. Licenciamento

A licença do SolTerm permite o uso do programa e dos seus bancos de dados por tempo ilimitado.No entanto não se toma qualquer responsabilidade pelo uso inadequado, ou incapacidade de uso, dosdados e resultados do software.

A licença do SolTerm 5 não concede o acesso automático e gratuito a novas versões (upgrades). Noentanto as variantes de versão que corrigem bugs ou implementam algumas capacidades adicionais(releases) são distribuídas sem custos por correio electrónico (é enviada uma nova cópia doexecutável SolTerm.EXE).

Por norma, cada cópia do SolTerm é licenciada a um utilizador único, para um único posto (i.e.computador). Os dados dessa pessoa (nome e entidade) são usados na personalização da sua cópia doprograma. Essa personalização aparece no ecrã de entrada, no ecrã de versão do software, nobackground da interface do programa e nos relatórios emitidos. Contudo versões especiais multi-utilizador podem ser elaboradas e licenciadas a pedido. Por outro lado, é possível pedir a transmissãode licença para outro utilizador da mesma entidade e/ou a mudança do computador onde estáinstalado o programa.

A informação resumida que aqui se dá, não dispensa a leitura integral da licença, que figura noficheiro Licença_SolTerm_5.pdf também distribuído com o software.

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Manual SolTerm 8/60

4. Assistência

O software tem assistência técnica gratuita por dois anos. A assistência é prestada de preferência viacorreio electrónico.

O conceito de assistência técnica inclui por exemplo dificuldades de instalação e resolução de bugs do software em si, mas não inclui treino na operação do programa, formação em climatologia, emsimulação numérica, em análise de desempenho de sistemas solares ou noutros assuntos, nem ajudana interpretação de resultados, excepto em casos muitíssimo pontuais em que isso seja consideradorazoável. Esse tipo de informação e formação é prestado regra geral em cursos de pós-graduação emestrados, e em seminários e cursos de formação específicos de projectistas e instaladores desistemas.

Para relatar e obter ajuda em problemas de operação, para sugestões de melhoramentos, etc., use oendereço de email solterm.suporte @ ineti.pt .

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Manual SolTerm 9/60

5. Operação básica

5.1. Lançamento

Corra o SolTerm (clique em Solterm.exe). O ecrã de abertura informa-o da versão e mostra a suapersonalização. Decorrem alguns segundos enquanto o programa verifica ficheiros e configurações einicializa dados internamente, e depois é emitido um aviso de prontidão. Poderá então clicar ainterface para iniciar de imediato a utilização; ou então, após mais alguns segundos, o própriosoftware avança para a próxima interface.

5.2. Clima e Obstruções

A interface inicialmente apresentada é a designada por “Clima” nas lâminas do topo da interface.Neste contexto, por clima entende-se o recurso solar e a temperatura ambiente. Na interfacefiguram um mapa de Portugal, uma lista de séries meteorológicas utilizáveis, e gráficosclimatológicos. Claro que o utilizador pode mudar em qualquer altura a zona do seu interesse; omapa apresentá-la-à em evidência, bem como aos respectivos gráficos climatológicos.

A climatologia (i.e. médias mensais de longo prazo) pode ser guardada num relatório, através de umícone localizado à direita em cima na interface ou de uma opção da barra de menús. Este ficheiro édenominado “relatório_climático.txt” e por defeito fica guardado na pasta do SolTerm.

O ícone a meio à direita permite aceder à série meteorológica de valores horários em texto simples.

Através de um ícone em baixo à direita na interface, é possível definir as obstruções do horizonte esombreamentos que localmente influenciam o sistema.

O software recorda a zona seleccionada para cada tipo de sistema solar, térmico ou fotovoltaico. Aoaceder à interface de Clima o software apresenta em evidência a zona atribuída no Projecto deSistema em que se esteve a trabalhar (térmico ou fotovoltaico). A zona inicialmente seleccionadaquando se lança o programa é a correspondente ao primeiro dos Projectos térmicos em arquivo.

Na primeira utilização o banco de dados de Clima contém Anos Meteorológicos de Referência para308 Concelhos de Portugal, e o banco de obstruções/sombreamentos dois horizontes obstruídostípicos, a 3° e 20° de altura angular constante. O utilizador pode ir acrescentando os seus própriosdados a estes conteúdos iniciais, ver Operação Avançada.

5.3. Definindo o Sistema Solar 

O tipo de sistema solar que se pretende trabalhar, térmico ou fotovoltaico, é escolhido nas lâminasdo topo da interface. Há que fornecer informações gerais de configuração e controlo, e informaçõesespecíficas sobre componentes, ligações, consumos, sistema de apoio, etc. Tudo isto, juntamentecom a zona climática e as informações de obstruções/sombreamentos, constitui um Projecto deSistema.

Os Projectos são guardados numa base de dados, que o utilizador pode gerir – em particular, podeguardar, carregar, acrescentar, modificar e apagar Projectos. As ferramentas para gerir a base dedados de Projectos ficam no topo de uma barra à esquerda da interface de Projecto de Sistema.

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Manual SolTerm 10/60

Em baixo na mesma barra selecciona-se o tipo ou configuração geral de sistema (por exemplo, kitsolar térmico, sistema fotovoltaico ligado à rede, ...).

A zona da interface à direita em cima contém um diagrama do (sub)tipo de sistema, com os diversos

“componentes” - neste contexto, em sentido lato designamos também por “componente”, definiçõesde consumos, do sistema de apoio, e quando aplicável, informações sobre controlo, abastecimentode água, tensão nominal, etc.

Passando com o apontador do rato por cima de cada componente este fica realçado; clicando, fixa-seessa selecção; voltando a clicar em qualquer parte da interface, liberta-se de novo a selecção decomponentes. Um pequeno ícone (“pionés”) apareçe quando um componente está seleccionado.

Com um componente realçado e/ou seleccionado, a zona por baixo do diagrama apresentacaracterísticas do componente, que são então ajustadas pelo utilizador. Em alguns casos, há“modelos” fixos de componentes, que podem ser definidos através de um editor próprio, acessívelatravés de um ícone desta interface (em geral na forma de uma pequena mala de ferramentas). Édesignadamente o caso de colectores térmicos, kits térmicos, depósitos/permutadores térmicos,colectores fotovoltaicos, baterias, inversores. No caso das especificações de consumos de energia /água quente existem três ferramentas: um editor geral para definição de consumos e gestão da basede dados de especificações de consumos; um editor para o caso particular de consumos associados apiscinas; e uma ferramenta para especificação rápida dos consumos no âmbito do Sistema deCertificação de Edifícios (ver botão marcado “RCCTE”), através da qual aliás também é possívelajustar e completar dimensionamentos para cálculos regulamentares no mesmo contexto.

O utilizador deve percorrer os vários componentes do diagrama, seleccionando modelos e fornecendoas diversas informações que constituiem o Projecto. Se desejar alterar o clima e/ou ossombreamentos/obstruções, deve ir à interface respectiva, fazê-lo, e voltar à interface de Projectode Sistema.

O software apresenta de início valores típicos “por defeito” em todas as posições; regra geral estesconstituiem apenas isso mesmo, e não valores oficiais ou regulamentares. Contudo, comomencionado acima, no contexto do Sistema de Certificação de Edifícios são atribuídos certos valoresregulamentares e recomendados - ver mais adiante detalhes na secção própria.

As alterações feitas a um Projecto não são guardadas automaticamente assim que são feitas. Outilizador deve gerir a base de dados de Projectos na barra à esquerda da interface, incluindoguardar as modificações a Projectos, adicionar novos Projectos ou apagar Projectos existentes. Noentanto o software vai tentando recordar ao utilizador se fez alterações ao Projecto corrente queeventualmente necessitem de ser guardadas.

5.4. Desempenho Energético

Concluído o Projecto, selecciona-se nas lâminas do topo a opção 'Análise Energética' e o programa fazde imediato uma simulação detalhada do último tipo de sistema que seleccionou, i.e. um balançotérmico ou eléctrico do sistema para um ano representativo. A interface apresentará contudo apenasos resultados mensais. Terminada a simulação, apresentam-se também alguns valores e índices dedesempenho anuais. Estes diversos resultados podem ser guardados num Relatório, através de íconesituado no topo à direita. Este relatório é guardado por defeito na pasta do SolTerm, num ficheiro detexto simples de nome “relatório_energético.txt”.

Na zona debaixo dos resultados obtidos com o Projecto corrente é dada a possibilidade de explorarautomaticamente a optimização do sistema segundo vários critérios energéticos. Contudo só serecomenda essa opção depois de estarem bem compreendidos os critérios em causa, ver Operação

 Avançada.

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Manual SolTerm 11/60

O dimensionamento do sistema é feito explorando em ciclo uma sequência de (re)definição e/ouajuste de componentes seguido de simulação energética e análise dos resultados, até se estarsatisfeito com o desempenho obtido para o Projecto.

5.5. Análise Económica

Satisfeito (em termos energéticos) com o Projecto que definiu, o utilizador pode depois aceder aferramentas de análise económica, usando uma das lâminas do topo. Interpretando os resultadosdesta análise é possível e frequentemente aconselhável vir a fazer ainda outros ajustes ao Projecto,em particular no tamanho do campo de colectores, por vezes também noutras características como acapacidade de armazenamento ou o tipo de sistema de apoio.

5.6. Benefícios Ambientais

Finalmente, a partir da energia fornecida pelo sistema solar e do tipo de energia usado no sistema deapoio, é possível um cálculo de benefícios ambientais, designadamente das emissões de gases comefeito de estufa evitadas.

5.7. Outras capacidades

Os menús na barra de topo permitem aceder a este Manual, a outras informações sobre o programa ecriar Relatórios com os valores numéricos da climatologia mensal, dos resultados da análiseenergética, económica e ambiental. Esses mesmos Relatórios podem também ser criados usando osícones presentes na interface.

Além de bases de dados de meteorologia, sombreamentos e componentes, o SolTerm também

permite gerir uma base de dados de especificações de piscinas.Existe a possibilidade de guardar automaticamente as alterações ao Projecto em que se está atrabalhar, ver o menú “Configuração”. Nesse caso o programa guardará periodicamente o Projecto,de acordo com o intervalo especificado pelo utilizador.

Ao (re)iniciar o SolTerm, o software carrega por defeito os últimos Projectos (térmico efotovoltaico) em que se esteve a trabalhar.

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Manual SolTerm 12/60

6. Interface CLIMA e LOCAL

Neste contexto, por clima entende-se toda a informação relativa a recurso solar e a temperaturaambiente que permite simular o desempenho dos sistemas solares.

6.1. Selecção da zona de interesse

Na interface figuram um mapa de Portugal, uma lista de séries meteorológicas utilizáveis, e gráficosclimatológicos. O utilizador pode mudar em qualquer altura a zona do seu interesse; o mapaapresentá-la-à em evidência, bem como aos respectivos gráficos climatológicos.

O mapa é demasiado pequeno para permitir a selecção directa com o rato (alguns Concelhos sãomuito pequenos), a selecção é feita na caixa-menú acima do mapa. Como a lista de Concelhos élonga, é em geral mais rápido escrever na caixa os caracteres iniciais da área de interesse paraaceder à zona da lista que interessa.

O software recorda a zona seleccionada para cada tipo de sistema solar, térmico ou fotovoltaico. Aoaceder à interface de Clima o software apresenta em evidência a zona atribuída no Projecto deSistema em que se esteve a trabalhar (térmico ou fotovoltaico). A zona inicialmente seleccionadaquando se lança o programa é a correspondente ao primeiro dos Projectos térmicos em arquivo.

N.B. Um Projecto inclui a definição de uma zona geográfica, pelo que ao carregar um Projecto(incluindo o inicialmente apresentado pela interface), muda a zona seleccionada. Outro caso em quea zona seleccionada muda é na especificação de piscinas (o seu balanço térmico é muito sensível aoclima e portanto a zona geográfica tem também que ser associada à especificação de piscinas).

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Manual SolTerm 13/60

6.2. Climatologia

A climatologia (valores médios mensais mais relevantes) relativa à série meteorológica escolhidapode ser guardada num ficheiro - um Relatório -, através de um ícone localizado à direita em cima na

interface ou de uma opção da barra de menús.

Esta climatologia não inclui o efeito de sombras e obstruções. Sombras e obstruções são informaçõesque permitem ajustar em alguma medida a informação que é providenciada para dada zona (em geralum Concelho), para um local concreto nessa zona (e.g. uma rua numa localidade).

6.3. Acesso a Dados Horários

O ícone a meio à direita permite aceder à série meteorológica anual de valores horários para a zonaescolhida, num formato de texto simples e com um cabeçalho que explica ele próprio o significadodos parâmetros apresentados.

Este formato inclui apenas radiação global e difusa e temperatura ambiente, contudo é de salientarque os ficheiros climáticos originais, guardados na pasta “Clima” contêm vários outros parâmetros,entre os quais se salientam os destinados à simulação térmica e de iluminação natural em edifícios.

Na primeira utilização o banco de dados de Clima contém Anos Meteorológicos de Referência(conhecidos por TRY de acordo com a sigla inglesa correspondente a Typical Reference Year) para308 Concelhos de Portugal, compatíveis com o Sistema de Certificação de Edifícios, vd. Dec.-Lei nos.78, 79 e 80 /2006, de 4 de Abril. O utilizador pode remover e/ou acrescentar os seus próprios dados aestes conteúdos iniciais - ver Operação Avançada – contudo para fins regulamentares os TRY originaisdevem ser usados (e portanto conservados!). Existem limitações ao uso destes dados fora do âmbitodos software SolTerm ou RCCTE/STE, ver as informações de Licença e Copyright.

6.4. Sombras e Obstruções

Através de um ícone em baixo à direita na interface, é possível definir as obstruções do horizonte esombreamentos que localmente influenciam o sistema.

A interface de sombreamentos e obstruções do horizonte permite dar conta da redução de irradiaçãosolar nas superfícies inclinadas devido a obstáculos. O efeito principal é evidentemente sobre a

radiação directa (i.e. proveniente do disco solar). Sob céu nublado a radiação difusa é relativamentreuniforme no hemisfério celeste e a redução da radiação difusa é aproximadamente proporcional à

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fracção do hemisfério que está obstruída. Contudo sob céu limpo a radiação difusa não é homogéneae existem zonas mais brilhantes junto ao horizonte e à volta do disco solar que podem ser muitoafectadas por obstruções.

O SolTerm 5.0 permite definir e guardar máscaras de obstruções entre NE e NW - a zona que naprática interessa para fins de recurso solar - em bandas de 10°. Para aceder à interface abaixoseleccione Clima > Obstruções do horizonte. Esta interface mostra uma planificação do domo celeste,olhando para Sul, ao centro; o zénite fica ao longo do topo. Para informação, está também marcadoo percurso aparente do sol nos solstícios e equinócios.

Por defeito o SolTerm 5 usa uma máscara a 3º de altura angular constante. Isto tem um efeitoprático desprezável, uma vez que os dados de radiação solar em arquivo para altura solar inferior a3° constituiem menos de 0,2% de todo o recurso solar. Inclui-se ainda uma outra máscara deobstruções com 20° de altura angular constante.

Outras máscaras podem ser definidas clicando sobre a interface e movendo o rato até à alturaangular desejada. Para parar o ajuste, clica-se outra vez. Parando por momentos o ponteiro sobreuma banda, é indicada a altura angular do obstáculo.

Na zona inferior da interface pode-se gerir a base de dados de máscaras de obstruções esombreamentos.

O software recorda a máscara seleccionada para cada tipo de sistema solar, térmico ou fotovoltaico.Ao aceder à interface de Clima o software lê a máscara seleccionada no Projecto de Sistema em quese esteve a trabalhar (térmico ou fotovoltaico). A máscara inicialmente seleccionada quando se lançao programa é a correspondente ao primeiro dos Projectos térmicos em arquivo.

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7. Interface SISTEMAS TÉRMICOS

7.1 Instruções gerais

Clicando a lâmina “Sistemas Térmicos” no topo da interface geral do software, acede-se à interfaceespecífica para sistemas solares térmicos. É aqui que se define o sistema solar térmico em si,fornecendo tanto informações gerais de configuração e controlo, como informações específicas sobrecomponentes, ligações, consumos, sistema de apoio, etc.

Em conjunto com a selecção de clima e de máscara de sombras, estas informações constituiemProjectos de sistemas térmicos. Estes Projectos são guardados numa base de dados (localizada napasta “ST Projectos”), que o utilizador pode gerir – em particular, pode guardar, carregar,acrescentar, modificar e apagar Projectos. As ferramentas para gerir a base de dados de Projectosficam no topo de uma barra à esquerda da interface.

Em baixo na mesma barra selecciona-se o tipo ou configuração geral de sistema: por exemplo, kitsolar térmico, sistema com depósito, etc.

A zona da interface à direita em cima contém um diagrama do (sub)tipo de sistema, com os diversos“componentes” - neste contexto, em sentido lato designaremos também por “componente” nesteManual as definições de consumos, do sistema de apoio, e informações sobre o fluido e caudal decirculação no anel primário.

Passando com o apontador do rato por cima de cada componente este fica realçado; clicando, fixa-seessa selecção; voltando a clicar em qualquer parte da interface, liberta-se de novo a selecção decomponentes. Um pequeno ícone em baixo à direita (pionés) indica quando há algum componenteseleccionado.

Com um componente realçado e/ou seleccionado, a zona por baixo do diagrama apresentacaracterísticas do componente, que são então ajustadas pelo utilizador. Nos casos de colectorestérmicos, depósitos/permutadores, “kits” térmicos, e perfis de consumos, há modelos fixos decomponentes, que podem ser definidos através de um editor próprio, acessível através de um íconedesta interface (em geral na forma de uma pequena mala de ferramentas).

O utilizador deve percorrer os vários componentes do diagrama, seleccionando modelos e fornecendo

as diversas informações que constituiem o Projecto. Se desejar alterar o clima e/ou ossombreamentos/obstruções, deve ir à interface respectiva, fazê-lo, e voltar à interface de Projectode Sistema.

Note-se que embora o software apresente de início valores típicos “por defeito” em todas asposições, estes constituiem apenas isso mesmo, e não valores oficiais, regulamentares ou de outraforma recomendados.

Os modelos de componentes (colectores, depósitos, etc.) são seleccionado em menús queapresentam uma lista do que existe em arquivo. No entanto é possível modificar ou adicionar ummodelo de componente, através do ícone (em geral uma pequena caixa de ferramentas) que dáacesso ao editor interactivo de colectores.

O software não guarda automaticamente definições de componentes novos / alterados nem em geralincorpora automaticamente um componente novo / alterado num Projecto em que se esteja a

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trabalhar; o programa alerta para isto mesmo no botão verde “sair” da interface, que tem a legenda“sair (sem guardar)” e cor laranja quando o utilizador não guardou as definições / alterações quefez.

Realmente, a edição /alteração de componentes não faz parte do fluxo básico de trabalho com oSolTerm, em que a situação mais habitual é já estarem disponíveis nas bases de dados os modelosde colectores, depósitos, etc. que se pretende usar num Projecto. Assim, os editores decomponentes são ferramentas autónomas que servem para gerir as bases de dados de componentes –aliás, é possível fazer modificações e acrescentar componentes novos directamente nos ficheirosarquivados nas pastas das várias bases de dados (com nome iniciado por “ST” para componentes desolar térmico), sem passar pelos editores interactivos. Estes ficheiros de componentes têm umformato de texto puro, auto-explicativo, comentado, e para utilizadores experientes pode ser atémais expedito trabalhá-los com um editor de texto normal do que via os editores interactivos.

Por defeito, as alterações feitas a um Projecto não são guardadas automaticamente assim que sãofeitas. O utilizador deve gerir a base de dados de Projectos na barra à esquerda da interface,incluindo guardar as modificações a Projectos, adicionar novos Projectos ou apagar Projectosexistentes. No entanto o software vai tentando recordar ao utilizador se fez alterações ao Projectocorrente que eventualmente queira ver guardadas. Contudo existe a possibilidade de guardarautomaticamente as alterações ao Projecto em que se está a trabalhar, ver o menú “Configuração”.

7.2 Configurações de sistemas solares térmicos

A configuração básica de um sistema solar térmico inclui: um circuito primário (solar) constituído porum campo de colectores ligado por um permutador a um depósito, e um circuito secundário queinterliga tomadas de água quente no depósito, cargas térmicas (consumos de energia na forma deágua quente, com ou sem reaproveitamento da água em si) e abastecimento de água ao depósito.Neste circuito secundário existe por regra um sistema de apoio que complementa a energia de

origem solar de foma a atingir a energia requerida pelas cargas térmicas.

Os sistemas solares concretos incluiem é claro muitos mais componentes e interligações, comosensores de temperatura, válvulas, sistemas de enchimento e de purga, outros permutadores, outrosdepósitos, bombas, vasos de expansão, etc. Contudo, como as simulações de operação feitas peloSolTerm se baseiam essencialmente em balanços energéticos, não lhe é necessário considerar estesdetalhes para obter boas estimativas de desempenho térmico.

Assim esta configuração básica presta-se a apenas algumas variações – de facto não muitas, se foremseguidas regras de boas práticas – e o SolTerm admite as principais (cf. selecção de configurações àesquerda na interface). Outras configurações serão tão pouco encontradas na prática, que dequalquer forma quando isso acontece se justifica uma abordagem via simulação dinâmica com

software específico.

Circuitoprimário(solar)

Circuitosecundário(cargas)

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Variante “sem depósito” 

Uma primeira variante é que o circuito primário e secundário estejam ligados directamente porpermutador, sem a intervenção de um depósito.

Isto pode ser adequado em especial quando há recirculação da água no circuito secundário, porexemplo ao fornecer calor para processos industriais, para aquecimento ambiente ou de piscinas.

Neste caso a fracção solar do sistema (contribuição do sistema solar em si para o consumo solicitado,vd. discussão pormenorizada na secção 9) dependerá muito dos perfis sazonal e diário da cargatérmica: se estiver em fase com os perfis sazonais e diário de radiação solar (“consumos alinhadoscom o Sol”) então a fracção solar pode ser elevada, mas se os consumos forem principalmenteelevados no Inverno e/ou à noite o sistema solar terá um desempenho modesto, e será mais

adequada a configuração básica com depósito.Variante “com depósito” 

Esta variante é em geral a mais interessante do ponto de vista energético e frequentemente tambémdo ponto de vista económico.

O circuito primário alimenta em energia um depósito, via um permutador (regra de boa prática). Opermutador pode ser externo ou interno (e neste caso há vários subtipos, vd. discussão maisadiante).

Do depósito é retirada energia consoante as necessidades (N.B. é indiferente para o SolTerm que

seja tipo aberto ou tipo pressurizado). Esta remoção de energia pode ser feita por circulação da águacontida no depósito ou via permutadores de calor; assim, o circuito primário pode admitir várias

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cargas térmicas independentes (“combi systems”). O SolTerm permite um máximo de duas (naversão 5.0), uma vez que como se promove a estratificação de temperaturas dentro do depósito eportanto se tenta retirar a energia da camada superior (boas práticas), em geral não é adequado ouinclusivé possível ter mais que dois sistemas de remoção de calor / água nessa camada.

A prioridade no fornecimento de energia é dada à primeira das cargas especificadas na interfacerespectiva (carga marcada (1), cf. esquemas).

Como a remoção de energia do depósito pode ser feita por permutadores, é concebível que haja

também realimentação de água numa ou duas das cargas.

Dentro da configuração de sistemas com depósito existe o caso de sistemas, ditos tipo “kit”, em queos componentes colector / permutador / depósito estão integrados. Como em geral são utilizados napreparação de águas sanitárias domésticas, o SolTerm admite neste caso apenas uma carga nocircuito secundário. Estes sistemas são referidos em mais detalhe na secção 7.10, ver adiante.

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Variante “multi” 

N.B. Esta variante está ainda em testes à data de elaboração deste Manual, usar com cautela.

Esta configuração, a mais complexa, inclui duas formas de proceder à passagem da energia recolhidanos colectores solares para as cargas térmicas, uma via depósito / permutador e outra viapermutador simples.

Tal variante pode ser interessante por exemplo quando há uma carga prioritária como aquecimentode águas sanitárias e outras cargas de menor prioridade, eventualmente sazonais, tais comoaquecimento ambiente na estação fria e aquecimento de piscinas exteriores na estação quente.

A operação do sistema é crucialmente dependente da prioridade dos consumos. No SolTerm (versão5.0) a primeira das cargas térmicas ligadas ao depósito é prioritária e será sempre satisfeita, se issofor possível considerando o nível de radiação solar e a energia presente na camada superior dodepósito; se não for possível a outra ou outras cargas não são também atendidas, e a energia solar

eventualmente recolhida é acumulada.

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Na configuração em que há apenas duas cargas, se a carga prioritária está satisfeita através daenergia já acumulada no depósito, então a outra pode ser ligada (através de permutador) paraaproveitar a energia solar que eventualmente esteja a ser recolhida.

Finalmente, na configuração mais complicada em que há três cargas, quando a carga prioritária jáestá satisfeita, a carga secundária que vai ser atendida é escolhida tendo em conta a maximização daeficácia na recolha de energia solar. Isto traduz-se na selecção da carga que corresponde a umatemperatura de abastecimento de água aos colectores mais baixa.

O SolTerm é instalado carregado com alguns exemplos destas configurações típicas (mas não de todasas variantes concebíveis). Uma forma expedita de configurar um sistema solar é tomar uma dessasconfigurações e alterá-la de acordo com o caso entre mãos. Após estabelecida a configuraçãodesejada, devem ser ajustados os vários componentes, como se refere nas secções seguintes.

7.3 Campo de colectores solares

A interface do Painel necessita especificação do modelo de colector a utilizar, número de colectoresque constituem o painel, e orientação do painel (inclinação em relação à horizontal e azimute, sendo0° a direcção Sul e sendo positivo ao rodar no sentido horário a partir de Sul).

Em algumas circunstâncias o programa pode apresentar uma opção de pré-optimização do número decolectores do Projecto, mas trata-se apenas de fornecer um ponto de partida razoável: o utilizadordeve ter em conta múltiplos critérios para determinar a dimensão do painel.

A potência indicada é um valor nominal correspondente a 700 W/m² de colector instalado, atribuídode acordo com o Projecto Europeu NEGST, e destina-se a comparações de potência instalada,nomeadamente com outros equipamentos não-solar térmico.

A opção de sugestão da orientação percorre uma gama de orientações calculando a radiação anualmédia incidente – as obstruções são consideradas -, e apresentando os resultados num gráfico. Dadas

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as incertezas no recurso solar e as imperfeições nos algoritmos envolvidos, não tem especialsignificado escolher precisamente a orientação que corresponde ao valor de irradiação anual maiselevado: todas as orientações a 95% desse “óptimo” algorítmico (uma gama em geral bastante larga,tipicamente ± 15° tanto em inclinação como em azimute) devem ser consideradas na prática

equivalentes. O programa atribui zonas de cor conforme a redução de radiação em relação a estagama de orientações óptimas (segundo este critério), que está marcada a vermelho.

De qualquer forma trata-se apenas de uma sugestão inicial: a orientação óptima deve ser escolhidafazendo simulações tentativas do sistema, pois depende não apenas do recurso solar e das obstruçõesmas também de outros factores, em especial dos perfis sazonais e diários de consumo.

7.4 Colectores solares térmicos

A base de dados com que o SolTerm é distribuído contém os modelos de colectores ensaiadossegundo a norma europeia e portuguesa actual (EN 12975). No entanto é possível adicionar modelosde colectores, designadamente através do editor próprio, acessível clicando na pequena caixa deferramentas à direita do menu-lista de colectores.

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Para definir um novo colector é necessário introduzir as características de ensaio respectivas. Ascaracterísticas térmicas são descritas pelos coeficientes a1 e a2 de ensaio. Caso o colector não tenhasido ainda ensaiado pelas normas mais recentes, deve colocar a2 a zero e introduzir apenas a1, quecorresponderá nesse caso ao parâmetro habitualmente designado na literatura técnica como “F’η0”na descrição simplificada (linear) da curva de rendimento do colector.

As características ópticas de ensaio incluiem o rendimento óptico e o modificador de ângulo. Omodificador de ângulo consiste numa (curva de) correcção em relação ao rendimento medido com aradiação incidente perpendicular ao colector. Para colectores planos, o comportamento domodificador é descrito por uma função monótona descrescente de expressão simples e portantoapenas é medido - na norma actual - um valor a 50°, suficiente para determinar o resto da curva.Para colectores tipo CPC ou de tubos de vácuo, o modificador de ângulo pode não ser sequer umafunção monótona: no SolTerm 5 a especificação é feita a intervalos de 5°. No caso de não haverensaios para o colector tipo CPC ou de tubos de vácuo, assim como para colectores sem cobertura,recomenda-se a adopção da curva para um colector plano, atribuindo 0,98 ao valor a 50°. 

Finalmente, as informações geométricas incluiem a área do colector (área de abertura para aradiação solar), e no caso de colectores tipo CPC, a orientação do eixo dos concentradores (Norte-Sulou Este-Oeste), a concentração, e o ângulo de aceitação da radiação. O ângulo de truncatura écalculado admitindo que se trata de um CPC tubular genérico (versão 5.0.0).

7.5 Depósitos e permutadores

Por conveniência algorítmica e prática, o SolTerm considera o conjunto depósito/permutador comoum componente. No entanto é possível especificar apenas características de permutador,designadamente para sistemas sem depósito.

A base de dados com que o SolTerm é distribuído contém modelos de depósitos / permutadortípicos, apenas para exemplo. De facto não há neste momento obrigatoriedade de certificação dosdepósitos / permutadores especificamente para utilização em sistemas solares. É possível adicionar

modelos de depósitos / permutador através do editor próprio, acessível clicando na pequena caixa deferramentas à direita do menu-lista respectivo.

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Há três tipos de permutador possíveis, sendo que o importante é realmente a sua eficácia. Noentanto quando se especifica um permutador tipo “camisa” considera-se que a estratificação térmicado depósito é destruída (o que é prejudicial ao desempenho do sistema).

A localização do depósito é importante para o cálculo das perdas térmicas. Em geral um depósitocolocado no exterior terá mais perdas térmicas, designadamente de Inverno. Considera-se que umdepósito colocado no interior de um edifício estará sob uma temperatura média ambiente de 21 °C.

A posição do depósito é importante para a estimativa das condições de estratificação térmica. Umdepósito colocado na vertical terá vantagem em termos de estratificação. Considera-se que existemem todo o caso deflectores internos ou outro sistema que tenta preservar a estratificação térmica.

O material de que é feito o depósito é também importante para a estimativa das condições de

estratificação térmica. São considerados três tipos de material, bom, médio e mau condutor decalor. As condições de estratificação só podem ser estimadas por monitorização ou simulação muitodetalhada de cada modelo de depósito, o que é raríssimo na prática. Pelo que, dadas as incertezasenvolvidas, a especificação de um de três níveis de condutibilidade térmica é adequada e suficiente.

A informação sobre o volume e área do depósito é naturalmente crucial para a simulação térmica dosistema solar. A área a especificar é a área externa do depósito, i.e. isolamento e protecçãomecânica consideradas. De facto, o coeficiente de perdas térmicas é medido nos ensaios vulgarespara o conjunto do depósito (em unidades W/K), e o valor específico que aparece mencionado(W/K/m²) é relativo a essa área externa. Na ausência de informação, deve ser adoptado o valorrecomendado de 1 W/K/m².

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Manual SolTerm 24/60

Existe no SolTerm uma ferramenta que facilita o cálculo para o caso de depósitos cilíndicos, ver obotão com um ícone “calculadora”. Trata-se de uma estimativa - a área externa deve figurar noscatálogos e/ou ser medida. Em todo o caso esta ferramenta pode ser útil. Há limitações aosparâmetros inseridos, por compatibilidade com o volume de armazenamento declarado.

Também o SolTerm não permite depósitos com volumes armazenados acima de 3000 l e/ou comáreas exteriores superiores a 60 m². Se houver que lidar com volumes de armazenamento superioresa 3000 l há que especificar vários depósitos na interface principal e reajustar a área externa deacordo (mas isto deverá ser raro).

7.6 Tubagens

A interface para o componente “Tubagens” refere-se apenas às perdas térmicas no transporte decalor entre colectores e depósitos; as características dos fluidos circulantes e caudais sãoespecificadas noutra interface, ver a secção seguinte. É necessário introduzir comprimentos ediâmetros de tubagem, espessura de isolante e condutibilidades térmicas dos vários materiais.

O comprimento “total” referido é a extensão do circuito primário, isto é, da tubagem entre odepósito até aos colectores e desde os colectores, de volta ao depósito. A fracção deste circuito queé percorrida dentro do edifício é também pedida, mas é um parâmetro a que o desempenho do

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sistema é pouco sensível, se o isolamento fôr adequado. Quanto à fracção percorrida na horizontal ena vertical, que em princípio teria também influência, como na prática o desempenho do sistema émesmo muito pouco sensível a esse detalhe, são admitidos internamente valores típicos.

Além da extensão do circuito primário, as perdas térmicas são especialmente sensíveis à áreaexposta, i.e. que irradia energia – e portanto à secção total da tubagem – e à espessura do isolante.Deve pois ter-se especial cuidado ao fornecer ao programa diâmetro de tubagem metálica e deespessura de isolante correctos, também da condutibilidade térmica do isolante. Mas o desempenhodo sistema é pouco sensível à espessura exacta do tubo metálico e ainda menos à sua condutibilidadetérmica. Os valores de condutibilidade térmica encontram-se naturalmente nas tabelas dosfabricantes. Valores típicos, fornecidos também pelo SolTerm no botão “sugerir”, podem serencontrados em www.npl.co.uk/reference_data.

O valor de perdas (em W/K) apontado na interface é um valor nominal, uma vez que depende dasituação de operação do sistema, sendo por isso (re)calculado na simulação a cada passo de tempo.

7.7 Fluido circulante no circuito primário

É necessário dar ao software informação sobre a circulação de fluido no circuito primário (solar),traduzida em dois parâmetros: caudal e composição da mistura.

Sob o ponto de vista de balanços energéticos, o principal efeito do anticongelante, com capacidadecalorífica menor que a água, é aumentar um pouco a temperatura do circuito primário e assimpromover as perdas térmicas, mas ligeiramente. O desempenho do sistema é assim muito poucosensível aos detalhes da mistura contida no circuito primário. A sugestão do SolTerm, 25% deanticongelante na mistura, é adequada à gama de temperaturas mínimas extremas nas zonas urbanasde Portugal. A especificação de outros valores é possível; no entanto a diferença que se obterá emtermos de desempenho térmico, relativamente à obtida com a sugestão do SolTerm, será inferior a0,1%.

O desempenho do sistema é mais sensível à especificação do caudal. Este caudal pode variar muito,desde valores muito baixos, de poucos litro/m² (de área de colector) por hora, em sistemas ditos “de

passagem única”, até valores da ordem das dezenas de litro/m² por hora em certos sistemas emregime de circulação forçada. Em todo o caso tem de ser especificado para efeitos de cálculo,

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mesmo para o caso de sistemas em regime de convecção natural, em que não pode ser directamenteespecificado pelo projectista.

O SolTerm sugere um valor baseado nas características dos colectores, incluindo um critério de

limitação da temperatura máxima atingida nos colectores (para não incentivar as perdas térmicas,embora haja considerações de segurança e longevidade). O valor sugerido pelo SolTerm é atribuídode imediato sempre que se muda o modelo de colector, lembre-se de o reajustar se assim considerarnecessário.

Em sistemas sem depósito o mais adequado para a eficácia do permutador é ter um caudal nocircuito primário igual ao que é solicitado pela carga térmica (circuito secindário) - e isto é o que oSolTerm assumirá. No entanto em sistemas “multi” é conveniente para os cálculos de balançotérmico admitir um caudal constante quando o campo de colectores está ligado ao segundo circuitode carga através de permutador. Neste caso o SolTerm usa o caudal máximo solicitado peloconsumo, pois é adequado para evitar temperaturas de operação do painel muito elevadas.

7.8 Cargas térmicas (consumos)

A informação sobre consumos, ou “cargas térmicas” é das mais importantes para analisar odesempenho de um sistema solar. Trata-se contudo de uma variável que não se refere ao sistema emsi, mas à utilização futura do sistema, em condições em grande medida desconhecidas - ou pelomenos incontroláveis - pelo projectista. Juntamente com a especificação do recurso solar, aespecificação das cargas térmicas constitui a maior fonte de incerteza para a estimativa dedesempenho do sistema em termos de valores absolutos de energia fornecida. De facto estas duasfontes de incerteza “exógenas” são tão significativas que controlam a incerteza global dasestimativas de desempenho em qualquer software de simulação. Esta situação torna aliás fútil oexercício de tentar melhorar significativamente estimativas de desempenho à custa da integraçãoobcessiva na simulação de detalhes “endógenos” cada vez mais finos do sistema solar (para lá de um

certo nível já razoável de representação do sistema).

Deve pois ser posto o maior cuidado na especificação das cargas térmicas. O SolTerm 5 armazena

perfis de consumo horários médios mensais numa base de dados, que podem ser chamados atravésdos dois menús-lista na interface. É possível especificar cargas para os dois períodos complementaresde “Segunda-feira a Sexta-feira” e “Fim de Semana” (Sábado e Domingo), o que é conveniente por

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Manual SolTerm 27/60

exemplo para sistemas industriais que não operam ao fim de semana, para segundas habitações nãousadas durante os dias úteis, etc. Pode inclusivé ser especificada a ausência de consumos para umdos períodos da semana (mas não para os dois em simultâneo). Através da sazonalidade dos perfis deconsumo (valores diários médios mensais) é possível também abordar os casos de casas de férias,

piscinas, aquecimento ambiente, etc.

O SolTerm permite a especificação hierárquica de cargas, isto é, ter várias cargas que são chamadassucessivamente conforme a prioridade do utilizador, a energia armazenada disponível, o nível detemperatura exigido nas cargas e a temperatura da água de abastecimento. É o caso por exemplo desistemas que asseguram aquecimento de águas sanitárias e também aquecimento ambiente ou depiscina.

Os perfis de consumo podem ser editados directamente nos ficheiros da pasta “ST cargas” ou via asferramentas interactivas que o SolTerm proporciona.

Editor geral

Nesta ferramenta o perfil horário pode ser especificado em termos absolutos (consumo absolutoefectuado a cada hora) ou relativos (consumo diário absoluto e percentagem deste efectuada a cadahora), podendo alternar-se entre as duas versões da forma que o utilizador considerar maisconveniente. No entanto como a representação interna dos consumos apenas vai até ao décimo delitro – o que até já está para além do que é realista... – ao alternar entre as duas versões é em geralnecessário reacertar as percentagens de consumo horário até perfazerem 100% do consumo diário.

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Manual SolTerm 28/60

A hora usada é a hora solar. A simulação de desempenho é pouco sensível à diferença entre horasolar e hora legal; em todo o caso, como recomendação geral, os valores que sejam estimados parahora legal podem ser atribuídos à hora solar anterior.

A opção “repetir em todos os meses” permite fazer isso mesmo, i.e. repetir um mesmo perfil horáriopara todos os meses - tomando como modelo as especificações para Janeiro. 

Além dos perfis diários médios, é necessário especificar pelo menos as temperaturas da água no anelsecundário (i.e. do consumo). Em primeiro lugar, a temperatura nominal de consumo. Se o sistemasolar dispõe de água para fornecer acima desta temperatura nominal, assume-se que ela é misturadacom água fria como necessário; senão é aquecida pelo sistema de apoio, como necessário. No caso doSistema de Certificação de Edifícios, a temperatura nominal a atribuir é de 60 °C.

Em segundo lugar, é necessário especificar a temperatura da água que entra no depósito; o SolTerm permite a especificação ao nível mensal. Os sistemas solares podem ou não reaproveitar a água quesai das cargas térmicas. Caso se trate por exemplo de aquecimento de águas sanitárias, paralavagens, cozinha, etc., a água não reentra no sistema solar. Mas no caso por exemplo de sistemasindustriais ou climatização ambiente, é comum recircular a água. Em sistemas só com permutador,sem depósito, as boas práticas relativas à eficiência e longevidade do sistema exigem que se faça arecirculação desta água.

No caso de rejeição da água na carga térmica, o sistema é alimentado por água vinda de um circuitohidráulico exterior, sendo que o mais frequente é vir da rede de abastecimento público. Atemperatura de alimentação desta água “nova” é outra das variáveis “exógenas” que condicionam odesempenho do sistema e contudo são em grande medida desconhecidas e incontroláveis. De facto osistema solar não visa simplesmente aquecer água a determinado nível de temperatura, mas simaquecer água desde a temperatura de entrada até à temperatura de consumo. Assim a carga térmicaé dependente também da temperatura da água de abastecimento (é aliás uma das vias pela qual oAquecimento Global favorece o desempenho dos sistemas solares térmicos). A temperatura da água

“nova” que entra no sistema solar depende das temperaturas e tempos de percurso da água naextracção, no seu transporte, armazenamento e distribuição. Tudo factores quase sempredesconhecidos nas situações práticas.

No caso do Sistema de Certificação de Edifícios, a temperatura a atribuir para a água deabastecimento é de 15 °C. Quanto aos valores recomendados pelo SolTerm, correspondem atemperaturas mensais médias do solo, estimadas para 2 m de profundidade; são valores que poderãoser substituídos por outros quando existam registos de temperatura da água de abastecimento.

No caso de recirculação de água a partir da carga térmica, como se mencionou também é possíveldefinir diferentes valores mensais para a temperatura “de retorno”, embora o mais comumrealmente seja que esta seja fixa. E é realmente frequente poder conhecer a temperatura deretorno, por exemplo em sistemas de climatização ou no aquecimento de piscinas cobertas.

Editor “RCCTE”

No contexto do Sistema de Certificação de Edifícios, transposição em Portugal da Directiva Europeiapara a Eficiência Energética em Edifícios, existe a necessidade de calcular a contribuição de sistemassolares para a preparação de águas quentes sanitárias (AQS), designadamente do valor Esolar mencionado no Decreto-Lei no. 80/2006, de 4 de Abril - cf. o seu Anexo VI.

Embora seja possível usar as várias ferramentas do SolTerm para definir um Projecto que conduza aocálculo de Esolar, esta versão 5 providencia desde logo uma maneira expedita de o fazer em apenasquatro passos muito simples:

(i) 

escolher o Concelho;(ii)  escolher o modelo de colector solar térmico;

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Manual SolTerm 29/60

(iii)  usar o presente “Editor RCCTE” para atribuir de forma muito simples os consumos padrão(e de forma automática outros parâmetros de dimensionamento regulamentares e/outípicos ou de boas práticas); e

(iv) 

fazer uma Análise Energética.Desta forma todo o processo de cálculo de Esolar pode levar menos de um minuto.

No RCCTE são especificados certos valores regulamentares, designadamente um consumo diário deágua, cuja temperatura é elevada desde 15°C a 60°C, de 40 l por ocupante de edifícios residenciais,ou de 100 l para edifícios de serviços (sujeitos ao RCCTE). Para edifícios residenciais, o número deocupantes é calculado em função do número de alojamentos no edifício - e.g. um único no caso deuma vivenda unifamiliar, ou o número de fracções no caso de um condomínio residencial - e datipologia desses alojamentos. (N.B. Se houver várias tipologias num mesmo edifício o depósitoatribuído é o adequado à tipologia com mais ocupantes.) Para edifícios de serviços, os consumos sãoajustados em função dos dias de encerramento semanal.

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Manual SolTerm 30/60

Ainda no contexto deste cálculo, para além dos parâmetros expressamente indicados no diploma,existe um conjunto de valores recomendados, que devem ser adoptados na ausência de melhoresinformações. São eles: (i) a temperatura da água da rede de abastecimento pública; (ii) o perfil

diário de consumo de águas quentes domésticas (em termos de valores horários percentuais do valordiário); (iii) o coeficiente de perdas térmicas de depósitos de água quente; (iv) a eficiência depermutadores, consoante o seu tipo (em qualquer situação, para usar os valores recomendados, useos botões legendados “recomendar” presentes na interfaces).

Entretanto e como referido, nesta ferramenta é possível ajustar de forma expedita o restante doProjecto. Ao confirmar a opção “compatibilidade RCCTE”, o SolTerm especifica um número decolectores correspondendo a 1 m²/ocupante, um número de depósitos igual ao número dealojamentos e especifica um depósito típico com um volume um pouco acima do consumo poralojamento (ou de forma equivalente no caso de um edifício de serviços, viz. considera 2,5“ocupantes” e um depósito). Ajusta ainda os valores recomendados antes mencionados, bem comoainda outros que são necessários para completar um Projecto, como por exemplo orientação decolectores, caudais de circulação, comprimentos e características de tubagens.

Ao sair desta ferramenta pode empregar-se algum tempo a examinar e ajustar melhor detalhes doProjecto para o caso concreto em apreço - designadamente (i) o modelo de depósito, (ii) ascaracterísticas das tubagens do circuito primário e (iii) a orientação dos colectores – ou seguir-se logopara a Análise Energética e calcular Esolar, que é o valor anual indicado pelo SolTerm na coluna devalores “Fornecido”, cf. secção 9.

Este processo expedito só funciona quando a configuração de sistema solar considerada é a designada“com depósito” ou “kit”, por razões de boas práticas. No entanto é possível usar os consumos eoutras definições efectuadas automaticamente via a opção “RCTTE”, nos Projectos de outros tipos desistema solar térmico.

Notas técnicas1 - O ajuste da área de colectores é feito tendo em conta certo limites de razoabilidade - a bem dizer até paraalém do que as boas práticas aconselhariam – nomeadamente 800 m² ou no caso de kits, um máximo de 20 emparalelo. Perto ou e para além destes limites é aconselhável usar vários sistemas solares e não um só, e portantodividir o Projecto em outros mais pequenos em dimensão das cargas e colectores.

2 - Recorda-se que para o RCCTE a contabilização da energia solar tem de ser feita usando material certificado(designadamente colectores ou kits), o que o software recordará ao utilizador. Se esse tipo / modelo de materialnão foi seleccionado antes de iniciar o uso desta opção de cálculo rápida, o mais expedito é voltar a usá-la apósa selecção do material adequado (em vez de tentar ajustar o Projecto a posteriori).

Editor “Piscinas”

O Editor de definições de piscinas e cálculo das necessidades de aquecimento associadas é o maiscomplexo. É que o cálculo do balanço térmico de piscinas, no qual se baseia a estimativa dasnecessidades de aquecimento - que são por sua vez depois vertidas numa definição de consumos deágua quente idêntica no formato a outra qualquer - necessita uma grande variedade de informações.

Em primeiro lugar devem ser atribuídos•  a zona geográfica•  o tipo (interior ou exterior, e neste último caso, se está bem protegida do vento por

edifícios, muros, sebes ou outras protecções)•  a geometria (área do plano de água e volume da piscina)•  a temperatura alvo de utilização (no caso de piscinas exteriores a temperatura em operação

poderá vir a ser-lhe superior, mas nunca inferior)•  taxa de renovação de água (i.e. volumes de abastecimento de água nova, que compensam asperdas por evaporação, remoção por nadadores e para limpeza de filtros)

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Manual SolTerm 31/60

Em seguida para cada mês é necessário inserir dados horários sobre•  frequência da piscina (número de nadadores)•  operação da piscina (períodos em que a cobertura do plano de água está colocada e

temperatura de abastecimento de água nova)•  existência de sombreamentos

No entanto podem ser especificados meses em que a piscina de todo não opera (manutenção,Inverno, no caso de piscinas exteriores, etc.), cf. opção “fora de uso neste mês”.

No caso de piscinas exteriores é ainda necessário introduzir:•  para cada mês, a velocidade do vento a 2 m;•  a transmissividade da cobertura do plano de água para a radiação solar (mas pode ser opaca);•  a cor interior da piscina

Já para piscinas interiores é necessário fornecer dados de temperatura, humidade relativa e ventopróximo do plano de água (é assumido que estes valores são constantes, e.g. são controlados por umsistema de climatização).

A temperatura de injecção de água quente na piscina é assumida ser 37°C, e a de retorno dos filtrosde 1°C abaixo da temperatura alvo da água. Trata-se de valores nominais usados apenas paraconverter necessidades térmicas de aquecimento em volumes de água quente; na prática nãoimportará que os valores de operação reais sejam algo diferentes.

O balanço térmico da piscina é calculado tendo em conta a Norma NP 4448:2006 (versão portuguesado ISO 12596:1995), que leva em conta as componentes de perdas evaporativas, absorção de radiaçãosolar, ganhos metabólicos, transferências radiativas no infravermelho, transferências convectivas eaquecimento da água nova para renovação.

Para piscinas exteriores, é frequente que os ganhos solares sejam suficientes para manter atemperatura da água acima da temperatura alvo, especialmente no Verão e se houver aplicação decobertura durante a noite. Nesse caso não haverá necessidades de aquecimento a contabilizar (vd.também notas técnicas).

O utilizador do SolTerm pode guardar e apagar definições de piscinas. Outra coisa diferente éguardar as próprias necessidades energéticas, i.e. a definição de consumos, para utilização posteriornum Projecto. Ambas as definições são úteis, pelo que se o utilizador não as guardar, o softwaretentará recordar-lhe essa situação.

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Notas técnicas

1 - Note-se que os consumos associados a uma piscina resultam em parte do clima do lugar, pelo que numProjecto que inclua este tipo de consumos é necessário ter permanentemente em consonância, o clima/zonaseleccionada no Projecto e aquele clima/zona sob o qual foram definidos os consumos associados à piscinaconsiderada.

2 - No SolTerm 5 a temperatura da piscina é deixada subir acima da temperatura alvo quando isso se deve aosganhos solares directos na superfície da piscina; a piscina actua neste caso armazenando calor; e isto permiteextender o período em que não é necessário o seu aquecimento por outros meios. Enquanto a temperatura dapiscina fôr superior à temperatura alvo não é necessária - e portanto não é contabilizada - a energia provenientedo sistema solar. Este efeito não era levado em conta em versões anteriores do SolTerm, e resulta emestimativas de necessidades energéticas ainda mais de acordo com a prática.

3 – É muito citada uma regra geral de bom dimensionamento de sistemas solares para piscinas que consistem emtentar dimensionar a área de colectores de tal forma que em pelo menos um dos meses de Verão não sejanecessário recorrer ao sistema de apoio. Isto pode ser feito simulando o sistema solar com áreas cresecentes atéque isto suceda (vd. secção 9). No entanto, em piscinas exteriores, e nas condições climáticas habituais em

Portugal, é de esperar que muitas vezes esta abordagem não seja eficaz, uma vez que, precisamente, durante opico do Verão muitas destas piscinas não necessitam de aquecimento adicional ao dos ganhos solares próprios.

4 – Os algoritmos da NP 4448:2006 admitem que a piscina não está estratificada. A estratificação datemperatura, designadamente com a formação uma camada de água mais quente no topo da piscina, aumentamuito as perdas térmicas, mesmo quando moderadas por uma cobertura. Quando a piscina está a ser utilizadapor nadadores a estratificação fica destruída, mas de contrário devem assegurar-se a intervalos regularestempos de convecção forçada na piscina, para destruir a estratificação.

7.9 Sistema de apoio

As informações relativas ao sistema de apoio só são importantes para a análise económica e de

benefícios ambientais (redução de emissões de gases com efeito de estufa), não para o desempenhodo sistema solar. Para a análise económica, é necessário conhecer a energia útil fornecida porsistema solar e sistema de apoio, i.e. a porção de energia final realmente entregue ao utilizador dosistema. Pelo contrário, no caso dos benefícios ambientais é necessário fazer a contabilização emtermos de energia primária.

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Neste contexto, quando se utiliza electricidade como apoio é assumido internamente um rendimentode conversão de energia final a útil de 99%; mas quando se utiliza um combustível, é necessáriofornecer ao software as características básicas do mesmo, designadamente o Poder Calorífico Inferior

(PCI) e o rendimento global do sistema em relação ao PCI. O PCI está tabelado pelos fornecedores;mas valores típicos para o gasóleo de aquecimento e para os gases mais vulgares são sugeridos peloSolTerm.

Notas técnicas

1 - O rendimento nominal do sistema de apoio pode ser superior a 100%, por exemplo no caso de caldeiras decondensação, uma vez que é medido relativamente ao Poder Calorífico Inferior .

2 - Deve declarar-se o rendimento médio do sistema estimado de forma realista para o seu tempo total de vida enão o rendimento em condições ideais ou para caldeiras novas.

7.10 “Kit” solar térmico

No caso de kits, os componentes colector / permutador / depósito estão todos integrados, e assimsão ensaiados. Para analisar o seu desempenho térmico, na versão 5 do SolTerm para recorre-se àdescrição obtida nos ensaios segundo a norma europeia e portuguesa respectiva. Para configurar umsistema deste tipo há a especificar o modelo de kit e a orientação do sistema (o botão “sugerir”funciona como explicado na secção 7.3).

É possível usar vários kits em paralelo (na versão 5.0 até ao limite de 20), embora eles sejamconcebidos essencialmente para aplicação em alojamentos unifamiliares. De facto para grandesinstalações / consumos é mais favorável tecnica e economicamente usar sistemas com depósito.

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Os modelos de kit solar térmico podem ser editados através da ferramenta interactiva que oSolTerm apresenta (via o ícone “caixa de ferramentas”) ou directamente nos ficheiros de textoarquivados na pasta “ST_kits”.

Além das características de área do colector e os três parâmetros a0, aH, aT do ensaio de rendimentoI/O (input / output), é necessário ainda especificar o volume do depósito e o respectivo factor deperdas térmicas, e o resultado dos ensaios de extracção de energia sob as três condições dereferência para a estratificação no depósito.

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8. Interface SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

8.1 Instruções gerais

Clicando a lâmina “Sistemas Fotovoltaicos” no topo da interface geral do software, acede-se àinterface específica para sistemas solares fotovoltaicos. É aqui que se define o sistema solar em si,fornecendo tanto informações gerais de configuração e controlo, como informações específicas sobrecomponentes, ligações, consumos, sistema de apoio, etc.

Em conjunto com a selecção de clima e de máscara de sombras, estas informações constituiemProjectos de sistemas fotovoltaicos. Estes Projectos são guardados numa base de dados (localizada napasta “PV Projectos”), que o utilizador pode gerir – em particular, pode guardar, carregar,acrescentar, modificar e apagar Projectos. As ferramentas para gerir a base de dados de Projectosficam no topo de uma barra à esquerda da interface.

Em baixo na mesma barra selecciona-se o tipo ou configuração geral de sistema: sistema autónomocom ou sem apoio, ou sistema de baixa tensão ligado à rede. O SolTerm 5.0 não analisa grandescentrais fotovoltaicas.

A zona da interface à direita em cima contém um diagrama do (sub)tipo de sistema, com os diversos“componentes” - neste contexto, em sentido lato designaremos também por “componente” nesteManual as definições de consumos e do sistema de apoio.

Passando com o apontador do rato por cima de cada componente este fica realçado; clicando, fixa-se

essa selecção; voltando a clicar em qualquer parte da interface, liberta-se de novo a selecção decomponentes. Um pequeno ícone em baixo à direita (pionés) indica quando há algum componenteseleccionado.

Com um componente realçado e/ou seleccionado, a zona por baixo do diagrama apresentacaracterísticas do componente, que são então ajustadas pelo utilizador. Nos casos de módulosfotovoltaicos, baterias, inversores, e perfis de consumos, há modelos fixos que podem ser definidosatravés de um editor próprio, acessível através de um ícone desta interface (em geral na forma deuma pequena mala de ferramentas).

O utilizador deve percorrer os vários componentes do diagrama, seleccionando modelos e fornecendoas diversas informações que constituiem o Projecto. Se desejar alterar o clima e/ou ossombreamentos/obstruções, deve ir à interface respectiva, fazê-lo, e voltar à interface de Projecto

de Sistema.

Note-se que embora o software apresente de início valores típicos “por defeito” em todas asposições, estes constituiem apenas isso mesmo, e não valores oficiais, regulamentares ou de outraforma recomendados.

Os modelos de componentes são seleccionado em menús que apresentam uma lista do que existe emarquivo. No entanto é possível modificar ou adicionar um modelo de componente, através do ícone(em geral uma pequena caixa de ferramentas) que dá acesso ao editor interactivo de colectores.

O software não guarda automaticamente definições de componentes novos / alterados nem em geralincorpora automaticamente um componente novo / alterado num Projecto em que se esteja atrabalhar; o programa alerta para isto mesmo no botão verde “sair” da interface, que tem a legenda

“sair (sem guardar)” e cor laranja quando o utilizador não guardou as definições / alterações quefez.

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É possível fazer modificações e acrescentar componentes novos directamente nos ficheirosarquivados nas pastas das várias bases de dados (com nome iniciado por “PV” para componentes desolar fotovoltaico), sem passar pelos editores interactivos. Estes ficheiros de componentes têm um

formato de texto puro, auto-explicativo, comentado, e para utilizadores experientes pode ser atémais expedito trabalhá-los com um editor de texto normal do que via os editores interactivos.

Por defeito, as alterações feitas a um Projecto não são guardadas automaticamente assim que sãofeitas. O utilizador deve gerir a base de dados de Projectos na barra à esquerda da interface,incluindo guardar as modificações a Projectos, adicionar novos Projectos ou apagar Projectosexistentes. No entanto o software vai tentando recordar ao utilizador se fez alterações ao Projectocorrente que eventualmente queira ver guardadas. Contudo existe a possibilidade de guardarautomaticamente as alterações ao Projecto em que se está a trabalhar, ver o menú “Configuração”.

8.2 Painel solar fotovoltaico

A interface do Painel necessita especificação da tensão nominal a que opera o sistema (por vezeschamada “tensão de serviço”), do modelo de módulo a utilizar, número de módulos que constituem opainel, e orientação do painel (inclinação em relação à horizontal e azimute, sendo 0° a direcção Sule sendo positivo ao rodar no sentido horário a partir de Sul).

A opção de sugestão da orientação percorre uma gama de orientações calculando a radiação anualmédia incidente – as obstruções são consideradas -, e apresentado os resultados num gráfico. Dadasas incertezas no recurso solar e as imperfeições nos algoritmos envolvidos, não tem especialsignificado escolher precisamente a orientação que corresponde ao valor de irradiação anual maiselevado: todas as orientações a 95% desse “óptimo” algorítmico (uma gama em geral bastante larga,tipicamente ± 15° tanto em inclinação como em azimute) devem ser consideradas na práticaequivalentes. O programa atribui zonas de cor conforme a redução de radiação em relação a esta

gama de orientações óptimas (segundo este critério), que está marcada a vermelho. De qualquerforma trata-se apenas de uma sugestão inicial, a orientação óptima deve ser escolhida fazendosimulações tentativas do sistema, pois depende não apenas do recurso solar e das obstruções mastambém de outros factores, em especial dos perfis sazonais e diários de consumo.

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O número de módulos associados em série (“grupos”) é determinado pelas características do modelode módulo e pela tensão nominal do sistema. O número destes grupos (associados em paralelo) é queé indicado pelo utilizador.

Outras características pertinentes para a operação do painel tais como quedas de tensão naprotecção (díodos), sujidade, perda de eficiência com a idade do sistema, etc., são assumidasinternamente segundo regras de boas práticas.

8.3 Módulos fotovoltaicos

A base de dados com que o SolTerm é distribuído contém alguns modelos de módulos existentes nomercado português. Os modelos de módulos podem ser editados através da ferramenta interactivaque o SolTerm apresenta (via o ícone “caixa de ferramentas”) ou directamente nos ficheiros detexto arquivados na pasta “PV módulos”.

Para definir um novo módulo é necessário introduzir a tecnologia usada, geometria, e ascaracterísticas de ensaio térmicas e eléctricas respectivas.

A tecnologia usada condiciona o efeito de diferentes ângulos de incidência no painel (modificador deângulo, determinado internamente por um modelo adequado; N.B. o SolTerm 5 considera apenasmódulos planos).

A geometria consiste simplesmente na área total do painel (i.e. incluindo moldura, espaços nãopreenchidos, etc.).

As restantes características térmicas e eléctricas devem ser procuradas na informação distribuídapelo fabricante.

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8.4 Armazenamento

Em sistemas com armazenamento de energia (sistemas autónomos) é necessário indicar o modelo de

acumulador e o número de acumuladores.

O número de acumuladores agrupados em série (bateria) é determinado pela tensão nominal dosistema. Embora tecnicamente seja recomendável a utilização de acumuladores de maiorcapacidade, para obter maior autonomia no sistema, o software permite especificar o número debaterias a associar em paralelo. A autonomia indicada na interface é apenas um valor nominalestimado para condições médias de Inverno

Os modelos de acumulador podem ser editados através da ferramenta interactiva que o SolTerm apresenta (via o ícone “caixa de ferramentas”) ou directamente nos ficheiros de texto arquivados napasta “PV acumuladores”. As características construtivas e eléctricas devem ser procuradas nainformação distribuída pelo fabricante.

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8.5 Inversores

A ligação ao consumo (ou “cargas eléctricas”) é efectuada sempre via um inversor CC/CA. É possívelsimular um sistema CC/CC definindo e usando um inversor em que se atribuem os máximos deeficiência permitidos pelo SolTerm.

Outras características de ligação à rede tais como perdas resistivas, etc., são assumidasinternamente segundo regras de boas práticas.

A base de dados com que o SolTerm é distribuído contém exemplos típicos. Os modelos de módulospodem ser editados através da ferramenta interactiva que o SolTerm apresenta (via o ícone “caixade ferramentas”) ou directamente nos ficheiros de texto arquivados na pasta “PV inversores”.

A representação dos inversores no SolTerm 5 é apenas esquemática: uma curva de eficiência linearentre 10% e 100% da potência nominal. Para definir um inversor é necessário introduzir a potêncianominal e a eficiência nas condições mencionadas.

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8.6 Gerador auxiliar 

Para sistemas autónomos, o SolTerm permite a especificação de sum gerador auxiliar do tipo Diesel.

No SolTerm 5, a característica deste gerador necessária para a simulação de desempenho ésimplesmente a potência nominal.

8.7 Cargas eléctricas (consumos)

A informação sobre consumos é das mais importantes para analisar o desempenho de um sistemasolar. Trata-se contudo de uma variável que não se refere ao sistema em si, mas à utilização futura

do sistema, em condições em grande medida desconhecidas - ou pelo menos incontroláveis - peloprojectista. Juntamente com a especificação do recurso solar, a especificação das cargas eléctricasconstitui a maior fonte de incerteza para a estimativa de desempenho do sistema em termos devalores absolutos de energia fornecida. De facto estas duas fontes de incerteza “exógenas” são tãosignificativas que controlam a incerteza global das estimativas de desempenho em qualquer softwarede simulação minimamente realista.

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Esta situação torna aliás fútil o exercício de tentar melhorar significativamente estimativas dedesempenho à custa da integração obsessiva na simulação de detalhes “endógenos” cada vez maisfinos do sistema solar, para lá de certo nível razoável de representação do sistema)

Deve pois ser posto o maior cuidado na especificação dos consumos. O SolTerm 5 armazena perfis deconsumo horários médios mensais numa base de dados, que podem ser chamados através dos doismenús-lista na interface. É possível especificar cargas para os dois períodos complementares de“Segunda-feira a Sexta-feira” e “Fim de Semana” (Sábado e Domingo), o que é conveniente porexemplo para segundas habitações não usadas durante os dias úteis, etc. Pode inclusivé serespecificada a ausência de consumos para um dos períodos da semana (mas não para os dois emsimultâneo). Através da sazonalidade dos perfis de consumo (valores diários médios mensais) épossível também abordar os casos de casas de férias, etc.

 A versão 5.0 do SolTerm permite a especificação hierárquica de cargas associadas a um mesmodepósito, designadamente ter duas cargas que são chamadas sucessivamente conforme a prioridadedo utilizador e a energia armazenada disponível.

Os perfis de consumo podem ser editados directamente nos ficheiros da pasta “PV cargas” ou via aferramenta interactiva que o SolTerm proporciona.

Nesta ferramenta o perfil horário pode ser especificado em termos absolutos: consumo absolutoefectuado a cada hora, em Watt hora (1 Wh = 3600 J).

A hora usada é a hora solar. A simulação de desempenho é pouco sensível à diferença entre horasolar e hora legal, em todo o caso os valores que tenham sido estimados para hora legal podem seratribuídos à hora solar anterior e isso reduzirá alguma incerteza.

A opção “igual para todos os meses” permite fazer isso mesmo, i.e. repetir um mesmo perfil horáriopara todos os meses. 

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8.8 Controlo

Finalmente, para sistemas autónomos com gerador auxiliar, é necessário especificar uma estratégiade controlo, nomeadamente para o uso da bateria e para a intervenção do gerador auxiliar.

No caso da bateria, pede-se o limiar de descarga profundo que se estima ser aceitável; nisto há queter em atenção a longevidade dos acumuladores.

No caso da operação do gerador auxiliar, o SolTerm disponibiliza três das estratégias mais comunspara quando ele é chamado a intervir na sequência de uma incapacidade de atender ao consumo(loss-of-load ): continuar a operar até deixar a bateria completamente carregada, meio carregada, ouoperar apenas até que haja possibilidade de reconectar a carga sem intervenção do gerador auxiliar.

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9. Interface ANÁLISE ENERGÉTICA

9.1. Instruções gerais

Terminada a definição de um Projecto térmico ou fotovoltaico, o utilizador do SolTerm deve clicarsobre a lâmina “Análise Energética” para executar uma simulação do sistema, que lhe fornecerá umaanálise de desempenho.

Para conseguir um bom pré-dimensionamento trata-se depois de um processo iterativo, alternandosucessivamente entre simulação e afinamento do Projecto.

A simulação que o SolTerm 5 efectua é em passos de tempo de 10 em 10 minutos, durante um ano,usando a meteorologia do Ano Meteorológico de Referência seleccionado. Contudo, na interface sãoapresentados apenas valores mensais, já que os valores na escala de 10 minutos constituem umamassa de dados difícil de analisar, e é aliás um esforço irrelevante na maioria das situações práticas.

Além de valores mensais relativos a balanços energéticos, o SolTerm apresenta ainda algunsparâmetros de desempenho ao nível anual, que quase sempre acabam por constituir a informaçãomais útil.

9.2. Interpretação dos resultados

No caso de sistemas térmicos, a interface apresenta as seguintes colunas de valores mensais, bemcomo o valor anual:

•  Rad.Horiz. – energia acumulada (mensal ou anual) da radiação solar global na horizontal àsuperfície, por unidade de área (kWh/m²). A radiação global é a soma das componentes

directa (vinda da direcção do Sol) e difusa (vinda do hemisfério celeste e reflectida do solo esuperfícies junto ao solo) da radiação.

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•  Rad.Inclin. – energia acumulada (mensal ou anual) da radiação solar global à face doscolectores solares, por unidade de área (kWh/m²), portanto num plano inclinado. Este valornão tem incluído o efeito do “modificador de ângulo” ou/e das características ópticasparticulares dos colectores tipo CPC ou tubos de vácuo.

•  Desperdiçado – energia acumulada (mensal ou anual) que o sistema solar recolhe mas tem dedissipar (kWh). O desperdício de energia recolhida surge quase sempre por se ultrapassaremlimites de temperatura de armazenamento de água em situações em que o consumo épequeno ou nulo. Este valor não deve ser confundido com as perdas térmicas em depósitos,tubagens, etc.

•  Fornecido – energia acumulada (mensal ou anual) que o sistema fornece para consumo(kWh). Trata-se de energia final útil, i.e. efectivamente entregue. Este valor é designado porE solar nos Regulamentos Energéticos para Edifícios, vd. Decreto-Lei no. 80/2006, de 4 de Abril.

•  Carga – valor acumulado (mensal ou anual) da energia solicitada para consumo (kWh).

•  Apoio – energia acumulada (mensal ou anual) entregue para consumo pelo sistema de apoio,ou auxiliar, para complementar a energia fornecida pelo sistema solar (kWh). Trata-se deenergia final útil; o valor de energia final correspondente será superior, e ainda mais o valorde energia primária.

Quanto aos índices anuais, são apresentados os seguintes:

•  Fracção solar – trata-se da percentagem de energia útil fornecida para consumo a partir deradiação solar (razão “Fornecido” / “Carga” em valores anuais). É portanto a contribuição dosistema solar em si para o consumo solicitado. A fracção solar é a principal medida deavaliação de desempenho em sistemas solares térmicos. Em geral procura-se atingir uma

fracção solar (anual) entre 40% e 90%. Abaixo desta gama o sistema estará em geralsubdimensionado; acima desta gama é frequente que esteja sobredimensionado. No entanto,trata-se apenas de valores guia para situações típicas. Em muitos casos, tais como cargasnocturnas ou cargas fortemente sazonais (concentradas no Verão ou no Inverno), estaindicação não é adequada. De qualquer modo é sempre insuficiente usar a fracção solar anualcomo critério único de dimensionamento.

•  Rendimento do sistema – trata-se da razão entre a energia de origem solar fornecida paraconsumo e a disponível à face dos colectores (“Fornecido”/[“Rad.Inclin.” x “área do painel”]em valores anuais). É portanto uma medida da eficácia do sistema solar em transferir energiada radiação solar para a carga. Embora não seja um dos índices habitualmente apresentados,é uma indicação interessante como guia para dimensionamentos, porque é menosdependente dos detalhes do consumo, e em particular menos do nível de recurso solar, doque a fracção solar ou a produtividade. Um sistema bem dimensionado terá tipicamenterendimentos entre 20% e 60%, conforme as características da carga térmica. Mais uma vez,esta gama é indicativa e não é adequada por exemplo para cargas fortemente sazonais,predominantemente nocturnas, etc.

•  Produtividade – trata-se de uma energia específica, a energia de origem solar fornecida paraconsumo por unidade de área dos colectores (“Fornecido”/ “área do painel” em valoresanuais). Este índice é apresentado frequentemente, contudo é muito dependente dosdetalhes do consumo, e em particular do nível de recurso solar. Valores muito baixos,digamos abaixo de 200 kWh/m², indicam de facto quase sempre um dimensionamentoincorrecto; contudo valores elevados não são garantia de um bom dimensionamento – pois épossível obter uma elevada produtividade subdimensionando o painel e sobredimensionando o

armazenamento (independentemente da racionalidade económica da solução, é claro). Aprincipal utilidade deste índice é pois a comparação entre soluções diversas para um mesmosistema (i.e. diferentes equipamentos propostos para um mesmo local e consumo).

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Manual SolTerm 45/60

No caso de sistemas fotovoltaicos, a interface apresenta as seguintes colunas de valores mensais,bem como o valor anual:

•  E(rad) – energia diária média na radiação solar global à face do painel fotovoltaico (kWh),portanto em geral num plano inclinado. Este valor não tem incluído o efeito do “modificador

de ângulo”.

•  E(pv) – energia diária média na radiação solar convertida pelos módulos do painelfotovoltaico (kWh).

•  E(exc) – energia média diária que o painel fotovoltaico converte mas que o sistema tem dedissipar (kWh). O desperdício de energia recolhida surge quando a capacidade máxima dearmazenamento foi atingida e há radiação solar disponível mas não há solicitação doconsumo.

•  E(sist) (N.B. no caso de sistemas autónomos sem apoio ou ligados à rede) - energia diáriamédia que o sistema fornece para consumo (kWh). Trata-se de energia final útil, i.e.efectivamente entregue, no caso de sistemas autónomos com apoio; e de energia final nocaso de sistemas ligados à rede, uma vez que a simulação do sistema vai apenas até aoprimeiro transformador de elevação de tensão.

•  E(apoio) (N.B. apenas no caso de sistemas autónomos com apoio) - energia média diáriafornecida para consumo pelo sistema de apoio, ou auxiliar, para complementar a energiafornecida pelo sistema solar (kWh). Trata-se de energia final útil; o valor de energia finalcorrespondente será superior, e ainda mais o valor de energia primária.

•  Carga – valor diário da energia solicitada para consumo (kWh).

Quanto aos índices anuais são sempre apresentados:

•  Produtividade – trata-se de uma energia específica, a energia de origem solar fornecida paraconsumo por unidade de potência nominal instalada (“E(sist)”/ “potência nominal do

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painel” em valores anuais). Este índice é apresentado frequentemente, contudo é muitodependente dos detalhes do consumo, do nível de recurso solar e da tecnologia utilizada nosmódulos. Valores muito baixos, digamos abaixo de 400 kWh/Wp, indicam de facto quasesempre um dimensionamento incorrecto; contudo valores elevados não são garantia de um

bom dimensionamento – por exemplo, em sistemas autónomos com apoio é possível obteruma elevada produtividade subdimensionando o painel e sobredimensionando a bateria(independentemente da racionalidade económica da solução, é claro). A principal utilidadedeste índice é pois a comparação entre soluções diversas para um mesmo sistema (i.e.diferentes equipamentos da mesma tecnologia propostos para um mesmo local e consumo).

•  Rendimento do sistema – trata-se da razão entre a energia de origem solar fornecida paraconsumo e a disponível à face dos colectores (“E(sist)”/“E(rad)” em valores anuais). Éportanto uma medida da eficácia do sistema solar em transferir energia da radiação solarpara a carga. Embora não seja um índice habitualmente apresentado, é uma indicaçãointeressante como guia para dimensionamentos, porque é menos dependente dos detalhes doconsumo, e em particular menos do nível de recurso solar. Contudo é ainda dependente da

tecnologia dos módulos.

Para sistemas autónomos sem gerador auxiliar é apresentado ainda a:

•  Probabilidade de perda de carga – trata-se do número de horas em que o sistema não pôdeatender à solicitação do consumo, expressa em percentagem do número de horas em que ésolicitado consumo. É portanto por assim dizer uma probabilidade de falha do sistema solar,uma vez que neste caso não há gerador auxiliar que possa entrar em funcionamento. Este é oprincipal indicador de dimensionamento deste tipo de sistemas. Em geral procura-se atingiruma probabilidade de perda de carga entre 5% e 1%, sendo que abaixo de 1% o sobre-dimensionamento começa a ser evidente (em termos económicos antes do mais). Em todo ocaso a simulação com um Ano Meteorológico de Referência não permite estimar com precisão

probabilidades de perda de carga de fracções de 1% (para isso seria necessária a simulação de10 ou mais anos). Mas mesmo estas indicações têm excepções evidentes, por exemplo quandose trata de sistemas concebidos precisamente para alta fiabilidade, tais como refrigeração devacinas ou telecomunicações de emergência.

Para sistemas autónomos com gerador auxiliar é apresentada, em vez da probabilidade de perda decarga, a:

•  Contribuição do gerador auxiliar – trata-se da percentagem de energia útil fornecida paraconsumo pelo sistema de apoio, ou auxiliar (razão “E(apoio)” / “Carga” em valores anuais).No caso destes sistemas o consumo é sempre satisfeito, pelo que não há “perda da carga”.Trata-se então da principal medida a considerar de avaliação de desempenho em sistemassolares deste tipo. Em geral procura-se atingir uma contribuição do apoio abaixo dos 10% a

1%. Acima de 10% o sistema estará em geral subdimensionado e provocará aliás demasiadodesgaste do gerador auxiliar por frequentes entradas/saídas de funcionamento; abaixo de 1%é frequente que o sistema solar esteja sobredimensionado. No entanto, trata-se apenas deuma gama de valores guia para situações típicas.

9.3. Optimização por critérios energéticos

Em baixo nesta interface “Análise energética” é possível conduzir simulações de optimizaçãoautomática do dimensionamento dos sistemas. No entanto é necessário entender bem o que está emcausa quando se utilizam essas ferramentas.

O (pré-)dimensionamento de um sistema pode ser feito segundo vários critérios, podendo conduzir aresultados mesmo muito diferentes. Há basicamente dois tipos de critérios: energéticos eeconómicos. Entretanto, há outros considerandos que também podem ser levados em conta, tais

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Manual SolTerm 47/60

como normas e regulamentos, autonomia, fiabilidade, redução da poluição causada por sistemas acombustíveis fósseis, ou mesmo questões estéticas.

Com respeito aos critérios energéticos, a idéia básica é procurar a configuração que fornece ao

utilizador um máximo de energia de origem renovável, desperdiçando entretanto pouca ou nenhumada energia captada.

Claro que este tipo de optimização não faz sentido para certos sistemas, por exemplo sistemasfotovoltaicos ligados à rede, onde a limitação é apenas no espaço disponível para instalação depainéis. Existem ainda outras limitações: por exemplo, na prática, o tamanho físico dos componentescomercializados é discreto, isto é existem certos modelos de painéis, acumuladores, depósitos, etc.,mas não 'meio painel da marca X' ou '0,3 depósito da marca Y'.

O SolTerm 5.0 faz optimização energética relativamente aos valores globais anuais; note no entantoque pode haver situações em que isto não é completamente apropriado, como por exemplo sistemasutilizados essencialmente, mas não apenas, de Verão ou de Inverno. No entanto isto não é umalimitação grave, pois na prática os resultados são muito similares aos obtidos segundo valoressazonais ou mesmo mensais.

Por outro lado, o facto de se trabalhar com funções discretas faz por vezes falhar a optimizaçãoautomática, uma vez que o óptimo se pode situar entre dois valores sucessivos, discretos, doparâmetro em optimização (número de colectores térmicos ou módulos fotovoltaicos, de depósitos oubaterias). Por exemplo, num projecto de sistema térmico em que se tenha especificado um modelode depósito de 200 l, mas o óptimo de dimensionamento esteja algures cerca dos 300 l, como aosoftware apenas é possível adicionar sucessivos depósitos de 200 l, a optimização automáticarecomendará ou o dimensionamento original (200 l, subdimensionado) ou dois depósitos (400 l,sobredimensionado). Assim, a optimização automática não substitui o bom senso e perícia do

 projectista.

Em todo o caso, um (pré)dimensionamento bem feito do ponto de vista energético tem em geral asseguintes características: o sistema fornece entre 50% e 95% da energia requerida pela carga,podendo ser de 100% nalguns meses, tipicamente os de Verão; e desperdiça menos de 2% da energiacaptada.

Um erro comum em dimensionamentos é tentar que o sistema atenda a 100% da carga em múltiplosmeses, ou a percentagens acima de 80% - 90% em termos anuais. Isto levará com frequência a umsobredimensionamento do colector e do armazenamento. Outra abordagem pouco eficaz é tentarobter a configuração que se traduz no máximo de produtividade, o que quase sempre leva a umsubdimensionamento do colector e/ou a um sobredimensionamento do armazenamento.

Por último o utilizador do SolTerm deve ter consciência de que as estimativas de desempenho sãofortemente condicionadas pela meteorologia e pelo consumo. Ora, a climatologia usada é nominal,

está sempre a ser melhorada, existem microclimas, ignoram-se as alterações climáticas e avariabilidade interanual, etc. Pelo lado do consumo, também o comportamento dos consumidores édescrito de forma simplificada; mais do que isso, a bem dizer é apenas uma estimativa, tanto emtermos de consumos médios mensais, como em relação ao perfil de consumo diário. Assim, não temsentido fazer um dimensionamento baseado exclusivamente numa optimização rígida em termosapenas energéticos (ou apenas económicos): deve prevalecer o bom senso.

Um caso especial de optimização é a da orientação dos painéis, já discutido com algum pormenor nassecções anteriores. Frequentemente a energia recebida no plano inclinado do colector ficamaximizada se fôr apontado a Sul e inclinado num ângulo cerca de 5° acima da latitude. Mas isto éapenas um valor-guia, pois na prática a melhor orientação dependerá do clima específico, daestrutura de consumo, dos sombreamentos e obstruções que possam existir, e até de consideraçõesestéticas na instalação dos colectores, junto à água do telhado.

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Manual SolTerm 48/60

Em todo o caso, é importante saber que o máximo obtido estará em geral num 'planalto' deoptimização, isto é, podem desviar-se os painéis da inclinação e azimute 'óptimos' por alguns graus(tipicamente da ordem de 10º em inclinação e 15° em azimute) sem perda significativa de radiaçãosolar captada.

Nas interfaces de Projecto, o SolTerm faz uma sugestão de orientação baseada apenas em energiarecebida no plano inclinado; mas a optimização final deve ser feita por simulação do sistema comtodas as suas condicionantes, o que portanto deve ser feito precisamente nesta interface de 'AnáliseEnergética'.

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10. Interface ANÁLISE ECONÓMICA

10.1. Instruções gerais

Nesta interface, a que se acede pela lâmina respectiva no topo da janela do programa, é possívelconduzir uma análise económica básica do Projecto, após simulação energética. Para obterresultados com sentido, é essencial que o Projecto chegue a esta fase com um dimensionamentoadequado do ponto de vista energético.

Para sistemas térmicos e fotovoltaicos autónomos, o utilizador introduz dados técnico-económicos(lado esquerdo da interface) e um cenário económico (à direita no topo), e o tipo de análise quepretende: averiguar o interesse face a um investimento alternativo, no caso de ter capital disponível,ou averiguar a razoabilidade de obter um empréstimo bancário para comprar e implementar osistema. No caso de sistemas fotovoltaicos ligados à rede, o que o SolTerm 5 apresenta é o cálculoda remuneração da energia eléctrica fornecida à rede segundo a tarifa subsidiada oficial.

Existe uma opção de optimização da dimensão do painel solar, se o preço do sistema lhe for em parteproporcional (o que em geral é realmente o caso).

10.2 Dados técnico-económicos

Os dados técnico-económicos são relativamente fáceis de fornecer. O preço do sistema, incentivoseventualmente existentes, e preço actual da energia convencional substituída são dados objectivos.

O preço do sistema tem muitas vezes uma componente fixa - por exemplo, entrega e montagem deequipamentos, por vezes mesmo o preço do sub-sistema de armazenamento de energia. A partevariável do preço é frequentemente proporcional à área do painel. Se só se souber o preço global dosistema pode atribuir-se à componente variável o preço de colectores / módulos individuais e incluirtodos os restantes custos na componente fixa. O mesmo raciocínio aplica-se para o caso doseventuais incentivos.

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Note-se que o preço do sistema não deve incluir o de eventuais sub-sistemas de apoio (caldeiras,geradores Diesel, ...): de facto, o utilizador precisaria sempre de um sistema de fornecimento deenergia mesmo que não investisse em energia solar.

Menos objectivos, por envolverem alguma previsão, serão os dados relativos ao tempo de vida dosistema, custos de manutenção e reparação e valor do sistema no fim da sua vida útil. Por vezesestes custos podem ser objecto de um contrato, de onde a informação pode ser retirada.

10.3 Cenários económico-financeiros

Já os dados relativos aos cenários económico-financeiros são difíceis de fornecer – ora acontece que aanálise económica é especialmente sensível a estes cenários !

De facto o cenário especificado pelo projectista - ou pelo cliente – tanto pode provar a viabilidadeeconómica de um investimento em energia solar, como o seu contrário. Para isto não há normas ouregras claras. Veja-se que mesmo as projecções económicas feitas pelas entidades especializadasalcançam poucos anos no futuro e verificam-se frequentemente afastadas da realidade (bastalembrar as projecções do PIB ou do preço do petróleo). Ora no caso presente quer-se tentar o mesmousando recursos necessariamente muito mais modestos, mas ainda por cima considerando algo como10 ou mesmo 20 anos no futuro.

Trata-se portanto antes de mais de expectativas pessoais sobre inflação, preço da energiaconvencional e dos níveis de juros bancários e/ou mercado de capitais a longo prazo. Tentar-se-à quesejam valores razoáveis, mas serão necessariamente subjectivos. Compreende-se pois que os valorespor defeito apresentados pelo SolTerm constituam nada mais que um ponto de partida.

10.4 Interpretação dos resultados da análise económico-financeira

O SolTerm apresenta na interface os custos e proveitos do investimento em energia solar e do

empréstimo ou aplicação financeira alternativa em valores correntes, i.e. montantes referidos ao fimdo tempo de vida do sistema, incluindo pois os efeitos da inflação.

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Os custos evitados em combustível ou electricidade da rede são calculados em termos de energiafinal, portanto incluindo rendimentos de queima em caldeiras, etc.

Não são considerados ganhos devidos a evitar a emissão de gases com efeito de estufa. De momentoo horizonte até onde se pode obter este tipo de proveitos é de 2012, portanto muito abaixo do tempode vida dos sistemas solares. Mas principalmente, os Governos têm entendido que no caso desistemas térmicos já existe implicitamente um incentivo para evitar estas emissões, através dapenalização do consumo de combustíveis fósseis por via do ISP, e de alguns benefícios fiscais. Quantoa sistemas com apoio eléctrico, as tarifas já reflectem o que as empresas produtoras pagam porlicenças de emissão (ou por se manterem dentro dos limites de emissão). Assim, há apenas dois casosem que será razoável considerar adicionalmente na análise económica os proveitos de evitaremissões. O primeiro – muito especial e decerto muitissimo raro – será que o sistema configure umdos Mecanismos de Quioto denominado “Implementação Conjunta”. O segundo caso é o de empresasque estão incluídas no Comércio Europeu de Licenças de Emissão, se lhes fôr possível integrar energiasolar como fonte de energia alternativa nos seus processos de fabrico (por exemplo, pré-aquecimentode águas para produção de vapor). São ambas situações que de qualquer forma pedem uma análiseeconómico-financeira mais detalhada que a do SolTerm 5.

A análise feita considera a regra de boas práticas segundo a qual quaisquer proveitos líquidos obtidosnum dado ano são reinvestidos num depósito bancário ou outra aplicação segura (por exemplocertificados de aforro) até ao final do tempo de vida do sistema. Os rendimentos dessas (eventuais)aplicações são obtidos apenas no final do tempo de vida do sistema.

No Relatório que é possível pedir ao SolTerm figura a análise completa de cash-flow, que permitetambém entender melhor os valores correntes apresentados. Este relatório é guardado por defeito napasta do SolTerm, com o nome “análise_económica.txt”.

Como índice global de desempenho económico o SolTerm apresenta o Valor Actualizado Líquido

(VAL), isto é os proveitos (ou prejuízos) globais do investimento em energia solar referidos aomomento actual, descontando pois os efeitos da inflação futura. Um VAL positivo significa que no fimdo tempo de vida do sistema a opção de investimento em energia solar gerou um valor adicional parao capital de que se dispunha (ou se pediu emprestado). Note-se que se o capital de que se dispõenum certo momento não fôr investido, o seu VAL diminui sempre com a passagem do tempo, por viada inflação. Um VAL nulo significa que se investiu numa aplicação que apenas compensouexactamente a inflação. Assim, mesmo valores nulos ou ligeiramente negativos de VAL podem fazersentido para alguém que está interessado noutros critérios além dos puramente económicos. E dequalquer forma relembra-se que o VAL dependerá fortemente do cenário económico-financeiro queseja adoptado, e este é em grande medida subjectivo, como já foi discutido acima.

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10.5 Tarifas

Para sistemas fotovoltaicos ligados à rede o SolTerm calcula a remuneração (em valor corrente)segundo o esquema tarifário respectivo. Apenas é necessário especificar a potência de injecção - e sóse fôr diferente da potência nominal declarada - e a tarifa aplicável.

Note-se que neste caso o valor económico de evitar emissões de gases com efeito de estufa éexplicitamente contabilizado no esquema tarifário.

O SolTerm fornece um editor de tarifas segundo o modelo flexível de tarifa que tem vindo a seraplicado há alguns anos pelos Governos; o editor é acessível através do pequeno ícone à direita emcima. Os valores a introduzir são especificados nos Decretos-Lei aplicáveis - no momento em que seescreve trata-se do Decreto-Lei no. 33a/2005 rectificado – mas são actualizáveis por Portarias.

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10.6. Optimização económica

Existe uma opção de optimização no caso de análise de investimento em energia solar face a uminvestimento numa aplicação alternativa, segura. A optimização funciona variando a dimensão dopainel solar, partindo do dimensionamento inicial, e tentando encontrar o VAL máximo. É inútilexperimentar a optimização económica sem ter obtido antes um dimensionamento aproximadamentecorrecto do ponto de vista energético.

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11. Interface BENEFÍCIOS AMBIENTAIS

A análise de benefícios ambientais é reportada ao primeiro período de cumprimento do Protocolo deQuioto, 2008-2012, sendo para isso necessário estabelecer cenários do mix energético nacional médionesse período, em particular quando a energia de apoio é eléctrica.

O consumo de energia primária deslocado pela energia solar é estimado tendo em conta a cadeia deconversão de energia primária em energia final e finalmente em energia útil. No caso decombustíveis, entram nos cálculos o poder calorífico e o rendimento global do sistema de apoio. Nocaso da electricidade admite-se que 39% da electricidade é de origem renovável e 8% de perdas detransmissão. No entanto estes valores podem ser alterados pelo utilizador, ver a secção 12.4 adiante.

Os principais gases com efeito de estufa pertinentes para esta análise são o CO2, CH4 e N2O. Aunidade 'kg CO2 equivalente' corresponde a uma média pesada das quantidades emitidas de cada gás,pela actividade dos três gases em termos de aumento do efeito de estufa, sendo que CO2 = 1,CH4 = 21 e N2O = 310.

O SolTerm guarda um relatório com estes dados, num ficheiro de nome “relatório_ambiental.txt”,colocado por defeito na pasta do SolTerm.

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12. Operação Avançada

12.1. Edição directa dos bancos de dados

Os bancos de dados de componentes consistem em ficheiros de texto puro, e portanto podem sereditados directamente sem passar pela interface do SolTerm. Estes ficheiros de componentesarmazenam os valores numéricos das características geométricas, energéticas, etc. sob as etiquetasde texto que as identificam. De forma similar para os bancos de dados de configurações (projectos)de sistemas, de cargas (consumos) e de obstruções (sombreamentos).

Os bancos de dados estão em pastas com nome auto-explicativo, uma vez que se saiba que 'PV'designa os relativos a sistemas fotovoltaicos e 'ST' designa os relativos a sistemas solaresfotovoltaicos. Os dados climáticos estão na pasta 'Clima', os ficheiros de dados climáticos que quiseradicionar devem ter a extensão '.csv', ver mais pormenores adiante. Os ficheiros dos restantes bancosde dados têm extensão '.st5' no caso dos dados originais que o SolTerm fornece (e que não seaconselha serem apagados), enquanto os adicionados pelo utilizador têm a extensão 'dat'. Estes dadospodem ser editados através da interface do SolTerm. Contudo podem-se também editardirectamente. Neste caso o mais expedito será abrir a pasta respectiva (por exemplo 'PVacumuladores' ou 'ST cargas') copiar um já lá existente, dando-lhe um (novo) nome sugestivo emodificar os valores onde apropriado. Quando voltar a correr o SolTerm o programa reconheceráautomaticamente esse novo componente, carga, projecto, ou máscara de obstruções.

12.2. Configurações avançadas do software

No menú de topo do programa encontrará o item “Configuração”, que dá acesso a opções avançadassobre o funcionamento do programa.

O SolTerm permite guardar automaticamente as alterações a Projectos enquanto neles se trabalha(autosave), com um intervalo de tempo variável entre 15 e 60 segundos. Isto permite precavereventuais problemas com o software, quebras de corrente, esquecimento de guardar Projectos, etc.,mas também pode corromper a definição de Projectos devido a enganos ou tentativas de alteraçãoque afinal não se desejava serem guardadas. Por defeito o SolTerm não se inicia em autosave. 

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Os relatórios do SolTerm são emitidos em formato de texto simples (.txt), e para lê-los e imprimi-losé apenas necessário o programa “notepad.exe” que já faz parte do sistema operativo Windows. Estesrelatórios ficam guardados na pasta do SolTerm, confira os ficheiros “relatório_climático.txt”,“relatório_energético.txt” e “relatório_ambiental.txt”, e ainda “análise_económica.txt”. Natural-

mente que também pode ler e imprimir estes ficheiros com outros editores de texto como o MSWord, OpenOffice, etc.

Nota: Preparando o terreno para expansões futuras, o SolTerm permite configurar um leitor de HTML(browser ) para a leitura de documentos em HyperText Markup Language (HTML). Há muitos softwarepara fazer isto, a maioria gratuitos. Quase todos necessitam de uma instalação em separado. OSolTerm usa por defeito um browser  interno, mas que apenas tem as capacidades mínimas. Noentanto hoje em dia quase todos os computadores já têm instalados um qualquer browser  paraaceder à Internet (Firefox, Internet Explorer, Navigator, Opera, etc.). É recomendado que outilizador use a interface de configuração para procurar no seu computador e indicar ao SolTerm esse browser  a que deverá estar mais habituado. Mas pode também não o fazer e usar o “pordefeito” do SolTerm. Em todo o caso até à presente release 5.0.2 esta capacidade não é usada.

12.3. Dados meteorológicos adicionais

Os Anos Meteorológicos de Referência para os 308 Concelhos de Portugal são um conteúdo fixo dabase de dados meteorológica, por compatibilidade com o Sistema Nacional de Certificação deEdifícios. Contudo o utilizador pode adicionar dados seus à base de dados pelo processo que se segue.

Suponhamos que se quer acrescentar dados para um local denominado “o meu jardim”:

(i)  formatar a série anual de dados segundo o formato exemplificado em qualquer dosficheiros na pasta “Clima”, constituído por um cabeçalho com informação de versão desoftware, toponímica, geográfica, de período abrangido e de significado dos parâmetros

arquivados, mais 365 x 24 linhas com mês do ano, dia do mês e hora, seguidos dos dadosmeteorológicos para cada hora solar ao longo do ano. Note-se que para minimizarproblemas de leitura todos os valores meteorológicos guardados são inteiros e aseparação é feita por espaços. O extracto de um dos ficheiros climáticos abaixoapresentado deverá ser suficientemente claro para exemplificação. Deve ser seguidaexactamente a posição das colunas.

(ii)  guardar na pasta “Clima” o ficheiro com o nome “o_meu_jardim.dat” (por regra de boaspráticas são usados underscores em vez de espaços)

(iii)  acrescentar na pasta 'Mapas' uma imagem arbitrária (mas claro que convém serpertinente) de 250 x 366 pixeis, formato GIF e nome dado em acordo - i.e. neste casoexemplo seria 'o_meu_jardim.gif'.

É importante notar que o SolTerm apenas necessita das colunas 1 a 3 (data e hora), e 4, 12 e 13(temperatura ambiente, radiação global e difusa na horizontal). Todas as outras podem ser postas azeros sem prejuízo da operação do SolTerm. Alguns dos dados nestas outras colunas são pertinentespara simulação térmica de edifícios, outras colunas estão reservadas para expansão futura dascapacidades de software.

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Manual SolTerm 57/60

5.0: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

TRY para RCCTE/STE e SolTerm 

INETI(2006) www.ineti.pt [email protected]: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------: ZonaVila Pouca de Aguiar: Longitude (°W)7.62: Latitude (°N)41.51: Altitude (m)100: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------: Período1961-1990 (nominal)

: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------: Temperatura [°C*10]: Precipitação [mm]: Humidade relativa [%]: Vento - magnitude [m/s*10]: Vento - rumo[0°...359° 0°=N]: Pressão [hPa]: Nebulosidade total [0...10 limpo a coberto]: Nebulosidade opaca [0...10 limpo a coberto]

: Radiação solar - global horizontal[W/m²]: Radiação solar - difusa horizontal[W/m²]: Radiação solar - global vertical N [W/m²]: Radiação solar - global vertical NW [W/m²]: Radiação solar - global vertical W [W/m²]: Radiação solar - global vertical SW [W/m²]: Radiação solar - global vertical S [W/m²]: Radiação solar - global vertical SE [W/m²]: Radiação solar - global vertical E [W/m²]: Radiação solar - global vertical NE [W/m²]: Radiação IV - celeste descendente [W/m²]: Iluminância - global horizontal [lux]: Iluminância - difusa horizontal [lux]: Iluminância - directa normal [lux]: Luminância zenital [Cd/m²]: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1 1 1 59 0 81 0 0 1013 10 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 305 0 0 0 01 1 2 54 0 82 0 0 1013 10 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 303 0 0 0 01 1 3 49 0 83 0 0 1013 10 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 300 0 0 0 01 1 4 44 0 84 0 0 1013 10 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 298 0 0 0 01 1 5 38 0 85 0 0 1013 10 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 296 0 0 0 01 1 6 33 0 86 0 0 1013 10 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 294 0 0 0 0

1 1 7 28 0 87 0 0 1013 10 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 292 0 0 0 01 1 8 30 0 87 0 0 1013 5 3 16 9 5 41 160 188 110 5 5 5 269 1147 692 10775 1391 1 9 37 0 84 0 0 1013 10 5 35 26 13 18 63 79 59 15 13 13 297 4989 3726 3534 7661 1 10 50 0 80 0 0 1013 10 7 79 58 29 29 83 115 101 49 29 29 302 11514 8313 5783 17671 1 11 64 0 74 0 0 1013 10 9 122 90 44 44 92 142 142 92 44 44 308 18033 12899 7373 28381 1 12 79 0 69 0 0 1013 8 8 263 174 88 88 143 305 353 259 88 88 304 38114 24938 18813 56181 1 13 92 0 65 0 0 1013 10 7 161 119 58 58 58 140 182 161 89 58 320 23908 17055 8878 3842

...

...

...12 31 24 3 0 76 0 0 1013 8 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 270 0 0 0 0

12.4. Tabela de parâmetros externos

O SolTerm usa certas definições de parâmetros, que guarda numa tabela externa, “parameters.st5”,

e que podem ser ajustados editando este ficheiro com um editor de texto puro (como o“notepad.exe” ou o “wordpad.exe” (o formato do ficheiro é auto-explicativo).

Trata-se em primeiro lugar do albedo do solo (por defeito 20%, típico na ausência de neve, areia ouplanos de água nas proximidades), das obstruções angulares na zona do nascer e pôr do Sol (valoresusados quando a máscara de obstruções tem todos os valores abaixo de 3º), das médias mensais daturbidez atmosférica de Linke para massa de ar 2 (atribuído um valor típico urbano sem muitapoluição), da eficácia padrão de permutadores externos, em média sobre a vida útil do sistema solar(por defeito 75%). O desempenho de sistemas solares é pouco sensível a variações destes parâmetrosdentro da sua gama habitual em Portugal. Assim, estes parâmetros só devem ser modificados se outilizador tiver dados alternativos bem documentados.

Esta tabela determina também a redução da intensidade do vento desde a altura padrão de 2 m até

30 cm acima do solo, sem obstáculos a proteger a piscina (sebes, muros, etc.). Este factor é usado

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para cálculos de balanços energéticos em piscinas exteriores. Realça-se que o resultado destesbalanços é fortemente dependente deste factor.

Por último figura na tabela um conjunto de parâmetros relacionados com a redução do impacto

ambiental do uso da energia quando se usam sistemas solares. São eles os factores de emissão deCO2, CH4 e N2O no uso da electricidade proveniente da rede eléctrica (por defeito respectivamente125 g/MJ, 0,0015 g/MJ e 0,0019 g/MJ), a percentagem de electricidade da rede obtida sem emissãode GEE (por defeito a meta de 39% de origem renovável para 2010), e a percentagem de perdas detransmissão e distribuição na rede eléctrica (por defeito 8%). Estes valores podem ser ajustados peloutilizador, dependendo dos cenários que assuma; ou por exemplo quando se desejam estimar valorespara anos específicos, recorrendo a fontes como a Direcção Geral de Energia e Geologia, a EntidadeReguladora dos Serviços Energéticos e o Plano Nacional para as Alterações Climáticas.

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Manual SolTerm 60/60

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