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5/17/2018 Manual Tecnico Geomorfologia - slidepdf.com
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•MANUAL
TECNICODE
GEOMORFOLOGIA
2 . ! 1e d i c a o
I ns ti tu to B ra s il ei ro d e G e o gr af ia e Estatlstica
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Presidente da Republica
Luiz Inacio Lula da Silva
Ministro do Planejamento, Orcarnento e Gestae
Paulo Bernardo Silva
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATISTICA -IBGE
Presidente
Eduardo Pereira Nunes
Diretor-ExecutivoSergio da Costa Cortes
6RGAos ESPECfFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Wasmalia Socorro Barata Bivar
Diretoria de Geociencias
Luiz Paulo Souto Fortes
Diretoria de InformaticaPaulo Cesar Moraes Simoes
Centro de Docurnentacao e Disseminacao de lnforrnacoes
David Wu Tai
Escola Nacional de Ciencias Estatisticas
Sergio da Costa Cortes (interino)
UNIDADE RESPONSAvEL
Diretoria de Geociencias
Coordenacao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais
Celso Jose Monteiro Filho
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Ministerio do Planejamento, Orcarnento e Gestae
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica ·IBGE
Diretoria de Geoclenclas
Coordenacao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais
Manuais Tecnicos em Geociencias
nurnero 5
Manual Tecnico de Geomorfologia
Rio de Janeiro
2009
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISSN 0103-9598 Manuais tecnicos em geociencias
Divulga os procedimentos metodol6gicos utilizados nos estudos e
pesquisas de geociencias.
ISBN 978-85-240-4110-5
© IBGE. 1~edlcao 1995
2~ edicao 2009
Capa
Ubirata O. dos Santos/Eduardo Sidney - Coordenacao deMarketing/Centro de Docurnentacao e Dlssernlnacao delnformacces - COOl
Manua l tecn lco de geomorfo logia IIBGE, Ccordenacao de Recursos Natu-
rais e Estudos Ambientais. - 2. ed . • Rio de Janeiro: IBGE, 2009.
1B2 p. - (Manuais tecnicos em geociencias, ISSN 0103-959B ; n. 5)
Acompanha um CD-ROM, em bolso.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-240-4110-5
1 .Geomor fo logia - Manua is, guias, e tc. 2. Mapeamento
geomorfologico - Manuais, guias, etc. I. IBGE. Coordanacao de
Recursos Naturais e Estudos Ambientais. II. Serie.
Gerincia de Biblioteca e Acervos EspeciaisRJ/IBGE/2009-26
CDU 551.4GEO
Impresso no Brasil I Prin ted in Brazil
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Sumarlo
Apresenta~iio
Introdu~iio
Pressupostos teorico-metodologicos
Evolu~iio da metodologia
Taxonomia do mapeamento geomorfologico
Dominios Morfoestruturais
Regioes Geomorfologicas
Unidades Geomorfologicas
Modelados
Formas de Relevo Simbolizadas
Conceitos basicos dos fatos geomorfologicos mapeados
Modelados
Acurnulacao
Aplanamento
Dissecacso
Dissolucao
Formas de relevo simbolizadas
Formas relacionadas as acoes fluviais, lacustres e marinhas
Forma relacionada aa l , (80
e61icaFormas relacionadas a acao carstlca
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Formas relacionadas a dissecacao englobando fei'toes
residuais
Formas relacionadas a bacias e coberturas sedimentares
Formas relacionadas a dobramentos
Formas relacionadas a tectonica de falha
Forma relacionada a estruturas circulares
Formas de genese indiferenciada
Srmbolos relaeionados a proeessos de erosio e
movimentos de massa
Srmbolos de representacao eartograflca tematica
Coneeitos eomplementares iI interpreta~io geomorfologiea
Baeias hidrografieas
Rede de drenagem
Tipos de canais fluviais
Padroes de drenagem
Hierarquia fluvial
Propriedades da drenagem
Anomalias de drenagem
Proeessos erosivos
Natureza da erosso
Formas erosivas causadas pelo escoamento superficial
Fatores controladores da erosao
Movimentos de massa ou gravitacionais
Forma~oes superfieiais
Hipsometria
Deelividade
Avalia~io do relevo
Sensoriamento remoto aplieado a geomorfologia
Importaneia das geoteenologias na analise da paisagem
Enfoque geomorfologieo e resolu~io dos sensores
Importaneia do radar
A contribuicao do Radar GEMS no levantamento geomorfol6gico
do Brasil
Aplicacces e produtos de radares orbitais
Particularidades do radar na analise do relevo
Sistemas multiespeetrais
Propriedades das bandas Landsat
Cornposicoes coloridas
Integra~io SR·SIG e produtos derivados
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Surnario BIBGE
Tecnicas utilizadas na interpretac;iio geomorfologica
Tecnicas de gabinete
Processamento digital de imagens
Elaboracao de perfis topoqraficos
Tecnicas de campo
Utilizacao de cadernetas e fichas de campo
Registro fotoqrafico de campo
Procedimentos baslcos do mapeamento geomorfologico
Estudos preliminares, selec;iio e preparac;iio de imagens
Selecao de dados grafico e textual
Preparacao das imagens selecionadas
Interpretac;iio tematica
Analise da drenagem
lnterpretacao de imagens em meio digital
ldentiflcacao e dellmltacao dos Modelados e das
formas de relevo
Elaboractao de carta geomorfol6gica preliminar
Trabalho de campo
Reinterpretac;iio e integrac;iio tematica
EdiC;iiografica
Cargas alfanumerica e grafica no banco de dados
de geomorfologia
Validac;iio e consolidac;iio
Gerac;iio de produtos
Banco de dados de geomorfologia
Carta geomorfol6gica final
Cartas derivadas
Estatfsticas e indicadores ambientais
Sintese tematica
Aplicac;oes da pesquisa geomorfologica
Referencias
Apendices
1 Corte cartografico e escalas de trabalho
2 Fichas de campo
3 Letras-simbolos e simbolos da Geomorfologia e
convenc;oes da Geologia
4 Relac;iio e identificac;iio das Unidades Geomorfologicas mapea-
das no Brasil
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.IBGE Manual tecnlco de geomorfologia
Figuras
1 - Linhagens Epistemoloqlcas da Geomorfologia
e Seguidores
2 - Estrutura da Geomorfologia
3 - Dominies Morfoestruturais e Morfoclimaticos
4 - Compartimentos de Relevo
5 - Modelados de acurnulacao fluvial, fluviolacustre e de
lnundacao, e de dissecacao hornoqenea. Imagem Mosaico
GeoCover do rio Japura, AM
6 - Modelados de acurnulacao marinha e fluviomarinha.
Imagem Mosaico GeoCover da reqiao do delta do rio Paraiba do
Sui, RJ
7 - Modelados de acurnulacao lagunar e eolica. Imagem CBERS
2/CCD, cornposlcao R3G4B2 da reqiao adjacente a lagoa do
Casamento, Palmares do Sui, RS
8 - Modelados de acurnulacao coluvial, fluvial e de dlssscacao
hornoqenea, Imagem ALOS/AVNIR 2, cornposlcao R2G4B3 do
vale do rio Itajai-Mirim, SC
9 - Modelados de aplanamento degradado e de dissecacao
hornoqenea, Imagem Landsat 7/ETM+, cornposlcao R5G4B3 da
Chapada e Depressso de Itiquira, MT
10 - Modelados de aplanamento etchplanado e de dissecacao
hornoqenea. Imagem Mosaico GeoCover da regiao de Caldas
Novas, GO
11- Modelados de dissecacao hornoqenea e estrutural.
Imagem Landsat 5/TM, cornposicao R5G4B3 no vale do rio
Paraiba do Sui e na serra do Mar, SP/RJ
12 - Modelados de dissecacao estrutural, de aplanamento
retocado e de acurnulacao fluvial, fluviolacustre e de inundacao.
Imagem Landsat 7/ETM+, cornposicao R5G4B3 da Provincia
Serrana, MT
13 - Padr6es de imagem em modelados de dlssscacao com
as classes de densidade de drenagem. Imagens Mosaico
GeoCover
14 - Padr6es de imagem em modelados de dissecacao com
as classes de aprofundamento das incis6es. Imagens Mosaico
GeoCover
15 - Modelados de dissecacao em ravinas e hornoqenea e de
aplanamento retocado. Imagem Mosaico GeoCover ao sui de
Niquelandia, GO
16 - Modelados de dissolucao e de aplanamento retocado.
Imagem ALOS/AVNIR, cornposicao R3G2B1 da regiao dos
Patamares do Oeste Baiano, BA
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Surnario BIBGE
17 - Divisao Hidrografica Nacional
18 - Padrao de canal retilineo no rioTocantins, TO. Imagem
Mosaico GeoCover
19 - Padrao de canal anastomosado no rio Japura, AM. Imagem
Mosaico GeoCover
20 - Padrao entrelacado no rio Tapajos, PA. Imagem Mosaico
GeoCover
21 - Padrao meandrante psamitico no rio Uruguai, SC. Imagem
Mosaico GeoCover
22 - Padrao meandrante pelitlco no rio Jurua, AM. Imagem
Mosaico GeoCover
23 -Alternanclas de padroes (meandrante-retilineo) pod emindicar rnudancas no arranjo estrutural de uma area. Imagem
Mosaico GeoCover no rio Guapore, RO
24 - Pad roes de Drenagem (Dendritico no oeste do Para, na
folha SA21, Imagem Mosaico GeoCover; Pinado na raqiao
da Reserva Bioloqica de Linhares, ES na folha SE24, Imagem
Mosaico GeoCover; Paralelo nos arredores de Correntina,
BA na folha SD23, Imagem Mosaico GeoCover;Trelil,(a no
vale do rio Paraiba do Sui, limite dos Estados RJ/MG na
folha SF23, Imagem CBERS 21 CCD, cornposlcao (R3G4B2);
Retangular na regiao de Cataguases, MG-SF23, Imagem
Mosaico GeoCover; Radial Centrifugo na folha SF22zb; Radial
Centripeto no Pantanal Matogrossense, MS na folha SD21yc,
Imagem Mosaico GeoCover; Anelar na rede de drenagem do
rio das Velhas, MT na folha SE22, Imagem Landsat 7/ETM+,
cornposlcao (R5G4B3)
25 - Deterrnlnacao da ordem dos canais de drenagem proposta
por Strahler, 1952
26 - Propriedades da drenagem
27 - Feil,(oes anornalas desenvolvidas pelo rio Perulpe,
Municipio de Nova Vlcosa, no litoral sui da Bahia. Imagem ALOSI
PALSAR HH
28 -Variacoes no contorno das ilhas na desembocadura norte
do rio Amazonas. Em sequencia cronoloqica: A - imagem
de Radar GEMS banda X (1984); B - imagem Landsat 5/TM,
cornposicao R5G4B3 (1998); e C - imagem RADARSAT-1,anda C
(2002) que exibe a confiquracao da linha de costa (em laranja)
correspondente a imagem do Radar GEMS
29 - A cornposlcao colorida R3G4B2 do satellte CBERS 2/CCDpossibilita a identificacao de diversos compartimentos na Serra
Gaucha, RS
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.IBGE Manual tecnlco de geomorfologia
30 - Cornposicao colorida R3G4B2 do satelite ALOS/AVNIR 2
mostrando a reqiao da Baia de Babitonga e IIha de Sao
Francisco, SC
31 - Recorte de imagem Radar GEMS 1000 em area de relevo
dissecado com feict6es residuais, a leste do Municipio de
Caracarai, Roraima, onde sobressaem as serras de Barauana e
Anaua, Mosaico semicontrolado de radar, folha NA 20 ZB
32 - Imagem Landsat 7/ETM+, cornposlcao colorida R4G5B3 da
regiao de Porto Belo-Bombinhas, SC
33 - Produtos derivados de modelos digitais de elevacao SRTM,
sobrepostos por imagem Landsat 5/TM, cornposlcao 4R5G3B, na
regiao do vale do rio Paraiba do Sui, SP
34 - A utilizacao conjunta de imagens de sate lite com modelos
digitais de elevacao SRTM amplia as possibilidades da
lnterpretacao na cornpartlrnentacao do relevo, particularmente
em areas onde ha cobertura de nuvens. Imagem Mosaico
GeoCover e modele SRTM, folhas SE23xc e SE23xd
35 - Procedimentos baslcos do mapeamento geomorfol6gico
36 - Articulacao entre folhas ao rnilionesimo
37 - Decomposicao da folha 1: 000 000 ate 1:25 000
38 - Decornposicao da folha 1: 000 000 ate 1:25 000 (detalhe)
Formas de Relevo Simbolizadas
Delta - Imagem Mosaico GeoCover na folha SD24zc
Aureola de Colmatagem - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SC22zc
Borda de Terraco - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SA19zd
Cone de Dejectao - Cornposlcao ALOS/AVNIR 2 R3G4B2 na folha
SD23ya
Leque Aluvial (Alluvial Fan) - Imagem Landsat 7/ETM+ R5G4B3 na
folha SE21vb
Garganta - Imagem Mosaico GeoCover na folha SC23zc
Depressao Pseudocarstica - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SE24yb
Barras em Pontal (Point Bars) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SC20yc
Barras de Canal (Scroll Bars) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SB20xb
Dique Marginal (Natural Levee) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SB20xd
Paleodrenagem (Palaeochannel) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SB20zb
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Surnario BIBGE
Meandro Abandonado (Oxbow Lake) - Imagem Mosaico
GeoCover na folha SB19xb
Vereda - Imagem Mosaico GeoCover na folha NA20xd
Dale - Imagem Mosaico GeoCover na folha SD21vc
Cristas de Praia (Beach Ridges) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SE24yd
Chenier- Imagem Mosaico GeoCover na folha NA22xc
Linhas de Acrescao - Imagem Mosaico GeoCover na folha
NA22vb
Falesia - Imagem Mosaico GeoCover na folha SB25ya
Paleofalesia - Imagem Mosaico GeoCover na folha SB25ya
Paleolitoral - Imagem Mosaico GeoCover na folha SE24yb
Recife - Imagem Mosaico GeoCover na folha SD24yd
Restinga (Barrier Spit) - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SG22xd
IIha Barreira (Barrier Island) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SD24zc
Duna - Imagem Mosaico GeoCover na folha SH22za
Borda de Patamar Carstico - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SD23xc
Leples - Cornposicao ALOS/AVNIR 2 R3G2B1 na folha
SD23xc
Dolina - Imagem Mosaico GeoCover na folha SE23za
Morro Carstico - Imagem Mosaico GeoCover na folha SD23xc
Hessurqencia - Imagem Mosaico GeoCover na folha SC23zd
Sumidouro - Cornposicao ALOS/AVNIR 2 R3G4B2 na folha
SD23vd
Uvala - Composlcao ALOS/AVNIR 2 R3G4B 2 na folha SC23zb
Vale Carstico - Imagem Mosaico GeoCover na folha SC24ya
Crista Sirnetrica - Imagem Mosaico GeoCover na folhaSD23va
Crista Assirnetrica (Hogback) - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SD22xb
Inselbergue - Imagem Mosaico GeoCover na folha NA20xb
Pontao - Imagem Mosaico GeoCover na folha SA19xb
Cuesta - Imagem Mosaico GeoCover na folha SE21zd
MorroTestemunho (Mesa) - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SB23yc
Borda de Anticlinal Escavada - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SE21vb
Borda de Sinclinal Suspensa - Imagem Mosaico GeoCover nafolha SD23xd
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Combe - Imagem Mosaico GeoCover na folha SD21za
Dorsa Anticlinal - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SF23va
FacetasTriangulares de Camada - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SE23xc
Marcas de Enrugamentos - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SD23xb
Escarpa Adaptada a Falha - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SE23za
Escarpa de Falha - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SD21ya
FacetasTriangulares de Falha - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SD23vc
Vale au Sulco Estrutural - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SH22vc
Anomalia de Drenagem - Imagem Mosaico GeoCover na folha
NA22vb
Borda de Estrutura Circular - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SE23ya
Borda de Patamar Estrutural - Cornposlcao CBERS 2/CCD R3G4B2
na folha SH22xa
Canyon - Composicao CBERS 2/CCD R2G4B2 na folha
SH22xc
Escarpa Erosiva - Cornposicao CBERS 2/CCD R2G4B2 na folha
SH22xa
Escarpa em Relevo Monoclinal - Imagem Mosaico GeoCover na
folha SD23vb
Linha de Cumeada - Imagem Mosaico GeoCover na folha
SF23xb
Ressalto - Imagem Mosaico GeoCover na folha SD21xd
Fotografias
1 - Nfveis de terrace na margem direita do rio Piranga (afluente do
rio Dace), Porto Firme, MG
2 - Planfcie fluvial caracterizada pelas barras em pontal bem
desenvolvidas no rio Guapore, 25km a jusante de Costa
Marques, RO
3 - Planfcie fluvial utilizada para crlacao de bufalos proximo a
Itacoatiara, AM
4 - Planfcie periodicamente inundavel, utilizada para crlacao de
bufalos no Lago Curiau, AP
5 - Planfcie marinha com extenso pos-praia interligado ao campo
de dunas ao sui deTorres, RS
6 - Planfcie marinha com a formacao de restinga na foz do rio
Araranqua, conjugada as dunas no Morro dos Conventos, SC
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Surnarlo 18GE
7 -Terrace marinho em contato com a paleofalesia (Tabuleiros
Costeiros ao fundo) em Lucena, PB
8 - Areas inundaveis em setor de planfcie com manguezal na
Fazenda Bom Jesus, cerca de 15km a norte de Soure, IIha de
Maraje, PA
9 - Planfcie lagunar a margem da lagoa de Itapeva, Tres
Cachoeiras, RS
10 - Campo de dunas barcanas cornpce a maior parte da planfcie
costeira adjacente a foz do rio Sao Francisco, AL
11 - Planfcie eclica (interduna) recoberta pela Formacao Pioneira
Marinha Herbacea, parcialmente alagada devido a elevacso do
lencol freatico, e em segundo plano, as dunas rnoveis no Cabo
de Santa Marta, SC
12 - Fundo de vale colmatado por coluvio recoberto com
vsqetacao herbacea, vizinha ao rio Pedreira, Macapa, AP
13 - Paisagem formada pelas planfcies lacustre e de inundacao
adjacentes a serra do Amolar, MT
14 - Superffcie de aplanamento parcialmente conservada,
correspondendo ao topo da Chapada dos Guirnaraes. Estrada de
Cuiaba para a UHE do rio Manso, MT
15 - Contato entre as escarpas do Plana Ito Dissecado do Tocantins
com a Depressao do MedioTocantins. Trecho da Serra do
Lageado na descida para Palmas, TO16 - Area de contato do pediplano retocado (Campos de Roraima)
com 0 relevo dissecado predominantemente montanhoso em
segundo plano. Fazenda Alvorada, Normandia, RR
17 - Superffcie de aplanamento retocado embutida em areas com
cristas. Safda de Unaf para Riachinho, MG
18 - Pediplano retocado desnudado com inselbergues em forma
de cristas. Contato do Pediplano Sertanejo com as Encostas
Ocidentais da Borborema, Santa Luzia, PB
19 - Ao longo da Serra do Sincora, 0 pedimento preenche 0
interior da imensa estrutura anticlinal escavada na Chapada
Diamantina, BA
20 - Forma de topo convexo. Colinas entre Muriae e Barao do
Monte Alto, MG
21 - Forma de topo tabular. Praia Grande, SC
22 - Forma de topo aqucado, Relevo montanhoso da Serra de
Macae, Sana, RJ
23 - Relevo de encostas suaves e topos tabulares nas
proximidades de Cristalina, GO
24 - Relevo dissecado de topos convexos (Dc21), conhecidolocalmente pela denornlnacao de coxilhas, norte da cidade de
Pelotas, RS
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
25 - Relevo dissecado em morros e colinas de vertentes
convexizadas formando ombreiras e vales profundos (Dc43) nas
Encostas Orientais da Borborema, Rodovia PB-087, Municipio de
Areia, PB26 - Relevo dissecado de topos convexos (Dc31) no Chapadao do
Boqueirao entreTapira e Araxa, MG
27 - Relevo dissecado marcado pela predorninancia de morros
de topos aqucados e vertentes retilineas cortando rochas da
Faixa Ribeira em Pedra Dourada, MG
28 - Relevo montanhoso (Da35) marcado por pontoes e
picos elevados que caracterizam a Serra dos 6rgaos, Nova
Friburgo, RJ
29 - Relevo dissecado estrutural na Serra do Cipo-
Espinhaco, MG30 - Relevo dissecado estrutural na Serra do Espinhaco em
Monte Azul, MG
31 - Aspecto do modelado dissecado em ravinas a oeste de MG,
observado em sobrevoo
32 - Ravinas caracteristicas dos modelados dissecados que
ocorrem ao sui deTapira, MG
33 - Carste coberto observado ao longo da RodoviaTO-110 entre
Lavadeira e Aurora do Tocantins, TO
34 - Paredao calcario a margem do rioTaquari, BA
35 - Carste descoberto na area do Parque Nacional Cavernas do
Peruac;u, Itacarambi, MG
36 - As cristas carsticas sao marcantes na paisagem em Unai
(MG) onde se tem os melhores exemplos de rochas dobradas do
Grupo Bambui
37 - Carste descoberto bastante representativo com todas as
feicoes de detalhe correspondentes em Taguatinga, TO
38 - Feic;oes carstlcas que se forma ram em rochas carbonatlcas
neoproterozolcas do Grupo Una na Chapada Diamantina (Gruta
Azul-Pratinha), BA
39 - Gruta Rei do Mato em Sete Lagoas, MG
40 - Afloramento rochoso em Doutor Elias no reverse da Serra do
Mar, RJ
41 - Caos de blocos em colinas residuais que se erguem em
meio a Depressao de Santana do Araguaia, apresentando
as vertentes repletas de rnatacoes graniticos em Santana do
Araguaia, PA
42 - Caimento em rampa em alveolos coluviais associados a
relevo dissecado dominado por morros e pontces rochosos entre
Miracema e Lage do Muriae, RJ
43 - Arenlzacao - 0 fen6meno de arenlzacao ocorre emextensas areas entre as cidades gauchas de Ouarai e Santana do
Livramento
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Surnario BIBGE
44 - Fenomeno de erosao - Vocoroca no Municfpio de
Mineiros, GO
45 - Fenorneno de movimento de massa deu origem a vocoroca
cujo material coluvial sofreu deslizamento, bloqueou a rodovia e
expos a regolito constitufdo de rochas rnetarnorficas com folia~ao
paralela ao talude do corte da estrada em Cataguases, MG
46 - Delta do rio Sao Francisco, AL
47 - Aureola de colmatagem em lagoas salobras nas
proximidades de Nhecolandia, MS
48 - Borda de terrace com nfveis de cascalheira no rio Pequeno
em Aiure, SC
49 - Cone de dejecao no relevo dissecado de tapas convexos
proximo a BR-259 entre as cidades de Santa Efigenia de Minas e
Gonzaga, MG
50 - Garganta do rio Caraca que carta a serra hornonlrna,
superimpondo as camadas dobradas de rochas do Supergrupo
Minas. Reserva Particular do Patrlrnonio Natural Santuario do
Caraca, MG
51 - Barras em pontal desenvolvidas na confluencia do rio Verde
com a rioTeles Pires, MT
52 - Barras de canal desenvolvidas no leito do rio Branco, 33km a
jusante de Boa Vista, RR
53 - Paleodrenagem na planfcie fluvial do rio Purus, a montantede Labrea, AM
54 - Meandro abandonado na planfcie fluvial do rio Purus, AM
55 - Vereda desenvolvida em superffcie pediplanada,
configurando pequenas areas de lnundacao com veqetacao tipica
(buritizais) nos Campos de Roraima
56 - Chenier em evolucao na foz do rio Sao Francisco, SE
57 - Linhas de acrescao no Cabo Orange, AP
58 - Cantata dos tabuleiros costeiros com a planfcie marinha
at raves de uma falesla em sedimentos terclarlos do Grupo
Barreiras. Localidade de Bafa Formosa, RN
59 - Recife - Cordao recifal para lela a praia do Frances, AL
60 - Restinga na Barra do Ribeira, SP
61 - IIha barreira - IIha Comprida, SP
62 - Litoral marcado pelas dunas e lagoas de aguas transparentes
em Genipabu. Algumas atingem dezenas de metros de altura e
se encontram estabilizadas pela veqetacao (Mata Atlantica) em
Natal, RN
63 - Morro carstico entreTaipas eTaguatinga, TO
64 - Sumidouro - a rio da Lapa penetra na gruta e tem parte docurso subterraneo em rochas carbonaticas da Formacao Sete
Lagoas, Parque EstadualTerra Ronca, GO
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
65 - Superficie do Pediplano Sertanejo com inselbergues (Serra
do Mulungu) de vertentes parcialmente vegetadas em Sao Joao
do Sabugi, RN
66 - Pontao em relevo montanhoso caracterizado pela
abundancia destas feiltoes alinhadas, segundo a direcao N-S
delineando as cristas da Serra da Mantiqueira. Serra do Pao de
Acucar, Sericita, MG
67 - MorroTestemunho e relevos tabulares dos Chapadces do
Alto Parnafba, na Rodovia MA-006 entre Alto Parnafba/MA eTasso
Fragoso/MA
68 - Facetas triangulares de camada em rochas metassedimentares
do Grupo Paranoa ao sui de Niquelandia, GO
69 - Escarpa adaptada a falha na Serra do Espinhaqo, BR-122,
entre Mato Verde e Porteirinha, MG
70 - Facetas triangulares de falha em relevo dissecado estrutural
com desnfvel acentuado e alta declividade das vertentes,
sobretudo quando coincide com a follacao, Mina deTimbopeba
(Fe), Antonio Pereira, MG
71 - Borda de patamar estrutural na Serra Geral mostrando
felcoes lineares horizontais que demarcam os patamares
formados pela erosao diferencial das diferentes fases do derrame
basaltico no caminho entre Terra de Areia eTainha, RS
72 - Canyon Fortaleza no Parque Nacional da Serra Geral,
RS/SC
73 - Escarpa erosiva bem-definida nos contrafortes da Serra
Geral em Praia Grande, SC
74 - Linha de cumeada delineia 0 topo aqucado da serie de
montanhas na Serra do Mar em Garuva, SC
75 - Ressalto no vale do rio das Antas a caminho de Bento
Goncalves, RS
76 - Marcas de erosao profundas em ravinas configurando area
de badlands, com predomfnio de material arenoso e blocos de
canga laterftica. Safda de Riachinho para Sao Hornao, MG77 - A altao do escoamento concentrado, em material friavel,
provocou 0 surgimento de sulcos, ravinas e vocorocas cujo solo
a avermelhado, com detritos rochosos espalhados na superffcie.
Estrada entre Gilbues e Enseada, PI
78 - V0lt0roca a beira da estrada instalada em baixa vertente.
Alter do Chao, PA
79 - Area com intense processo de erosao acelerada com a
ocorrencia de ravinas e vocorocas, Pastagem com marcas de
pisoteio e revolvimento de terra por animais. Plantio de bambu
na vocoroca como medida preventiva a erosao nas vertentesentre GovernadorValadares e Guanhaes, MG
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Surnario BIBGE
80 - Estradas para deslocamento do gado, com terracetes
relacionados ao pisoteio, em relevo acidentado a cerca de 13km
de Santa Rosa da Serra em direcao a Divin6polis, MG
81 - Ocupacao indevida em faixa costeira em meio a campo de
dunas ativas com veqetacao herbacea incipiente no norte da IIha
de Santa Catarina, SC
82 - Perfil Convexo - Relevo dissecado cortado pelo rio lndaia,
destaque para 0 canal sinuoso controlado pela estrutura. Santa
Rosa da Serra, MG
83 - Perfil Retiifneo - Relevo montanhoso associado a
falhamentos em blocos na Serra do Mar, Caminho do Imperador
pr6ximo aTeres6polis, RJ
84 - Perfil Concave - Relevo de morros no vale do rio Cotingo
com desfiladeiro de vertentes ravinadas a caminho de Pedra
Branca, RR
85 - Dentre os mais diversos tipos de ocorrencias deste
fenorneno no vale do ltajal, as corridas de lama e de detritos em
area florestada foram os mais rapidos e de alto poder destrutivo
no entorno do Morro do Bau, IIhota, SC
86 - Movimento de massa como fenorneno natural e frequente
nas vertentes Ingremes da Serra dos 6rgaos, cuja declividade
e acentuada e 0 solo e pouco espesso, favorecendo 0
desplacamento de regolito e porcoes da cobertura vegetal
durante as chuvas de verso. Paraiso, RJ
87 - 0 registro fotogrMico e imprescindlvel para realizar uma boa
descricao dos pontos observados em campo
88 - A equipe examina 0 corte na MG-181 (Brasilandia de Minas a
Joao Pinheiro, MG) de aproximadamente 25m de altura e 200m
de comprimento, formado por arenito erodido com estratlficacao
cruzada capeado por canga laterltica
89 - As situacces mais adversas e os imprevistos sao enfrentados
durante 0 trabalho de campo. Neste epis6dio, a equipe de
Geologia foi acionada e presta socorro a equipe de Pedologia em
Costa Marques, RO
Quadro
Quadro 1 - Indices de dissecacao do relevo
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Apresenta~ao
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatfstica - IBGE, atraves da
Diretoria de Geoclencias, tern a satisfacao de apresentar a socie-
dade brasileira 0 Manual tecnico de geomorfologia, que contempla
tecnices eprocedimentos para interpretag80 emapeamento do relevo,
com a expectativa de atender a setores da sociedade que necessitam
deste tipo de informacao, cumprindo parte de sua rnissao institucional
de retratar 0 Brasil com lnforrnacoes necessarias ao conhecimento
de sua realidade e ao exercfcio da cidadania.
Os ManuaisTecnicos para os varies temas ambientais foram divulgados
a partir de 1991, inicialmente com 0 objetivo de uniformizar e definir
crlterlos para os trabalhos realizados pelo IBGE no ambito nacional
e, posteriormente, visando contribuir para a dlsponibillzacao de
metodologias e padronizacoes tam bern no campo extrainstitucional.
Esta edicao oferece uma versao atualizada do Manual tecnico de
geomorfologia, lancado em 1995, abordando, em documento unlco e
conciso, as modlficacoes e a evolucao do mapeamento geomorfol6gico
ocorridas no Brasil, especialmente na area da lnterpretacao de imagens
em meio digital, geoprocessamento e Sistemas de lnforrnacoes
GeogrMicas - SIG integrados a Banco de Dados.
o IBGE tern como uma de suas atribuicoes realizar 0mapeamento sis-
tematico do relevo brasileiro em escala regional. Este manual tecnico
estabelece normas e procedimentos para producao e armazenamento
de inforrnacoes de geomorfologia em meio digital, atendendo, assim,
as necessidades de especlflcacces tscnicas exigidas pela Infraestrutura
Nacional de Dados Espaciais -INDE (item 4.4.2 - Normas e Especifica-
~6es de Dados Geoespaciais Ternaticos].
A Diretoria de Geoclenclas do IBGE, at raves da equipe executora deste
projeto, agradece a todos os que colaboraram de alguma forma para
a realizacao do mesmo, entre os quais pessoas ffsicas, jurfdicas e em-
presas estatal e privada.
Luiz Paulo Souto Fortes
Diretor de Geociencias
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lntrodueao
Este manual tecnico, em sua segunda edicao, resultou da reuniao e
adaptacao de varies documentos, de epocas e autorias distintas.
Tracando urn breve historico desta evolucao, sua elaboracao remonta
a decada de 1970, e partiu da necessidade da equipe tecnica da Divisao
de Geomorfologia do Projeto RADAMBRASIL de ter urn documento de
referencia para realizar 0 mapeamento geomorfologico sistematico
de todo oTerritorio Nacional. 0documento inicial discriminava todas
as fases da pesquisa e a incorporacao dos procedimentos adotados
para 0 mapeamento geomorfologico. A metodologia foi pioneira na
utillzacao de mosaicos semicontrolados de radar na escala 1:250000,
cujos produtos finais foram publicados na escala 1:1 000 000 pela
serie Levantamentos de Recursos Naturais. Na oportunidade, a equipe
serviu-se de do is documentos basicos de normatizacao dos trabalhos:
o Manual de etapas de trabalho e0Album de legendas. A necessidade
da padronlzacao das lnformacces coletadas nos trabalhos de campo
resultou na criacao das fichas de campo referentes a " Descricao da
paisagem" e a "Amostragem das tormacoes superficials" 0 conjunto
destes capitulos foi a base para a elaboracao da primeira versao do
Manual tecnico de geomorfologia, publicada em 1995 pelo IBGE.
Esta segunda edlcao apresenta algumas lnovacoes, com a lnclusso de
novos capltulos e a reestruturacao dos existentes na edlcao anterior.
Explica-se 0 fato tendo em vista 0 carater de atualizacao da presente
edicao, com a cornplernentacao das inforrnacoes e dos conceitos.
o capitulo inicial, Pressupostos teorlco-rnetodoloqicos, tern como
objetivo contextualizar a fundarnentacao teo rica da obra, e ecomplementado pelo capitulo Evolucao da metodologia.
No capitulo Taxonomia do mapeamento geomorfologico, foramatualizados os conceitos dos taxons, sobretudo 0 de Dominios
Morfoestruturais, enfatizando-se os aspectos do relevo.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
No capitulo Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados, e dado maior
destaque aos Modelados, que passam a anteceder as Formas de Relevo Simbolizadas
e apresentam exemplos de imagens com interpretacao ternatica. A atualizacao
compreende a lnclusao de novos modelados e formas simbolizadas e a exclusao dealguns, buscando-se, assim, uma visao abrangente na natureza e ao mesmo tempo
concisa na representacso dos fatos mapeados. Os tipos de modelados e as formas
simbolizadas foram ilustrados com recortes de imagens de satelltes, blocos-diagramas
correspondentes e fotografias de campo das diversas regioes do Brasil, procurando
dar ao fato mapeado uma visao mais fidedigna em relacao a paisagem.
Sucedem-se dois novos capltulos incluldos nesta edicao: em Conceitos complemen-
tares a lnterpretacao geomorfol6gica sao apresentados, de forma abrangente,
aspectos fundamentais a Geomorfologia, como Rede de drenagem, Processos
erosivos, Forrnacoes superficiais, Hipsometria e Declividade. Esta selecao foi norteada
pela utillzacao rotineira destes fundamentos no trabalho de interpratacao ternatica.Complementa 0 capitulo a descricao dos fundamentos da Avaliacao do relevo, sintese
dos processos morfodinamlcos de elaboracao do relevo.
o capitulo Sensoriamento remoto aplicado a geomorfologia destaca a irnportancia
da incorporacao de novas tecnologias ao processo de trabalho. Vale lembrar que a
metodologia original foi desenvolvida tendo como base a utillzacao de imagens de
radar e, embora este sensor nao tenha sido descartado, atualmente 0 processo erealizado com a utillzacao dos recursos do Sensoriamento Remoto e dos Sistemas
de lnforrnacoes Geograficas. Busca-se, ainda, pormenorizar as particularidades
destas ferramentas para a interpretacao do relevo em trechos onde sao analisadas
as propriedades e as possibilidades dos sensores contemplados.
o capitulo'Iecnicas utilizadas na lnterpretacao geomorfol6gica, que discrimina aquelas
mais utilizadas pela equipe, foi atualizado com a inclusao da etapa de Processamento
Digital de Imagens.
o capitulo Procedimentos basicos do mapeamento geomorfol6gico apresenta todas
as etapas que antecedem a elaboracao de uma carta geomorfol6gica, incluindo os
procedimentos de gabinete e de campo, alern da descricao dos cartogramas que
poderao ser incorporados a edicao final da mesma. Nele sao apresentados, ainda,
as etapas de Carga alfanurnerica e grafica no banco de dados de geomorfologia e os
produtos gerados a partir dele.
De forma complementar, foi incluida uma secao com apendices contendo: Corte carto-
grafico e escalas de trabalho; Fichas de campo; Letras-simbolos e slmbolos da Geomor-
fologia e da Geologia; e Relactao e ldentlficacao das Unidades Geomorfol6gicas.
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Pressupostos teorico-metcdokiqieos
Na evolucao dos conhecimentos geomorfologicos, as discussoes
teorico-rnetodolcqicas tiveram sua fase inicial a partir da
publicacao do Geographical cycle (DAVIS, 1899), embora Surell em 1841
(apud ABREU, 1983) ja fizesse alusao a existencia de uma linhagem
episternoloqica. Os dad os historicos mostram que, enquanto na America
do Norte os geologos e engenheiros cornecavarn a sisternatizacao dos
conhecimentos geomorfologicos, paralelamente, no centro e leste
europeu, at raves de Von Richthofen, iniciava-se a formalizacao dasbases conceituais, que foram progressivamente aprimoradas.
A avallacao global do desenvolvimento desta ciencia efetuada por
Abreu (1983), consistiu em uma analise comparativa, ressaltando que
a teoria geomorfologica parte de duas fontes principais, cada uma com
seus seguidores (Figura 1), onde se percebem interferencias de uma
sobre a outra, e que evoluem paralelamente, convergindo na segunda
metade do Seculo XX, em busca de conceitos mais abrangentes.
Ao longo dos Seculos XIX e XX, houve uma insatisfacao geral em
relacao aos sistemas conceituais existentes e, nos anos do pos-querra,houve severas crfticas as linhas de abordagem, 0 que levou a uma
reforrnulacao mais global, valorizando cada vez mais os aspectos
voltados para as geociencias (ABREU, 1982). Esse quadro manifesta
a lntencao e a busca de uma slsternatlzacao e de uma linha evolutiva
episternoloqica mais global, procurando entender 0 pensamento
geomorfologico das duas correntes eplsternoloqicas: uma de rafzes
norte-americanas, que incorpora a maior parte da producao em linguas
inglesa e francesa ate a Segunda Guerra Mundial, e a outra de rafzes
germanicas, que engloba grande parte da producso do leste europeu.
Os trabalhos classicos de Davis (1899) e Penck (1923), traduzido parao ingles em 1953, representam os do is pilares da Geomorfologia: 0
conceitual e 0 rnetodoloqlco.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Conforme a obra davisiana, sistematizada no Geographical cycle (DAVIS, 1899),0 relevo
e decorrente da estrutura geologica, dos processos operantes e do tempo.Tal postura
valoriza muito 0 aspecto historico. Deste modo, as forces internas determinariam a
estrutura; a forma da superffcie seria consoante com seu arranjo interne; a altitudedependeria da intensidade do soerguimento; 0 ataque dos processos externos
as rochas implicaria, com 0 tempo, rnudanca da forma inicial; e a velocidade dos
processos seria inicialmente moderada passando a raplda ate 0maximo, decrescendo
lentamente ate 0 mfnimo.
A postura penckiana, tendo como referencla a obra Die morphologische analyse,
preocupava-se essencialmente com tres elementos: os processos endoqeneticos
e exoqenetlcos, e os produtos resultantes de ambos, que correspondem as
formacoss superficiais e as feictoes geomorfologicas. As feicoes geomorfologicas
resultantes dos processos exoqeneticos sao objeto de pesquisa indutiva. Quanto as
forrnacoes superficiais, as retacoes estratigraficas dos depositos correlatos formados
simultaneamente, a espessura e a forma como foram depositados, representam
registros de grande significado para a Geologia, evidenciando movimentos dlastroflcos,
e para a Geomorfologia, formalizando 0 conceito de depositos correlativos na analise
das formas de relevo. De acordo com esta teoria, foram elaborados os novos conceitos,
fundamentando as bases geomorfologicas conternporaneas.
A proposta de Penck foi seguida por grandes pesquisadores, como Mescerjakov (1968)
e Gerassimov e Mescherikov (1968), que a utilizaram como base conceitual para analise
e classificacao do relevo, sugerindo os conceitos de morfotectura, morfoestrutura e
morfoescultura, fundamentados no resultado de interacao das forcas endcqenas eexoqenas, como um novo instrumento de analise geomorfologica.
Baseado nestes princfpios, Mescerjakov (1968) conceitua a morfotectura como 0
elemento de ordem superior mais importante do relevo da terra, condicionado
pelas forcas tectonlcas, segundo as lnteracoes com os outros fatores de formacao
do relevo. As morfoestruturas correspondem aos elementos do relevo de ordem
mediana, de aspecto complexo, sobre a superffcie das morfotecturas. Posteriormente,
I. P . Gerassimov (apud MESCERJAKOV, 1968) acrescenta que a evolucao das formas
de relevo particularmente grandes resulta da interacao contraditoria dos fatores
endoqeneticos e exoqeneticos, e que os integrantes ativos dos fatores endoqenos
(os movimentos tectonicos) sao predominantes. As morfoesculturas de ordens
inferiores resultam das acoes dos fatores exoqeneticos.
Dois grandes geomorfologos, conhecidos em nosso meio, foram os precursores
deste pensamento, os professores JeanTricart e Lester C. King. Este ultimo percorreu
grandes extensoss do territorio brasileiro para fundamentar a teoria da pediplanacao,
inspirada no conceito de superffcie escalonada de Penck. A producao cientffica do
professor Jean Tricart mostra com bastante clareza as lnteracces proporcionadas
pelas forces interna e externa.
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Pressupostos te6rico-metodol6gicos BIBGE
o ordenamento dos fatos geomoriologicos de Mescerjakov (1968), em uma taxonomia
hierarquizada, tern muita sernelhanca com a proposta de Tricart, diferenciando-
se em alguns pontos a classlflcacao taxonornlca dos fatos geomorfologicos dos
dois pesquisadores.
No Brasil, por muitos anos, a maior parte da producao cientifica tendia para as raizes
anglo-americanas, seguidoras do paradigma davisiano, amplamente difundido nos
palses de Ifnguas inglesa e francesa. Apos 0 Congresso de Geografia do Rio de
Janeiro, em 1956, foram absorvidas em nosso meio cientifico as propostas de raizes
germanicas, e novos conceitos cornecararn a ser incorporados (ABREU, 1982). Deste
modo, no ana de 1969,0 professor Aziz Ab'Saber, fundamentado nos postulados da
Escola Gerrnanica, propos os niveis da pesquisa geomorfologica, registrando uma
grande contribuicao a esse campo.
Nesta mesma epoca. as ideias de georrelevo de Kugler (1976, apud ABREU, 1983) foram
formalizadas, enquadrando 0 relevo no contexte da Geografia. Da mesma maneira,
os trabalhos deTricart (1976; 1982) e Bertrand (1968) enquadram a Geomorfologia no
ambito da Geografia Fisica. Dentro do conceito de georrelevo de Kugler, trabalha-se
com a essencla da forma, sua dlnarnlca e 0 papel que 0 relevo representa, em face
da actao do homem. Tricart propoe a analise integrada do meio ambiente e Bertrand
expressa a cornpreensao do relevo na interacao com os outros elementos ffsico,
biolcqlco e antropico, dentro do conceito de paisagem ((SUERTEGARAY, 1999).
A producao cientifica deste perfodo foi um marco de grande irnportancia para a
Geomorfologia no Brasil, po is alern de divulgar as caracterfsticas do relevo brasileiro,
lancou as bases de sua lnterpretacso geral.
Diversos estudiosos tiveram uma participacao decisiva na discussao de novos
conceitos e teorias, atuando no desenvolvimento de linhas de pesquisa de interesse
para a Geomorfologia no Brasil. Pela irnportancia de seus trabalhos e pelo papel
que desempenharam na formacao de grande nurnero de pesquisadores, citem-se
nomes como os de AzizAb'Saber, Victor Leinz, Fernando Havio Marques deAlmeida,
Rui Osorio de Freitas, Amelia Alba Nogueira Moreira, Getulio Vargas Barbosa, Teresa
Cardoso da Silva, Maria Regina Mousinho de Meis, Olga Cruz, Antonio Christofoletti,
AntonioTeixeira Guerra,Alfredo Jose Porto Domingues, Celeste Rodrigues Maio, Joao
Jose Bigarella, Dieter Muehe e Margarida Penteado, entre outros.
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Simp6sio de Chicago (1939)
IC.A. Cotton (1942)
BIBGE Manual tecnlco de geomorfologia
Figura 1 - Linhagens Epistemologicas da Geomorfologia e Seguidores
F.V. Richthofen (1886)
A. Penck (1894)
W.M. Davis (1899)
W. Penck (1924) S. Passarge (1912)
S. Passa rge (1914) S. Passarge (1922)
Dosseldorfer Naturforschertag (1926)
C. Troll (1932)(1939)
(1966)
Ruptura Epistemol6gica?
J. Biidel (1948)
(1969)
J.P. Gerassimov (1946)
R.E. Norton (1945) L.C. King (1953) J.P. Mescerjakov (1968)
E Neef(1967)
Barthel (1968)
M. Klimaszewski (1963)
E.Fels (1956)A.N. Strahler (1950)
C.A. Crickmay (1959)
H. Wilhelmy (1958)
(1975)
Basenina & Trescov (1972)J.T. Hack (1960) ~
N.J. Chorley (1962)
N.S. Shireve (1975)l
Anal i se
Morfomet r ica
(1965)
H. Kugler (1975)
(1976)
Barsch & Liedtke (1980) Klink (1972)
Teoriado
Teoria Equilibrio Teoria do Principio Teoria da
Probabil ist ica Dinfunico de At ividade Des igual Pediplanacao
Cartograf ia Geomorfol6gica Geomorfologia Geomorfologia
Geomorfol6gica Climatogenetica Climatica Antropogenetica
Schum & Light (1965)
Mosley & Zimper (1976)
Thomes & Brunsden (1971)
? Simp6sio de Worzburg (1979)
FlLOGENESE DA TEORlA GEOMORFOL6GICA
Abreu (1983).
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Evolu~ao da metodologia
De acordo com Barbosa e outros (1984), ate 1968, a experlencia
acumulada no Brasil sobre mapas geomorfol6gicos era pequena,
dfspare em escalas e geralmente calcada em modelos estrangeiros,
sendo quase toda ela baseada em aerofotos e elaborada em
universidades. Segundo estes autores, uma avallacao dessa experiencia
foi feita na IConferencla Nacional de Geografia e Cartografia e a surnula
dos resultados discutida por Ab'Saber (1969, apud BARBOSA et aI.,
1984) e Moreira (1969, apud BARBOSA et aI., 1984), que praticamente
lancararn as bases e os princfpios de uma cartografia geomorfol6gica no
Brasil, delineando 0 conteudo essencial de urn mapa geomorfol6gico,
qual seja:
- base geol6gica como elemento essencial;
- flxacao, delirnitacao e descrlcao precisas das formas de relevo em
si mesmas;
- fixacao da altimetria;
- repressntacao dos domfnios rnorfocllmatlcos e morfoestruturais;
- representacao da dlnarnlca de evolucao geomorfol6gica atual;
- cartografia das forrnacoes superficiais.
Com esta orientacao, 0 Projeto RADAMBRAsIL,riado em 1971, elaborou
os fundamentos para uma cartografia geomorfol6gica de carater
sistematico. Depois de ensaios sucessivos em suas varias eta pas,
coordenadas por Getulio Vargas Barbosa eTeresa Cardoso da Silva, os
fatos geomorfol6gicos foram sistematizados em quase todo oTerrit6rio
Nacional, direcionando os trabalhos para 0contexte geomorfol6gico da
Escola Francesa, inspirada nos princfpios do paradigma alemao, Adotou-
se, entao, uma classificacac taxonornica inspirada na proposta de A.Cailleux e J.Tricart (1956, apud TRICART, 1965) que, a prlnclpio, como
todo inventario dos fatos geomorfol6gicos, apresentou dificuldades
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
em funcao da escala e do objetivo do levantamento sistematico. A importancia da
classificacao taxonornica deve-se a nocao geogri3fica de escala, que alern de ser
descritiva e tarnbern genetica (TRICART, 1965). Com os avances tecnlcos utilizados,
tais como imagens de sensores remotos, inventarios de dados facilitados e 0 apoio
logistico, foi possivel ordenar os fatos geomorfologicos e criar uma base taxonornica:
Dominios Morfoestruturais, Regioes Geomorfoloqicas, Unidades Geornorfoloqicas
e Modelados.
Com isso, ao longo das quatro diferentes fases de mapeamento geomorfologico
que recobriram areas diversas do territorlo brasileiro, consolidaram-se avances
na representacao cartoqrafica compativel com a escala de 1:1 000000, calcada na
interpretacao da imagem de radar.
Contudo, a orqanizacao taxonornica imposta por diferentes fases rnetodoloqlcas
trouxe um problema essencial a ser solucionado no que se refere a compatibilidade
das diferentes taxonomias e a inteqracao dos fatos mapeados entre as areas
recobertas. Buscou-se, assim, elaborar uma nova taxonomia que representasse a
interface entre as existentes, atraves da conversao das legendas para a nova legenda
integradora. A primeira edlcao deste manual apresenta estes fundamentos que
passaram a nortear toda a fase de mapeamentos subsequentes.
Concluida a fase do mapeamento sistematico do Projeto RADAMBRASIL,m 1985, e
dando continuidade aos trabalhos pelo IBGE a partir de 1986, foram desenvolvidos e
testados rnetodos de trabalho relacionados a estudos integrados, com a partlclpacao
de equipes multidisciplinares, objetivando estudos ambientais.
Nestes trabalhos, desenvolve-se uma nova abordagem e cornpreensao a respeito da
relacao homem-natureza, ressaltando 0progresso socloeconornlco e a lnterferencla
do homem sobre 0 ambiente natural, remetendo a uma concapcao de tempo das
analises e interfaces da Geomorfologia.
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Taxonomia do mapeamento
geomorfol6gico
os conceitos utilizados na proposta de mapeamento deste manual tern como
principio basi co 0ordenamento dos fatos geomorfologicos de acordo com
uma classificacao temporal e espacial, na qual se distinguem os modelados
como unidade basica e seus grupamentos hierarquicamente relacionados.
Para a lndividualizacao destes conjuntos de feilfoes, sao considerados como
parametres fatores causais, de natureza estrutural, litoloqlca, pedolcqica,
clirnatica e rnorfodlnamica, responsaveis pela evolucao das formas do relevo e
pela cornposlcao da paisagem no decorrer do tempo geologico. De acordo com
a ordem decrescente de grandeza sao identificados: Dominios Morfoestruturais,
Regioes Geornorfoloqlcas, Unidades Geomorfoloqicas, Modelados e Formas
de Relevo Simbolizadas (Figura 2).
Figura 2 - Estrutura da geomorfologia
DOMiNIOMORFOCLIMATICO
1 UNIDADE 1__ -+COMPARTIMENTO1 GEOMORFOL6GICA DORELEVO_ _ _ _ 1 _ - - J
:1 ~o~~~ - [---L......:.D..:.6..:.~RMA=LE:::..;_VO=--..J
,r------------------------------~
1
1
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Dominios Morfoestruturais
Os Dominios Morfoestruturais compreendem os maiores taxons na cornpartlmentacao
do relevo. Ocorrem em escala regional e organizam os fatos geomorfologicos segundo
o arcabouco geologico marcado pela natureza das rochas e pela tectonics que atua
sobre elas. Esses fatores, sob efeitos clirnaticos variaveis ao longo do tempo geologico,
geraram amplos conjuntos de relevos com caracteristicas proprias, cujas fei~6es
embora diversas, guardam, entre si, as relacoes comuns com a estrutura geologica
a partir da qual se formaram.
Sao exemplos de Dominios Morfoestruturais: bacias sedimentares, cintur6es rnoveis
remobilizados ou nao, plataformas e cratons, de idades geologicas distintas. Conjuntos
de batclltos e extensos derrames efusivos tarnbern podem constituir dorninlos,
assim como grandes areas onde a erosao obliterou os efeitos lltoloqicos ou truncou
estruturas, como os pediplanos ou as depress6es perlferlcas.
Tendo como base novos conceitos morfoestruturais, foram definidos quatro dornlniospara todo 0 Brasil (Figura 3), os quais refletem lrnplicacoes geocronologicas sobre 0
modelado. Os dominios sao os que se descrevem a seguir.
Figura 3 - Dominios Morfoestruturais e Morfoclimaticos
- 2 0 0
DOM IN IOS MORFOESTRUTURAI S E MORFOCL IMAT ICOS
EQUADOR
DOM IN IOS MORFOCL IMAT ICOS
(A da pt ad o d e A ziz A b'S ab er , 1 96 5)
. r=Te rr a s ba ix a sI . AmazOmco l=J f to res tadas equato r ias
ChapadOes t ropica isII. C errado ~ in te rio res com cerrados
e f to r e st a s - ga le r ia s
III. M ares de Areas mamelonaresMorros D t ropicais-at lant icas
ftorestadas
DepressOes in tenmontanasIV. Caat ingas C J J e inte rplana lticas __
semiar idas
V . A r au ca ri a D~~~~~~~:soPicaiS
V I P r ad a ri as r;-;ol Cox i lhas su .b trop !ca is. i'..'.'J c om p ra d an a s m l st as
F a ix a s d e D(NAo d i fe renc iadas)TranslQ80
ESCALA
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DOM IN IOS MORFOESTRUTURAI S
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Faneroz6icas
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DC ra ton s Neop ro t er o z6 i co s
Fonte: Mapa de unidades de relevo do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
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Taxonomia do mapeamento geomorfologico BIBGE
Depositos Sedimentares Ouaternarios - Esse domfnio e constitufdo pelas areas
de acurnulacao representadas pelas planfcies e terraces de baixa declividade e,
eventualmente, depressoes modeladas sobre depositos de sedimentos horizontais
a sub-horizontais de ambientes fluviais, marinhos, fluviomarinhos, lagunares e/ou
eolicos, dispostos na zona costeira ou no interior do continente.
Bacias e Coberturas Sedimentares Fanerozoicas - Planaltos e chapadas desenvolvidos
sobre rochas sedimentares horizontais a sub-horizontais, eventualmente dobradas
e/ou falhadas, em ambientes de sedirnentacao diversos, dispostos nas margens
continentais e/ou no interior do continente.
Cinturoes Moveis Neoproterozoicos - Compreendem extensas areas representadas por
planaltos, alinhamentos serranos e depressoes interplanalticas elaborados em terrenos
dobrados e falhados, incluindo principalmente metamoriitos e granitoides associ ados.
Cratons Neoproterozoicos- Planaltos residuais, chapadas e depressoes lnterplanalticas,
tendo como embasamento metamorfitos e granitoides associados e incluindo como
cobertura rochas sedimentares e/ou vulcano-plutonismo, deformados ou nao,
Regioes Geomorfol6gicas
Constituem 0 segundo nfvel hierarquico da classificacao do relevo. Representam
compartimentos inseridos nos conjuntos litomorfoestruturais que, sob a acao
dos fatores clirnatlcos preterites e atuais, Ihes conferem caracterfsticas geneticas
comuns, agrupando fei~oes semelhantes, associadas as forrnacoes superficiais e as
fitofisionomias.
Na sua ldentiflcacao, tam bern sao consideradas, alern dos aspectos mencionados,
sua distribuicao espacial e sua localizacao geogrBfica, em consonancia com algumas
reqioes classicamente reconhecidas. Sao exemplos de Regioes Geornorfoloqicas 0
Planalto da Borborema, a Chapada Diamantina, as Chapadas do Sao Francisco, a Serra
do Espinhaco, a Serra da Mantiqueira e 0 Planalto das Araucarias.
Unidades Geomorfol6gicas
o terceiro nfvel taxonomico refere-se as Unidades Geornorfoloqlcas. Elas sao definidas
como um arranjo de formas altirnetrlca e fisionomicamente semelhantes em seus
diversos tipos de modelados. A geomorfogenese e a similitude de formas podem ser
explicadas por fatores paleoclimaticos e por condicionantes lltoloqica e estrutural.
Cad a unidade geomorfologica evidencia seus processos oriqinarios, forrnacoes
superficiais e tipos de modelados diferenciados dos demais. 0 comportamento
da drenagem, seus pad roes e anomalias sao tornados como referencial a medida
que revelam as relacoes entre os ambientes clirnaticos atuais ou passados e as
condicionantes litoloqicas ou tectonicas.
Os conjuntos de formas de relevo que co mpo ern as unidades constituem
compartimentos identificados como planfcies, depressoes, tabuleiros, chapadas,
patamares, planaltos e serras (Figura 4).
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Figura 4 - Compartimentos de relevo
COMPARTIMENTOS DE RELEVO
.W
D Planfcies
D Depressoes
D Patamares
D Tabuleiros
D Chapadas
-• Planaltos
•Serras
ESCALA
150km 0 ISO 900 460 600 750km
Fonte: Mapa de unidades de relevo do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.
Planfcies sao conjuntos de formas de relevo planas ou suavemente onduladas, em
geral posicionadas a baixa altitude, e em que processos de sedimentacao superam
os de erosao.Tabuleiros e chapadas sao conjuntos de formas de relevo de topo plano,
elaboradas em rochas sedimentares, em geral limitadas por escarpas; os tabuleiros
apresentam altitudes relativamente baixas, enquanto as chapadas situam-se emaltitudes rna is elevadas. Depressoss sao conjuntos de relevos pianos ou ondulados
situ ados abaixo do nfvel das reqioes vizinhas, elaborados em rochas de classes
variadas. Os patamares sao relevos pianos ou ondulados, elaborados em diferentes
classes de rochas, constituindo superficies lnterrnediarias ou degraus entre areas
de relevos mais elevados e areas topograficamente rna is baixas. Os planaltos sao
conjuntos de relevos pianos ou dissecados, de altitudes elevadas, limitados, pelo
menos em um lado, por superffcies mais baixas, onde os processos de erosao superam
os de sedlrnentacao.As serras constituem relevos acidentados, elaborados em rochas
diversas, formando cristas e cumeadas ou as bordas escarpadas de planaltos.
Sao exemplos de Unidades Geomorfol6gicas a Planfcie Arnazonica, os Tabuleiros
Costeiros, os Patamares de Roraima, a Chapada dos Parecis, 0Planalto dos Gulmaraes,
a Serra da Canastra e 0 Plana Ito dos Campos Gerais. Encontra-se, no Apendice 4, a
relacao de todas as Unidades Geomorfol6gicas mapeadas no Brasil.
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Taxonomia do mapeamento geomorfologico BIBGE
Modelados
A quarta ordem de grandeza constitui ados Modelados. Um poligono de modelado
abrange urn padrao de formas de relevo que apresentam definicao geometrica similarem funcao de uma genese comum e dos processos rnorfoqeneticos atuantes, resultando
na recorrencia dos materiais correlativos superficiais. Segundo a metodologia definida
neste manual sao identificados quatro tipos de Modelados: acurnulacao, aplanamento,
dissolucao e dissecacao,
Os Modelados de acurnulacao sao diferenciados, em functao de sua genese, em
fluviais, lacustres, marinhos, lagunares, e61icos e de geneses mistas, resultantes da
conjuqacao ou atuacao sirnultanea de processos diversos.
Os Modelados de aplanamento foram identificados pela definicao de sua genese
e funcionalidade, combinadas ao seu estado atual de conservacao ou deqradacao
impostas por epis6dios erosivos posteriores a sua elaboracao,
Os Modelados de dissolucao, elaborados em rochas carbonaticas, podem ser
classificados de acordo com sua evolucao, identificados de acordo com 0 seu aspecto
em superffcie ou em subsuperffcie.
Os Modelados de dissecacao sao os que ocorrem de forma rna is generalizada na
paisagem brasileira, sendo caracterizados como dissecados hornoqeneos, dissecados
estruturais e dissecados em ravinas. Os do is primeiros sao definidos pela forma dos
topos e pelo aprofundamento e densidade da drenagem.
As feic6es de topo do relevo sao classificadas em: convexas (c),tabu lares (t) e aqucadas (a).
No estudo dos relevos dissecados constatou-se que, alern das formas dos topos, dados
morfometricos da densidade e do aprofundamento da drenagem, outro elemento
essencial e a declividade, largamente utilizada na ldentificacao e caracterizacao das
unidades geomorfol6gicas.
Formas de Relevo Simbolizadas
De acordo com 0 princfpio basico de orqanizacao taxonomies adotada, a quinta ordem
de grandeza, das formas de relevo simbolizadas, abrange feic6es que, por sua dimensao
espacial, somente podem ser representadas por sfmbolos lineares ou pontuais.
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Conceitos baslcos dos fatos
geomorfol6gicos mapeados
Modelados
Os conceitos seguintes referem-se aos tipos de modelados repre-
sentados no mapeamento. Sao adequados a escala de 1:250 000,
podendo, no entanto, ser ampliados a outras escalas de detalhe ou
estendidos a escalas mais amplas e generalizadas.
Acumula~ao (Figuras 5 a 8 e Fotos 1 a 13)
Fluvial
Planfcie - Apf
Area plana resultante de acumulacao fluvial sujeita a inundacoes
peri6dicas, correspondendo as varzeas atuais. Ocorre nos vales com
preenchimento aluvial.
Terrace - Atf
Acurnulacao fluvial de forma plana, levemente inclinada, apresentandoruptura de declive em relacao ao leito do rio e as varzeas recentes
situadas em nfvel inferior, entalhada devido as mudanc;as de condlcces
de escoamento e consequente retomada de erosao, Ocorre nos vales
contendo aluvioes finas a grosseiras, pleistocenicas e holocenicas
(Foto 1).
Planfcie e terrace - Aptf
Areas planas resultantes de acurnulacao fluvial, periodicamente
alagadas, comportando meandros abandonados e cordces arenosos.
Ocorrem nos vales com preenchimento aluvial, contendo material fino
a grosseiro, pleistocenico e holocenico, Sao identificados em conjuntodevido a limitacao de representacao nesta escala de mapeamento.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Foto 1 - Niveis de terrace na margem direita do rio Piranga (afluente do rio Doce).
Porto Firme - MG.
Marcia Faria.
Lacustre
Planicie - Api
Area plana resultante de processos de acurnulacao lacustre, comportando lagos,
cord6es arenosos e diques marginais. Ocorre associada aos grandes sistemas fluviaise aos vales de origem neotectonlca.
Terrace - Atl
Acurnulacao lacustre de forma plana, levemente inclinada, apresentando ruptura de
declive em relacao a bacia do lago e as planicies lacustres mais recentes situadas em
nivel inferior, entalhada devido as varlacoes de nivel da lamina de agua provocadas
por rnudancas de condicoes de escoamento ou perda por evaporacao e consequente
retomada de erosao,
Fluviolacustre
Planicie - Apfl
Area plana resultante da cornblnacao de processos de acurnulacao fluvial e lacustre,
podendo comportar canais anastomosados, paleomeandros (oxbow lakes) e diques
marginais. Ocorre em setores sob 0 efeito de processos combinados de acurnulacao
fluvial e lacustre, sujeitos a inundacoes peri6dicas com barramentos, formando
os lagos.
Terrace - Atfl
Acurnulacao fluviolacustre de forma plana, levemente inclinada, apresentando ruptura
de declive em relacao a bacia do lago e as planicies fluviolacustres rna is recentes
situadas em nivel inferior, entalhada devido as variacces de nivel da lamina de agua
provocadas por rnudancas de condicoes de escoamento ou perda por evaporacao e
consequente retomada de erosao,
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Figura 5 - Modelados de acumula~ao fluvial, fluviolacustre e de inunda~ao, e de
disseca~ao homogenea
~~;PJ.1f!
e ~ , ~ ,!~!~ I ! < n
~ ~ ~ ~ ~ - - ~ . ~ .- - - ~ ~ - - ~ ~ - - - - ~
GeoCover circa 2000 coverage point and polygon shapefiles (2000)
Marinha
Planfcie - Apm
Area plana resultante de acurnulacao marinha, podendo comportar praias, canais de
mare, cristas de praia, restingas, ilhas barreira. Ocorre nas baixadas litoraneas sob a
lnfluencla dos processos de aqradacao marinhos.
Terrace - Atm
Acurnulacao marinha de forma plana, levemente inclinada para 0mar, apresentando
ruptura de declive em relacao a planfcie marinha recente, entalhada em consequencia
de variacao do nfvel marinho, por processos erosivos ou, ainda, por neotectonica,
Ocorre nas baixadas lltoraneas pleistocenicas e holocenicas.
Fluviomarinha
Planfcie - Apfm
Area plana resultante da cornblnacao de processos de acurnulacao fluvial e marinha,
sujeita a inundacoss peri6dicas, podendo comportar canais fluviais, manguezais,
cordces arenosos e deltas. Ocorre nas baixadas litoraneas, pr6ximo as embocaduras
fluviais.
Terrace - AtfmAcurnulacao fluviomarinha de forma plana, levemente inclinada, apresentando
ruptura de declive em relacao ao canal fluvial e a planfcie, entalhada em consequencia
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
de variacao do nivel marinho, por processos erosivos ou, ainda, por neotectonica.
Ocorre nas baixadas litoraneas pleistocenicas e holocenicas, em niveis diferentes
do atual nivel medic do mar.
Figura 6 - Modelados de acumulacao marinha e fluviomarinha
5 " " , ' ~ _ _ ~ 0 l " '. ~ 5 ~ . _:10 I I I !m
GeoCover circa 2000 coverage point and polygon shapefiles (2000)
Lagunar
Planicie - Aplg
Area plana resultante da cornblnacao de varies processos formadores dos corposlagunares associ ados as barreiras costeiras. A natureza dos sedimentos e bastantevariada, podendo as planlcles ser constituidas por sedimentos eollcos, fluviais, praiais
ou mesmo conter camadas de lama orqanica ou turfa. Ocorre nas faixas costeiras
conectadas as planlcies marinhas, planlcles eolicas e/ou planicies fluviomarinhas.
Terrace - Atlg
Acurnulacao lagunar de forma plana, suavemente inclinada, apresentando ressalto
em relacao a laguna e/ou a planicie localizada em nivel inferior, devido a variacoes
eustaticas, Ocorre nas faixas costeiras que sofreram varlacoes do nivel do mar ou que
foram submetidas a neotectonica.
Os terraces apresentam indices nurnericos relativos aos niveis de posicionamentosaltirnetrlco e geocronologico, numa sequencia crescente dos rna is recentes para os
mais antigos.
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
E61ica
Planfcie - Ape
Area aplanada entre as dunas constitufdas de sedimentos eclicos em larninacoes
lisas, bern como estratificacoes cruzadas tru ncadas entre as du nas ativas. A extensao
das interdunas varia em funcao do suprimento sedimentar e da presence de agua no
sistema [lencol freatlco), Ocorre nas regioes litoraneas ou mesmo interiores entre os
campos de dunas.
Duna -Ade
Deposito eolico cuja forma varia em funl(ao do estoque de sedimentos fornecidos por
urn sistema fluvial ou costeiro e do regime de ventos. As formas mais comuns sao
as barcanas, parabolicas, transversa is, longitudinais e reversas. Ocorre nas reqioes
lltoraneas, ou mesmo interiores, onde 0 regime de ventos e favoravel e 0suprimento
sedimentar e relativamente constante.
Figura 7 - Modelados de acumula.;ao lagunar e e61ica
!\ III ~ ',ij 'I~ "'";;..- ,.,--i J---~ .;;.CBERS 2 (2005)
Gravitacionais, de Enxurrada e de Inunda.;ao
Rampa de Coluvio - Arc
Formas de fundo de vale suavemente inclinadas, associadas a coalescencia de
depositos coluviais provenientes das vertentes que se interdigitam e/ou recobrem os
depositos aluvionares. Ocorre em setores de baixa encosta, em segmentos concavos
que caracterizam as reentrancias (hollows) ou depressoes do relevo nos anfiteatros.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Plano de lnundacao -Ai
Area abaciada resultante de pianos convergentes, arenosa e/ou argilosa, sujeita ou
nao a lnundacoas peri6dicas, podendo apresentar arrefsmo e/ou comportar lagoas
fechadas ou precariamente incorporadas a rede de drenagem. Apresenta dfgitos
referentes as condicoes diferenciadas de drenagem do solo, variando do menos ao
mais alagado (Ai1, Ai2 eAi3).
Plano lnundavel lndiferenciado -Aii
Area abaciada resultante de pianos convergentes, arenosa e/ou argilosa, sujeita ou
nao a inundacoes peri6dicas, podendo apresentar arrefsmo. Refere-se, tarnbern, ao
interior colmatado de paleocanais. E identificado em situacoes que nao possibilitam
determinar as condicoes da drenagem do solo.
Figura 8 - Modelados de acumulaeao coluvial, fluvial e de
disseca~iio homogenea
a4 i1 · . . 6 1. ,
·~e· , ,+!J. ~ Krn--
IBGE, Diretoria de Geoclencias, Coordenacao de Cartografia
Nota: Dados gerados pela Agencia Espacial Japonesa - JAXA e processados pela Alaska Satellite
Facility - ASF.
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Modelados de Acumulac;io - Exemplos
Foto 2 - Planicie fluvial caracterizada pelas barras em pontalbem desenvolvidas no rio Guapore, 25km a jusante de CostaMarques, RO.
*Margi Moss
Foto 4 - Planicie periodicamente lnundavel, utilizada paracriac;:aode bufalos no Lago Curiau, AP.
Jose Eduardo Bezerra
Foto6 - Planiciemarinha com a formacao de restinga nafoz dorioArarangua, conjugada as dunas no Morro dos Conventos, SC.
Marcia Faria
(continua)
Foto 3 - Planicie fluvial utilizada para criac;:aode bufalosproximo a Itacoatiara, AM.
Diana Del'Arco
Foto5 - Planiciemarinha com extenso pos-praia interligado aocampo de dunas ao sui deTorres, RS.
Marcia Faria
Foto 7 -Terrace marinho em contato com a paleofalesia(Tabuleiros Costeiros ao fundo) em Lucena, PB.
Regina Coeli Costa
*Para todas as fotos de Margi Moss, ver: MOSS, M.; MOSS, G. Brasil das aguas: revelando 0 azul do verde e amarelo. Disponivel em:
<http://www.brasildasaguas.com.br/>. Acesso em: dez. 2009.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Modelados de Acumula~io - Exemplos
Foto 8 - Areas inundaveis em setor de planfcie com manguezalna FazendaBom Jesus, cerca de 15 km a norte de Soure, IIhade Maraj6, PA.
Bernardo Nunes
Foto 10- Campo de dunas barcanas comp6e a maior parte daplanicie costeira adjacente a foz do rio Sao Francisco, AL.
Margi Moss
Foto 12- Fundo de vale colmatado por coluvlo recoberto comvegetaljao herbacea, vizinha ao rio Pedreira, Macapa, AP.
Jose Eduardo Bezerra
(conclusiio)
Foto 9 - Planfcie lagunar a margem da lagoa de Itapeva,TresCachoeiras, RS.
Marcia Faria
Foto 11- Planfcie e61ica(interduna) recoberta pela FormacaoPioneira Marinha Herbacea parcialmente alagada devido aelevacao do lencol freatlco, e em segundo plano, as dunasm6veis no Cabo de Santa Marta, SC.
Marcia Faria
Fot013- Paisagem formada pelas planicies lacustre e deinundacao adjacentes a serradoAmolar, MT.
Margi Moss
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Aplanamento (Figuras 9 e10 e Fotos 14 a 19)
Pediplano Degradado Inumado/Desnudado - Pgi, Pgu
Superffcie de aplanamento parcialmente conservada, tendo perdido a continuidade
em consequencia de rnudanca do sistema morfoqenetico, Geralmente, apresenta-
se conservada ou pouco dissecada e/ou separada por escarpas ou ressaltos de
outros Modelados de aplanamento e de dlssecacao correspondentes aos sistemas
rnorfoqenetlcos subsequentes. Aparece frequentemente mascarada, inumada por
coberturas detrfticas e/ou de alteracao, constitufdas de couracas e/ou Latossolos
(Pgi); as vezes, encontra-se desnudada em consequencla da exurnacao de camada
sedimentar ou remocao de cobertura preexistente (Pgu). Ocorre nos topos de planaltos
e chapadas, dominados por residuais ou dominando relevos dissecados.
Pediplano Retocado Inumado/Desnudado - Pri, Pru
Superffcie de aplanamento elaborada durante fases sucessivas de retomada de
erosao, sem no entanto perder suas caracterfsticas de aplanamento, cujos processos
geram sistemas de pianos inclinados, as vezes levemente cencavos, Pode apresentar
cobertura detritica e/ou encouracarnentos com rna is de urn metro de espessura,
indicando remanejamentos sucessivos (Pri), ou rochas pouco alteradas truncadas pelos
processos de aplanamento que desnudaram 0 relevo (Pru). Ocorre nas depress6es
pediplanadas interplanalticas e perlfericas tabuliformes e no sope de escarpas que
dominam os nfveis de erosao inferiores e eventualmente nos topos de planaltos e
chapadas ao longo dos vales.
Figura 9 - Modelados de aplanamento degradado e de
dissecac;ao homogenea
$t"!IO'
~._...."...._"_-I~~' .....; !~.... -----. '?I! imInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Pediplano Degradado Etchplanado/Retocado Etchplanado - Pge, Pre
Superficie de aplanamento resultante de erosao intensa, evoluida por processos de
transforrnacao geoquimica, gerando cobertura de alteracao, constitulda por Latossolos
e/ou couracas (Pge); superficie de aplanamento elaborada durante fases sucessivas deretomada de erosao, sem no entanto perder suas caracterlsticas de aplanamento, cujos
processos geraram sistemas de pianos inclinados, levemente concavos, evoluidos por
processos de evolucso geoqulmica, gerando coberturas de alteracao (Pre). Ocorrem
nas superficies dos topos das chapadas com coberturas latossolicas.
Figura 10 - Modelados de aplanamento etchplanado e de
dissecal;io homogenea
GeoCover circa 2000 coverage point and polygon shapefiles (2000)
Plano de Genese Indiferenciada - Pi
Superficies planas elaboradas por processos de erosao indiferenciados, evoluldos
por processos de pediplanacao ou nao,
Pedimento - Pp
Superficie de aplanamento, de lnclinacao suave, capeada por material detritico
descontinuo sobre a rocha, nao apresentando dlssecacao marcada ou deposicao
excessiva. Os pedimentos geralmente apresentam forte angulo no contato com a
vertente montanhosa ingreme (ruptura de declive), enquanto a jusante, suaviza-secom a deposicao detritica em direcao aos vales ou depressoes, Situa-se na periferia
de areas montanhosas que sofreram deqradacao lateral da paisagem.
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Conceitos baslcos dos fatos geomorfol6gicos mapeados IBGE
Modelados de Aplanamento - Exemplos
Foto 14- Superficie de aplanamento parcialmente conservada,correspondendo ao topo da Chapada dos Guimariies. Estradade Cuiaba para a UHEdo rio Manso, MT.
Diana Del'Arco
Foto 16- Area de contato do pediplano retocado (Camposde Roraima) com 0 relevo dissecado predominantementemontanhoso em segundo plano. FazendaAlvorada,Normandia, RR.
Marcia Faria
Foto 18- Pediplano retocado desnudado com inselberguesem forma de cristas. Contato do Pediplano Sertanejo com asEncostas Ocidentais da Borborema, Santa Luzia, PB.
Regina Coeli Costa
Foto 15- Contato entre as escarpas do PlanaIto DissecadodoTocantins com a Depressiio do Medio Tocantins. Trecho daSerra do Lageado na descida para Palmas,TO.
Diana Del'Arco
Foto 17- Superficie de aplanamento retocado embutida emareas com cristas. Saida de Unai para Riachinho, MG.
Jose Eduardo Bezerra
Foto 19- Ao longo da Serra do Slncora, 0 pedimentopreenche 0 interior da imensa estrutura anticlinal escavadana Chapada Diamantina, BA.
Valdir Neves
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Disseca~ao (Figuras 11a 15 e Fotos 20 a 32)
Compreende os tipos hornoqenea, estrutural e em ravinas.
Hornoqenea - D
Dissecacao fluvial em litologias diversas que nao apresenta controle estrutural marcante,
caracterizada predominantemente por colinas, morros e lnterfluvios tabulares.
No modelado de dlssecacao hornoqenea, observam-se diversos tipos de pad roes de
drenagem, porern sao predominantes os pad roes dendrftico, subparalelo, sub-retangular
e outros compostos, cujos canais nao obedecem a uma direcao preferencial.
Figura 11 - Modelados de disseca~iohomogenea e estrutural
LANDSAT (1991)
Estrutural- DE
Dissecacao fluvial, marcada por evidente controle estrutural, em rochas muito
deformadas, caracterizada por inumeras cristas, vales e sulcos estruturais, comumente
encontradas em rochas metarncrflcas. No modelado de dissecacao estrutural, observam-
se padroes de drenagem cujos canais indicam possfveis estruturas geologicas ouacamamento estratigrafico, tais como: os padroes trelica , paralelo e retangular.
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Figura 12 - Modelados de dlsseeaeao estrutural, de aplanamento retocado e de
acumula!;ao fluvial, fluviolacustre e de inunda!;80
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
Os Modelados de dissecacao hornoqenea e estrutural sao definidos pela forma dos
topos e pela cornblnacao das variaveis densidade e aprofundamento da drenagem.
As formas de topos convexos (c) sao geralmente esculpidas em rochas igneas
e rnetarnorficas e eventualmente em sedimentos, as vezes denotando controle
estrutural. Sao caracterizadas por vales bem-definidos e vertentes de declividades
variadas, entalhadas por sulcos e cabeceiras de drenagem de primeira ordem.
As formas de topos tabulares (t) delineiam fei(,foes de rampas suavemente inclinadas
e lombadas, geralmente esculpidas em coberturas sedimentares inconsolidadas
e rochas rnetarnorflcas, denotando eventual controle estrutural. Sao, em geral,
definidas por rede de drenagem de baixa densidade, com vales rasos, apresentando
vertentes de pequena declividade. Resultam da instauracao de processos de
dissecacao, atuando sobre uma superficie aplanada.
As formas de topos aqucados (a) sao conjuntos de formas de relevo de topos estreitos
e alongados, esculpidas em rochas metarnorficas e eventualmente em rochas igneas
e sedimentares, denotando controle estrutural, definidas por vales encaixados.
Os topos de aparencia aqucada sao resultantes da lnterceptacao de vertentes de
declividade acentuada, entalhadas por sulcos e ravinas profundos.
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Foto 20 - Forma de topo convexo- Colinas entre Muriae e Barao do
Monte Alto, MG.
Marcia Faria
Foto 21 - Forma de topo tabular -
Praia Grande, SC.
Marcia Faria
Foto 22 - Forma de topo aguc;ado- Relevo montanhoso da Serra de
Macae, Sana, RJ.
Marcia Faria
A densidade de drenagem e a relacao entre 0 comprimento total dos canais e a area
amostrada. E classificada em: muito grosseira (1); grosseira (2); media (3); fina (4); e
muito fina (5) (Figura 13). 0 aprofundamento das lncisoes e estabelecido pela media
das frequencias dos desnfveis medidos em perfis transversais aos vales contidos na
area amostrada, sendo classificado em: muito fraco (1); fraco (2); medic (3); forte (4);
e muito forte (5) (Figura 14).
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Figura 13 - Padroes de imagem em modelados de dlssecaeao com as classes de
densidade de drenagem
GeoCover circa 2000 coverage point and polygon shapefiles (2000)
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Figura 14 - Padroes de imagem em modelados de disseca~iocom as classes de
aprofundamento das incisoes
GeoCover circa 2000 coverage point and polygon shapefiles (2000)
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Os Modelados de dissecacao hornoqenea e estrutural sao identificados por cinco
classes de densidade de drenagem e cinco classes de aprofundamento das lncisoes,
que constituem as facies de dlssecacao (Quadro 1).
Ouadro 1 - indices de disseCal(80 do relevo
Aprofundamento Densidade de Drenagem
das Inc is6es (2° Digito) (1" Digito)
Muito grosseira Grosseira Media Fina Muito Fina
Muito Fraco 11 21 31 41 51
Fraco 12 22 32 42 52
Medio 13 23 33 43 53
Forte 14 24 34 44 54
Muito Forte 15 25 35 45 55
Em Ravinas - Dr
Dlssecacao caracterizada por alta densidade de lnclsces resultantes da atuacao
predominante da erosao pluvial sob a forma de escoamento concentrado; em certas
areas assume aspecto similar as badlands.
Figura 15 - Modelados de disseca~iio em ravinas e homogenea e
de aplanamento retocado
GeoCover circa 2000 coverage point and polygon shapefiles (2000)
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BIBGE Manual tecnlco de geomorfologia
Modelados de Disseca(:io - Exemplos
Foto 23 - Relevo de encostas suaves e topos tabulares nas
proximidades de Cristalina, GO.
Jose Eduardo Bezerra
Foto 25 - Relevo dissecado em morros e colinas de vertentes
convexizadas formando ombreiras e vales profundos (Dc43)
nas Encostas Orientais da Borborema, Rodovia PB-087,
Municipio deAreia, PB.Regina Coeli Costa
(continua)
Foto 24 - Relevo dissecado de topos convexos (Dc21),
conhecido localmente pela danomlnacao de coxilhas, norte
da cidade de Pelotas, RS.
Fernando Peres
Foto 26 - Relevo dissecado de topos convexos (Dc31) no
Chapadso do Boquelrao entreTapira e Araxa, MG.
Pericles Nunes
Foto 27 - Relevo dissecado marcado pela predominilncia de
morros de topos agut,;adose vertentes retilineas cortando
rochas da Faixa Ribeira em Pedra Dourada, MG.
Marcia Faria
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Modelados de Dissecacao - Exemplos
Foto 28 - Relevo montanhoso (Oa35)marcado por pontoas e
picos elevados que caracterizam a Serra dos Crgiios, Nova
Friburgo, RJ.
Marcia Faria
Foto 30 - Relevo dissecado estrutural na Serra do Espinhac;;o
em Monte Azul, MG.
Bernardo Nunes
(conclusiio)
Foto 29 - Relevo dissecado estrutural na Serra do Cipo-
Espinhac;;o,MG.
Pericles Nunes
Foto 31 - Aspecto do modelado dissecado em ravinas a oeste
de MG, observado em sobrevoo.
Marcia Faria
Foto 32 - Ravinas caracterfsticas dos modelados
dissecados que ocorrem ao sui deTapira, MG.
Jose Eduardo Bezerra
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DissoluC;io (Figura 16 e Fotos 33 a 38)
Carste Coberto - Kc
Conjunto de formas de dissolucao ocorrentes em subsuperffcie, mascaradas por solos,
detritos e outros produtos de descalcificacao,
Carste Descoberto - Kd
Conjunto de formas de dissolucso originadas em superffcie ou descobertas por erosao
de coberturas preexistentes.
Figura 16 - Modelados de dissoluC;iio e de
aplanamento retocado
IBGE, Diretoria de Geociencias, Coordenacao de Cartografia
Nota: Dados gerados pela Agencia Espacial Japonesa - JAXA e processados pela Alaska Satellite
Facility - ASF.
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Conceitos baslcos dos fatos geomorfol6gicos mapeados &IBGE
Modelados de Dissoluc;ao - Exemplos
Foto 33 - Carste coberto observado ao longo da RodoviaTO-110entre Lavadeira e Aurora doTocantins, TO.
Bernardo Nunes
Foto 35 - Carste descoberto na area do Parque NacionalCavernas do Peruac;u,Itacarambi, MG.
Bernardo Nunes
Foto 37- Carste descoberto bastante representativo com todasas feic;oesde detalhe correspondentes emTaguatinga, TO.
Bernardo Nunes
Foto 34 - Paredao calcarlo a margem do rioTaquari, BA.
Bernardo Nunes
Foto36 -As cristas carstlcas sao marcantes napaisagem em Unai
(MG) onde setem os melhores exemplos de rochas dobradas do
Grupo Bambui.
Bernardo Nunes
Foto38 - Feic;oescarsticas que seforma ram em rochascarbonaticasneoproterozoicas do Grupo Una na Chapada Diamantina (Gruta
Azul-Pratinha), BA.
Valdir Neves
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818GE Manual tecnico de geomorfologia
Formas de Relevo Simbolizadas
Os conceitos aqui empregados referem-se, em sua maior parte, as fei«;roes
geomorfologicas representadas por sfmbolos lineares e pontuais (Fotos 39 a 75). Essas
formas, devido a sua importante participacao na caracterizacao do relevo, justificam
o emprego da simbologia e enriquecem a representacao cartoqraflca,
Fonn as relacio nad as as a~oesflu via is , la custre s e ma rinhas
Delta 1?4Protuberancla na linha de costa formada pelo acurnulo de sedimentos na foz dos rios
em direcao ao oceano, ou mares parcialmente fechados, lagunas ou lagos. Ocorre
associado a planfcies fluviomarinha, fluviolacustre e lagunar.
Aureola de Colmatagem
Zona de acurnulacao de materiais de granulometria fina, nas bordas de lagos e lagunas,
marcando nfveis de oscllacao das aguas provenientes de preclpitacces pluviornetrlcas,
varlacoes de mares ou de rios que ali desembocam.
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Conceitos basicos dos fatos geomorfol6gicos mapeados BIBGE
Borda deTerrace 1 ," " 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 , 1
Desnivel que limita um plano de aluvioes antigas ou um plano de um pedimento,
formado em consequencia da varlacao do nivel de base regional ou por influencia
da neotectonica, localizado na margem das planicies fluvial, lacustre, lagunar
e marinha.
Cone de Dejecao
Deposito de material detritico transportado por torrentes ate a desembocadura em
areas de piemonte. Apresenta forma conlca, abrindo-se para jusante, sendo 0 eixo
coincidente com a linha de maior cornpetencia da corrente. Ocorre no sope das
escarpas, por abandono de carga devido a dirninuicao de energia da torrente, sob
condicoes de clima favoravel a desaqreqacso de materia is e ao transporte da carga
ou por situacao de instabilidade tectonics.
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Leque Aluvia I(Alluvial Fan)
Deposito em forma de leque que se espraia declive abaixo, a partir de urn apice
localizado na base de uma area rna is elevada. Ocorre em areas de contato de dois tiposde relevos distintos, marcados por forte ruptura de declive, em quaisquer sistemas
rnorfoqenetlcos.io que acarreta aspectos texturais diferenciados.
Jarganta
Passagem estreita causada pelo aprofundamento do talvegue de urn rio em rochas
resistentes a erosao, existentes em terrenos dobrados e falhados, geralmente
discordante da estruturacao regional. Pode ocorrer em regioes submetidas a eventos
neotectonicos.