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Padrões de distribuição da cobertura
vegetal na região Neotropical
“O Brasil no contexto da Região
Neotropical”
MATAS
ATLÂNTICAS
Florestas tropicais brasileiras: características funcionais e
estratégias de conservação
Dois grandes
conjuntos interligados
historicamente
Fonte: Batalha, Henrique Fo. et al. Connections between the Atlantic and the Amazonian forestavifaunas represent distinct historical events . J. Ornitol (2013 154:41-50
Avifauna
Species richness variation maps of New World suboscines for disjunctions between
the Atlantic Forest and the Amazon Basin.
A) Geographical distribution of 21 taxon pairs representing old divergences
(Miocene: 5.6–23 mya) between these biomes.
B) B) Geographical distribution of 37 taxon pairs representing young divergences
(Plio-Pleistocene: the last 5.5 mya) between these biomes. Bars in both maps
indicate the species richness for each pixel
a b
Sapayoa aenigma
Avifauna
“ Our data show that the Quaternary climatic changes
were important in the interchange of avifauna
between these two biomes, and that geological events
during the Miocene, such as Andean uplift Hoorn et
al.2010) and associated changes in the axia(l grove to
the east—the establishment of broad foreland basins
and marine incursions (Cozzuol 1996; Haq et al.1987;
Paxton and Crampton 1996;Rasanen et al.1995;
Wesselingh et al.2006; Wesselingh and Salo 2006), may
also have played significant roles. “
Fonte: Batalha, Henrique Fo. et al. Connections between the Atlantic and the Amazonian forestavifaunas represent distinct historical events . J. Ornitol (2013 154:41-50
Geomorfologia/Clima/Vegetação
Domínios Morfoclimáticos do Brasil
“Mares de morros” florestados da fachada atlântica,
no domínio tropical atlântico.
Onça-pintada (Panthera onca)
SOORETAMA – ONDE VIVEM OS ANIMAIS
Papagaio de cara roxa
(Amazona brasiliensis)
Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)
Cotia (Hydrochaeris hydrochaeris)
Lagartixa-da-areia
(Liolaemus lutzae)
TOPÔNIMOS TUPI
BUTANTAN (Terra muito dura)
ATIBAIA (Lugar de muita fruta)
UBATUBA (Lugar de muita canoa)
SÃO PAULO DE PIRATINIGA (Peixe a secar)
PIRITUBA (lugar da taboa)
ITAIM (Pedra pequena)
JAGUARÉ (Onde mora o jaguar)
TATUAPÉ (Caminho do tatu)
JACARÉ (Aquele que olha de lado)
PINDORAMA (Terra das palmeiras)
Conceito de matas atlânticas
Mosaico de tipologias vegetacionaisintegradas historicamente.
As barreiras de dispersão dos organismos
não são tão nítidas, havendo zonas de contato entre diferentes tipologia
vegetacionais (ecótonos).
Cada formação possui seus próprios
condicionantes biogeofísicos.
Mata de EncostaCampos
Mata de Planície AluvialRestinga
No passado por exemplo, a mata atlântica
brasileira ocupava uma área de 1,3 milhões de
km2 enquanto hoje restam apenas 100.000 km2
aproximadamente
CONSIDERADA “HOT-SPOT”
Número total de espécies / número de espécies endêmicas/
Ameaças
•Entre Pernambuco e Alagoas
•Entre Bahia e Espírito Santo
•Entre Rio de Janeiro e São Paulo
Mata Atlântica
Norman Myers, biólogo da Universidade de Oxford em 1988
identificou 10 destes pontos. Ele descobriu que estes eram habitat de
44% das plantas vasculares e de 35% dos vertebrados terrestres –
Posteriormente a CI ampliou seu trabalho e chegou a 25 e depois a
34 pontos
16 destes hotspots, caracterizados por floresta tropical, já perderam
90% de sua cobertura florestal, de acordo com um artigo de Thomas Brooks
Lista de hotspots
1.Andes Tropicais
2.Tumbes-Chocó-Magdalena (Panamá,
Colômbia, Equador e Peru)
3.Mata Atlântica (Brasil, Paraguai
e Argentina)
4.Cerrado (Brasil)5.Chile Central - Florestas Valdivias
6.Mesoamérica (Costa Rica, Nicarágua,
Honduras, El Salvador, Guatemala, Belize e
México)
7.Ilhas do Caribe
8.Província Florística da Califórnia
9.Floresta de Pinho-Encino de Sierra Madre
(México e Estados Unidos)
10.Florestas da Guiné (África Ocidental)
11.Província Florística do Cabo (África do
Sul)
12.Plantas Suculentas do Karoo (África do
Sul e Namíbia)
13.Madagascar e Ilhas do Oceano Índico
16. Maputaland-Pondoland-Albany
(África do Sul, Suazilândia e
Moçambique)
17. Chifre da África
18. Bacia do Mediterrâneo
19. Cáucaso
20. Ghats Ocidentais (Índia e Sri
Lanka)
21. Montanhas do Centro-Sul da
China
22. Sunda (Indonésia, Malásia e
Brunei)
23. Wallacea (Indonésia)
24. Filipinas
25. Regiões da Indo-Birmânia
26. Himalaias
27. Região Irano-Anatólica
28. Montanhas da Ásia Central
29. Japão
30. Sudoeste da Austrália
31. Nova Caledónia
32. Nova Zelândia
33. Ilhas da Polinésia e Micronésia
Floresta Azonal
Altitude – Latitude - Idade
http://www.rbma.org.br
Floresta Ombrofila Aberta
http://www.rbma.org.br
60 dias sem chuvas
Floresta Ombrofila mista
(Araucaria anguistifolia)
http://www.rbma.org.br
Floresta Estacional Decidual
(Matas Secas)Árvores entre 15 a
25m, cerca de 50%
dos indivíduos
perdem as folhas
•No nordeste
conhecida como
Agreste
http://www.rbma.org.br
Floresta Estacional Semidecidual
A percentagem de arvores do conjunto
florestal que perdem folhas está entre (20% a
50%). Duas estações bem marcadas.
PE Morro do Diabo
Restingas Manguezais
http://www.rbma.org.br
Campos de Altitude
vegetação herbácea-arbustiva aberta dos planaltos de cadeia
montanhosa marítima, acima de 2000 metros, que se
desenvolve sobre os afloramentos rochosos cristalinos, solos
rasos e intensa radiação solar.
Floresta Ombrofila Densa
Perenifólia, situa-se em elevações
montanhosas com variações fisionômicas o
que lhe permite altíssima riqueza e diversidade.
Presença de sub bosque, além de epífitas e
lianas. Apresenta um dossel de 10 a 40 m.
http://www.rbma.org.br
Fonte: Modificado de Tonhasca Jr, 2005
Floresta Sub
Montana
( 50 a 500m)
Floresta Montana
500 a 1000/1500
Floresta Alto Montana (nebular)
Acima de 1000/1500
CLASSIFICAÇÃO DA VEGETAÇÃO BRASILEIRA
CLASSIFICAÇÃO FITOGEOGRÁFICA
IMPÉRIOFLORISTICO
De escala regional (1:1.000.000 até 2.500.000) até exploratória (1:1.000. 000 até 1:250.000)
Tipo de
Vegetação FORMAÇÕES
ZONA REGIÃO CLASSES DE FORMAÇÕES
SUBCLASSES DE
FORMAÇÕES
GRUPOS DE FORMAÇÕES
SUBGRUPOS DE
FORMAÇÕES
FORMAÇÕES PP DITAS
SUBFORMAÇÕES
NEOTROPICAL
Estrutura /Formas de vida
Clima/Déficit Hídrico
Fisiologia/TranspiraçãoE Fertilidade
Fisionomia(Hábitos)
Ambiente / relevo
Fisionomia específica /
fácies
Floresta Sub-montana
( 50 a 500m)
no PARNASO
Jacatirão - Miconia fairchildiana
Floresta Montana
(500 a 1000/1500)
PARNASO
Canela santa
Vochysia laurifolia
Jetiquibá Rosa
Cariniana legalis
Campos de
altitudePARNASO
Floresta Alto Montana
Acima de 1000/1500
PARNASO
http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Manu
al_Tecnico_da_Vegetacao_Brasileira_n_48361.pdf
Manual tecnico de vegetação brasileira do IBGE
Latitude Latitude Latitude
5° - 16°Natal e Porto seguro
16° - 24°Porto Seguro -
Cananéia
24°sul de cananéia
Alto Montana > 2.000 m > 1.500 m > 1.000 m
Montana 600 m-2.000 m 500 m-1.500 m 400 m-1.000 m
Sub Montana 100 m - 600 m 50 m - 500 m 30 m - 400 m
Floresta de
Planície5 m - 100 m 5 m - 50 m 5 m - 30 m
Zonação altitudinal depende da Latitude
PE IlhabelaPE Ilha do
Cardoso
RECIFE (PE)........................ 1.500 - 2.000 mm
PARANAPIACABA..........................3.660 mm
ITAPANHAÚ.................................. 4.500 mm
SÃO PAULO-PARANÁ...................3.000 mm
“Rain Forest”
Fonte: Puig (2008, p.56)
Fonte: Puig (2008, p.56)
Estruturas verticais
Fonte: Puig (2008, p.202)
Fonte: Puig (2008, p.70)
Fonte: Puig (2008, p.372)
Fonte: Puig (2008, p.78)
Tipos de clareiras
Síndrome de dispersão
Jatobá Hymenaea courbaril Família Leguminosae-
Caesalpinoideae / folha composta de 2 folíolos/dap 1m,
15 a 20mZoocoria (cotia)
Cedro Cedrela fissilisFamília Meliaceae / folha
composta/ dap 60 a 90cm,20 a 35m
Anemocoria
Famílias, gêneros e espécies de grande distribuição na MA
Pau Brasil - Caesalpinia echinata Família Leguminosae-
Caesalpinoidae Folhas compostas bipinadas /
dap de 40-70cm / espinhenta de 8-12m
Autocoria
Palmito Juçara – Euterpe
Edulis/ Família Palmae
Zoocoria
“Com a mão na massa!”
Fonte: Puig (2008, p.78
Fezes com sementes
Tibouchina granulosa
Tibouchina mutabilis - do RJ a SC.
Melastomataceae
A fragmentação antrópica, assim como processos naturais de
sucessão tornam comuns em toda a Mata
Atlântica.
Cecropia pachystachya
Cecropia hololeuca
Família Urticaceae
Syagrus rommansoffianum
Jerivá
Endêmica da Região Neotropical.
conta atualmente com 56 gêneros e 3.086 espécies (Luther 2006)
Na Mata Atlântica foi registrado um total de 31 gêneros, 803 espécies
10 gêneros e 653 espécies são endêmicos da Mata Atlântica.
85% de bromélias na Mata Atlântica são polinizadas por Beija-flores
Bromeliaceae
VriesiaNidularium Neorogelia
Orchidaceae
A Mata Atlântica é rica em orquídeas.
A família possui mais de 20.000 espécies distribuídas em quase todas
as partes do planeta, porém a maioria das espécies é encontrada nas
áreas tropicais. O Brasil é um dos países mais ricos em orquídeas,
comparável somente à Colômbia e ao Equador. Estudos recentes
registram cerca de 2.300 espécies para o território brasileiro, sendo a
maior parte na Mata Atlântica .
•Os Cerrados têm a 3ªo. Maior número de espécies de orquideas
Laelia Catléia
•A família Araceae tem 104 gêneros e cerca de 3500 espécies,
mais de 2/3 delas ocorrem no novo mundo.
•A grande maioria das aráceas é tóxica quando fresca
•Há muitas espécies vicariantes na Serra do Mar.
•A maioria das aráceas prefere lugares úmidos e sombreados.
Elas são rastejantes, trepadeiras e epífitas de florestas tropicais,
variando de pequenos indivíduos a espécies de porte arbustivo
•O odor é evidentemente o principal fator na atração dos
polinizadores (em geral insetos)
Araceae
Monstera deliciosa Anthurium andreaeanu
Cipós
Lianas(trepadeiras lenhosas)
Grande diversidade de espécies
Asseguram coesão das copas
Vias de comunicação para animais
Potencial farmacêutico
Foram negligenciados nas pesquisas
Entre as plantas lenhosas estão entre as com
maior comprimento (podem ter cerca de
300m
são mais abundantes na África,
enquanto nos
neotrópicos a abundância é
intermediária e menor na Ásia
(Emmons e Gentry, 1983). Por
outro lado, as florestas neotropicais
são as que possuem a maior
diversidade de espécies trepadeiras
(Richards, 1952).
Engel, V. L. Et al (1998, p. 44)
Samambaias
Alsophila longipetiolata - Samambaia-açu
A Mata Atlântica é caracterizada pela grande ocorrência de pteridófitas
arborescentes e epífitas:
Cyathea schanschin – xaxim
Nephrolepis biserrata
samambaia-graminha
Forte endemismo (na Bahia ocorrem 5 gêneros dos 22 já encontrados na região norte da mata atlântica.)
Das 89 espécies de bambus da Serra do Mar, 20 são endêmicas.Gênero mais comum: Chusquea
Bambus
Chusquea meyeriana
•Das 135 famílias de plantas tropicais, 60 são endêmicas da região
Neotropical (Good, 1964; Veloso, 1985)
•A Mata Atlantica tem endemismo para flora arbórea de 53,5% das
espécies Somando as espécies não arbóreas o endemismo chega a
77,4%
Endemismo
PARA FAUNA
Mamíferos (39%)
Primatas (80%)
Marsupiais (70%) gambás e cuícas
É alto também para borboletas, rãs e aves
O ENDEMISMO é um fator importante para as estratégias de conservação
Animais da Mata Atlântica
Jacaré do papo amarelo
Caiman latirostrisPreguiça
Bradypus tridactylus
Onça pintada
Panthera onca
Muriqui - Brachyteles arachnoides
Preguiça de Coleira
Bradypus torquatus
Em extinção
O macaco Muriqui ou Mono
Carvoeiro é o maior primata
das Américas, um macho
adulto pode atingir até 15 Kg.
Seu habitat natural é a Mata
Atlântica, do sul da Bahia ao
Norte do Paraná, entre 600 e
1800 m de altitude
É um dos animais em
maior risco de extinção
do mundo, devido à
destruição de seu habitat
natural, à baixa taxa de
reprodução da espécie e à
CAÇA.
O Muriqui é um animal exclusivamente brasileiro.
Tiê-sangue Ramphocelus bresilius
Saíra-sete-cores - Tangara seledon
Pica-pau benedito
Melanerpes flavifrons
Sanhaço de encontro azul - Thraupis cyanoptera
Trochiliformes
Trochilidae
Porco do
mato/ catetu
Tayassu tajacu
Serelepe/caxinguele - Sciurus aestuans
Cutia- Dasyprocta aguti)
Animais da Mata Atlântica
Saúvas - Atta sexdensItapotihyla langsdorfii
Jararaca - Bothrops jararacaCaninana
Spilotes pullatus
Mata Atlântica
Distribuição
original e
remanescentes
Mauro victor
Retirada histórica da floresta
Exploração do Pau-Brasil
Terra Brasilis – 1515-1519 – Atlas Miler
“Os invasores portugueses imprevidentemente
destruíram uma realização cultural, da qual
tinham apenas pálida consciência e à qual não
conseguiram dar nenhum valor: a capacidade
dos habitantes nativos de sobreviver em seu
meio. [...] Os homens da Mata Atlântica, como
todas as suas outras criaturas, haviam
armazenado, durante 12 mil anos, seus
próprios estoques de informação. Cada grupo
havia atribuído nomes a centenas de espécies
para as quais encontraram algum uso e sobre as
quais conheceram os hábitats, estações, hábitos
e, ainda relações com outras espécies. [...]
Apenas a tradição oral preservava essa cultura.
Uma vez retirados os indígenas de seus
hábitats, toda essa informação começou a se
deteriorar, e a floresta se tornou estranha e
carente de propósito humano.” (DEAN, 2004,
p. 83).Caesalpinia echinata
Árvore símbolo do Brasil
O complexo da cana consumia a floresta não só por derrubada dessa para o
plantio da cana, mas também em forma de combustível que alimentava os
engenhos. Quando, depois de alguns anos de uso, a terra perdia sua fertilidade
inicial obtida a partir das cinzas da floresta, a terra era abandonada ou
transformada em pastagem e seu proprietário simplesmente reivindicava uma
nova sesmaria na qual ele recomeçaria tudo novamente
Cana-de-açúcar – primeiro corte sistemático da floresta
Destruição histórica da floresta
Cana de Açúcar – Café – Industrialização – Urbanização - Consumo
Rugendas
1695 com a descoberta de
ouro a destruição da floresta
aumenta drasticamente.
Consumo direto e indireto da
floresta
O consumo de madeira como combustível era intenso : nas
casas, nas fábricas, forjas, indiretamente na construção civil
(tijolos e telhas cozidos), siderúrgicas, etc.
As árvores dos manguezais eram as preferidas, pois
queimavam lentamente e não deixavam resíduos de resina
Em 1950, em SP, 7,5% dos trabalhadores rurais estavam
ligados ao corte de madeira e fabrico de carvão.
Em 1948 79% da energia consumida no Brasil era madeira
e carvão vegetal.
Dados de Waren Dean, 2004 p. 269
Dados alarmantes e pouco conhecidos
Impactos
Estratégias de Conservação
A mais utilizada em nosso país foi a criação de
Unidades de Conservação
Fonte: www.mma.gov.br
Corredor central
da Mata Atlântica
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