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Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Carlito Calil Junior EESC USPFrancisco A. Rocco Lahr EESC USP
Srgio Brazolin IPT/ABPM SP
Madeiras na Construo Civil
Captulo 34
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Razes para empregar a madeira na Construo Civil
- fcil trabalhabilidade- tima relao entre densidade e resistncia/rigidez
- suficiente disponibilidade- possibilidade de perene renovao
- baixo consumo energtico em sua produo
Conceituao inicial
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Materiais estruturais dados comparativos
Material A B C D E F GConcreto 2,4 1,92 20 20 0,096 8 8,3Ao 7,8 234,00 250 210 0,936 32 26,9Madeira Confera 0,6 0,60 50 10 0,012 83 16,7Madeira Dicotilednea 0,9 0,63 75 15 0,008 83 16,7
A: densidade do material (g/cm)B: energia consumida na produo (10 MJ/m)C: resistncia (MPa)D: mdulo de elasticidade (10 MPa)E: relao entre energia consumida na produo e resistncia (B/C)F: relao entre resistncia e densidade (C/A)G: relao entre mdulo de elasticidade e densidade (D/A)
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Conceituao inicial
Algumas restries para o emprego da madeira
Material inflamvel (tratamento retardante resolve) Material biodegradvel (tratamento preservativo resolve) Insuficiente divulgao das informaes tecnolgicas j
disponveis acerca de seu comportamento sob as diferentes condies de servio
Nmero reduzido projetos especficos desenvolvidos por profissionais habilitados
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Comportamento da madeira sob fogo
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aspectos anatmicos das conferas
M ad eiraprim avera -v ero
Pontuaesau reola das
C anal resinfero
T raquedesde paredegro ssa
C lu la s R adia isT raquedes de parededelga da com p ontuaes
M ad eiraou to no-inverno
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aspectos anatmicos das dicotiledneas
Madeiraprimavera-vero
Vasos demadeiraprimavera-vero compontuaes
Feixede raiosFibras
Madeiraoutono-inverno
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Caractersticas fsicas da madeira
Fatores que influenciam as propriedades da madeira- Local de origem: temperatura, chuvas- Solo: tipo e condies de umidade- Posio da rvore em relao floresta- Peculiaridades do manejo aplicado floresta- Idade da rvore- Posio da pea em relao altura e ao dimetro da
rvore- Amostragem adotada para a caracterizao
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Umidade da Madeira
- Aspectos da relao gua madeira- gua livre- Madeira verde- Ponto de saturao- gua de impregnao- Umidade de equilbrio ao ar- Madeira totalmente seca- Secagem processo importante
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aspectos favorveis da secagem da madeira
Reduo da movimentao dimensional, permitindo a obteno de peas cujo desempenho, nas condies de uso, ser potencialmente mais adequado
Possibilidade de melhor desempenho de acabamentos, como tintas, vernizes e produtos ignfugos
Reduo da probabilidade de ataque de fungos Aumento da eficcia da impregnao da madeira contra a
demanda biolgica Aumento dos valores correspondentes s propriedades de
resistncia e de elasticidade
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Estimativa da umidade de peas de madeira
- Mtodo da secagem em estufa (Gravimtrico)
onde: mi : massa inicial da amostrams : massa da madeira seca
- Estimativa da umidade usando medidores eltricos
100m
mm(%)U
s
si =
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Densidade de massa da madeira (ou Densidade)
- Densidade Real- Densidade Bsica- Densidade Aparente (referida umidade de 12%)
Onde: m12 = massa da amostra umidade de 12%V12 = volume da amostra umidade de 12%
12
12ap V
m= (g/cm)
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Influncia da umidade na densidade Diagrama de Kollmann
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Variao dimensional da madeira
Principais causas Ortotropia: decorrncia da constituio anatmica Direes principais: axial, radial e tangencial
Tangencial (T)
Longitudinal (L)
Radial (R)
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Retrao na madeira
Aspectos anatmicos provocam diferentes retraes nas trs direes principais
Direo Retrao total
Longitudinal 0,1 a 0,9
Radial 2,4 a 11,0
Tangencial 3,5 a 15,0Volumtrica 6,0 a 27,0
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Quadro de porcentagens de retrao de algumas espcies de madeira
Espcie T (%) R (%) T/RCedro 5,3 4,0 1,3
Cupiba 7,1 4,3 1,7Eucalipto Citriodora 9,6 6,5 1,5
Eucalipto Tereticornis 16,7 7,3 2,3Ip 7,8 5,1 1,5
Jatob 6,9 3,6 1,9Mogno 4,1 3,0 1,4
Sucupira 7,3 5,9 1,2Tatajuba 5,9 4,1 1,4
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Determinao das porcentagens de retrao e de inchamento
- Porcentagens de retrao total ou deformaes especficas de retrao (r,j), com j = 1 para a direo longitudinal; j = 2 para a direo radial e j = 3 para a direo tangencial, calculadas pela expresso a seguir.
- Idem para determinar as porcentagens de inchamento total ou deformaes especficas de inchamento (i,j)
dimenso linear, para U igual ou superior ao PS; dimenso linear, para U igual a 0%.
100L
LL
asec,i
asec,isat,ij,r
=
=sat,iL=asec,iL
100sec,
sec,,,
=
ai
aisatiji L
LL
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Defeitos decorrentes do processo de secagem
Encanoamento
Arqueamento
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Defeitos decorrentes do processo de secagem
Encurvamento
Torcimento
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Compresso
Nas peas solicitadas compresso paralela s fibras, as foras agem paralelamente direo dos elementos anatmicos responsveis pela resistncia, o que confere uma grande resistncia madeira.
Na solicitao normal, a madeira apresenta valores de resistncia menores que os de compresso paralela, pois a fora aplicada na direo perpendicular ao comprimento das fibras, provocando esmagamento. Os valores de resistncia compresso normal s fibras so da ordem de 1/4 dos valores apresentados pela madeira na compresso paralela. A figura a seguir mostra o comportamento da madeira quando solicitada compresso paralela (A) ou normal (B) s fibras.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Compresso
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Trao
Nas peas de madeira podem ocorrer: trao paralela ou trao perpendicular s fibras. As propriedades referentes a essas solicitaes diferem significativamente.
A ruptura por trao paralela s fibras pode ocorrer por deslizamento entre as fibras ou ruptura de suas paredes. Nos dois casos, a deformao baixa e a resistncia elevada (parte A da figura a seguir).
Na trao normal, a madeira apresenta baixa resistncia, pois os esforos atuam na direo perpendicular s fibras, tendendo a separ-las, com pequenas deformaes (parte B da figura a seguir). Assim, devem ser evitadas, em projeto, situaes que conduzam a tal solicitao.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Trao
A B
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Cisalhamento
A direo do plano de atuao das tenses de cisalhamento tem influncia direta na resistncia da madeira para esse tipo de solicitao. Quando o plano perpendicular s fibras (A), a madeira apresenta alta resistncia pelo fato de a ruptura implicar cisalhamento desses elementos. Antes da ruptura por cisalhamento, certamente a pea apresentar problemas de resistncia na compresso normal.
Quando o plano das tenses de cisalhamento paralelo s fibras, duas situaes podem ocorrer. Quando a direo das tenses coincide com a direo das fibras, o cisalhamento horizontal (B). Se a direo perpendicular (C), os elementos tendem a rolar uns sobre os outros (rolling shear).
A figura a seguir mostra os tipos de cisalhamento A, B e C . A menor resistncia se verifica no cisalhamento horizontal.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Cisalhamento
A B C
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Flexo simples
Quando a madeira solicitada flexo simples, ocorrem quatro tipos de esforos: compresso paralela s fibras, trao paralela s fibras, cisalhamento horizontal e, nas regies dos apoios, compresso normal s fibras.
A ruptura em peas de madeira solicitadas flexo ocorre pela formao de minsculas falhas de compresso seguidas pelo desenvolvimento de enrugamentos de compresso macroscpicos. Esse fenmeno gera o aumento da rea comprimida na seo e a reduo da rea tracionada, o que pode levar ruptura por trao. Ver figura a seguir.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Flexo simples
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades de resistncia e de elasticidade Toro e resistncia ao choque
O comportamento da madeira solicitada por toro ainda no muito conhecido. A norma brasileira recomenda evitar a toro de equilbrio em peas de madeira, em virtude do risco de ruptura por trao normal s fibras decorrente do estado mltiplo de tenses atuante.
A resistncia ao choque entendida como a capacidade do material absorver energia pela deformao. A madeira material de tima resistncia ao choque.
Para a quantificao das propriedades de resistncia e de elasticidade da madeira, so adotadas as recomendaes do Anexo B: Determinao das propriedades das madeiras para projeto de estruturas, da NBR 7190, ABNT.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fatores que provocam influncias nas propriedades da madeira
Fatores anatmicos
Densidade Inclinao das fibras Ns
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fatores que provocam influncias nas propriedades da madeira
Fatores anatmicos
Defeitos naturais da madeira Presena de medula
Faixas de parnquima
( b )
( c )
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fatores que provocam influncias nas propriedades da madeira
Fatores ambientais e de utilizao
Umidade Defeitos de secagem ver comentrios anteriores Defeitos de processamento
Arestas quebradas Variao da seo transversal
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fatores que provocam influncias nas propriedades da madeira
Fatores ambientais e de utilizao Defeitos provocados por ataques biolgicos
Perfuraes pequenas Perfuraes grandes
Podrido Mancha
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Preservao de madeira
PRESERVAO DE MADEIRAS O CONJUNTO DE MEDIDAS PREVENTIVAS E CURATIVAS PARA CONTROLE DE AGENTES
BIOLGICOS, FSICOS E QUMICOS QUE AFETAM AS PROPRIEDADES DA MADEIRA, OU SEJA SUA DURABILIDADE
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
elaborao do projeto com foco para diminuio dos processos de instalao e desenvolvimento de organismos xilfagos;
definio do nvel de desempenho necessrio para o componente ou estrutura de madeira, tais como: vida til, responsabilidade estrutural, garantias comerciais e legais, entre outras;
avaliao dos riscos biolgicos aos quais a madeira ser submetida durante a sua vida til ataque de fungos e insetos xilfagos e perfuradores marinhos;
determinao da necessidade de tratamento preservativo, em funo da durabilidade natural e tratabilidade do cerne e alburno das espcies botnicas que sero utilizadas;
definio do(s) tratamento(s) preservativos, em funo das seguintes escolhas: espcie botnica que deve permitir este tratamento (tratabilidade), umidade da madeira no momento do tratamento, processo de aplicao do produto de preservao, parmetros de qualidade necessrios: reteno e penetrao do produto
preservativo na madeira, produto preservativo que satisfaa classe de risco determinada.
Etapas importantes em um projeto de construo com madeira
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
nosim
no
Escolha do processo de tratamento e do produto
preservativo
Tratamento preservativo
desnecessrio
Madeirasuficientementeimpregnvel ?(Tratabilidade)
sim Durabilidadenatural
adequada?
Escolha da espcie de madeira
Definio da aplicao da madeira e classes de risco provveis
Definio da Classe de Risco
PROJETO(conceito)
Seqncia de deciso
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Ferramenta simplificada para a tomada de deciso (produtor e usurio)
Uso racional e inteligente da madeira na construo civil
Garantia de maior durabilidade das construes
Sistema de Classes de Risco
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
CLASSES DE RISCOCLASSE DE RISCO
(CR) CONDIO DE USO ORGANISMO XILFAGO
1Interior de construes, fora de contato com o solo, fundaes ou
alvenaria, protegida das fontes internas de umidade. Locais livres do acesso de cupins-subterrneos ou arborcolas.
Cupins-de-madeira-secaBrocas-de-madeira
2Interior de construes, em contato com a alvenaria, sem contato
com o solo ou fundaes, protegidos das intempries e das fontes internas de umidade.
Cupins-de-madeira-secaBrocas-de-madeira
Cupins-subterrneos e arborcolas
3Interior de construes, fora de contato com o solo e
continuamente protegidos das intempries, que podem, ocasionalmente, ser expostos a fontes de umidade.
Cupins-de-madeira-secaBrocas-de-madeira
Cupins-subterrneos e-arborcolasFungos emboloradores/manchadores e
apodrecedores
4 Uso exterior, fora de contato com o solo e sujeitos a intempries.
Cupins-de-madeira-secaBrocas-de-madeira
Cupins-subterrneos e-arborcolasFungos emboloradores/manchadores e
apodrecedores
5 Contato com o solo, gua doce e outras situaes favorveis deteriorao, como engaste em concreto e alvenaria.
Cupins-de-madeira-secaBrocas-de-madeira
Cupins-subterrneos e cupins-arborcolasFungos emboloradores/manchadores e
apodrecedores
6 Exposio gua salgada ou salobra.Perfuradores marinhos
Fungos emboloradores/manchadores e apodrecedores
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O sistema de classes de risco proposto leva em considerao:
Presena do(s) organismo(s) xilfago(s) Durabilidade natural da madeira Tratabilidade da madeira Condies de uso/exposio da madeira
Sistema de Classes de Risco
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fungos Emboloradores e Manchadores
Ilustrao: LLIS, A. T. et al., 2001
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fungos Apodrecedores
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Brocas-de-Madeira
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Cupim-de-Madeira-Seca
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Cupim-Arborcola
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Cupim-Subterrneo
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Ilustrao: IPT/2007
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Perfuradores Marinhos
Organismos xilfagos
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Durabilidade natural da madeira
Caracterstica intrnseca do cerne/espcie, que confere resistncia ao ataque dos organismos xilfagos
O alburno de qualquer espcie de madeira considerado de baixa durabilidade natural, ou seja, baixa resistncia ao ataque de organismos xilfagos
O tratamento preservativo faz-se necessrio se a espcie escolhida no naturalmente durvel para a classe de risco considerada e/ou se a madeira contm pores de alburno.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Tratabilidade da madeira
Impregnabilidade da madeira com produtos preservativos - caracterstica intrnseca da espcie de madeira
Na prtica o cerne das madeiras de folhosas no tratvel e o alburno tratvel.
Na medida em que a espcie selecionada no suficientemente tratvel e de baixa durabilidade natural, no possvel ter-se certeza do seu tempo de vida til.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Mtodo de tratamentoPara os componentes de madeira de maior responsabilidade estrutural e sujeitas a uma maior agressividade biolgica (CR 4, 5 e 6), recomendado o tratamento sob presso com produtos preservativos de natureza hidrossolvel e/ou oleosa
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Parmetros de qualidade do tratamento preservativo
Os principais parmetros de qualidade para a madeira preservada so a penetrao e a reteno do preservativo absorvido no processo de tratamento.
A penetrao definida como sendo a profundidade alcanada pelo preservativo ou pelo(s) seu(s) ingrediente(s) ativo(s) na madeira, expressa em milmetros (mm).
A reteno a quantidade do preservativo ou do seu(s) ingrediente(s) ativo(s), contida de maneira uniforme num determinado volume da madeira, expressa em quilogramas de ingrediente ativo por metro cbico de madeira tratvel (kg/ m).
A especificao de um tratamento preservativo, baseado nas classes de risco, deve requerer penetrao e reteno adequadas
que dependem do mtodo de tratamento escolhido.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Classe de risco versus tratamento preservativo
Classe de risco 4
APLICAO MTODO DE TRATAMENTOPRESERVATIVO
Inseticida/FungicidaRETENO MNIMA
kg/m3 (i.a.) PENETRAO
Madeira serrada, rolia e laminada
(seca) Sob presso(a)
CCA C ou CCB 4,0 ou 6,5 (b) 100 % do alburno e poro permevel do cerneleo creosoto (c) 96
Painel compensado CCA C ou CCB 4,0 ou 6,5 (b) 100 % do alburno e poro permevel do cerne
Classe de risco 5APLICAO MTODO DE TRATAMENTO
PRESERVATIVOInseticida/fungicida
RETENO MNIMAkg/m3 (i.a.) PENETRAO
Madeira serrada, rolia, laminada e Painel
compensado
Sob presso(a)
CCA C 6,59,6 (b)12,8 (e) 100 % do alburno e poro
permevel do cerne
CCB (d)
leo creosoto(c)
96 130 (b)192 (e)
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Classe de risco versus tratamento preservativo
Classe de risco 6
Observaes para as classes de risco 4, 5 e 6:a) No caso de espcies de folhosas, o cerne normalmente no tratvel, mesmo sob presso; portanto, uma maior vida til do
componente depende da alta durabilidade natural dessa poro da madeira. No caso de madeiras permeveis, como o pinus, ou o alburno da maioria das espcies de folhosas, possvel a total impregnao com o produto preservativo.
b) Essa reteno de produto preservativo recomendada para componentes estruturais de difcil manuteno, reparo ou substituio e crticos para o desempenho e segurana do sistema construtivo.
c) Devido sua natureza oleosa e propriedades qumicas, a pea de madeira tratada com leo creosoto pode apresentar problemas de exsudao do produto (migrao para a superfcie), alm de no permitir acabamento com tintas, stains e vernizes. Portanto, recomenda-se seu uso nos componentes que no entram em contato direto com as pessoas e/ou animais.
d) Carecem de informaes sobre o uso da madeira tratada com o produto preservativo CCB em contato direto com a gua doce, salobra ou salgada.
e) Essa reteno de produto preservativo recomendada para componentes estruturais crticos, como estacas de fundaes totalmente ou parcialmente enterradas no solo ou em contato com gua doce, utilizados em locais de clima severo e ambiente com alto potencial de biodeteriorao por fungos e insetos xilfagos.
f) O mtodo de duplo-tratamento com os produtos preservativos CCA e leo creosoto deve ser adotado em regies de ocorrncia de Sphaeroma terebrans e Limnoria tripunctata e na ausncia de informaes sobre esses organismos xilfagos no local de uso da madeira.
APLICAO MTODO DE TRATAMENTO PRESERVATIVORETENO MNIMA
kg/m3 (i.a.) PENETRAO
Madeira serrada,Madeira rolia e
Painel compensado
Sob presso(a)
CCA C 40,0
100 % do alburno e poro permevel do cerne
leo creosoto 400,0
Sob pressoduplo tratamento
(a) (f)
CCA C e 24
leo creosoto 320
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Classes de risco precaues geraisAs seguintes precaues gerais devem ser tomadas na utilizao do sistema de classes de risco para definio do produto preservativo, do mtodo de tratamento, da reteno e da penetrao do produto preservativo na madeira:
Adotar a classe de risco mais agressiva quando diferentes partes de um mesmo componente apresentam diferentes classes de risco.
Situaes em que um componente fora de contato com o solo for submetido a intenso umedecimento, considerar uma situao equivalente ao contato com o solo ou gua doce.
Com componentes inacessveis quando em servio ou quando sua falha apresente conseqncias srias, aconselhvel considerar o uso de madeira de alta durabilidade natural ou um tratamento preservativo que proporcione maior reteno e penetrao do produto preservativo na madeira.
A diferente durabilidade natural e tratabilidade do alburno e cerne devem ser sempre consideradas.
Se o risco de lixiviao do produto preservativo existe, considerar a proteo dos componentes durante construo e/ou transporte.
Fatores como manuseio das peas tratadas, como cortes ou furaes, a integridade de acabamentos ou a compatibilidade do produto preservativo com o acabamento podem afetar o desempenho da madeira preservada. recomendado que todos os furos, entalhes ou chanfros, necessrios em um componente de madeira, sejam realizados antes do tratamento preservativo.
Adotar um sistema de secagem adequado para a produo de madeira tratada de boa qualidade e, conseqentemente, do produto final.
Livro: Materiais de Construo Civil Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Madeira de reflorestamento pinus e eucalipto
Madeiras de ciclo curto que representam um real compromisso com o meio ambiente
O uso do eucalipto (peas rolias) e de pinus, tratados sob presso, representa uma excelente alternativa de material de engenharia na construo civil
Madeiras na Construo CivilConceituao inicialMateriais estruturais dados comparativosConceituao inicialComportamento da madeira sob fogoAspectos anatmicos das conferasAspectos anatmicos das dicotiledneasCaractersticas fsicas da madeiraUmidade da MadeiraAspectos favorveis da secagem da madeiraEstimativa da umidade de peas de madeiraDensidade de massa da madeira (ou Densidade)Influncia da umidade na densidadeDiagrama de KollmannVariao dimensional da madeiraRetrao na madeiraQuadro de porcentagens de retraode algumas espcies de madeiraDeterminao das porcentagensde retrao e de inchamentoDefeitos decorrentesdo processo de secagemDefeitos decorrentesdo processo de secagemPropriedades de resistncia e de elasticidadeCompressoPropriedades de resistncia e de elasticidadeCompressoPropriedades de resistncia e de elasticidadeTraoPropriedades de resistncia e de elasticidadeTraoPropriedades de resistncia e de elasticidadeCisalhamentoPropriedades de resistncia e de elasticidadeCisalhamentoPropriedades de resistncia e de elasticidadeFlexo simplesPropriedades de resistncia e de elasticidadeFlexo simplesPropriedades de resistncia e de elasticidadeToro e resistncia ao choqueFatores que provocam influnciasnas propriedades da madeira Fatores que provocam influnciasnas propriedades da madeiraFatores que provocam influnciasnas propriedades da madeiraFatores que provocam influnciasnas propriedades da madeiraPreservao de madeiraEtapas importantes em um projeto de construo com madeira Seqncia de decisoSistema de Classes de RiscoCLASSES DE RISCOSistema de Classes de RiscoFungos Emboloradores e ManchadoresFungos ApodrecedoresBrocas-de-MadeiraCupim-de-Madeira-SecaCupim-ArborcolaCupim-SubterrneoPerfuradores MarinhosDurabilidade natural da madeiraTratabilidade da madeiraMtodo de tratamentoParmetros de qualidade do tratamento preservativoClasse de risco versus tratamento preservativoClasse de risco versus tratamento preservativoClasses de risco precaues geraisMadeira de reflorestamento pinus e eucalipto