Memorial Descritivo Esgoto Doverlândia

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discrição do sistema de esgoto

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PROJETO EXECUTIVO PARA A REDE DE ESGOTOS SANITRIOS DE DOVERLNDIA/GO

MEMORIAL DESCRITIVO

1. INTRODUO

O presente Memorial vem apresentar os critrios e as definies tcnicas para a implantao do Sistema de Esgoto Sanitrio de Doverlndia/GO.

2. CARACTERISTICAS GERAIS DA COMUNIDADE

Com o objetivo reunir no presente projeto todas as informaes relevantes para a compreenso e a anlise das medidas projetadas, faz necessrio as seguintes informaes:

Doverlndia ummunicpiobrasileirodoestadodeGois. A Populao Total do Municpio de 8.558 habitantes, de acordo com o Censo Demogrfico do IBGE (2000). Sua rea de 3.208km representando 0.9432% do Estado, 0.2004% da Regio e 0.0378% de todo o territrio brasileiro. A populao urbana constitui 62,27% do total e a populao rural em 37,73%. Sua economia gira principalmente em torno da pecuria.

GENERALIDADES

O projeto de solues tcnicas para a coleta e o escoamento dos efluentes so praticamente determinadas pelas condies de topografia e hidrografia encontradas, correspondendo os traados adotados a esse critrio.

Para o esgoto coletado, ser utilizada a Estao de Tratamento de Esgoto, situada no loteamento de mesmo nome, a qual tem capacidade para absorver a carga do Sistema Doverlndia/GO;

Normas Tcnicas:

A elaborao do projeto baseada nos parmetros e faixas de recomendaes para o dimensionamento de unidades componentes de um projeto para um Sistema de Esgotamento Sanitrio das seguintes Normas Brasileiras editadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

NBR 9648 Estudo de Concepo de sistemas de Esgoto Sanitrio (1986);

NBR 9649 Projeto de Redes Coletoras de esgoto Sanitrio (1986);

NB 568 Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitrio (1989);

NB 569 Projeto de Estaes Elevatrias de Esgoto Sanitrio (1989);

NBR 14486 Sistemas enterrados para conduo de esgoto sanitrio Projeto de redes coletoras com tubos de PVC.

REA DE PROJETO

O presente trabalho abrange todas as ruas da cidade, onde ser implantada as obras de infraestrutura de saneamento. Deve-se levar em conta que, as execues das obras nestas ruas devero ser feitas primeiramente.

CRITRIOS DE PROJETO

Em seguida so apresentados os Critrios de Projeto e as definies de Dados Bsicos de Projeto que balizam a reviso do dimensionamento hidrulico-sanitrio.

O sistema de esgotamento sanitrio projetado do tipo Separador Absoluto, no admitindo o lanamento de efluentes pluviais ou guas subterrneas captadas de alguma forma ao sistema.

As contribuies rede coletora de esgoto sanitrio so essencialmente de origem domstica com possibilidade de lanamento de pequenas quantidades de contribuies do comrcio. Eventuais pequenas flutuaes em casos isolados sero desconsideradas, baseando-se no fato que geralmente em torno de 96% da vazo total so de origem domstica. Em funo disso, somente indstria de certo porte ou com contribuio expressiva em termos de vazo e/ou carga poluidora ao sistema, mereceria considerao destacada no dimensionamento, o que no o caso no presente projeto.

PARMETROS HIDRULICOS DE PROJETO

O dimensionamento hidrulico do sistema baseado:

No nmero de habitantes atendidos para o horizonte do projeto; e

No consumo especfico de gua por habitante para a determinao, atravs do coeficiente de retorno, da gerao de esgoto per capita.

Mantendo-se o parmetro adotado pelo Projeto Final... a reviso hidrulica da rede no presente trabalho tambm ser baseada:

No consumo especfico de gua de:200 l/(hab x d)

o que, com considerao de um:

No coeficiente de retorno: c = 0,80

significa uma:

Gerao de esgoto per capita de 0,80 x 200 = 160 l/(hab.dia).

Em conformidade com as normas vigentes so adotados os seguintes coeficientes:

Coeficiente de consumo mximo dirio:

k1

= 1,2

Coeficiente de consumo mximo horrio:

k2

= 1,5

Coeficiente de consumo mnimo horrio:

k3

= 0,5

As infiltraes rede coletora so calculadas com base num parmetro linear de:

qinf = 0,20 l/s x km.

Para efeitos de clculo no programa de dimensionamento empregado este valor transformado numa contribuio referenciada rea servida, admitindo-se para tanto uma densidade mdia de cobertura da rede coletora de 150 m/ha:

qinf = 0,20 l/s x km x 150 m/ha = 0,030 l/s x h

Para o critrio de declividade mnima admissvel, utiliza-se a expresso do item 6.1.4 da NB 14486 I = 0,0035xQi(potncia 0,-47)

VAZES

Com base nos dados populacionais da projeo demogrfica para o ano horizonte do projeto e com base na distribuio fsica dessa populao por bairros e pelos sistemas de esgotamento so calculadas as vazes de efluentes (esgoto + infiltraes) conforme segue.

Parmetros para o dimensionamento:

Doverlndia/GO

Numero de lotes: Loteamento atual

: 280 lotes

rea de expanso +Ruas a serem pavimentadas

: 220 lotes

Total

500 lotes

Numero de habitantes por lote(adotado)

:4 habitantes

Populao atendida 4 x 500

: 2.000 habitantes

Consumo de gua per capita

: 200 litros/hab.dia

Coeficiente de retorno

: 0,80

Gerao de esgoto per capita

: 160 litros/hab.dia

Vazo media de esgoto por habitante

: 0,00185 l/s.hab

Coeficiente de mxima vazo diria

: 1,2

Coeficiente de mxima vazo horria

: 1,5

Vazao de pico por habitante

: 0,00333 l/s.hab

Vazo de pico total do loteamento

: 6,66 l/s

rea total do loteamento

: 145.943 m : 14,59 hectares

Vazao de esgoto por hectare

: 6,66/14,59 : 0,45 l/s.ha

Vazo media final de esgoto :

3,70 l/s

PLANEJAMENTO GEOMTRICO-CONSTRUTIVO

O planejamento geomtrico procura posicionar as tubulaes da rede de esgoto da maneira mais favorvel, para que os traados acompanhem as declividades naturais do terreno e caminhem, na medida do possvel, no espao pblico das vias de trnsito.

O projeto baseado nos seguintes parmetros bsicos:

Dimetro mnimo adotado

DN 150

Material das tubulaes

At DN 400: a) PVC rgido com junta elstica e anel de vedao de

borracha, conforme EB-644 da ABNT (NBR-7362); ou b) Polietileno

de Alta Densidade (corrugado externamente e liso internamente)

conforme ABPE / E009 Sistemas Coletores de Esgotos Tubos

corrugados de dupla parede em Polietileno (baseada na norma

europia PrEN 13476-1);

ou c) PVC com paredes de ncleo

celular (NBR-7362.4);

Declive mnimo para DN150

0,0035

Tenso Trativa

Sero adotados os parmetros dos estudos da SANEPAR para a

vazo fictcia mnima de 1,5l/s e uma declividade mnima de

3,5m/km: DN150 - 0,81Pa; DN200 - 0,77Pa; DN250 - 0,73Pa;

DN300 - 0,68Pa; DN350 - 0,65Pa; DN400 - 0,63Pa

Relao do aproveitamento

0,75

hidrulico yo/d

Profundidade inicial

1,20 m

Recobrimento mnimo na via

0,95 m

(desconsiderando excees

localizadas)

O clculo hidrulico utiliza VAZES REAIS geradas nas micro-bacias atendidas (efluentes domsticos, infiltraes e eventuais efluentes comerciais e industriais, conforme definio para cada micro-bacia), sendo que as velocidades de escoamento calculadas e a tenso trativa representam condies reais nas tubulaes.

As condies mnimas de escoamento em trechos iniciais para a vazo mnima fictcia de 1,5l/s, principalmente no que se refere tenso trativa, so atendidas atravs do uso da declividade mnima definida.

Cabe ressaltar que inadmissvel a prtica, s vezes encontrada, de conectar calhas de telhados (guas pluviais) em pontas da rede coletora com a finalidade de melhorar o escoamento em trechos iniciais ou reduzir sedimentaes e trabalhos de manuteno para a limpeza desses trechos. A razo para isso que o lanamento de guas pluviais atravs da conexo de calhas, mesmo em pontos isolados, gera durante uma chuva uma vazo na tubulao que facilmente ultrapassa a vazo de dimensionamento (esgoto + infiltraes) por vrias ordens de grandeza, causando principalmente em trechos mais a jusante da rede sobrecarga hidrulica, provavelmente associado ao transbordamento dos efluentes em pontos baixos pelas tampas dos poos de visita, o que pode levar a inundaes e/ou represamento e refluxo para residncias localizadas em cota baixa, com todos os transtornos e danos. Portanto, a nica forma admissvel para remover eventuais sedimentaes em trechos iniciais ou em trechos de declive e/ou vazo baixa seria o lanamento peridico de gua aos trechos afetados por meio de caminho-tanque, ou melhor, por meio de caminho de hidro-jateamento.

O conceito fundamental do projeto geomtrico a otimizao da rede sob aspectos de minimizar custos de implantao que alcanado atravs do assentamento dos tubos em profundidade mnima, onde possvel, seguindo a declividade do tubo ao declive do terreno.

Todas as trocas de dimenso ocorrem atravs do alinhamento da geratriz superior dos tubos, com as soleiras em desnvel, conforme a diferena de dimenso. Esta forma de conexo foi adotada para obter um regime hidrulico seguro, em que o fluxo sofre da menor forma possvel com eventuais remansos.

A escolha do coeficiente kb depende das caractersticas do elemento projetado e da estrutura do sistema, distinguindo-se os casos conforme apresentado na tabela que segue:

Coeficiente

Aplicao

kb = 0,25mm

Linhas de Presso, Sifes Invertidos; em linhas longas e com clculo separado das perdas localizadas.

kb = 0,50mm

Interceptores e Emissrios, com traado predominantemente em linha reta, com PVs em distncias

maiores (100-200m), sem afluentes ou com muito poucos afluentes.

kb = 0,75mm

Interceptores e Emissrios, DN>1000, com traado poligonal, PVs tangenciais, e/ou com alguns

afluentes.

kb = 1,50mm

Rede Coletora, Interceptores com funo coletora

k = 0,10mm

Clculos hidrulicos detalhados (perdas localizadas, perdas em funo da rugosidade da parede do

tubo conforme material, tempo de servio e condio de uso)

Tabela 1: Coeficientes para o Dimensionamento Hidrulico

No presente caso predomina a estrutura rede coletora, o que requer empregar o coeficiente kb = 1,5mm.