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Marilene Paixão Especialista em Saúde Pública Setor de Micologia Clínica Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels SES/SVS/LACEN-RJ MENINGITES FÚNGICAS

MENINGITES FÚNGICAS

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Page 1: MENINGITES FÚNGICAS

Marilene Paixão

Especialista em Saúde Pública

Setor de Micologia Clínica

Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels

SES/SVS/LACEN-RJ

MENINGITES FÚNGICAS

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MENINGITES FÚNGICAS

INTRODUÇÃO

• Reino Fungi → célula eucariótica → + 1 MILHÃO ESPÉCIES

100 espécies causam micoses

• Infecções oportunistas do SNC → meninges

• Agentes etiológicos : Cryptococcus sp, Candida sp ,

Histoplasma capsulatum, Sporothrix sp.

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

COMPLEXO CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS

• Cryptococcus neoformans → criptococose oportunista,

cosmopolita associada a imunodepressão celular

• Excretas de pombos, papagaios e ocos de árvores.

• Poeira domiciliar → 13% a 50% de contaminação

• Cryptococcus gattii → criptococose primária de hospedeiro

imunocompetente, sorotipos B e C.

• Madeiras em decomposição e ocos de árvores

Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

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• EPIDEMIOLOGIA

• No Brasil → 2ª doença SNC + prevalente em pacientes com

AIDS → incidencia de 5% → † 45 a 72%

• Pacientes HIV + → incidencia de 6%

• TOS → 25% a 72% SNC → † 10 a 50%

• Imunocompetentes → 20% dos casos

• Fatores predispoem → leucemias, diabetes, corticoterapia e

cirrose hepática

MENINGITES CRIPTOCÓCICA

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

SINTOMATOLOGIA:

• Cefaléia, febre

• Confusão mental e demência progressiva

Linfócitos T CD4+ ≤ 50 células/mm₃

• Seqüelas: Redução acuidade visual, capacidade mental,

paralisia permanente nervos cranianos e hidrocefalia.

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

LCR → EXAME MICOLÓGICO DIRETO E CULTURA

• Coletar 3 a 5 mL em tubo de polipropileno estéril com tampa

rosqueada. Conservar e transportar à temperatura ambiente em

caixa isotérmica (PARA PROTEÇÃO DA AMOSTRA SOMENTE),

imediatamente após a coleta.

• EXCEPCIONALMENTE → Conservar em geladeira e transportar

(até 24 horas) entre 2 a 8ºC com gelo reciclável em caixa

isotérmica

RISCO EMINENTE DE MORTE!!

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

EMD = Tinta da China

• LCR centrifugado

10 min/2000RPM

• Sedimento + corante

• Levedura encapsulada

• Sensibilidade 100%

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MENINGITES FÚNGICAS

EXAME MICOLÓGICO DIRETO

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

CULTIVO

• Semeadura primária → 25ºC a 37ºC

√ Ágar Sabouraud (sem cicloeximida)

√ Ágar BHI

√ Ágar Níger

√ Ágar Extrato de Levedura

→ Aspecto colônia – cor branco ao creme, mucóides, brilhantes –

48 h

Notificação compulsória: de acordo com a portaria n°104/2011 do Ministério da Saúde

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

QUIMIOTIPAGEM

Meio Níger (Guizottia abyssinica)

produção da enzima fenoloxidase

em presença de tirosina e acido

clorogênico → colônias marrons =

melanina

Meio de Canavanina-glicina-azul de

bromotimol - C. gattii utiliza o ácido

málico, fumário e o succínico,

cresce bem, modifica o pH e vira a

cor do meio 48h – 5 dias

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DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO

Detecção de Antígeno Capsular Polissacarídeo

GLUCUROXILOMANANA

Aglutinação do Látex Imunocromatográfico

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO

CONSIDERAÇÕES

√ Sensibilidade de 95%

√ Especificidade de 98%

√ LCR 100% positividade

√ Sangue 75% a 98% positividade

√ Títulos 1:4 sugerem a infecção

√ Títulos ≥ 1:8 sugerem doença em atividade

√ Falsos positivos: fator reumatoide, infecções disseminadas por Trichosporon sp e bacilos Gram negativos lentos.

√ Falsos negativos: fenômeno prozona, Cryptococcus com pouca ou nenhuma cápsula

√ Testes de Elisa – demorado e laborioso

√ Diagnóstico molecular - utilizado em pesquisa

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MENINGITE CRIPTOCÓCICA

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

AMOSTRAS PARA DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO

• SANGUE → coletar 3 a 5 mL em tubo com gel separador (tampa

amarela), ou em tubo seco (tampa vermelha) e centrifugar.

Conservar em geladeira e transportar (até 24 horas) entre 2 a

8ºC com gelo reciclável em caixa isotérmica.

• LÍQUOR → coletar 1 a 3 mL em tubo de polipropileno estéril

com tampa rosqueada. Conservar em geladeira e transportar

(até 24 horas) entre 2 a 8ºC com gelo reciclável em caixa

isotérmica. Após 24 horas conservar a - 20ºC e transportar

refrigerado entre 2 a 8ºC, mantendo a amostra congelada.

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• REFERÊNCIAS:

• - KWON- CHUNG, K.J.; BENNET, J.E.; Medical mycology. 1992.

• - NEUFELD, P.M.; Manual de micologia médica. 1999.

• - SIDRIM, J.J.C.; MOREIRA, J.L.B.; Fundamentos clínicos e

laboratoriais de micologia médica. 2004.

• - PERMAN, J.; MARTIN - MAZUELOS, E.; CALVO, MCR.; Guía

práctica de identificación y diagnóstico en micología clínica. 20

• KWON-CHUNG & VARMA, 2006; VOELZ & MAY, 2010.

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EQUIPE SETOR MICOLOGIA CLÍNICA

• Dilma

• Marilene

• Nedir

• Selma

• Simone

• Vita

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OBRIGADA!