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MÉTODO BASEADO NA TEORIA GREY
PARA PRIORIZAÇÃO DE RISCOS
OCUPACIONAIS
Cristiano Roos (UFSC)
Leandro Cantorski da Rosa (UFSM)
Edson Pacheco Paladini (UFSC)
Este trabalho apresenta a gestão de riscos ocupacionais inserida numa
abordagem de melhoria da gestão preventiva de acidentes de trabalho,
doenças ocupacionais e incidentes críticos. O objetivo foi desenvolver
e testar um método de priorizaação baseado na teoria Grey que
possibilite a aplicação de pesos diferentes aos índices da ferramenta
Occupational Risk Modes and Effects Analyses (ORMEA), buscando
identificar as vantagens e desvantagem quando comparado ao método
tradicional de priorização. Este trabalho, com base nos objetivos, é
classificado em pesquisa exploratória e, com base nos procedimentos
técnicos, é classificado em pesquisa experimental. Procedeu-se
inicialmente com o desenvolvimento do método de priorização baseado
na teoria Grey e posteriormente com o teste experimental deste por
meio de um conjunto de dados reais. Os resultados mostraram que ao
se utilizar diferentes pesos para os índices de severidade, ocorrência e
detecção se tem diferenças nos rankings de priorização resultantes
formados segundo o método baseado na teoria Grey, confirmando-se a
hipótese construída para o problema de pesquisa: se forem atribuídos
diferentes pesos aos índices, então serão diferentes os rankings
constituídos a partir do método. As vantagens e desvantagens em se
utilizar um método em detrimento do outro são dadas principalmente
em função da complexidade, confiabilidade e razões de ordem
financeira. O método tradicional apresenta baixa complexidade, baixa
confiabilidade e baixo custo de execução, enquanto o método baseado
na teoria Grey apresenta alta complexidade, alta confiabilidade,
porém os custos mais elevados de execução. Assim, o desenvolvimento
deste trabalho mostrou a importância da integração da gestão de
riscos ocupacionais com novas técnicas da engenharia, como a
ferramenta ORMEA, através de métodos que buscam trazer
customização às analises que orientam a gestão de riscos
ocupacionais.
Palavras-chaves: gestão de riscos ocupacionais, método de
priorização, teoria Grey
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão.
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
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1. Introdução
Diante do surgimento de novas atividades de trabalho, que requerem novos procedimentos
operacionais e novos equipamentos e, por conseqüência, de segurança, percebe-se que tais
assuntos vão adquirindo crescente importância (FREITAS e SUETT, 2006). O aprimoramento
da gestão de riscos ocupacionais vem integrando intensamente os estudos nesta linha desde
meados dos anos 80. Cada vez mais pesquisadores e organizações buscam estratégias para
aumentar a garantia da segurança dos trabalhadores. A estabilidade das organizações está
ligada à sua capacidade de planejar e desenvolver ações para satisfazer essas necessidades,
evitando a ocorrência de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e incidentes críticos,
que podem vir a interferir no equilíbrio das relações sociais e econômicas.
A adoção de práticas de segurança do trabalho, dentro das organizações, passa a ser tratada
como uma condição para dar sustentabilidade ao negócio. O espírito de prevenção vem
conquistando um considerável espaço nos planos estratégicos e táticos das organizações,
refletindo-se no aumento da importância que é dada às certificações dos sistemas de gestão de
saúde e segurança do trabalho no mundo (LAPA, 2006).
Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar um método de priorização
baseado na teoria Grey que possibilite a aplicação de pesos diferentes aos índices da
ferramenta Occupational Risk Modes and Effects Analyses (ORMEA). A importância de se
atribuir pesos diferentes aos índices da ferramenta ORMEA é dada em razão desta ação
possibilitar uma análise diferenciada e customizada ao processo de priorização.
Para tanto, organizou-se este texto nas seções que seguem. A segunda seção apresenta o
delineamento metodológico da pesquisa. A terceira seção traz uma visão teórica sobre a
ferramenta ORMEA. A quarta seção apresenta o método tradicional de priorização, bem
como o método baseado na teoria Grey desenvolvido neste trabalho. A quinta seção apresenta
os testes experimentais realizados. A sexta seção expõe e discute os resultados obtidos. A
sétima seção traz as considerações finais.
2. Delineamento metodológico
O delineamento metodológico desta pesquisa propõe um direcionamento que visa à obtenção
de resultados capazes de sustentar a construção de um conhecimento mais aprofundado sobre
um modelo de gestão de riscos ocupacionais baseando-se para isto, na teoria Grey. Seguindo
as definições de Gil (2002), esta pesquisa, com base nos objetivos, é classificada em pesquisa
exploratória e, com base nos procedimentos técnicos, é classificada em pesquisa
experimental.
Seguindo as definições de Bell (2008), a abordagem de pesquisa, que orientou o processo de
investigação, e que estabeleceu formas de aproximação aos objetivos desta pesquisa, é a
abordagem quantitativa. Seguindo as definições de Salomon (2001), os métodos de pesquisa
utilizados para dar sustentação aos resultados obtidos nesta pesquisa foram o indutivo e o
dedutivo. O método de pesquisa indutivo foi utilizado em maior parte, pois neste trabalho
partiu-se de peculiaridades e caminhou-se para generalizações. O método de pesquisa
dedutivo foi utilizado toda vez que se passou a agir no contexto da justificação.
A pesquisa experimental foi o procedimento utilizado como meio e como fim nesta pesquisa,
pois possibilitou a concretização de um método de priorização baseado na teoria Grey que
possibilite a aplicação de pesos diferentes aos índices da ferramenta ORMEA. O problema de
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pesquisa formulado na pesquisa experimental foi: a atribuição de diferentes pesos aos índices
da ferramenta ORMEA interfere na orientação estratégica do método? A hipótese construída
para o problema de pesquisa foi: se forem atribuídos diferentes pesos aos índices, então serão
diferentes os rankings constituídos a partir do método.
O objeto de estudo da pesquisa experimental realizada é a interferência nos rankings
constituídos a partir do método; a variável que seria capaz de influenciar o objeto de estudo é
o conjunto de pesos atribuídos aos índices da ferramenta ORMEA; e a forma de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objeto são os rankings de priorização
resultantes. Desta maneira, o plano experimental foi definido para o problema de pesquisa
conforme a Tabela 1. Os valores dos pesos dos índices da ferramenta ORMEA (s, o e d,
que são os pesos dos índices de severidade, ocorrência e detecção), foram atribuídos
arbitrariamente, sendo que podem ser quaisquer valores positivos e que cuja soma seja 1.
Utilização de pesos com interferência na orientação estratégica do método de priorização
s 1
0
0
0
o 0
1
0
0,9
d 0
0
1
0,1
Resultados na variável dependente (orientação estratégica do método de priorização: ranking)
Tabela 1 – Plano de experimento relacionado ao problema de pesquisa
Ainda para a pesquisa experimental, determinou-se o sujeito da pesquisa como sendo os
métodos de priorização da ferramenta ORMEA. O ambiente de pesquisa foi assim
caracterizado: ambiente de campo com a garantia de que o fenômeno ocorreu de maneira
suficientemente pura e notável. A pesquisa experimental e respectiva interpretação dos
resultados, bem como as conclusões obtidas, estão apresentadas no decorrer deste trabalho.
Cabe ressaltar que este trabalho, no contexto da gestão de riscos ocupacionais, é uma parte de
uma pesquisa iniciada em 2007 e que atualmente está sendo parcialmente financiada pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
3. Ferramenta ORMEA
A ferramenta de gestão de riscos ocupacionais ORMEA, proposta por C. Roos, é divida em
três atividades chave: o “mapeamento de processo”, a “abordagem preliminar”, e a
“abordagem sistêmica” (ROOS et al., 2008). A “abordagem sistêmica” é de caráter opcional,
isto é, pode-se finalizar a ferramenta já na atividade chave denominada “abordagem
preliminar”. Na seqüência estão apresentadas detalhadamente cada uma das atividades chave.
3.1. Mapeamento de processo do modelo proposto
Empresas que utilizam a gestão de processos possuem o mapeamento de seus processos. A
ferramenta ORMEA requer uma alteração simples na forma de apresentação destes
mapeamentos. A Figura 1 ilustra a maneira de apresentação requerida para o ORMEA, onde:
“S” é o valor associado à severidade do risco ocupacional caso este venha a ocorrer; “O” é o
valor associado à ocorrência no sentido da quantidade de acidentes já ocorridos no processo
ou sub-processo em questão; “D” é o valor associado à detecção no sentido da probabilidade
de se detectar o acidente de caráter ocupacional antes que este ocorra; “T” corresponde a
soma da severidade, ocorrência e detecção; o número que aparece no canto inferior esquerdo
de cada retângulo identifica o processo ou sub-processo em questão. Processos ou sub-
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processos com os maiores valores de “T” estarão no topo do ranking e serão prioritários para
intervenção com melhorias (ROOS et al., 2008).
Sub-processo 1 Sub-processo 2 Sub-processo 3 Sub-processo 4
S O D T S O D S O D S O DT T T
4321
Figura 1 – Modelo proposto (ORMEA) para a gestão de riscos ocupacionais
Nota-se que o modelo assemelha-se à ferramenta Failure Modes and Effects Analysis
(FMEA) em relação aos índices abordados (severidade, ocorrência e detecção), porém a sua
forma de apresentação tem como vantagens a objetividade, tornando o modelo dinâmico e
prático. O escopo da ferramenta de auxílio à gestão da qualidade denominada FMEA é
determinar um conjunto de ações corretivas ou ações que minimizem a ocorrência de modos
ou causas de falha em potencial (MORETTI E BIGATTO, 2006; STAMATIS, 2003;
HELMAN, 1995).
A justificativa de se apresentar desta maneira os índices da ferramenta ORMEA é simples: na
gestão de processos tem-se o contato permanente com o mapeamento dos processos e ao se
acrescentar os índices a cada processo estar-se-á qualificando-os quanto aos riscos
ocupacionais. É importante que os mapeamentos dos processos estejam visíveis e acessíveis
para todos na empresa, alertando quanto aos riscos ocupacionais. Assim, a forma de
apresentação torna-se objetiva e interessante, pois sinaliza como um kamban os riscos
ocupacionais (ROOS et al., 2008).
3.2. Abordagem preliminar do modelo proposto
Na abordagem preliminar inicia-se o estudo dos processos ou sub-processos. Essa abordagem
está descrita na seqüência de uma maneira sucinta. Foram novamente utilizados como base os
procedimentos da ferramenta FMEA, visto que essa é uma ferramenta significativamente
utilizada pelas empresas e seus respectivos procedimentos já são bem conhecidos e difundidos
(ROOS et al., 2008).
Ao se iniciar a abordagem preliminar, assim como na FMEA, um dos erros mais comuns da
implantação é a execução de um planejamento deficiente, ou seja, pode-se incorrer em
desvios de objetivo e limitar a utilidade dos resultados do estudo. Assim, apresentam-se os
principais pontos que devem ser planejados antes do inicio da pesquisa: o processo a ser
estudado; as pessoas participantes e maneiras de participação; a pessoa responsável; o que se
deve avaliar primeiro; o momento de início; o cronograma parcial de duração da pesquisa; o
investimento financeiro necessário; a aprovação perante a direção.
Após o término do planejamento e das respectivas definições, passa-se a uma etapa seguinte.
Esta etapa refere-se ao início do preenchimento de um formulário. Este formulário será
chamado de formulário ORMEA (Figura 2). Preenche-se o cabeçalho com as informações
pertinentes ao ORMEA, tais como título, descrição do processo ou sub-processo, data,
componentes do grupo, e número do processo ou sub-processo ao qual o formulário se refere.
Isto é, este número deve ser o número que consta no canto inferior esquerdo de cada retângulo
do processo ou sub-processo.
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ORMEA – OCCUPATIONAL RISK MODES AND EFFECTS ANALYSES Descrição: Descrição Descrição Descrição
Nome / Cargo: Nome 1/Cargo Nome 2/Cargo Nome 3/Cargo
Abreviações: S / severidade O / ocorrência D / detecção
Página X de X Original: Modificado: Modificação nº.: Número do ORMEA:
Risco Potencial Efeitos S Causas O Controles D
Total: → →
Média arredondada: → →
Figura 2 – Modelo de formulário ORMEA
A seguir, preenche-se a coluna “risco potencial”. Deve-se descrever de maneira sucinta o
modo de risco ou os modos de riscos ocupacionais associados ao processo ou sub-processo
em questão, levando em consideração, que os riscos ocupacionais serão sempre reduções do
nível de segurança esperado. Na seqüência preenche-se a coluna “efeitos", onde se descreve
as conseqüências de um acidente relacionado aos modos de riscos potenciais. Em outras
palavras, como as pessoas seriam atingidas se um acidente ocorresse. Completa-se a coluna
correspondente a severidade (S), que avalia a gravidade do efeito do acidente de ordem
ocupacional. Essa é medida segundo uma escala. Atribui-se valores aos índices de cada
processo utilizando-se a escala proposta na Figura 3, onde para cada valor existe uma
justificativa e uma cor associada.
0
1
2
3
4
Severidade nula ou muito baixa
Severidade baixa
Severidade moderada
Severidade alta
Severidade crítica
0
1
2
3
4
Ocorrência improvável
Pequena chance de ocorrência
Moderada chance de ocorrência
Grande chance de ocorrência
Ocorrência certa
0
1
2
3
4
Detecção certa ou quase certa
Grande chance de detecção
Moderada chance de detecção
Pequena chance de detecção
Detecção improvável
ESCALA DE
SEVERIDADE (S)
ESCALA DE
OCORRÊNCIA (O)
ESCALA DE
DETECÇÃO (D)
Figura 3 – Escalas aplicáveis ao formulário ORMEA
A coluna para indicação das possíveis “causas” é preenchida com as condições que propiciam
a ocorrência do acidente relacionado aos modos de riscos ocupacionais. Esta etapa, mais do
que as outras deve ser sustentada por dados ou registros da empresa, que também servirão
para facilitar o preenchimento da coluna seguinte que é a ocorrência (O). Na coluna
ocorrência apresenta-se uma avaliação que estima com que freqüência um acidente de ordem
ocupacional tem chances de ocorrer. Esta avaliação, como na avaliação da severidade,
também é feita através de uma escala (Figura 3).
Na coluna “controle”, identificam-se e descrevem-se as formas de controle existentes para o
acompanhamento do produto, processo ou serviço ou possibilidades que a empresa possui
para identificar os acidentes de ordem ocupacional, ou causas destes, antes que estes ocorram.
A coluna detecção (D) é relacionada fortemente com a anterior, pois é nela que a equipe será
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solicitada a avaliar a eficácia de detectar cada acidente de ordem ocupacional ou as causas
correspondentes.
Calcula-se a média correspondente aos índices de severidade, ocorrência e detecção e os
resultados inteiros, arredondados para mais, são transcritos para os espaços correspondentes
no mapeamento de processo. Para cada processo ou sub-processo calcula-se “T”. É
importante que todos os funcionários da empresa tenham acesso aos resultados, de preferência
em um mural ou meio digital tal como no ambiente principal da intranet, alertando através
das cores empregadas a localização e características dos riscos ocupacionais.
3.3. Abordagem sistêmica do modelo proposto
A abordagem sistêmica do modelo proposto está relacionada com a melhoria do cenário
identificado na abordagem preliminar. É uma abordagem de caráter opcional, ou seja, pode-se
utilizá-la como seqüência do modelo ou não. Na abordagem sistêmica objetiva-se zerar os
índices (severidade, ocorrência e detecção) relacionados a cada processo ou sub-processo.
Para tanto, criou-se um fluxograma de melhoria contínua (Figura 4) para auxiliar na
investigação a ser realizada em cada um dos processos ou sub-processos.
Inicio da investigação
Os níveis
das escalas são iguais
a zero?
Aplicar o diagrama dos
Cinco Porquês
Os níveis
das escalas
diminuíram?
Aplicar a ferramenta
FMEA
Os níveis
das escalas
diminuíram?
Documentar
Documentar
Final da investigação
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
Figura 4 – Abordagem sistêmica do modelo proposto (ORMEA) para a gestão de riscos ocupacionais
Podem-se verificar na Figura 4 que são empregadas metodologias conhecidas para a
investigação dos riscos ocupacionais e a elaboração de ações de melhoria quais sejam: a
ferramenta FMEA e o diagrama dos cinco porquês (ROTHWELL, HOHNE e KING, 2007;
MILLER, 2002).
Os processos ou sub-processos com maior índice total ("T" na Figura 1) deverão ser tratados
prioritariamente. Pode-se utilizar no tratamento dos processos também outras metodologias
associadas àquelas sugeridas na Figura 4, tais como: diagrama de causa e efeito, gráfico de
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Pareto, brainstorming, matriz GUT (ROTHWELL, HOHNE e KING, 2007; BRASIL, 1999).
4. Métodos de priorização na ferramenta ORMEA
4.1. Método tradicional
O método tradicional de priorização na ferramenta ORMEA é baseado no método tradicional
de priorização na ferramenta FMEA. O método tradicional da ferramenta FMEA, através do
cálculo do Risk Priority Number (RPN), foi inicialmente utilizado pela National Aeronautics
and Space Administration (NASA) em 1963. Algum tempo depois, o método foi levado à
indústria automobilística, onde foi usado para detectar, quantificar e ordenar possíveis
defeitos potenciais no estágio de projeto de produtos, antes de chegarem ao consumidor final
(PUENTE et al. 2002).
Ao final da década de 1980, representantes da General Motors Corporation, Ford Motor
Company e Chrysler Corporation desenvolveram a norma QS 9000, onde a FMEA foi
adotada como uma das ferramentas de planejamento avançado da qualidade. Em 1993, a
Automotive Industry Action Group (AIAG) e a American Society for Quality Control (ASQC)
criaram um manual e patentearam os padrões relacionados à FMEA. A Society of Automotive
Engineers (SAE) obteve os direitos sobre o procedimento SAE J-1739 que trata da FMEA
(MORETTI E BIGATTO, 2006). O método tradicional de priorização na ferramenta FMEA
propõe que para a obtenção do RPN do modo ou causa de falha i, se multiplique a pontuação
dada para as classificações de severidade (si), ocorrência (oi) e detecção (di). Já o método
tradicional de priorização na ferramenta ORMEA propõe que para a obtenção do “T” do
modo ou causa de risco potencial do processo i, se some a pontuação dada para as
classificações de severidade (Si), ocorrência (Oi) e detecção (Di).
4.2. Método baseado na teoria Grey
A teoria Grey tem um papel importante no contexto teórico, sendo utilizada em estudos que
buscam verificar a relação entre séries qualitativas e quantitativas discretas (ÇAKIR, 2008;
CHEN e TING, 2002; CHEN et al., 2004; DAOWU et al., 2004; GUO e LOVE, 2005; LI,
YAMAGUCHI e NAGAI, 2007; ROOS e ROSA, 2008; WANG, LIN e HU, 2007; XIZHE et
al., 2004; YUEHUA e WEI, 2008; ZHANG e CHEN, 2004).
Baseado na teoria Grey, desenvolveu-se neste trabalho um método para buscar uma nova
relação entre os índices de priorização na ferramenta ORMEA. Neste método é possível a
aplicação de pesos diferentes aos índices de severidade, ocorrência e detecção, sendo que a
priorização é feita através de uma mensuração para verificar a relação entre séries qualitativas
e quantitativas discretas, onde os componentes das séries devem estar de acordo com algumas
características pré-definidas (LEAL, PINHO E ALMEIDA, 2005; CHANG, LIU E WEI,
2001).
O método proposto usa uma seqüência de procedimentos para chegar ao ranking de processos
prioritários para intervenção com melhorias baseando-se nos modos ou causas de riscos.
Inicia-se com o estabelecimento de uma série comparativa que é representada por uma matriz
(equação 1), onde: Si é o índice de severidade para o modo de risco potencial do processo i; Oi
é o índice de ocorrência para o modo ou causa de risco potencial do processo i; Di é o índice
de detecção para o modo ou causa de risco potencial do processo i; X é a série comparativa.
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8
iii
222
111
DOS
DOS
DOS
X
(1)
Na seqüência tem-se o estabelecimento de uma série padrão que é representada por uma
matriz (equação 2), composta através dos menores índices de severidade, ocorrência e
detecção contidos nas escalas das tabelas de referência usadas na construção dos formulários
ORMEA, onde: sp é o menor índice de severidade da tabela de referência; op é o menor índice
de ocorrência; dp é o menor índice de detecção; Y é a série padrão.
ppp
ppp
ppp
dos
dos
dos
Y
(2)
A seguir subtrai-se Y de X, resultando na matriz Z (equação 3).
iii dos
dos
dos
Z
222
111
(3)
São então calculados os pesos relativos, representados numa matriz (equação 4), onde: γsi é o
peso relativo da severidade para o modo de risco potencial do processo i (equação 5); γoi é o
peso relativo da ocorrência para o modo ou causa de risco potencial do processo i (equação
6); γdi é o peso relativo da detecção para o modo ou causa de risco potencial do processo i
(equação 7); β é uma constante (equação 8); ξ é um identificador que apenas afeta o valor
relativo do risco, sem alterar a priorização de modos ou causas de risco potencial, podendo
assumir um valor entre 0 e 1 (em geral 0,1); MIN é o menor valor contido na matriz Z; MÁX é
o maior valor contido na matriz Z; M é a matriz que contém os pesos relativos.
iii dos
dos
dos
M
222
111
(4)
MÁXi
is
s
(5)
MÁXi
io
o
(6)
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9
MÁXi
id
d
(7)
MÁXMIN (8)
No próximo passo é estabelecido o grau de relação entre os índices de severidade, ocorrência
e detecção. Isto é expresso numa matriz (equação 9), onde: Ci é o grau de relação para o modo
ou causa de risco potencial do processo i (equação 10); s, o e d são pesos maiores ou
iguais a zero atribuído aos índices de severidade, ocorrência e detecção respectivamente
(equação 11); N é a matriz que contém os graus de relação.
iC
C
C
N
2
1
(9)
dioisii dosC (10)
1 dos (11)
O ranking de priorização é estabelecido a partir dos graus de relação contidos na matriz N.
Quanto maior é o grau de relação, menor é o efeito do modo ou causa de risco potencial do
processo i. Assim o menor grau indica o risco crítico e o maior, o de risco mínimo. O grau de
relação indica a relação entre a pontuação do modo ou causa de risco potencial e os valores
ideais para os fatores de decisão.
5. Procedimentos experimentais com os métodos de priorização abordados
Num primeiro momento, com a intenção de verificar possíveis diferenças nos rankings de
priorização formados, comparou-se o método tradicional com o método baseado na teoria
Grey, utilizando-se pesos iguais para os índices de severidade, ocorrência e detecção. Foram
utilizados dados reais de referência que são alusivos a vinte sub-processos apresentados por
Roos et al. (2008). Na Tabela 2 são apresentados: os resultados segundo o método tradicional;
o ranking de priorização segundo este método; e os dados reais de referência. Na Tabela 3 são
apresentados: a seqüência de cálculos e os resultados segundo o método baseado na teoria
Grey; e o ranking de priorização segundo este método. Foram considerados para os cálculos
os valores do identificador ξ igual a 0,1 e dos pesos s, o, d iguais a 1/3.
Dados de referência Método tradicional
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10
172143143
114
1436527656556
276518
65
11411418118120027
T
011012012
112
102113214113113213
214113224
113
112112001001000214
DOS
tsr
q
ponmlk
jih
g
fedcba
rankingprocesso
tsr
q
ponmlk
jih
g
fedcba
processo iiiiii
Tabela 2 – Dados de referência e resultados segundo o método tradicional
Método baseado na teoria Grey
1714141114626652616
11111818202
8693,08254,08254,07600,08254,07284,06607,07284,07284,06845,06607,07284,06168,07284,07600,07600,09346,09346,00000,16607,0
0000,18039,08039,00000,18039,06721,00000,18039,06721,08039,08039,06721,08039,00000,16721,08039,08039,05775,06721,08039,05062,08039,08039,05775,08039,08039,05775,06721,08039,05775,06721,08039,05062,08039,08039,05775,06721,06721,05062,08039,08039,05775,08039,08039,06721,08039,08039,06721,00000,10000,18039,00000,10000,18039,00000,10000,10000,16721,08039,05062,0
011012012112102113214113113213214113224113112112001001000214
000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
011012012112102113214113113213214113224113112112001001000214
tsr
q
ponmlk
jih
g
fedcba
NMZYX
rankingprocesso i
Tabela 3 – Cálculos e resultados segundo o método baseado na teoria Grey
Num segundo momento, com os mesmos dados reais de referência, realizou-se uma pesquisa
experimental segundo o plano de experimento apresentado na Tabela 1. Com o método
baseado na teoria Grey utilizou-se pesos diferentes para os índices de severidade, ocorrência e
detecção (s, o e d). Na Tabela 4 são apresentados: os resultados segundo o método
baseado na teoria Grey; os rankings de priorização segundo este método; e os conjuntos de
pesos atribuídos para s, o, d.
Primeiro experimento Segundo experimento Terceiro experimento Quarto experimento
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11
148235,0148235,0148235,068039,0
179804,068039,027907.068039,068039,027907,027907,068039,016721,068039,068039,068039,0
180000,1180000,1180000,127907,0
150000,1150000,1150000,168039,068039,068039,016721,068039,068039,016721,016721,068039,016721,068039,068039,068039,0
150000,1150000,1150000,116721,0
28039,028039,028039,028039,0
170000,128039,028039,028039,028039,028039,028039,028039,016721,028039,028039,028039,0
170000,1170000,1170000,128039,0
178039,0116721,0116721,0116721,0116721,055775,015062,055775,055775,055775,015062,055775,015062,055775,0
116721,0116721,0178039,0178039,0200000,115062,0
1,09,00100010001
rankingNrankingNrankingNrankingN
tsr
q
ponmlk
jih
gfedcba
prociiiii
dosdosdosdos
Tabela 4 – Resultados da pesquisa experimental segundo o método baseado na teoria Grey
6. Resultados e Discussões
No primeiro estudo realizado – comparação do método tradicional com o método baseado na
teoria Grey – pôde-se verificar que não existem diferenças na formação dos respectivos
rankings de priorização. Afirma-se então que, ao se utilizar pesos iguais a 1/3 para os índices
de severidade, ocorrência e detecção, não se tem diferenças nos resultados obtidos segundo os
dois métodos abordados.
No segundo estudo realizado – utilização do método baseado na teoria Grey com a atribuição
de pesos diferentes para os índices de severidade, ocorrência e detecção (s, o e d) – pôde-se
verificar que existem diferenças na formação dos rankings de priorização quando pesos
diferentes são atribuídos os índices. Afirma-se desta maneira que a atribuição de diferentes
pesos aos índices da ferramenta ORMEA interfere na orientação estratégica do método de
priorização baseado na teoria Grey, confirmando-se a hipótese construída para o problema de
pesquisa: se forem atribuídos diferentes pesos aos índices, então serão diferentes os rankings
constituídos a partir do método.
As características dos dois métodos de priorização abordados foram apresentadas numa tabela
comparativa (Tabela 5). É possível visualizar nesta tabela as diferenças entre as características
dos dois métodos, cabendo ressaltar os resultados possíveis de cada método. O método
tradicional apresenta 13 resultados possíveis entre os valores 0 e 12. O método baseado na
teoria Grey apresenta infinitos resultados possíveis entre os valores 0 e 1 em razão da
possibilidade de atribuir-se pesos infinitos aos índices s, o, d e ao identificador relativo do
risco.
Uma característica que pode ser considerada idêntica a partir dos resultados encontrados é
quanto ao nível de detalhamento das priorizações. Os dois métodos apresentaram os mesmos
números de priorizações, ocorrendo os mesmos empates nos rankings formados. Assim,
quando se quer um maior detalhamento das priorizações, o método tradicional e o baseado na
teoria Grey apresentam bom desempenho, visto que o detalhamento pode ser até de ordem
unitária, isto é, por processo ou sub-processo.
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→ Método tradicional Método baseado na teoria Grey
Característica dos métodos de
priorização utilização de uma equação utilização de onze equações
Complexidade dos métodos de
priorização baixa alta
Confiabilidade dos métodos de
priorização baixa alta
Execução dos métodos de
priorização
não requer a utilização
de software
é facilitada quando há
utilização de software
Resultados possíveis (utilizando
escalas de referência de 0 à 4)
(13) onde 0 é o menor valor
e 12 é o maior valor
(∞) todos números reais
entre 0 e 1
Possibilidade de atribuição de
pesos diferentes para S, O e D não sim
Possibilidade de atribuição de
peso ao identificador de risco não sim
Implicações práticas dos métodos
de priorização
não possibilita a organização
customizar a priorização
possibilita a organização
customizar a priorização
Tabela 5 – Comparativo entre os métodos de priorização abordados
As vantagens em se utilizar um método em detrimento de outro são principalmente dadas
quanto à possibilidade de aplicação de pesos diferentes aos índices de severidade, ocorrência
e detecção, bem como ao identificador relativo do risco. Quanto à aplicação de pesos
diferentes aos índices de severidade, ocorrência e detecção, apenas o método baseado na
teoria Grey permite fazê-lo o que se torna vantajoso na prática quando a organização necessita
customizar a priorização, dando maior peso a um índice, por exemplo: quando necessita dar
maior peso ao índice detecção, visto que detectar um risco potencial no processo é mais
importante do que a ocorrência ou a severidade deste.
O método baseado na teoria Grey também é o único que permite a atribuição de peso ao
identificador relativo do risco, o que se torna vantajoso na prática quando a organização
necessita testar os efeitos da manipulação dos índices. A importância em se atribuir pesos
diferentes aos índices de ocorrência, severidade e detecção é dada em razão desta ação
possibilitar uma análise diferenciada e customizada ao processo de priorização (CHANG, LIU
E WEI, 2001).
Quanto à complexidade do método, o tradicional é mais vantajoso quando se busca
simplicidade, uma vez que o procedimento para a formação do ranking de priorização
resume-se a soma dos valores dos três índices considerados. O método baseado na teoria Grey
é mais vantajoso quando se busca customização na análise, pois utiliza onze equações para a
formação do ranking, que por sua vez pode ser customizado a partir de uma estratégia
decisiva da organização dando maior peso para a severidade, ou para a ocorrência, ou para a
detecção de modos ou causas de riscos ocupacionais.
As desvantagens de um método em comparação aos demais estão principalmente relacionadas
ao aspecto financeiro e ao aspecto confiabilidade. No aspecto financeiro o método baseado na
teoria Grey pode ser desvantajoso pela maior complexidade. No aspecto confiabilidade, o
método tradicional tem como desvantagem o fato de apresentar na sua análise uma estrutura
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rígida de cálculos, tornando desta maneira a análise impossibilitada de customização do
processo de priorização.
7. Considerações finais
As vantagens e desvantagens em se utilizar um método em detrimento do outro são dadas
principalmente em função da complexidade, confiabilidade, razões de ordem financeira e
possibilidade de customização da análise. O método tradicional apresenta baixa
complexidade, baixa confiabilidade, menor custo de execução e a impossibilidade de
customização da análise. O método baseado na teoria Grey apresenta alta complexidade, alta
confiabilidade, maior custo de execução e a possibilidade de customização da análise.
Verifica-se a partir disto que o grande diferencial do método baseado na teoria Grey é
justamente a possibilidade de customização da análise, indiferente das desvantagens que o
método possa ter.
Visualizando uma situação prática, pode-se verificar a importância de customizar a análise:
uma organização necessita de maior confiabilidade nos resultados da análise com enfoque
customizado no índice detecção de um eventual acidente, visto que a não detecção implica
mais negativamente nos fatores econômico, social e ambiental daquela organização quando
comparado às implicações dos índices de severidade e de ocorrência. Por exemplo, numa
organização distribuidora de combustíveis, num processo de verificação do volume contido
nos tanques de armazenagem, tem-se o risco de explosão do tanque quando o trabalhador
mergulha o instrumento de medição no combustível. Neste caso, a organização deve priorizar
a detecção deste risco, pois mais importante que saber o quanto severo é o eventual acidente
ou quais as chances de ocorrência deste, é saber quais as chances que se tem para detectar o
acidente antes que este de fato venha a ocorrer.
Assim, a realização deste estudo proporcionou uma reflexão acerca da gestão de riscos
ocupacionais além de mostrar a importância da utilização de diferentes métodos de
priorização para diferentes necessidades da ferramenta ORMEA. A limitação deste estudo é o
foco em dados de referência de apenas um estudo de caso. Ainda que o estudo forneça
evidências das vantagens e desvantagens de cada método de priorização, é reconhecido que
são limitadas a um único conjunto de dados. Metodologicamente, não se podem generalizar as
inconsistências específicas nos resultados para outros contextos. Pesquisas futuras devem
enfocar em outras aplicações da ferramenta ORMEA para investigar se existem diferenças
significantes nos resultados comparativos entre os métodos de priorização.
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