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Ministério da
Integração Nacional
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE
VULNERABILIDADE PARA MAPEAMENTO DE ÁREAS
SUSCETÍVEIS A DESLIZAMENTOS E INUNDAÇÕES –
PROPOSTA PILOTO EM SANTA CATARINA
RELATÓRIO DE INTERVENÇÕES PARA MITIGAÇÃO DOS SETORES
DE RISCO DE DESASTRE – MUNICÍPIO DE NAVEGANTES
Realização:
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS EM GESTÃO DE RISCOS E
DESASTRES
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE PARA MAPEAMENTO
DE ÁREAS SUSCETÍVEIS A DESLIZAMENTOS E INUNDAÇÕES – PROPOSTA
PILOTO EM SANTA CATARINA
RELATÓRIO DE INTERVENÇÕES PARA MITIGAÇÃO DOS SETORES DE RISCO
DE DESASTRE – MUNICÍPIO DE NAVEGANTES
Florianópolis, maio de 2014
© 2014. Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil – SEDEC/Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC. Todos os direitos reservados. A responsabilidade pelo conteúdo e
imagens desta obra é do(s) respectivo(s) autor(es). A citação desta obra em trabalhos
acadêmicos e/ou profissionais poderá ser feita com indicação da fonte. A cópia desta obra
sem autorização expressa ou com intuito de lucro constitui crime contra a propriedade
intelectual, com sanções previstas no Código Penal, artigo 184, Parágrafos 1º ao 3º, sem
prejuízo das sanções cíveis cabíveis à espécie.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Vana Rousseff
MINISTRO DA INTEGRAÇÃO
NACIONAL
Francisco José Coelho Teixeira
SECRETÁRIO NACIONAL DE
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Adriano Pereira Júnior
Diretor do Centro Nacional de
Gerenciamento de Riscos e Desastres/
CENAD
Élcio Alves Barbosa
Chefe de Divisão de Análise Técnica
Getúlio Ezequiel da costa Peixoto f-
Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA
Reitora da Universidade Federal de
Santa Catarina
Professora RoselaneNeckel, Drª.
Diretor do Centro Tecnológico da
Universidade Federal de Santa Cata-
rina
Professor Sebastião Roberto Soares,
Dr.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS
E PESQUISAS SOBRE DESASTRES
Diretor Geral
Professor Antônio EdesioJungles, Dr.
Diretor Técnico e de Ensino
Professor Marcos Baptista Lopez
Dalmau, Dr.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA
E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Superintendente Geral
Professor Gilberto Vieira Ângelo, Esp.
Catalogação na publicação por Graziela Bonin – CRB14/1191.
Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Pesquisa e
Estudos sobre Desastres. Laboratório de tecnologias Sociais em Gestão
de Riscos e Desastres.
Metodologia de avaliação de vulnerabilidade para mapeamento de
áreas suscetíveis a deslizamentos e inundações: proposta piloto em Santa
Catarina / [Coordenação Janaína Rocha Furtado]. - Florianópolis: CEPED
UFSC, 2014.
77 p.
Relatório de intervenções para mitigação dos setores de risco de
desastre: Município de Navegantes.
1. Desastres - avaliação. 2. Redução de riscos. 3. Deslizamentos. 4.
Inundações. 5. Santa Catarina. I. Universidade Federal de Santa Catarina.
II. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. III.
Laboratório de tecnologias Sociais em Gestão de Riscos e Desastres.
CDU 504.4
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIAS SOCIAIS EM GESTÃO DE RISCOS E
DESASTRES
Coordenação Executiva do Projeto
Janaina Rocha Furtado
Construção de Metodologia do
Projeto
Janaina Rocha Furtado
Antonio Guarda
Rita de Cássia Dutra
Sugestões de Intervenções
Estruturais para Mitigação dos
Riscos
Eng. Civil – Ailton Soares Freire –
CREA/PI 2935
Análise Geomorfológica
Geógrafa - Mari Angela Machado –
CREA/SC 121539-9
Elaboração do Relatório
Ailton Soares Freire
Janaina Rocha Furtado
Mari Angela Machado
Débora Ferreira
Elaboração dos Mapas
Higor Hugo Batista
Colaboração
Laboratório de Tecnologias Sociais
em Gestão de Riscos de Desastre
LabTec/ CEPED UFSC
Marcela Souza Silva
Agradecimentos
Evandro Argenton - Órgão
Municipal de Proteção e Defesa
Civil de Navegantes
Prefeitura Municipal de
Navegantes
4
Apresentação
Com o objetivo de mitigar e prevenir os impactos decorrentes dos desastres
naturais no Brasil, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil está
desenvolvendo em todo o país o processo de análise das áreas com risco em
municípios prioritários. A seleção dos municípios para compor a lista, e
direcionar a ação do Governo Federal na redução de riscos, fundamentou-se
no registro de ocorrências de desastre por deslizamento e/ou inundação, e na
quantidade de perdas e danos decorrentes.
A primeira etapa deste processo de avaliação dos riscos está sendo realizada,
progressivamente, por uma equipe de geólogos do Instituto de Geologia do
Brasil (CPRM), que desenvolve a setorização das ameaças relacionadas à
inundações e/ou deslizamentos. Conquanto a análise do risco dependa da
análise das ameaças e, também, da análise da vulnerabilidade, tornou-se
relevante realizar a segunda etapa deste processo: desenvolver metodologia
para avaliar a vulnerabilidade ao risco desastre.
Neste sentido, a SEDEC em cooperação técnico-científica com a Universidade
de Santa Catarina,firmaram parceria para construir uma metodologia para
avaliação da vulnerabilidade em áreas suscetíveis a deslizamentos e
inundações. Para testar a metodologia elaborada, foi desenvolvido um
projeto piloto no estado de Santa Catarina, visando a aplicação prática desta
metodologia de forma a garantir a ampliação destes instrumentos aos demais
municípios de interesse.
O CEPED UFSC ficou responsável por propor uma metodologia e desenvolver
o projeto piloto em cinco municípios de Santa Catarina: Navegantes,
Balneário Camboriú, Itajaí, Anitápolis e Alfredo Wagner. O mapeamento dos
riscos de desastres é processo fundamental para a gestão dos riscos e,
consequentemente, para atuar na redução dos mesmos. Caracteriza-se pelo
5
desenvolvimento de etapas, as quais integram entre outras a identificação,
classificação e análise dos riscos de desastres.
Os riscos de desastres são produtos da combinação de uma ameaça sobre um
ambiente vulnerável. A análise das ameaças não constitui, por si só, condições
suficientes para compreender as complexidades que envolvem os riscos de
desastres, possibilitando que comunidades sejam mais resilentes que outras.
Estabelecer critérios e construir indicadores de vulnerabilidade ao risco de
desastre é uma necessidade nacional, já que o país ainda não disponibiliza
estudos e metodologias nesta área, que contemplem a sua realidade de risco.
A proposta apresentada teve a finalidade de contribuir com a construção de
indicadores, que permitam a avaliação dos riscos no município e a gestão dos
riscos direcionando as ações nas áreas prioritárias. Também possibilitará
produzir dados e informações que orientem a reflexão sobre os processos de
vulnerabilização ao risco de desastre no Brasil, ainda que a metodologia não
abranja, por si só, todas as problemáticas relacionadas.
Tendo em vista este objetivo pontual de construir instrumentos que
favoreçam a gestão local dos riscos, no âmbito municipal, propôs-se a
elaboração de uma metodologia para ser aplicada em áreas socioterritoriais
específicas, de forma setorizada.
Este relatório apresenta um dos produtos decorrentes do mapeamento
realizado em Navegantes, relacionado às sugestões de Intervenções Técnicas
para Mitigação dos Setores de Risco de Desastre.
6
Inundações, Enchentes e Alagamentos
Com relação às inundações, são eventos naturais que ocorrem com
periodicidade nos cursos d’ água, frequentemente ocorrem devido às chuvas
fortes e rápidas ou chuvas de longa duração.
A inundação, popularmente tratada como enchente é o
aumento do nível dos rios além da sua vazão normal,
ocorrendo o transbordamento de suas águas sobre as
áreas próximas a ele. Estas áreas planas próximas aos rios
sobre as quais as águas extravasam são chamadas de
planícies de inundação (KOBIYAMA et al., 2006, p.451) .
De acordo com o Manual de Defesa Civil (Castro, 19992), as inundações são
classificadas de acordo com sua magnitude (excepcionais, de grande
magnitude, normais ou regulares e pequena magnitude) e sua evolução
(enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas,
alagamentos e inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do
mar). As inundações graduais resultam da elevação das águas de forma
gradativa, suficiente para inundar as regiões marginais e as inundações
bruscas resultam da elevação das águas de forma rápida e violenta,
provocadas por chuvas intensas e concentradas.
Sobre a questão de diferenciação de inundação e enchente, Kobiyama et al.
(2006) destaca que esta última ocorre quando não há o transbordamento do
rio, apesar do rio ficar praticamente cheio, conforme representado na figura
abaixo. Todo rio tem sua área natural de inundação, ou seja, as planícies de
inundação. E, quando o homem deixa de respeitar estes limites dos rios e
1KOBIYAMA, Masato. et al. Prevenção de Desastres Naturais: conceitos básicos. Curitiba: Organic
Trading, 2006. 2CASTRO, A.L.C. Manual de planejamento em defesa civil. Vol.1. Brasília: Secretaria Nacional de Defesa
Civil, Ministério da Integração Nacional, 1999.
7
ocupa estas áreas de forma inadequada, as inundações passam a ser um
problema frequente.
Na figura 1 a seguir, pode-se visualizar o perfil esquemático do processo de
enchente e inundação.
Figura 1: Perfil esquemático do processo de enchente e inundação.
Fonte: Min. Cidades/IPT (2007)
Além de inundação e enchente, existem os conceitos de alagamento e
enxurrada. De acordo com o Ministério das Cidades/IPT (2007)3,
O alagamento pode ser definido como o acúmulo momentâneo de águas em
uma dada área por problemas no sistema de drenagem, podendo ter ou não
relação com processos de natureza fluvial.
A enxurrada é definida como o escoamento superficial concentrado e com
alta energia de transporte, que pode ou não estar associado a áreas de
domínio dos processos fluviais. É comum a ocorrência de enxurradas ao
longo de vias implantadas sobre antigos cursos d’água com alto gradiente
hidráulico e em terrenos com alta declividade natural.
3Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. Mapeamento de Riscos em Encostas
e Margem de Rios. In: CARVALHO, Celso S.; MACEDO, Eduardo S.; OGURA, Agostinho T. (Org.). Brasília:
Ministério das Cidades; Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, 2007.
8
Sabe-se que o processo de urbanização da bacia hidrográfica, com a
impermeabilização do solo e obstrução dos sistemas de drenagem podem
agravar as inundações, tornando-as mais frequentes. Para avaliar o processo
de produção de risco de inundação, se decorrente da ocupação em regiões
ribeirinhas e/ou da urbanização das áreas, e torna-se necessário a realização
de estudos hidrológicos e hidráulicos específicos.
Neste sentido, o CEPED UFSC destaca que as sugestões técnicas e estruturais
para mitigação das áreas suscetíveis a inundações, enxurradas ou
alagamentos demandam a realização de estudos aprofundados nas bacias de
cada região. Sem estes estudos hidrológicos e hidráulicos, as sugestões
encaminhadas neste relatório não objetivam sanar o problema das áreas de
risco, limitando-se a indicar intervenções básicas de caráter pontual, tais
como serviços de limpeza, obras de drenagem, proteção vegetal e remoção
de moradias quando necessário.
Movimentos de Massa
De acordo com Tominaga (2009)4, movimentos de massa são movimentos de
solo, rocha ou vegetação ao longo da vertente sob ação direta da gravidade.
Consistem em importante processo natural que atua na dinâmica das
vertentes, fazendo parte da evolução geomorfológica nas regiões serranas.
Com a crescente ocupação do solo em áreas inadequadas, intensivo processo
de urbanização sem adequado planejamento e ações protetivas de redução
de riscos, está aumentando o número de ocorrências de desastres
relacionados a estes eventos e processos.
4 TOMINAGA, Lídia Keiko; SANTORO, Jair; AMARAL, Rosangela do. Desastres naturais: conhecer para
prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009.
9
Classificação dos Movimentos Gravitacionais de Massa
São inúmeros os sistemas classificatórios de movimentos gravitacionais de
massa, sendo os mais recentes apresentados na Tabela 1 a seguir.
Tabela 1 - Classificação dos movimentos gravitacionais
Processos Características do movimento, material e geometria
Rastejo ou
fluência
Vários planos de deslocamento (internos)
Velocidades de muito baixas (cm/ano) a baixas e decrescentes com a
profundidade
Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes
Solo, depósitos, rocha alterada/fraturada
Geometria indefinida.
Escorregamento
s
Poucos planos de deslocamento (externos)
Velocidade de médias (Km/h) a altas (m/s)
Pequenos a grandes volumes de material
Geometria e materiais variáveis
Planares solos pouco espessos, solos e rochas com um plano de
fraqueza
Circulares solos espessos homogêneos e rochas muito fraturadas
Em cunha solos e rochas com dois planos de fraqueza
Quedas
Sem planos de deslocamento
Movimentos tipo queda livre ou em plano inclinado
Velocidade muito altas (vários m/s)
Material rochoso
Pequenos a médios volumes
Geometria variável: Lascas, placas, blocos etc.
Rolamento de matacão
Tombamento
Corridas
Muitas superfícies de deslocamento (internas e externas) à massa em
movimentação
Movimento semelhante ao de um líquido viscoso
Desenvolvimento ao longo das drenagens
Velocidades de médias a altas
Mobilização de solo, rocha, detritos e água
Grandes volumes de material
Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas
Fonte: GEORIO (2000) apud AUGUSTO FILHO (1992)5.
5GEORIO. Manual Técnico de Encostas, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil,
2000.
10
De acordo com Caputo (1987), a definição dos tipos de movimentos de massa
pode ser:
Escorregamento (Landslide)- É o deslocamento rápido de uma massa
de solo ou de rocha que, rompendo-se do maciço, desliza para baixo e
para o lado, ao longo de uma superfície de deslizamento. Conforme o
movimento seja acompanhado predominantemente por uma rotação
(caso de solos coesivos homogêneos) ou uma translação (caso de
maciços rochosos estratificados), estes são denominados,
respectivamente, escorregamento rotacional e escorregamento
translacional.
Figura 2: Escorregamento rotacional.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11a.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
11
Figura 3: Escorregamento translacional
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09.
Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11a.html.>Acesso
em: 22 maio 2014.
Figura 4: Escorregamento em cunha.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11a.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Desprendimento de terra ou rocha – É uma porção de um maciço
terroso ou de fragmentos de rocha que se destaca do resto do maciço,
12
caindo livre e rapidamente, acumulando-se onde se estaciona.
Figura 5: Desplacamento de rocha.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Figura 6: Queda de blocos de rocha.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
13
Figura 7: Rolamento de blocos instáveis.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Figura 8: Tombamento de blocos por descontinuidades.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em:<http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11c.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
14
Rastejo (“creep”) - É o deslocamento lento e contínuo de camadas
superficiais sobre camadas mais profundas, com ou sem limite definido
entre a massa de terreno que se desloca e a que permanece
estacionária.
Figura 9: Escorregamento sob a forma de rastejo.
Fonte: Curso de Geologia Ambiental Via Internet, Módulo 09. UNESP, 2001.
Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco11b.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Escoamento, deformação ou movimento contínuo, com ou sem
superfície definida de escorregamento – Segundo suas características,
subdividi-se em: corridos (escoamento fluido-viscoso) e rastejo ou
reptação (escoamento plástico).
15
Figura 10: Corrida de detritos no Morro do Baú em Santa Catarina. Novembro, 2008.
Fonte: Base de dados de domínio público.
Disponível em: <http://humbertosaggin.zip.net/arch2008-11-01_2008-11-30.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Agentes Causadores de Escorregamentos
Geralmente como causas de escorregamentos constituem “[...] o aumento de
peso do talude (incluindo as cargas aplicadas) e a diminuição da resistência
ao cisalhamento do material. As primeiras classificam-se como externas e as
segundas, como internas”(CAPUTO, 1987)6.
Ainda Caputo (1987) salienta que a ação desses fatores combinada com
períodos de chuvas ou pouco depois, satura o solo, elevando seu peso
específico e reduzindo assim a resistência ao cisalhamento devido ao
aumento da pressão neutra. Esta situação explica a ocorrência da maioria dos
escorregamentos nos períodos de grande precipitação pluviométrica.
6CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações: mecânica das rochas – fundações –
obras de terra. 6 ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos editora, 1987.
16
De acordo com GEORIO (2000), a classificação de instabilidade nas encostas
na região metropolitana do Rio de Janeiro pode ser:
Em rocha os escorregamentos são causados por:
Estados diferenciados de alteração;
Diáclases com extensões, mergulhos, direções, espaçamento e
preenchimentos diversos;
Xistosidade de direções e mergulhos diversos;
Esfoliação esferoidal;
Formação de lascas de origem térmica;
Superfície de alívio de tensões;
Heterogeneidades litológicas.
Em tálus:
Escorregamentos causados por grandes variações de pressão da
água infiltrada, nos períodos de alta pluviosidade, provocadas por formas
diversas de infiltração e ação no contato impermeável com a rocha ou com o
solo residual.
Em solo residual:
As instabilidades mostram, com frequência, estreita correlação com
as características mineralógicas, texturais, estruturais e de espessura do
horizonte C (solo residual jovem). O dos gnaisses e granitos, de texturas
grosseiras, areno-argilosos, pouco micáceos e homogêneos, são os mais
estáveis. Em razão das descontinuidades remanescentes da rocha matriz,
principalmente xistosidades e heterogeneidades litológicas, os solos residuais
jovens dos migmatitos e dos biotita gnaisses são os mais suscetíveis à
instabilidade, via de regra deflagrada por processos erosivos superficiais ou
em subsuperfície que levam ao solapamento do terreno. São ainda outros
casos frequentes:
17
- Solo coluvial (solo residual maduro – horizonte B) em passagem
brusca para o solo residual jovem (horizonte C);
- Solo coluvial assentado diretamente sobre a rocha;
- Solo litólico (horizonte A) assentado diretamente sobre a rocha.
Em solo + rocha:
Está normalmente associado a uma cobertura de solo coluvial
assentado diretamente sobre a camada de rocha fraturada e decomposta. O
contato entre a rocha sotoposta menos alterada com a camada de rocha
superior forma uma superfície contínua e impermeável que acompanha a
forma do maciço. Nos períodos de altas precipitações, as poropressões
instabilizam o material acima da rocha sã.
Em blocos in situ:
São blocos de rochas arredondados anteriormente envolvidos por
litologias de grande alterabilidade podendo ser de núcleos graníticos ou
migmatitos.
Figura 11: Rolamento de blocos envolvidos na massa de solo após escorregamento
na SC-401 em Florianópolis – SC. Novembro, 2008.
Fonte: Autores, 2008.
18
Em depósitos de lixo:
O acumulo de lixo nas encostas e ao longo de ruas e estradas a meia
encosta depositado por moradores e empresas.
Figura 13: Escorregamento no lixão em Niterói, Rio de Janeiro. Abril, 2010.
Fonte: Base de dados de domínio público.
Disponível em: <http://www.ambiencia.org/site/publicacoes/publicacoes/dia-
mundial-do-meio-ambiente/entenda-o-que-aconteceu-no-morro-do-bumba/>.
Acesso em: 22 maio 2014.
De maneira geral GEORIO, 2000, apud FERNANDES e AMARAL, 20037,
apresenta várias feições geológicas e geomorfológicas que podem levar aos
processos de instabilização de encostas:
Fraturas – Tectônicas e atectônicas. Representam importantes
descontinuidades, tanto em termos mecânicos quanto hidráulicos.
Falhas – Têm grande influência no condicionamento de movimentos
de massa. As juntas favorecem o intemperismo e, quando silicificadas, geram
7 FERNANDES, N. F.; AMARAL, C. P.,2003, Movimentos de Massa: Uma Abordagem
Geológico- geomorfológica, In: Guerra, A. J. T.; Cunha, S. B., Geomorfologia e meio ambiente,
Ed. Bertrand Brasil, 4ª edição, Rio de Janeiro, Brasil
19
uma barreira ao fluxo de água pela impermeabilização do plano de falha.
Foliação e bandeamento composicional – A orientação destes
condicionantes influencia diretamente a estabilidade das encostas em áreas
onde afloram rochas metamórficas. Deste modo chama-se a atenção para a
situação desfavorável em que a foliação e/ou bandeamento mergulham para
fora da encosta em cortes de estrada.
Descontinuidades no solo – Estas descontinuidades incluem
principalmente, feições estruturais reliquiares do embasamento rochoso
(fraturas, falhas, foliação, bandeamentos etc.) e horizontes de solo formados
por processos pedogenéticos. Escorregamentos rotacionais podem
predominar em encostas onde as fraturas no embasamento rochoso se
encontram pouco espaçadas, fazendo com que o saprólito se comporte como
um material granular. Escorregamentos translacionais podem predominar em
encostas com juntas reliquiares originadas a partir da alteração de fraturas de
alívio ou mesmo a partir de bandas composicionais.
Morfologia da encosta – Ligada a tendência de correlação entre a
declividade e a frequência dos movimentos de massa embora o maior
número de escorregamentos não ocorra necessariamente nas encostas mais
íngremes. A morfologia da encosta também está ligada ao papel que a forma
da encosta, exerce na geração de zonas de convergência e divergência dos
fluxos d'água superficiais e subsuperficais.
Depósitos de encosta – tanto os depósitos de tálus quanto os de
colúvio apresentam uma heterogeneidade interna, a qual é resultante direta
da descontinuidade espacial e temporal dos processos formadores desses
depósitos. Muitos destes estão assentados sobre rocha sã, gerando uma
descontinuidade mecânica e hidrológica ao longo desse contato. A drástica
descontinuidade hidrológica favorece a geração de fluxos d'água e elevação
da poropressão durante períodos de chuva intensa ocasionando
escorregamentos translacionais.
20
Mecanismos de deflagração de escorregamentos
Alguns mecanismos de deflagração de instabilidades são indicados na
literatura especializada (GEORIO, 2000). A tabela 2, a seguir, apresenta alguns
exemplos:
TABELA 2 - MECANISMOS DE DEFLAGRAÇÃO DE INSTABILIDADES
Ação Fatores Fenômenos
geológicos/antrópicos
Aumento da
solicitação
Remoção da massa (lateral ou da
base) Erosão, escorregamentos, cortes
Sobrecarga
Peso da água de chuva, neve,
granizo etc.
Acúmulo natural de material
(depósitos)
Peso da vegetação
Construção de estruturas, aterros
etc.
Solicitações dinâmicas
Terremotos, ondas, vulcões etc.
Explosões, tráfego, sismos
induzidos
Pressões laterais Água em trincas, congelamento,
material expansivo
Redução da
resistência
Características inerentes ao
material (geometria, estruturas etc.)
Características geomecânicas do
material, tensões
Mudanças ou fatores variáveis
Intemperismo – redução na
coesão, ângulo de atrito
Elevação do N.A.
Fonte: GEORIO (2000).
Com relação à água de subsuperfície, os principais mecanismos que atuam
para a deflagração dos escorregamentos segundo o Instituto GeoRio (2000)
são:
Formação ou aumento das poropressões, reduzindo assim a
resistência ao cisalhamento, podendo levar a ruptura dos taludes. Relaciona-
21
se com a elevação do nível piezométrico em períodos chuvosos.
Diminuição da coesão aparente do solo com o aumento da
saturação, em face da variação da permeabilidade através do maciço terroso.
Este é o principal agente de escorregamentos planares de solo na Serra do
Mar, no litoral Paulista.
Vinculação entre pluviosidade e escorregamentos principalmente
em períodos de chuvas intensas.
Com relação a ação antrópica os fatores condicionantes dos movimentos de
massa de acordo com GEORIO(2000) e AUGUSTO-FILHO (1992)8 são:
Remoção da cobertura vegetal;
Lançamento e concentração de águas pluviais e/ou servidas;
Vazamentos na rede de abastecimento, esgoto e presença de fossas;
Execução de cortes com geometria incorreta (altura/inclinação);
Execução deficiente de aterros (geometria, compactação e
fundação);
Lançamento de lixo nas encostas/taludes.
Além disso muitos escorregamentos são verificados devido ao uso e a
ocupação desordenada do solo. Os processos de favelização das encostas
levam a destruição da camada vegetal contribuindo para o surgimento de
rupturas seguidos de movimentos de massa (GEORIO, 2000).
Resistência ao Cisalhamento dos Solos
A estabilidade de taludes (aterros, cortes e barragens), empuxos de terra
sobre paredes de contenção e túneis, capacidade de carga de sapatas e
estacas, por exemplo, dependem basicamente das características da
resistência ao cisalhamento dos solos.
8 AUGUSTO FILHO, O., 1992, Caracterização Geológico-Geotécnica Voltada à Estabilização de
Encostas: Uma Proposta Metodológica, 1ª COBRAE, Vol. 2 p: 721-
733, Rio de Janeiro, Brasil.
22
Para Caputo (1987) “[...]a propriedade dos solos em suportar cargas e
conservar sua estabilidade, depende da resistência ao cisalhamento do solo;
toda massa de solo se rompe quanto esta resistência é excedida” . Já para
Bastos (2000)9 é a tensão cisalhante máxima que o solo pode suportar sem
sofrer ruptura ou tensão cisalhante no plano de ruptura(planos onde a tensão
cisalhante supera a resistência ao cisalhamento) no momento da ruptura.
A resistência ao cisalhamento dos solos é função de dois componentes
principais: o embricamento (ou entrosamento) entre as partículas e a
resistência entre elas. O embricamento afeta a resistência do solo bem como
o seu comportamento principalmente em materiais não coesivos. Por
exemplo, nas areias fofas os grãos movimentam-se horizontalmente
mobilizando a resistência entre as partículas. Já nas areias densas para
superar o entrosamento entre os grãos é necessário um esforço adicional o
que causa expansão volumétrica(dilatância) durante o cisalhamento.
Sendo assim, quanto mais denso for o solo, maior a parcela de embricamento
e maior a resistência do solo.O ângulo de atrito pode ser definido como o
ângulo formado pela força normal à partícula (N) e a força horizontal que
tende a deslocá-la (T).
A resistência por atrito entre as partículas pode ser demonstrada por analogia
com o problema de deslizamento de um corpo sobre uma superfície plana
horizontal, onde a força T para fazer o corpo deslizar deve ser superior a f.N,
sendo f o coeficiente de atrito entre os dois materiais. A proporcionalidade
entre a força tangencial e a força normal pode ser definida da seguinte forma:
T=N×tgφ, onde φ é chamado de ângulo de atrito.
9 BASTOS, C.A.B.; MILITITSKY,J.; GEHLING, W.Y.Y. A avaliação da erodibilidade dos solos sob o
enfoque geotécnico-pesquisas e tendências. Teoria e Prática na Engenharia Civil, Rio
Grande/RS, v. 1, p. 17-26, 2000.
23
Para solos essa relação é escrita da seguinte forma:
T=σ×tgφ (1)
Onde T é a tensão de cisalhamento, σ é a tensão normal, e φ é o ângulo de
atrito interno do solo.
Segundo Pinto (2002)10 a resistência ao cisalhamento dos solos é
essencialmente devida ao atrito entre as partículas, porém a atração química
entre estas partículas pode provocar uma resistência independente da tensão
normal atuando no plano e que constitui a coesão real, como se uma cola
tivesse sido aplicada entre os dois corpos.
A coesão é típica de solos muito finos (siltes e argilas), os mesmos são
denominados solos coesivos, já as areias puras e pedregulhos que não
apresentam essa propriedade são denominados não-coesivos. A resistência
ao cisalhamento proporcionada pela coesão pode ter as seguintes origens:
Cimento natural aglutinando os grãos de solo entre si;
Ligação entre os grãos exercida pelo potencial atrativo de natureza
molecular ou coloidal, fazendo com que os grãos mantenham-se
unidos pelas cargas estáticas existentes na sua superfície;
Tensão capilar da água intersticial quando o corpo de prova, torrão ou
camada de solo sofre um esforço de ruptura.
A tensão capilar é considerada como coesão aparente porque desaparece
totalmente com a saturação do solo.Os parâmetros de resistência do solo c
(coesão) e φ (ângulo de atrito) não dependem somente do tipo de solo, mas
também da velocidade de carregamento a que o mesmo estará submetido
em relação à sua capacidade de dissipar pressões neutras ou excesso de
pressão neutra.
10
PINTO, J.S. Estudo da condutividade hidráulica de solos para disposição de resíduos sólidos
na região de Santa Maria. 2005. 148p. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia
Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005.
24
Ensaios Laboratoriais para a Determinação da Resistência ao Cisalhamento
dos Solos
Ensaios laboratoriais visam, antes de tudo, simular as condições de uma
amostra de solo, apresentadas em campo. A determinação da resistência ao
cisalhamento, normalmente é realizada simulando as piores condições de
campo, ou seja, saturada, ou pelo menos, inundada. Os ensaios de resistência
ao cisalhamento são utilizados principalmente na análise da estabilidade de
taludes.
Para determinação da resistência ao cisalhamento dos solos através de
ensaios laboratoriais podem ser realizados os seguintes ensaios:
Cisalhamento Direto;
Triaxial (CD, CU ou UU);
Compressão Simples;
RingShear;
Cisalhamento Direto Simples.
Estabilidade de Taludes
Sob o nome genérico de taludes compreende-se quaisquer superfícies
inclinadas que limitam um maciço de terra, de rocha ou de terra e rocha.
Podem ser naturais, caso das encostas, ou artificiais, como os taludes de
cortes e aterros (CAPUTO, 1987). A seguir, apresenta-se os principais sistemas
de estabilização de encostas e suas respectivas características.
Retaludamento
É um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes
ou aterros, os taludes originalmente existentes em um determinado local para
se conseguir uma estabilização do mesmo. Das obras de estabilização de
taludes é amais usada devido à sua simplicidade, eficácia e menor custo se
25
comparada com outras soluções.Geralmente é associado a obras de controle
de drenagem superficial e de proteção superficial, de modo a reduzir a
infiltração d´água no terreno e disciplinar o escoamento superficial, inibindo
os processos erosivos.
A figura 14 apresenta um desenho esquemático de um retaludamento.
Figura 14: Desenho esquemático de um retaludamento.
Disponível em: <http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-
tecnicas/7/obras-de-retaludamento-235540-1.aspx>.Acesso em: 22 maio 2014.
Muro de Pedra Argamassada
São estruturas formadas como o próprio nome já diz pela alvenaria de pedras
argamassadas.O muro de pedra ou muro de peso é um tipo de obra de
contenção construída com a finalidade de conter os empuxos de solo,
eventuais sobrecargas e evitar a instabilização do sistema.Também
conhecidas por "muro de gravidade", estas obras atuam basicamente em
função de seu peso próprio, determinado através do peso de seu material.
O atrito da sua base contra o solo deve ser suficiente para assegurar a
estabilidade da obra, e sua geometria destina-se a evitar o tombamento por
rotação em torno da aresta externa da base.Quando os esforços
26
desenvolvidos no maciço resultam em uma força cisalhante maior do que o
peso do muro, ocorre o deslizamento.
Normalmente, são utilizados para pequenas e médias alturas, viabilizando
desníveis que não são estáveis por taludes naturais.Devem ser compostos de
dispositivos de drenagem afim de dissipar a água presente no interior do
maciço e evitar o excesso de poro-pressão na massa arrimada.
A figura 15 apresenta um desenho esquemático de um muro de pedra
argamassada.
Figura 15: Detalhe esquemático de um muro de pedra argamassada.
Disponível em: <http://japaopedras.blogspot.com.br/p/muros-de-pedra.html>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Muro de Gabião
São estruturas em forma de caixa formadas por elementos metálicos
confeccionados com tela de malha hexagonal de dupla torção preenchidos
com rocha.O muro de gabião também é um muro de peso e exerce a mesma
função que o muro de pedra argamassada.
Em ambientes agressivos como por exemplo os canais a serem retificados, a
malha do gabião recebe um revestimento em PVC para evitar a corrosão.A
utilização deste tipo de estrutura proporciona vantagens como:
Flexibilidade – são facilmente adaptados aos movimentos do terreno;
27
Permeabilidade – por serem totalmente permeáveis permitem a
dissipação das dasporopressões no interior do maciço terroso;
Praticidade – são estruturas de grande facilidade construtiva trazendo
velocidade a sua execução
As figuras 16 e 17 apresentam respectivamente um desenho esquemático e
uma obra real de um muro de gabião.
Figura 16: Detalhe esquemático de um muro de pedra argamassada.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA70QAC/muros-
arrimo>. Acesso em: 22 maio 2014.
Figura 17: Caso real de obra de muro de gabião ao longo de uma rodovia.
Fonte: Autores, 2013.
28
Muro de concreto Armado
Este tipo de estrutura consiste em um muro de flexão com seção transversal
em forma de “L” resistindo aos empuxos de terra por flexão utilizando parte
do peso próprio do maciço, que se apoia sobre a base em “L”, para manter-se
equilibrado. São construídos em concreto armado onde para alturas
superiores a 5 m, é necessária a utilização de contrafortes para aumentar a
estabilidade contra o tombamento.
A figura 18 apresenta um detalhe esquemático de um muro de concreto
armado.
Figura 18: Muro de concreto armado.
Disponível em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA70QAC/muros-
arrimo>. Acesso em: 22 maio 2014.
Cortina Atirantada
Uma cortina ancorada compreende uma parede de concreto armado, de
espessura em geral entre 20 e 30cm, em função das cargas nos tirantes,
fixada no terreno através das ancoragens pré-tensionadas. Com isso obtém-
se uma estrutura com rigidez suficiente para minimizar deslocamentos no
terreno (GEORIO 2000).Igualmente ao solo grampeado a execução é feita em
etapas e nichos.
Os tirantes são elementos ativos, pois são fortemente pré-tensionados com
cargas elevadas, para prevenir deslocamentos da cortina e iniciam seu
29
trabalho sem necessidade de deformação do maciço (GEORIO, 2000).Já os
grampos não são protendidos (elementos passivos), sendo a mobilização do
atrito no contato solo-grampo mobilizado pela deformação do solo. Assim,
considerando-se nulas as movimentações relativas solo grampo, as
deformações que ocorrem no solo são controladas pela deformabilidade do
grampo (EHRLICH, 200311).
O dimensionamento estrutural do paramento de concreto da cortina
atirantada é muito importante, haja vista o puncionamento causado pela
aplicação das elevadas cargas de teste . No solo grampeado a face tem por
objetivos garantir a estabilidade local e evitar o desenvolvimento de
processos erosivos, ao contrário do que se verifica nas cortinas atirantadas
nas quais a face é o promotor direto da estabilidade da zona potencialmente
instável (EHRLICH, 2003).
Os grampos, ao contrário das ancoragens, não têm trecho livre, transferindo
tensões para o solo ao longo de todo o seu comprimento (GEORIO, 2000). Já
os tirantes são projetados para transferir carga somente na região ancorada
atrás da superfície potencial de ruptura.
No tirante, uma parcela do comprimento encontra-se livre, enquanto a
parcela restante é ancorada. A carga no trecho livre do tirante é
aproximadamente constante e no trecho ancorado é variável. A figura
19ilustra a diferença entre o comportamento de uma cortina atirantada e o
solo grampeado.
11
ERLICH, M. Solos grampeados: comportamento e procedimentos de análise. In: Workshop
Solo Grampeado: projeto, execução, instrumentação e comportamento, 2003. São Paulo:
Associação Brasileira de Mecânica de Solos e Engenharia Geotécnica, 2003, p127-138.
30
Figura 19: Diferença entre o comportamento de uma cortina atirantada e o solo
grampeado.
Disponível em:<http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/10979/10979_3.PDF>.
Acesso em: 22 maio 2014.
Solo Grampeado
Segundo EHRLICH,
O solo grampeado consiste no reforço do terreno natural. Os reforços
comumente são barras de aço protegidas por argamassa em furos
pré-abertos. A argamassa é injetada por gravidade, aderida à barra ao
longo de todo o comprimento e o grampo não é protendido. Em
obras provisórias as barras podem ser simplesmente cravadas sem a
proteção de argamassa. Em geral, a execução da escavação se
processa em etapas, vertical e horizontalmente, minimizando os
movimentos, que normalmente apresentam-se inferiores a 0,2% a
0,3% da altura da escavação. A face tem função secundária na
estabilização, compreendendo basicamente em evitar roturas
localizadas e garantir o controle dos processos erosivos. Comumente
o faceamento é efetuado em concreto projetado reforçado com
malha metálica. Cobertura vegetal vem também sendo adotada em
taludes menos íngremes (2003, p.129).
De acordo com a Norma de estabilidade de encostas, ABNT NBR 11682
(2009), os grampos são elementos de reforço do terreno constituído de
31
perfuração preenchida com calda de cimento, ou argamassa, compósito ou
outro aglutinante e elemento resistente à tração/cisalhamento. Tem a
finalidade de distribuir cargas ao longo de todo o seu comprimento,
interagindo com o terreno circunvizinho, podendo parte da carga mobilizada
ser absorvida pela cabeça. A mobilização de carga no grampo é induzida pela
deformação do terreno por pequena carga aplicada na extremidade externa.
Diferem dos tirantes, conforme descrito na ABNT NBR 5629, por não
apresentarem trecho livre e serem passivos.
Normalmente o método de execução dos grampos consiste na perfuração
inclinada do maciço de solo(normalmente 15º) e o preenchimento do furo
com calda de cimento executado em conjunto com a instalação da barra de
aço. Os furos são, geralmente, executados com diâmetros de 75 ou 100 mm,
que permitem a instalação da barra de aço e um ou mais tubos de injeção.
Por meio da tubulação acessória, injeta-se a calda de cimento (execução da
“bainha”), a partir do fundo do furo, preenchendo totalmente a cavidade.
Deve-se garantir a resistência da barra de aço ao longo do tempo, por meio
de tratamento anticorrosivo adequado com um recobrimento mínimo de
calda de cimento contínuo e constante, garantido por dispositivos
centralizadores instalados ao longo das barras, normalmente espaçados de
1,5 m.
Quanto a conexão com a face as figuras 20, 21 e 22 apresentam algumas
opções para fixação das cabeças dos grampos na face do paramento. Quando
as barras possuirem bitolas menores que 20mm a conexação faz-se através
de uma dobra a 90º de no mínimo 20cm. Porém, quando as barras possuirem
bitolas acima de 20mm a conexão deverá ser feita através de um conjunto
placa metálica e porca. No caso de revestimento com proteção vegetal, a
cabeça é protegida com argamassa e não é ancorada.
32
Figura 20: Fixação da cabeça para barras menores que 20mm de diâmetro.
Disponível em: <http://www.metalica.com.br/chumbadores-injetados-a-
qualidade-do-solo-grampeado>. Acesso em: 22 maio 2014.
Figura 21: Fixação da cabeça para barras maiores que 20mm de diâmetro.
Fonte: Ortigão &Sayão, 2004.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAhTgAE/solo-
grampeado?part=2>. Acesso em: 22 maio 2014.
33
Figura 22: Fixação da cabeça para grampos embutidos no terreno.
Fonte: Ortigão &Sayão, 2014.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAhTgAE/solo-
grampeado?part=2>. Acesso em: 22 maio 2014.
Faceamento
O faceamento não é determinante na estabilidade global do maciço. A
principal função da face é garantir a estabilidade local do solo entre os
grampos e garantir o controle de processos erosivos. Concreto projetado com
tela de aço ou com fibras de aço, blocos pré-moldados, painéis de concreto,
bio-mantas e vegetação têm sido empregados no revestimento do
faceamento de estruturas grampeadas para satisfazer critérios de projeto,
executivos e aspectos estéticos. Em complemento, dependendo do tipo de
faceamento deve-se implantar uma drenagem eficiente na interface do solo
com o revestimento.
A face do solo grampeado pode ser desde vertical (α = 90º), levemente
inclinada (80º <α< 90º), até acompanhando as inclinações naturais do
terreno.No caso da face ser executada com inclinação entre 80º e 90º, os
grampos deverão ser executados com cabeça, placa e porca afim de garantir
um contato solo-concreto projetado adequado. Nas faces com inclinações
34
α< 80º, os grampos devem ser instalados através de uma dobra a 90º de no
mínimo 20cm.
Armação
As telas eletrossoldadas tem sido a armação convencional do concreto
projetado. Sua instalação é feita em uma ou duas camadas, conforme
especifica o projeto. Aplica-se a primeira camada com a primeira tela, a
segunda camada do projetado, a segunda tela e o concreto final. Pode-se
instalar telas antes do concreto. Entretanto, é preciso tomar um cuidado
especial para evitar que a tela funcione como anteparo e ocorram vazios atrás
da mesma.
É utilizada alternativamente às telas, fibras metálicas de aço, adicionadas
diretamente na betoneira ou caminhão-betoneira, obtendo uma mistura
perfeitamente homogênea. Isto não obriga qualquer mudança nos
equipamentos, promove redução da equipe de trabalho, visto que não há
necessidade de mão-de-obra para preparo e instalação das telas. Elas se
ajustam perfeitamente ao corte realizado no talude, aceitando superfícies
irregulares, com espessura constante.
O resultado é um concreto extremamente tenaz. A presença das fibras produz
concreto de baixa permeabilidade, uma vez que age no combate as tensões
de tração, durante o início da cura, homogeneamente em todas as regiões da
peça.Não há cuidado especial com cobrimento de armadura, pois a corrosão
eventual se limita àquela fibra que está em contato com a atmosfera, não
prosseguindo para as outras, imersas no concreto.
A construção de uma estrutura grampeada envolve o reforço do solo,
enquanto o trabalho de escavação progride, através do faceamento e da
introdução de barras de aço em furos pré-abertos preenchidos com calda de
cimento, que trabalham essencialmente à tração. Estas barras podem,
também, trabalhar parcialmente ao cisalhamento e flexão. Os grampos
35
moldados “in situ” são, geralmente, paralelos e ligeiramente inclinados com a
horizontal, variando de 5º a 30º.
A sequência de escavação e introdução dos grampos influencia
significativamente a movimentação da massa de solo que reflete no
faceamento. De maneira geral, é pequena a movimentação da face no nível
do grampeamento após a colocação dos grampos. Assim, para redução das
movimentações, o grampeamento deve ser o mais rápido possível. Em vista
do caráter irreversível da influência das movimentações, o grampeamento
tardio tem efeitos praticamente irrecuperáveis. Nos casos em que a altura e
inclinação da escavação não garante a estabilidade do talude para o período
de tempo requerido, uma banqueta contínua pode ser empregada para
estabilizar a etapa da escavação, bem como apoiar e operar os equipamentos.
Tipicamente, a execução do solo grampeado deve ser realizada em nichos, de
forma descendente, com inclinação vertical e profundidade de escavação
máxima de 1,5m (figura 23 e 24). Após a escavação dá-se início a perfuração
do solo, instalação dos grampos e preenchimento do furo com calda cimento.
Após perfurados, instalados e injetados todos os grampos, inicia-se a
construção da parede de acordo com as inclinações e especificações
indicadas no projeto.
36
Figura 23: Execução do solo grampeado realizada em nichos, de forma descendente,
com inclinação vertical e profundidade de escavação máxima de 1,5m.
Disponível em: <http://www.sologrampeado.com.br/psg-sistema.htm>. Acesso
em: 22 maio 2014.
Figura 24: Execução do solo grampeado realizada em nichos, de forma descendente,
com inclinação vertical e profundidade de escavação máxima de 1,5m.
Fonte: Lazarte et al., 2003.
Disponível em: <http://www.maxwell.lambda.ele.puc-
rio.br/10979/10979_3.PDF>.Acesso em: 22 maio 2014.
Talude de Rocha Chumbado
Este tipo de estrutura nada mais é que uma outra versão do solo grampeado
onde o maciço reforçado, neste caso, é composto por rocha alterada,
fraturada ou solo com matacões em seu meio.Pode ter sua face revestida com
37
concreto projetado e tela metálica ou esta pode ser revestida somente com
tela de alta resistência contra queda de blocos.Normalmente são utilizados os
mesmos reforços do solo grampeado ou seja, barras de aço CA 50 de 20 a
25mm de diâmetro.
Limpeza de Blocos de Rocha Instáveis
Como o próprio nome já diz, consiste na remoção e/ou desmonte, podendo
ser a quente(explosivos), a frio(gel expansivo), ou manual(martelete), dos
blocos de rocha instáveis, situados ao longo da encosta, seja ela composta
somente por solo, solo e rocha ou somente rocha.
Proteção Contra Erosão
Os sistemas de proteção contra erosão existentes se constituem de materiais
naturais como enleivamentos, hidrossemeaduras etc. ou ainda, de materiais
sintéticos como as geomantas de polipropileno.
Recomenda-se o emprego desta proteção, a fim de se evitar a manifestação
dos processos erosivos em áreas afetadas pela construção, devendo-se
executar o sistema adotado, imediatamente após a execução dos serviços,
pois áreas eventualmente expostas por longo tempo às intempéries, podem
ser degradadas pela manifestação de processos erosivos.
Dispositivos de Drenagem
Os dispositivos de drenagem tem a função como o próprio nome já diz, de
drenar ou escoar as águas superficiais e/ou profundas oriundas das chuvas,
ou de fluxos de água subterrânea, que podem ocorrer no interior de um
maciço terroso.As figuras 25 e 26 apresentam exemplos de dispositivos de
drenagem.
38
Figura 25: Exemplo de drenagem com vala de proteção de corte.
Fonte: Autores, 2013.
Figura 26: Exemplo de drenagem com sarjeta trapezoidal de concreto.
Fonte: Autores, 2013.
Remoção das Famílias e Desapropriação das Edificações
Esta é uma solução definitiva que elimina praticamente todo o risco a vidas
humanas porém, não elimina os riscos geológicos de uma futura ruptura que
venha a interromper rodovias e causar danos materiais na região.Deve ser
estudada com cautela pelas autoridades responsáveis visto que envolve não
só um problema geológico mas também sócio-econômico.
39
Metodologia para elaboração das sugestões de intervenção para mitigação
dos setores de risco
Esta etapa se refere à proposição das intervenções necessárias, e respectivas
estimativas de custos, para mitigação dos riscos nas áreas de interesse
(setores). 12Nesta etapa do projeto, devem ser indicadas a(s) alternativa(s) de
intervenção adequada(s) para cada setor de risco.
As proposições de intervenção estruturais para deslizamento e inundação
indicadas deverão visar a melhor relação custo/benefício, a menor
complexidade técnica e específica para cada situação identificada.
Estabelecidas as obras necessárias para a mitigação de risco de cada setor,
deverão ser estimados os custos necessários para cada obra/serviço e
remoção.
A proposição de ações estruturais deverá considerar:
• Identificação de intervenções estruturais para cada uma das áreas de
interesse;
• As ações devem estar sintonizadas com as características dos processos
geológico-geotécnicos identificados no local;
• Obras de estabilização de encostas privilegiando solução coletiva;
• Zoneamento das áreas inadequadas para ocupação (apontar setores de risco
onde
não é possível executar obras e onde a ocupação tem que ser removida).
12
Utilizou-se como base a metodologia disponibilizada pela SEDEC em edital aberto para
contratação de empresas, tendo como objeto a realização do mapeamento de
vulnerabilidade.
40
Para definição das ações estruturais tem-se como referência o Quadro da
UNDRO(Office ofthe United NationsDisasterReliefCo-ordinator, ONU, 1991),
apresentado na tabela 3 a seguir:
Tabela 3: Sugestões de intervenções em áreas de risco de desastre.
TIPO DE INTERVENÇÃO DESCRIÇÃO
Serviços de Limpeza e
Recuperação
Serviços de limpeza de entulho,lixo,etc.
Recuperação e/ou limpeza de sistemas de
drenagem, esgotos e acessos. Também
incluem obras de limpeza de canais de
drenagem. Correspondem a serviços
manuais e/ou utilizando maquinário de
pequeno porte.
Obras de drenagem
superficial, proteção
vegetal(gramíneas) e
desmonte de blocos e
matacões
Implantação de sistema drenagem
superficial (canaletas, rápidos,caixas de
transição,escadas d’água,etc.).Implantação
de proteção superficial vegetal(gramíneas)
em taludes com solo exposto. Eventual
execução de acessos para pedestres
(calçadas,escadarias,etc.) integrados ao
sistema de drenagem. Proteção vegetal de
margens de canais de drenagem.
Desmonte de blocos rochosos e matacões.
Predomínio de serviços manuais e/ou com
maquinário de pequeno porte.
Obras de urbanização
Agregadas a drenagem e
Esgotamento sanitário
Pequenas obras de urbanização tais como
urbanização de becos, abertura de acessos,
execução de passarelas, urbanização de
áreas visando implantação adequada de
redes de drenagem e esgotamento
sanitário, estabelecimento de “rotas de
fuga”e destinação de uso a áreas de risco
desocupadas ou remanescentes de
remoção de famílias.
41
Estruturas de contenção
De pequeno porte
Implantação de estruturas de contenção de
pequeno porte(h max=3,5m e l max=
10m).Obras de contenção e proteção de
margens de canais (gabiões, muros de
concreto, etc.). Correspondem a serviços
parciais ou totalmente mecanizados.
Obras de terraplenagem
De médio a grande porte
Execução de serviços de terraplenagem.
Execução combinada de obras de
drenagem superficial e proteção vegetal
(obras complementares aos serviços de
terraplenagem).
Obras de desvio e canalização de córregos.
Predomínio de serviços mecanizados.
Estruturas de contenção de
médio a grande porte
Implantação de estruturas de contenção
de médio a grande porte(h> ,5mel>10m),
envolvendo obras de contenção passivas e
ativas (muros de gravidade, cortinas,etc.).
Poderão envolver serviços complementares
de terraplenagem. Predomínio de serviços
mecanizados.
Remoção de moradias As remoções poderão ser definitivas ou não
(para implantação de uma obra, por
exemplo).
Priorizar eventuais realocações dentro da
própria área ocupada, em local seguro.
Fonte: UNDRO - Office of the United Nations Disaster Relief Co-ordinator (ONU,
1991).
Além das intervenções descritas no quadro acima, devem ser consideradas
obras de dragagem e derrocamento de canais e leitos de rios e córregos, que
resultem na redução dos riscos de inundação nas áreas de interesse, sendo
indicados, se necessários, as avaliações e estudos que devem preceder a
execução dos projetos e obras.
42
Para o dimensionamento dos custos das propostas de ações estruturais,
deve-se considerar:
Os custos necessários para execução das ações estruturais devem ser
estimados para cada uma das áreas de interesse (setores),
apresentados neste documento;
A estimativa de custos será obtida a partir de composições de custos
unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus
correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela
Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços
rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias -
SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial
ou que não possam ser considerados como de construção civil.
Metodologia de campo
Em se tratando de uma metodologia para ser aplicadas em áreas
territorialmente selecionadas (polígonos), estimou-se que informações
deverão ser coletadas in loco, a partir dos instrumentos metodológicos
elaborados pelos pesquisadores.
As visitas de campo possibilitaram agregar as informações adquiridas nas
pesquisas em bases de dados. A equipe de campo foi constituída de:
1 profissional de engenharia civil para propor e quantificar as soluções
técnicas visando a mitigação dos riscos;
1 geógrafo para avaliação geomorfológicado setor e colaboração na
análise de soluções técnicas para o setor de risco;
Para entrada em campo das equipes foi realizada uma etapa de sensibilização
por meio de reunião com a defesa Civil local para apresentação do projeto e
solicitação de apoio para as atividades de campo. Esta etapa incluiu a
43
realização de reuniões com as lideranças comunitárias, visando organizar a
entrada em campo das equipes e fomentar a participação das comunidades
no processo de gestão ou redução riscos que venham a ocorrer futuramente
ou que estejam em desenvolvimento. Além disso, as comunidades são as
maiores interessadas nas decisões que venham a melhorar suas condições de
vida e são elas as pessoas mais aptas a relatar sobre os problemas ali
existentes.
Estimou-se, ainda, a realização de uma reunião devolutiva com as instituições,
poder pública e comunidades, apresentando e disponibilizando os resultados
do projeto. Esta reunião deverá ocorrer após a elaboração deste relatório com
a apresentação dos produtos.
Resultados
Análise Geomorfológica do Município de Navegantes
Conforme DNPM13 (1986) a geologia regional de Navegantes é caracterizada
pela existência de embasamento cristalino e depósitos sedimentares. O
embasamento cristalino engloba as rochas mais antigas do Estado e na área
de estudo constitui-se de rochas metamórficas e magmáticas. Os depósitos
sedimentares colúvio aluvionares continentais e sedimentos litorâneos
marinhos e eólicos retrabalhados são produtos de processos originários de
ambientes continentais e marinhos.
A litologia regional pode ser dividida em:
Complexo Metamórfico Brusque
13 DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL – DNPM. 1986. Mapa geológico
do Estado de Santa Catarina. E= 1:500.000. Florianópolis.
44
De acordo com o Projeto Gerenciamento Costeiro – GERCO, 3ª FASE, de
2002, realizado pelo IBGE esta unidade geológica mantém contatos
geralmente por falha com o granito valsungana.
As litologias que predominam no Complexo Metamórfico Brusque segundo
Silva et al. (1987), estão divididas em duas sequências, sendo uma as
Sequências Vulcano-Sedimentares Basais e a Sequência Epiclástica Superior. A
Sequência Vulcano-Sedimentar é constituída por micaxistos, filitos,
metarenitos, quartzitos, metagrauvacas e metacalcários dolomíticos.
Petrograficamente, caracterizam-se pelo baixo grau de metamorfismo, como
a fácies xistos-verdes, zona da granada. A textura segue um forte
alinhamento preferencial dos minerais filitosos ou prismáticos, responsáveis
pelo desenvolvimento de marcante bandeamento submilimétrico, associado a
forte xistosidade, sendo a coloração esverdeada à cinza. Estas rochas
mostram intenso dobramento em isoclinais, ocorridos em duas fases.
A Sequência Epiclástica Superior é composta predominantemente por filitos,
eventualmente grafitosos; mica xistos granatíferos; xistos grafitosos
carbonáticos; mica xistos com cloritóide; filitos; quartzitos; metamargas.
Possuem tonalidades que variam de cinza, até avermelhadas a marrom,
devido ao processo de alteração.
Granito Valsungana
De acordo com Silva & Bortoluzzi (1987), o Granito Valsungana ocorre
segundo uma faixa alongada, paralela e intercalada no Complexo
Metamórfico Brusque, que vai de Balneário Camboriú, Claraíba, Nova Trento,
Morro dos Polacos, Major Gercino, até próximo de Leoberto Leal.
Conforme o Projeto Gerenciamento Costeiro – GERCO, 3ª FASE, de 2002,
realizado pelo IBGE fazem contatos normais ou por falha com o Grupo
Brusque. Ao longo desses contatos, podem ser verificados os efeitos doe
metamorfismo de contato.
45
Geralmente são homogêneos, de textura porfirítica, sendo formados por
megacristais de feldspato alcalino e matriz quartzofeldspática de granulação
média a grossa, com biotita como mineral máfico principal.
O município está inserido na unidade geomorfológica Serras do
Tabuleiro/Itajaí, que caracteriza-se por uma sequência de serras subparalelas
com altitudes máximas de aproximadamente 1.200 metros e que são
reduzidas gradativamente em direção ao litoral, onde constituem-se de
pontas ou ilhas. Com relação o relevo da unidade, apresenta vales profundos
e encostas íngremes, características estas que guardam íntima relação com a
intensa dissecação controlada de forma estrutural. Dessa forma, a unidade é
suscetível a ocorrência de movimentos de massa (CARUSO Jr., 1995)14.
Propostas de Intervenções Estruturais para Mitigação de Riscos de Desastres
A presente proposta de intervenção e suas estimativas de custos orientam a
mitigação dos riscos da área de interesse no setor 01 e 02 na cidade de
Navegantes.
O setor 1 (SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM) na cidade de Navegantes é o bairro
Porto das balsas (UTM 22 J 0730287 E 7024259 S) localizado na planície
aluvial do rio Itajaí Açu, o setor conta com aproximadamente 600 imóveis e
uma população residente de aproximadamente 2.400 pessoas (CPRM, 2012).
O setor 2 (SETOR SC_NAV_SR_02_CPRM), também na cidade de Navegantes é
o bairro Volta grande (UTM 22 J 0729336 E 7026999 S) localizado em uma
faixa marginal do rio Itajaí Açu, tem aproximadamente 60 imóveis e
aproximadamente 240 pessoas (CPRM, 2012).
14 CARUSO Junior, Francisco. Mapa geológico e de recursos minerais do sudeste de Santa
Catarina. Brasília : DNPM, 1995
46
A proposta apresentada partiu da analise expedita destes setores e teve como
base a vistoria “in loco” para a verificação da situação de risco e elaboração
das intervenções proposta. Não foram realizados testes ou ensaios neste
momento da vistoria, apenas medições necessárias à composição dos custos
para a intervenção.
É importante frisar, especialmente com relação aos setores de risco à
inundação, que as sugestões de intervenção apresentadas não visam
solucionar definitivamente o fenômeno. Não foi realizado um estudo
aprofundado da bacia, priorizando, assim, intervenções relacionadas ao
sistema de drenagem local e infraestrutura urbana.
SETOR 01- SC_NAV_SR_01_CPRM
A figura xx abaixo mostra a posição a ser realizada as ações estruturais
necessárias para a mitigação de riscos de alagamento do setor
SC_NAV_SR_01_CPRM
Figura 27: Localização das intervenções a serem realizadas no Porto das Balsas
AÇÕES ESTRUTURAIS PARA MITIGAÇÃO EM ÁREAS DE RISCOS
Código do setor de risco: SC_NAV_SR_01_CPRM
Referência Geográfica: UTM 22 J 0730287 E 7024259 S
Suscetibilidade da área: INUNDAÇÃO
Mapa/croqui
47
Diagnóstico do Setor:
Sistema de drenagem insuficiente;
Histórico de inundações frequentes no local;
Canais pluviais assoreados e contaminados com esgoto e lixo;
Edificações de baixo padrão construtivo próximo ao canal pluvial;
Soluções 01:
Limpeza do canal de drenagem pluvial;
Construção de rede de drenagem pluvial em tubos de concreto;
Serviço de pavimentação da rua com colocação de boca de lobo.
Soluções 02:
Construção de rede de drenagem pluvial;
Construção de rede de esgoto sanitário;
Serviço de pavimentação de rua com colocação de boca de lobo.
2
1
48
Intervenção 01
Os canais de drenagem de aguas pluviais encontra-se com seu uso pleno
comprometido pelo excesso de entulhos, lixo, cobertura vegetal (gramíneas)
e assoreamento ao logo de seu curso, como pode ser observado na figura 28.
Figura 28: Canal pluvial assoreado e contaminado no setor 01 de Navegantes
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Para a proposta de intervenção, será necessária a limpeza imediata do canal
condutor de água e da adjacência do mesmo e a posterior confecção de uma
galeria em tubos de concreto para a condução de águas pluviais, construção
de elementos em concreto armado para visita, inspeção e limpeza da galeria,
conforme figura abaixo:
49
Figura 29: Localização construção da galeria em tubos de concreto armado
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Para o pré-dimensionamento do tubo em concreto sugerido na intervenção e
constante no memorial de calculo foi respeitada a indicação de que a
velocidade máxima admissível é de 5,0 m/s e a velocidade mínima 0,60 m/s.
Os Poços de visita sugeridos serão também utilizados para mudança de
diâmetro, direção, declividade e interligação com galerias e redes de chegada
de bocas de lobo.
Após as intervenções sugeridas, segue o momento da pavimentação das ruas
adjacentes a estas realizações, com a confecção de sarjetas e bocas de lobo
para a ligação com o sistema de drenagem pluvial. Foi constatada a partir das
observações em campo a falta de pavimentação nesta área, como ilustras a
figura 30.
50
Figura 30: Pavimentação das ruas no setor 01 de Navegantes
As intervenções propostas, os estudos necessários e o custo das mesmas,
estão ilustrado na tabela 4.
Tabela 4: Proposta de intervenção para mitigação de riscos - Intervenção 1
PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES PARA MITIGAÇÃO DE RISCOS
ID Intervenção Serviços Estudos/projetos Memória de
cálculo
Custo (R$)
Serviços de limpeza
e recuperação
Limpeza de
sistemas de
drenagem
Projeto de
evolução do
serviço de
limpeza.
Anexo 01 R$
16.985,38
Obras de
urbanização
agregadas a
drenagem e
esgotamento
sanitário
Canalização
do condutor
de aguas
pluviais
Estudo sobre
caracterização
física da área;
Projetos da
galeria pluvial.
Anexo 01 R$
495.976,63
Obras de
urbanização
agregadas a
drenagem e
esgotamento
sanitário
Pavimentação
de rua com
colocação de
boca de lobo
Levantamento
plani-altimetrico
da área;
Projeto de vias
publica.
Anexo 01 R$
135.542,99
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
51
Intervenção 02
Na intervenção 02, partiu-se da necessidade de obter a drenagem pluvial de
ruas sem pavimentação, como indica a figura 31, que representa
aproximadamente 45% das ruas da área investigada.
Figura 31: Pavimentação das ruas no setor 01 de Navegantes
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Também foi constatado que existem ruas pavimentadas, figura 32 e com um
sistema de coletas de águas pluviais com pequena capacidade de
escoamento, visto que os dutos em concreto armado implantadas sob a
pavimentação tem um diâmetro de 0,40 metros e as bocas coletoras de água
tem uma pequena área (figura 33).
Figura 32: Ruas com baixa capacidade de escoamento de água pluviais setor 01
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
52
Figura 33: bocas de lobo das ruas setor 01de Navegantes
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
A proposta de intervenção será de construção de uma rede de coleta de
aguas pluviais em concreto armado, uma rede de coleta de esgoto doméstico
em material Poli Cloreto de Vinila - PVC e a pavimentação com elementos em
concreto sextavado nas ruas que não tem pavimentação. Para as ruas que há
a pavimentação e coleta de agua pluvial, será necessária a construção da rede
de esgoto e a ligação da rede pluvial com os ramais a montante, a ser
implantado.
A tabela 5 coloca a intervenção a ser realizada em cada rua. Nesta tabela
estão nomeadas as ruas como encontrada no Google Earth e traz como
referência a posição que será feita a intervenção, e o tipo sugerida, tais como:
Pavimentação: se a há necessidade de pavimentação com blocos de
concreto sextavado;
Sistema pluvial: quando necessário à construção de um sistema pluvial
para escoamento das águas;
Sistema de esgoto: quando necessário a construção de um sistema de
esgoto para coleta dos dejetos oriundos das residências.
53
Tabela 5: Intervenções a serem realizadas no setor 01
Rua Referencia Pavimentação Sistema pluvial Sistema de esgoto
Rua 01 Entre rua 09 e o
muro X X X
Rua 02 Entre a rua 08 e o
muro X X X
Rua 03 Entre a rua 08 e o
muro X X X
Rua 06 Entre a rua 08 e o
muro
X X X
Rua A Entre a rua 08 e o
muro X X X
Rua 08 Entre as ruas 01 e 07 X X X
Rua 05 Toda a rua X X
Rua 07 Toda a rua X
Rua 09 Toda a rua X
Rua 10 Entre a rua 07 e a
Jorn. Rui Ademar
Rodrigues
X X X
Rua 12 Toda a rua X
Rua 13 Toda a rua X
Rua 14 Toda a rua X
Rua 20 Entre a rua 07 e a
Jorn. Rui Ademar
Rodrigues
X X X
Rua 15 Entre a rua 07 e a
Jorn. Rui Ademar
Rodrigues
X X X
Rua 16 Entre a rua 07 e a
Jorn. Rui Ademar
Rodrigues
X X X
Rua 17 Entre a rua 07 e a
Jorn. Rui Ademar
Rodrigues
X X X
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
54
As intervenções propostas, os estudos necessários e o custo das mesmas,
estão ilustrados na tabela 6.
Tabela 6: Proposta de intervenção para mitigação de riscos - Intervenção 2
PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES PARA MITIGAÇÃO DE RISCOS
ID Intervenção Serviços Estudos/projetos Memória de
cálculo
Custo (R$)
Obras de urbanização
agregadas a drenagem e
esgotamento sanitário
Sistema de
drenagem
pluvial
Estudo sobre
caracterização
física da área;
Projetos de
drenagem
pluvial.
Anexo 01 R$
1.335.309,42
Obras de urbanização
agregadas a drenagem e
esgotamento sanitário
Sistema de
esgoto
sanitário
Estudo sobre
caracterização
física da área;
Projetos de
sistema de esgoto
sanitário.
Anexo 01 R$
594.237,25
Obras de drenagem
superficial, proteção
vegetal (gramíneas) e
desmonte de blocos e
matacões.
Pavimentação
de rua com
colocação de
boca de lobo
Levantamento
plani-altimetrico
da área;
Projeto de vias
publica.
Anexo 01 R$
1.121.498,15
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
SETOR SC_NAV_SR_02_CPRM
Para o setor SETOR SC_NAV_SR_02_CPRM, a figura 04 abaixo mostra a
posição a ser realizada as ações estruturais necessárias para a mitigação de
riscos de alagamento neste setor.
Figura 34: Localização das intervenções a serem realizadas na Volta Grande
AÇÕES ESTRUTURAIS PARA MITIGAÇÃO EM ÁREAS DE RISCOS
Código do setor de risco: SC_NAV_SR_02_CPRM
Referência Geográfica: UTM 22 J 0729336 E 7026999 S
Suscetibilidade da área: INUNDAÇÃO
55
Mapa/croqui
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Diagnóstico do Setor 02:
Presença de entulhos e assoreamento ao longo dos canais;
Ruas sem pavimentação e drenagem adequadas;
Bocas de lobo insuficientes;
Intervenção 03:
Limpeza do Ribeirão Belmiro Santigo;
Construção de passagem de agua sob a rua Orlando Ferreira (Bueiro);
Complementação da pavimentação e colocação de bocas de lobo e
drenagem pluvial na rua Germano Lemos.
Foi constatado a presença de entulhos, cobertura vegetal (gramíneas) e
assoreamento na região do Ribeirão Belmiro Santiago, no entorno da ponte
de acesso ao bairro Volta grande, como pode ser visto na figura 35.
56
Figura 35: Presença de entulhos e assoreamento ao longo do Ribeirão Belmiro
Santiago
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Para esta situação propõe-se uma limpeza do entorno desta ponte, com a
retirada do lixo e vegetação morta e a reorganização da margem, além do
desassoreamento da calha deste setor que se torna o gargalo em momentos
de alagamento da região, diminuindo a vazão do ribeirão.
Seguindo pela rua Orlando Ferreira, verifica-se nas laterais elementos
escavados para a condução das águas coletadas na superfície da região e o
acumulo em vários trechos (Figura 36), devido a presença de pastos e
plantações.
Figura 36: Acúmulo de água nas laterais da rua Orlando Ferreira
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
57
Neste seguimento, deve-se locar e construir cinco bueiros sob a rua Orlando
Ferreira, sendo dois bueiros duplos em concreto e três bueiros simples em
concreto, para que estes der vazão ao volume de agua acumulado sobre a
referida rua e nas laterais da mesma, que se acumulam, sobretudo, pelo
extravaso da água acumulado nos pastos e plantações circunvizinhas a via.
No trecho da rua Germano Lemos, falta a pavimentação até o encontro com a
BR 470, acumulando água no trecho de circulação, como ilustra a figura 37.
Não há drenagem pluvial nesta rua, apenas uma passagem de água sob a via
interligando as duas margens desta, com uma pequena drenagem na via.
Figura 37: Acúmulo de água na rua Germano Lemos e sistema de drenagem
insuficiente
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Recomenda-se, neste setor, a complementação da pavimentação da rua
Germano Lemos até a BR 470, construção da galeria de águas pluviais em
tubos de concreto sob a pavimentação existente e colocação de bocas de
lobo neste trecho da rua.
Para as intervenções propostas sugerimos na tabela 3 os estudos necessários
e o custo para a realização das mesmas.
Tabela 6: Proposta de intervenção para mitigação de riscos - Intervenção 3
PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES PARA MITIGAÇÃO DE RISCOS
ID Intervenção Serviços Estudos/projetos Memória de
cálculo
Custo
(R$)
58
Serviços de limpeza
e recuperação
Limpeza do
Ribeirão Belmiro
Santigo
Projeto de evolução
do serviço de
limpeza.
Anexo 01 R$
17.113,97
Obras de
urbanização
agregadas a
drenagem e
esgotamento
sanitário
Construção de
bueiro sob a rua
Orlando Ferreira
Estudo sobre
caracterização física
da área;
Projetos de bueiro.
Anexo 01 R$
224.264,18
Obras de
urbanização
agregadas a
drenagem e
esgotamento
sanitário
Pavimentação de
rua com colocação
de boca de lobo e
drenagem pluvial
na rua Germano
Lemos
Levantamento plani-
altimetrico da área;
Projeto de vias
publica.
Anexo 01 R$
90.822,63
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Considerações Gerais
Para o fim destas intervenções, há a necessidade de elaboração de estudos e
projetos para a implantação de uma rede de coleta e transporte de águas
pluviais, de coleta de esgoto doméstico e para implantação de pavimentação
das ruas com sarjetas e bocas de lobo para coleta e direcionamento das águas
pluviais.
Constatou-se a necessidade de construção de áreas verdes, como praça,
parques e jardins e um local a ser observado é a área entre as ruas 20 e 21,
como mostra a figura 38.
Figura 38: Área a ser protegida entre as ruas 20 e 21
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
59
Estas áreas são necessárias para regular o processo de absorção da água da
chuva, tornando o solo permeável.
Convêm ressaltar que os custos colocados no formulário acima e indicados
nos anexos foram previstos a partir dos levantamentos e observações feitas
no momento do trabalho de campo, sendo necessária a determinação exata
após a realização de estudos e formulação dos projetos executivos para cada
intervenção sugerida.
Nas tabelas 7 e 8 é apresentado um resumo do custo das intervenções
sugeridas após o levantamento de campo e analise dos dados coletados, com
o valor agregado para o setor 1 (SC_NAV_SR_01_CPRM) e setor 2
(SC_NAV_SR_02_CPRM).
Tabela 7: Medidas estruturais recomendadas – Setor: SC_NAV_SR_01_CPRM
MEDIDA ESTRUTURAL VALOR
Limpeza de sistemas de drenagem R$ 16.985,38
Canalização do condutor de aguas pluviais R$ 495.976,63
Pavimentação de rua com colocação de boca de lobo: Intervenção 01 R$ 135.542,99
Sistema de drenagem pluvial R$ 1.335.309,42
Sistema de esgoto sanitário R$ 594.237,25
Pavimentação de rua com colocação de boca de lobo: Intervenção 02 R$ 1.121.498,15
TOTAL PARCIAL R$ 3.699.549,82
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Tabela 8: Medidas estruturais recomendadas – Setor: SC_NAV_SR_02_CPRM
MEDIDA ESTRUTURAL VALOR
Limpeza do Ribeirão Belmiro Santigo R$ 17.113,97
60
Construção de passagem de agua sob a rua Orlando Ferreira (Bueiro) R$ 224.264,18
Complementação da pavimentação e colocação de bocas de lobo e
drenagem pluvial na rua Germano Lemos
R$ 90.822,63
TOTAL PARCIAL R$ 332.200,78
Fonte: CEPED UFSC, 2013.
Mapas com as intervenções para mitigação em setor de risco
Foram elaborados mapas com as sugestões de intervenções para mitigação
dos riscos de desastre. Os mapas foram construídos por setor de risco, de
acordo com a setorização realizada pelo CPRM.Nos casos em que duas
sugestões foram encaminhadas, elaborou-se mais de um mapa por setor.
Também é possível que você observe diferenças de nomenclatura entre a
legenda do mapa e o relatório de intervenções com relação às sugestões
indicadas. Para facilitar a visualização do mapa,padronizou-se ostermos,
utilizando-se o mesmo conceito para intervenções similares, por exemplo:
Muro de contenção para muro de gabião, muro de pedra argamassada,
entre outros;
Enleivamento para demais alternativas relacionadas à proteção da
encosta contra erosão;
Sistemas de Drenagem para vala de crista, sarjeta, entre outros;
Anexos:
Este relatório contém documentos complementares que serão copiados e
encaminhados em CD:
Anexo 01: Planilhas de custos das sugestões de intervenções para
mitigação de riscos de desastres;
61
Anexo 02: Mapas com as intervenções para mitigação de riscos de
desastres por setor de risco de Navegantes.
62
Anexo 01- Planilhas de custos das sugestões de intervenção
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM
Obra: Limpeza do canal de drenagem pluvial
ANEXO A
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 4016,21
73859/2 SINAPI (CEF) 1.1 Capina e limpeza manual do terreno m2 1925,30 0,79 1520,99
85183 SINAPI (CEF) 1.2 Revolvimento manual de solo, profundidade até 20 cm m2 752,50 1,49 1121,23
74209/1 SINAPI (CEF) 1.3 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
2 MOVIMENTO DE TERRA 5528,97
2 S 04 001 00 SICRO 02 2.1 Escavação mecanica de vala m3 598,50 6,40 3830,40
2 S 03 940 01 SICRO 02 2.2 Reaterro e compactação m3 56,30 30,17 1698,57
3 LIMPEZA DO SISTEMA DE DRENAGEM 1552,36
3 S 08 302 01 SICRO 02 3.1 Limpeza de bueiro m3 92,90 16,71 1552,36
4 REMOÇÃO 2490,76
72897 SINAPI (CEF) 4.1 Carga manual de entulho em caminhão basculante m3 92,90 9,26 860,25
5 S 09 002 91 SICRO 2 4.2 Transporte comercial com caminhão basculante T x Km 4658,60 0,35 1630,51
PARCIAL 13588,31
BDI (25%) 3397,08
TOTAL GERAL 16985,38
63
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM
Obra: Construção de rede de drenagem pluvial em tubos de concreto
ANEXO B
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 10471,25
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 50,00 193,43 9671,5
T314 SICRO 2 1.2 Topografo h 25,00 23,67 591,75
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 25,00 8,32 208,00
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 14141,14
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza do terreno m2 525,60 2,99 1571,54
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
3 MOVIMENTO DE TERRA 24855,82
3 S 04 001 00 SICRO 2 3.1 Escavação mecanica para fundações e valas m3 1126,30 7,68 8649,98
com profundidade menor ou igual a 4 metros
3 S 03 940 02 SICRO 2 3.2 Reaterro compactado m3 563,20 23,84 13426,69
64
Consulta 3.3 Fornecimento de terra, incluindo escavação, carga m3 36,50 35,60 1299,40
e transporte até a distancia média de 1 Km
72855 SINAPI (CEF) 3.4 Transporte local com caminhão basculante 6 m3, m3 526,60 2,81 1479,75
DMT 800 a 1.000 metros
4 CANALIZAÇÃO DE TUBO 359278,19
83867 SINAPI (CEF) 4.1 Escoramento descontinuos de madeira para m2 102,60 29,47 3023,62
canalização de tubos
2 S 04 100 05 SICRO 2 4.2 Fornecimento e assentamento de tubos de m 285,60 1161,62 331758,67
concreto armado com diametro 150 cm
2 S 04 963 09 SICRO 2 4.3 Poço de visita de 140x140x140 cm unid. 6,00 1922,6 11535,60
2 S 04 963 34 SICRO 2 4.4 Chaminé de poço de visita com alvenaria m 6,00 1603,83 9622,98
83627 SINAPI (CEF) 4.5 Tampão de ferro fundido dúctil e diametro de 600mm unid. 6,00 556,22 3337,32
5 LIMPEZA GERAL DA OBRA 604,5
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 650,00 0,93 604,5
PARCIAL 396781,31
BDI (25%) 99195,3265
TOTAL GERAL 495976,63
65
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM
Obra: Serviço de pavimentação da rua com colocação de boca de lobo: Intervenção 01
ANEXO C
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 5509,775
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 26,50 193,43 5125,895
T314 SICRO 2 1.2 Topografo h 12,00 23,67 284,04
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 12,00 8,32 99,84
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 12769,60
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza mecanica de terreno utilizando trator de esteira m2 1250,00 0,16 200,00
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
3 MOVIMENTO DE TERRA 2122,53
74154/1 SINAPI (CEF) 3.1 Escavação carga e transporte de material de 1ª cat. m3 85,60 4,84 414,304
com trator sobre esteira 305 HP e caçamba de 5 m3
74153/1 SINAPI (CEF) 3.2 Espalhamento mecanizado (Moto niveladora 140 HP) m2 1150,00 0,20 230,00
74140/2 SINAPI (CEF) 3.3 Carga, transporte e descarga mecânica até 5Km m3 26,50 9,63 255,20
79484 SINAPI (CEF) 3.4 Aterro mecanizado compactado com emprestimo m3 38,95 31,40 1223,03
66
4 PAVIMENTAÇÃO 100062,68
74764/6 SINAPI (CEF) 4.1 Pavimentação em bloco de concreto sextavado (e=10cm) m2 1150,00 59,47 68390,5
assentado sobre colchão de areia
73763/2 SINAPI (CEF) 4.2 Meio fio e sarjeta em concreto moldado no local (15 Mpa) m 385,60 68,59 26448,304
com 0,45m de base e 0,30m de altura, rejunte em arga-
massa no traço 1:3,5 (cimento: areia)
2 S 04 930 04 SICRO 2 4.3 Caixa coletora de sarjeta unid. 2,00 1234,85 2469,7
2 S 04 960 01 SICRO 2 4.4 Boca de lobo simples grelha concr. - BLS 01 unid. 6,00 459,03 2754,18
5 LIMPEZA GERAL DA OBRA 539,4
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 580,00 0,93 539,4
PARCIAL 108434,39
BDI (25%) 27108,597
TOTAL GERAL 135542,99
67
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM
Obra: Construção de rede de drenagem pluvial em tubos de concreto
ANEXO D
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 10471,25
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 50,00 193,43 9671,5
T314 SICRO 2 1.2 Topografo h 25,00 23,67 591,75
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 25,00 8,32 208,00
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 26648,02
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza do terreno m2 256,50 2,99 766,94
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
73683 SINAPI (CEF) 2.5 Instalação de gambiarra para sinalização, unid. 12,00 30,29 363,48
com 20m, incluindo lampada, bocal e
balde a cada 2m
85375 SINAPI (CEF) 2.6 Remoção de blokret com empilhamento m2 1950,00 6,64 12948,00
3 MOVIMENTO DE TERRA 33292,34
3 S 04 001 00 SICRO 2 3.1 Escavação mecanica para fundações e valas m3 1458,90 7,68 11204,352
68
com profundidade menor ou igual a 4 metros
3 S 03 940 02 SICRO 2 3.2 Reaterro compactado m3 756,50 23,84 18034,96
Consulta 3.3 Fornecimento de terra, incluindo escavação, carga m3 95,30 35,60 3392,68
e transporte até a distancia média de 1 Km
72855 SINAPI (CEF) 3.4 Transporte local com caminhão basculante 6 m3, m3 235,00 2,81 660,35
DMT 800 a 1.000 metros
4 CANALIZAÇÃO DE TUBO 1022827,65
83867 SINAPI (CEF) 4.1 Escoramento descontinuos de madeira para m2 145,00 29,47 4273,15
canalização de tubos
2 S 04 100 03 SICRO 2 4.2 Fornecimento e assentamento de tubos de m 1485,00 439,03 651959,55
concreto armado com diametro 80 cm
2 S 04 100 04 SICRO 2 4.3 Fornecimento e assentamento de tubos de m 435,00 795,82 346181,7
concreto armado com diametro 120 cm
2 S 04 963 09 SICRO 2 4.4 Poço de visita de 140x140x140 cm unid. 5,00 1922,6 9613
2 S 04 963 34 SICRO 2 4.5 Chaminé de poço de visita com alvenaria m 5,00 1603,83 8019,15
83627 SINAPI (CEF) 4.6 Tampão de ferro fundido dúctil e diametro de 600mm unid. 5,00 556,22 2781,1
5 LIMPEZA GERAL DA OBRA 889,359
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 956,30 0,93 889,359
PARCIAL 1068247,54
BDI (25%) 267061,88
TOTAL GERAL 1335309,42
69
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM
Obra: Construção de rede de esgoto sanitário
ANEXO E
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 13632,20
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 60,00 193,43 11605,80
73822/1 SINAPI (CEF) 1.2 Locação de rede de agua ou esgoto, inc. topografo m 3100,00 0,60 1860,00
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 20,00 8,32 166,40
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 25340,41
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza do terreno m2 423,50 2,99 1266,27
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
73683 SINAPI (CEF) 2.5 Instalação de gambiarra para sinalização, unid. 18,00 30,29 545,22
com 20m, incluindo lampada, bocal e
balde a cada 2m
85375 SINAPI (CEF) 2.6 Remoção de blokret com empilhamento m2 1650,50 6,64 10959,32
3 MOVIMENTO DE TERRA 28098,53
3 S 04 001 00 SICRO 2 3.1 Escavação mecanica para fundações e valas m3 1123,60 7,68 8629,248
70
com profundidade menor ou igual a 4 metros
83339 SINAPI (CEF) 3.2 Escavação manual em valas, em terra até 1,5 metros m3 176,50 37,40 6601,10
3 S 03 940 02 SICRO 2 3.3 Reaterro compactado m3 321,50 23,84 7664,56
76444/1 SINAPI (CEF) 3.4 Compactação mecanica de vala sem controle de GC m3 126,30 9,11 1150,59
compactador tipo sapo até 35 Kg
Consulta 3.5 Fornecimento de terra, incluindo escavação, carga m3 95,30 35,60 3392,68
e transporte até a distancia média de 1 Km
72855 SINAPI (CEF) 3.6 Transporte local com caminhão basculante 6 m3, m3 235,00 2,81 660,35
DMT 800 a 1.000 metros
4 ESGOTO SANITÁRIO 418957,38
83867 SINAPI (CEF) 4.1 Escoramento descontinuos de madeira para m2 65,40 29,47 1927,338
canalização de tubos
74168/1 SINAPI (CEF) 4.2 Tubo de PVC esgoto DN 150 mm c/anel de borracha m 750,00 57,40 43050,00
(Fornecimento e instalação)
74168/2 SINAPI (CEF) 4.3 Tubo de PVC esgoto DN 100 mm c/anel de borracha m 1960,00 33,12 64915,2
(Fornecimento e instalação)
73784/2 SINAPI (CEF) 4.4 Ligação de esgoto em tubo PVC esgoto serie-R unid. 412,00 710,52 292734,24
DN 100 mm, da caixa até a rede, inc. escavação e
reaterro até 1,00 m, composta por 10,50 m de tubo
PVC serie-R esgoto DN 100 mm, junção e curva
2 S 04 963 09 SICRO 2 4.5 Poço de visita de 140x140x140 cm unid. 4,00 1922,6 7690,40
2 S 04 963 34 SICRO 2 4.6 Chaminé de poço de visita com alvenaria m 4,00 1603,83 6415,32
83627 SINAPI (CEF) 4.7 Tampão de ferro fundido dúctil e diametro de 600mm unid. 4,00 556,22 2224,88
5 DIVERSOS 13435,42
71
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 1365,80 0,93 1270,194
9537 SINAPI (CEF) 5.2 Execução de lastro em concreto (1:2,5:6) preparo m3 38,50 315,98 12165,23
manual (fundo das caixas de ligação predial)
PARCIAL 475389,80
BDI (25%) 118847,45
TOTAL GERAL 594237,25
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_01_CPRM
Obra: Serviço de pavimentação da rua com colocação de boca de lobo: Intervenção 02
ANEXO F
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 8377,00
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 40,00 193,43 7737,20
T314 SICRO 2 1.2 Topografo h 20,00 23,67 473,40
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 20,00 8,32 166,40
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 13569,60
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza mecanica de terreno utilizando trator de esteira m2 6250,00 0,16 1000,00
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
72
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
3 MOVIMENTO DE TERRA 2122,53
74154/1 SINAPI (CEF) 3.1 Escavação carga e transporte de material de 1ª cat. m3 85,60 4,84 414,304
com trator sobre esteira 305 HP e caçamba de 5 m3
74153/1 SINAPI (CEF) 3.2 Espalhamento mecanizado (Moto niveladora 140 HP) m2 1150,00 0,20 230,00
74140/2 SINAPI (CEF) 3.3 Carga, transporte e descarga mecânica até 5Km m3 26,50 9,63 255,20
79484 SINAPI (CEF) 3.4 Aterro mecanizado compactado com emprestimo m3 38,95 31,40 1223,03
4 PAVIMENTAÇÃO 883693,91
74764/6 SINAPI (CEF) 4.1 Pavimentação em bloco de concreto sextavado (e=10cm) m2 10480,00 59,47 623245,6
assentado sobre colchão de areia
73763/2 SINAPI (CEF) 4.2 Meio fio e sarjeta em concreto moldado no local (15 Mpa) m 3475,00 68,59 238350,25
com 0,45m de base e 0,30m de altura, rejunte em arga-
massa no traço 1:3,5 (cimento: areia)
2 S 04 930 04 SICRO 2 4.3 Caixa coletora de sarjeta unid. 6,00 1234,85 7409,1
2 S 04 960 01 SICRO 2 4.4 Boca de lobo simples grelha concr. - BLS 01 unid. 32,00 459,03 14688,96
5 LIMPEZA GERAL DA OBRA 2005,08
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 2156,00 0,93 2005,08
PARCIAL 897198,52
BDI (25%) 224299,63
TOTAL GERAL 1121498,15
73
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_02_CPRM
Obra: Limpeza do Ribeirão Belmiro Santigo
ANEXO G
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 5110,68
72213 SINAPI (CEF) 1.1 Limpeza manual geral com remoção de cobertura vegetal m2 1126,50 2,49 2804,99
85183 SINAPI (CEF) 1.2 Revolvimento manual de solo, profundidade até 20 cm m2 625,30 1,49 931,70
74209/1 SINAPI (CEF) 1.3 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
2 MOVIMENTO DE TERRA 4646,83
2 S 04 001 00 SICRO 02 2.1 Escavação mecanica de vala m3 620,00 6,40 3968,00
2 S 03 940 01 SICRO 02 2.2 Reaterro e compactação m3 22,50 30,17 678,83
3 LIMPEZA DO SISTEMA DE DRENAGEM 1442,91
3 S 08 302 01 SICRO 02 3.1 Limpeza de bueiro m3 86,35 16,71 1442,91
4 REMOÇÃO 2490,76
72897 SINAPI (CEF) 4.1 Carga manual de entulho em caminhão basculante m3 92,90 9,26 860,25
5 S 09 002 91 SICRO 2 4.2 Transporte comercial com caminhão basculante T x Km 4658,60 0,35 1630,51
PARCIAL 13691,18
BDI (25%) 3422,79
TOTAL GERAL 17113,97
74
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_02_CPRM
Obra: Construção de bueiro sob a rua Orlando Ferreira
ANEXO H
ORÇAMENTO
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 7862,18
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 38,00 193,43 7350,34
T314 SICRO 2 1.2 Topografo h 16,00 23,67 378,72
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 16,00 8,32 133,12
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 13843,34
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza do terreno m2 426,00 2,99 1273,74
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
3 MOVIMENTO DE TERRA 20083,06
3 S 04 001 00 SICRO 2 3.1 Escavação mecanica para fundações e valas m3 825,00 7,68 6336,00
com profundidade menor ou igual a 4 metros
3 S 03 940 02 SICRO 2 3.2 Reaterro compactado m3 550,00 23,84 13112,00
75
72855 SINAPI (CEF) 3.4 Transporte local com caminhão basculante 6 m3, m3 226,00 2,81 635,06
DMT 800 a 1.000 metros
4 CANALIZAÇÃO DE TUBO 149587,86
83867 SINAPI (CEF) 4.1 Escoramento descontinuos de madeira para m2 95,00 29,47 2799,65
canalização de tubos
2 S 04 110 03 SICRO 2 4.2 Bueiro duplo tubular de concreto (BDTC) D=1,5m m 25,00 2382,63 59565,75
2 S 04 111 03 SICRO 2 4.3 Boca BDTC D=1,5 m unid. 4,00 5556,48 22225,92
2 S 04 100 05 SICRO 2 4.2 Bueiro simples tubular de concreto (BSTC) D=1,5m m 35,00 1161,62 40656,70
2 S 04 101 03 SICRO 5 4.3 Boca BSTC D=1,5 m unid. 6,00 4056,64 24339,84
5 LIMPEZA GERAL DA OBRA 604,5
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 650,00 0,93 604,5
PARCIAL 179411,34
BDI (25%) 44852,835
TOTAL GERAL 224264,18
CEPED/UFSC Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres
Local: SETOR SC_NAV_SR_02_CPRM
Obra: Pavimentação de rua com colocação de boca de lobo e drenagem pluvial na rua Germano Lemos
ANEXO I
ORÇAMENTO
76
REFERENCIA ITEM GRUPO DE SERVIÇO/ITEM DE SERVIÇO UNIDADE QUANT. PREÇO (R$) TOTAL (R$)
1 PROJETOS, ESTUDOS E SERVIÇOS 3399,60
SENGE (Art. 30) 1.1 Projetos, estudos e serviços h 16,50 193,43 3191,595
T702 SICRO 2 1.3 Ajudante geral h 25,00 8,32 208,00
2 SERVIÇOS PRELIMINARES 12689,60
73822/1 SINAPI (CEF) 2.1 Limpeza mecanica de terreno utilizando trator de esteira m2 750,00 0,16 120,00
74209/1 SINAPI (CEF) 2.2 Placa da obra m2 6,00 229,00 1374,00
74210/1 SINAPI (CEF) 2.3 Barração de obra m2 40,00 251,78 10071,20
73960/1 SINAPI (CEF) 2.4 Inst./ligação provisória eletrica baixa tensão para unid. 1,00 1124,4 1124,40
canteiro de obra
3 MOVIMENTO DE TERRA 4955,03
83339 SINAPI (CEF) 3.1 Escavação manual em valas, em terra até 1,5 metros m3 85,60 37,4 3201,44
2 S 04 000 01 SICRO 2 3.2 Escavação manual em material de 2ª categoria m3 1,00 45,36 45,36
74153/1 SINAPI (CEF) 3.3 Espalhamento mecanizado (Moto niveladora 140 HP) m2 1150,00 0,20 230,00
74140/2 SINAPI (CEF) 3.4 Carga, transporte e descarga mecânica até 5Km m3 26,50 9,63 255,20
79484 SINAPI (CEF) 3.5 Aterro mecanizado compactado com emprestimo m3 38,95 31,40 1223,03
4 PAVIMENTAÇÃO 36326,88
74764/6 SINAPI (CEF) 4.1 Pavimentação em bloco de concreto sextavado (e=10cm) m2 350,00 59,47 20814,50
assentado sobre colchão de areia
73763/2 SINAPI (CEF) 4.2 Meio fio e sarjeta em concreto moldado no local (15 Mpa) m 150,00 68,59 10288,5
com 0,45m de base e 0,30m de altura, rejunte em arga-
massa no traço 1:3,5 (cimento: areia)
2 S 04 930 04 SICRO 2 4.3 Caixa coletora de sarjeta unid. 2,00 1234,85 2469,70
77
2 S 04 960 01 SICRO 2 4.4 Boca de lobo simples grelha concr. - BLS 01 unid. 6,00 459,03 2754,18
5 DIVERSOS 27856,60
9537 SINAPI (CEF) 5.1 Limpeza geral da obra m2 680,00 0,93 632,40
83677 SINAPI (CEF) 5.2 Tubo de concreto simples DN 400 mm para drenagem - m 310,00 87,82 27224,20
fornecimento e instalação, incl. escavação 1m3/m
PARCIAL 72658,10
BDI (25%) 18164,525
TOTAL GERAL 90822,63