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METODOLOGIA PARA O CONTROLE ORÇAMENTÁRIO: UM ESTUDO EMUMA EMPRESA FUMAGEIRA DE SANTA CRUZ DO SUL
Jaqueline Schulz1
Marlon Minussi2
RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre orçamento em uma empresa do ramofumageiro do município de Santa Cruz do Sul, tendo como objetivo encontrar umamaneira mais eficaz do controle orçamentário. O estudo desenvolvido com base emuma pesquisa que visa descrever o controle orçamentário da empresa, onde oestudo será realizado através de planilhas eletrônicas. Nesse sentido, a justificativaconsiste na dificuldade encontrada pelo controle do orçamento para analisar econtrolar os gastos do departamento de manutenção. A pesquisa verificou aefetividade do orçamento bem como a participação dos funcionários na elaboraçãodo mesmo. O orçamento deve ser claro e realizado com a participação de todos oscolaboradores para que, problemas no setor sejam evitados.
Palavras-chave: orçamento; gestão de recursos; planejamento
ABSTRACT
This work presents a study of the budget in a Cigarette Manufacturing Company inthe city of Santa Cruz do Sul, having as objective to find a more efficient budgetarycontrol. The study was based on a research with the aim of describing the budgetarycontrol of the company, through the analysis of electronic charts. It’s justificationconsists of the difficulties found to analyze and to control the expenses of theMaintenance department. The research verified the effectiveness of the budget, aswell as the employees’ participation in it’s elaboration. The budget must be clear andbe carried through with the participation of all the employees in order to preventbudgetary problems.
Key-words: budget, management of resources; planning
1 Introdução
Atualmente as organizações buscam competitividade, começam a entender e
tornar mais qualitativos seus processos. Independentemente da mobilização de
recursos inovadores para grandes transformações, cada vez mais a mudança é
inserida no cotidiano da empresa. Assim, as organizações buscam o planejamento
na resolução de seus problemas.
2
O orçamento é um instrumento que permite acompanhar o desempenho da
empresa, consiste em reunir e analisar suas variáveis. Quando ocorre o
planejamento, estrategicamente ganha-se tempo para a tomada de ação. Ele é de
extrema importância para as organizações, pois possibilita uma visão do futuro
financeiro da empresa, facilitando o trabalho e auxiliando a empresa a alcançar suas
metas, seus objetivos.
Pretende-se com este trabalho apresentar um estudo sobre orçamento de
uma empresa fumageira de Santa Cruz do Sul. A escolha do tema orçamento,
investigado no setor de manutenção de produção, é importante, pois se observa que
a indústria fumageira pode aperfeiçoar o processo de controle orçamentário,
facilitando e tendo um maior controle dos gastos obtendo um lucro maior.
O objetivo geral é sugerir um modelo de SI (Sistema de Informação) para
auxiliar o setor de manutenção da empresa em estudo, tendo assim um maior
controle sobre os gastos, possibilitando aumentar sua lucratividade.
Este trabalho se justifica dado a dificuldade encontrada pelo controle do
orçamento para analisar e controlar os gastos do departamento, pois todo o mês o
mesmo é ultrapassado (gasta-se mais do que foi orçado), e estes gastos só serão
detectados ao final do mês.
Com base neste contexto, torna-se relevante investigar maneiras para
solucionar e amenizar os problemas causados no setor devido ao inadequado
controle orçamentário. Portanto, essa pesquisa pode contribuir para aperfeiçoar as
práticas administrativas no setor de manutenção e produção.
Nesta perspectiva, o tema aponta para questões importantes que merecem
estudos: que estratégias podem ser desenvolvidas para o controle do orçamento?
2 Revisão de literatura
2.1 Organização
De acordo com Cury (2000), as organizações são constantemente
submetidas a novas exigências por parte de seus clientes e consumidores, levando
a gerência apostar em invenções, criações e tecnologias, e conseqüentemente a
novas reflexões e técnicas de ação. Descuidar-se destas exigências e inovações
pode causar danos irreversíveis ao progresso da empresa.
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Uma das principais exigências das atuais organizações é cada vez mais
planejar, pensar estrategicamente, administrar observando cenários, buscando
metas desafiadoras e contando com uma liderança que envolva toda a sua equipe
na construção do futuro da organização (CURY, 2000).
As organizações passam por transformações crescentes ligadas aos
avanços na área científica e tecnológica. As tecnologias permitem aos gestores, em
geral, formular, estudar, analisar e promover a correta gestão da organização
(ARAUJO, 2007).
Essas transformações levam as modificações não apenas de
equipamentos, mas também nos processos de trabalho, treinamentos, marketing,
orçamento.
2.2 Orçamento
O orçamento é uma ferramenta muito importante para o sucesso de qualquer
organização. Ele é um valioso instrumento de planejamento e controle das
operações das empresas, independente do ramo de atividade ou porte. Das grandes
companhias multinacionais até as mais modestas o orçamento pode ser utilizado
como ferramenta de controle visando alcançar seus objetivos. Controlar é
acompanhar a execução das atividades e comparar este desempenho com o que foi
planejado.
O desenvolvimento do orçamento requer uma visão global e razoavelmentedetalhada do futuro da empresa, o que aliás, terá sido anteriormenteproporcionado pelos planos estratégicos ou de longo prazo (SOBANSKI,2000, p.19).
Planejar é estabelecer com antecedência as ações a serem executadas,
estimar os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atribuições
de responsabilidades em relação a um período futuro determinado, para que sejam
alcançados satisfatoriamente os objetivos porventura fixados para uma empresa e
suas diversas unidade, nesse sentido a fixação de objetivos é um passo inicial
indispensável a todo o processo. Através do planejamento é que se realiza uma
gestão eficaz. Se não planejar suas atividades, o gestor corre o risco de ser
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surpreendido por imprevistos e colocar a empresa em grandes dificuldades, ou até
mesmo levá-la à falência (SANVICENTE; SANTOS, 2006).
O orçamento nas empresas teve início nos anos 20 como uma ferramenta de
gestão de custos. Naquela época, era uma maneira simples e eficaz de se
programar operações e controlar o desempenho de funcionários e seus
departamentos. Sendo então, um instrumento econômico com objetivos de prever
determinadas quantias que serão utilizadas para determinados fins, em que é
necessário ter uma noção do que realizar e quanto custará realizar. Várias
organizações empregam atualmente o controle orçamentário com um período de
planejamento anual, dividido em trimestre ou meses (RAZA,2007).
Uma das principais conseqüências do orçamento é a necessidade, exigida em
sua preparação e execução, de um trabalho integrado por todos os componentes da
organização.“Orçamento é um meio de coordenar os esforços individuais num plano
de ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores e guiado por
julgamentos racionais dos fatores que influenciarão ao rumo dos negócios no
futuro”(MATZ, CURRY; FRANK apud WELSCH, 1993, p.470).
O orçamento é um instrumento utilizado para realizar, de forma eficaz eeficiente, o planejamento e o controle financeiros das atividadesoperacionais e de capital da empresa, auxiliando à tomada de decisão(ZDANOWICZ, 1998, p. 20).
O orçamento sozinho não é suficiente para fazer a empresa atingir seus
objetivos, mas quando acompanhado de controle, avaliação permanente e
distribuição de responsabilidades com os gerentes executores, convencendo-os de
que o orçamento está ali para os auxiliar, identificando e corrigindo distorções
eventuais, torna-se ferramenta indispensável para obtenção das metas empresariais
(SANVICENTE; SANTOS 1995).
2.3 Objetivo do orçamento
Como instrumento de administração, os orçamentos elaborados fornecem
direção e instruções para a execução de planos, enquanto o acompanhamento,
levando ao controle, permite a comparação das realizações da empresa ao que
tenha sido planejado. A implantação de um orçamento tem como objetivo criar um
instrumento de ação gerencial, para que os responsáveis pelos departamentos se
comprometam com metas de receitas, a partir de fundamentos da realidade do
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mercado da empresa, e por conseqüência com as despesas e investimentos
necessários, autorizados e controlados dentro dos limites do equilíbrio financeiro
necessário (SANVICENTE; SANTOS, 1995).
Segundo Benicio (2007), é importante lembrar que o orçamento deve ser
elaborado tomando por base: que sejam definidas as metas e as estratégias das
ações a serem realizados para atingir os seus objetivos; que esteja claro, que o
orçamento é produto de intensos debates entre o sonho e a realidade, entre o
desejável e o possível; que a organização tenha clareza dos recursos necessários;
ter equilíbrio entre o desejado e o realizado.
Caberá ao administrador verificar as diferenças entre o orçado e o realizado,
com o intuito de implementar mudanças necessárias quando este for superior ao
orçado, ou o orçado ficar abaixo do real e de manter os resultados. Ele ainda requer
uma discussão dos objetivos em todos os níveis hierárquicos da organização, o que
gera um aumento da integração e do comprometimento dos colaboradores, uma vez
que eles envolvem-se diretamente com os resultados planejados (ZDANOWICZ,
1998).
O orçamento deverá ter um acompanhamento através da emissão de relatórios
periódicos em que são apresentados os valores reais, os valores orçados, as
variações e análise dessas variações. O analista deve distinguir as variações mais
significativas, para poder apresentar à direção relatórios úteis (LEONE,2001).
O orçamento base zero tem como objetivo a redução de custos, é um processo
que não só liga os processos de planejamento e orçamento, mas fornece um
instrumento de controle efetivo para avaliar o funcionamento da organização.
2.4 Orçamento Base Zero (OBZ)
Para os gestores existe uma técnica conhecida como Orçamento Base Zero ,
em que este é apontado como medida preventiva contra o desperdício e uma
reflexão para a criação de outras mais eficazes. O orçamento Base Zero promove a
mudança da cultura organizacional, envolvendo toda a empresa em sua concepção,
pois os colaboradores podem, refletir no seu desenvolvimento intelectual e
profissional, descobrindo novos talentos, aprimorando o trabalho em equipe através
da busca de melhores práticas e modelos de redução de despesas (RAZA, 2006).
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O orçamento Base zero é uma ferramenta de controle estratégico, com grande
flexibilidade que realiza previsões de acontecimentos e prepara a empresa para
resolvê-lo; proporcionando análises de gastos, realizando comparativos de
exercícios anteriores, históricos de volume, utilizando índices.
Segundo Raza (2006) o Orçamento Base Zero ou OBZ como é chamado foi
desenvolvido nos Estados Unidos durante o ano de 1969, foi adotado pelo estado de
Geórgia. As principais características: análise e revisão de todas as despesas
propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já
existente, ele não exige modificação dos controles e registros contábeis, ele reforça
a base de dados e pode facilitar a eliminação de alguns controles desnecessários.
Ele pode ser aplicado a todas as organizações, pois o seu objetivo é a redução
de custos. O que acontece em muitas empresas normalmente é que as pessoas se
baseiam no orçamento do ano anterior e só aplicam um percentual de incremento
em cima levando em consideração apenas a sua área (CIAFFONE, 2006).
A característica do OBZ é baseada no exame detalhado dos gastos; define
metas de redução específicas para cada gerência de acordo com o seu
desempenho comparando as melhores práticas; propõe desafios compatíveis com o
potencial de ganho de cada área; estabelece uma sistemática eficaz de
acompanhamento e controle dos gastos (CIAFFONE, 2006).
2.5 Implementação do Orçamento Base Zero (OBZ)
O processo de acompanhamento das despesas define claramente a avaliação
do previsto versus realizado. Os desvios são tratados e analisados através de
relatórios visando claramente a compreensão das causas e o desenvolvimento de
um plano de ação para eliminá-las. Com isto o orçamento será baseado em regras
claras, com intensa participação dos funcionários na redução das despesas. Para
que uma companhia seja bem sucedida num processo de Orçamento Base Zero é
preciso saber com exatidão aonde a empresa quer chegar, para que seja
estabelecida a ordem de prioridades do OBZ (RAZA, 2006).
Acredito que o OBZ seja um método de orçamento que a empresa poderá
utilizar, pois ele promove a mudança da cultura organizacional, fazendo com que os
colaboradores participem do orçamento e saibam a importância da realização do
mesmo, sendo que o sistema de informação deverá ser eficiente.
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2.6 Sistema de Informação
A mistura de tecnologia e a preocupação das empresas estão influenciando
os setores empresariais, em que o processo é o mais recente na evolução dos
negócios. Todas as empresas precisam atualizar sua infra-estrutura e mudar sua
maneira de trabalho para que possam atender as exigências do mercado e as
necessidades de seus clientes. Toda a organização depende de muitos tipos de
sistema de informação, alguns utilizam dispositivos manuais e simples de hardware
e canais de comunicação informal (O’BRIEN, 2007).
Um dos grandes desafios dos Sistemas de Informação é assegurar a
qualidade e a agilidade da informação, imprescindível para as corporações e seus
gestores. A eficiência dos sistemas não é medida pela informatização, mas pela
qualidade e eficiência dos métodos, assegurando a informação desejada, confiável e
no tempo certo (ORLANDI, 2005).
Independentemente do uso ou da tecnologia da informação, os sistemas
procuram atuar como ferramentas para exercer o funcionamento complexo das
organizações, instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e quando
necessário, sintética das organizações, facilitadores dos processos internos e
externos, geradores de modelos de informações para auxiliar os processos
decisórios organizacionais (OBRIEN, 2004).
Todo o sistema que manipula dados e gera informação, usando ou não
recursos de tecnologia da informação, pode ser genericamente considerado como
um sistema de informação (GONÇALVES, 2006).
3 Metodologia
O trabalho é desenvolvido com base em uma pesquisa que visa a descrever o
controle orçamentário da empresa. A abordagem do estudo é qualitativa e o
instrumento de pesquisa é um roteiro de observação. A análise é descritiva onde é
verificado o dia-a-dia do responsável pelo orçamento.
O trabalho tem como base uma pesquisa analítica e exploratória que visa a
descrever o controle orçamentário da empresa e propor uma solução que possa
melhorar este controle e suas justificativas.
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O objetivo da pesquisa é analítica, procura padrões, idéias e hipóteses, em
vez de testar ou confirmar uma hipótese. Esta pesquisa tem por finalidade,
(especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica), proporcionar maiores
informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de uma temática de
estudo; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou ainda
descobrir um novo enfoque para o estudo que se pretende realizar.
De acordo com Cervo e Bervian :
Os estudos exploratórios não elaboram hipóteses aserem testados no trabalho, restringindo-se definir objetivose buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo.Tais estudos têm por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ouobter uma nova percepção do mesmo e descobrir novas idéias.(2002, p. 69).
O procedimento a ser desenvolvido é um estudo de caso. Este é uma categoria
de pesquisa cujo objetivo é uma unidade que se analisa profundamente, onde pode
ser utilizado tanto em pesquisas exploratórias, quanto descritivas e analítico-
exploratórias.
O estudo de caso é um tipo de pesquisa que tem sempre um forte cunho
descritivo. O pesquisador não pretende intervir sobre a situação, mas dá-la a
conhecer tal como ela surge. O estudo de caso visa à descoberta, mesmo que o
investigador parte de alguns pressupostos teóricos iniciais, ele manter-se-á atento a
novos elementos que poderão surgir, buscando novas respostas e novas
indagações no desenvolvimento de seu trabalho.
Este trabalho de pesquisa conforme a sua abordagem pode ser classificado
como uma abordagem qualitativa porque esse tipo de estudo ajuda a identificar
questões e entender por que elas são importantes (THIOLLENT, 2002): Tem como
meta investigar as reais dificuldades enfrentadas pelo controle do orçamento para as
justificativas à gerência; identificar o motivo das contas estarem estourando; Verificar
se os colaboradores estão envolvidos na elaboração e andamento do orçamento.
Neste trabalho é verificado o dia-a-dia do colaborador responsável na
realização e controle do orçamento, desde o início até a conclusão das justificativas
das devidas contas em cada mês.
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4 Análise de dados
O trabalho tem como finalidade analisar as planilhas (documentos) da
empresa, e a investigação foi realizada em suas duas contas de manutenção que
são as contas de Material de Manutenção e Peças e Reposição.
A empresa possui o sistema ERP (Sistemas Integrados de Gestão), onde são
contabilizadas todas as contas. O orçamento é realizado em uma planilha, separado
por centro de custos e contas, no qual é calculado um índice, com base nos valores
do orçamento do ano anterior dividido pelo volume de produção. Este índice é
multiplicado pelo volume de produção previsto para o próximo ano. O volume de
produção é informado pelo setor de Planejamento de Produção.
Além do índice são previstas as trocas de conjunto, tambor das máquinas, ou
itens eventuais com valores significativos que se chama de extra-índice. Após a
conclusão do orçamento, os dados são inputados no sistema. Ao término da etapa
de criação do orçamento, a diretoria analisa as informações e estas são enviadas ao
escritório central, onde é realizada uma reunião junto com a Presidência e Diretoria
para aprovação final.
Ao final do mês o setor de Informações Gerenciais envia uma planilha para o
controle orçamentário com todas as contas baseado nos gastos ocorridos no mês
versus o orçado, as contas que ultrapassaram o orçado deverão ser justificadas e
elaborado uma apresentação para a Diretoria e Gerência. O acompanhamento
destes custos serve para visualização de problemas através de valores e o impacto
da manutenção no custo final do produto.
Os dados abaixo mostram a evolução da análise das respectivas contas,
onde foi analisado e verificado a forma de controle do orçamento. Através desta
análise verificou um modelo de sistema de informação para o melhor controle do
orçamento.
O quadro 1 mostra a evolução da conta de Peças e Reposição referente ao
período de Dezembro de 2006 a Novembro de 2007, com isto pode-se estudar o
andamento do orçamento neste período.
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QUADRO 1 – Evolução da Análise de Peças e Reposição
Mês Orçado Realizado VariaçãoDez R$ 15,50 R$ 5,50 R$ 10,00 Jan R$ 142,30 R$ 166,00 (R$ 23,70)Fev R$ 129,50 R$ 155,50 (R$ 26,00)Mar R$ 137,55 R$ 158,95 (R$ 21,40)Abr R$ 127,50 R$ 155,00 (R$ 27,50)
Maio R$ 142,25 R$ 165,30 (R$ 23,05)Jun R$ 164,90 R$ 125,35 R$ 39,55 Jul R$ 175,00 R$ 179,30 (R$ 4,30)Ago R$ 170,90 R$ 148,00 R$ 22,90 Set R$ 119,30 R$ 135,00 (R$ 15,70)Out R$ 155,25 R$ 135,00 R$ 20,25 Nov R$ 185,00 R$ 170,00 R$ 15,00
GRÁFICO 1 - Peças de Reposição
Analisando o gráfico de Peças e Reposição pode-se concluir que nos meses
de Janeiro a Maio, Julho e Setembro, o orçamento ultrapassou o orçado devido a
maior quantidade em peças para a reforma e instalações de máquina. Neste período
ocorreu a alteração de máquinas que possui uma maior tecnologia. Em junho e
outubro não ocorreu a troca dos tambores. Em novembro e dezembro foi previsto a
troca dos cabeçotes das máquinas o que não ocorreu.
O quadro 2 mostra a evolução da conta de Material de Manutenção referente
ao período de Janeiro a Novembro de 2007, com isto podemos estudar o andamento
do orçamento neste período.
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QUADRO 2 – Evolução da Análise de Material de Manutenção
Mês Orçado Realizado VariaçãoDez R$ 10,25 R$ 5,65 R$ 4,60 Jan R$ 15,50 R$ 12,50 R$ 3,00 Fev R$ 15,00 R$ 16,50 (R$ 1,50)Mar R$ 10,50 R$ 6,50 R$ 4,00 Abr R$ 7,50 R$ 8,50 (R$ 1,00)
Maio R$ 8,75 R$ 30,05 (R$ 21,30)Jun R$ 7,50 R$ 14,50 (R$ 7,00)Jul R$ 9,50 R$ 6,00 R$ 3,50 Ago R$ 13,00 R$ 14,55 (R$ 1,55)Set R$ 12,55 R$ 25,00 (R$ 12,45)Out R$ 20,00 R$ 6,50 R$ 13,50 Nov R$ 15,00 R$ 15,50 (R$ 0,50)
GRÁFICO 2 - Material de Manutenção
Na análise do gráfico de Material de Manutenção verificou-se que no mês de
janeiro e março estava prevista a pintura da tubulação das máquinas, onde não
ocorreu. Em maio o orçamento ultrapassou o orçado devido a materiais importados
como por exemplo painéis elétricos e a pintura da tubulação das máquinas que
foram orçados no mês de outubro. Nos meses de Junho, agosto e setembro ocorreu
à confecção de algumas peças as quais não estavam orçadas.
Após a análise realizada verificou-se que vem sendo gasto mais que o
orçado. A dificuldade enfrentada pelo controle orçamentário para a justificativa do
orçamento poderá relacionar-se ao fato dos colaboradores do setor de manutenção
não terem nenhum envolvimento no andamento do orçamento, não procuram saber
12
quando há a necessidade de trocar uma peça, se esta peça foi orçada ou não e a
necessidade da compra desta ser antecipada. Outro motivo ocorre quando uma
determinada peça foi orçada em um mês e no decorrer do mês não há a
necessidade de trocá-la, o setor não informa o controle orçamentário solicitando que
a compra da peça deverá ser postergada, além disso não é calculado nenhum
percentual de erro para o orçamento.
O correto seria que os colaboradores cujos setores são afetados por este
indicador participassem do planejamento orçamentário, assim informariam antes a
necessidade de postergar ou antecipar a compra de algum material (troca de
informações, feedback), conferindo desta forma, uma maior eficácia do orçamento.
5 Considerações finais
Atualmente as organizações encontram-se em um ambiente turbulento e de
muitas mudanças. Para sobreviver nesse ambiente, elas necessitam utilizar medidas
de desempenho que sejam sistemáticas e conhecidas por todas as pessoas
envolvidas com esse resultado onde elas representam um importante instrumento na
tomada de decisão. Para sobreviver em um ambiente competitivo que muda
diariamente, os gestores precisam tomar decisões para continuar a manter-se no
mercado assumindo responsabilidades e trabalhando para alcançar os resultados
propostos.
As empresas organizadas sabem da importância e das vantagens de um bom
planejamento de suas atividades em busca de seus objetivos. As constantes
mudanças que vem ocorrendo no ambiente de negócios, muitas delas por causa da
globalização dos mercados, estão exigindo cada vez mais o aprimoramento de seus
processos de planejamento e controle, para a tomada de decisão rápida e de
qualidade, assegurando seus objetivos e obtendo assim uma maior lucratividade.
O planejamento deve envolver toda a empresa desde os Diretores, Gerentes,
supervisores até o pessoal do operacional para a elaboração de um orçamento, que
priorize os recursos existentes conforme os objetivos e estratégias de cada
empresa.
Somente o orçamento não é suficiente para fazer a empresa atingir seus
objetivos, mas, quando acompanhado de controle, avaliação permanente e
distribuição de responsabilidade aos gerentes de todas as áreas da organização,
13
convencendo-os de que o orçamento existe para auxiliá-los, identificando e
corrigindo distorções eventuais, torna-se ferramenta indispensável para a
organização atingir suas metas.
Com isto o orçamento deve direcionar ações que permitem responder às
necessidades e proporcionar a sinergia necessária para a concretização das metas
estabelecidas.
Um principal direcionador de valor para a empresa é a inovação, seja em
tecnologia, produto ou organização. A inovação representa a capacidade da
empresa em mudar para adaptar-se a mudanças de seu ambiente, com o objetivo
de manter ou ampliar a vantagem competitiva. Nesse sentido o orçamento deve
sofrer sua maior mudança, tornando um verdadeiro instrumento e alavanca de
inovação.
Ele não deve ser uma barreira, ele deve ser uma alavanca que vai conduzir a
empresa aos seus objetivos.
O orçamento deve ser o elo principal do sistema de gestão, integrando e
harmonizando as operações.
Acredita-se que estabelecendo uma relação entre a pesquisa e o OBZ
(Orçamento Base Zero), ou seja verificar se o OBZ está adequado para o setor de
manutenção da empresa para que forneça uma boa base de dados permite-se a
análise que venha a ajudar a administração, tanto a curto como a longo prazo, a
reavaliar as operações sendo fonte de informações na busca de solução de
problemas.
Salienta-se que é importante a participação de todos os colaboradores da
empresa (um trabalho em equipe) ao fazer o orçamento, explicando a todos os
colaboradores o que é o orçamento, qual a sua importância, pois somente assim
será possível um controle eficiente, pois todos estarão comprometidos. Com isto
será necessário que o orçamento seja claro, para definir metas estratégias e ações
para atingir o objetivo da empresa.
O planejamento e o controle orçamentário juntos possibilitam mudanças táticas
para tratar de eventos estranhos que podem pôr em risco o alcance dos objetivos
estabelecidos. O correto é que o orçamento empresarial flua naturalmente, que ele
seja bem coordenado com uma boa comunicação entre a gerência da empresa e a
parte operacional. O comprometimento e apoio de todos são fundamentais na
elaboração e execução do orçamento.
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Para dar continuidade a este trabalho, para um estudo futuro, é relevante um
estudo sobre a comunicação interna. Qual a importância da realização de cada
tarefa? Que benefício o orçamento bem planejado traz para a empresa, para os
colaboradores? Eles precisam estar cientes que se o orçamento for bem planejado e
executado conforme a sua realização, sobrará mais dinheiro que poderá ser
investido em mais máquinas, Marketing e em treinamentos para todos os
colaboradores.
Assim com o estudo realizado sobre orçamento e sobre a comunicação interna,
estes dois estudos poderão ajudar a empresa a minimizar seus custos e atingir o
objetivo da mesma, maximizando seus lucros.
Em uma companhia, jamais haverá economia, enquanto não houver um
objetivo comum onde todos respondam pelo orçamento como um todo.
6 Referências
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CURY, Antonio. Organizações e Métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo:Atlas, 2000.
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LEONE, George Gerra. Um Enfoque administrativo.14. ed. Rio de Janeiro: FGV,2001.
O’BRIEN, James A. Sistema de Informação e as Decisões Gerenciais na Era daInternet. 2. ed. São Paulo, 2004.
ORLANDI, Leandro. A Importância dos Sistemas de Informação. 2005.Disponível: http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-14--1646-20050407. Acesso em: ago. 2008.
15
RAZA, Claudio. Orçamento base zero:modismo ou necessidade. 2006. Disponível:<http://www.administradores.com.br>. Acesso em: maio 2007.
______. Orçamento base zero:modismo ou necessidade. 2005. Disponível:<http://www.administradores.com.br>. Acesso em: maio 2007.
SANVICENTE, Antônio Zoratto; SANTOS, Celso da Costa. Orçamento naAdministração de Empresas: planejamento e controle. São Paulo: Atlas, 1995.
SOBANSKI, Jaert J; Prática de Orçamento Empresarial: Um exercícioProgramado. São Paulo: Atlas, 2000.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 10. ed. São Paulo: Cortez,2002
WELSCH, Glenn Albert. Orçamento empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993.