64
Março de 2015 - Ano 1 - nº 1 Em meio a crise das grandes montadoras, a chinesa Chery se instala em Jacareí e movimenta economia do Vale do Paraíba ACELERANDO A ECONOMIA SEM ÁGUA? Veja a real situação da crise hídrica e a opinião de especialistas sobre o turo que não se revela promissor pág. 14 Carlinhos Almeida pág. 8 Em 16 anos de PSDB foi feita a regularização de um bairro. Nós, em pouco mais de dois anos, fizemos 12 regularizações

Metrópole Magazine

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição - nº 1

Citation preview

Page 1: Metrópole Magazine

Março de 2015 - Ano 1 - nº 1

Em meio a crise das grandes montadoras, a chinesa Chery se instala em Jacareí e movimenta economia do Vale do Paraíba

ACELERANDO A ECONOMIA

SEM ÁGUA?

Veja a real situação da crise hídrica e a opinião de especialistas sobre o fu turo que não se revela promissor pág. 14Carlinhos Almeida pág. 8

Em 16 anos de PSDB foi feita a regularização de um bairro. Nós, em pouco mais de dois anos, fi zemos 12 regularizações

PAG 64_01_CAPA.indd 1PAG 64_01_CAPA.indd 1 06/03/2015 19:28:1906/03/2015 19:28:19

Page 2: Metrópole Magazine

PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 2PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 2 06/03/2015 19:05:4306/03/2015 19:05:43

Page 3: Metrópole Magazine

PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 3PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 3 06/03/2015 19:05:4406/03/2015 19:05:44

Page 4: Metrópole Magazine

EU

@gaccsjcfacebook.com/gaccsjc

www.gacc.com.br (12) 3949-6024Seja você também um mantenedor:

Foto

: An

dre

Tom

ino

DAPARCEIROS

VIDA

Manter um atendimento de excelência, como o do Hospital do GACC, é uma tarefa que depende de uma busca contínua.É por isso que todos os parceiros do GACC são vitais para garantirmos que os pacientes tenham tudo dentro dos mais elevados padrões de qualidade e humanização.

E VOCÊ?FAÇO PARTE

Anuncio_Meon_02a.ai 1 02/03/15 18:42

PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 4PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 4 06/03/2015 19:05:4406/03/2015 19:05:44

Page 5: Metrópole Magazine

Anuncio_Meon_02a.ai 1 02/03/15 18:42

PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 5PAG 2 E 5_PUBLIC.indd 5 06/03/2015 19:05:4506/03/2015 19:05:45

Page 6: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 6

EDITORIAL

Ao completar um ano no ar, o Grupo Meon de Comunica-ção caminha para ampliar a forma de entregar a notícia ao público da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Lito-ral Norte. Se pelo Portal Meon a informação chega em tempo real, a revista Metrópole Magazine aprofundará reportagens jornalísticas sobre temas importantes que interessam não só àqueles que residem e trabalham na região, mas também para todos que vislumbram a riqueza e prosperidade que afloram nesta promissora parte do Brasil.

A Metrópole Magazine chega em março de 2015, com dis-tribuição de 15 mil exemplares, gratuita e para um público direcionado.

Em 12 meses, o Portal Meon conquistou respeito e credibilidade para se firmar como um veículo de grande difusão na internet. Neste período foram mais de cinco milhões de páginas visualizadas, com um jornalismo sério, sempre buscando levar ao internauta a notícia em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Agora trazemos esta credibilidade também para o impresso. Para quem gosta de ler sobre política, economia, esportes e cultura, voltado especialmente para o regional, aqui está o espaço ideal.

Boa leitura!

Um novo momento

Fábio FigueiraEditor-Chefe

Diretora Executiva Regina Laranjeira Baumann

Editor-Chefe Fábio Figueira

Diretora Comercial Fabiana Domingos

Repórteres

Elaine Rodrigues

João Pedro Teles

Moisés Rosa

Rodrigo Ribeiro

Thiago Fadini

Colaboradores

César Rosati

Elaine Santos

Flávio Pereira

Marcus Alvarenga

Nathalia Mantovani

Arte Gabriel Gaia

Departamento Comercial

Enthony Liberalino

Izabela Dragone

Naiara Damasio

DepartamentoAdministrativo

Lucimar Vieira

Maria José Souza

Metrópole Magazine

Avenida São João, 2.375 - Sala 2.010Jardim das Colinas - São José dos Campos

CEP 12242-000PABX (12) 3204-3333

Email: [email protected]

A revista Metrópole Magazine é um produto do Grupo Meon de Comunicação

Tiragem: 15 mil exemplares

Acesse: www.meon.com.br

PAG 6 E 7_Editorial_Indice.indd 6PAG 6 E 7_Editorial_Indice.indd 6 06/03/2015 19:06:2306/03/2015 19:06:23

Page 7: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 7

Crise na

indústria?Montadora chinesa Chery mantém cronograma de

investimentos em Jacareí apesar da crise que o setor automobilístico vive no país. Expectativa é de expandir a capacidade de produção para 150 mil veículos por ano

Sumário

14

46

54

8Aplicativos do bem. Parcerias

entre sociedade e poder público

geram aplicativos que se tornam

ferramentas viáveis para a solução

de problemas nas cidades

Você sabia? Na década de 40, italiano Remo Cesaroni cons-

truiu o principal observatório da América Latina em São José

Em entrevista à Metró-

pole Magazine, prefeito

Carlinhos Almeida

defende a regularização

de bairros, que até agora

já benefi ciou mais de 10

mil famílias em São José

dos Campos

36Em constante crescimento, setor turístico do Vale do

Paraíba representa 31% do PIB da RMVale

Baixo nível nos reservatórios, falta de ações educativas

e a possibilidade de racionamento. Saiba como a crise

hídrica pode afetar a rotina dos moradores da Região

Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte

30

10 Frases&12 Aconteceu&22 10 anos do Bolsa Família28 Artigo&

42 Esportes&52 Cultura&58 Social&62 Artigo&

Vou entrar de cabeça em todo o processo eleitoral com o claro objetivo de ganharmos as eleições

Emanuel Fernandes pág. 20

PAG 6 E 7_Editorial_Indice.indd 7PAG 6 E 7_Editorial_Indice.indd 7 06/03/2015 19:06:2406/03/2015 19:06:24

Page 8: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 8

Em pouco mais de dois anos, governo Carlinhos Almeida regularizou 12 bairros

São José dos Campos avança na regularização de bairros clandestinos

Desde que assumiu o comando da Prefeitura de São José dos Campos em 2013, uma das principais ações do prefeito

Carlinhos Almeida (PT) tem sido a regularização de bairros clandestinos. Prova disso foi a criação da Secretaria de Regularização Fundiária.

“Foi muito importante a criação da secretaria. Não existia um órgão específi co para tratar do assunto. Em 16 anos de PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) foi feita a regu-larização de um bairro. Nós, em pouco

mais de dois anos, fi zemos 12 regulari-zações”, diz Carlinhos.

Atualmente, de acordo com o pre-feito, existem cerca de 50 mil pessoas vivendo em 148 bairros clandestinos em São José dos Campos, o que repre-senta 7,9% da população da cidade. “Existem bairros grandes, mas também pequenos, com 30 casas ou uma rua”, conta o prefeito.

No dia 28 de fevereiro, a prefeitura normalizou a situação no bairro Santa Hermínia, região leste da cidade –até en-tão, o maior bairro irregular de São José.

No Santa Hermínia, a prefeitura entregou 867 títulos de posse, o que vai benefi ciar cerca de 3.500 pessoas. Além da segurança jurídica sobre a posse das casas, a regularização permite que a área receba melhorias de infraestrutu-ra. Algumas obras começaram quando o Santa Hermínia entrou em processo de regularização.

Segundo informações da prefeitura, o bairro já recebeu um posto de Saúde da Família, asfalto nos corredores de ônibus e, até o fi nal do ano, terá 21 ruas pavimentadas. O investimento é de cerca de R$ 4 milhões.

“A habitação tem um caráter inclu-sivo, a moradia é uma das primeiras coisas que a família busca. A primeira é a alimentação, a segunda é a mora-dia. A regularização é muito positiva porque permite que toda uma infraes-trutura seja feita no local. Além disso, com a regularização aumenta-se a oferta de lotes populares para atender a

demanda da população de baixa renda com programas habitacionais”, conta Carlinhos.

“Era muito ruim. Quando chovia, tinha que sair de casa levando uma sacola de plástico para colocar no pé ou um segundo par de sapatos. Quando estava seco, era aquele pó. Agora, está muito melhor”, diz Luís Machado da Silva, presidente da SAB (Sociedade Amigos de Bairro) e um dos mais anti-gos moradores do Santa Hermínia.

RegularizaçãoAlém do Santa Hermínia, outros 11

bairros foram regularizados em São José. São eles, o Recanto dos Euca-liptos (85 títulos), Santa Rita (112), Portal do Céu (224), Jardim Primavera 1A (85), Jardim Primavera 1B (206), Michigan 2 (179), Cidade Jardim (157), Jardim Coqueiros (326), Vila Abel (24), Vila Dirce (37) e Chácaras Araújo 2 (356).

Segundo números da Secretaria de Regularização Fundiária, cerca de 10 mil famílias já foram benefi ciadas pelas regularizações. Ainda de acordo com a pasta, com os processos que estão em andamento, esse total subirá para mais de 14 mil.

As próximas entregas de títulos se-rão para os moradores da Vila Matilde, Santa Cecília 1B, Vila Araújo 1, Boa Esperança e Altos de Caetê. “Nossa programação é cumprir essa meta de mais de 14 mil famílias e ultrapassá-la”, conclui Carlinhos.•

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSRodrigo Ribeiro

De 2013 para cá, mais de 10 mil famílias foram benefi ciadas pelas regularizações. Agora, meta da prefeitura é de chegar a 14 mil famílias

ENTREVISTA

PAG 8 E 9_Entrevista_carlinhos.indd 8PAG 8 E 9_Entrevista_carlinhos.indd 8 06/03/2015 19:06:5706/03/2015 19:06:57

Page 9: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 9SãoSSãoSão JoJoJ séséésé dosdosdodoss dodod ssSãoSãoS séésésé dosossss dodod

PAG 8 E 9_Entrevista_carlinhos.indd 9PAG 8 E 9_Entrevista_carlinhos.indd 9 06/03/2015 19:06:5806/03/2015 19:06:58

Page 10: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 10

Ernane Primazzi, prefeito de São Sebastião que afi rma que o acumulado depositado em juízo já está na ordem dos R$ 65 milhões

Shakespeare Carvalho, presidente da Câmara de São José dos Campos em relação a discussão sobre a vinda do WTC (World Trade Center) para a cidade

Há dois anos a Petrobras não contribui com a cidade. Há dois anos não entra um centavo da estatal nos cofres municipais.

Uma das minhas missões é trazer as grandes dis-cussões para a Câmara. Trazer a população para perto, com oitivas e audiências públicas, mas sem

fazer discussões com projetos já desenhados.

Frederico Marcondes César, diretor do Secovi no Vale do Paraíba, sobre a expectativa do mercado imobiliário na região para 2015

O mercado já está diferente e passa por mudanças. No ano passado tivemos o Carnaval, a Copa do Mundo e as eleições, que deixaram o mercado desaquecido, trazendo prejuízos.

Frases&

Ernaquejuízo

Shakespeare Carvalho, presidente da Câmara de Sa discussão sobre a vinda do WTC (World Trade Cente

Háconanoesta

Uma das minhas missões é tracussões para a Câmara. Trazerperto, com oitivas e audiências

fazer discussões com projeto

Frederico Marcondes César, diretor do Secovi no Vale do Paraíba, sobrena região para 2015

PAG 10 E 11- Frases.indd 10PAG 10 E 11- Frases.indd 10 06/03/2015 19:07:3306/03/2015 19:07:33

Page 11: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 11

Sebastião Cavali, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José dos Campos durante encontro com empresários na sede do Ciesp

Luiz Carlos Pedra, veterinário do Hemocão de Taubaté, local que fu nciona como um banco de sangue para cães e gatos

Carlinhos Moura, presidente do sindicato dos taxistas de São José dos Campos sobre pedido de reajuste da categoria

Miguel Sampaio, secretário de Habitação de São José dos Campos, sobre decisão da Justica que derrubou 26 alterações na lei de zoneamento, aprovadas em 2010

Ricardo Martins, fotógrafo joseense representou o país na Semana Brasileira no Irã. A convite do Itamaraty, Martins expôs 13 fotografi as sobre a natureza brasileira na galeria da Milad Tower

Luiz Marcelo Silva Santos, secretário de Transportes de São José dos Campos sobre as ofi cinas do PlanMob

Marco Antônio Figuereido, analista fi nanceiro, que usa a linha do Jardim das Indústrias, região oeste de São José dos Campos e pede mais ônibus nos horários de pico

O governo não fez tudo que queria fazer, mas fez muitas coisas. O que observamos é que a socieda-de não tem percepção do que foi feito.

Muitas pessoas não sabem. Mas doar sangue não dói nada, o cachorro ou gato doador ainda ganha check-up completo, com exames de sangue, urina, avaliação física e cardíaca, gratuitamente.

Todos os impostos estão aumen-tando, principalmente os deri-vados do combustível, e a nossa categoria está sem um reajuste na tarifa há quatro anos.

Vamos analisar cada caso e verifi car quais vão ser os impactos na cidade, já que al-guns projetos foram aprovados na época.

Revelar uma vida e uma beleza completamente diferentes do que os iranianos estão acostuma-dos, foi uma experiência muito interessante. Eles fi caram encantados com todas as cores oferecidas pela nossa natureza.

Queremos construir o plano de mobilidade urbana com as sugestões sobre as formas de deslocamento, trazendo alternativas para o uso do carro, que apesar de colaborar para o transporte rápido também ‘esgota’ o trânsito.

É um absurdo pagar R$ 3,40 pela má qualida-de do serviço. É muito precário você ter que es-perar o ônibus por horas e o motorista passar e não parar. Já reclamei e nada.

São José dos dos Campos, Março de 2015 | MarçSão 015 de 2s Ca pos,osé dos do 1111

Sebastião Cavali, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José dos Campos durante encontro com empresários na sede do Ciesp

de não tem percepção do que foi feito.

PAG 10 E 11- Frases.indd 11PAG 10 E 11- Frases.indd 11 06/03/2015 19:07:3406/03/2015 19:07:34

Page 12: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 12

Após denúncias do uso de drogas e bebidas alcoólicas por adolescentes em frente a um shopping de Jacareí, o Ministério Público abriu inquérito civil para apurar as responsabilidades sobre a realização do ‘rolezinho’. O promotor José Luiz Bednarski (foto) pede que o trânsito nas vias próximas ao centro de compras seja interditado no dia do ‘rolezinho’, por volta das 19h. Segundo a denúncia, os jovens se reúnem em frente ao Jacareí Shopping, todas as sextas-feiras a partir de 20h, e a concentração chega a passar das 23h. Também é relatada que a situação vem acontecendo desde 2011, além do consumo de bebidas alcoólicas e do uso de drogas pelos participantes.

Um grupo de 60 integrantes, entre alunos e professores, do Cephas (Centro de Educa-ção Profi ssional Hélio Augusto de Souza), de São José dos Campos vai representar o país na First Robotics Competition (FRC), realizada pela FIRST (Para Inspiração e Reconhecimento da Ciência e Tecnologia), que acontecerá em Nova York entre os dias 12 e 15 de março. A competição de robótica envolve escolas de ensino médio e técnico de todo o mundo. A montagem do “robô ecológico” começou no dia 3 de janeiro e foi enviado ao território norte-americano no dia 17 de fevereiro. Como o tema da compe-tição é a reciclagem, a ideia é que o robô acomode e processe a maior quantidade de lixo possível em um tempo de três minutos. Ao todo, os alunos do Cephas fi carão seis dias nos Estados Unidos.

Uma pesquisa realizada pelo site TripAdvisor, maior plataforma na internet de viagens do mundo, clas-sifi cou cinco hotéis e pousadas do Vale do Paraíba e Litoral Norte entre os 25 melhores do Brasil. No ranking dos melhores hotéis nacionais, o ho-tel Le Renard (foto) em Campos do Jordão aparece na 3ª posição. Na 15ª posição a Pousada Alcatrazes, loca-lizada em São Sebastião, fi cou entre as mais bem classifi cadas. O Hotel

Fazenda Mazzaropi, em Taubaté, fi -gura na pesquisa como o 20º melhor do Brasil, por conta da tranquilidade e do contato com a natureza. Outros dois hotéis aparecem na listagem, ambos de Campos do Jordão. O Vila Inglesa e o Grande Hotel Campos do Jordão, respectivamente na 22ª e 23ª posição. A premiação de 2015 leva em conta as avaliações dos turistas sobre as acomodações, atendimen-tos, preços e serviços oferecidos.

O Governo do Estado vai reflorestar a mata ciliar presente na bacia do rio Una, em Taubaté. Em um projeto de mapea-mento das áreas de reflorestamento no rio Una realizado pela Unitau (Universi-dade de Taubaté), foram detectadas as áreas de preservação e as que deveriam ser recuperadas. Os estudos vão ajudar o governo estadual a reflorestar a região. De acordo com o professor Dr. Marcelo Targa (foto), coordenador do curso Mes-trado em Ciências Ambientais, a proposta fez com que o Vale do Paraíba tivesse a maior área destinada ao reflorestamento. “O governo irá reflorestar quatro mil hec-tares nas margens e nascentes do Una. Outras bacias também foram contempla-das, como a do Alto Tietê e do Piracicaba, mas com áreas menores”, afi rma.

MP de Jacareí quer acabar com ‘rolezinhos’ na cidade

Joseenses criam ‘robô ecológico’ para competição nos EUA

Estado vai recuperar 4 mil hectares de mata ciliar da bacia do rio Una

Hotéis e pousadas da RMVale estão entre os 25 melhores do Brasil

Aconteceu&

Sand

ra d

a Si

lva/

CMJ

Thia

go F

adin

i/M

eon

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção/

Uni

tau

PAG 12 E 13_aconteceu.indd 12PAG 12 E 13_aconteceu.indd 12 06/03/2015 19:07:5706/03/2015 19:07:57

Page 13: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 13

A crise hídrica que tem atingido alguns pontos do Brasil motivou três moradores de São José dos Campos a criarem um sistema “caseiro” para captação de água da chuva. Juntos, pai (Tácito Torres), fi lho (Gabriel Tor-res) e genro (Rafael Minini), precisaram de três dias para colocar a ideia em prática. O sistema é simples: tubulações foram fi xadas nas calhas, que desviam toda a água das chuvas diretamente em dois tambores de 250 litros, que estão totalmente fechados e com um fi ltro provisório para evitar a entrada de sujeira vinda das calhas. Agora, o trio estuda uma maneira viável para o tratamento da água.

Moradores de São José criam sistema para capta-ção de água da chuva

No dia 3 de fevereiro, a Embraer (empresa Brasileira de Aeronáutica) testou com sucesso o KC-390, a maior aeronave já produzida no país. O avião voou por 1 hora e 25 minutos, realizando avaliação de qualidades de voo e de desempenho. O Tenente-Brigadeiro do Ar, Nivaldo Luiz Rossato, comandante da aeronáutica, classifi cou o KC-390 como a espinha dorsal da aviação de transporte da Força Aérea Brasileira. “Da Amazônia à Antártica, a frota de 28 aeronaves terá um papel fu n-damental para os mais diversos projetos do Estado brasileiro, da pesquisa científi ca à manutenção da soberania”, disse.

Embraer realiza primeiro voo da aeronave KC-390

A Secretaria de Segurança Pública defi niu novos procedimentos para garantir o bloqueio de celulares roubados. A nova resolução prevê o bloqueio dos Imeis (International Mobile Equipment Identity) após realizado o Boletim de Ocorrência. Os Imeis são como o “documento de identidade” dos aparelhos, uma vez bloqueados, impedem o fu ncionamento e comercialização do celular no mercado ilegal. De acordo com a SSP, as ocorrên-cias com celulares foram responsáveis pelo crescimento de 20,6% dos fu rtos entre os anos de 2013 e 2014 no Estado.

Resolução facilita o bloqueio de celulares roubados

Com o término da construção da fonte, em fevereiro, a fábrica de água que está sendo construída pelo Santuário Nacional de Aparecida inicia a sua produção em março. A expectativa do Santuário é que a produção chegue a até 8 milhões de garrafas por mês. A fonte de água Mariah, que fi ca na zona rural de Taubaté, foi adquirida pelo Santuário em 2013, onde foram investidos R$ 12 milhões. Inicialmente, a produção será de garrafas de 510 ml, que serão vendidas em pontos na Basílica de Aparecida. A área da fonte do Santuário possui de 720 mil metros quadrados e terá capacidade de produzir 18 mil litros por hora.

‘Fábrica de água’ do San-tuário vai produzir até 8 milhões de garrafas

Div

ulga

ção/

Embr

aer

Div

ulga

ção/

Agên

cia

Bras

il

Gab

riel

a M

inin

i/Arq

uivo

pes

soal

Dan

iele

So u

za/S

antu

ário

Nac

iona

l

PAG 12 E 13_aconteceu.indd 13PAG 12 E 13_aconteceu.indd 13 06/03/2015 19:07:5706/03/2015 19:07:57

Page 14: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 14

Para muita gente a crise hídrica na bacia do rio Paraíba do Sul ainda não parece uma re-alidade. Mas os especialistas

alertam: o problema é mais grave que aparenta.

A situação ainda não é tão crítica nas torneiras de São José dos Campos. Apenas uma interrupção ou outra no fornecimento de água para manutenção de rotina, mas nada que os moradores não estejam acostumados.

Na região norte da cidade, um pescador já idoso, olha desolado para a água que corre mais calma que nunca no leito do rio Paraíba do Sul. Carlos Lourenço, aos 80 anos, vê pela televi-

A CRISE DA ÁGUAUma discussão sem fi m, mas com a necessidade de um começo imediato: economizar para não faltar

NOTÍCIAS REGIÃO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSElaine Rodrigues

PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 14PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 14 06/03/2015 19:08:2206/03/2015 19:08:22

Page 15: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 15

Fláv

io P

erei

ra/M

eon

são a crise no Cantareira e sente afl ição pelo que ainda pode vir pela frente.

“O Paraíba está mais baixo do que nunca. Não tem peixe, não tem força. Esses dias meus fi lhos colocaram 18 re-des e só pegaram seis peixes. Difi cilmen-te vai ser o mesmo”, comenta Lourenço.

MedoAs imagens de um rio secando, assim

como das represas mais vazias, impres-sionam e preocupam o pescador, mas também assustam prefeitos, produtores e indústrias. Apesar de não haver desa-bastecimento na maioria das cidades do Vale do Paraíba, muitas pessoas que dependem economicamente da água, sabem que esta estiagem já é mais grave que parece.

Um exemplo são os rizicultores em Guaratinguetá, que perderam quase meta-

de da safra de arroz de 2014.

Para onde vai a água?

Segundo a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, 50% da água captada do rio Paraíba do Sul é usada para abastecimento humano. O restante é dividido entre: irrigação (25%), setor industrial (20%), rural (4%) e outros (1%).

A alguns quilômetros de São José, três cidades inteiras não sabem ainda como serão os próximos anos e temem uma crise sem precedentes. Redenção e Natividade da Serra, nas margens da represa de Paraibuna, e Igaratá, na represa de Jaguari, se desdobram na busca de soluções para a falta de água.

As três cidades têm uma característi-ca em comum: tiveram que se deslocar inteiras para as partes altas da região, na década de 70, para a construção das represas e depois cresceram ao redor baseando toda a economia no turismo e piscicultura. “Igaratá precisou mudar de endereço, sair do fundo do vale e não obteve o reconhecimento que merecia”, diz o prefeito da cidade, Elzo Elias de Oliveira Souza (PR).

O chefe do Executivo hoje teme que a interligação entre o Sistema Cantarei-ra e a represa de Jaguari afaste ainda mais a água da cidade. “Concordo com a interligação, desde que, mandar água para São Paulo, enquanto manda para o Rio de Janeiro, não signifi que a perda total da represa, uma vez que a cidade

Seca na represa do Jaguari atingiu o volume morto em 2015

PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 15PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 15 06/03/2015 19:08:2306/03/2015 19:08:23

Page 16: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 16

PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 16PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 16 06/03/2015 19:08:2306/03/2015 19:08:23

Page 17: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 17

PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 17PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 17 06/03/2015 19:08:2406/03/2015 19:08:24

Page 18: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 18

está economicamente ligada ao reser-vatório”, afi rma Souza.

Em Redenção da Serra, de acordo com o prefeito Ricardo Evangelista Lo-bato (PTB), a solução será pedir ajuda. “Estamos abandonados pelos turistas, sem dinheiro, sem água e com proble-mas fi nanceiros. O centro histórico da cidade, que também poderia ser uma atração turística, está abandonado e precisa ser recuperado, mas não temos verba. Somos uma cidade que precisa urgente de socorro. E vamos recorrer ao Governo Estadual e Federal”. A mesma situação se repete na cidade vizinha, Natividade da Serra.

Reflexos da criseOlhando superfi cialmente, é possí-

vel dizer que foi a estiagem no verão de 2014 que deu início a atual crise hídrica na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Choveu muito abaixo da média no ano que passou e a previsão para 2015 não apresenta me-lhoras. De acordo com dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), entre fevereiro e abril do ano passado o índice de chuvas chegou a fi car 80% abaixo da média histórica, que varia

Estamos abandonados pelos turistas, sem dinheiro, sem água e com problemas fi nanceiros Ricardo LobatoPREFEITO DE REDENÇÃO

Pescador Carlos Lourenço lamenta seca no rio Paraíba do Sul

Fláv

io P

erei

ra/M

eon

PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 18PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 18 06/03/2015 19:08:2406/03/2015 19:08:24

Page 19: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 19

entre 400mm e 800mm na região.Em 2015 o quadro não se revela

promissor. “Desde o início do ano até agora, tem chovido entre 100 mm e 200 mm abaixo do esperado na região do Vale do Paraíba, ou seja, o défi cit pluviométrico tem variado entre 40% e 60%”, alertou Adriana Cuartas, hidróloga e pesquisadora do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

Por outro lado, para os especialistas, a crise começou muito antes e voltou por falta de planejamento e vontade política.

“Triste é ver que vivemos a mesma crise em 2003, fi zemos as mesmas reu-niões, colocamos as mesmas propostas e nada foi feito. Talvez alguma coisa ou outra, como investimentos em novas tecnologias ou tratamento, mas ainda é pouco perto do que tinha que ter acon-tecido”, afi rma André Luis de Paula Marques , diretor executivo da Agevap ( Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfi ca do Rio Paraíba do Sul ), que também coordena hoje, pela ANA (Agência Nacional de Águas), o GTOH (Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica) do Paraíba do Sul.

Para Edilson de Paula Andrade, ge-ólogo do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) do Governo de São Paulo, a bacia do Paraíba tem apenas mais um ano de reservas sufi cientes para abastecer a região.

“Temos que adotar já algumas medi-das que o governo só assumiu em São Paulo quando a crise se agravou. Até secar defi nitivamente, a nossa bacia tem água sufi ciente para abastecer por um ano a região, isso sem chuva. Não podemos esperar mais. É preciso inves-tir agora em campanhas e estratégias para diminuir a vazão e o consumo”, destaca Andrade.

RespostasÀ frente do principal órgão de gestão

para a Bacia do Paraíba do Sul, a Agevap, André Luis de Paula Marques ressalta que a curto prazo é preciso

reduzir cada vez mais a vazão do Rio Paraíba do Sul para o Rio de Janeiro, na barragem de Santa Cecília. “Vamos propor a redução de 140m3/s para 110m3/s, mas queremos chegar até 90 m3/s, que seria ideal para manter o abastecimento no lado fl uminense e preservar nossas represas”, explica.

Outra medida, segundo Marques, foi a liberação de R$ 15 milhões, feita pela Ceivap, para a adaptação das estações de captação de água no leito do Paraíba do Sul. “São cerca de 20 pontos de cap-tação que precisam ser modernizados. Precisamos colocar bombas fl utuantes que captem mesmo com pouca água. No sistema atual as bombas param por que já não alcançam o rio. Isso garante o abastecimento, é simples, barato e rápido, fi ca pronto no máximo em três meses”.

Para o especialista em recursos hídricos da ANA, Roberto Moraes, a Agência Nacional não cogita um colap-so no sistema de abastecimento do Vale do Paraíba e por isso não estuda planos emergenciais, como usar água de ou-tras regiões. “O Rio de Janeiro está em uma posição pior que a de São Paulo, porque não tem de onde tirar água e é totalmente dependente da Bacia do

Paraíba do Sul. Já aqui na região, é preciso trabalhar com as nascentes e preservar os afl uentes do rio”, disse.

Procurados pela reportagem, nem o Governo do Estado de São Paulo, nem o Ministério do Meio Ambiente souberam dizer quando as medidas sugeridas pelos especialistas serão colocadas em prática.

Sem chuvas regulares, mas com as propostas dos especialistas, os reser-vatórios da Bacia do Paraíba do Sul de-vem ser sufi cientes para a região atra-vessar a atual crise hídrica. Contudo, sem a certeza de quando volta a chover ou como serão os próximos anos, todos os especialistas e agentes políticos concordam que a melhor forma de estender a capacidade de abastecimen-to e garantir água é economizar. Para o superintendente da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto, é uma questão de educação coletiva e diária.

“Tem que economizar não só em casa, mas nas indústrias, na infraes-trutura, em tudo. Cada produto que você compra gasta milhares de litros de água para ser feito. Pensar no que re-almente precisa comprar, ou reutilizar e reciclar, também economiza água e ajuda a passar por essa crise”, conclui Oto Elias Pinto.•

Seca na represa do Jaguari, em Igaratá

Fláv

io P

erei

ra/M

eon

PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 19PAG 14 E 19 Crise hidrica.indd 19 06/03/2015 19:08:2406/03/2015 19:08:24

Page 20: Metrópole Magazine

PARA VENCER AS ELEIÇÕES

A pouco mais de um ano e meio das eleições, Emanuel Fernandes volta a São José dos Campos para liderar campanha eleitoral tucana contra Carlinhos Almeida

ENTREVISTA

Div

ulga

ção/

PSD

B

PAG 20 E 21 Entrevista Emanoel.indd 20PAG 20 E 21 Entrevista Emanoel.indd 20 06/03/2015 19:08:4806/03/2015 19:08:48

Page 21: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 21MarçSão 015 de 2 21s Campos,osé dos doSão José dos dos Campos, Março de 2015 | 21

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSJoão Pedro Teles

De volta ao cargo de carreira no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) após 18 anos afastado para exercer

carreira política, o ex-deputado federal e ex-prefeito de São José dos Campos, Emanuel Fernandes (PSDB) já está com as atenções voltadas para as eleições municipais de 2016. Em sua volta à cidade, o tucano promete participar ativamente das decisões do diretório e defi ne como prioridade vencer o pleito do ano que vem.

Um dos políticos mais importantes na história da cidade, Emanuel foi prefeito de São José por dois mandatos, no período entre 1997 e 2004. Em 2005 e 2006, foi secretário de Habitação do governador Geraldo Alckmin. Em 2006, foi eleito deputado federal com mais de 328 mil votos. Emanuel foi reeleito nas eleições de 2010, com 218 mil votos. Em 2014, apadrinhou a campanha vencedo-ra de Eduardo Cury (PSDB), seu sucessor na prefeitura em 2004 e, recentemente, na Câmara dos Deputados.

Em entrevista à Metrópole Magazine, o ex-prefeito garante que vai “entrar de cabeça” nas eleições de 2016 e que o PSDB, ao contrário das eleições de 2012, deve defi nir rapidamente o nome para a disputa do pleito. A nomeação do candi-dato deve acontecer ainda este ano.

O desempenho dos tucanos nas eleições de 2014, quando conse-guiram eleger o deputado federal Eduardo Cury e o estadual Helio Nishimoto, com votações expressivas anima o ex-prefeito, mas Emanuel avisa que o foco agora é o fechamento das propostas e o que ele chamou de oxigenação do partido.

Qual é a sua rotina no Inpe desde que o senhor voltou ao instituto?» Não quis um cargo na política por

algum tempo e venho para encerrar uma página aqui no Inpe, onde pretendo me aposentar em aproximadamente um ano. Reassumi meu cargo no instituto no início de fevereiro e, aqui, tenho atuado como um assessor, fazendo uma ponte entre o que podemos oferecer de tec-nologia do ponto de vista da demanda atual. O que pode ser incrementado em soluções tecnológicas à crise hídrica é um bom exemplo. Procuro ajudar a levantar recursos e construir projetos. Esta tem sido a minha rotina.

Quanto as eleições municipais de 2016 pesaram na sua volta a São José dos Campos?

» Estando na cidade, minha atuação po-lítica vai ser mais frequente. Fora de São José sempre acompanhei, mas agora a frequência certamente será maior. Vou ‘entrar de cabeça’ em todo o processo eleitoral neste ano com o claro objetivo de ganharmos essas eleições.

Em que fase estão os trabalhos para tentar levar o partido de volta ao Paço Municipal?

» Março será um mês de reuniões para definir as mudanças que vão acon-tecer em nosso diretório. Queremos oxigenar o partido, trazendo pessoas novas para então iniciar um pacote de propostas para o ano que vem. Não se trata de um plano de governo, mas do início de um novo ciclo que o partido pretende construir na cidade. Não adianta prometermos o mesmo que já oferecemos no passado. A fase é de reconstrução. Queremos um discurso de mudança que seja coeren-te. Mudar o quê, para quê? Não pode ser na base do “vota na gente porque a gente foi bom para a cidade”.

O PSDB já tem um nome forte para disputar as próximas eleições com o atual prefeito Carlinhos Almeida (PT)?

» Está nos nossos planos defi nir um candidato ainda este ano e já trabalhar com ele desde o início. Não tenho como adiantar com quais nomes trabalha-mos, porque isso ainda depende de reuniões dentro do partido e a questão ainda é incipiente. Evidente que não dá para fazer campanha antes da hora, mas queremos dispor de tempo para defi nir nossas estratégias e entrarmos sólidos na disputa.

Quais lições o partido tirou da derro-ta no pleito de 2012?

» O principal fator nessas eleições é que o eleitorado estava com um sentimento de mudança. As pessoas não queriam continuidade. Mas, passados esses anos, o que percebemos é que o senti-mento de mudança continua nas ruas. Ou seja, não houve um contentamento da população com o que está aí atual-mente. Agora esse anseio por alternân-cia de poder sopra a nosso favor. Mas, reafi rmo, não podemos oferecer uma mudança por si só. É preciso ter um las-tro de propostas bem defi nidas. E este é o trabalho que precisamos desenvolver neste momento.

Qual a avaliação que você faz do atual governo da cidade?

» Não tenho um diagnóstico muito preci-so para passar por hora. O que percebo nas ruas é um certo descontentamento. Não existe um padrão de isso ou aquilo está ruim, mas as pessoas em geral não estão satisfeitas.

As chances de você assumir mais uma candidatura são mesmo inexistentes?

» Veja, o ideal, como na eleição anterior é contar com uma candidatura nova, que represente essas nossas novas propostas que vamos construir no de-correr deste ano. Uma coisa é clara, nós queremos ganhar essa eleição.

PAG 20 E 21 Entrevista Emanoel.indd 21PAG 20 E 21 Entrevista Emanoel.indd 21 06/03/2015 19:08:4806/03/2015 19:08:48

Page 22: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 22

OS 10 ANOS DOOS 10 ANOS DO

Edu

Lope

s/SE

COM

NOTÍCIAS REGIÃO

PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 22PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 22 06/03/2015 19:09:0806/03/2015 19:09:08

Page 23: Metrópole Magazine

Se não fosse o Bolsa Família, não sei o que faria. Com ele, consigo comprar material escolar e ter uma vida mais confortável. Sei que não é muito dinheiro, mas é o que me sustentaAmanda de MouraBENEFICIÁRIA

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 23

César RosatiSÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Saiba como o maior programa social já implantado no país mudou a vida de milhares de famílias na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte

Faça chuva ou faça sol, ela acorda de manhã e sonha arrumar um emprego para fazer de seus três fi lhos professores formados.

Solteira, Amanda de Moura parece ter se inspirado nas palavras de Chico Buarque para tocar a vida difícil de cada dia.

O seu amor, que ela jura ser eterno como a moça de "Cotidiano", são pelos pequenos Leônidas, 3, Matheus, 8, e Marcela, 2. Moradora do Dom Pedro 2º em São José dos Campos, a jovem de 27 anos é uma das 18 mil pessoas que se benefi ciam do Bolsa Família na cidade, mas isso não é vergonha muito menos desânimo para ela.

Quando vai para a "cidade" batalhar pelo futuro das crianças, o coração de Amanda aperta, mas desistir não está entre suas opções, defi nitivamen-te. Como mesmo diz: a vida é difícil, assusta, marca o rosto, mas "não posso deixar eles sem o que comer".

O benefício é seu ganha pão atu-almente. São cerca de R$ 300 que ela divide para pagar as contas e ainda dar algum luxo para os rebentos, que assim como todas as crianças, querem brinquedos entre outros mimos.

"É duro ter que dizer não, mas faço de tudo para não deixar-los sem nada", contou Amanda, que se orgulha em dizer que seus fi lhos já sabem ler. "Eles gostam de ir na escola e eu por obriga-ção tenho que manter-los lá estudando, senão perco o 'bolsa'", explica Amanda.

O valor que uma família recebe pelo benefício, que este ano completa 12 anos de existência, varia de acordo com

a renda e com a composição familiar. "Quanto maior a família, maior o benefício. Quanto mais pobre a família, maior o benefício", afi rma o secretário Nacional de Renda de Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luís Henrique Paiva (Leia a entrevista nas págs. 26 e 27).

De 2004 até o ano passado, o núme-ro de benefi ciados pelo Bolsa Família aumentou cerca de 160% no Vale do Paraíba. Exemplos como o de Amanda se multiplicam por praticamente todas as cidades da região. De Ubatuba a Arapeí, são R$ 149.289.297 divididos

entre 78.961 benefi ciários. "Se não fosse o Bolsa Família não

sei o que eu faria. Com ele consigo comprar material escolar e ter uma vida mais confortável. Sei que não é muito dinheiro, mas é o que me sus-tenta", diz Amanda.

Dentre todas as cidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos é a que tem a maior quantidade de bene-fi ciários. Mas, proporcionalmente, Cunha, com 2.496 pessoas incluídas no programa, é a maior dependente do Bolsa Família.

No total, 10,4% da população da pequena cidade cravada no alto da Serra do Mar, próximo a Guaratin-guetá, depende do benefício. Dife-rentemente de São José dos Campos, a maioria dos dependentes do Bolsa Família vivem na zona rural e tiram da terra o seu sustento.

Inspiração

Até a criação do Bolsa, apenas famílias com longa trajetória de contribuição para a Previdência Social tinham acesso à proteção social. Com o benefício, famílias que trabalham, mas são muito pobres, também passaram a ter direito a um benefício modesto, que complementa a sua renda.

"Nesse sentido, ele é um elemento não contributivo da proteção social. Programas assim existem em todas as sociedades desenvolvidas", diz o secre-tário Nacional de Renda de Cidadania, Luís Henrique Paiva.

O modelo brasileiro virou artigo de exportação para países em desenvol-vimento e também ricos. Benefícios similares existem em praticamente todo o mundo.

Edu

Lope

s/SE

COM

PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 23PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 23 06/03/2015 19:09:1206/03/2015 19:09:12

Page 24: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 24

Do Egito, na África, até na Guate-mala, na América Central, governos aplicam a iniciativa de transferência de renda inspirado na experiência do país. A vantagem, segundo declarações de representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) é de que o progra-ma é barato no ponto de vista econô-mico e suas vantagens extrapolam as questões sociais.

Ao lançar o Opportunity NYC em 2007, o então prefeito de Nova York Michael Bloomberg lembrou que a experiência brasileira serviu de inspi-ração para o programa, que lá benefi cia cerca de 5.000 pessoas.

"Este é um inovador programa de transferência de renda com condicio-nalidades que visa auxiliar os novaior-quinos a romper o ciclo de pobreza e é baseado em programas bem sucedidos

ao redor do mundo", disse à epoca.Canadá, França, Itália, Reino Unido,

Alemanha e até a Noruega, uma das nações socialmente mais avançadas do planeta, já enviaram delegações ao Brasil para estudar o programa de transferência de renda. No total, segun-do o Ministério do Desenvolvimento Social, mais de 60 países aplicam o modelo.

Economicamente falandoO Bolsa Família tem um dos meno-

res custos entre os chamados progra-mas de transferências sociais, mas é o que tem o maior efeito multiplicador sobre a economia. Segundo um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2013, cada R$ 1 gasto com o programa há um acréscimo de R$ 1,78 no PIB.

Segundo um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2013, a cada R$ 1 gasto com o programa há um acréscimo de R$ 1,78 no PIB

Div

ulga

ção/

MD

S

Em 2004, no início do programa, mais 30 mil famílias recebiam o Bolsa Família na região

PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 24PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 24 06/03/2015 19:09:1206/03/2015 19:09:12

Page 25: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 25

Outros programas sociais do governo custam mais e não são tão efi cazes na erradicação da pobreza. É o caso do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que garante a transferência mensal de um salário mínimo ao idoso, com 65 anos ou mais, e à pessoa com defi ciência.

De acordo com o estudo do Ipea, este programa custa 0,6% do PIB e rende um acréscimo de R$ 1,19 a cada real aplicado. Situação similar aconte-ce com o seguro-desemprego e outros programas.

Em outras palavras: o dinheiro do Bolsa Família gasto pela jovem Aman-da, moradora do Dom Pedro 2º de São José dos Campos, pode ir mais longe que ela imagina.

Na compra do material escolar de seus fi lhos, o dinheiro recebido pelo dono da papelaria, que fi ca no centro por exemplo, pode ser reaplicado na própria loja que pode ampliar as suas vendas e até mesmo contratar novos funcionários, e por que não, contratar a jovem Amanda.•

Div

ulga

ção/

MD

S

Uma década depois, o número de famílias benefi ciadas na região subiu 160%

Bolsa Família 2004

Município Famílias Valor Total

Aparecida 723 R$ 212.885

Arapeí 133 R$ 49.727

Areias 135 R$ 79.635

Bananal 466 R$ 285.804

Caçapava 349 R$ 231.570

Cachoeira Paulista 775 R$ 260.539

Campos do Jordão 723 R$ 332.055

Canas 115 R$ 18.404

Caraguatatuba 2.177 R$ 630.704

Cruzeiro 1.744 R$ 1.099.166

Cunha 782 R$ 393.253

Guaratinguetá 1.515 R$ 707.032

Igaratá 364 R$ 178.174

Ilhabela 308 R$ 133.789

Jacareí 1.195 R$ 684.978

Jambeiro 144 R$ 77.408

Lagoinha 289 R$ 121.234

Lavrinhas 4 R$ 1.356

Lorena 1.510 R$ 645.468

Monteiro Lobato 199 R$ 71.786

Natividade da Serra 310 R$ 81.607

Paraibuna 359 R$ 123.960

Pindamonhangaba 2.996 R$ 1.456.908

Piquete 234 R$ 95.762

Potim 288 R$ 48.222

Queluz / /

Redenção da Serra 214 R$ 65.362

Roseira 228 R$ 120.420

Santa Branca 368 R$ 200.292

Santo Antôno do Pinhal 238 R$ 98.530

São Bento do Sapucaí 294 R$ 110.515

São José do Barreiro 162 R$ 96.482

São José dos Campos 5.698 R$ 3.727.197

São Luiz do Paraitinga 468 R$ 173.525

São Sebastião 498 R$ 342.773

Silveiras 164 R$ 68.877

Taubaté 2.383 R$ 752.590

Tremembé 610 R$ 334.138

Ubatuba 1.092 R$ 662.711

Total 30.254 R$ 14.774.838

Bolsa Família 2014

Município Famílias Valor Total

Aparecida 1.112 R$ 1.922.322

Arapeí 158 R$ 337.516

Areias 304 R$ 626.177

Bananal 839 R$ 1.552.718

Caçapava 1.832 R$ 2.950.395

Cachoeira Paulista 1.754 R$ 3.952.901

Campos do Jordão 1.790 R$ 3.132.582

Canas 422 R$ 984.550

Caraguatatuba 3.670 R$ 6.363.898

Cruzeiro 2.660 R$ 4.842.621

Cunha 2.496 R$ 4.345.753

Guaratinguetá 3.116 R$ 5.503.394

Igaratá 595 R$ 1.038.843

Ilhabela 592 R$ 958.869

Jacareí 5.626 R$ 10.642.920

Jambeiro 195 R$ 378.183

Lagoinha 311 R$ 543.738

Lavrinhas 289 R$ 579.195

Lorena 3.524 R$ 6.087.802

Monteiro Lobato 215 R$ 414.834

Natividade da Serra 410 R$ 736.984

Paraibuna 935 R$ 1.811.559

Pindamonhangaba 5.909 R$ 10.413.967

Piquete 866 R$ 1.784.319

Potim 1.006 R$ 1.804.815

Queluz 483 R$ 824.506

Redenção da Serra 297 R$ 614.399

Roseira 508 R$ 978.401

Santa Branca 708 R$ 1.452.146

Santo Antôno do Pinhal 394 R$ 732.686

São Bento do Sapucaí 654 R$ 1.183.429

São José do Barreiro 363 R$ 676.654

São José dos Campos 18.978 R$ 39.704.629

São Luiz do Paraitinga 479 R$ 765.326

São Sebastião 3.205 R$ 6.446.792

Silveiras 388 R$ 592.028

Taubaté 5.472 R$ 8.892.252

Tremembé 1.615 R$ 3.278.622

Ubatuba 4.791 R$ 9.436.572

Total 78.961 R$ 149.289.297 Font

e/M

DS

PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 25PAG 22 E 25_bolsa familia.indd 25 06/03/2015 19:09:1206/03/2015 19:09:12

Page 26: Metrópole Magazine

26

PAÍS SEM

MISÉRIAEm entrevista exclusiva à Metrópole Magazine, Luís Henrique de Paiva, secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, diz que o programa custa apenas 0,5% do PIB nacional e que ampliou, para milhões de famílias, o acesso à proteção social

ENTREVISTA

Div

ulga

ção/

MD

S

PAG 26 E 27_Entrevista.indd 26PAG 26 E 27_Entrevista.indd 26 06/03/2015 19:09:3106/03/2015 19:09:31

Page 27: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 27MarçSão 015 de 2 27s Campos,osé dos doSão José dos dos Campos, Março de 2015 | 27

Qual é a análise que o senhor faz sobre os 10 anos do benefício?

» O Bolsa Família foi concebido para aliviar a pobreza de milhões de brasilei-ros. O programa foi fundamental para que o Brasil deixasse o mapa mundial da fome. Ele é hoje o maior programa de transferência condicionada de renda do mundo. O programa brasileiro é bem avaliado internacionalmente pela sua boa focalização, isto é, por alcançar de fato a população mais pobre. Cerca de 40 países em desenvolvimento adota-ram programas semelhantes. Nós tam-bém acompanhamos a frequência esco-lar de mais de 15 milhões de alunos e as condições de saúde de mães e crianças de mais de 8 milhões de famílias, com a ajuda do MEC, do Ministério da Saúde, e dos governos estaduais e municipais. Temos um programa apartidário, que alcança todos os municípios brasilei-ros. E que custa apenas 0,5% do PIB. O Bolsa Família faz muito pela população brasileira e custa muito pouco.

Como o senhor enxerga o Bolsa Família daqui a 10 anos?

» Até a criação do Bolsa, apenas famí-lias com longa trajetória de contribui-ção para a Previdência Social tinham acesso à proteção social. Com o Bolsa, famílias que trabalham, mas são muito pobres, também passaram a ter direito a um benefício modesto, que comple-menta a sua renda. Nesse sentido, ele é um elemento não contributivo da pro-teção social. Programas assim existem em todas as sociedades desenvolvidas. Nos países em desenvolvimento, esses programas surgiram mais recentemen-te, muitos deles inspirados no Bolsa Família. No futuro, continuaremos a ter programas para esse mesmo público. O Cadastro Único e o Bolsa Família continuarão a ser uma plataforma para

próximas décadas.

Como o senhor vê as principais críticas ao programa?

» O Bolsa Família sempre foi lei, desde outubro de 2003, quando começou. Ele foi criado por uma Medida Provisória, que tem força de lei. Posteriormente, a Medida Provisória foi convertida na Lei n° 10.836, de janeiro de 2004. Portanto, quem diz que quer transformar o Bolsa Família em lei está ou desinformado ou mal intencionado. Outras críti-cas também caíram por terra. Vários estudos mostraram que os benefi ciários trabalham tanto quanto as pessoas que não recebem o benefício. Outros estudos demonstraram que o Bolsa Família con-tribui no planejamento familiar e ajudou a reduzir o número de fi lhos. Está na hora de superar os preconceitos e reco-nhecer que o programa trouxe benefícios para toda a população brasileira.

Como funciona o benefício? Quem tem direito a ele?

» Qualquer família com renda por pessoa igual ou menor a 77 reais por mês pode ser benefi ciária. Famílias com renda maior do que 77 reais por pessoa, até 154 por pessoa, por mês, também podem ser benefi ciárias, desde que tenham crianças. O valor que uma família recebe por mês varia de acordo com a renda e com a composição fami-liar. Quanto maior a família, maior o benefício. Quanto mais pobre a família, maior o benefício. Na média, pagamos R$ 170 por mês para as famílias bene-fi ciárias. Sabemos que é um benefício modesto, mas que ajuda a melhorar a vida dessas famílias, melhora a alimen-tação e ajuda a comprar material es-colar e remédios. A presença dos fi lhos na escola é verifi cada. Mães e crianças devem ser acompanhadas pelo sistema de saúde. Os serviços de educação e saúde também melhoram a vida dessas famílias e são um grande investimento de longo prazo para o país.•

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSCésar Rosati

que alcancemos a população pobre com serviços públicos de qualidade.

Em 10 anos houve um aumento de 160% no número de benefi -ciados no Vale do Paraíba. A que o senhor atribui esse aumento?

» O programa completou 11 anos em outubro de 2014. No início, o número de benefi ciários era pequeno e tínhamos que aumentar a cobertura. Isso foi feito, com grande esforço dos nossos municípios para alcançar a população mais pobre. Um fator importante foi Plano Brasil Sem Miséria. Assumimos o compromisso de combater a extrema pobreza e de buscar ativamente as famílias mais pobres e inserir no Programa. É um ponto positivo que essas famílias tenham, pela primeira vez, ganhado visibilidade para a política de proteção social.

Qual é o porcentual de pessoas que deixam de receber o bene-fício por ter melhorado de vida? Esse número é satisfatório para o Governo Federal? Como me-lhorar essa estatística?

» Cerca de 1,7 milhão de famílias já deixaram o Bolsa Família por declarar aumento de renda ou por pedir volun-tariamente desligamento do Programa. Mas essa não me parece ser a questão central. Muitas famílias pobres nunca, eu repito, nunca tiveram nenhuma atenção do Estado e é um pouco triste que algumas pessoas insistam em per-guntar quando elas vão se desligar. Elas migrarão, aos poucos, para formas de proteção social contributiva, que são, inclusive, mais caras para o Estado e para a sociedade brasileira, na medida em que sua situação social e econômi-ca for melhorando. Mas não se corrige séculos de injustiça e desigualdade em alguns poucos anos. O importante é que as famílias pobres tenham acesso a uma renda modesta, que ajude a melhorar a alimentação e a manter as crianças na escola. Isso transformará o Brasil nas

PAG 26 E 27_Entrevista.indd 27PAG 26 E 27_Entrevista.indd 27 06/03/2015 19:09:3206/03/2015 19:09:32

Page 28: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 28

Quem nunca percebeu o brilho nos olhos das pessoas diante de uma tela colorida, cheia de

movimentos e com botões que te levam para vários lugares que parecem não ter fi m?

É, a internet tem esse poder, e a tecnologia hoje, mais do que nunca, está a favor da navega-ção e da imersão em um mundo com conteúdo digital. Segundo a Pesquisa IBOPE 2014, enco-mendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da

República (SECOM), com mais de 18 mil entrevistados entre os dias 05 e 22 de novembro de 2014, praticamente metade dos brasileiros utiliza a internet, ou seja, próximo de 100 milhões de pessoas.

Não pense que esses olhos brilham somente na frente de

grandes telas, nas horas vagas no trabalho (nem sempre tão vagas) ou a noite em casa. Eles estão brilhando dia e noite em todos os lugares que você possa imaginar. É a internet móvel como ferramenta de democratização da informação e de acesso a novas marcas e produtos, até então desconhecidos para muita gente. Segundo a mesma pesquisa, um número que vai além das tendências observadas nas ruas: desses quase 100 milhões de pessoas, 66% utilizam o celular como forma de conexão à internet, competindo com 71% de acesso via computadores. Entre

os usuários da internet com ensino superior, 72% acessam a internet todos os dias, com uma intensidade média diária de 5h41, de 2ª a 6ª feira.

Se crescimento percentual de pesso-as que utilizam a internet todos os dias foi de 26% no ano de 2013 para 37% do ano de 2014, pergunto qual será o cres-cimento para os próximos dois anos.

No meu dia a dia, conversando com as pessoas, percebo que isso é um fato que passa desapercebido, talvez pela forma natural que o ser humano está incorporando o uso da internet como meio para realizar quase tudo. Desde fazer consultas sobre assuntos desconhecidos, com-prar produtos do outro lado do mun-do, fazer amigos, marcar encontros, marcar consulta médica, encontrar o produto ou serviço ideal, escolher o novo carro, ter facilidades no trânsi-to através de um app que custa zero centavos e, claro, se divertir muito nas redes sociais.

A internet não é regida pelos gurus digitais, não é ditada pelos publicitários, muito menos pe-los anunciantes. Ela é feita pelas pessoas. Partindo do princípio que as pessoas mudam, a internet irá mudar muito ainda. Mais uma vez, voltamos para observar nós mesmos e ver a internet como um refl exo do nosso comportamento.•

A paixão digital

Mais informações sobre a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 acesse: http://blog.planalto.gov.br

Fernando GriskonisFormado em Publicidade e Propaganda e pós-graduado em Marketing Político, Griskonis atua profi ssionalmente há mais de 11 anos no mercado do Vale do Paraíba, Campinas e região. Em 2009, ao lado dos sócios Eduardo Spinelli e Fabiano César, fundou a Molotov Propaganda.

Artigo&

PAG 28 E 29_Artigo Fernando Griskonis.indd 28PAG 28 E 29_Artigo Fernando Griskonis.indd 28 06/03/2015 19:09:5006/03/2015 19:09:50

Page 29: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 29

Tomografiade CoerênciaÓptica (OCT)

Realizado para complementação diagnóstica edeterminante para a escolha do tratamento nas

seguintes patologias:

Degeneração Macular relacionada à idade -Retinopatia Diabética -

Maculopatias -Glaucoma -

Contratação do serviço:Tel: (12) 3919-3210faturamento@hospitalprovisao.org.brwww.hospitalprovisao.org.br

Agora você já pode realizar seuexame de Tomografia de Corência

Óptica (OCT) no Próvisão.

PAG 28 E 29_Artigo Fernando Griskonis.indd 29PAG 28 E 29_Artigo Fernando Griskonis.indd 29 06/03/2015 19:09:5106/03/2015 19:09:51

Page 30: Metrópole Magazine

Crise no setor automobilístico? Chery garante produzir 30 mil

carros neste ano em Jacareí

Otimistas, chineses afi rmam que em três anos vão produzir cinco vezes mais, chegando a 150 mil veículos/ano em 2018

| São José dos dos Campos, Março de 2015 30

ECONOMIA REGIÃO

PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 30PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 30 06/03/2015 19:10:3506/03/2015 19:10:35

Page 31: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 31

Funcionários em regime de layoff , férias coletivas, planos de demissões voluntárias e fechamento de turno são alguns

dos refl exos da crise da indústria automobilística no Vale do Paraíba em 2014. E para 2015 as previsões ainda são pessimistas. Em ano de ajustes fi s-cais e diminuição do poder de compra, a tendência é de que os números de venda continuem estagnados.

Enfrentar este panorama negativo será o desafi o da Chery já no primeiro ano de atividades no Brasil. A monta-dora chinesa teve sua planta de Jacareí inaugurada em agosto do ano passado. Com investimentos de U$ 400 milhões, a fábrica tem como meta produzir 30 mil veículos neste primeiro ano de funcionamento, gerando, num primeiro momento, 500 empregos –até 2018 seriam 3.000 vagas preenchidas.

Mesmo com a crise do setor no ano passado, a empresa chinesa manteve os esforços para a conclusão da plan-ta de Jacareí. A Chery acredita que o

mau humor do mercado é passageiro e não pretende mudar a programação de investimentos.

Roger Peng, presidente da empresa no país, explica que o momento ruim não assusta a multinacional, que tra-balha com investimentos a longo prazo para conquistar o mercado brasileiro.

“Preocupa, mas não assusta. Um negócio a longo prazo está sujeito a variações de humor do mercado econômico, não é um cenário total-mente inesperado. Acreditamos que a situação irá melhorar e, no futuro, todo o investimento será compensa-

JACAREÍJoão Pedro Teles e Moisés Rosa

Div

ulga

ção/

Cher

y

PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 31PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 31 06/03/2015 19:10:3606/03/2015 19:10:36

Page 32: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 32

do”, afi rma o presidente.Tamanha é a confi ança dos chineses

que as metas de produção para os pró-ximos anos são ambiciosas. Segundo Peng, até 2018, a Chery pretende au-mentar a capacidade máxima de produ-ção para 150 mil veículos por ano.

EstratégiaA estratégia da empresa é apostar

em seu principal diferencial: incluir grande leque de adicionais nos pacotes considerados básicos. Em Jacareí, serão produzidos inicialmente o Celer e o QQ.

Para vencer a resistência inicial do consumidor brasileiro, a empresa vai in-vestir pesado em redes de concessioná-rias no país. O número atual, de 72 lojas, deve aumentar nos próximos anos.

“Queremos aumentar o número de test-drives, fazer com que mais e mais pessoas tenham a oportunidade de

experimentar o nosso carro e ver com os próprios olhos o quanto estamos investindo nos detalhes, na qualidade diferenciada. Além disso, com a fábrica no Brasil, provamos que viemos para fi car, deixamos de ser uma marca chi-nesa e nos tornamos brasileira. Tam-bém temos investido na modernização do SAC, com constantes pesquisas de qualidade, para aprimorarmos cada vez mais o atendimento pós-venda”, explica o presidente.

FábricaA planta de Jacareí conta com uma

área de 400 mil metros quadrados, divididos em setores de montagem, sol-dagem e pintura. O local também conta com uma pista de testes para a empresa.

Dois fatores principais pesaram para a escolha de Jacareí. O primeiro deles é a política de isenção fi scal que a cidade

oferece para empresas que geram mais de 500 empregos na cidade e o segundo é a localização privilegiada do Vale do Paraíba, sempre bem avaliada em termos logísticos.

“Esta decisão foi tomada há alguns anos, pensada no longo prazo. Estamos em pleno processo de início de produ-ção e comercialização e pretendemos continuar”, diz o presidente.

Falando sobre logística, o famige-rado “custo Brasil” é outro assunto importante para a vinda da empresa ao país. Peng afi rma que pretende enfren-tar as difi culdades de infraestrutura com “otimização e racionalização de processos e as negociações com forne-cedores de produtos e serviços”.

TecnologiaCom um Centro de Pesquisa e Desen-

volvimento previsto para 2016, a Chery

Ale

x Br

ito/

PMJ

Planta da Chery em Jacareí vai produzir

modelos do Celer e do QQ

PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 32PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 32 06/03/2015 19:10:3606/03/2015 19:10:36

Page 33: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 33

investirá não só na produção, mas tam-bém no desenvolvimento de tecnologia em solo brasileiro. De acordo com a em-presa, o centro fi rmará parcerias com universidades do país para desenvolvi-mento conjunto de conhecimento.

“A parceria com universidades é parte fundamental para a implantação do projeto do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento do Brasil. Estamos em contato com algumas instituições, mas ainda não temos uma defi nida”, afi rma Peng.

Empregos indiretos

A Prefeitura de Jacareí estima um cenário positivo para a vinda da Chery à cidade. De acordo com a administração, para cada emprego gerado diretamente outros três são gerados indiretamente.

Para atrair empresários que queiram investir na cidade, a administração tem oferecido incentivos fi scais, como a isenção de tributos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). As faixas de isenções variam a cada empresa, de-pendendo, principalmente, da geração de empregos oferecida na cidade.

abriram fi liais na cidade.“Estima-se que para cada empre-

go gerado diretamente pela indús-tria automobilística outros três, até quatro, sejam gerados indiretamen-te. E, junto com a montadora, toda a cadeia de fornecedores também se movimenta, atraindo ainda outros serviços e gerando mais postos de trabalho”, diz o prefeito.

Qualifi caçãoA prefeitura está intermediando in-

vestimentos em cursos de qualifi cação na cidade. No ano passado, foi inaugu-rado em Jacareí o ITF (Instituto Técnico Federal), que oferece capacitação para jovens que procuram qualifi cação, por meio de cursos técnicos. A unidade tem capacidade para atender até 1.200 alunos. Também uma unidade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) está sendo construída e cursos profi ssionalizantes gratuitos são oferecidos no EducaMais.

“Além da geração de empregos, a reação em cadeia da chegada dessas indústrias exige mais e melhores investimentos na formação dos nossos

Assim, a isenção fi ca da seguinte maneira: dez anos para empresas que gerarem mais de 200 postos de traba-lho; 15 anos para mais de 500 empregos e mais de R$50 milhões de valor adi-cionado; e 20 anos para mais de 1.000 empregos e mais de R$100 milhões de valor adicionado.

Para o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota (PT), os incentivos contri-buem positivamente para as empresas se instalarem na cidade. Segundo Mota, a desburocratização possibilita novas vias de investimentos.

“A chegada da Chery a Jacareí é fruto de muito trabalho e resultado de uma série de ações que implementamos na cidade, desde a Lei de Incentivos à regulamentação do Plano Diretor, entre outras. Já contamos com um parque in-dustrial bastante diversifi cado, que ga-nha um forte incremento com a chegada de novas indústrias e que exige uma maior qualifi cação de mão de obra”.

Paralela à implantação da monta-dora na cidade, outro cenário positivo também se formou: a vinda de micro-empresas –que fabricam peças e estofa-dos para o setor automobilístico– e que

Ale

x Br

ito/

PMJ

Prefeito de Jacareí, Prefeito de Jacareí, Hamilton Mota visita Hamilton Mota visita instalações da Cheryinstalações da Chery

PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 33PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 33 06/03/2015 19:10:3706/03/2015 19:10:37

Page 34: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 34

jovens. No ano passado inauguramos o Instituto Técnico Federal, agora o Senai trabalha na construção de uma nova unidade na cidade. Oferecemos tam-bém cursos gratuitos profi ssionalizan-tes gratuitos no EducaMais Lamartine. Para completar, todo o setor de serviços também é estimulado, já que a vinda de grandes empresas naturalmente gera novas demandas”, destaca Mota.

Cenário

Apesar do cenário desfavorável para o setor automobilístico, as perspectivas são boas, segundo a prefeitura.

“Temos boas perspectivas a médio prazo. Além dos efeitos já gerados pela vinda da Chery –desde a construção civil ao incremento a novos serviços e fornecedores–, o impacto da arrecada-ção do ICMS deverá ser sentido nos pró-ximos anos (o cálculo do ICMS é feito a partir de dados de dois anos anteriores, ou seja: se a Chery atingir sua produção máxima este ano, o impacto somente será efetivado em 2017)”, completa.

Para o presidente do Sindicato dos

Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, a região oferece boas condições de ins-talação para as empresas, já que está no ‘centro’ de grandes metrópoles –São Paulo e Rio de Janeiro.

“Temos mão de obra de qualidade na região e isso contribui muito para atrair as montadoras para o Vale do Paraíba, além de estarmos no ‘centro’ do mercado”, explica.

Macapá afi rma que o sindicato também vai manter o diálogo com a montadora para sempre buscar boas condições de trabalho. “Já estamos realizando reuniões com a diretoria da Chery e iremos acompanhar os trabalhos na planta. Vamos manter e continuar com esse diálogo aberto”, diz o presidente do sindicato.

Desafi os

Apesar do otimismo dos chineses da Chery, o delegado do Conselho Regional de Economia da RMVale, Jair Capatti, prevê que 2015 e 2016 sejam anos difíceis para a indústria no país.

O economista, que também é dire-tor da Métrica Assessoria Financeira, afi rma que não são apenas os fatores econômicos que assustam.

“Além da situação ser desfavorável devido ao desaquecimento da econo-mia e a desconfi ança do consumidor em relação ao futuro, também há de se lembrar que o período é de incertezas também na área de abastecimento de água e energia elétrica. Cabe à empresa superar essas adversidades”, afi rma.

Por outro lado, o especialista defen-de que os investimentos da montadora chinesa vão movimentar a economia da cidade. O melhor cenário, de acordo com ele, seria a Chery investir na capacitação de mão de obra local e no fechamento de acordos com fornecedo-res da região.

“O tamanho do impacto positivo para a região vai depender muito das decisões que a montadora tomará daqui em diante. Mas, de qualquer forma, a chegada de uma montadora deste porte para a cidade, ainda mais no momento de estagnação econômica que vivemos, é uma ótima notícia”, afi rma.•

Com investimento de Com investimento de R$ 1,2 bilhão, Chery inaugura R$ 1,2 bilhão, Chery inaugura

unidade em Jacareíunidade em Jacareí

Ale

x Br

ito/

PMJ

PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 34PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 34 06/03/2015 19:10:4006/03/2015 19:10:40

Page 35: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 35SSSãoSãoSãoSSãão JoJoJoJoséssés dosdosdos ddododododos s s s CCs ampampmppppoooos,os,ooooooso MMMMMMMaMaMaMaMMaMarçorçoçoç deded 2002 1515 5 | 353

PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 35PAG 30 E 35 Chery_Capa.indd 35 06/03/2015 19:10:4206/03/2015 19:10:42

Page 36: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 36

O turismo brasileiro está mais competitivo. O país obteve, em 2014, o melhor resul-tado da série histórica do

Índice de Competitividade do Turismo Nacional, iniciada em 2008. E o Vale do Paraíba, impulsionado por São José dos Campos acompanha esses resultados. De acordo com o ministro do Turis-mo, Vinicius Lages, o índice permite avaliar, ano a ano, a capacidade de

um destino de se superar e alcançar níveis cada vez mais signifi cativos de desenvolvimento. Em uma escala de 0 a 100, a média geral dos destinos monitorados foi de 59,5 pontos, sendo que as capitais obtiveram 68,2 pontos e os demais municípios 53,4 pontos em média. A ferramenta de monitoramento foi desenvolvida pelo Ministério do Turismo e pelo Sebrae, com execução da Fundação Getúlio Vargas.

O Brasil está em pleno crescimento da economia turística. O país é hoje a sexta economia mundial do turismo, responsável por 9,3% do PIB nacional.

Em constante crescimento, setor turístico do Vale do Paraíba representa hoje 31%, ou seja, R$ 15,8 bi-lhões, do PIB da RMVale

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSJosé Carlos Ducatti

PAG 36 E 41_Turismo.indd 36PAG 36 E 41_Turismo.indd 36 06/03/2015 19:11:2906/03/2015 19:11:29

Page 37: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 37

TURISMO NO BRASIL ESTÁ EM EVOLUÇÃO E O VALE ACOMPANHA

Em pesquisa recente da agência virtual ViajaNet, que listou os dez municípios mais cobiçados durante o ano passado, a cidade de São Paulo foi o destino mais visitado em 2014. Na segunda posição está o Rio de Janeiro, com as famosas praias de Ipanema e Copacabana e o Cristo Redentor, se-guido por Salvador, conhecido por seu carnaval de rua e pelo Pelourinho, que é uma atração à parte.

A Copa do Mundo pode não ter sido satisfatória dentro de campo para o time brasileiro, mas os resultados para o turismo foram muito bons, tanto no

presente quanto para o futuro. A cidade de São Paulo obteve bons resultados na Copa do Mundo de futebol. Recebeu 68,94% dos visitantes do Mundial, de acordo com a SPTuris, a empresa mu-nicipal de promoção turística, contra 5,25% do Rio e 5,11% de Minas. Quem veio, gostou: 81,4% avaliou a cidade com notas positivas.

Estrategicamente entre São Paulo e Rio de Janeiro, responsável por uma parcela considerável do PIB brasi-leiro, o Vale do Paraíba – que ocupa uma área de mais de 16 mil quilôme-tros quadrados no estado - tem sua

infl uência não somente na indústria e agropecuária. O Centro de Estudos de Turismo e Desenvolvimento Social (Cetes) da USP iniciou em 2014 um tra-balho direcionado à região serrana do Vale, onde é o turismo que se destaca e movimenta a economia.

Para o Diretor da Secretaria de Turismo de São José dos Campos, Diego Nicolau de Carvalho, é preciso que se faça a conscientização da população para a importância do turismo. “O tu-rismo é fundamental para o crescimen-to da economia, do desenvolvimento social, da educação, da ecologia. Por

PAG 36 E 41_Turismo.indd 37PAG 36 E 41_Turismo.indd 37 06/03/2015 19:11:3106/03/2015 19:11:31

Page 38: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 38

isto é importante que o cidadão tenha esta consciência, pois é a população, de uma forma geral, que faz a recepção ao turista”.

NúmerosOs números são muitos signifi cati-

vos e indicam a evolução do setor para a economia. O turismo tem 9,9% de representatividade no PIB Mundial, sendo US$ 7,56 trilhões de movimenta-ção fi nanceiro, por meio de 924 milhões de turistas no mundo, o que promove 238,2 milhões de empregos.

No Brasil, a representatividade do turismo é de 9,3% do PIB, com uma

receita cambial de US$ 5 bilhões, pro-movida pela circulação de 9,5 milhões de turistas estrangeiros o que gera 5,5 milhões de empregos.

Os resultados mais recentes cha-mam a atenção para a importância deste novo mercado, o que está sensibi-lizando também os governos federais, estaduais e municipais. No Brasil, no período de 2000 à 2012 foram gerados pela atividade turística no país 1,2 milhões de empregos, formais e infor-mais. A atividade turística cresceu 76% nesse período: os gastos de turistas estrangeiros em visita ao Brasil foram de US$ 10,3 bilhões.

O PIB do Vale do Paraíba é, em números absolutos, de R$ 57 bilhões e o turismo representa 31%, ou seja, R$ 15,8 bilhões.

POTENCIAL TURÍSTICO DA

REGIÃO METROPOLITANA

DO VALE DO PARAÍBA E

LITORAL NORTE

• 39 municípios destacan-do-se para São José dos Campos, Taubaté, Pindamo-nhangaba e Aparecida.

• R$ 57 bilhões de PIB , superior a países como El Salvador, Panamá e Bolívia.

• R$ 20.777,00 de PIB per ca-pita, valor de 42% superior ao PIB per capita Brasil.

• R$ 13,5 bilhões de ex-portações, 17,4% do total exportado pelo Estado de São Paulo.

• R$ 36,7 bilhões é o potencial de consumo estimado, um consumo per capita 22,8% superior a média brasileira

• Mais de 200 mil empresas ativas (indústrias, comércio, serviços e agronegócios).

• Mais de 900 mil de veículos automotivos por dia na rodovia Presidente Dutra.

• 41 milhões de turistas/ano circulam na região. Princi-pais áreas turísticas são: Litoral Norte, as montanhas da Serra da Mantiqueira, as riquezas naturais e culturais do Vale Histórico e o turismo religioso nas cidades de Aparecida, Guaratinguetá e Cachoeira Paulista.

Fláv

io P

erei

ra/M

eon

PAG 36 E 41_Turismo.indd 38PAG 36 E 41_Turismo.indd 38 06/03/2015 19:11:3206/03/2015 19:11:32

Page 39: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 39

O turismo é fu n-damental para o crescimento da economia, do desenvolvimento social, da edu-cação, da ecolo-gia. É importante que o cidadão tenha esta consciênciaDiego CarvalhoDIRETOR DA SETUR/SJC

PioneiraA maior cidade do Vale do Para-

íba foi apontada em uma pesquisa internacional, realizada pela FOR-BES (a maior revista de negócios e economia dos Estados Unidos) em 2011, como a 9ª melhor cidade do mundo para se fazer negócios; foi a primeira cidade a conquistar o maior prêmio de segurança viária do mundo (“Prince Michael Internacional Road SafetyAwards”); e a primeira cidade do mundo a receber pagamento de compras com cartão de crédito ou débito pelo celular.

O turismo enquanto parte integrante da administração nacional, estadual e municipal é muito recente. Criada pela Lei Municipal N° 8.904, de 21 de fevereiro de 2013, a Secretaria de Turis-mo-SETUR é o órgão da Prefeitura de São José dos Campos responsável por divulgar as potencialidades turísticas da cidade, em cooperação com organis-mos do governo e não governamentais.

Cabe a ela promover o intercâm-bio com entidades ligadas ao setor e ampliar os fl uxos e a permanência dos visitantes nacionais e estrangeiros na cidade. Ela tem a incumbência de apoiar a realização de feiras, exposi-ções de negócios, viagens de incentivo, congressos municipais, nacionais e internacionais, além de estimular a formação e o aperfeiçoamento de pro-fi ssionais da área.

Segundo o diretor de turismo da entidade, Diego Nicolau de Carvalho, a SETUR tem como objetivo desenvolver o turismo como uma atividade econô-mica sustentável, com o papel rele-vante na geração de emprego e renda. É responsável também pela defi nição de políticas públicas de turismo, juntamente com as demais entidades municipais e/ou regionais.

Turismo regional O ano começou com boas notícias

para o Hotel Ema Palace, de São José dos Campos. O site Trivago, consi-

derado o maior buscador de hotéis do mundo, classifi cou o Hotel Ema Palace como o melhor da cidade em sua categoria, segundo a avaliação de seus hóspedes e com o melhor preço/benefício.

Segundo Fernando de Magalhães Jimenez, gerente de Marketing do hotel, este é o resultado de um traba-lho que vem sendo desenvolvido ao longo destes três anos de existência do hotel e que tem como princípio estar alinhado às características de São José dos Campos e mantendo-se como o mais charmoso da cidade. Os números já demonstram esta coloca-ção, uma vez que ele conta com uma taxa de ocupação semanal em torno de 85%, sendo que destes 30% são hóspedes estrangeiros. Números que se consolidam com a inauguração de sua Suíte Presidencial.

O site Trivago compara 719.154 hotéis de 254 sites de reservas diaria-

mente, em 49 plataformas com mais de 25 línguas e disponibiliza com alta tecnologia informações para quem busca hospedagem em hotéis com elevado conteúdo e preços atraentes.

Em 2014 o hotel investiu em inova-ções e uma delas foi a inauguração da suíte presidencial que reúne conforto, luxo, uma vista panorâmica da Serra da Mantiqueira e um serviço que condiz com o crescimento do turismo da cidade.

Fernando de Magalhães Jimenez constatou que o empreendimento segue uma política adequada para a evolução de São José dos Campos na recepção de turistas nacionais e estrangeiros tanto para o lazer, esporte, artes e negócios. Jimenez participou juntamente com repre-sentantes técnicos da rede hoteleira de reuniões com a Prefeitura de São José dos Campos para a troca de informações e discutir o planejamen-to turístico a ser implementado. A proposta foi fortalecer a atividade na cidade e aprimorar o atendimento, buscando incrementar este setor que vem crescendo nos últimos anos e com tendência de evoluir ainda mais diante dos eventos que irão marcar os setores esportivo, artísticos, so-ciais e tecnológicos.

O Hotel Ema Palace tem uma políti-ca de constante evolução para atender a uma clientela cada vez mais exigente quanto ao conforto e requinte no setor hoteleiro. Com esta visão, o diretor Miguel Jimenez Massa fez viagem à Europa, onde visitou 14 cidades de Portugal e Espanha para uma pesquisa de como os empresários deste setor estão atuando.

Miguel Massa se hospedou em ho-téis 5 estrelas e confi rmou que o Hotel Ema Palace está equiparado em relação a equipamentos e estrutura, “mas nun-ca é demais aprimorar o atendimento, principalmente considerando que dos seletos hóspedes, cerca de 35% são estrangeiros”, comenta.

A Suíte Presidencial veio comple-

PAG 36 E 41_Turismo.indd 39PAG 36 E 41_Turismo.indd 39 06/03/2015 19:11:3306/03/2015 19:11:33

Page 40: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 40

mentar a proposta do hotel para aten-der a executivos que querem o quarto para permanência estendida, sendo considerada também uma opção sob medida para casais em núpcias. O local contou com um investimento de R$ 70 mil, e veio para preencher um fi lão ainda pouco explorado na cidade, que já conta com cerca de 700 mil habi-tantes e na região do Vale do Paraíba, com mais de 2,3 milhões de pessoas.

São 133 m² para um espaço com quatro ambientes. A suíte conta com lareira, sala de estar equipada com som ambiente, televisor full HD 50” e outros equipamentos eletrônicos de entre-

tenimento e varanda com bela vista panorâmica. O quarto principal possui amplo closet e toilet com banheira de hidromassagem, televisão e som am-biente e também oferece frigobar, cli-matizador de vinhos, café da manhã no quarto, entre outros serviços especiais.

ProjeçãoO FOHB - Fórum de Operadores

Hoteleiros do Brasil apresentou a segunda edição da pesquisa “Perspec-tivas de Desempenho da Hotelaria”, em outubro do ano passado. O estudo traz o panorama de desempenho das redes hoteleiras associadas ao FOHB, compa-

rando dados de 2014 com 2013, assim como projeções para 2015 e 2016.

Esta edição anual do estudo abrange 467 hotéis em 16 cidades brasileiras, além da Grande São Paulo. As princi-pais capitais e municípios mais focados em turismo foram pesquisados, sendo: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Jundiaí, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

As projeções até o fi nal de 2014 apontam um aumento nas taxas de ocupação em comparação com o ano anterior. As expectativas de crescimen-

Mais de 40 milhões de pessoas circulam pelas cidades

turísticas do Vale do Paraíba e Litoral Norte anualmente.

Ilhabela é um dos destaques

Gen

ilson

Júni

or/P

MI

O

PAG 36 E 41_Turismo.indd 40PAG 36 E 41_Turismo.indd 40 06/03/2015 19:11:3306/03/2015 19:11:33

Page 41: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 41

to das taxas de ocupação durante o 1º semestre de 2015 também se destacam positivamente.

As perspectivas positivas se devem a vários fatores, como o crescimento do turismo doméstico, em especial pela Classe C, a expansão do crédito para o setor, a evolução dos gastos pú-blicos com infraestrutura, qualifi cação profi ssional e promoção, o fortaleci-mento da gestão descentralizada do turismo e a visibilidade com a realiza-ção de megaeventos internacionais.

OportunidadesRecentemente o presidente da

Federação Paulista de Ginástica, Márcio TabashiIshizaki, esteve em São José dos Campos para conhecer o projeto do pri-meiro ginásio da cidade específi co para treinamento e competições das modali-dades artística e rítmica, localizado no

Clube Thermas do Vale.O local além de ser usado para trei-

namento das equipes que representam a cidade em competições ofi ciais, servirá também para competições de ginástica artística e rítmica. Em 2016, o equipa-mento esportivo poderá ainda ser um centro de treinamento dos ginastas bra-sileiros e estrangeiros que vão participar dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro. Os aparelhos serão os mais modernos do mercado.

O projeto conta com um ginásio de 55 metros de comprimento por 40 de largura, com arquibancada para 700 pessoas (com possibilidade de mais 800 vagas móveis), vestiários para atletas e árbitros.

EncontroEm junho de 2015 haverá um

encontro internacional do Rotary em

São Paulo que deve reunir em torno de 10 mil pessoas, sendo 4 mil do exterior. Neste evento será dada posse aos governadores distritais, sendo que o distrito 4600 que é composto por 67 clubes de 38 cidades do Vale do Paraíba e Região terá como governador Antônio Custodio, do Rotary Clube Leste de São José dos Campos. Neste mesmo mês terá sua posse festiva no Parque Tecnológico de São José, em um novo encontro que irá reunir rotarianos das 38 cidades o que representa cerca de 3 mil pessoas vindo para São José.

Os dados destas atividades de-monstram a importância de São José dos Campos para o turismo brasileiro, por sua localização e infraestrutura. O setor hoteleiro fi ca com um incremen-to acentuado e que signifi ca um foco importante para a economia da cidade e da região.•

O IOV É RESPEITO PELAS PESSOAS.

Respeito porque cuida de milhares de pessoas. Porque é humano. Porque se aprimora e inova todos os dias e ajuda em ações sociais e sustentáveis. E, principalmente, porque luta contra o câncer. Afinal, o nosso maior objetivo é ter respeito pela vida.

Parceria:

Dr. Carlos Flávio TurciResponsável Técnico

CRM-SP 27301

Cenon

Anuncio indd 1 27/02/2015 15:06:18

PAG 36 E 41_Turismo.indd 41PAG 36 E 41_Turismo.indd 41 06/03/2015 19:11:3306/03/2015 19:11:33

Page 42: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 42

Campeões da Superliga B, times de vôlei de São José decepcionam a torcida na elite da modalidade no Brasil

Tião

Mar

tins

/PM

SJC

Linha de distribuição de energia é vistoriada na capital paulista

NOTÍCIAS ESPORTES

INÍCIO PROMISSOR XFALTA DE INVESTIMENTO

PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 42PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 42 06/03/2015 19:12:0106/03/2015 19:12:01

Page 43: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 43

Atemporada de 2014 da Super-liga B foi promissora para os times feminino e masculino de São José dos Campos. Com

campanhas irrepreensíveis, as duas equipes saíram com o título e a vaga para a Superliga, um dos melhores campeonatos de clubes do mundo.

As meninas venceram oito dos nove jogos disputados e venceram com pro-priedade a grande fi nal contra o Bauru, por 3 sets a 1. Já entre os homens, o time chegou a acumular dez jogos invictos antes de bater os gaúchos do Voleisul na fi nal da liga.

Entretanto, veio a estreia na elite do vôlei brasileiro e, a partir de então, as derrotas passaram a ser rotina nas cam-panhas tanto do time feminino quanto do time masculino.

As meninas tiveram um início complicado na competição, quando pegaram logo o Sesi e o Rexona nas primeiras rodadas, respectivamente vice-campeão e campeão da tempora-

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSJoão Pedro Teles

da passada.Depois de uma vitória contra o Ma-

ranhão na terceira rodada, a única do time até agora, as meninas acumula-ram uma série de 16 derrotas e carre-garam a lanterna durante quase toda a fase de grupos. O time chegou a fi car seis jogos sem vencer um set sequer, muitos deles nos quais não conseguiu passar dos 20 pontos.

Com a má campanha, há grandes chances das joseenses voltarem à disputa da Superliga B na próxima temporada. Até o fechamento desta re-portagem, o time contava com 5 pontos, cinco a menos do que as vice-lanternas do Uniara/Afav.

Se a campanha frustrou as ex-pectativas de quem viu as meninas atropelarem as adversárias na Super-liga B, o técnico Washington Araújo Gomes, não se abala com a série de maus resultados. De acordo com o comandante, o time repleto de jovens atletas formadas em São José chegou à Superliga antes do planejado e teve esta temporada como experiência para os desafi os futuros.

“Não nos iludimos na campanha da Superliga B, quando fomos mais longe do que o esperado, e também não vamos nos abater com os resultados ruins nesta Superliga. O que o torcedor

precisa entender é que o nosso projeto de formação é de longo prazo e nosso papel é o de formar jogadoras para em um ano ou dois, podermos pensar em ir mais longe pela competição”, explica o treinador.

Apesar das derrotas, o ambiente entre as meninas, garante o técnico, é o melhor possível. O grupo de jogadoras vem jogando junto desde a categoria infanto-juvenil o que, de acordo com Gomes, é fato raro no vôlei brasileiro.

“Há poucas equipes formadoras no panorama de hoje. Quem tem mais recursos contrata as atletas mais con-sagradas, mas de equipes formadoras mesmo são poucas. Por isso é impor-tante que o São José continue traba-lhando na base para consolidar-se em um projeto de longo prazo”, afi rma.

O projeto do Pinheiros, que até o fi m desta reportagem ocupava o sexto lugar na Superliga, serve como um exemplo para os joseenses. Investindo nas pratas da casa, a equipe paulistana evoluiu gradativamente e, em 2015, vive sua melhor temporada. O time chegou ao inédito título da Copa Brasil de Vôlei em campanha na qual venceu o então invicto Rexona nas semifi nais e o Sesi na grande fi nal.

“O Pinheiros representa um projeto bem parecido com o que estamos insta-

Na Superliga B, o time feminino venceu oito dos noves jogos que disputou. Já no masculino, a campanha foi ainda melhor: foram 10 jogos invictos até a conquista do título sobre o Voleisul

Tião

Mar

tins

/PM

SJC

Equipe feminina campeã da Superliga B em 2014

PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 43PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 43 06/03/2015 19:12:0206/03/2015 19:12:02

Page 44: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 44

lando em São José. É um time de baixo investimento, que investe muito nas categorias de base e que, ano a ano, vem mostrando evolução. É preciso levar em consideração que o vôlei é um esporte que exige muito recurso fi nan-ceiro. Quando temos uma base boa, só precisamos de contratações pontuais para manter uma equipe competitiva. Isso viabiliza muito a permanência do time em termos fi nanceiros”, diz.

Crise

Se no time feminino o ambiente é bom apesar das difi culdades, o mesmo não se pode dizer dos meninos do São José. Após estreia com quatro derrotas

consecutivas, a diretoria demitiu o téc-nico Reinaldo Bacilieri em novembro de 2014. Para o seu lugar, foi contrata-do o treinador Alexandre Rivetti, que já havia levado o Brasil Kirin a um tercei-ro lugar na temporada 2013/2014.

A troca de comando contrariou os atletas e o clima nos bastidores do clube começou a esquentar. Sem al-cançar os resultados, o novo treinador era questionado por parte do elenco. O estopim da crise aconteceu no dia 23 de janeiro, quando, após derrota para o lanterna São Bernardo, a diretoria deci-diu afastar três jogadores, entre eles o capitão da campanha da Superliga B, o central Rodolpho.

“O grupo não concordava muito com a troca de comando, mas o que acontece é que o São José estava em um estilo um pouco amador ainda. Mesmo com a expectativa criada depois da boa campanha na Superliga B, era preciso colocar a cabeça no lugar e lembrar que a divisão de acesso, com todo o respei-to, tem um nível juvenil. Alguém tinha que arrumar a casa porque a Superliga é um campeonato onde todos os times estão muito bem preparados, todos os jogos são complicados”, explica.

Mesmo com a vice-lanterna do cam-peonato, o São José deve se manter na Superliga para a próxima temporada. Fato que anima o treinador da equipe, que acredita em um projeto de cresci-mento gradativo da equipe a partir do ano que vem.

“Com um elenco reforçado e com a

mentalidade que implantamos nesses últimos jogos de que disputar uma Superliga requer mais profi ssionalismo e doação dos atletas, tenho certeza que este time ainda vai colher bons frutos. Foi a primeira vez para a maioria dos jogadores e deu para perceber que o nível é alto”, afi rma.

O São José venceu apenas dois jogos na competição, mas protago-nizou boas batalhas contra os times que disputam o topo da tabela. Os dois jogos contra o Sesi, por exemplo, foram decididos apenas no tie-break. No segundo turno, o clássico contra o Taubaté teve o mesmo roteiro.

Água fria

Apesar do discurso dos dois técnicos ser de continuidade, o secretário de Esportes, José Luiz Nunes, deixou bem claro que a Prefeitura de São José dos Campos, principal mantenedora das duas equipes, vai diminuir o orçamento para o vôlei na cidade.

De acordo com o secretário, embora ainda não haja um planejamento defi nido, os clubes terão de procurar outros investidores para se manterem na Superliga no ano que vem.

“Esses dois times precisam imedia-tamente ter força para captar recursos no mercado. O fi nanciamento do vôlei vai ser pauta para avaliação da secreta-ria nos próximos dias. Lembrando que estamos em um momento de escassez de recursos”, afi rma o secretário.•

O ex-capitão Rodolpho Granato foi afastado pela diretoria

Tião

Mar

tins

/PM

SJC

PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 44PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 44 06/03/2015 19:12:0206/03/2015 19:12:02

Page 45: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 45A Prefeitura de São José está abrindocaminho para as ciclovias. Nos últimosanos foram entregues mais de 28 km, interligando os bairros e regiões da cidade.O novo plano de mobilidade garante mais conquistas para que pedestres, ônibus, carrose ciclistas circulem em ambientes adequados, com segurança, sustentabilidade e trânsito fluindo para todos. E vem muito mais por aí:além da construção de novas ciclovias, a Prefeitura também está interligando os trechos já existentes na cidade. Na região central, a revitalização da Av. Nove de Julho prevê mais 2,2 km de ciclovia interligada coma Av. Manoel Borba.

Ciclovia é qualidade de vida.

É mais conquistas para todos os Joseenses.

MAIS

28km

Rua Doutor Amin Simão

(região Sudeste).

Ciclovia com

350 metros.

Altos de Santana

(região Norte).

Ciclovia com

2,7 km.

Av. Borba Gato •

Rua Ana Maria Nardo

(região Central).

Ciclovia com

2,3 km.

PrefeituraSJCamposwww.sjc.sp.gov.br sjcprefeitura

PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 45PAG 42 E 45 - ESPORTE.indd 45 06/03/2015 19:12:0306/03/2015 19:12:03

Page 46: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 46

NA PALMA DA MÃO: APLICATIVOS PODEM VIRAR ALIADOS DO SERVIÇO PÚBLICO

NOTÍCIAS REGIÃO

PAG 46 E 51_aplicativos.indd 46PAG 46 E 51_aplicativos.indd 46 06/03/2015 19:12:2406/03/2015 19:12:24

Page 47: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 47

Acada dia novas tecnologias surgem e com elas novos avan-ços, como o desenvolvimento de aplicativos. Isso não é

segredo para ninguém, mas a novidade está na utilização destas plataformas na busca de soluções para problemas de serviços públicos como vias esbura-cadas, falta de manutenção em locais públicos e até em casos de segurança. Tudo isso, em uma parceria que envolve sociedade e poder público.

Segundo a provedora de tecno-logia de atendimento multicanal Contact Solutions 81% dos consumi-dores usam aplicativos mobile para procurar por formulários de ajuda ou atendimento e assistência.

“Atualmente há uma mudança e in-versão no comportamento do usuário. Hoje, o principal meio de acesso é o mobile, no qual a pessoa compra um

celular, escolhe um plano de internet e já está conectada. As manifestações que tomaram o país em julho de 2014, por exemplo, infl uenciaram nesse com-portamento”, diz o joseense Fabiano Porto, especialista de gestão em mídias sociais e representante da Abradi (Associação Brasileira dos Agentes Digitais) no Vale do Paraíba.

“As manifestações mostraram que a população quer participar, legitimar o seu poder, e os aplicativos são os meios que pelos quais se encontram e cobram as prefeituras. Os desenvolvedores de aplicativos, que também fazem parte desse grupo de pessoas que querem mudança, percebem essa movimenta-ção. O que acontece é um cruzamento desse anseio pela participação com a evolução tecnológica. Esse é o futuro”, explica Porto.

Dois aplicativos nacionais, o Onde Fui Roubado (disponível na internet pelo computador e como App na pla-taforma iOS) e o Colab (também com acesso pelo computador e App, para Android e iOS), já são provas de que a

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSRodrigo Ribeiro

As manifestações mostraram que a população quer participar, legiti-mar o seu poder, e os aplicativos são os meios pelos quais elas se en-contram e cobram as prefeituras.

Fabiano PortoESPECIALISTA DE GESTÃO EM MÍDIAS SOCIAIS

Repr

oduç

ão/O

nde

Fui R

ouba

do

PAG 46 E 51_aplicativos.indd 47PAG 46 E 51_aplicativos.indd 47 06/03/2015 19:12:2706/03/2015 19:12:27

Page 48: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 48

relação entre poder público e sociedade pode ir além.

ColabLançado em março de 2013, o

Colab.re é uma rede social que promove a gestão pública colaborativa das cida-des brasileiras e foi considerado pela ONU (Organização das Nações Unidas) o melhor aplicativo urbano do mundo, entre 20 mil participantes.

O mecanismo é muito simples: ao se deparar com um problema –por exem-plo, um buraco na calçada, um carro parado irregularmente, ou vegetação que precisa ser podada–, a pessoa tira uma foto com o aplicativo, seleciona a categoria em que o problema se enqua-dra e posta na rede. O app automatica-mente geolocaliza o problema.

O aplicativo incentiva a comunica-ção entre a sociedade e a gestão pú-blica. Atualmente, 60 mil usuários do Colab realizam fi scalizações, avaliações e propostas de soluções de instituições e serviços públicos, que são encami-nhadas aos órgãos responsáveis para que possam solucionar o problema.

Mais de 50 prefeituras brasileiras utilizam a ferramenta como canal de relacionamento ofi cial, entre elas, Santos, Guarujá (SP), Niterói (RJ) e Curitiba (PR).

“O Colab surgiu porque percebemos um interesse dos cidadãos e poder público (governos e instituições) em se comunicarem e existia uma difi culda-de nessa relação. A ideia é fi scalizar, propor e avaliar. O App é uma ferra-menta de fi scalização do cidadão, que está na rua e já envia a ocorrên-cia, ajudando o governo a agir mais rapidamente”, conta Paulo Pandolf, responsável pelo aplicativo.

“Além das mais de 50 cidades que usam o aplicativo, outros órgãos tam-bém estão utilizando como uma ferra-menta ofi cial, como por exemplo a SAC (Secretaria de Aviação Civil), no qual os cidadãos avaliam os cinco principais aeroportos do país. O detalhe é que não há custo para aderir”, explica Pandolf.

A parceria da Prefeitura de Curitiba com o Colab vai completar um ano em março e até o dia 3 de fevereiro a administração municipal recebeu 2.665 demandas pelo aplicativo, das quais 1.198 foram resolvidas.

Na cidade, a equipe da Comunica-ção Social acessa o painel administra-tivo da ferramenta e faz um primeiro filtro para saber se a demanda é de responsabilidade da prefeitura. Em seguida, encaminha à secretaria com-petente. Uma vez resolvido o proble-ma, o cidadão é comunicado de que sua demanda foi atendida.

“O impacto da ferramenta é gran-

de. Ela permite mostrar a importância do trabalho conjunto entre poder público e comunidade. Um exemplo: nem sempre é possível remover ou multar o carro que está parado em cima da calçada, cuja foto foi enviada por aplicativo, pois até que a Secreta-ria de Trânsito seja acionada, prova-velmente o veículo já não esteja mais no local. Mas informações desse tipo ajudam a mapear os locais de maior incidência de infrações de trânsito e programar ações concentradas, com resultados mais efetivos”, informa a prefeitura curitibana.

Repr

oduç

ão/C

olab

PAG 46 E 51_aplicativos.indd 48PAG 46 E 51_aplicativos.indd 48 06/03/2015 19:12:2706/03/2015 19:12:27

Page 49: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 49

Onde Fui RoubadoOutra novidade é a plataforma

colaborativa Onde Fui Roubado, que permite que qualquer pessoa do Brasil registre a ocorrência de algum crime que tenha sofrido e que a partir daí, seja criado um mapa de ocorrências em cada cidade do país e do mundo. A quantidade de registros relacionados ao Vale do Paraíba ainda é pequena, mas pode ajudar a mapear a criminali-dade na região.

Em São José dos Campos foram registrados 23 crimes nos últimos 90 dias, outros oito em Taubaté e em Jacareí, cinco casos. Em São José, das

23 ocorrências, 30% foram contra homens, 65% aconteceram durante o dia e 43% das pessoas fi zeram Bole-tim de Ocorrência. O bairro que lidera as ocorrências é o Jardim Satélite, na região sul.

O aplicativo já recebeu denúncias de 835 cidades do país que são feitas pelo internauta de forma anônima. Uma das ocorrências registradas em São José foi uma tentativa de assalto a mão ar-mada com veículo em movimento, que aconteceu no dia 15 de novembro do ano passado, às 22h, na rua Benedito Osvaldo Lecques, no Jardim Aquárius, região oeste.

Segundo a ocorrência, “um carro pediu passagem e ao emparelhar, abriu o vidro e apontou um revólver, dando ordem de parada. Reduzi e entrei sen-tido Carrefour Jd. Aquarius, durante a fuga, o bandido perseguiu o carro, o que gerou um acidente envolvendo um táxi. A polícia ainda informou que era o 3º caso de assalto na região naquele dia”.

Para José Vicente da Silva Filho, ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, os aplicativos po-dem ajudar, dependendo da qualidade da informação.

“Os aplicativos são importantes, úteis e bem-vindos, porque aumentam a oferta de informações para os poli-ciais. No entanto, a polícia vai tomar cuidado em relação à qualidade dessa informação. No serviço de inteligência elas são classifi cadas pela qualidade e credibilidade da fonte. A principal arma da policia não é o revólver, é a informação. É por meio dela que se per-mite verifi car os locais de maior inci-dência criminal e ela é um instrumento importantíssimo de planejamento para a polícia decidir onde vai atuar”.

Ainda de acordo com José Vicente, “para ter essa incidência, a ferramen-ta depende que as vítimas façam o registro dos problemas, e uma forma de fazer isso é o B.O. A polícia ampliou

Em São José, das 23 ocorrências no Onde Fui Roubado, 30% foram contra homens, 65% aconteceram durante o dia e 43% das pessoas fi zeram Boletim de Ocorrência

Repr

oduç

ão/O

nde

Fui R

ouba

do

PAG 46 E 51_aplicativos.indd 49PAG 46 E 51_aplicativos.indd 49 06/03/2015 19:12:2706/03/2015 19:12:27

Page 50: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 50

esse canal e criou o Boletim de Ocor-rência Eletrônico pela internet, já que hoje a quantidade de pessoas que usam a web é muito grande, e também colhe informações em reuniões nos conse-lhos comunitários, o que é um avanço”.

Baixa AdesãoNas três maiores cidades da Região

Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o uso dos aplicativos de serviços ainda é baixo. Apenas São José dos Campos utiliza aplicativos para estreitar a relação com os moradores, dar transparência a serviços públicos e receber denúncias.

Na área de fi scalização, o aplicativo Cidade Limpa se parece com o Colab e permite que os moradores façam denúncias de descarte irregular de lixo, entulho e pichação. Para outros casos, os moradores devem acionar a Central de Atendimento 156.

Segundo dados da prefeitura, desde que foi implantado, no início de ou-tubro do ano passado, o aplicativo foi instalado em 1.310 aparelhos de celular. Em 100 dias, o DFPM (Departamento

de Fiscalização e Posturas Municipais) recebeu 120 denúncias de despejo irregular de lixo, 93 sobre descarte de entulho e 12 ocorrências de pichação.

Desse total de reclamações, 66 foram consideradas improcedentes, por não confi gurar irregularidade, por falta de dados sufi cientes ou porque indicavam locais fora da cidade. Das demais, 68 tiveram ação fi scal iniciada, 31 foram repassadas à SSM (Secretaria de Serviços Municipais) para efetuar limpeza e outras 60 geraram ações que estão em andamento ou em processo de verifi cação pelo DFPM.

O Cidade Limpa pode ser baixado no sistema Android. Para cada denún-cia enviada é gerado um número de protocolo para acompanhamento, que fi ca armazenado no aplicativo para consulta do usuário.

Já a Prefeitura de Taubaté infor-mou que considera interessante a ideia dos aplicativos de smartphones, mas ainda não desenvolveu nenhum projeto neste sentido. “No atual momento, a administração munici-pal privilegia investimentos em áreas

como saúde e infraestrutura, essen-ciais para o município. Além disso, a prefeitura possui o Departamento de Ouvidoria, como um importante canal de comunicação entre população e poder público. Atualmente, o setor atende em média mais de 20 pessoas por dia pelo telefone 0800 7700 567 e pelo site www.taubate.sp.gov.br, no canal Ouvidoria”, informa a prefeitura em nota.

Em Jacareí, o secretário de comuni-cação da prefeitura, Paulo Bicarato afi r-ma que, apesar de o município ainda não contar com aplicativos de serviços, é uma forma da população participar efetivamente da administração.

“Esses aplicativos incentivam a participação popular e o exercício da cidadania, com cobranças pontuais, sugestões e até elogios. Essas ferra-mentas estão muito acessíveis e são bem-vindas, aprimoram a relação e dão voz ao cidadão. Existe interes-se da Prefeitura de Jacareí, alguns aplicativos estão em estudo, entre eles ferramentas desenvolvidas por nós, e a ideia é implantar a tecnologia”.•

Repr

oduç

ão/Y

outu

be

Para o ex-secretário Nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, a principal arma da polícia é a informação

PAG 46 E 51_aplicativos.indd 50PAG 46 E 51_aplicativos.indd 50 06/03/2015 19:12:2806/03/2015 19:12:28

Page 51: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 51

PAG 46 E 51_aplicativos.indd 51PAG 46 E 51_aplicativos.indd 51 06/03/2015 19:12:2806/03/2015 19:12:28

Page 52: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 52

tos contemporâneos como o hip hop e a música eletrônica.

E não adianta torcer o nariz. O gênero, que tem a marca da transgressão em seu DNA, revela-se com o vigor de sempre nes-tas novas roupagens, que serão reunidas e apresentadas durante o festival.

Dúvida? Então assista de ouvidos bem abertos as apresentações das feras que se apresentam no festival.

Os shows acontecem no ginásio do Sesc com entradas a R$ 50, R$ 25 e R$ 15. O evento terá início sempre às 20h e cada dia contará

O final de março será de muito jazz em São José dos Campos. Grandes nomes internacionais do gênero

aportarão no Sesc da cidade para partici-par do Nublu Jazz Festival, que acontece entre os dias 26 e 28.

Durante o evento, o público terá a oportunidade de conhecer novas verten-tes jazzísticas que trazem muitos elemen-

com duas apresentações no palco. Veja:

Quinta-feira (26)Chris ‘Daddy’ DaveTricky

Sexta-feira (27)Zulumbi + Brian JacksonHiatus Kaiote

Sábado (28)Istanbul Sessions + Erik TrufazzJames Farm

Cultura&

Festival traz vertentes do jazz mundial a São José dos Campos

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSJoão Pedro Teles

Div

ulga

ção

O cantor Tricky é um dos principais nomes do Nublu Jazz Festival

PAG 52 e 53 Cultura.indd 52PAG 52 e 53 Cultura.indd 52 06/03/2015 19:12:5306/03/2015 19:12:53

Page 53: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 53

Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1

Download gratuito

Após ser resgatada do Massacre

Quaternário, Katniss aceita a proposta

desde que a resistência se comprometa a

resgatar os demais Vitoriosos, mantidos

prisioneiros pela Capital.

Bjork

Jair NavesTrovões a Me Atingir

Em Vulnicura, a can-

tora islandesa traz um

álbum que fala sobre

separação, tema mais

comum na música.

Mas se tratando em

um trabalho de Björk

até a simplicidade se

torna algo complexo.

Em seu segundo

álbum, o paulistano

Jair Naves mostra

que veio para se

fi rmar como nome

forte do cenário

indie brasileiro

SOM&

Lollapalooza

Nos dias 28 e 29 de março, o

festival Lollapalooza traz como

destaques o roqueiro Jack

White, o cantor e produtor Pharrel

Williams, o cantor escocês Calvin

Harris, o DJ norte-americano

Skrillex e o roqueiro Robert Plant.

O festival acontecerá mais uma

vez no Autódromo de Interlagos,

Zona Sul de São Paulo. Estão

confi rmados ainda Smashing

Pumpkins, Foster the People,

Kasabian, Bastille, Steve Aoki,

Major Lazer, Marina and the

Diamonds, Interpol e The Kooks,

Os ingressos estão à venda pelo

site do festival com preços que

vão de R$ 330 (meia, para dois

dias) a R$ 660 (inteira, para dois

dias). Jack White, do duo White

Stripes, vai fazer show desta vez

Boyhood - Da Infância à JuventudeO fi lme conta a história de um casal de

pais divorciados que tenta criar seu fi lho

Mason. A narrativa percorre a vida do

menino durante um período de doze

anos, da infância à juventude.

com banda própria (ao contrário

de suas vindas anteriores com o

White Stripes, em 2003 e 2005)

para mostrar no palco a força de

seu ótimo álbum Lazaretto. Plant

também tem munição fresca para

mostrar com os Shift ers, a mesma

que usou para gravar este ano o

disco Lullaby and... The Ceaseless

Roar. O ex Led Zeppelin começa

a criar histórico no País. Veio em

1996 com Jimmy Page para o

extinto festival Hollywood Rock e

em 2012 fez show no Espaço das

Américas com os Shift ers. Outro

nome a ser festejado pelos fãs é

o de Pharrell Williams. O produtor

que ganhou tudo no Grammy

2014 com a parceria Get Lucky,

com o Daft Punk, chegou ao topo

das paradas logo em seguida com

o hit Happy.•

Para Sempre Alice

A Dra. Alice Howland é uma renoma-

da professora de linguística. Aos pou-

cos, ela começa a esquecer certas

palavras e se perder pelas ruas de

Manhattan. Ela é diagnosticada com

Alzheimer. A doença coloca em prova

a força de sua família. Enquanto a

relação com o marido fragiliza, ela e a

fi lha Lydia se aproximam.

CINEMA&

Simplesmente Aconteceu

Jovens britânicos, Rosie e Alex são

amigos inseparáveis desde a infância,

experimentando juntos as difi culda-

des amorosas, familiares e escolares.

Embora exista uma atração entre

eles, os dois mantêm a amizade aci-

ma de tudo. Mas o destino continua

atraindo Rosie e Alex um ao outro.

Div

ulga

ção

DVD&

Vulnicura

Preço: R$ 39,90

PAG 52 e 53 Cultura.indd 53PAG 52 e 53 Cultura.indd 53 06/03/2015 19:12:5306/03/2015 19:12:53

Page 54: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 54

CINEMA, CARNAVAL E ASTRONOMIA: O “TRIPÉ SIDERAL” ESQUECIDO DE REMO CESARONI EM SÃO JOSÉ

Depois de se curar de uma tuberculose, o italiano construiu na cidade o principal observatório privado da América do Sul e o mais sofi sticado cinema da época

NOTÍCIAS CULTURA

PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 54PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 54 06/03/2015 19:13:1106/03/2015 19:13:11

Page 55: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 55

Avenida Heitor Villa Lobos, 893; 899; 919, Vila Ema. Pode pare-cer um endereço qualquer no bairro da Zona Central de São

José dos Campos, mas não é. Contra-riando a normalidade, o local guarda um pouco da história da astronomia brasileira e do cinema joseense.

O espaço, ocupado atualmente pelo estacionamento de um supermercado e um centro comercial, já abrigou um dos mais importantes observatórios ama-dores da América do Sul, na década de 40 e um dos cinemas de alto padrão da cidade na década de 60. Tudo nasceu do investimento de um italiano que en-controu em São José seu lar. Seu nome pode ser visto em uma das ruas da Vila Ema: Comendador Remo Cesaroni, ou simplesmente, Remo Cesaroni.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSThiago Fadini Ator e empresário, ele nasceu em

Roma, fi lho de Nicola Cesaroni e An-dréa Maria. Veio para o Vale do Para-íba no início do século XX para tratar da tuberculose que o consumia com o médico e amigo Dr. Nelson D’Ávilla (para alguns, famoso apenas pela avenida no Centro). Após a recupera-ção, montou um hotel próximo a Igreja Matriz, o San Remo, e comprou um terreno na Vila Ema onde construiu uma chácara. Foi então que passou a investir no que mais amava: cinema e astronomia. Todo o dinheiro veio do próprio bolso.

“O cinema tinha toda uma caracte-rística. Ele era um estudioso e cons-truiu tudo por prazer, chegou a montar uma escola dentro do observatório também, tinha professores. A estrutu-ra que ele montou era extraordinária comparada com o que nós tínhamos”, diz o historiador Donato Ribeiro.

A primeira estrutura a ser inau-gurada foi a do Observatório Galileu Galilei, em 1943. O local contava com telescópios e equipamentos de ponta para a época. Três anos depois, São José dos Campos foi escolhida para ser a casa do CTA (Centro Técnico Aeroes-pacial), hoje DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). O diretor científi co era o professor Do-mingos de Macedo Custódio, apaixo-nado pela astronomia.

“O professor Custódio era um estu-dioso. Era professor de português e um especialista em astronomia, astrolo-gia, então gostava”, recorda o ex-pre-feito de São José dos Campos nas déca-das de 70 e 80, Joaquim Bevilacqua, amigo de Custódio. O reconhecimento dos estudos realizados no observatório ultrapassou as fronteiras nacionais e chegou à terra do Tio Sam.

“No Arquivo Público de São José

Fachada do Cine Planetário, principal

cinema de São José na década de 60

Paul

o Ro

bert

o G

onsa

lles/

Arq

uivo

pes

soal

Remo Cezaroni no Cine Planetário que

fu ncionava na Vila Ema

Fran

cisc

a Ri

beir

o/A

rqui

vo p

esso

al

PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 55PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 55 06/03/2015 19:13:1106/03/2015 19:13:11

Page 56: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 56

é possível encontrar documentos da NASA (Agência Espacial Americana). Ele era uma pessoa respeitada inter-nacionalmente. Tinha professores e amigos que trabalhavam com ele, gente respeitada. Tinha pessoas muito gabaritadas ao lado dele”, relata o his-toriador. Um dos documentos emitidos pelo órgão nos Estados Unidos solicita os estudos feitos no Galileu Galilei e menciona Remo como um dos respon-sáveis por “uma comissão brasileira ao planeta Marte”.

No início dos anos 60, Cesaroni resolveu criar o Cine Planetário, es-paço que unia o glamour dos cinemas de alta classe com toda a temática do espaço sideral. “O cinema eu frequen-tei muito. Tinha o Cine Para Todos, o Palácio e o Cine Santana, mas os melhores fi lmes eram exibidos no Pla-

netário. Passavam fi lmes muito bons. Era uma boa sala de espetáculos”, lembra Donato Ribeiro, que assistiu à algumas sessões na época.

Apesar de toda a classe italiana, Cesaroni não resistia à festa brasileira mais famosa do mundo: o Carnaval. Era adepto da folia e a espalhava pelas ruas com a mesma empolgação que mostrava atrás das lunetas no obser-vatório e das telonas do cinema.

“Era muito carnavalesco, se vestia, saía na rua. Tinha um carro conversí-vel e na época o pessoal saía dirigin-do e ele fazendo a maior algazarra atrás. Ele era muito doido, ‘um bon vivant’, gostava de viver bem a vida”, afirma Donato Ribeiro. Por todos os serviços prestados ao município, Remo Cesaroni recebeu em 1957 o título de “Cidadão Honorário de São

Fran

cisc

a Ri

beir

o/A

rqui

vo p

esso

al

Fran

cisc

a Ri

beir

o/A

rqui

vo p

esso

al

Chácara de Remo Cesaroni na Vila Ema em

São José dos Campos

Entrada do Cine Planetário em São José

PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 56PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 56 06/03/2015 19:13:1206/03/2015 19:13:12

Page 57: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 57

José dos Campos”. Remo Cesaroni faleceu em 1968.

Um decreto de 12 de setembro de 1980, assinado pelo então prefeito Joaquim Bevilacqua passou a área que pertencia a Cesaroni para a pre-feitura. A ideia era que o local virasse utilidade pública e passasse para um futuro espaço cultural no bairro. Nos papéis está especificado que foi feita uma “doação” do terreno que compre-endia o Cine Planetário. Mesmo com o documento, o observatório e o Cine Planetário permaneceram fechados até serem demolidos no começo da década de 80.

“Era de utilidade pública enquanto foi observatório astronômico. Quando deixou de ser observatório astronômi-co, deixou de ser de utilidade pública. Era uma área particular. Ele (Remo Cesaroni) vendeu pro Sebastião Ascânio e criou-se um supermercado. Continuou sendo privado”, justifica Joaquim Bevilacqua. Cesaroni vendeu o terreno antes de morrer. Ascânio tinha um supermercado no bairro.

E se o espaço tivesse sido preser-vado e transformado em um museu? De acordo com o ex-prefeito joseense, o local não suportaria a quantidade de visitantes nos dias atuais. Além disso, após a venda do terreno, os equipamentos foram abandonados e se tornaram obsoletos, sendo doados posteriormente.

“Não tinha nem como. Era um espaço relativamente pequeno, um espaço privado. O professor Domingos de Macedo Custódio promovia visitas em pequenos grupos, porque a área era pequena. Os equipamentos também já eram muito antigos. Era uma coisa muito reservada”.

Logo após a morte, Cesaroni foi homenageado com o batismo de uma das ruas da charmosa Vila Ema com seu nome. “Ele nunca teve ajuda, tudo o que fez foi por prazer e as pessoas o admiravam muito por ter essas atitudes”, conclui o historiador Donato Ribeiro.•

Fran

cisc

a Ri

beir

o/A

rqui

vo p

esso

alFr

anci

sca

Ribe

iro/

Arq

uivo

pes

soal

Observatório Galileu Galilei que fi cava dentro da chácara na Vila Ema

Remo Cezaroni no observatório que ele

mesmo construiu

PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 57PAG 54 E 57_Remo Cesaroni.indd 57 06/03/2015 19:13:1206/03/2015 19:13:12

Page 58: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 58

Social&

Mulheres especiais para o Dia da Mulher

Cinderela do Vale

A miss São Paulo Audrey Banzi está ‘encantada’ com o convite para ser a ‘Cinderela do

Vale’. Ela que é de Guaratinguetá foi convidada para um trabalho voluntário e aceitou.

Vai ser a Cinderela da nova coleção da Ong Orientavida fechada para a Disney. “Vai

ser um grande prazer fazer esse trabalho voluntário”, disse. A empresária e diretora da

Ong, Celeste Chad afi rma que esta é mais uma parceria de grande valor para a Orien-

tavida e confessa estar ansiosa para que toda a coleção fi que pronta. O fi lme “Cinde-

rella” da Disney tem lançamento marcado para 13 de março, mas estreia somente em

2 de abril aqui no Brasil. Nas telonas a atriz Lily James faz o papel de Ella a “Cinderela”.

do

.

da

-

-

m

a”.

Por Elaine Santos

Entre brilhos e joias

Ika Coelho comemora 28 anos no ramo

das semi-joias. Em entrevista exclusiva

ao Portal Meon, na coluna #éoquetem-

prahoje, Ika revelou que todas as coleções

são recriadas a partir da inspiração em

modelos vistos nas principais joalherias

de Nova York e Miami. A partir dos

modelos internacionais a designer

joseense adapta para o gosto das

brasileiras ajustando cores,

tamanhos e até pedras.

PAG 58 E 59 - social.indd 58PAG 58 E 59 - social.indd 58 06/03/2015 19:13:3606/03/2015 19:13:36

Page 59: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 59

Arte de famíliaAdriana Coppio trabalha mais uma vez em uma

série onde criança é tema principal. A artista

prepara ainda uma nova exposição para apresen-

tar ao público de Belo Horizonte (MG) as novas

telas da série Banhistas, iniciada em 2005. Fato é

que uma dessas telas dos Banhistas fez sucesso

na minissérie “Felizes para sempre?”, exibida em

janeiro, na Rede Globo. A tela, de três metros, re-

trata dois meninos de costas e estava entre obras

de artistas como Tomie Ohtake, Alex Flemming,

Sol Le Witt entre outros tantos. “Eu sempre traba-

lho com fotografi as de família. Escolhi esse tema

porque ninguém esquece a infância, fi ca sempre

marcado para o resto da vida. Por isso, sempre

pinto as crianças de lado ou de costas, assim, o

espectador pode se identifi car com a tela”.

De olhos mais que abertos Com Inauguração prevista para abril, o Hospital de Olhos do

Vale já está com 90% da estrutura pronta. O que ainda restam

são ajustes na parte elétrica para instalar todos os aparelhos.

O investimento é de 8 milhões de reais, 70 % desse valor vindo

de fi nanciamento com o BNDES. Estão a frente desse investi-

mento 41 sócios investidores, todos médicos oft almologistas e

o curioso, não há sócio majoritário. “Teremos capacidade de até

2. 100 mil procedimentos mês já de imediato. Vamos trabalhar

com 11 convênios médicos, só não atendemos com o Sistema

Único de Saúde. Mas é importante frisar o diferencial desse

hospital, nós não temos consultório, os pacientes que vamos

atender são trazidos pelo cirurgião oft almologista, logo, o hospi-

tal é base física para as cirurgias com toda estrutura necessária

e tecnologia de ponta. Acreditamos que o empreendimento irá

tornar São José dos Campos referência nesse tipo de tratamen-

to”, disse Célia Regina Riera, gerente administrativo.

De oCom Ina

Vale já e

são ajus

O invest

de fi nan

mento 4

o curioso

2. 100 m

com 11 c

Único de

hospital,

atender

tal é bas

e tecno

tornar Sã

to”, diss

PAG 58 E 59 - social.indd 59PAG 58 E 59 - social.indd 59 06/03/2015 19:13:3806/03/2015 19:13:38

Page 60: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 60

PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 60PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 60 06/03/2015 19:14:3806/03/2015 19:14:38

Page 61: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 61Publicidade | Promoção | Endomarketing

Somos Pop!

CurtimosRock!

Arriba!, em turnê pelo Brasil, trabalha marcas nacionais regionalmente.

Saiba mais: arribacomunicacao.com.br

Confira: do promo ao incentivo, a faceta rock’n’roll da Arriba!

PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 61PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 61 06/03/2015 19:14:3906/03/2015 19:14:39

Page 62: Metrópole Magazine

| São José dos dos Campos, Março de 2015 62

Todo mundo já ouviu uma história

sobre alguém que se formou e não

conseguiu nunca trabalho na área

e que ganha menos que pessoas

que estudaram.

Esta história sim acontece, mas não com

a maioria dos diplomados.

O principal fator da desigualdade fi nan-

ceira vem da desigualdade educacional en-

tre as classes e que este fato foi mais expli-

cito entre os anos 60 e 70, pois o mercado

passou a exigir mão de obra mais qualifi ca-

da, associada à industrialização. Estudos

mostram que existe uma relação entre anos

de estudos e empregabilidade.

O mercado de trabalho brasileiro gera

maiores oportunidades para aqueles que

possuem maior escolaridade - sendo este

mercado cada vez mais competitivo e exi-

gente na hora da contratação. Analisando-se

A Educação como Fator

na Força de TrabalhoA relação existente entre anos de Estudo, Empregabilidade e Renda

#FICADICAPor: Carine Paiva e Priscila Stumpf

Sócio-diretoras da empresa Rosa&Carvão Comunicação e Eventos.

os dados referentes ao período entre 2010

e 2014, percebe-se que as vagas de empre-

go para pessoas qualifi cadas estão sendo

ocupadas cada vez mais por pessoas com

11 anos ou mais de estudo.

A relação tempo de estudo e salário

está cada vez mais representativa no país,

pessoas com menos de 8 anos de estudo

ganham menos e muitas vezes podem

executar a mesma fu nção do que um in-

divíduo com 8 a 10 anos de estudo. Mas

um indivíduo com 11 anos ou mais se torna

diferenciado em relação a estes.

A educação é uma das únicas formas

de ascensão social, pelo qual as pessoas

de classes mais baixas podem alcançar

um fu turo melhor. Portanto quando se olha

para resultados estatísticos, percebe-se

que casos como os de alguns jogadores de

fu tebol (com grande ascensão profi ssional

e muitas vezes com baixa escolaridade) e

de desempregados com diplomas univer-

sitários são exceções se comparados com

a grande maioria (na relação entre anos

de estudo e ascensão profi ssional). Inde-

pendentemente de alguma impressão que

se possa ter na atualidade, para a vasta

maioria das pessoas quanto maior os anos

de estudo, maiores são as chances de se

conseguir um trabalho melhor remunerado.

O Brasil é hoje uma nação em busca

constante de desenvolvimento. Para se

medir o desenvolvimento de uma nação,

diversos aspectos são avaliados, sendo que

um deles é o nível educacional da popula-

ção. Uma nação com pessoas mais escola-

rizadas incentiva o exercício da cidadania,

criando cidadãos que têm capacidade de

acompanhar, controlar e cobrar ações dos

governos, permitindo-se ter uma visão mais

abrangente do mundo, aumentando o exer-

cício da sociabilidade e da convivência em

sociedade, dentre outros fatores.

A educação é sem dúvida um importan-

te fator na força de trabalho e renda, e um

instrumento capaz de gerar maior igualdade

de oportunidades. Neste contexto, a Educa-

ção superior se coloca como importante fa-

tor individual e para o país, por isso estude!

Nunca é tarde para começar, nunca é tarde

para virar o jogo e mudar de vida.•

Artigo&

PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 62PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 62 06/03/2015 19:14:4006/03/2015 19:14:40

Page 63: Metrópole Magazine

São José dos dos Campos, Março de 2015 | 63SãoSãoSãoSão JoJoJosé sé dosdos dodos Cs Campmpos,os, MaMaarçoçorçoço dededede 2020202015 15 || MaMaaarrçSãoãoSãoSã 015 5dededede 2 CCaa pposososé sé d sos dodo 63636363

PODE COMPARAR, NENHUMA OUTRA RÁDIOTOCA TANTA MÚSICA COMO A ANTENA 1.

PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 63PAG 60 E 63 Artigos_Encarnação.indd 63 06/03/2015 19:14:4206/03/2015 19:14:42

Page 64: Metrópole Magazine

PAG 64_01_CAPA.indd 64PAG 64_01_CAPA.indd 64 06/03/2015 19:27:5506/03/2015 19:27:55