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Caracterização mineralógica e valorização de resíduos mineiros, exemplos nacionais
A. MateusFaculdade de Ciências, Universidade de Lisboa
Departamento de Geologia e IDL
Seminário "Resíduos Mineiros: Contribuições para a Economia Circular"Auditório da Sede da Região Sul da Ordem dos Engenheiros26 de junho de 2017
Matérias‐primas minerais na Economia Circular
Fev. 2017
Recolha (efectiva e selectiva)
Reprocessamento
Refinamento final do processamento
Taxa de reciclagem de produtos fim‐de‐vida
(EOL)
40%
90%
95%
34%
×
×
=
40%
60%
75%
18%
×
×
=
80%
40%
75%
24%
×
×
=
• Mineração: vital à recuperação económica e crescimento inclusivo:… e permanece como o principal suporte da Economia Circular.
• Riscos potenciais de disrupção do abastecimento não afectam apenas osmetais de “alta tecnologia”:
Estudos de criticalidade baseados em análises estáticas podemgerar resultados falaciosos, não sendo úteis ao suporte de decisõesa longo prazo.
• A mitigação dos riscos pode ser garantida através da mistura adequada defontes em cada momento, fazendo face às necessidades existentes eenvolvendo proporções variadas de produtos derivados da:
Exploração de recursos primários & secundários (resíduosmineiros) + “urban mining” (sucata s.l., produtos‐em‐fim‐de‐vida, …).
http://users.monash.edu.au/~gmudd/sustymining.html
Produção: aumento gradual ou exponencial; deverá manter‐se por algum tempo (mesmo sem novas descobertas e apesar da volatilidade dos preços)
Gavin M. Mudd (2009)
0
350
700
1,050
1,400
1,750
2,100
2,450
0
90
180
270
360
450
1825 1840 1855 1870 1885 1900 1915 1930 1945 1960 1975 1990 2005
Ann
ual P
rodu
ctio
n (C
u, P
b-Zn
-Ag,
Ni)
Ann
ual P
rodu
ctio
n (C
oal,
Fe o
re, B
auxi
te, D
iam
onds
, Au,
U
)
Black Coal (Mt) Brown Coal (Mt)
Iron Ore (Mt) Bauxite (Mt)
Gold (t) Uranium (kt U3O8)
Diamonds (Mcarats) Copper (kt)
Lead (kt) Zinc (kt)
Silver (t) Nickel (kt)
(kt
General Trend
Economic Resources
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Econ
omic
Res
ourc
es (U
onl
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Econ
omic
Res
ourc
esBlack Coal (Gt)Brown Coal (Gt)Iron Ore (Gt)Bauxite (Gt)Copper (Mt)Gold (kt)Nickel (Mt)Lead (Mt)Zinc (Mt)Uranium (Mt (Mt
General Trend ??
http://users.monash.edu.au/~gmudd/sustymining.htmlGavin M. Mudd (2009)
0
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650
975
1,300
1,625
1,950
2,275
2,600
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1840 1855 1870 1885 1900 1915 1930 1945 1960 1975 1990 2005
Ore
Gra
de (A
g)
Ore
Gra
des
(Cu,
Pb,
Zn,
Au,
Ni,
U, D
iam
onds
)
Copper (%Cu)
Gold (g/t)
Lead (%Pb)
Zinc (%Zn)
Uranium (kg/t U3O8)
Nickel (%Ni)
Diamonds (carats/t)
Silver (g/t)
(kg/t U3O8)
(Ag, 1884 - 3,506 g/t)
General Trend
Teores: decrescendo gradualmente; previsões de quebra para metade durante a próxima década para alguns metais; subidas implausíveis no futuro.
http://users.monash.edu.au/~gmudd/sustymining.htmlGavin M. Mudd (2009)
Increasing Waste Rock
0
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
1,600
0
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80
120
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1895 1905 1915 1925 1935 1945 1955 1965 1975 1985 1995 2005
Was
te R
ock
(Gol
d, B
lack
Coa
l)
Was
te R
ock
(Cu,
Dia
mon
ds, U
, Bro
wn
Coa
l)
Copper (Mt) Uranium (Mt)
Diamonds (Mt) Brown Coal (Mm3)
Gold (Mt) Black Coal (Mm3)
(Mm3
(Mm3
General Trend ??
http://users.monash.edu.au/~gmudd/sustymining.htmlGavin M. Mudd (2009)
Resíduos: aumentando rapidamente; mitigação futura em explorações a céu aberto(especialmente para carvão & metais base) também requerendo novos métodos & usosadequados dos resíduos mineiros.
Adapted from Suslick et al. (2005); in Mateus et al. (2015)
Barren
Mining wastes
Demand for mineral raw materials
Metallurgy
EffluentsEmissions
ProcessingManufacturing
Incorporation in goods
Consumption /Use
Return to environment
Landfill
Mineclosure
Environmentalrehabilitation
Area availablefor other uses
Reuse
Re‐manufacturing
Recycling
Critical areas to promote energy efficiency measures
Critical areas to promote reuse or recycling measures
Exploration
Exploitation
Project development
GrindingClassificationAssembling
Drying
Some industrial minerals directly placed on the market
Slag & other residues
Pilha de “safrão” cujos lixiviados são recolhidos em vala que leva as águas ácidas à Barragem de Água Forte (Aljustrel)
Resíduos mineiros: principais desafios
Granulometria (incluindo análise da distribuição espacial)Mineralogia: primária, secundária (várias ordens) Estabilidade física e química Processos de oxidação (controlados por difusão ou convecção) Progressão da reactividade mineral no seio da escombreira Sistema de escoamento de águas, à escala macro e matricial Tempo de residência (e de interacção) da água Possível interesse económico futuro (a escombreira como recurso)
Panasqueira
Argozelo Terramonte
Dissolução congruente (incongruente) acompanhando a oxidação contínua de sulfuretose formação de diferentes produtos (alguns dos quais transientes) que, na sua essência,dependem da mineralogia inicial, do pH, progressão das frentes redox e das taxas deescoamento da água.
Enriquecimentos supergénicos ou residuais ([X]) vrsPreservação de constituintes primários (diluição = [X] )
Neutralização – TAXAS DE PROGRESSÃO ELEVADAS
Calcite : CaCO3 + H+ = Ca2+ + HCO3‐
Dolomite: CaMg(CO3)2 = Ca2+ + Mg2+ + 2CO3‐2
Siderite: 4FeCO3 + O2 + 10H2O = 4HCO3‐ + 4Fe(OH)3(s) + 4H+
Dissolução da gibsite: Al(OH)3(s) + 3H+ = Al3+ + 3H2O
Dissolução da ferri‐hidrite: Fe(OH)3(s) + 3H+ = Fe3+ + 3H2O
Neutralização – TAXAS DE PROGRESSÃO BAIXAS
Feldspato‐K Caulinite: 2KAlSi3O8 + 9H2O + 2H+ =Al2Si2O5(OH)4 + 2K+ + 4H4SiO4
Feldspato‐K Sericite: 3KAlSi3O8 + 12H2O + 2H+ = KAl2(AlSi3O10)(OH)2 + 2K+ + 6H4SiO4
Caulinite Gibsite: Al2Si2O5(OH)4 + 5H2O = 2Al(OH)3 + 2H4SiO4
FeS2(s) + 10H2O + 11O2 = Fe2 (SO4)3.9H2O(s) + SO42‐ + 2H+
2CuFeS2(s) + 3H2O + 17/2O2 = 2FeOOH(s) + 2CuSO4(s) + 2SO42‐ + 4H+
+H2O Fe(OH)3+H+
Fe2O3 ( )
SRB?At. ferrooxidansAt. thiooxidansAt. caldus
CO2
(CH2O)n
Acidiphilium spp.Acidimicrobium spp.Ferromicrobium spp.
S2‐
SO42‐
At. ferrooxidans
Acidiphilium spp.[O2] solution 60%
(CH2O)n
CO2
Anóxico[O2] [O2]Oxidante
Fe2+
At. ferrooxidansL. ferrooxidansFerroplasma spp.Acidimicrobium spp.Ferromicrobium spp.
Fe3+
Davies & Ritchie, 1986
Escoamento macro
(1) Tempo de reacção mineral baixo
(2) Dissolução de minerais facilmente solubilizáveis, designadamente sulfatos, carbonatos, alguns óxidos e hidróxidos de ferro, cobre e zinco
(3) Concentrações condicionadas pela disponibilidade (e reactividade) mineral
Fe2(SO4)3.9H2O(s) = 2Fe(OH)3(s) + 3SO42‐ + 6H+
CuSO4(s) = 2SO42‐ + Cu2+
Al(OH)3(s) = 3Al3+ + 3(OH)‐
Coquimbite[Fe2(SO4)3∙9H2O]
Calcantite[Cu(SO4)∙5H2O]
Escoamento matricial
(1) Tempo longo de reacção mineral
(2) Dissolução de minerais com baixas reactividades, nomeadamente silicatos e óxidos/hidróxidos
(3) Aumento de pH; interacção crescente com silicatos
(4) Concentrações condicionadas pelas taxas de progressão das reacções
CaAl2Si2O8 + 11H2O + H2SO4 = Al2Si2(OH)4 + CaSO4.2H2O + 4H4SiO4
KAl2(AlSi3O10)(OH)2 + 9H2O + 2H+ = 2Al(OH)3 + 3H4SiO4+ K+
Halotrichite[FeAl2(SO4)4∙22H2O]
Epsomite[MgSO4∙7H2O]
Caracterização da frente de oxidação em função da dimensão granulométrica(Shrinking Core Model – SCM)
tp = (rsa2)/sc0D2 (Davis & Ritchie, 1987)
‐massa O2 / massa dos reagentesrs – densidade global inicial dos reagentesa2 – raio do grão ‐ constante material (0.3) s – fracção volumétrica da fase sólidaC0 ‐ concentração O2 no ar (20%)D2 – difusão O2 no grão
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
FRACÇÃO OXIDADA
0
50
100
150
200
250
300
ANOS
200 mm
400 mm
Frente de oxidação SCM
Consumo do oxigénio retido no espaço intersticial (poros)
30 % porosidade, 1 % piriteTaxa de oxidação da pirite = 1x10‐7 moles*tons‐1*sec‐1
FeS2(s) + 15/4O2 + 7/2H2O = Fe(OOH)(s) + 4H+ + 2SO42‐
São necessários 6 dias para consumir a totalidade do oxigénio intersticial (intrínseco ao sistema escombreira)
Daqui resulta o consumo de 0.5% de pirite
Se o processo fosse apenas controlado por difusão (Davies & Ritchie, 1986), admitindo altura = 60 m e 1% pirite, seriam necessários 1200 anos …
td = (rsL2)/c0Da
– massa O2 / massa reagentesrs – densidade global inicial dos reagentesL2 – altura da escombreiraC0 ‐ concentração O2 no ar (20%)Da – difusão O2 no grão
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
ANOS
0
10
20
30
40
50
60
PRO
FUN
DID
ADE
(m)
DIFUSÃO
… se controlado por convecção (Davies & Ritchie, 1987), mantendo as condições de partida, o tempo requerido passaria para 3‐5 anos
tp = (arsL)/K 0a C0 g T0
‐massa O2 / massa reagentesa – viscosidade do arrs – densidade global inicial dos reagentesL – altura da escombreiraK ‐ permeabilidade0a – densidade do arg – aceleração da gravidade ‐ coeficiente de expansão térmicaT0 – temperatura inicial do ar
ANOS0 5 10 15 20
0
10
20
30
40
50
60
PROFU
NDIDA
DE (m
)
K=1E-10K=1E-9
CONVECÇÃO
Exemplos: Copper Leaching (EQ3/EQ6)
2
4
6
8
Tenorite
Percurso de reacção
MalaquiteBrochantite
AntleriteChalcantite
pH
Cu
Calcite, Crisócola, Tenorite, Ácido sulfúrico pH=1.9, sistema fechado
0 100 200 300 400 500 600DISTANCE (meters)
1E-10
1E-8
1E-6
1E-4
1E-2
1E+0C
ON
CEN
TRAT
ION
S (m
olal
)
2.5
3
3.5
4
4.5
5
5.5
6
pH
pHK+SiO2(aq)Al3+SO42-HSO4-
CHEMISTRY PPSJ-1 - PPSJ-7100 YEARS
Exemplos: migração de água subterrânea (MPATH)
Input DataQualidade da água inicialQualidade da água infiltracionalVelocidade de escoamento (140 m/ano)Porosidade (20%)Mineralogia
CalciteMoscoviteCauliniteCalcedóniaFeldspato KAlunite (f. secundária)Gibsite (f. secundária)
EscóriasEscórias
• Boas propriedades físicas agregados (utilizaçãodiversa) obtenção eventual de metais comosubprodutos
• Boas propriedades físicas agregados (utilizaçãodiversa) obtenção eventual de metais comosubprodutos
DisponibilidadeDisponibilidadeImpactes ambientaisImpactes ambientais
Actividade extractiva desde a ocupação Romana até 1966
Grandes quantidades de resíduos ( 15 km3)
J.X. Matos (2004)
From São Domingos open pit to Chumbeiro dam
3156225m2>255300m2Surface affected by mining activity
São Domingos valley501265m2-Industrial (mining) landfills
Moitinha, Achada do Gamo, Telheiro, Chumbeiro
1186591m2?Acid drainage related with evaporation process
Open pit, Moitinha, Achada do Gamo, Portela São Bento, Telheiro
273250m2?Acid waters lagoons/dams
Achada do Gamo1088m2--Cementation tanks
Moitinha?152306m2-Leaching tanks
São Domingos valley129288m2??Leached clay materials
Open pit-252517m2-Host rocks (volcanics + shales)
Open pit, Moitinha, Achada do Gamo-186620m2-Host rocks + minor pyrite
Open pit4007m2--Crushed pyrite ore
Moitinha, Achada do Gamo4028m2--Coarse pyrite ore + minor host rocks
Open pit, Village-104909m2b-Gossan
Moitinha, Achada do Gamo27968m2--Pyrite ashes + roasting products
Achada do Gamo do Gamo-3606m2-Iron oxides from py roasting
Open pit, Moitinha, Achada do Gamo109717m2--Modern slag
Open pit--28173m2aRoman slag
Predominant location1930’s-1960’s
XIX centuryRoman period
Waste type
From São Domingos open pit to Chumbeiro dam
3156225m2>255300m2Surface affected by mining activity
São Domingos valley501265m2-Industrial (mining) landfills
Moitinha, Achada do Gamo, Telheiro, Chumbeiro
1186591m2?Acid drainage related with evaporation process
Open pit, Moitinha, Achada do Gamo, Portela São Bento, Telheiro
273250m2?Acid waters lagoons/dams
Achada do Gamo1088m2--Cementation tanks
Moitinha?152306m2-Leaching tanks
São Domingos valley129288m2??Leached clay materials
Open pit-252517m2-Host rocks (volcanics + shales)
Open pit, Moitinha, Achada do Gamo-186620m2-Host rocks + minor pyrite
Open pit4007m2--Crushed pyrite ore
Moitinha, Achada do Gamo4028m2--Coarse pyrite ore + minor host rocks
Open pit, Village-104909m2b-Gossan
Moitinha, Achada do Gamo27968m2--Pyrite ashes + roasting products
Achada do Gamo do Gamo-3606m2-Iron oxides from py roasting
Open pit, Moitinha, Achada do Gamo109717m2--Modern slag
Open pit--28173m2aRoman slag
Predominant location1930’s-1960’s
XIX centuryRoman period
Waste type
São Domingos mine waste classes, extracted from CAD geological and mining map (Matos 2004):
a) - Predicted original area of 255300m2; b) - Area under village houses not considered.Data obtained by CAD geological and mining mapping, internal waste zonation not considered.
Matos J.X. (2004)
Diferentes tipos de resíduos, contendo quantidades significativas de metais
As escórias representam uma pequena parte destes resíduos ( 8%), obtida via processo Orkla pela Mason & Barry
entre 1934 e 1962
S, CuS, Cu, Py, Au, Ag
Cu, Ag, Pb?
Mine production
Open pitMoitinhaAchada do Gamo
Open pitTotal until 120m deptUndergroundImportant
until 420m depth
Open pitSignificant
Underground Local
RareMassive sulphides
Open pit, village-TotalLocalSupergene enrichment zone
Open pit, village-TotalSignificantGossan
Waste predominant location
1930’s-1960’s
XIX century
Roman period
Ore exploitation/Mining period
S, CuS, Cu, Py, Au, Ag
Cu, Ag, Pb?
Mine production
Open pitMoitinhaAchada do Gamo
Open pitTotal until 120m deptUndergroundImportant
until 420m depth
Open pitSignificant
Underground Local
RareMassive sulphides
Open pit, village-TotalLocalSupergene enrichment zone
Open pit, village-TotalSignificantGossan
Waste predominant location
1930’s-1960’s
XIX century
Roman period
Ore exploitation/Mining period
São Domingos ore exploitation – slag sources:
Roman slag(original area):Area - 255300m2
Volume – 765900m3
Modern slag:Area - 109717m2
Volume – 1097170m3
Aterro
Escórias modernas
Escórias romanas“in situ”
Escórias romanas
Escombreiras
Matos J.X. (2004)
Achada do Gamo
Matos J.X. (2004)
Caracterização mineralógica e geoquímica das
escórias modernas de S. Domingos
Mateus A., Pinto A., Alves L.C., Matos J.X., Figueiras J., Neng N. (2011). Roman and modern slag at S. Domingos mine (IPB,Portugal): compositional features and implications for their long‐term stability and potential re‐use. Special Issue on"Industrial Waste Treatment”. International Journal of Environment and Waste Management, 8 (1/2): 133‐159
Microscopia óptica (luz reflectida)
Difracção de RX
SEM + EDS
PIXE
Análise de imagem (Leica QWin V3 software)
Análise rocha total (package analítico ACTLABS para 53 elementos)
Composição químicaComposição química• Escórias (maciças e granulares) similares
• Composição característica dominada por Fe‐Si(‐Ca)• 34 Fe 43 wt%; Ca 3‐4 wt%
• Concentrações em S 3 wt%
• Conteúdos significativos em diversos elementos (metais)• Zn 1,7 wt%; Pb 0,9 wt%; Cu 0,5 wt%• Mn 800 ppm; Sb 538 ppm; Co 370 ppm• Cr 50 ppm; V 40 ppm; As 20 ppm; In 10 ppm; Ag 5 ppm; Bi 3 ppm; Cd 2,5 ppm; Tl 2 ppm; Ge 0,6 ppm; Au 113 ppb
Minério primário: Cu < 1,5wt%; Zn < 3 wt%; Pb < 2 wt%; 45‐48 wt% SMinério primário: Cu < 1,5wt%; Zn < 3 wt%; Pb < 2 wt%; 45‐48 wt% S
Petrografia (1)Petrografia (1)• Proporções variáveis de vidro, silicatos, óxidos, sulfuretos, sulfossais e ligas metálicas
• Fases principais: vidro, silicatos e óxidos (sulfuretos, por vezes)
• Diferenças texturais significativas entre os domínios centrais e periféricos dosfragmentos de escória taxas de arrefecimento rápidas
o Bordos vítreos contendo disseminações finas a muito finas de óxidos e de silicatos; micro‐esférulaspredominantemente constituídas por fases sulfuretadas podem ser comuns.
• Evidências de meteorização química: coatings e neoformações diversaspreenchendo microfracturas e poros
Petrografia (2)Petrografia (2)• Silicatos: minerais dos grupos olivina e piroxena
o Hábitos distintos; granularidades variáveis.o Em vários casos, Px ausente nos bordos e transição para domínios centrais; Ol com texturas spinifex.
• Óxidos: magnetite (localmente coexistente com wustite)o Intercrescimentos diversos; hábitos cruciformes e dendítricos; granularidades variáveis.o Coatings e preenchimentos hematíticos devidos à meteorização.
• Sulfuretos:o Por vezes intercrescidos com espinelas e raramente com vidro; ocasionalmente contornam grãos de
espinelao Fases Fe (marcassite, pirite, pirrotite); fases Cu (calcopirite, bornite, calcocite, digenite…); fases Zn
(esfalerite, wurtzite); fases Pb (galena e sulfossais)
• Ligas (invariavelmente associadas às fases sulfuretadas)
EXEM
PLO –SD
3 (M
aciça)
EXEM
PLO –SD
3 (granu
lar)
EXEM
PLO –SD
11 (m
aciça)
EXEM
PLO –SD
11 (m
aciça)
EXEMPLO – SD11 (maciça); domínio central
Porosidade VidroSilicatosÓxidosSulfuretos e ligas metálicas
VidroSilicatosÓxidosSulfuretos e ligas metálicas
EXEMPLO – SD11 (maciça); domínio periférico
Composição das fases constituintes 1Composição das fases constituintes 1
• OlivinaFaialite revelando desvios composicionais menores no sentido da Kirschsteinite(CaFeSiO4) eWillemite (Zn2SiO4)
• FeO ( 68 wt%); MgO ( 0,75 wt%); ZnO ( 1,74 wt%); CaO ( 1,16 wt%); CuO ( 0,40 wt%)
• PiroxenaHedenbergite algo enriquecida em Fe, contendo traços ( 1wt%) de ZnO
• Vidroenriquecido em Fe, Ca, Zn e Pb (comparativamente aos silicatos); bordos Ca, Zn, Pb
Composição das fases constituintes 2Composição das fases constituintes 2
• Fases sulfuretadaso Marcassite, pirite e pirrotite revelam sempre traços (< 0,1 wt%) de Zn, Cu e Pbo Fases Cu apresentam composição variável: quase puras (calcopirite, bornite, calcocite, digenite)
massas heterogéneas interpretadas como resultado de decomposição incipiente de fasesinstáveis de maior T (tipo “Cu‐rich iss”)
o Esfalerite/Wurtzite e Galena com composição quase ideal
• Ligas metálicasComposição variável: as de Zn‐Cu são as mais comuns, podendo coexistir com ligasde Pb ricas em Cu (11%)
• EspinelaMagnetite apresentando ligeiro desvio no sentido da Franklinite (ZnFe3+2O4)
o ZnO ( 1,36 wt%); PbO ( 0,16 wt%); CuO ( 0,08 wt%)
Composição das fases constituintes ‐ PIXEComposição das fases constituintes ‐ PIXEAmostra SD 11 264x264 – 2.0 MeV H+/Mylar50µm –510073
Si
S
CaCa FeFe
Cu
Zn
Pb
Composição das fases constituintes ‐ PIXEComposição das fases constituintes ‐ PIXEAmostra SD 3 130x130 – 2.0 MeV H+/Mylar50µm ‐518012
SiSi CaCa
FeFe SS
Composição das fases constituintes ‐ PIXEComposição das fases constituintes ‐ PIXE
Cu
FeFe
ZnZn PbPb
Ag
InIn SnSnSbSb
Amostra SD 3 130x130 – 2.0 MeV H+/Filtro Al330µm+1mm Perspex ‐518018
Composição das fases constituintes ‐ PIXEComposição das fases constituintes ‐ PIXE
CaCa FeFe TiTi PbPb SS
1320x1320 – 2.0 MeV H+/Filtro My50 ‐532013
530x530 – 2.0 MeV H+/Filtro My50 ‐532003
Amostra SD 19
1320x1320 – 2.0 MeV H+/Mylar50µm ‐518010
CaCa FeFe TiTi PbPb SS
SiSi CaCa FeFe CuCu SS
As escórias de SD não são quimicamente inertes, manifestando evidências dealteração química não negligenciável via meteorização.
A utilização destas escórias como matéria-prima para agregados exige tratamentoprévio adequado. Durante este tratamento, poder-se-á recuperar como subprodutosvários metais.
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
Abundância relativa de Ol 1200ºC; o Ca disponível no melt preferencialmenteincorporado na Px, pelo que a deposição subsequente de Ol (coexistente com Mgt)revela-se pobre neste elemento.
A predominância de Ol, Px e Mgt em conjunto com a ausência de melilite indica taxas(mto) rápidas de arrefecimento compatível com as texturas observadas; em casosextremos a formação de Px é inibida, a Ol revela arranjos spinifex e a Mgt apresentahábito dendrítico (cruciforme).
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
À medida que a cristalização do melt silicatado prossegue, os metais base serãoredistribuídos entre as várias fases cristalinas e o vidro:
Cu – predominantemente fixado nas fases sulfuretadas.
Zn – vaporizado ou dissolvido no melt, subsequentemente condensado como (ZnOe) ZnS ou incorporado nas fases cristalinas dominantes (Mgt e Ol); havendoconstrangimentos à formação de Px e não existindo condições paradesenvolvimento de melilite, parte do Zn permanecerá no líquido (vidro).
Pb – comporta-se como “elemento incompatível” fases de próprias aprisionadasno vidro e enriquecimentos heterogéneos da matriz vítrea.