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0 MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE SAÚDE CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA REDE CEGONHA III JULIANA SABINO DE OLIVEIRA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO HOSPITAL DO SERIDÓ CAICÓ/RN NATAL-RN 2019

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MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

ESCOLA DE SAÚDE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA – REDE

CEGONHA III

JULIANA SABINO DE OLIVEIRA

IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO

DE RISCO NO HOSPITAL DO SERIDÓ – CAICÓ/RN

NATAL-RN

2019

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JULIANA SABINO DE OLIVEIRA

IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO

DE RISCO NO HOSPITAL DO SERIDÓ – CAICÓ/RN

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Curso de Especialização em Enfermagem

Obstétrica- Rede Cegonha III- da Escola de

Saúde da UFRN como requisito parcial para a

obtenção do título de Especialista em

Enfermagem Obstétrica.

Orientadora: Profª Drª Cleonice Andréa Alves

Calvacante

APROVADO EM 27 de MAIO de 2019

Profª Drª Cleonice Andréa Alves Cavalcante

ORIENTADORA

Profª Drª Jovanka Bittencourt Leite de Carvalho

1º Avaliador

Profª Drª Eliane Santos Cavalcante

2º Avaliador

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Oliveira, Juliana Sabino de.

Implantação do protocolo de acolhimento com classificação de

risco no hospital do Seridó - Caicó/RN / Juliana Sabino de

Oliveira. - 2019.

50 f.: il.

Monografia (Especialização) - Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica

III, REDE CEGONHA. Natal, RN, 2019.

Orientador: Profa. Dra. Cleonice Andréa Alves Cavalcante.

1. Parto Humanizado - Monografia. 2. Acolhimento com

Classificação de Risco - Monografia. 3. Enfermagem Obstétrica -

Monografia. 4. Rede Cegonha - Monografia. I. Cavalcante,

Cleonice Andréa Alves. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 618.4

Elaborado por Kalline Bezerra da Silva - CRB-15 /327

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EPÍGRAFE

Via em meus braços a “Vitória”, frágil, forte, leve e única...

Percebia um quê naquele momento sublime

Sons, cheiros, sonhos... tudo começando

Planos vindos de formas sutis e arrebatadoras

Mulher, és tão sonhadora!

Menina, torne-se vencedora!

Mas eu não pensava ser daquela forma

O que me levava para aquele lugar?

Amigos, intuição, destino?

Passos apressados, dias carregados...

Salas lotadas... pessoas apressadas

E tudo me levando para lá

Sim... seria lá o meu (re)encontro comigo mesma?

Descobria eu algo real no íntimo?

E tudo foi começando já com a “Vitória”

Com ela nasceu o meu destino em desatino

Planos se ajustando, passos se dando

E eu segui tudo conforme era guiada

Minha cabeça fervia com tanta valentia

A cada noite, a cada dia, tudo se tecia numa maravilhosa teia

Onde cada fio me conduzia ao lugar oportuno

Hoje agradeço a Deus por tantas barreiras certeiras

Tinha que ser nela, tinha que ser dela (obstetrícia)

Fazer vingar a vida, contida em tantas lágrimas

Ver nascer o ser moldado pelo Criador

Tocar no seu mais íntimo processo: a dor

Choro, riso, emoção, sonho...

E eu sendo partícipe de um dos mais belos espetáculos: a vida!

Por Juliana Sabino de Oliveira

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RESUMO

Trata-se de uma intervenção que objetiva a Implantação do Protocolo de Acolhimento com

Classificação de Risco em um Hospital/Maternidade pública, município de Caicó-RN. O

interesse por esta temática surgiu a partir da problemática vivenciada, enquanto profissional

atuante nesta unidade hospitalar na condução de assistente aos partos de risco habitual e dos

princípios do diagnóstico situacional, cujas inquietações comprovou a contextualização da

realidade: Inexistência do Protocolo de Acolhimento com Classificação de risco. Diante a isso,

se fez relevante o desenvolvimento das operações (ações) de intervenção que viabilizaram

solucionar a inexistência do protocolo de acolhimento com classificação de risco no setor de

obstetrícia, o que trará como consequência, a resolução do problema. Nessa perspectiva, as

ações/intervenções serão: Sensibilização dos profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de

enfermagem) e atores sociais (gestores, coordenadores, residentes e alunos) acerca da temática;

Adequação coletiva do protocolo de acolhimento com classificação de risco da rede cegonha;

Construção do boletim de atendimento; Capacitação e estimulação dos profissionais quanto ao

uso desse protocolo, como forma de padronizar o acolhimento/assistência obstétrica. Portanto,

implantar protocolo de acolhimento padronizados, permite que o serviço/atendimento seja

organizado e previsível, caracterizando o aperfeiçoamento da prática, a evolução no cuidado e

o progresso no desempenho dos profissionais envolvido.

Descritores: Acolhimento com Classificação de Risco; Parto Humanizado; Enfermagem

Obstétrica; Rede Cegonha.

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ABSTRACT

This is an intervention that aims to host Protocol deployment with risk Classification in a public

Maternity Hospital, municipality of Caicó-RN. The interest in this topic emerged from the

problems experienced while acting in this professional hospital unit in conducting Assistant to

usual risk births and of the principles of situational diagnosis, whose concerns proved

contextualization of reality: no host protocol with risk Classification. Before that, if made

relevant the development of operations (actions) that sought to resolve the lack of host protocol

with risk classification in the field of obstetrics, what will result in the resolution of the

problems. In this perspective, the actions/interventions are: awareness of professionals (doctors,

nurses, nursing technicians) and social actors (managers, coordinators, residents and students)

about the temátic; Collective host protocol adequacy with risk classification of the Stork

network; Construction of the service bulletin; Training and stimulation of professionals

regarding the use of this Protocol as a way to standardize the host/obstetric assistance.

Therefore, deploy standardized host protocol, allows the Service/service is organized and

predictable, featuring improved practice, the evolution in the care and the progress in the

performance of the professionals involved.

Descriptors: Reception with credit rating; Humanized Childbirth; Obstetric Nursing; Stork

Network.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7

2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 9

2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................9

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................9

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 10

3.1 ABORDAGEM E ACOLHIMENTO EM OBSTETRÍCIA .............................................10

3.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO EM

OBSTETRÍCIA ......................................................................................................................11

4 METODOLOGIA ...................................................................................................... 12

4.1 CENÁRIO DE INTERVENÇÃO .....................................................................................12

4.2 MÉTODOS ......................................................................................................................12

4.3 PÚBLICO – ALVO ..........................................................................................................13

4.4 ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS ............................................................................13

4.5 FOCOS DE ATUAÇÃO ..................................................................................................15

4.6 DESAFIOS E POTENCIALIDADES ..............................................................................15

5 RESULTADOS .......................................................................................................... 16

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 17

REFERÊNCIAS............................................................................................................ 18

APÊNDICES ................................................................................................................. 20

APÊNDICE 01 – INSTRUMENTO DE VALIDAÇÃO DO PROTOCOLO DE

ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM OBSTETRÍCIA (A&CR) A SER

IMPLANTADO NO HOSPITAL DO SERIDÓ. ....................................................................20

APÊNDICE 02 - PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

EM OBSTETRÍCIA ...............................................................................................................25

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1 INTRODUÇÃO

A cada ano acontecem no Brasil cerca de 3 milhões de nascimentos, significando quase

6 milhões de pessoas, as parturientes e seus filhos ou filhas, com cerca de 98% deles

acontecendo em estabelecimentos hospitalares, sejam públicos ou privados. Isso significa que,

a cada ano, o nascimento influencia parcela significativa da população brasileira, considerando

as famílias e o seu meio social (BRASIL, 2016).

O Estado do Rio Grande do Norte contribui de forma efetiva para que o Brasil atinja as

metas do milênio, com esforços e investimentos em projetos para a redução da mortalidade

materna e neonatal, utilizando protocolo para a melhoria da assistência materno-infantil no

estado (EDUFRN, 2014).

A IV região de saúde (Seridó) é contemplada no Plano da Rede Cegonha no Rio Grande

do Norte com: Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e

melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL; Garantia de VINCULAÇÃO da gestante à unidade de

referência e ao transporte seguro; Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao PARTO

E NASCIMENTO; Garantia da atenção à saúde das CRIANÇAS de 0 a 24 meses com qualidade

e resolutividade; Garantia da ampliação do acesso ao planejamento reprodutivo.

Como base, este trabalho tem como cenário de aplicação a Unidade Hospitalar do Seridó

(HS), pertencente à Secretaria Municipal de Saúde, localizado na cidade de Caicó, macrorregião

do Seridó Ocidental do Sertão do estado do Rio Grande do Norte.

Consolidado em nosso meio, o nascimento no ambiente hospitalar se caracteriza pela

adoção de várias tecnologias e procedimentos com o objetivo de torná-lo mais seguro para a

mulher e seu filho ou filha. De fato, os avanços da obstetrícia contribuíram com a melhoria dos

indicadores de morbidade e mortalidade materna e perinatais em todo o mundo (BRASIL,

2017).

Embora o acesso e a disponibilidade de profissionais para a assistência tenham se

ampliado, se observam lacunas na qualidade da prestação de serviços, principalmente no

sentido da garantia da integralidade e da singularização do cuidado conforme as necessidades

da população brasileira. Observa-se ainda no cotidiano dos serviços a fragmentação das ações

e sua organização incipiente para operarem na lógica das linhas de cuidado (BRASIL, 2014).

Apesar dos avanços da obstetrícia, alguns profissionais, especialmente os de

enfermagem, possuem experiências vivenciadas no cenário da prática, e atuam com condutas

meramente técnico-assistencial, o que resulta em uma assistência que deixa a desejar na

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qualidade e segurança do paciente. Por isso, implantar o protocolo de acolhimento com

classificação de risco na obstetrícia, será a forma de transformar o cenário vivenciado e

solucionar a situação/problema: Inexistência do Protocolo de Acolhimento com Classificação

de risco no Hospital/Maternidade do Seridó – Caicó/RN.

Tendo em vista o problema exposto, surgiram as seguintes indagações:

Os profissionais de saúde realizam um acolhimento humanizado na assistência

obstétrica conforme diretrizes do Ministério da Saúde no Hospital/Maternidade do Seridó –

Caicó/RN?

Que medidas são adotadas quando esses profissionais (enfermeiros, técnicos de

enfermagem) recebem a parturiente em seu atendimento obstétrico?

Quais os desafios para implantação do protocolo de acolhimento para mãe e filho no

Hospital/Maternidade do Seridó – Caicó/RN?

Quais as ações necessárias a implantação do protocolo de acolhimento e classificação

de risco no Hospital/Maternidade do Seridó – Caicó/RN?

Nessa perspectiva este projeto tem como objetivo a Implantação do Protocolo de

Acolhimento com Classificação de Risco no Setor de Obstetrícia do Hospital do Seridó em um

Município do Rio Grande do Norte - Caicó RN. O interesse por esta temática surgiu a partir da

problemática vivenciada, enquanto profissional atuante nesta unidade hospitalar na condução

de assistente aos partos de risco habitual no Hospital do Seridó, e dos princípios do diagnóstico

situacional, cujas inquietações comprovou a contextualização da realidade.

Diante o exposto, se faz relevante o desenvolvimento de um projeto de intervenção

(ações/estratégias) que viabilize a implementação de um protocolo com classificação de risco

tendo em vista a inexistência dessa atividade no setor de obstetrícia, o que trará grandes

benefícios uma vez que contribuirá na padronização e organização do fluxo de atendimento as

mulheres que procuram o setor de obstetrícia do Hospital do Seridó em Caicó/RN no sentido

de garantir as boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento a partir de um

atendimento resolutivo e humanizado. Então, implantar protocolo de acolhimento

padronizados, permite que o serviço/atendimento seja organizado e previsível, caracterizando

o aperfeiçoamento da prática, a evolução no cuidado e o progresso no desempenho dos

profissionais envolvidos, como forma de alcançar o objetivo proposto.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

- Implantar o protocolo de acolhimento com classificação de risco no setor de obstetrícia do

Hospital do Seridó– Caicó/RN.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Sensibilizar os profissionais de saúde e atores sociais para a construção e implantação de um

protocolo de acolhimento com classificação de risco no Hospital do Seridó.

- Adequar e validar o protocolo de acolhimento com classificação de risco da Rede Cegonha a

realidade do Hospital do Seridó.

- Produzir e validar um procedimento operacional padrão (POP) para sistematizar a

implementação do protocolo de acolhimento com classificação de risco no Hospital do Seridó.

- Capacitar e estimular os profissionais que atenderá a mulher quanto ao uso do protocolo de

acolhimento com classificação de risco, como forma de padronizar e qualificar o

acolhimento/assistência obstétrica.

- Monitorar e avaliar o seguimento desse protocolo de acolhimento com classificação de risco

para o Hospital do Seridó.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 ABORDAGEM E ACOLHIMENTO EM OBSTETRÍCIA

Desde 2003 o Ministério da Saúde através da Política Nacional de Humanização

(PNH) objetiva ampliar e garantir uma assistência humanizada e de qualidade em todos os

serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A PNH visa uma valorização dos

usuários, profissionais de saúde e gestores para garantir um SUS cada vez mais equânime,

integral e resolutivo (BRASIL, 2011).

Nesse sentido, a Rede Cegonha propõe a implantação de um modelo de atenção ao

parto e ao nascimento que vem sendo discutido e construído no país desde 2011. Esta estratégia

tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no país e foi

implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação

respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna

e densidade populacional (BRASIL, 2014).

Nessa direção, a Rede Cegonha adota ações/estratégias de humanização para

reorganização no campo obstétrico-neonatal, objetivando a humanização da assistência ao

parto. Para Silva (2018), além das orientações clínicas da assistência humanizada ao parto,

princípios e valores norteiam o cuidado prestado à parturiente. Com o advento da Política

Nacional de Humanização (PNH) em 2003, o acolhimento, a construção de vínculo, o

protagonismo e a autonomia passaram a ser incentivados no âmbito das relações das

profissionais de saúde com a paciente.

A Política Nacional de Humanização reitera que:

“Humanizar se traduz, então, como inclusão das diferenças nos processos de gestão e de

cuidado. Tais mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de forma

coletiva e compartilhada. Incluir para estimular a produção de novos modos de cuidar e novas

formas de organizar o trabalho (BRASIL, 2013, p. 04).

Nesse contexto, a busca por uma assistência humanizada e de qualidade ao parto e ao

nascimento e traduz por práticas e condutas mais efetivas e integradas de seus profissionais.

Medeiros (2016) confirma que, a Rede Cegonha, instituída pelo Ministério da Saúde no âmbito

do Sistema Único de Saúde (SUS), propôs a criação de uma rede de cuidados que visa assegurar

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a mulher o direito a atenção humanizada durante todo processo reprodutivo e a criança o direito

ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis.

Em obstetrícia, o acolhimento na porta de entrada dos hospitais e das maternidades

assume peculiaridades próprias às necessidades e demandas relacionadas ao processo gravídico.

O desconhecimento e os mitos que rodeiam a gestação, o parto e o nascimento levam, muitas

vezes, à insegurança e à preocupação da mulher e seus familiares. A falta de informação clara

e objetiva, mesmo quando a gestante é acompanhada no pré-natal, é um dos fatores que faz com

que ela procure os serviços de urgência e maternidades com frequência. O acolhimento da

mulher e seu acompanhante têm função fundamental na construção de um vínculo de confiança

com os profissionais e serviços de saúde, favorecendo seu protagonismo especialmente no

momento do parto. (BRASIL, 2014).

3.2 O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO EM

OBSTETRÍCIA

Para a elaboração do Manual, partiu-se das experiências de maternidades que já

implementaram o acolhimento e classificação de risco onde contou-se com a colaboração de

gestores, trabalhadores e residentes da Escola Multicampi e Ciências Médicas - EMCM. Com

este produto, o MS espera contribuir colocando à disposição da rede um protocolo de referência

para ampliação do acolhimento e classificação de risco nos serviços que realizam partos no

SUS.

O processo de implantação do acolhimento e classificação de risco em Obstetrícia tem

sido intensificado a partir das normativas que constituem a Rede Cegonha. Este Manual vem

com a proposta de contribuir com esse movimento, não no sentido de indicar uma padronização

para “toda a rede”, mas principalmente como um guia para subsidiar discussões e ajustes locais,

compatíveis com as experiências em andamento e particularidades de cada território/serviço

(BRASIL, 2014).

Acolhimento e Classificação de risco é um dispositivo de organização dos fluxos, com

base em critérios que visam priorizar o atendimento às pacientes que apresentam sinais e

sintomas de maior gravidade e ordenar toda a demanda. Ele se inicia no momento da chegada

da mulher, com a identificação da situação/queixa ou evento apresentado por ela (BRASIL,

2014).

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4 METODOLOGIA

4.1 CENÁRIO DE INTERVENÇÃO

A Unidade Hospitalar do Seridó (HS), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde,

localizado na cidade de Caicó, macrorregião do Seridó Ocidental do Sertão do estado do Rio

Grande do Norte.

A intervenção foi implantada na Unidade Hospitalar do Seridó, instituição municipal

de referência assistencial materno-infantil de risco habitual, atendendo (vaga) para toda

população de Caicó e 4ª Região de Saúde (Seridó) do Estado do Rio Grande do Norte, sempre

com vaga para todas as mulheres que necessitam de assistência. Além disso, presta serviço de

obstetrícia, clínica médica e cirúrgica adulta e pediátrica, com um total de 78 leitos, sendo 64

destes destinados ao atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e 14 para atender

convênios e particular. A unidade se divide nos seguintes setores assistenciais: ala hospitalar

com as enfermarias adultas; ala da maternidade, com as enfermarias pediátricas e os

alojamentos conjuntos da obstetrícia; e ala dos apartamentos, com enfermarias para convênios

e particulares. O serviço dispõe em sua estrutura física: um pronto atendimento com 03 leitos,

uma sala de exames, uma sala de parto, 12 leitos de alojamento conjunto para puérperas e 03

leitos para mulheres em processo de abortamento, assim como, uma Central de Material e

esterilização, Centro Cirúrgico, posto de coleta de aleitamento materno, sala de vacina,

farmácia, laboratório para exames clínicos e setor de ultrassonografia. Possuem em seu quadro

geral 116 funcionários de nível superior e médio, como: enfermeiros generalistas, assistente

social, médicos obstetras, pediatras, no ano de 2017, ocorreram 1.095 partos, sendo 256 normais

e 839 cesáreas no referido hospital.

4.2 MÉTODOS

O percurso metodológico utilizado para elaboração deste plano de ação foi composto

de estratégias que propiciaram o engajamento de todos os profissionais envolvidos (médicos,

enfermeiros, técnicos de enfermagem), como também, de atores (gestores, coordenadores,

facilitadores, preceptores e alunos) cuja intencionalidade seja contribuir e transformar a

realidade do cuidado. Outro dado importante para construção desse plano são os princípios e

ferramentas do Diagnóstico Situacional.

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13

Durante a análise situacional, sequenciada por diretrizes de organização do trabalho e

atenção obstétrica e neonatal muitas foram as dificuldades encontrada. Porém, o maior

problema elencado foi a “Inexistência de protocolo de acolhimento com classificação de risco

no cuidado obstétrico do Hospital do Seridó”.

A melhor descrição dos problemas é a construção de um fluxograma relacionando as

causas e consequências, possibilitando a identificação de potenciais obstáculos e oportunidades

para a intervenção (MATUS, 2016).

4.3 PÚBLICO – ALVO

Como a proposta de intervenção tem como objetivo a resolução de um problema

observado no serviço a partir de um diagnóstico situacional do Hospital do Seridó, o público

alvo foi médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, recepcionistas, gestores, coordenadores

e residentes prestadores da assistência as mulheres em trabalho de parto.

4.4 ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS

Desse modo, para elaboração do plano de ação, prosseguimos com a reflexão da situação

observada e percebemos que alguns atributos serão necessários no setor da obstetrícia do

Hospital do Seridó. Para isso, de acordo com os objetivos propostos para a intervenção, algumas

ações foram pertinentes para direcionar/alcançar as mudanças e a “Implantação do protocolo

de acolhimento com classificação de risco no setor de obstetrícia do Hospital do Seridó”.

Como estratégias elencamos:

1. Sensibilizou-se os profissionais (médicos, enfermeiros, técnico de enfermagem) e

atores sociais (gestores, coordenadores, alunos) na construção e implantação do

protocolo de acolhimento com classificação de risco no Hospital do Seridó –Buscou-

se interação e (re) conhecimento de todos os profissionais e atores envolvidos,

tornando-se conveniente divulgá-lo antes da sua implantação para que se apresente

a oportunidade de entender e seguir a funcionalidade.

2. Adequou-se coletivamente o protocolo de acolhimento com classificação de risco

da Rede Cegonha dessa Unidade Hospitalar - Construímos o protocolo de

Page 15: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

14

acolhimento com classificação de risco, com o apoio dos profissionais que atuam

direta ou indiretamente dentro do serviço.

3. Produziu-se e submeteu-se a validação de expertises nas áreas de organização

(formato) e/ou no conteúdo de um procedimento operacional padrão (POP) tomando

como subsídio o protocolo de acolhimento com classificação de risco já construído

e validado para sistematizar a implementação do referido protocolo no Hospital do

Seridó.

4. Capacitou-se e estimulou-se os profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de

enfermagem) quanto ao uso desse protocolo, como forma de padronizar o

acolhimento/assistência obstétrica – Oportunizamos o entendimento, a

aplicabilidade e o(s) objetivo(s) a que se presta a definição de seu conteúdo.

5. Implementar o protocolo de acolhimento com classificação de risco no setor da

obstetrícia no Hospital do Seridó a partir da utilização do POP no processo de

acolhimento de todas as mulheres no setor da obstetrícia do Hospital do Seridó em

Caicó/RN no sentido de garantir a implementação que permitirá a padronização

adequada para o percurso das práticas e a garantia que este seja efetiva e

continuamente praticado e aprimorado.

6. Monitorização e avaliação do seguimento da implementação do protocolo de

acolhimento com classificação de risco no setor de obstetrícia a partir da

Monitoração e acompanhamento do seguimento de implementação desse protocolo

a partir da observação das atividades realizadas ou dos registros dessas atividades nos documentos usados no setor de obstetrícia do Hospital do Seridó, será

indispensável ao cumprimento do mesmo, em médio e longo prazo.

7. Manter atividades e/ou reuniões contínuas para promover estímulo e sensibilização

da importância na manutenção do uso do PC&R com o uso do POP no setor da

obstetrícia do Hospital do Seridó;

8. Produzir e aplicar instrumentos de avaliação junto as mulheres atendidas no setor da

obstetrícia do Hospital do Seridó em Caicó/RN para acompanhar o nível de

satisfação do atendimento recebido.

O plano de ação tem como conceito os “meios que entende ser necessários para alterar

a situação atual até convertê-la em uma situação objeto que se propõe a alcançar, num

determinado tempo. (MATUS, 1998 apud CALEMON, 2016. p. 33).

Page 16: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

15

As ações foram pensadas no sentido de sanar o problema identificado na vivência e no

diagnostico situacional, e as atividades planejadas cronologicamente para que aconteçam

concomitantemente.

Outro dado relevante são os recursos (econômicos/financeiro, cognitivo, organizativo

e político) que serão utilizados, muito embora, o que mais precisaremos será a vontade de

mudança, que deverá estar despertada nos profissionais e atores.

4.5 FOCOS DE ATUAÇÃO

Os focos de análise do processo de formação-intervenção, foram contemplados da

seguinte forma:

O primeiro foco contempla os conteúdos e estratégias pedagógicas-metodológicas

utilizadas ao longo do curso. A partir dos princípios do diagnóstico situacional da instituição

hospitalar e as rodas de conversas em conjunto com os profissionais da equipe multiprofissional

e da residência multiprofissional de materno-infantil, cujas inquietações comprovou a

contextualização da realidade.

O segundo foco aborda os sujeitos envolvidos no processo de transformação, cuja

repercussão imediata diz respeito ao envolvimento dos profissionais (recepcionistas,

enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos), da equipe multiprofissional (assistente

social, nutricionista, farmacêutica) e dos residentes materno-infantil os quais têm sido

coadjuvantes no processo de implantação das intervenções de acolhimento na obstetrícia.

E por último, o terceiro foco, se refere às repercussões positivas da formação na prática

da atenção, destacando-se melhorias na assistência obstétrica decorrentes das intervenções e

transformações no modelo da assistência obstétricas.

4.6 DESAFIOS E POTENCIALIDADES

Alguns desafios estão apontados como: Estrutura física; Ambiência; Déficit de

profissionais; Inexistência da equipe mínima de obstetrícia; Déficit de enfermeiros obstetras;

Sobrecarga nas atribuições da equipe de enfermagem.

As potencialidades estão calcadas no engajamento dos profissionais e parceiros (atores

sociais) envolvidos. Nos R1 (alunos da residência multiprofissional - EMCM), cujos projetos

darão continuidade a implantação de protocolos, planos, lista de verificação de parto seguro,

classificação de Robson, entre outros.

Page 17: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

16

5 RESULTADOS

De modo geral, durante as reuniões de sensibilização, elaboração e capacitação do

protocolo os profissionais participaram regularmente e demonstraram interesse na

aplicabilidade do mesmo. Para isso, torna-se necessário que o protocolo seja validado em seu

formato, conteúdo e aplicabilidade. Portanto uma das etapas dessa intervenção consiste na

validação do protocolo de forma a adequá-lo à realidade que o mesmo será implementado a

partir da experiência teórica e prática de juízes e especialistas nessa área.

Entretanto espera-se em um futuro a médio e longo prazo: A Implementação e

Implantação do Protocolo de Acolhimento e classificação de risco no setor de obstetrícia; A

padronização e organização da assistência obstétrica, propiciando assim, um maior

engajamento dos que integram a rede de assistência; A definição de ações/estratégias de

humanização que atendam o campo obstétrico-neonatal; A resolubilidade e agilidade no

momento do atendimento, conforme prioridade clínica identificada; A evolução do cuidado

frente ao paciente, trazendo resultados positivos e de melhoria.

Page 18: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

17

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Numa perspectiva de transformar a qualidade na assistência, a padronização e a

eficiência do cuidado no setor de obstetrícia do hospital do Seridó, buscou-se adequar um

protocolo, repensar o processo, discutir as fragilidades e potencialidades, calcado em

conhecimentos prévios e práticos, visando uma melhor articulação e integração por parte de

todos os profissionais e atores envolvidos na concretização e operacionalização da

implantação/mudanças necessárias.

Dessa forma, buscou-se produzir estratégias (sensibilização, construção/adequação

coletiva e validação do protocolo, construção/validação do POP, implantação, capacitação da

equipe e acompanhamento/avalição do processo) e tecnologias (protocolo e POP) que

facilitassem o processo de implantação cujo objetivo propôs construir um ambiente

transformador no processo de trabalho e no ambiente de acolhimento da mulher/gestante no

setor de obstetrícia do hospital do Seridó.

A intenção é refletir, construir e socializar o assunto, iniciando um processo de

mudança com autonomia, responsabilidade e ética, tentando transformar a realidade da

assistência de forma planejada e o alcance dos objetivos almejados.

Page 19: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

18

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito

do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília: 2011.

_______. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso

eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf.

Acesso em: 12 de maio de 2018.

_______. Política Nacional de Humanização: Caderno de Textos. Brasília: Ministério da

Saúde, 2011. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_textos_cartilhas_politica_humanizacao.pd

f. Acesso em 20 de maio de 2018.

_______. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: Relatório de recomendação.

Brasília: Ministério da Saúde, Janeiro 2016. Disponível em:

http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-PartoNormal_CP.pdf Acesso em:12

de maio de 2018.

_______. Manual de acolhimento e classificação de risco em obstetrícia. Brasília: Ministério

da Saúde, 2014. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_acolhimento_classificacao_risco_obstetric

ia.pdf. Acesso em:10 de novembro de 2018.

_______. Acolhimento e classificação de risco nos serviços e urgência. Brasília: Ministério

da Saúde, 2009. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_classificaao_risco_servico_urgencia.pdf.

______. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192: Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2ª edição, 2016. Disponível em:

http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-avancado-2016.pdf

MATUS, Carlos. Adeus, Senhor Presidente. Planejamento, Antiplanejamento e Governo.

Recife: Editora Literris, 1989.

MEDEIROS, R. M. K. et al. Humanized Care: insertion of obstetric nurses in a teaching

hospital. Rev Bras Enferm [Internet]. 2016;69(6):1029-36. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt&tlng=pt&pid=S0034-

71672016000601091. Acesso em: 29 de set. de 2018.

Page 20: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

19

NEVES, M. F. T. et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016. Disponível em:

http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf

JÚNIOR, R. A. O. F., et al. Protocolo de assistência materno infantil do Estado do Rio Grande

do Norte – Natal: EDUFRN, 2014.

SILVA, D et al. Práticas de humanização com parturientes noambiente hospitalar: revisão

integrativa. Rev baiana enferm. 2018; n. 32:215-17. Disponível em:

https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/21517/16219. Acesso em: 29 de

set. de 2018.

VENCIO, SÉRGIO et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São

Paulo: Editora Clannad, 2017. Disponível em:

https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-

2018.pdf

Page 21: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

20

APÊNDICES

APÊNDICE 01 – INSTRUMENTO DE VALIDAÇÃO DO PROTOCOLO DE

ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM OBSTETRÍCIA (A&CR) A SER

IMPLANTADO NA HOSPITAL DO SERIDÓ, NATAL-RN, 2019.

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA ADOÇÃO DAS SUGESTÕES

DOS ESPECIALISTAS REFERENTE AO PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO E

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM OBSTETRÍCIA (A&CR) A SER

IMPLANTADO NA HOSPITAL DO SERIDÓ. NATAL-RN, 2019.

1ª Rodada de Avaliação

FICHA N.º_____

1. CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DO JUÍZ (PROFISSIONAL)

1.1 Idade __________

1.2 Sexo

1.( ) Masculino 2.( ) Feminino

1.3 Escolaridade

1. Formação profissional ___________________________________

1. ( )

1.1( )

2. ( )

2.1( )

3. ( )

Pós-Graduação lato-sensu

Qual? _______________________________________

Pós-Graduação stricto-sensu

Qual? _______________________________________

Função exercida ________________________________________

2. Avalie as definições conceituais e operacionais do protocolo, em anexo, e marque (01) para

concordar com o passo do protocolo e (2) para discordar, ou seja, retirar o passo (item) e (3)

para modificar de acordo com as sugestões abaixo. Por favor, insira abaixo de cada passo as

observações que você julgar necessário sobre o conteúdo.

PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM OBSTETRÍCIA

(A&CR)

PASSO A PASSO DO PROCEDIMENTO Avaliação

1. Parâmetros de avaliação dos sinais vitais em gestantes epuérperas – Esses parâmetros

estão adequados com os propostos/atualizados pelo Ministério da Saúde?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

2. Parâmetros de Avaliação da Glicemia em gestantes epuérperas– Esses parâmetros

estão de adequados com os propostos/atualizados pelo Ministério da Saúde ou Sociedade

Brasileira de Endocrinologia?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Page 22: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

21

3. Avaliação da dor através da Escala Visual Analógica – EVA – Essa escala é a mais

adequada e preconizada pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

4. Em casos de DESMAIO/MAL ESTAR GERAL essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

5. Em casos de DOR ABDOMINAL/LOMBAR/CONTRAÇÕES UTERINAS essas são

as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

6. Em casos de DOR DE CABEÇA/TONTURAS/VERTIGEM essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

7. Em casos de FALTA DE AR/SINTOMAS RESPIRATÓRIOS essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

8. Em casos de FEBRE/SINTOMAS DE INFECÇÃO essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:_____________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

_____________

9. Em casos de NÁUSEAS/VÔMITOS essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

10. Em casos de PERDA DE LIQUIDO VAGINAL essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Page 23: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

22

Observações:_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

11. Em casos de PERDA DE SANGUE VAGINAL essas são as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________

12. A proposta de classificação do volume aproximado de perda sanguínea e seus parâmetros estão de adequados com os propostos/atualizados pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

13. Em casos de QUEIXAS URINÁRIAS essas são as condutas preconizadas pelo

Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:_____________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

_________________

14. Em casos de PARADAS/REDUÇÃO DE MOVIMENTOS FETAIS essas são as

condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:_____________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

____________

15.Em casos de RELATO DE CONVULSÃO essas são as condutas preconizadas pelo

Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

16. Em casos de OUTRAS QUEIXAS/PACIENTES ENCAMINHADAS DE OUTRAS

UNIDADES SEM REFERENCIAMENTO essas são as condutas preconizadas pelo

Ministério da Saúde para uso em gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Page 24: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

23

17. Após a classificação dos casos, as pacientes classificadas como vermelhas

(atendimento médico imediato) estão com fluxo de atendimento preconizadas pelo

Ministério da Saúde e/ou Rede de Saúde Estadual e/ou municipal para uso em gestante

e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

18. Após a classificação dos casos, as pacientes classificadas como vermelhas

(atendimento médico imediato) estão com fluxo de atendimento preconizadas pelo

Ministério da Saúde e/ou Rede de Saúde Estadual e/ou municipal para uso em gestante

e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

19. Após a classificação dos casos, as pacientes classificadas como amarelas

(atendimento médico em até 30 minutos) estão com fluxo de atendimento preconizadas

pelo Ministério da Saúde e/ou Rede de Saúde Estadual e/ou municipal para uso em

gestante e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

20. Após a classificação dos casos, as pacientes classificadas como verde (atendimento

médico em até 120 minutos) estão com fluxo de atendimento preconizadas pelo

Ministério da Saúde e/ou Rede de Saúde Estadual e/ou municipal para uso em gestante

e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

21. Após a classificação dos casos, as pacientes classificadas como azul (atendimento

médico em até 240 minutos) estão com fluxo de atendimento preconizadas pelo

Ministério da Saúde e/ou Rede de Saúde Estadual e/ou municipal para uso em gestante

e/ou puérpera?

( ) 01

( ) 02

( ) 03

Observações:________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

______________________________________________________________

__________________________________________________________________________

3. Marque as opções que representem a avaliação geral do conteúdo:

a) ( ) Utilidade / pertinência: o instrumento é relevante e atende à finalidade relativa ao

procedimento proposto.

Page 25: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

24

b) ( )

Consistência: o conteúdo apresenta profundidade suficiente para a compreensão das

questões.

c) ( ) Clareza: explicitado de forma clara, simples e inequívoca

d) ( ) Objetividade: permite resposta pontual.

e) ( ) Simplicidade: a classificação e as condutas expressam uma única ideia.

f) ( ) Exequível: a classificação e as condutas são aplicáveis/tangíveis.

g) ( ) Atualização: as etapas seguem as práticas baseadas em evidência mais atuais.

h) ( ) Vocabulário: as palavras (nomenclatura/termos) escolhidas na classificação e nas condutas

estão corretas e sem gerar ambiguidades.

i) ( ) Precisão: cada item da classificação e das condutas são distintos dos demais, portanto não

se confundem.

j) ( ) Sequência instrucional dos tópicos: a sequência das etapas da classificação e das condutas

se mostram de forma coerente e em ordem de execução correta.

Page 26: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

25

APÊNDICE 02 - PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE

RISCO EM OBSTETRÍCIA

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

1

Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAICÓ

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAICÓ

CNPJ: 12.433.830/0001-91

HOSPITAL DO SERIDÓ

Praça Dr. José Medeiros – 1167 – Centro - Caicó/RN

Tel. 3421-2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

ESCOLA DE SAÚDE

ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA – REDE CEGONHA III

PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM

OBSTETRÍCIA

Política Nacional de Humanização-PNH

Caicó

2019

Page 28: MINISTÉRIO DA SAÚDE / MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO …

Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

2

Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

HOSPITAL DO SERIDÓ

Praça Dr. José Medeiros – 1167 – Centro – Caicó/RN

Diretor: Gedson Santos Nogueira

GRUPO DE TRABALHO PARA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE

ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

ANA CLARA BEZERRA DE MELO

CLARISSA MORGANA SANTOS

ISABELLE ARAUJO DE MELO

JULIANA SABINO DE OLIVEIRA

MARTHA MARIA BATISTA

POLYANA LORENA SANTOS DA SILVA

RESIDENTES (R1) DA EMCM

ROGÉRIO MARCOLAN DANTAS

ROSICLEIDE RUBIA PEREIRA MEDEIROS

VIRGINIA MARIA D. DA COSTA

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

3

Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

INTRODUÇÃO

A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de

atendimento de urgências o acolhimento e a “triagem classificatória de risco”. De acordo com

esta Portaria, este processo deve ser realizado por um profissional de saúde de nível superior,

mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo

avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para

o atendimento (BRASIL, 2002).

O Acolhimento com Classificação de Risco em obstetrícia (ACCRO) é um instrumento

reorganizador da porta de entrada dos processos de trabalho na tentativa de melhorar e

consolidar o fluxo e a qualidade do atendimento nas unidades de saúde de ginecologia e

obstetrícia do Sistema Único de Saúde, impactando positivamente nos indicadores de morbidade

e mortalidade materna e perinatal (BRASIL, 2014).

Como estratégia de elaboração/implantação do protocolo de Acolhimento com

Classificação de Risco no setor de obstetrícia contamos com o apoio de profissionais,

acadêmicos, residentes e gestores da referida unidade. O protocolo é uma ferramenta e apoio a

decisão clínica que tem como propósito a pronta identificação de sinais e sintomas de maior

gravidade, permitindo um atendimento rápido, resolutivo, humanizado e seguro de acordo com

o potencial de risco e com base nas evidências científicas existentes, subsidiando, baseando e

orientando uma análise sucinta e sistematizada que possibilita identificar situações que

ameaçam a vida.

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

4

Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

OBJETIVOS

Organizar o processo de trabalho e a ambiência hospitalar no serviço de

urgência/emergência em ginecologia e obstetrícia;

Humanizar e promover a escuta qualificada a mulher no ciclo gravídico puerperal que

busca os serviços de urgência/emergência;

Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços de

urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico

mediato ou imediato;

Informar as usuárias e familiares sobre a situação de saúde e sua expectativa de

atendimento e o tempo de espera.

POTENCIAIS UTILIZADORES

Recepcionistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, médicos, acadêmicos,

residentes, assistentes sociais, farmacêuticos, nutricionistas, bombeiros, serviço

de atendimento móvel de urgência (SAMU), administradores hospitalares e

comunidade.

PÚBLICO-ALVO

Gestantes que encontram-se necessitando de assistência durante o período

gravídico puerperal que procuram uma maternidade da Rede do SUS no

município de Caicó/RN.

PROCESSO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

É a identificação das mulheres que necessitam de intervenção médica e de cuidados de

enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, usando

um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada em um protocolo e aliada à

capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro.

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

5

Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

A - Usuário procura o serviço de urgência.

B - É acolhido pelos funcionários da portaria/recepção ou estagiários e encaminhado

para confecção do boletim de atendimento.

C – Após a identificação, a usuária é encaminhada ao setor de Classificação de Risco,

onde é acolhido pelo técnico em enfermagem e enfermeiro que, utilizando o processo de escuta

qualificada e da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica a usuária.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Prioridade II (Amarelo) – Urgente

Atender em até 30 minutos e encaminhar para consulta médica

priorizada. Reavaliar periodicamente.

Prioridade I (Laranja) - Muito Urgente

Atender em até 10 minutos e encaminhar para consulta médica

priorizada.

Prioridade III (Verde) - Pouco urgente

Atender em até 120 minutos e encaminhar para consulta médica sem

priorização. Informar expectativa do tempo de atendimento e reavaliar

periodicamente.

Prioridade IV (Azul) - Não urgente

Atender em até 4 horas e informar a possibilidade de encaminhamento para

a Atenção Básica (UBS).

Prioridade O (Vermelha) – Emergência

Atender mediatamente encaminhar diretamente para atendimento

médico, no Pré-parto ou Bloco Obstétrico.

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

6

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de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

NOTA IMPORTANTE!

Nenhuma gestante poderá ser dispensada sem receber o atendimento devido, ou seja,

sem ser acolhida, classificada e encaminhada de forma responsável a uma unidade de saúde de

referência.

CHAVES DE DECISÃO DOS FLUXOGRAMAS:

1. Alteração do nível de consciência/estado mental;

2. Avaliação da respiração e ventilação;

3. Avaliação da circulação;

4. Avaliação da dor (escalas);

5. Sinais e sintomas gerais (por especialidade ou específicos);

6. Fatores de risco (agravantes presentes).

ESCALA DE COMA DE GLASGOW

Fonte: Protocolo de Intervenção para o SAMU 192 - 2016.

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Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

ESCALA DE DOR

A Escala Visual Analógica – EVA – consiste num instrumento de avaliação

subjetiva da intensidade da dor da mulher.

FONTE: Manual de acolhimento e classificação de risco em obstetrícia, 2014.

PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS EM

GESTANTES PUÉRPERAS

Pressão Arterial

Sistólica

Pressão Arterial

Diastólica

Frequência Cardíaca

Inaudível ou abaixo de 80

************

> 140 ou <59 bpm

Em paciente sintomática

≥ 160 mmHg >110 mmHg > 140 ou <50

Em paciente assintomática

≥ 140 mmHg ≥ 90 mmHg

91 a 139 bpm

--------- ------------ 60 a 90 bpm

FONTE: VII Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016 e Manual de acolhimento e

classificação de risco em obstetrícia, 2014.

PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DA GLICEMIA EM

GESTANTES

Glicemi

a

Valores

Hiperglicemia com

sintomas inequívocos

DMG

Hipoglicemia

Glicemia ≥ 200mg/dl

< 92 a 126 mg/dl

Glicemia < 50mg/dl FONTE: Diretrizes da Sociedade Brasileira e Diabetes, 2017 – 2018

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Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

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9

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Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

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Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

FICHA DE ATENDIMENTO

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

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Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

DESMAIO/MAL ESTAR GERAL

Não responsiva

Sinais de Choque

Saturação ≤ 89 % (ar ambiente)

Alteração de consciência ou estado mental

Padrão respiratório ineficaz

Saturação ≥ 90 % e ≤ 94% (ar ambiente)

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estomago ou alteração visuais

Relato de diabetes (HGT < 50mg/dl)

Hipertermia > 40°C

PAS ≤ 139 e/ou PAD 89 mmHg

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Saturação ≥ 95 % (ar ambiente)

Febre: 38,0°C a 39,9 °C

Pacientes imunodeprimidas (HIV)

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

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Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia

12

Produto desenvolvido no âmbito do III Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede

Cegonha da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientanda: Juliana Sabino

de Oliveira. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cleonice Andréa Alves Cavalcante. Maio de 2019.

DOR ABDOMINAL/LOMBAR/CONTRAÇÕES UTERINAS

Período Expulsivo

Prolapso de Cordão Umbilical

Exteriorização de Partes Fetais

Sinais de Choque

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Dor lombar moderada 4-6/10

Sangramento moderado

Ausência de MF em gestação ≥ 22 semanas

Contrações com intervalos maiores que 3 minutos

Vítimas de violência física e sexual

Dor Leve (<3/10)

Febril ≤ 37,9°C

PAS ≤ 139 e/ou PAD 89 mmHg

Perda de liquido em pequena quantidade

Dor intensa > 7-10

Contrações intensas a cada 2 minutos

Hipertonia uterina/ sangramento genital intenso

Perda de liquido espesso esverdeado

Portadora de doença falciforme

Portadora de HIV em TP

Pós-parto imediato

PAS >160 e/ou PAD > 110 mmHg

PA > 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

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DOR DE CABEÇA / TONTURA / VERTIGEM

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

Apneia ou Padrão Respiratório Ineficaz

Sinais de Choque

PAS 140 - 159 e/ou PAD 90 - 109 mmHg, sem sintomas

Dor Forte (5-7/10)

Náusea e vômitos de início agudo ou persistente

Febre: 38,0°C a 39,9 °C

Alteração de consciência ou estado mental

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Dor intensa (7-10/10) de início abrupto ou progressivo

Distúrbios de equilíbrio, zumbidos

Hipertermia: ≥ 40°C

PAS ≥ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

Dor leve 1- 4/10

Relato de náuseas e vômitos

Febril: 37,5°C a 37,9 °C

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

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FALTA DE AR/ SINTOMAS RESPIRATÓRIOS

Saturação ≤ 89 % em ar ambiente

Estridor

Sinais de Choque

PAS 140 - 159 e/ou PAD 90 - 109 mmHg, sem sintomas

Dispnéia moderada

Saturação ≥ 95% (ar ambiente)

Edema unilateral de MMII ou dor na panturrilha

Febril: 38,0°C a 39,9 °C

Dor de garganta com placas

Dor torácica moderada

Padrão respiratório ineficaz

Saturação > 90% e < 94% (ar ambiente)

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Anemia falciforme

Obstrução nasal com secreção amarelada

Dor de garganta

Tosse produtiva, persistente

Febril ≤ 37,9 °C

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

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FEBRE/ SINAIS DE INFECÇÃO

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

Convulsão em atividade

Saturação < 89 %

Sinais de Choque

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Dor adominal moderada

Febre: 38,0°C a 39,9°C

Sinais de infecção no sitio cirúrgico

Ingurgitamento mamário com sinais flogísticos

Pacientes imunodeprimidas (HIV)

Padrão respiratório ineficaz

Saturação > 90% e < 94% (ar ambiente)

Hipertermia ≥ 40°C

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Anemia falciforme

Lesões genitais agudas

Ingurgitamento mamário sem sinais flogísticos

Queixas urinarias

Febril ≤ 37,9 °C

PAS ≤139 e PAD ≤ 89 mmHg

Dor leve ≤ 3

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NAÚSEA E VÔMITO

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

Desidratação intensa

Sinais de Choque

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Febre: 38,0°C a 39,9 °C

Vômito com sinais de desidratação sem repercussão hemodinâmica

Padrão respiratório ineficaz

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Sinais de desidratação com repercussão hemodinâmica, mas sem sinais

de choque

Febril ≤ 37,9 °C

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

Vômito frequente sem desidratação

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

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PERDA DE LIQUIDO VIA VAGINAL

Trabalho de parto (TP) em período expulsivo

Exteriorização de partes fetais

PAS 140 - 159 e/ou PAD 90 -109 mmHg, sem sintomas

Dor lombar moderada 4-7/10

Perda de liquido claro em grande quantidade

Vítimas de violência física e sexual

Dor >8/10

TP (Contrações a cada 2 minutos)

Perda de líquido esverdeado espesso

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Portador de HIV

Queixa atípica de perda de liquido

Dor abdominal aguda leve intensidade (<3/10)

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

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PERDA DE SANGUE VIA VAGINAL

Irresponsiva

Sinais de choque

Hemorragia exanguinante

Trabalho de parto (TP) em período expulsivo

Exteriorização de partes fetais

Sangramento moderado

Contrações uterinas a intervalo de 3 a 5 min

Ausência de percepção de MF em gravidez > 22 semanas

PAS 140 - 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Dor lombar moderada 4-7/10

Febre: 38°C a 39,9°C

Vítima de violência

Confusão/letargia

Sangramento intenso

Dor ≥ 8/10

TP (Contrações a cada 2 minutos)

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Hipertonia uterina

Sangramento leve

Dor abdominal aguda leve intensidade (<3/10)

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

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QUEIXAS URINÁRIAS

Febre: 38,0 °C a 39,9°C

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Dor moderada 4-7/10

Retenção urinaria

Pacientes imunodeprimidos (HIV)

Vítimas de violência física e sexual

Saturação de > 90% e < 94% (ar ambiente)

Dor >7/10

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Hipertermia > 40°C

Disúria, poliuria, alguria

Lesões vulvares externas

Dor leve (1-3/10)

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

Febre: < 37,9 °C

Atendimento Não Prioritário ou Encaminhamento para Unidade de Saúde

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PARADA/REDUÇÃO DE MOVIMENTOS FETAIS

Relato de ausência de MF a mais de 12 horas

Gestação > 26 semanas

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Saturação de > 90% e < 94% (ar ambiente)

Dor >7/10

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

Hipertermia > 40°C

Relato de ausência de MF por mais de 12 horas em gestação de 22

semanas e < 26 semanas

Relato de ausência de MF por menos de 12 horas em gestação > 22

semanas.

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

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RELATO DE CONVULSÃO

Não responsiva

Sinais de choque

Convulsão em atividade

Padrão respiratório ineficaz

Saturação < 89% (ar ambiente)

História de perda de consciência

Saturação > 95%

Febre: 38,0°C a 39,9°C

Pacientes imunodeprimidas (HIV)

História de Trauma

Alteração do estado mental/comportamento

Saturação > 90% e < 94% (ar ambiente)

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

História de diabetes (HGT < 50 mg/dl)

Hipertermia: > 40 °C

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OUTRAS QUEIXAS/PACIENTES ENCAMINHADAS DE OUTRAS

UNIDADES SEM REFERENCIAMENTO

PAS 140- 159 e/ou PAD 90-109 mmHg, sem sintomas

Dor persistente na perna que não melhora, acompanhada de edema e

rigidez na musculatura da panturrilha

Pacientes imunodeprimidas (HIV)

PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110 mmHg

PA ≥ 140/90 mmHg com dor de cabeça, estômago ou alterações visuais

PAS ≤ 139 e PAD ≤ 89 mmHg

Idade gestacional acima de 41 semanas

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na perspectiva de melhorar a qualidade da assistência, a padronização e a

eficiência do cuidado em obstetrícia, foi implantado um protocolo de classificação do

risco a partir de uma construção coletiva do mesmo no sentido de avaliar e repensar o

processo de trabalho em nosso serviço, discutindo as fragilidades e potencialidades nesse

processo e baseado em conhecimentos teóricos/práticos adquiridos durante o curso CEO

da Escola de Saúde da UFRN. Nesse sentido, buscou-se uma melhor articulação e

integração entre os profissionais e atores envolvidos nesse processo para que a

concretização e a operacionalização da implantação/implementação do protocolo e as

mudanças ocorressem dentro das necessidade e possibilidades da realidade vivenciada no

serviço de saúde.

Além disso enfatizamos a importância da operacionalização do protocolo quanto

indicação, ajustes e particularidades da padronização, humanização e integração dos

profissionais e da assistência, principalmente na mudança do cenário da prática, onde

mulheres eram atendidas por ordem de chegada, o que poderia acarretar riscos e agravos

a vida. Outro dado relevante foi a contribuição do CEO na instituição, quando buscou

analisar a situação desta Unidade hospitalar, subsidiando profissionais e residentes em

buscar implantação de outros protocolos de humanização ao parto como: a lista para o

parto seguro, a escala de Robson, entre outros.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de acolhimento e classificação de risco em obstetrícia.

Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Acesso em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_acolhimento_classificacao_risco_obstetricia.

pdf

_______. Acolhimento e classificação de risco nos serviços e urgência. Brasília: Ministério da

Saúde, 2009. Acesso em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_classificaao_risco_servico_urgencia.pd

f

_______. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 – Serviço de Atendimento Móvel de

Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2ª edição, 2016. Acesso em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-avancado-2016.pdf

NEVES, M. F. T.; et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016.

Acesso em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf

VENCIO, SÉRGIO; et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 – São

Paulo: Editora Clannad, 2017. Acesso em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-2018.pdf