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RELATÓRIO CONCURSO DE CONCEÇÃO PERCURSOS PEDONAIS • LIGAÇÕES MECANIZADAS MIRAGAIA • PALÁCIO DE CRISTAL • VIRTUDES

MIRAGAIA • PALÁCIO DE CRISTAL • VIRTUDES solução de... · A proposta não se quer de rotura, nem com a história da cidade nem com o seu ambiente e a sua materialidade

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RELATÓRIO

CONCURSO DE CONCEÇÃOPERCURSOS PEDONAIS • LIGAÇÕES MECANIZADAS

MIRAGAIA • PALÁCIO DE CRISTAL • VIRTUDES

ÍNDICE

01 INTRODUÇÃO

02 ARQUITECTURA

03 PAISAGISMO E SINALÉCTICA

04 SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

05 ESTRUTURAS

06 REDES ELÉCTRICAS E DE TELECOMUNICAÇÕES

07 INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTOS

08 ACÚSTICA

09 ANEXOS

QUADRO DE ÁREAS

ESTIMATIVA GERAL DO CUSTO DE OBRA

ESTIMATIVA CUSTOS DE CONSUMO

ESTIMATIVA CUSTOS DE MANUTENÇÃO

PORMENOR CONSTRUTIVO ESPAÇO PÚBLICO

PORMENOR CONSTRUTIVO ELEVADOR

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21

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PALÁCIO DE CRISTAL73.00

PASSEIO DAS VIRTUDES63.50

CORDOARIA80.00

HOSP. ST. ANTÓNIO81.00

ROSÁRIO82.00

JÚLIO DINIS75.00

D. MANUEL II74.00

ELEVADOR RESTAURAÇÃO35.00

PALÁCIO DAS SEREIAS35.00

MONTE DOS JUDEUS17.00

ALFÂNDEGA7.80

RUA DOS ARMAZÉNS9.60

CALÇADA DAS VIRTUDES20.00

FONTE DAS VIRTUDES35.00

DIAGRAMA DE RELAÇÕES ALTIMÉTRICAS

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01 INTRODUÇÃO

A estratégia geral da presente proposta assenta na afirmação de um “percurso longitudinal nascente-poente” conectado através de peças arquitectónicas que desenham as maiores transposições de cotas e que funcionam como agrafos urbanos em pontos estratégicos.

A afirmação desta “linha” define um percurso a meia distância entre outros dois eixos longitudinais principais existentes, a marginal ao longo do rio à cota mais baixa (Rua Nova da Alfândega) e, à cota mais alta, o sistema Cordoaria/Sto António/Rua D. Manuel II, permeando e permeável a ambos .

No seu conjunto, a proposta torna significativamente mais permeáveis os dois grandes “bastiões muralhados” (morro do Palácio de Cristal e Jardim/Passeio das Virtudes) à encosta de Miragaia, abrindo uma resposta a três níveis: um a pequena e média escala (interligação de percursos pedonais existentes com melhoramento da situação pré-existente e desenho de novos percursos de complemento), outro a larga escala (desenho de ligações a pontos nevrálgicos de uma rede pedonal alargada, bem como ligações às redes de transporte públicos urbanos, ciclovias e equipamentos) e, por fim, à escala programática propõe-se a criação de uma base física (desenho de plataformas/promontórios) que permitirão um complemento ao programa com a introdução de equipamentos de pequena escala (estufas, cafetarias, esplanadas, etc) em pontos-chave dos percursos que contribuirão positivamente para a vivificação deste tecido urbano.

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DIAGRAMA DE LIGAÇÃO COM INFRA-ESTRUTURAS URBANAS

CONECTORES

PERCURSOS TRANSVERSAIS

NOVO EIXO

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B1

B2B1

B3

PERCURSOS PEDONAIS

LIGAÇÕES MECANIZADAS

B1 LIGAÇÃO ENTRE O PALÁCIO DE CRISTAL, OS CAMINHOS DO ROMÂNTICO E A RUA ENTRE QUINTAS

B3 LIGAÇÃO ENTRE O PALÁCIO DE CRISTAL E A RUA JORGE DE VITERBO FERREIRA

A1 ESCADAS DAS SEREIAS

A3 RUA DO CIDRAL

B2 LIGAÇÃO ENTRE O PALÁCIO DE CRISTAL E A RUA DA RESTAURAÇÃO

ESCADAS MONTE DOS JUDEUS

A2

C1 LIGAÇÃO ENTRE O JARDIM E O PASSEIO DAS VIRTUDES

C2 LIGAÇÃO DAS VIRTUDES À CORDOARIA

NOVAS LIGAÇÕES

PERCURSOS TRANSVERSAIS

NOVO EIXO

DIAGRAMA DE PERCURSOS E CONEXÕES

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A2

C1

C2

A1

A3

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A proposta não se quer de rotura, nem com a história da cidade nem com o seu ambiente e a sua materialidade. Assim, o desenvolvimento de novos percursos/melhoramento de percursos existentes e seus espaços verdes envolventes apresenta uma clara estratégia de simbiose e continuidade com o património e a identidade existentes, sem contudo deixar de assumir as novas peças urbanas/arquitectónicas como a marcação de um novo tempo de intervenção. Assim, o desenho da proposta equilibra-se entre o lado pétreo da cidade, do granito, das escarpas, dos muros e socalcos construídos, com a colocação de elementos de betão texturado de enorme carga material que ”ancoram” e fazem o contacto com o solo dos vários momentos da intervenção e que dentro da mesma linguagem vão desenhando as diferentes necessidades, e a ideia oposta de leveza, com a colocação de outros elementos mais leves que lhes são sobrepostos, em metal e madeira – nomeadamente as peças que acolhem os elevadores ou os equipamentos complementares sobre os promontórios.

Ao mesmo tempo, a proposta apresenta-se com uma enorme estratégia de sustentabilidade a diferentes níveis:

> sustentabilidade económica: do ponto de vista do investimento inicial, a proposta não tem a pretensão de resolver todos os problemas da mobilidade, concentrando-se no essencial e numa intervenção base, tanto na micro-escala como na macro-escala, que desenha desde já, contudo, possíveis intervenções seguintes e complementares que poderão ser realizadas à medida da sua pertinência ao longo do tempo e sem comprometer a funcionalidade da proposta “mínima”.

> sustentabilidade social: a proposta mínima responde essencialmente à resolução dos problemas mais prementes da mobilidade da população local, à micro-escala, e às transposições de cotas mais gravosas à média escala dando o impulso necessário à criação e funcionalidade do “percurso longitudinal”.

> sustentabilidade de manutenção e tecnológica: opção por materialidades pétreas, garantindo uma alta durabilidade, espaços verdes com características de baixo custo de manutenção e introdução de sistemas de produção e poupança de energia e ligação às redes digitais da cidade.

Procura-se assim uma solução integradora, identificável e sustentável, onde a clareza formal e tipológica é espelhada também numa clareza construtiva, ao mesmo tempo que as soluções procuram uma responsabilidade social e económica, tanto na escala e pertinência das intervenções como nos processos construtivos, baseados na repetição e simplificação de detalhes construtivos e introdução de materiais e sistemas tecnológicos que asseguram baixos custos de manutenção e exploração.

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PLANTA SECTOR PALÁCIO DE CRISTAL E PERFIL DA RUA DA RESTAURAÇÃO

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PLANTA SECTOR MIRAGAIA E VIRTUDES

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“PLANTA TOPOGRAPHICA DA CIDADE DO PORTO” DÉCADA DE 80 DO SÉCULO XIX, QUADRÍCULA 198

PERFIL ENCOSTA POENTE DO PALÁCIO DE CRISTAL

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02 ARQUITECTURA

PALÁCIO DE CRISTAL

A intervenção no sector do Palácio de Cristal contempla dois núcleos essenciais: o núcleo denominado em projecto como “encosta poente” e outro como “Rua da Restauração”.

O núcleo da “encosta poente” corresponde ao primeiro braço da nova linha de “percurso longitudinal” e caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma rede “orgânica” de pequenos percursos pedonais, fazendo eco aos históricos percursos de desenho romântico do século XIX, viabilizados aqui pelo tratamento de cotas e implantação estratégica de taludes e de peças em escada pontualmente colocadas no terreno.

Esta intervenção expande os jardins do Pálácio de Cristal e os seus caminhos existentes para toda a sua encosta poente e, acima de tudo, desenha o contacto/diluição dos caminhos do parque com os denominados “Caminhos do Romântico”. No extremo poente do percurso desenha-se assim uma praça verde que funciona como o seu remate e integra uma escada de ligação à Rua de Entre-Quintas, junto à Casa Tait.

Outro momento essencial neste núcleo é o desenho de uma peça composta por vários tramos de escada e patamares que estabelece uma ligação extra desta rede de caminhos do parque a um momento-chave na rede de mobilidade pedonal da cidade – o encontro da Rua de Entre-Quintas com a Rua da Restauração, ponto que congrega a chegada pedonal de vários pontos de ligação à marginal, como é o caso tanto da própria Rua da Restauração como da Calçada Sobre-o-Douro.

A intervenção neste grande núcleo poente entende este tramo do percurso como lúdico e turístico e por isso não considera a introdução de qualquer meio mecanizado, clarificando a estratégia global de sustentabilidade do investimento e a hierarquização dada ao tratamento dos vários pontos do projecto.

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PLANTA ELEVADOR COTA À RUA DA RESTAURAÇÃO

PLANTA ELEVADOR COTA DO PALÁCIO DE CRISTAL

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O tramo seguinte do “percurso longitudinal”, denominado no projecto como “Rua da Restauração” trabalha essencialmente a ligação do tramo anterior à cota +66,30m (patamar das jaulas) à Rua da Restauração através da colocação de um elevador com uma paragem intermédia no actual patamar das estufas.

Este ponto de ligação é considerado nevrálgico apostando-se assim numa ligação mecanizada, admitindo a sua funcionalidade não apenas do ponto de vista lúdico mas também do ponto de vista da mobilidade da população local dentro do novo sistema que interliga a cota do rio e as cotas altas da cidade. Este ponto, e a sua ligação à cota das estufas, é pretexto uma reformulação deste patamar, hoje desactivado e inacessível ao público, associando-se esta intervenção a uma dupla estratégia: qualificar uma ligação pedonal, à média-escala, ao cotovelo da Rua Jorge de Viterbo Ferreira e consequentemente à Rua D. Manuel II, ao mesmo tempo que, e acima de tudo, se proporciona uma reformulação que permite criar alçado na Rua da Restauração, vivificando a sua margem norte e ajudando a melhorar a escala do muro original que actualmente tem uma severa leitura de muro de contenção.

O ponto de colocação do elevador e a saída à cota da Rua da Restauração é estratégica para a continuidade da linha do “percurso longitudinal” através da Rua Sobre-o-Douro e seguinte ligação ao núcleo de Miragaia.

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CORTE ELEVADOR SECTOR PALÁCIO DE CRISTAL

ENTRADA ELEVADOR PALÁCIO DE CRISTAL

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Neste núcleo, e dentro do lógica transversal do projecto, o elevador é desenhado como uma peça metálica, leve e delicada, sobre um embasamento pétreo. A sua cor e placagem em madeira buscam um diálogo claro com os tons cromáticos e texturas do corpo arbóreo do parque, bem como a sua forma geométrica, de tramos puros, abarcam a linguagem humanizada e racional dos vários socalcos.

Por seu turno, o embasamento acentua o lado duro e pétreo característico do Porto, reforçado pela experiência dicotómica de entrada num momento denso e subterrâneo e ascensão numa caixa leve, por entre as árvores, a um passadiço suspenso sobre o rio.

O espírito do embasamento pétreo (betão bujardado) do elevador prolonga-se pela intervenção no patamar das estufas, explorando a ideia de palimpsesto que, ora aproveitando o muro de pedra existente ora colocando sobre ele novas peças em betão, permite a criação de plataformas e terraços descritos anteriormente de melhoramento do alçado da Rua da Restauração e ligação à Rua Jorge de Viterbo Ferreira.

Estes novos patamares deverão acolher, em fase posterior, três volumes programáticos em estrutura metálica equivalente à do elevador, com um uso misto, entre uma cafetaria e esplanada e novas estufas didáticas, cuja exploração contribuirá para a rentabilização económica de toda a intervenção.

Importa ainda referir que, apesar dos vários novos pontes de entrada no parque, todos são desenhados de forma a poderem ser facilmente encerrados de acordo com o horário de funcionamento do jardim.

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PLANTA SECTOR MIRAGAIA

“PLANTA TOPOGRAPHICA DA CIDADE DO PORTO” DÉCADA DE 80 DO SÉCULO XIX, QUADRÍCULA 217

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MIRAGAIA

A intervenção no sector de Miragaia compreende dois núcleos, um correspondente à zona das “Escadas das Sereias” e outro à área que compreende as “Escadas do Monte dos Judeus” e a zona circundante das Ruas do Cidral.

No seu conjunto, e após uma leitura transversal de todo este sector, as Escadas da Sereias, pela sua natureza construtiva e forma, são entendidas com um elemento cénico a manter não mecanizado e a utilizar num sentido tendencialmente descendente e mais lúdico, ao passo que a intervenção nas “Escadas do Monte dos Judeus” é trabalhada no sentido da integração de lanços de escadas mecanizadas, cumprindo a função de sentido ascendente e cujo primeiro patamar une de cota com o Largo da Alfândega junto ao arranque da “Escada das Sereias” reforçando assim a ideia de sistema conjunto.

Ambas as escadas são elementos essenciais na ligação da cota do rio à cota da Rua da Bandeirinha e Rua do Monte dos Judeus, que em união fazem a ligação primordial entre o anterior sector do Palácio de Cristal e o sector seguinte do “Parque da Virtudes”.

Assim, a intervenção na “Escada das Sereias” limita-se à conservação e melhoramento dos degraus mais danificados, novo desenho de corrimão e pontual arranjo paisagístico na margem das escadas com a introdução de elementos vegetais.

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CORTE ESCADAS DO MONTE DE JUDEUS

PERCURSOS MECANIZADOS NAS ESCADAS DO MONTE DE JUDEUS

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Por seu turno, o núcleo das “Escadas do Monte dos Judeus” é profundamente trabalhado para integrar três lanços de escadas mecânicas. Para tal tirou-se partido do muro estruturante ali existente (antigo muro que já surge na Planta Topographica da Cidade do Porto, da década de 80 do século XIX, na sua quadrícula 217, com a configuração semelhante à que tem ainda hoje, e que seria de limitação de quintas anteriores). Na verdade, actualmente o muro divide bruscamente as escadas em dois tramos paralelos. Na presente proposta, toda a largura daquele espaço e franjas envolventes é entendido como um só e, para isso, é rasgada uma passagem no muro que, a par com o aproveitamento da porta já existente, explora um desenho cruzado de escadas que evita a instalação de uma escada mecânica de enfiamento único, num só eixo, que adulteraria a escala e a percepção de todo aquele lugar. São realizados ajustes “cirúgicos” de cotas e patamares, com pavimentação geral deste núcleo e sua envolvente, redesenhando-se ainda o momento de chegada ao promontório da fonte da antiga Praça do Peixe devolvendo-lhe a sua dignidade histórica (originalmente construída na Cordoaria e integrada no antigo Mercado do Peixe do século XIX e transladada posteriormente para este local), cujo socalco foi dotado de uma outra nova escada de ligação à Rua do Cidral de Cima fazendo com que este seja um espaço também de atravessamento e não uma plataforma sem saída.

Devido ao perfil específico das escadas mecânicas e à sua aparente incompatibilidade com as escadas existentes, são introduzidos delgados muros de betão bujardado nas suas laterais permitindo assim regularizar a escala destes novos elementos no contacto com as escadas e pavimentos existentes.

As escadas existentes são conservadas sendo introduzidos canteiros em zonas de transição de cotas que pontuam a longa subida que, apesar de agora facilitada pelos meios mecânicos, pode ainda ser integralmente percorrida através da antiga escadaria mantendo-se a sua vertente de fruição lúdica.

Com vista ao melhoramento da ligação entre o Palácio das Sereias e a zona do Jardim das Virtudes (e posterior ligação à cota do Jardim da Cordoaria e Hospital de Santo António) as Ruas do Cidral de Cima e do Cidral de Baixo serão ainda alvo de uma conservação e redesenho pontual de pavimentos, com ligeiros ajustes das cotas e do seu perfil longitudinal (através da introdução de rampas e escadas com patamares generosos) para um claro melhoramento da acessibilidade, sendo o pequeno largo, onde ambas confinam a nascente, alvo de uma transformação paisagística que o torna numa pequena área verde, fazendo com que deixe de ser lido como um espaço sobrante.

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PLANTA SECTOR IRTUDES

PERFIL SECTOR VIRTUDES

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VIRTUDES

A partir do anterior sector, une-se finalmente o “percurso longitudinal” às cotas altas (Cordoaria e Santo António) através da acentuada encosta do Jardim das Virtudes.

No seguimento das Ruas do Cidral e Rua dos Armazéns nasce a Calçada das Virtudes que, pela sua escala e perfil ,tem capacidade para absorver um sistema de escadas mecanizadas, justificadas pelo elevado fluxo de utilizadores e grande diferença de cotas que vencem. Este grupo de escadas são igualmente enquadradas por muros de betão bujardado que permitem corrigir o perfil de contacto das novas escadas com as existentes. A meia encosta, no contacto da Calçada das Virtudes com a histórica Fonte das Virtudes (de inícios do século XVII) é reformulado todo o patamar de chegada constituindo-se, ao mesmo tempo, o momento de ligação entre a escada mecanizada seguinte e o desenho de um anfiteatro ao ar livre. O último tramo de escada mecanizada, implantado no tardoz da fonte beneficia da grande escala desta que, a partir da Calçada das Virtudes a camufla. Visto do lado oposto, a partir dos socalcos do Jardim das Virtudes, o tratamento paisagístico faz também uma integração cuidada deste novo elemento nos taludes do Jardim.

Este último tramo de escada está ligado a um embasamento, também pétreo (betão bujardado) que desenha um promontório (assemelhando-se a um novo socalco) que, por fim, serve de base ao arranque de um elevador que conecta todo o percurso à cota do Passeio das Virtudes (miradouro).

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PERCURSOS PEDONAIS NO SECTOR VIRTUDES

CORTE SECTOR VIRTUDES

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Por último, a partir do Passeio das Virtudes ao longo da Rua de Azevedo de Albuquerque (antiga Rua dos Fogueteiros) ao longo da cota +62, e junto à cota inferior do grande muro de contenção de arranque da Rua da Restauração, que conecta também com o miolo do Jardim das Virtudes, propõe-se uma ligação complementar ao Jardim da Cordoaria através da introdução de escadas mecanizadas na Travessa da Laje. Este ponto de intervenção (a considerar como uma fase posterior de implementação) é no nosso entender essencial para valorização e vivificação de todo este sector da cidade e por ajudar, ainda, a redefinir a entrada superior do Jardim das Virtudes, hoje totalmente secundarizado, sendo também um espaço propício à instalação de mais um equipamento programático, tal como uma cafetaria e esplanada.

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03 PAISAGISMO E SINALÉCTICA

A solução para o problema apresentado, que se prende em grande medida com uma questão funcional, passa pela definição de uma proposta sustentada por intervenções cirúrgicas na paisagem, reinventando a forma como as pessoas se poderão apropriar das zonas de encosta da cidade, com base num traçado que promova uma articulação e ligação permanentes entre o edificado e o espaço público, e revitalizando o lugar através da introdução de elementos capazes de responder a novas exigências ambientais, socio-económicas e culturais.

Pela natureza do projeto, foi essencial que a intervenção paisagística estivesse em completa harmonia com as restantes especialidades, permitindo idealizar a área de intervenção como um todo, onde cada elemento meticulosamente introduzido – vegetação, iluminação pública, sinalética e percursos – vai fazer parte de uma composição intensamente refletida e aperfeiçoada através da escala, forma e função, para solucionar o problema da fragmentação do território e da reduzida mobilidade pedonal e acessibilidade. Esta estratégia permitiu ainda dar resposta a uma outra questão, que se prende com a preservação da identidade do lugar, do património construído e da paisagem urbana.

Na lógica de sustentabilidade transversal ao projecto pretende-se, com a definição de novas áreas verdes e com a introdução de vegetação nativa ao longo dos percursos, celebrar o sub-bosque e os prados de influência mediterrânica e atlântica, que se distinguem pelas dinâmicas sazonais e pela tolerância à seca e capacidade de prosperar com um consumo mínimo de recursos hídricos. O resultado é uma paisagem complexa e proporcional à escala humana, capaz de convidar os utilizadores a interagir com o lugar. Pelo destaque que têm as encostas e vales presentes neste projeto, a proposta integra ainda um sistema de drenagem natural pensado para minimizar o impacto da escorrência de águas superficiais e pluviais, através da preservação e aperfeiçoamento das áreas permeáveis que integram o projeto.

Nesse sentido, ao promover e estimular a articulação entre o tecido urbano existente e o sistema de espaços verdes e quintas, os novos percursos pedonais assumem o papel de sistema convergente, capaz de estabelecer novos lugares de proximidade e relações mais intensas entre o tecido urbano existente, o sistema de espaços verdes, as quintas e o rio Douro – onde se destacam o Palácio de Cristal e o Jardim das Virtudes, como dois espaços verdes de referência.

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04 SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

GERAL

Este projecto associa os elementos fundamentais com vista à procura sustentabilidade e eficiência energética: conservação de energia, baixo impacto ambiental e baixa emissão de poluentes, com a ambição e a responsabilidade para que os percursos pedonais sejam ambientalmente exemplares.

As estruturas sustentáveis são aquelas que, para além garantir o conforto e a segurança aos seus ocupantes, são energeticamente eficientes, isto é, que apresentam um reduzido consumo energético, adoptam estratégias para reduzir o impacto ambiental na construção e na utilização, nomeadamente, através da gestão dos materiais e sistemas construtivos, e na melhor gestão dos recursos naturais, como a água, a vegetação e o solo.

O objectivo é a certificação de Classe A de acordo com o Sistema Nacional de Certificação Energética.

É nesta perspectiva de sustentabilidade que o projecto é abordado desde a sua fase mais prematura, avaliando todos os aspectos que podem contribuir para aquele objectivo, designadamente, os materiais de construção, os sistemas de climatização e os sistemas de iluminação, sem nunca por em causa a segurança e conforto dos seus utilizadores.

Ciente da importância sustentabilidade da construção, o projecto é desenvolvido numa perspectiva da melhor integração dos aspectos que podem contribuir para a sua eficiência energética e de inocuidade para com o ambiente, de modo a responder aos objectivos programáticos do concurso no que respeita à sustentabilidade e racionalidade energética que se pretende, designadamente:

> Concepção da arquitectura;

> Selecção de materiais para a construção;

> Integração de sistemas passivos de climatização;

> Integração de formas de energia renováveis;

> Concepção de sistemas de climatização e de iluminação energeticamente eficientes.

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CLASSE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Na tentativa de alcançar a classe de eficiência energética que melhor se enquadre com a sustentabilidade energética desejada – a classe A - foram desde logo a implementadas medidas que possibilitaram, optimizar o desempenho energético dos seus sistemas, a saber:

Na envolvente dos elevadores:

> Factores solares dos envidraçados da cabine do elevador do palácio de cristal, optimizados no compromisso entre a contribuição da carga térmica e da iluminação natural;

> Quando não estiverem em funcionamento, as cabines dos elevadores estarão protegidas da radiação solar, o que se traduz numa eficiência energética considerável.

Nos sistemas mecânicos e eléctricos dos elevadores:

> Unidade de tratamento de ar com free-cooling;

> Sistemas de iluminação artificial eficientes, com baixo nível de potência instalada e controlo em função do nível de iluminação natural;

> Motor do tipo MRL, de baixa velocidade, com motor e elementos de tracção optimizados, que permitem uma poupança até 70% quando comparado com sistemas convenciais.

As medidas descritas são por si só garantia da classificação pretendida – A.

Com o intuito de potenciar ainda mais além o desempenho dos elevadores, tornando-os numa referência da cidade neste capítulo, propõe-se a eventual adopção de medidas adicionais com vista a uma possível certificação A+:

> Aproveitamento da energia solar para produção de energia elétrica, através da instalação de painéis solares na cobertura do passadiço do elevador que será aproveitada através de baterias, diminuindo o consumo de energia proveniente da rede de origem fóssil e assim contribuir para a efectiva redução das emissões de CO2 para a atmosfera. Em alturas de baixo movimento, prevê-se que os elevadores possam funcionar autonomamente da rede eléctrica.

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05 ESTRUTURAS

A solução estrutural dos percursos pedonais caracteriza-se pela simplicidade conceptual, de formas e métodos construtivos - assegurando não só a resistência de todos os elementos estruturais, mas ainda o seu bom comportamento em condições normais de utilização, com reduzidos custos de manutenção ao longo da sua vida útil.

Com estas premissas, as características básicas da Proposta traduzem-se resumidamente nos pontos seguintes.

CONCEPÇÃO

Utilização do betão armado como material de base em todos os elementos estruturais verticais que estejam em contacto com o solo, garantindo simultaneamente a resistência e a rigidez necessária, reduzindo ao mínimo a necessidade de tratamentos de protecção complementares e assegurando por si só a resistência à acção do fogo e acabamento final. Por outro lado, ao optar-se por betão à vista, garantindo-se um acabamento de alta durabilidade reduzidos custos de manutenção;

A estrutura do elevador do palácio de cristal será em treliça metálica do tipo Vierendeel, em secções quadradas de aresta de 25cm. Complementarmente, a caixa que define o passadiço de acesso ao elevador é realizada em painéis de madeira em “crosslam” (madeira prensada-cruzada) tanto para as lajes (10cm de espessura) como para as paredes (8cm de espessura). Esta caixa de madeira dentro da grelha metálica, não só possui uma resistência considerável por si mesma – tanto para acções gravíticas como acções horizontais tipo o vento – como será solidarizada com a estrutura metálica – funcionamento misto - o que nos permite não ter elementos de travação – diagonais – visíveis no exterior.

A estrutura do elevador das virtudes será idêntica à do elevador do palácio de cristal, com secções com a mesma dimensão exterior mas de espessura inferior.

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ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES

Ainda sem um estudo geotécnico detalhado disponível, propõe-se soluções que não alteram de forma algum o comportamento dos solos existente e os embasamentos em betão são dimensionados de modo a que apenas se tenha de recorrer a fundações directas, sendo que na maior parte das escadas rolantes as vigas de fundação, complementadas com uma fina laje de fundo, serão suficientes para assegurar uma correcta transmissão das cargas ao solo.

Em ambos os elevadores prevê-se uma escavação parcial que é compensada pelos embasamentos em betão armado, o que garante uma contínua transmissão dos impulsos do solo.

Todos os elementos em contacto com terras terão um tratamento superficial que garanta a sua impermeabilização e correspondente protecção das armaduras contra a corrosão, sempre que possível complementado com uma rede de drenagem que evite o contacto directo de eventuais águas freáticas superficiais contra as paredes.

MÉTODOS CONSTRUTIVOS

Todos os elementos em contacto com o solo serão realizados em betão armado, a partir de métodos construtivos tradicionais e correntes, não havendo necessidade de escoramentos e cofragens a alturas elevadas;

Para ambos os elevadores, que serão as maiores estruturas a realizar, a estrutura metálica será transportada em troços, que serão assemblados no solo e erguidos por gruas até à posição final. A caixa em madeira do passadiço de acesso, sendo feita em “crosslam”, será transportada em placas de 3m por 15m, e será assemblada e colocada na posição final a partir de gruas. Este é um processo construtivo baseado na pré-fabricação em oficina, que permite agilizar o tempo e os custos da montagem da estrutura.

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07 REDES ELÉCTRICAS E DE TELECOMUNICAÇÕES

Considerando a necessidade utilização de meios mecânicos de elevação, designadamente ascensores e escada mecanizadas, é inevitável o consumo de energia dos mesmos. No caso dos ascensores optou-se por considerar equipamentos que integram conversores de frequência variável que permitem a recuperação de energia, bem como arranques progressivos, com possibilidade de entrega à rede eléctrica do distribuidor, recorrendo a contadores bi-direccionais, da energia excedente, permitindo assim reduções significativas no custo de exploração dos mesmos. No caso do ascensor que liga a Rua da Restauração ao Palácio de Cristal, propõe-se a instalação de uma central de produção fotovoltaica com potência de ligação de 5,75kW, em regime de micro-geração, associado ao ponto de entrega de energia para esse elevador permitindo assim a venda de energia à rede, equilibrando o consumo esperado para esse ascensor, resultando num custo de exploração próximo de zero.

No caso das escadas mecanizadas também se prevê a recuperação de energia mas associada a baterias de armazenamento internas para equilíbrio de carga consumida, também por recurso aos conversores de frequência variável. As escadas rolantes serão ainda dotadas de sistema “stop & go” dada a previsão da utilização não contínua das mesmas.

Em ambos os tipos de equipamento (bem como a restante iluminação pública da intervenção) a opção por fontes luminosas em LED permitirá uma poupança estimada de 80% em comparação com a solução tradicional assente em tecnologia fluorescente.

Paralelamente todos os sistemas serão geridos remotamente utilizando sistemas de automação interligados com a rede “Porto Digital”, permitindo também um registo da afluência aos equipamentos, utilizando as cortinas de infravermelhos em conjugação com o sistema de CCTV, permitindo uma melhor parametrização dos horários de funcionamento.

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INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTOS

As instalações de águas e esgotos do Percursos Pedonais serão projectadas para dar resposta, não só às exigências funcionais, mas também atender a requisitos de conforto, fiabilidade e segurança das instalações e, paralelamente, contribuir para um elevado desempenho energético sistema. Assim, será dada preferência a todos os sistemas gravíticos em detrimento dos sistemas pressurizados.

EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

No que respeita à rede de extinção de incêndio prevê-se a instalação de carreteis de calibre reduzido como meios de 1ª intervenção nas proximidades dos elevadores.

REDE DE DRENAGEM PLUVIAIS E FREÁTICAS

A concepção das redes de drenagem toma como ponto de partida o princípio de que o escoamento gravítico se deverá impor sempre que as cotas das escadas rolantes e a sua relação com as cotas das redes de infra-estruturas exteriores o permitam. Prevê-se que a totalidade das caixas das escadas rolantes tenham escoamento gravítico com ligação directa às infra-estruturas públicas existentes.

As redes de drenagem das águas pluviais e freáticas (nos arruamentos) serão integradas na arquitectura mediante a compatibilização de percursos verticais estruturados e percursos de evacuação “horizontais” visitáveis.

08 ACÚSTICA

O elevadores devem garantir o cumprimento da legislação aplicável no que diz respeito à Acústica (Decretos-Lei 96/2008, “Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios” e 9/2007, “Regulamento Geral do Ruído”).

O controlo de ruído de equipamentos dos elevadores será efectuado através da selecção de equipamentos com baixa potência sonora, implantação de equipamentos em maciços anti-vibráticos com taxa de atenuação de vibrações superior a 95%, e absorção sonora no interior das zonas técnicas.

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09 ANEXOS

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CONCURSO DE CONCEÇÃO PERCURSOS PEDONAIS • LIGAÇÕES MECANIZADAS

QUADRO DE ÁREAS

1

SECTOR A – MIRAGAIA 800,78 m2

Núcleo A1 - Escadas das Sereias 131,09

Área de Escadas Existentes a Recuperar m2 119,28

Área de Muros a Recuperar m2 11,81

Núcleo A2 - Escadas Monte dos Judeus 533,04

Área de Escadas Novas m2 24,84

Área de Escadas a Recuperar m2 129,29

Área de Pavimento Lajeado Novo m2 61,48

Área de Espaços Verdes m2 250,17

Área de Muros m2 11,64

Área de Implantação Escadas Rolantes m2 55,62

Núcleo A3 – Ruas do Cidral 136,65

Área de Escadas Novas m2 72,10

Área de Pavimento Lajeado Novo m2 40,41

Área de Espaços Verdes m2 24,14

SECTOR B – PALÁCIO DE CRISTAL m2

Núcleo B1 - Encosta Poente

Área de Escadas Novas m2 149,54

Área de Escadas a Recuperar m2 25,36

Área de Pavimento Lajeado Novo m2 359,34

Área de Espaços Verdes m2 537,68

Área de Muros m2 67,61

Núcleo B2 - Rua da Restauração

Área Elevador/acessos m2 109,05

Área de Escadas Novas m2 89,90

Área de Escadas a Recuperar m2 12,85

Área de Pavimento Lajeado Novo m2 437,34

Área de Espaços Verdes m2 540,49

Área de Muros m2 178,81

SECTOR C – JARDIM DAS VIRTUDES m2

Núcleo C1 - Calçada das Virtudes

Área Elevador/acessos m2 30,77

Área de Escadas Novas m2 74,18

Área de Escadas a Recuperar m2 229,12

Área de Pavimento Lajeado Novo m2 771,20

Área de Espaços Verdes m2 653,29

Área de Muros m2 22,26

Área de Implantação Escadas Rolantes m2 111,04

TOTAL GLOBAL m2

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1,5% inc.

PAVIMENTO A SUBSTITUIR

LAJETA DE GRANITO BUJARDADO

MURO DE GRANITO EXISTENTE

LAJETA EM GRANITO EXISTENTE

CORRIMÃO METÁLICO

ESCADA MECÂNICA

MURO EM BETÃO ARMADO BUJARDADO

DEGRAU EM GRANITO BUJARDADO

LAJETA DE GRANITO BUJARDADO

MURO EM GRANITO

ÁREA AJARDINADA

DEGRAU DE GRANITO EXISTENTE

CANAL DE DRENAGEM

CORTE E PLANTA DA CONSERVAÇÃO DAS ESCADAS DO MONTE DOS JUDEUS CORTE E PLANTA DA INSERÇÃO DA ESCADA MECÂNICA NAS ESCADAS DO MONTE DOS JUDEUS CORTE E PLANTA DO MELHORAMENTO DA ACESSIBILIDADE NAS RUAS DO CIDRAL E LIGAÇÃO À RUA DOS ARMAZÉNS

ESCADARIAEXISTENTE

ESCADA MECÂNCIA

ÁREA AJARDINADA

PAVIMENTO A SUBSTITUIR

PAVIMENTOA CONSERVAR

PAVIMENTOA CONSERVAR

PAVIMENTOA CONSERVAR

PAVIMENTOA CONSERVAR

PAVIMENTONOVO

MUROEXISTENTE

MUROSUPORTE

PORMENOR CONSTRUTIVO ESPAÇO PÚBLICO 1:50

PORMENOR CONSTRUTIVO ELEVADOR PALÁCIO DE CRISTAL 1:25

1 BETÃO (BUJARDADO, QUANDO APARENTE)

2 PEDRA DE GRANITO

3 ELEMENTO ESTRUTURAL METÁLICO

4 LAJE COLABORANTE

5 PAINEL DE MADEIRA TIPO “CROSSLAM”

6 RUFO EM ZINCO

7 ARGAMASSA

8 TELA IMPERMEABILIZANTE

9 BARRAMENTO BETUMINOSO

10 CAMADA DE BRITA

11 PAINEIS SOLARES

12 PORTA DO ELEVADOR

13 DRENAGEM

14 ISOLAMENTO TÉRMICO

15 GUIA DE ELEVADOR

16 BRITA

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