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A contribuição da terapia complementar na prevenção e no
tratamento do estresse dos enfermeiros na prática do cuidar em um
hospital da rede estadual de saúde\ visão holística
Marli Bernardes da silva1
Pós-graduação em Acupuntura – Faculdade Ávila
[email protected] Dayana Priscila Maia Mejia
2
RESUMO
Stress é um tema de larga abrangência, que ocupa lugar de destaque nos diversos níveis da
vida. O Stress permeia a vida do homem desde a Antiguidade, mas apesar dos grandes
avanços, houve a necessidade de englobar o importante papel desempenhado pelo indivíduo,
colocando a avaliação do sujeito em relação ao estressor como peça fundamental no
desencadeamento do stress. O estudo de stress entre enfermeiros teve início por volta dos
anos sessenta, quando na realidade estrangeira surgiu a preocupação com o profissional
irritado, desapontado e culpado por não conseguir lidar com esses sentimentos. No Brasil,
encontram-se publicações voltadas para o stress na década de noventa, com trabalho
realizado junto a enfermeiros de centro cirúrgico e centro de material. Mais tarde
pesquisou-se o stress numa equipe de enfermagem atuante em cardiologia; trabalho do turno
noturno; e em terapia intensiva. Percebe-se que há uma diversificação de abordagens,
reflexo da gama de estudos existentes.
Palavras-chave: Síndrome de Bournout; Acupuntura; Terapias Complementares.
1. INTRODUÇÃO
O trabalhador em saúde, em sua maioria tem mais de um emprego; família, estudo e outras
atividades que somados a fatores estressantes no ambiente hospitalar, em especifico no pronto
atendimento prejudicam e distancia do objetivo maior de sua profissão que é cuidar de vidas
humanas. A arte do cuidar é uma missão mais que profissão pois requer atenção dobrada ao
serviço prestado pelos profissionais tanto em âmbito hospitalar, quanto na rede básica ou
ambulatorial. A Enfermagem caracteriza-se como uma ciência humana, de pessoas e
experiências, com um campo de conhecimentos, fundamentações e práticas cuja abrangência
vai do estado de saúde ao estado de doença, sendo mediada por transações profissionais,
pessoais, científicas, estéticas, éticas e políticas do cuidar de seres humanos (POTTER;
PERRY, 1999). A enfermagem tem recebido vários conceitos e o seu significado varia com o tempo e os
costumes. Citaremos alguns: Enfermagem é a ciência e a arte de assistir ao ser (individuo,
família e comunidade) no atendimento de suas necessidades básicas; de torná-lo independente
desta assistência, quando possível pelo ensino do autocuidado, de recuperar, manter e
promover sua saúde em colaboração com outros profissionais. Florence Nightingale defendia
a idéia de que os profissionais de Enfermagem, além do conhecimento técnico e científico,
1 Pós-graduando em acupuntura, enfermeira
2 Orientadora,Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito
em saúde
2
devem ter criatividade e intuição, ressaltando-se, ainda, os atributos de amor e honestidade
associados ao cuidado de Enfermagem (SILVA, 1997; TORRES, 1993).
Os elementos essenciais para o cuidado são: (1) formação de um sistema de valores
humanista-altruísta; (2) introdução de fé e esperança; (3) cultivo a sensibilidade em si mesmo
e nas demais pessoas; (4) desenvolvimento de relação de ajuda e confiança; (5) promoção e
aceitação da expressão de sentimentos positivos e negativos; (6) utilização sistemática do
método de resolução de problemas para a tomada de decisões; (7) promoção do ensino-
aprendizagem interpessoal; (8) provisão de um ambiente de apoio, proteção e/ou de
neutralização mental, física, sócio-cultural e espiritual; (9) assistência com satisfação das
necessidades humanas; (10) tolerância de forças fenomenológicas (DU GAS, 1984). Segundo Florence Nightingale Enfermagem é uma arte, requer uma devoção tão exclusiva,
um preparo tão rigoroso, como obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela
morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo – o templo do espírito de Deus.
“É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes” (SILVA, 1997; TORRES, 1993).
Em dez anos de profissão, trabalhando nos mais diversos setores de saúde, observo a
existência de um nível de estresse elevado em meio aos profissionais de saúde.É importante
salientar que em se tratando de saúde do trabalhador de enfermagem, não podemos analisar
esse assunto isoladamente, e sim realizar uma análise do ponto de vista da questão biológica,
das condições de trabalho, bem como fatores determinantes para riscos de acidentes e
doenças ocupacionais.O impacto deste cotidiano na atuação e na saúde destes profissionais,
implica no desgaste físico, mental e emocional que ultrapassa os limites dos cuidados de
enfermagem, requeridos pelos pacientes, envolvendo também um confronto diário com
exposição ocupacional, enfrentamento com a morte, impotência frente situações de
sofrimento seja dos doentes e ou de seus familiares, exposição constante a riscos á sua saúde
e recursos humanos insuficientes.É sabido que o estresse contribui para, incapacidade de
enfrentamento, insatisfação, desmotivação e diminuição da produtividade, trazendo
conseqüências á qualidade de suas ações, colocando em xeque a segurança do trabalho e
qualidade da assistência prestada ao doente.Além do risco de contrair infecções, o acidente
ocupacional pode gerar no trabalhador, sérias repercussões psicossomáticas e psicossossiais
levando-o a mudanças nas relações; de trabalho e de seus familiares devido a estigmas e
associações ao HIV/Aids.Diante desta situação, é de suma importância para a melhoria do
atendimento nos serviços em saúde, a identificação dos fatores de estresse e seus agravantes,
a real situação de saúde dos profissionais de enfermagem.
1.1 ESTRESSE: AMEAÇA AO ESTADO DE EQUILIBRO
O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de
reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um
desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a
adaptação a situações novas. Um dos primeiros estudos sobre estresse foi realizado em 1936
pelo pesquisador canadense Hans Selye, que submeteu cobaias a estímulos estressores e
observou um padrão específico na resposta comportamental e física do sanimais. Selye
descreveu os sintomas do estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, composto de
três fases sucessivas; alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento era
observado o surgimento de diversas doenças sérias, como úlcera, hipertensão arterial, artrites
e lesões miocárdicas. O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico e
o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a
dia, mas de uma forma mais suave. O estresse agudo é mais intenso e curto, sendo causado
normalmente por situações traumáticas, mas passageiras como a depressão na morte de um
parente. A enfermagem é uma profissão considerada desgastante, em função do constante
contato com pacientes críticos, por estar frequentemente exposto a doenças, risco de natureza
3
física, química, biológica e psíquica, somados a fatores estressantes no ambiente hospitalar,
tais como: falta de recursos humanos, riscos de acidentes de trabalho, jornada dupla,
despreparo para lidar com a morte, e muitas outras situações que findam em aumentar a
angustia e a ansiedade, prejudicando e distanciando do objetivo maior de sua profissão que é
cuidar de vidas humanas. De acordo com a Health Education Authority, a enfermagem foi
classificada como a quarta profissão mais estressante, no setor público, que vem tentando
profissionalmente afirmar-se para obter maior reconhecimento social. (Carlotto e Gobbi
2003) consideram que o excessivo desgaste de energia que geram a exaustão e fracasso do
profissional no exercício de sua função caracteriza-se estritamente a síndrome de Burnot. Os
mesmos autores acrescentam que é considerado como um grande problema psicossocial atual
que causa danos repercute no desempenho do profissional, acarretando problemas de ordem
organizacional, econômicas e sociais. É sabido que o estresse contribui para a incapacidade de
enfrentamento, insatisfação, desmotivação e diminuição da produtividade, trazendo
consequências à qualidade de suas ações, colocando em xeque a segurança do trabalho e
qualidade da assistência prestada ao doente. Diante desta situação, é de suma importância para
a melhoria do atendimento nos serviços em saúde, à identificação dos fatores de estresse e
seus agravantes, a real situação de saúde dos profissionais de enfermagem e como as terapias
complementares podem contribuir para a diminuição do estresse.
1.2 TIPOS DE ESTRESSE
Os estressores existem sob muitas formas e categorias. Segundo (Smeltzer & Bare 2002),
eles podem ser descritos como: físicos, fisiológicos ou psicossociais. Os estressores físicos
incluem frio, calor ou agentes químicos; os estressores psicossociais compreendem o medo de
falhar em um exame ou de perder um emprego; e os estressores fisiológicos tangeiam dor ou
fadiga. Entre as principais causas do estresse, devemos citar: Mudanças: certa dose de
mudança é necessária. Entretanto, se as mudanças violentas podem ultrapassar nossa
capacidade de adaptação. Sobrecarga: a falta de tempo, o excesso de responsabilidade, a falta
de apoio e expectativas exageradas. Alimentação incorreta: não é apenas importante o que
comemos, mas também como comemos. Fumar: o cigarro libera nicotina que, na fase de
menor concentração, já provoca reações de estresse leve, depois bloqueia as reações do
organismo e causa dependência psicológica. Ruídos: coloca-nos sempre em alerta, provoca a
irritação e a perda de concentração desencadeando reações de estresse, que podem levar até a
exaustão. Baixa autoestima: tende a se agravar o estresse nestas pessoas. Medo: o medo
acentua nas pessoas a preocupação sem necessidade, uma atitude pessimista em relação à vida
ou lembranças de experiências desagradáveis. Trânsito: os congestionamentos, os semáforos,
os assaltos aos motoristas e a contaminação do ar podem desencadear o estresse. Alternativas
do ritmo habitual do organismo: provoca irritabilidade, problemas digestivos, dores de cabeça
e alterações no sono. Progresso: a agitação do progresso técnico é acompanhada de aumento
das pressões e de sobrecarga de trabalho, aumentando os níveis de exigências, qualitativas e
quantitativas. São desses estressores que surgem os principais tipos de estresse que abrangem:
Estresse de Trabalho;
Estresse decorrente de doenças cardíacas e do câncer;
Estresse na Infância;
Estresse de Envelhecimento.
4
1.3 SINDROME DE BURNOUT
A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das
consequências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão
emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a
quase tudo e todos (até como defesa emocional). Enfim, a Síndrome de Burnout representa
o quadro que poderíamos chamar de “saco cheio” ou “não agüento mais”. O termo Burnout
é uma composição de burn = queima e out = exterior, sugerindo assim que a pessoa com
esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um
comportamento agressivo e irritadiço. A expressão burnout em inglês, entretanto, significa
aquilo que deixou de funcionar por completa falta de energia, por ter sua energia totalmente
esgotada, metaforicamente, aquilo que chegou ao seu limite máximo.
A prevalência da Síndrome de Burnout ainda é incerta, embora os dados sugiram que
acomete um número muito expressivo de pessoas. A epidemiologia da Síndrome de
Burnout tem aspectos bastante curiosos, como mostrou o detalhado trabalho de Martinez,
onde os primeiros anos da carreira profissional resultaram os mais vulneráveis ao
desenvolvimento da síndrome.
Também parece haver uma preponderância do transtorno nas mulheres, possivelmente
devido à dupla carga de trabalho que concilia a prática profissional e a tarefa familiar. Com
relação ao estado civil, tem-se associado a síndrome mais com as pessoas sem parceiro
estável. Esse transtorno tem importância na medida em que afeta a vida pessoal, seja
através das repercussões físicas desse estresse psíquico, seja no comprometimento
profissional quanto a eficiência e desempenho, seja social na desarmonia dos
relacionamentos interpessoais.
Como síndrome, o burnout seria o resultado da combinação entre as características
individuais do paciente com as condições do ambiente ou do trabalho, o qual geraria
excessivos e prolongados momentos de estresse no trabalho. Essa síndrome se refere a um
tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm
uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é
considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente
relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicanalistas,
carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros,
funcionários de departamento de pessoal, tele marketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as
observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com
pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem a
técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à
avaliações.Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do
estresse genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema
e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas
consequências bastante sérias. Definida como uma reação à tensão emocional crônica
gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz
com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma
que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout
está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as
chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e
família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe. Os autores que
defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença
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envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e
trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com
interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho.
No Brasil, segundo o decreto 3.048 de 6 de maio de 1999, que fala sobre agentes
patogênicos causadores de doenças ocupacionais, a Síndrome de Burnout está classificada
junto aos Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho,
manifestando-se com a sensação de estar acabado. Neste caso a Síndrome de Burnout
aparece como sinônimo de Síndrome de Esgotamento Profissional.
Refletindo mais realisticamente sobre alguns preceitos culturais que envolvem o trabalho,
tais como “o trabalho enobrece... etc.”, (Dejours 1992) já afirmava que nem sempre o
trabalho possibilita a realização profissional. Algumas vezes o trabalho pode causar desde
insatisfação ou frustração, até a exaustão emocional.
Freudenberg foi um dos primeiros a descrever essa síndrome em 1974, inicialmente
constatando-a apenas em funcionários das equipes de saúde mental. Observava que, com o
passar do tempo, alguns desses funcionários apresentavam uma síndrome composta por
exaustão emocional e adaptativa, desilusão ou frustração e vontade de isolamento social.
Os sintomas básicos dessa síndrome seria, inicialmente, uma exaustão emocional onde a
pessoa sente que não pode mais dar nada de si mesma. Em seguida desenvolve sentimentos
e atitudes muito negativas, como por exemplo, certo cinismo na relação com as pessoas do
seu trabalho e aparente insensibilidade afetiva. Finalmente o paciente manifesta sentimentos
de falta de realização pessoal no trabalho, afetando sobremaneira a eficiência e habilidade
para realização de tarefas e de adequar-se à organização. Esta síndrome é o resultado do
estresse emocional incrementado na interação com outras pessoas. Algo diferente do
estresse genérico, a Síndrome de Burnout geralmente incorpora sentimentos de fracasso.
Seus principais indicadores são: cansaço emocional, despersonalização e falta de realização
pessoal.
1.3 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A Medicina Tradicional Chinesa ou MTC é um sistema médico desenvolvido e praticado na
China há centenas de anos. As referências mais antigas da literatura datam da dinastia Han,
século II a.C. . A teoria da Medicina Chinesa afirma que existem condutos no nosso corpo,
chamados meridianos, por onde circulam uma influência sutil denominada Qi. Esta influência
Qi, na visão chinesa, é a base das funções fisiológicas e psicológicas do ser humano e quando
a sua circulação normal sofre um bloqueio ou obstrução ocorrem as desarmonias nos órgãos
internos, podendo gerar quadros de excesso ou deficiência desta influência sutil. A MTC,
modernamente, é dividida em 5 especialidades principais que promovem o equilíbrio do Qi e
melhoram a sua circulação nos meridianos: Acupuntura; tratamento através das agulhas
inseridas nos pontos dos meridianos. Tui Na; massoterapia chinesa que utiliza técnicas de
massagem e manipulação. Fitoterapia; tratamento com plantas medicinais. Qi Gong:
exercícios terapêuticos chineses. Dietoterapia: especialidade que trata os desequilíbrios
através dos alimentos. O objetivo destas especialidades não é apenas tratar as doenças, mas
principalmente prevenir e promover a saúde. Como disse o Imperador Amarelo: “Esperar
ficar doente para procurar o médico é como esperar ter sede para começar a cavar o poço”
(Levin. J; Jonas 2001).
6
1.5 ACUPUNTURA TRADICIONAL CHINESA
A acupuntura é uma especialidade da Medicina Tradicional Chinesa, que utiliza a inserção de
agulhas em pontos vitais, de acordo com o diagnóstico do desequilíbrio do paciente, com o
objetivo de promover o fluxo de Qi (substancia vital) e harmonizar as nossas energias
yin/yang. Segundo a visão oriental, o Qi é a base das funções fisiológicas e psicológicas do
ser humano e quando o seu fluxo normal é interrompido surgem os distúrbios físicos, mentais
e emocionais, geradores de doenças. A ciência ocidental demonstrou que a acupuntura
promove a liberação de neuropeptidios, as endorfinas e hormônios, como o cortisol, que são
os responsáveis pela sua ação analgésica, antiinflamatória e sedativa. Está indicada nas
alterações músculo-esqueléticas e nos desequilíbrios psico-emocionais, como a depressão,
ansiedade e insônia, alem de possuir uma atuação preventiva e de promoção da saúde física e
mental.
1.6 MASSOTERAPIA
A Massoterapia Chinesa - massagem terapêutica - combate as tensões e estresse decorrentes
do excesso de trabalho e, por isso, é uma forte aliada da medicina oriental na prevenção e no
tratamento do DORT. A técnica de massagem conhecida como Tui Na permite atingir pontos
específicos dos meridianos chineses para cada distúrbio, levando à liberação de
neuropeptideos com ação analgésica e sedativa como as endorfinas. A medicina oriental tem
apresentado excelentes resultados, com sessões de massoterapia duas a três vezes na semana.
Além de proporcionar um profundo relaxamento da musculatura envolvida na lesão, a Tui Na
atua sobre todos os canais energéticos do organismo. Essa terapia também age
preventivamente, combatendo as tensões e estresses decorrentes do excesso de trabalho. Há
várias técnicas de massagem, dentre elas podem ser citadas shiatsu, quick massage dentre
outras. Todas as técnicas de massagem tentam promover um equilíbrio físico, mental e
energético (Bertollettl. A; Martta. R. 2006).
1.7 DANÇA BIOENERGÉTICA
Através de movimentos de expressão corporal, cria-se um processo de harmonia com o corpo,
mente e espírito.
1. 8 AROMOTERAPIA
É um tratamento feito a base de odores. Alguns odores causam prazer ajudando a restabelecer
a saúde.
1. 9 CROMOTERAPIA
É um tratamento feito com cores. As ondas eletromagnéticas que as cores emitem, ativam a
imaginação, trazendo uma reação positiva ao organismo. As cores indicadas para o estresse
são: verde, violeta e azul.
2. METODOLOGIA
O propósito desta, pesquisa é dar a conhecer a contribuição da terapia complementar na
prevenção e no tratamento do estresse dos enfermeiros na pratica do cuidar em um hospital da
7
rede estadual de saúde na cidade de Manaus\ Amazonas. A amostra será composta de 16
enfermeiros, num total de 44 atuantes na assistência de enfermagem; num hospital de
referencia em doenças tropicais do Estado do amazonas, será utilizado, um questionário com
questões fechadas, respondidos aleatoriamente. A pesquisa será quantitativa com análise
estatística descritiva, exploratória utilizando tabela e gráficos como ferramenta de análise
estatística. Com os resultados da pesquisa pretende-se utilizar a terapia complementar como
mecanismo de melhoria nos níveis de estresse vivenciados no cotidiano dos enfermeiros e
sugerir espaço de bem-estar e ginástica laboral que favoreça melhor qualidade no trabalho e
satisfação do profissional de saúde.
3. RESULTADOS
Tabela 1
Formação
Total
sexo
Tempo de
atuação
profissional
Trabalha
em outro
local
Não trabalha em
outro local
Graduação 1 F 0 1-3a
11
5
M 2 1-3a
Pós-graduação 6 F 3 4-6a
M 4 4-6a
Especialização 8 F 2 7-9a
M 0 7-9a
Mestrado 1 F 4 10
M 1 10
Fonte: Pesquisa realizada com dezesseis enfermeiros de 24 a 49 anos, sendo sete do sexo
masculino e nove do sexo feminino, destes, um tem curso de graduação, seis tem curso de pós
graduação, oito tem curso de especialização e um tem curso de mestrado; onze tem mais de
um emprego e cinco trabalha somente na FMT-HVD(Fundação de medicina tropical-Doutor
Heitor Dourado).
8
Grafico 1 Corresponde á primeira questão do instrumento de pesquisa, e demonstra os sinais
e sintomas de estresse agudo, onde podemos destacar tensão muscular, aumento de sudorese e
dor no estômago.
Grafico 2 Corresponde á segunda questão onde os pesquisando apontaram os sinais e
sintomas que observam quando expostos a agentes estressores. È de grande relevância
problemas com a memória, sensação de desgaste físico e mental constante, formigamento nas
extremidades, mal estar generalizado, aparecimento de problemas dermatológicos e ourtos.
Grafico 3 Demonstração do conhecimento das terapias complementares que podem ser
utilizadas na redução de estresse e até que ponto fazem uso destas terapias naturais, no
cotidiano de suas vidas.
9
GRAFICO 4 Corresponde ás técnicas utilizadas na prevenção e tratamento do estresse.
Grafico 5 Onde quinze (15 ) disseram que Sim e um(1 ) disse que não .
10
Grafico 6 A questão cinco(05), foi afirmativa, e as terapias acima foram utilizada sendo que
apresentou maior resultado a massoterapia e acupuntura.
4. DISCUSSÃO
Diante dos dados obtidos, na pesquisa e ocorrências de relacionamento interpessoal frente ao
trabalho que repetidas vezes vem acontecendo; me preocupa e ao mesmo tempo fica a
sugestão de criar um espaço de dialogo e discussão, sobre a síndrome de Burnout e
concomitante, oferecer terapias complementares em parceria com o serviço de psicologia e
outros profissionais que atuam na Fundação de Medicina Tropical-Dr. Heitor Vieira Dourado.
5. CONCLUSÃO
O presente estudo utilizou um instrumento de pesquisa do tipo questionário, com questões
fechadas e foram entrevistadas dezesseis (16) enfermeiros de 24 a 49 anos, conforme tabela
de dados gerais.As questões especificas, foram respondidas de forma bem heterogêneas, os
pesquisando apontaram os sinais e sintomas que observam quando expostos a agentes
estressores. Sendo estes de grande relevância para intervenção pois revelou que os
profissionais desta instituição, na sua maioria trabalha em mais de um emprego, um outro
fator importante que deve ser considerado são os sinais e sintomas de estresse: problemas com
a memória, sensação de desgaste físico e mental constante, formigamento nas extremidades,
mal estar generalizado, aparecimento de problemas dermatológicos e outros; que merece uma
intervenção criativa e personalizada. Visto que o objetivo maior da enfermagem é cuidar de
vidas humanas, respeitando e resguardando seus direitos humanos desde a concepção até o
morrer com dignidade. Proponho que seja visto a possibilidade de criar um espaço de
exercícios laborais e terapias complementares que favoreça bem estar e relaxamento das
tensões no ambiente de trabalho.
11
REFERÊNCIAS
BERTOLLETTL, A; Matta, R. Cromo Stone Massage: Massagem cromoterápica com
pedras quentes e frias. Manual Técnico Vita Derm: 2006.
CAPRA F. O ponto de mutação. 26ª ed. São Paulo: Cultrix; 2006.
DU GAS, B. W. Enfermagem Prática. Rio de Janeiro: Interamericana, 1984.
DEJOURS, C – A loucura do trabalho. Ed. Cortes-Obore, SP, 1992
FREUDEMBERG H – Staff burnout, Journal of Social Issues, 30:159-165, 1974.
FERREIRA FG. Desvendando o Estresse da Equipe de Enfermagem em Terapia Intensiva.
[dissertação]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1998.
LEVIN, J; Jonas, W. Tratado de Medicina Complementar e Alternativa. 1ª. Ed. São Paulo:
Manole, 2001.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Estratégias de Medicina Tradicional:
2002-2005. Genebra: OMS Publicações; 2002.
OGUISSO, T; SCHIMIDT, M. J. O exercício da enfermagem: uma abordagem ético-legal. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 2007.
POTTER, P. A; Perry, A. G. Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e prática.
4ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
PRETO: Anais. 1990. p. 528º Guisso, T; Schimidt, M. J. O exercício da enfermagem: uma
abordagem ético-legal. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 2007.
REIS, J. N.; Corra, A. K. Unidade de Emergência: Stresse x Comunicação. 2ª Ed. Ribeirão
SILVA, A.L. O estado da arte do cuidado na enfermagem. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 6, n. 2, p. 19-32, maio/ago. 1997.
TORRES, G. Florence Nightingale. In: GEORGE, J.B. Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. cap. 3, p. 38-48.
12
ANEXO 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Você está sendo convidado (a) a participar deste estudo intitulado: “A contribuição da terapia
complementar na prevenção e/ ou no tratamento do estresse dos enfermeiros na pratica do
cuidar em um hospital da rede publica de saúde visão holística.” porque você tem perfil e
preenche os critérios na condição de sujeito, desta pesquisa. Neste estudo você será submetido
(a) a uma entrevista\ questionário com questões fechadas; sobre sinais e sintomas que você
observa, quando exposto a agentes estressores. Você terá toda autonomia para decidir entrar
ou não na pesquisa. Também, você terá toda liberdade para se retirar do estudo a qualquer
momento, sem prejuízo de qualquer natureza. Tanto sua pessoa quanto os dados por você
fornecidos serão mantidos sob absoluta confidencialidade e, portanto, ninguém mais terá
conhecimento sobre sua participação. A natureza da pesquisa é de risco muito baixo, porém o
pesquisando pode ao entrar em contato com o instrumento de pesquisa, tomar consciência da
real situação a qual se encontra e ter uma crise de ansiedade, portanto será garantida
indenização por parte da pesquisadora assim como pela instituição patrocinadora da pesquisa.
O serviço de psicologia da FMT-HVD estará á disposição para atender caso seja necessário.
Sempre que for necessário esclarecer alguma dúvida sobre o estudo, você deverá buscar
contato com a coordenadora da pesquisa Marli Bernardes da Silva, no endereço Comendador
Clementino Beco Hortêncio n. 02, [email protected]
Fone (s): (092) 9128-4336 ou 3248-4133. Para quaisquer informações, fica disponibilizado o
endereço do CEP/FMT-HVD, sito à Av. Pedro Teixeira nº 25 – Dom Pedro, CEP: 69.040-
000, Manaus-AM, que funciona de 2ª a 6ª Feira, das 08h00min às 14h00min horas, telefone
(92) 2127-3572, e-mail; [email protected]
C O N S E N T I M E N T O
Eu li, tomei conhecimento, entendi os aspectos da pesquisa e, voluntariamente, concordo em
participar do estudo.
Data:_______/_______/________
_________________________________________________
Assinatura ou Impressão Datiloscópica do Sujeito da Pesquisa
Residência: Fone(s): _____________________
13
ANEXO 2
INSTRUMENTO DE PESQUISA
Questionário
Objetivo: “Analisar os fatores de estresse identificados na pesquisa e, oportunizar os
conhecimentos das terapias complementares como forma atenuante e\ou de tratamento dos
seus agravos.
PARTE 1 – Dados Gerais do Participante.
a) Idade:__________
b) Sexo: F ( ) M ( )
c) Escolaridade: superior ( ) Especialização ( ) Mestrado ( )
Outros_______________________________________
d) Tempo de atuação no local de trabalho:
1-3 anos ( ) 4-6 anos ( ) 7-9 ( ) + 10 ( )
e) Função:
Enfermeiro Assistencial ( ) Outras funções ( )
f) Trabalha em outro local:
Sim ( ) Não ( )
PARTE 2 – Questões Específicas
1. Assinale os sinais e sintomas que você observa quando exposto a agentes estressores.
Mãos e/ou pés frios ( ) Boca seca ( ) Dor no estômago ( ) Aumento de sudorese ( )Tensão e
dor muscular por exemplo na região dos ombros ( ) Aperto na mandíbula/ranger os dentes ou
roer unhas/ponta da caneta ( ) Diarreia passageira ( )Insônia ( ) Taquicardia ( ) Respiração
ofegante ( ) Hipertensão súbita e passageira ( ) Mudança de apetite ( ) Agitação ( )
Entusiasmo súbito ( )
2. Numa fase que chamamos de resistência, onde o organismo exposto aos agentes estressores
pode apresentar algum destes sinais e sintomas abaixo descritos, assinale aqueles que você
sente ou já sentiu no desempenho de sua profissão.
Problemas com a memória ( ) Mal- estar generalizado ( ) Formigamento nas extremidades ( )
Sensação de desgaste físico constante ( ) Mudança de apetite ( ) Aparecimento de problemas
dermatológicos ( ) Hipertensão arterial ( ) Cansaço constante ( ) Gastrite prolongada ( )
Tontura ( ) Sensibilidade emotiva excessiva ( ) Obsessão com o agente estressor ( )
Irritabilidade excessiva ( ) Desejo sexual diminuído ( )
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3.A exaustão é a terceira fase do estresse e pode apresentar comprometimentos sérios á saúde,
assinale os sinais e sintomas que você sente ou observa no seu cotidiano.
Diarreias frequentes ( ) Dificuldades sexuais ( ) Formigamentos nas extremidades
( )Insônia ( ) Tiques nervosos ( ) Hipertensão arterial confirmada ( ) Problemas
dermatológicos prolongados ( ) Mudança extrema de apetite ( ) Taquicardia ( ) Tontura
frequente ( ) Úlcera ( ) Impossibilidade de trabalhar ( ) Pesadelos ( ) Apatia
( ) Cansaço excessivo ( ) Irritabilidade ( ) Angústia ( ) Hipersensibilidade emotiva ( ) Perda
do senso de humor ( )
4.Você conhece alguma terapia alternativa de prevenção e ou de redução do estresse.
Sim ( ) Não ( ) Quais : Acupuntura ( ) Massoterapia ( ) Pedras quentes ( ) Yoga ( )
Cromoterapia ( ) Aromo terapia ( ) Florais de Bach ( )
5. Você usaria alguma destas técnicas para prevenção e tratamento do estresse.
Sim ( ) não ( ).
6. Você já usou alguma destas terapias: Sim ( ) Não ( )
Se for afirmativa, a questão (05), quais das terapias acima foi utilizada e qual apresentou
maior resultado?