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MONSENHOR MELIBEU
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
[...] eu esperava dos documentos que me ensinassem a verdade dos fatos, cuja lembrança tinha por missão preservar. Logo verifiquei que esta verdade é inacessível e que o historiador só tem oportunidade de aproximar-se dela em nível intermediário, ao nível da testemunha questionando-se não sobre os fatos que relata, mas sobre a maneira como os relatou. Eis que dou atualmente mais atenção aos relatos, por mais fantasmagóricos que sejam, do que as anotações “objetivas”, descarnadas que podemos encontrar nos arquivos. (DUBY, 1993).
O Brasil proclamou a República como sistema político de governo em 15
de novembro de 1889, data em que o Estado separou-se da Igreja Católica,
passou a ser um estado laico (sem religião oficial). É importante mencionar de
que no regime monárquico brasileiro que acabou com a proclamação da
república, entre nós, aqui tinha uma leva de padres desregrados e casados que
era em regra o perfil ou imagem que se tinha da Igreja no Brasil. Assim sendo,
diante do nascimento do novo regime, o papado romano aconselhou os seus
bispos para fundar seminários e empenhar-se na formação e na quantidade de
novos sacerdotes para fazer frente aos novos tempos em termos religiosos em
nossa terra nacional. Assim foram criados seminários em diversos estados do
país pela Igreja através de suas dioceses. Na Paraíba foi criado em 1894, o
Seminário de Nossa Senhora da Conceição, em João Pessoa que oferecia os
cursos: menor (preparatório) e maior (composto pelos cursos de Filosofia e
Teologia). Nesta época o Brasil já era República e o estado nacional laico,
assim sendo, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, nascido em 30 de
agosto de 1855, natural de Areia e falecido em 15 de agosto de 1935 em João
Pessoa, Estado da Paraíba, filho do Coronel Idelfonsiano Clímaco Clodoveu de
Miranda Henriques e dona Laurinda Esmeralda de Sá e Mello, senhores dos
engenhos: Buraco e Fundão, em Areia/PB, conforme afirma o Padre Francisco
Lima, em sua obra “Dom Adauto”. Assim o referido prelado foi o primeiro bispo
e o primeiro arcebispo da Paraíba conforme consta da historiografia da
Arquidiocese da Paraíba. Assim sendo, por exemplo, Dom Adauto, como o
2
povo o chamava, transcendeu suas funções de pastor da Igreja Católica
quando criou uma matriz curricular pedagógica para os cursos: menor e maior
do seminário, envolvendo uma série de atividades em termos de exercícios
didáticos, religiosos, morais e éticos, atribuindo valores aos saberes, às
humanidades, à teologia e à filosofia. É importante mencionar que o Papa Leão
XIII, em 1892, criou a Diocese da Paraíba e nomeou Dom Adauto, seu primeiro
bispo no dia 2 de janeiro de 1894 e sagração no dia 7 de janeiro de 1894,
valendo lembrar de que o referido bispo também foi o primeiro arcebispo da
Paraíba nomeado pela Santa Sé Romana em 14 de julho de 1914. Foi um
arcebispo de pulso firme e polêmico, ficou notável pelas cartas pastorais que
escrevia condenando publicamente o liberalismo, o ateísmo, o socialismo, a
maçonaria, o comunismo, a emancipação da mulher e o relaxamento de
costumes trazido pelo urbanismo e a industrialização.
O paradigma ou modelo da educação desenvolvida no Seminário Nossa
Senhora da Conceição, na capital da Paraíba, envolvia o combate a tudo isso e
mais uma estrutura de formação com objetivos educacionais claros em termos
de racionalização no tocante ao modo do ensino, onde em cada componente
curricular, matéria e ou disciplina tinha um professor que dava aula para alunos
com o mesmo nível e/ou grau de conhecimento independente da idade, além
da eficiência, onde o que era planejado para cada matéria em termos de
conteúdos era integralmente ensinado para cada classe. E isso era naquela
época um grande avanço em termos instrucionais e educacionais. O Seminário
da Diocese da Paraíba, já no final do século XIX, oferecia educação geral
integral em termos laicos e capacitava ainda em termos religiosos de uma
educação espiritual, intelectual e moral, voltado justamente para um
desempenho qualitativo dos padres que ali se formavam em termos gerais. A
instituição seminário católico romano no Brasil, a partir do advento do sistema
republicano de governo, constituiu a maior academia entre nós paraibanos em
brasileiros, além de formar padres para pregar o evangelho, casar, batizar e
celebrar missa, fazer parte da política partidária, inclusive exercendo cargos
eletivos, etc., também foi responsável pela formação de intelectuais do tipo:
padres professores de português, francês, inglês, latim, matemática, história,
geografia, ciências físicas e biológicas, filosofia, etc., padres educadores,
padres escritores, padres jornalistas, padres chefes políticos, dentre outros
3
profissionais de relevância local, estadual e nacional. Os egressos saiam do
seminário como padres e/ou não, porém, saiam preparados para exercerem
quaisquer atividades, dentro e fora da igreja. Com o fim da monarquia, o
Estado separado da Igreja, aí todas as despesas para o oficio religioso católico,
construção, manutenção e recuperação de prédios de igrejas, capelas e
seminários, já não era mais feito com dinheiro dos impostos pagos pela
população ao Tesouro Nacional, Estadual e ou Municipal, e sim através das
ofertas dos fiéis e da prestação de serviços diversificados que a igreja viesse
oferecer a população. Então criar um seminário para formar padres não é
tarefa fácil nem naquele tempo e por analogia nos tempos atuais, tudo tendo
um custo financeiro e econômico muito alto. A igreja deixou de receber os
subsídios do Estado e bem assim o Estado não tinha o auxilio dos padres para
o ensino público no Brasil, não sendo diferente nos Estados membros e muito
menos nos municípios. Diante desse universo os senhores bispos, dentre os
quais o da Paraíba, em acatando a orientação emanada do Concílio de Trento
e dos ideais religiosos ultramontanos no tocante a formação sacerdotal através
de seminários.
A história da Igreja em termos educacionais é tão antiga quanto a sua
origem, tudo começou desde os primórdios dos sermões de Jesus Cristo e
depois pelos seus apóstolos e demais seguidores no mundo. Isso não era um
sistema de educação formal, porém, educação informal de grande valia já
naqueles tempos. Que digam por si mesmas as pregações e/ou sermões dos
sacerdotes pelo mundo afora. De modo que em 1179 foi convocado o terceiro
Concílio Lateranense, pelo Papa Alexandre III, onde foi reafirmado formalmente
o compromisso de educar os clérigos e os pobres como missão precípua da
Igreja. De modo que com a fundação da Companhia de Jesus, desde 1547,
ficaram incumbidos no ministério de ensino e seus adeptos faziam voto de
pobreza, de castidade, de humildade e de evangelização dos fiéis. Os filhos de
Santo Inácio de Loyola e/ou jesuítas fundaram 144 (cento e quarenta e quatro)
colégios na Europa até o ano de 1580. Portanto, cinco anos antes da fundação
da Paraíba. Vem daí o ensino de gramática, retórica, filosofia e teologia,
segundo Assumpção (1982). Nessa época o Brasil ainda era Colônia de
Portugal.
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E com o bispo Dom Adauto quando da fundação e instalação do
Seminário Diocesano da Paraíba em 1894 e que teve como sede o palacete de
José Silvino Carneiro da Cunha, o barão de Abiahy, localizado na esquina da
rua das Trincheiras, frente para a praça conhecida como “Pavilhão do Chá”,
cujo prédio foi demolido e lá construído o edifício da atual Delegacia do
Trabalho, em João Pessoa/PB, não foi diferente ao optar pela educação dos
candidatos a padres que fossem de origem pobre, conforme enfocamos que:
“[...] a corrupção dos costumes e a educação anti-cristã que desgraçadamente se dão hoje à mocidade, não se têm tão lastimavelmente penetrado” (HENRIQUES, 1897, p.25).
A história relata que o Convento São Francisco no centro histórico de
João Pessoa foi doado a Diocese da Paraíba pela Ordem Franciscana a pedido
de Dom Adauto, onde passou a funcionar em caráter definitivo a Casa de
Formação de Padres na Paraíba, conforme Henriques, apud Figueiredo (1906,
p. 148).
Diante da corrupção dos costumes e da educação anti-cristã, já em voga
no final do século XIX no mundo, no Brasil e não era muito diferente na
Paraíba, denunciada por Dom Adauto no meio da juventude, tem a
compreensão por analogia no dizer de Almeida (1976) ao afirmar que: “ o
seminário formava, entretanto, uma escola. A ausência de estímulos
preservava as consciências e convivia-se numa atmosfera capaz de sanear os
corações mais impuros”, e por assim dizer enfatiza ainda que: “tudo era
vulnerável e continha-se a natureza. As maiores crises nasciam da castidade; a
continência ascendia fogueira de imaginações exaltadas que sublimavam um
ato medíocre”, de modo que: “a disciplina congelava e a carne ia perdendo sua
sensibilidade” e conclui afirmando que:”reinava a paz dos sentidos, à prova do
sexo, o pecado que infundia mais horror”. E isso é verdade em todos os
tempos a adolescência sempre foi e sempre será uma caixa de surpresa na
vida da juventude sempre indecisa em suas tomadas de decisões. O mundo
sempre ofereceu e continua oferecendo muitas oportunidades profanas e
santas, sempre foi assim e continuará sendo assim, porque a vida é uma
questão de escolhas.
5
O grande Santo Tomás de Aquino é o mentor que serviu de modelo para
a Igreja Católica a partir de Leão XIII que adotou suas idéias no tocante a
formação dos padres do final do século XIX e do século XX, via os
fundamentos filosóficos e teológicos, eis que:
“o oficio próprio do sacerdote é ser mediador de Deus e o povo: a saber, enquanto ele comunica ao povo os dons de Deus (donde o “sacerdote” quer dizer um doador de coisas sacras), e, de outro lado, enquanto Deus oferece as orações do povo e, de algum modo, apresenta satisfações pelos pecados dos homens” (AQUINO, 2000 - 2003, p. 191).
É nesse cenário da vida eclesiástica da Paraíba, do Brasil e do mundo,
que surge a opção por candidatos ao sacerdócio oriundo de famílias pobres
que ingressou no Seminário Nossa Senhora da Conceição de João Pessoa, a
exemplo do jovem Abdon Odilon Melibeu Lima, nascido em 1876, natural de
Campina Grande, Estado da Paraíba, filho de pai comerciante, depois de ter
sido “aprovado simplesmente” e “aprovado plenamente em História Universal”
nos exames gerais preparatórios efetivados em agosto de 1895 no Estado da
Paraíba de acordo com o Decreto nº 2.032, de 26 de junho de 1895¹, conforme
Diário Oficial nº 7832, segunda feira, 01 de dezembro de 1895².
Assim sendo, com 24 (vinte e quatro) anos de idade, Abdon Odilon
Melibeu Lima, foi ordenado padre pelo Bispo da Paraíba, Dom Adauto Aurélio
de Miranda Henriques, turma pioneira do Seminário Nossa Senhora da
Conceição em 1900. O que vale dizer que ele tinha dezenove anos de idade
quando foi aprovado nos exames gerais preparatórios de 1895 antes
mencionados. Além de padre ele era formado em Direito.
O neófito sacerdote foi enviado para prestar o serviço do altar na Vila de
Santo Antônio do Piancó, Estado da Paraíba, no alto sertão, logo após a sua
ordenação, no ano seguinte e/ou seja em 1901, é a informação que temos: “[...]
O Padre da época, Abdon Melibeu Lima, aproveitando a presença do seu
superior na pequena Vila de Santo Antonio, pediu transferência para uma outra
freguesia, no que foi prontamente atendido por Dom Adauto, que por conta de
solicitação do líder maior da localidade, Dr. Felizardo Leite, designou de pronto
o jovem sacerdote pombalense, como coordenador religioso da referida
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comunidade” e a historiografia daquele acontecimento conclui que: “Vale
salientar que os dias da visita pastoral foram suficientes para que a população
identificasse os dotes do Padre Aristides: maneiroso, vivo e diligente, afeito ao
povo sertanejo e aos seus interesses, o que provocou uma enorme simpatia. O
novo dirigente paroquial assumiu em agosto de 1902³”. Assim sendo, o Padre
Abdon Melibeu, foi transferido da freguesia do Vale do Piancó, que foi
substituído pelo Padre Aristides Ferreira da Cruz, nascido aos, 18 de junho de
1872, na Fazenda Lagoa, município de Pombal/PB, filho de do casal de
agricultores: Jorge Ferreira da Cruz e Joana Ferreira Chaves, que se tornou
chefe religioso, chefe político do Vale do Piancó, deputado estadual da Paraíba
e um dos mártires da Coluna Prestes na Paraíba em 1926.
O Padre Abdon Odilon Melibeu Lima foi transferido para freguesia de
Martins, Estado do Rio Grande do Norte, o que se comprova a benção litúrgica
que o mesmo administrou em 2 de fevereiro de 1902 na condição de vigário
local4, fato esse igualmente testemunhado com a participação do Padre
Tertuliano Fernandes de Queiroz, vigário da cidade de Pau dos Ferros/RN e da
banda de música da cidade de Catolé do Rocha/PB, conforme enfatiza
Apodi/RN (1902 a 1904)5.
Da freguesia de Martins/RN, foi transferido para a cidade Cametá,
Estado do Pará, onde exerceu a atividade de Reitor do Seminário de Belém do
Pará, quando foi transferido na condição de vigário encomendado para a
freguesia de Pilões/PB, e de lá veio para a freguesia de Santa Rita/PB, quando
tomou posse como vigário em 01 de janeiro de 1921. Foi também diretor do
Colégio Pio X, na Capital da Paraíba. De modo que em sendo vigário da
freguesia de Santa Rita, procurou imediatamente a fazer a reforma do prédio
da capela inaugurada em 6 de dezembro de 1776 pelos padres franciscanos
capuchinhos5, tendo como orientador espiritual Frei Manuel de Santa Tereza. O
livro tombo da freguesia de Santa Rita nº 001 encontra-se praticamente
destruído pelo tempo e pelas traças, porém, o mesmo foi escrito depois da
inauguração da capela de Santa Rita, em 6 de dezembro de 1776. Assim
sendo, a cidade de Santa Rita passou pela condição de engenho, de vila, de
freguesia, de paróquia e de emancipação política em 19 de março de 1890
(GAZETA DA PARAHYBA, 1890, p.1), tendo o Intendente Antônio Gomes
Cordeiro de Mello, primeiro Presidente do Conselho de Intendência, cargo
7
equivalente ao de prefeito na atualidade. A igreja do Rosário (a mesma foi
derrubada para no local ser construído o Grupo Escolar João Ursulo, no
governo de Argemiro de Figueiredo, sendo prefeito de Santa Rita, Flávio
Maroja Filho, (1937/39) e a igreja da Conceição, inaugurada em 1851, eram os
prédios mais importantes da cidade de Santa Rita da época.
O vigário Monsenhor Abdon Melibeu era um homem culto, educado,
intelectual (formado em Filosofia, Teologia e Direito), letrado, amava o artístico
e o belo, conhecia a História Universal como ninguém no seu tempo em nossa
terra, tanto é assim que foi aprovado plenamente nos exames gerais da
Diretoria Geral de Instrução do Brasil de agosto de 1895, antes citado, ainda
como estudante. Foi diretor espiritual do Seminário Nossa Senhora da
Conceição, substituindo entre fevereiro e março de 1901, na Capital da
Paraíba. Ele era um autodidata da história do mundo e/ou história da
humanidade, compreendida como sendo os registros dos feitos do “homo
sapiens” na terra, a partir do momento que o homem adquiriu capacidade para
fazer os registros de sua vida através da escrita. É justamente o marco
divisório da história a pré-história, onde o homem na terra e ainda não tinha
capacidade necessária para fazer os registros de seus próprios
acontecimentos. Essa era a praia em termos de conhecimentos acadêmicos e
cristãos do vigário mencionado. E diante de sua experiência edificadora de
sempre construir e reformar prédios de capelas e igrejas por onde passou, bem
como por ter convivido com a elite acadêmica e eclesiástica do Seminário de
Belém do Pará, onde foi reitor e bem assim na condição de diretor do Colégio
Pio X, na Capital da Paraíba. Com coragem e apoio dos fiéis, fez elaborar o
projeto arquitetônico arrojado para ampliar e embelezar a capela de Santa Rita
em 1929 e que em 1939 foi elevada a categoria de Igreja Matriz de nossa
cidade. Infelizmente, Monsenhor Abdon Melibeu, faleceu vítima de enfarte
fulminante, teve morte súbita, em 9 de agosto de 1931, tendo apenas
modificado a parte interna da atual Igreja Matriz Santuário de Santa Rita de
Cássia, menos o altar mor e a torre, que foi concluído pelo Monsenhor Rafael
de Barros Moreira em 1932. O idealista e reformador de nossa principal casa
de oração católica, despertou na população a devoção através de procissões,
verdadeiras romarias trazendo material de construção para os serviços de
reforma da então capela de Santa Rita de Cássia (1776) a seu pedido em suas
8
pregações e peregrinações, exemplo cristão de verdadeiro sacerdote, sempre
projetando e executando com os poucos recursos adquiridos através de
doações dos fiéis e romeiros, onde o padre e o povo: “Caminhantes, não há
caminhos. Faz-se o caminho ao andar”, conforme enfoca o poeta espanhol
Antônio Machado7. Diante de seu trabalho diuturno, de orações, de
perseverança, e de honestidade, pois, passou dez anos aqui como vigário e
não aderiu aos “coronéis” da vida social e da política local. O ministério de
Monsenhor Melibeu, era trabalhar e converter almas para o catolicismo. Diante
das calúnias criadas e divulgadas sem autoria no seio da comunidade católica
de Santa Rita, depois da festa da padroeira, realizada em 22 de maio de 1931,
o fez refletir os ensinamentos de Sócrates, que afirma que calúnia é uma meia
verdade, um sofisma de construção inteligente que induz ao erro a quem é
dirigido, conforme enfoca Péricles, pois, uma afirmação falsa, desonrosa e
desconexa a respeito de alguém (no caso em tela Monsenhor Melibeu) ou algo
como programa e ou projeto de governo ( gestão pública ou privada ), mortos e
ou acabados com o decurso do tempo, que uma vez se adiciona a uma ação
verdadeira, criando assim um dilema, ou seja uma mentira repetida passa a ser
verdadeira, se repetida várias vezes, mesmo sendo mentira... E isso o deprimiu
demais, não sabia o sacerdote a quem chamar para pedir explicações, os
acusadores o faziam no disse me disse, no boca a boca, nunca provaram nada
contra ele. O que se sabe é que alguém “levou” o apurado da festa da
padroeira de Santa Rita em 1931, cujo dinheiro era para terminar os serviços
do altar e da torre da igreja matriz. E os fuxiqueiros de plantão diziam que era
estória do padre... O certo é que o deprimiu bastante, ficando debilitado e
pensativo, o que vale enfocar que Platão do alto de seu saber filosófico,
entende isso pela prática de um fato determinado, definido da realidade para
com um crime e tudo isso é uma contradição embutida ou imposta via
imposição de reflexão difícil de ser elucidada tendo em vista que foi feita de
má-fé. E o autor e ou autores nunca foram identificados pela fofoca do
desaparecimento do dinheiro da casa paroquial. O certo que é ele faleceu aos
52 (cinqüenta e dois anos) de idade, subitamente, foi dormir e acordou na outra
vida. Até hoje a comunidade católica de Santa Rita nada comprovou contra
Monsenhor Melibeu a tal respeito, para tanto, invocamos os escritos de Jaime
Gonçalves do Nascimento, de Waldemar de Carvalho Lelis e de Lapemberg
9
Medeiros, diretores e autores do Anuário Informativo do Município de Santa
Rita, publicado em 1937 e publicação única do gênero nas décadas 30, 40 e 50
do século. E jamais apareceu nenhum período e/ou escritor ou historiador
falando ou narrando qualquer fato envolvendo o caso que levou Monsenhor
Melibeu desta vida. Morreu descontente com o falso que levantaram contra ele.
O que nos leva a crer que foi realmente um falso testemunho, calúnia barata.
Corrobora com essa tese o que escreveu Lapemberg Medeiros, em 1948
(manuscrito), onde justifica que “desempenhou Mons. Melibeu uma
administração fecunda e honesta, revela-se um dirigente incansável”, e se não
bastasse tal convencimento conclui dizendo que: “apesar do seu singular
retraimento pouco frequentando os meios sociais e conservando-se sempre
distanciado da política, das lutas partidárias”. Assim ele era um gestor ético e
afinado com os compromissos com sua igreja e seus fiéis. É evidente de que
os possíveis conteúdos mentais observados em Monsenhor Melibeu, são
passiveis de ser algo psicológico (introspecção/autoconhecimento de si
mesmo), podemos citar: a crença, a imagem mental, a memória (visual,
auditiva, olfativa, sonora, tácteis), as intenções, as emoções e o próprio
conteúdo do pensamento: conceitos, raciocínios, associações de idéias. E isso
já fazia 17 (dezessete) anos do falecimento do referido Melquisedeque e/ou rei
de Salém8. É importante mencionar de que o periódico “Phenix”, sob a direção
de Floriano Mendes e Sebastião Castelo Branco, circulou em Santa Rita de
1930 a 1937 “em todas as festas, principalmente, natal, ano novo e nossa
senhora Santa Rita”, segundo nos informa o Anuário Informativo de Santa Rita
(1937), e o mesmo é omisso no que se refere à calúnia que fizeram contra
Monsenhor Melibeu, que o levou a enfartar em menos de noventa dias do fim
da festa da padroeira no ano de 1931. Ele teve como primeiro sucessor na
freguesia de Santa Rita de Cássia a partir de 09 de agosto de 1931, o
Monsenhor Francisco Severino de Figueiredo, natural de Caicó, Estado do Rio
Grande do Norte (1872-1936), então vigário interino da Paróquia de Nossa
Senhora das Neves, além de professor do Liceu Paraibano, membro do
Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e professor e diretor do Colégio Pio
X, em João Pessoa. Na realidade Monsenhor Figueiredo passou pouco tempo
respondendo interinamente pela freguesia de Santa Rita. Foi sucedido pelo
Monsenhor Rafael de Barros Moreira, nascido em 1897 e falecido em 1975,
10
em João Pessoa/Paraíba. Monsenhor Rafael como os paroquianos o chamava,
esteve como vigário presente e enérgico entre nós de 15 de novembro de 1931
a 1963. Ao tomar posse como vigário de Santa Rita deu continuidade ao sonho
de Monsenhor Melibeu, edificando o altar mor e a torre de nossa matriz
santuário, cuja obra ficou concluído no dia 26 de outubro de 1932 e inaugurada
solenemente no dia de Todos os Santos, inclusive de Nossa Senhora do
Rosário, 1º (primeiro) de novembro de 1932. Estiveram presentes as
autoridades constituídas locais e estaduais, bem como Monsenhor Francisco
Severino de Figueiredo, que lhe antecedeu na referida freguesia, entre agosto
a novembro/1931. O relógio sineiro situado na torre da matriz foi inaugurado
em 1934, tecnologia moderna para época que serve de ponto de orientação e
informação a população santaritense até os dias atuais. Além do mais
Monsenhor Rafael projetou e executou a construção da gruta ao lado da matriz
e fez escrever sobre a mesma: “Eu sou a Imaculada Conceição”, cujo dístico já
não existe mais nos dias atuais. Severino Rodrigues foi o construtor da gruta.
O escritor e cronista Lapemberg Medeiros de Almeida (1948) nos informa
que Monsenhor Abdon Melibeu faleceu em 26 de outubro de 1931, infelizmente
isso não é verdade, tendo em vista que Monsenhor Rafael de Barros Moreira,
vigário definitivo de 15 de novembro de 1931 a 1963, no Livro Tombo da
Freguesia de Santa Rita, página 53 (cinquenta e três) escreveu de próprio
punho em suas anotações de que foi 09 (nove) de agosto de 1931, a data do
falecimento do mesmo. Isso é fato e contra fato não se tem argumento. Um fato
nos chama atenção, o Padre Abdon Odilon Melibeu Lima, estava vigário na Vila
de Santo Antonio do Piancó em 1901 quando pediu a Dom Adauto, bispo da
Paraíba para lhe transferir para outra freguesia, foi transferido para Martins/RN,
lá ele também construiu e inaugurou a Igreja matriz, assim sendo, ele se livrou
da “Coluna Prestes” (fevereiro/1926), que trucidou o Padre Aristides Ferreira da
Cruz e seus seguidores, porém, quando vigário da freguesia de Santa Rita de
Cássia, morreu de enfarte fulminante tendo em vista uma calúnia levantada
contra si envolvendo o desvio do dinheiro da festa da padroeira relativo aos 22
de maio de 1931. Quando o santo não tem defeito agente bota, na visão cega
popular dos acontecimentos dos fatos, doa em quem doer.
Em síntese, Monsenhor Abdon Odilon Melibeu Lima, é um benfeitor da
comunidade católica de Santa Rita, teve a coragem de enfrentar todos os
11
obstáculos presentes e ausentes, inclusive colou em risco sua própria vida,
tendo em vista que foi vítima de calúnia que jamais fora comprovada sua
veracidade. É o que podemos deduzir que o referido sacerdote foi vítima de
uma minoria atrasada e sempre presente nos meios comunitários de nossa
religiosidade. Nada fazem e ficam com raiva de quem projeta, acredita e faz
acontecer. Tanto é assim que a as irmandades da freguesia de Santa Rita,
juntamente com Monsenhor Rafael de Barros Moreira, o camareiro do papa,
homem de fibra moral e de capacidade administrativa enfrentou tudo e todos e
fez realizar na íntegra o projeto originário do sonho sonhado de Monsenhor
Melibeu, em refazer de pedra e cal arquitetonicamente o nosso maior templo
católico na terra de todos nós, além de conceder-lhe a honraria de expor o seu
retrato em um dos corredores da referida igreja. O saudoso Monsenhor Melibeu
é sempre lembrado e homenageado pelo povo santaritense, tendo em vista
que o poder público municipal já prestou várias homenagens, dentre as quais:
uma rua e praça em nossa cidade.
...............................
¹ Cf.: Câmara dos Deputados - Legislação Brasileira (1824-1899). Decreto nº
2.032, de 26/06/1895. In.:
<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-2032-26-
junho-1895-518534-publicacaooriginal-1-pe.html >.
2 Cf.: DOU – Diário Oficial da União (02/12/1895) In.:
<http://www.jusbrasil.com.br/diarios/1694445/pg-4-secao-1-diario-oficial-da-
uniao-dou-de-02-12-1895/pdfView>.
3 Cf.: Otávio Sá Leitão. Padre Aristides (site). In.:
<http://otaviosaleitao.tripod.com/id28.html>.
4 Cf.: Oeste Potiguar. Religião em Antônio Martins [27/10/2010]. In.:
<http://oestepotiguar-antoniomartins.blogspot.com.br/>.
5 Cf.: Jotamaria. Padre que já passaram pela Paróquia de Apodi/RN
(Paróquia de São João Batista e Nossa Senhora da Conceição) – 1763 a
2013 – (15/03/2013] - In.: < http://jotamaria-
religiaoemapodi.blogspot.com.br/2013/03/padres-que-ja-passaram-pela-
paroquia-de.html>.
12
6 Cf.: São Francisco de Assis fundou a Ordem Franciscana, que em 29 de maio de
1517, o papa Leão X, com a bula “Ite vos”, separou a Ordem Franciscana em
Frades Menores: Conventuais e Observantes (Franciscanos Capuchinhos).
Surgiram reformistas, divididos pelo dilema - viver a experiência fundante de
Francisco ou - adequar a Ordem aos tempos. In.:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Frades_Menores_Capuchinhos>.
7 Cf.: Antonio Cipriano José María y Francisco de Santa Ana Machado Ruiz,
conhecido como Antonio Machado foi um poeta espanhol, pertencente ao
Modernismo. In.: <https://www.escritas.org/pt/l/antonio-machado>. 8 Cf.: Melquisedeque - Wikipedia. In.:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Melquisedeque >.
13
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Santa Rita, Sua História, Sua Gente. 2ª – São
Paulo: Clube de Autores Publicações S/A, 2016, 638p. In.:
<http://www.agbook.com.br/book/228439--Santa_Rita_Sua_Historia_Sua_Gente >.
ALMEIDA, José Américo. Antes que me esqueça. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1976.
ALMEIDA, Lapemberg Medeiros; LELIS, Waldemar de Carvalho; NASCIMENTO,
Jaime Gonçalves. (Orgs.) Anuário Informativo do Município de Santa Rita. João
Pessoa: Typ. A Imprensa, 1937.
ALMEIDA, Lapemberg Medeiros de. Santa Rita, antes e depois de 1889.
Apontamentos para a História do Município. Santa Rita/PB, Manuscritos,1948.
AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. São Paulo: Loyola, 2000-2003. (v. 1-8).
ASSUMPÇÃO, T. Lino de. História Geral dos Jesuítas. 2.ed. Lisboa: Moraes
Editores, 1982.
DUBY, Georges. A história continua. Tradução Clovis Marques. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor/Editora da UFRJ, 1993.
FIGUEIREDO, Francisco Severiano de. A Diocese da Paraíba do Norte. Parayba do
Norte:Typ. da Imprensa, 1906.
GAZETA DA PARAHYBA – Edição: 21 de Março de 1890.[ Decreto nº 10, de 19 de
Março de 1890 – Emancipação política de Santa Rita - PB. In
<http://memoria.bn.br/pdf/808865/per808865_1890_00543.pdf>.
HENRIQUES, Dom Adauto Aurélio de Miranda. Segunda Carta Pastoral – Sobre o
sacerdócio e o seminário diocesano. Paraíba do Norte – Typ.:LITH. Encadernação e
pauta de Jayme Seixas & Cia. 1897.
IBGE-INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Encliclopédia dos
Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro/DF: IBGE/Oficinas do Serviço Gráfico, Vol.
XVII, 1960. 420p.
PARÓQUIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA – Livro Tombo – Santa Rita – PB. [s.d.].
PINTO, Irineu Ferreira. Datas e Notas para a História da Paraíba. João Pessoa:
Editora Universitária/UFPB, Vol.1, 1977.
SANTANA, Martha M. Falcão de Carvalho e Morais. Nordeste, açúcar e poder: um
estudo da oligarquia açucareira na Paraíba 1920-1962. João Pessoa:CNPq/UFPb,
1990.
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A N E X O
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Foto 1 .: DOU – Diário Oficial da União/Brasil – p. 4 – Seção 1 - Ed. 02/12/1895. Aprovação nos Exames Preparatórios do futuro Padre Abdon Odilon Melibeu Lima, dentre outros estudantes descendentes das famílias tradicionais da elite paraibana da época, destacamos o futuro Presidente João Pessoa Cavalcante de Albuquerque.
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Foto 2.: Monsenhor Abdon Odilon Melibeu Lima (1931).
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Foto 3.: Monsenhor Abdon Odilon Melibeu Lima – Busto da praça erguida em sua homenagem pela Administração Pública Municipal de Santa Rita em 1956, conhecida popularmente como “Praça da Rua do Rio”.
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Foto 4 .: Desenho da Capela de Santa Rita de Cássia (1776).
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Foto 5.: Pedra da fundação da Capela de Santa Rita de Cássia em 6 de dezembro de 1776.
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Foto 6 .: Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, primeira ampliação realizada em 1926 por Monsenhor Abdon Odilon Melibeu Lima (Arquivo Foto Viegas).
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Foto 7.: O altar mor da Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia, sonhado por Monsenhor Melibeu (1927/1931), construído por Monsenhor Rafael de Barros (1932) e restaurado/decorado na passagem do Vigário Padre Gutemberg Campos, na primeira década do século XXI (AGUIAR, 2016, p. 617).
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Foto 8.: A Torre da Matriz de Santa Rita de Cássia, projeta e sonhada por Monsenhor Melibeu entre 1927/1931, concluída pela ação do trabalho do Vigário Monsenhor Rafael de Barros Moreira e inaugurada em 1º de Novembro de 1932. (IBGE/1960).
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Foto 9.: Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia, com a estátua da referida padroeira transferida em 2014 pelo Poder Público Municipal do Parque do Povo para à Praça Getúlio Vargas, na frente do referido templo. (AGUIAR, 2016, p.618).
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Foto 10.: Vista parcial da cidade, dando destaque ao edifício da Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia (1776/2016), cuja foto é a capa do livro: Santa Rita, Sua História, Sua Gente (AGUIAR, 2016, p.626).
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A P Ê N D I C E
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BIOGRAFIA DO AUTOR
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/5755291797607864
Francisco de Paula Melo Aguiar, nascido em 3 de abril de 1952, filho de
Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar, é paraibano
(sapeense, santaritense e pilarense), professor desde 12 anos de idade
quando fundou na casa de seus pais o atual COFRAG – Colégio Dr. Francisco
Aguiar, em 05 de janeiro de 1964; fundador e mantenedor do IESPA/FAFIL –
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em Santa Rita – Paraíba (1984 aos
dias atuais). É bacharel em Direito e em Teologia; Licenciado em Pedagogia;
Filosofia e em Educação Física; Mestre em Teologia; Psicanálise e em
Ciências da Educação; Doutor em Teologia; em Psicanálise e em Ciências da
Educação. É membro da Academia Paraibana de Poesia (Cadeira nº 7 desde
1986); e da Academia de Letras do Brasil (Cadeira nº 01/ALB/PB. In.:
<http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm>. Advogado militante
e Professor de Educação Básica e de Educação Superior. Ex-Vereador (teve
quatro mandatos: 1973/76;1976/80; 1980/83; e 1989/1992); Presidente da
Câmara Municipal e da Assembleia Constituinte Municipal de Santa Rita/PB.
Ex-Secretário Municipal de Meio Ambiente (2005), ex-Secretário Municipal
Chefe de Gabinete/PMSR(2014); ex-Secretário Municipal de
Educação/PMSR(2015). Autor dos livros: Augusto dos Anjos e a realidade do
ser e do não ser; Santa Rita, Sua História, Sua Gente; O menor bóia fria;
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Trapiá Poético; De educador para educador; Epítome literário latino;
Genealogia, história e poesia; Santa Rita, vila centenária; Educação Física,
Mídia e Obesidade Infanto-juvenil; Plano Municipal de Educação/PMSR(2014-
2024) – Coautor/outros; O currículo escolar e o uso do vídeo em sala de aula.
ACADEMIA PARAIBANA DE POESIA CADEIRA 7 – PATRONO: CARLOS DIAS FERNANDES
REsp-1282265 PB (2011/0225111-0).:
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&sequencial=28033890&num_registro=201102251110&data=20130507
PDF.: https://ww2.stj.jus.br/websecstj/cgi/revista/REJ.cgi/MON?seq=28033890&tipo=0&nreg=2011
02251110&SeqCgrmaSessao=&CodOrgaoJgdr=&dt=20130507&formato=PDF&salvar=false
ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL Cadeira 01/ALB/PB ALB-PARAÍBA In.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/albparaiba.htm Nossos membros nos Estados do Brasil in.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/albestados.htm ALB-Artigos in.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm ALB/Cadeiras vitalícias/Brasil in.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/galeriaindicados.html
RECANTO DAS LETRAS Francisco Aguiar - Biografia in.:
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=65161 Textos publicados in.:
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=65161
O GUIA LEGAL = SITE DE PESQUISAS FRANCISCO AGUIAR in.:
http://www.oguialegal.com/08-historicodefavela.htm
http://www.oguialegal.com/08-favelaontemehoje.htm
http://www.oguialegal.com/08-favelaemespanhol.htm
http://www.oguialegal.com/08-palavrafavela.htm