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MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM
ONCOLOGIA
INTRODUÇÃO
INCA estima 600 mil novos casos de câncer entre2016 e 2017
Segunda maior causa de morte no Brasil
Tipos mais comuns: pele (não melanoma),próstata e mama
190 mil óbitos por ano
70% dos diagnósticos de câncer são feitos pormédicos não especialistas
Estimativa de novos casos de câncer: 2016-2017
Anamnese e exame físico: são a base dodiagnóstico clínico
Grupo de risco
Prevenção e diagnóstico precoce
Detecção precoce: diagnóstico precoce erastreamento
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS
Rastreamento
Diagnóstico
Estadiamento
LEI 12.732/2012: prevê o início do tratamentooncológico aos pacientes atendidos pelo SUS ematé 60 dias a partir do diagnóstico
RASTREAMENTO (screening):
Exame de pessoas assintomáticas
Objetivo: detectar doença na fase pré-clínica
importante aliado para salvar vidas: reduzirmortalidade por câncer
Oportunista ou populacional (organizado)
Exigências de um teste de rastreamento:
Alta sensibilidade e especificidade
Fácil execução e de baixo custo
Não oferecer riscos
Ter utilidade no prognóstico e no monitoramentoda terapia
permite tratamento precoce e com baixamortalidade
Deve ser aceitável para o paciente, promovendoa adesão
A história natural da doença deve ser conhecida
Tipos de câncer mais propensos ao rastreamento:
Colo de útero
Mama
Colorretal
Próstata
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
No Brasil,tipo mais incidente
Papanicolau
25 a 64 anos, com vida sexual ativa
Repetir a cada 3 anos, após 2 resultados normaisconsecutivos realizados em intervalo e 1 ano
Lesões iniciais sem invasão: 100% de cura
Nomenclatura
CÂNCER DE MAMA
Principal causa de morte por câncer em mulheres
Diagnóstico precoce: >90% de cura
Principais exames de imagem: mamografia, USGe RM
Exame clínico da mama
Câncer de mama
Mamografia
50 a 69 anos
Bienal
Diagnóstico: exclusivamente com base na histopatologia
CÂNCER COLORRETAL
População de baixo risco: >50 anos
Risco moderado: história familiar de CCR, pólipos
Alto risco: polipose adenomatosa familiar (PAF)ou CCR hereditário sem polipose (HNPCC)
Pesquisa de sangue oculto nas fezes:anualmente após os 50 anos de idade
colonoscopia ou retossigmoidoscopia: se PSOF +
CÂNCER DE PRÓSTATA
Segundo mais comum entre os homens
O INCA não recomenda rastreamento
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologiarecomenda toque retal e PSA anual: entre 50 e80 anos
Parentes de 1º grau com CaP: iniciarrastreamento aos 45 anos
BIÓPSIA
diagnóstico definitivo de malignidade
Exame citopatológico ou histopatológico
Por agulha: fina (PAAF) ou grossa (core biopsy)
Biópsia excisional e incisional
Biópsia endoscópica
Laparoscopia, toracoscopia, medisatinoscopia
Procedimentos e exames utilizados para diagnóstico de malignidade
Procedimento Definição Indicação Exame
Biópsia excisional
Ressecção ampla da lesão Lesão ressecável histopatológico
Biópsia incisional
Retirada de uma amostra da lesão tumoral
Lesões extensas inoperáveis histopatológico
Curetagem Raspagem através de instrumentos apropriados
Coleta de material da cavidade uterina, ossos
histopatológico
Core biopsy retirada de fragmento com agulha de grosso calibre, acoplada a uma pistola especial, podendo ser guiada por USG, TC
Mama, pâncreas, fígado, pulmão
histopatológico
PAAFSucção de material tumoral sólido pelo uso de agulha fina
Lesões sólidas acessíveis ao procedimento
citopatológico
Esfoliação Raspagem ou escovagematravés do exame direto ou endoscópico
Lesões do epitélio de revestimento
citopatológico
punção Drenagem de cavidades serosasPunção de líquidos e tecidos
Ascite, derrames pleural e pericárdicoPunção de MO e de LCRPunção de lesões císticas
citopatológico
IMUNIHISTOQUÍMICA
Conjunto de procedimentos nos quais se utilizamanticorpos específicos para identificação deantígenos presentes em células ou tecidos
Método diagnóstico laboratorial baseado nareação antígeno-anticorpo realizado no materialremanescente do exame histopatológico
Técnica complementar para um diagnósticocorreto, fundamental para fins diagnósticos eprognósticos
Aplicações da Imunihistoquímica:
Diagnóstico de tumores indiferenciados
Diagnóstico diferencial entre tumores e estadosreacionais
Identificação de sítio primário
Classificação molecular no câncer de mama
Determinação de tipo/subtipo de linfomas eleucemias
MARCADORES TUMORAIS
São substâncias que podem ser encontradas nocorpo, normalmente no sangue ou urina, quandoo câncer está presente
São utilizados para:
Rastreamento do câncer
Diagnóstico do câncer
Monitorar o tratamento
Detectar o reaparecimento do câncer
Marcador tumoral ideal deve:
Ser de fácil execução
Ter baixo custo
Ser ausente em doenças benignas
Ser detectável em estágios iniciais do câncer
ter utilidade no prognóstico e monitoramento daterapia
Ter concentração plasmática proporcional àmassa tumoral
Possibilitar o rastreamento
Marcadores tumorais e sua aplicação
Marcador Principal indicação
Valor de referência
AFP Hepatocelular, células germinativas
5 e 15 mg/ml
CEA Colorretal, GI, pancreático, pulmonar, mama
3,5 mg/ml em não fumantes e 7 mg/ml em fumantes
BHCG Células germinativas <5 U/ml
CA 125 Ovário, endometrio 35 U/ml
CA 15-3 Mama, ovário 28 Uml
CA 19-9 Pâncreas, GI e fígado 37 U/ml
PSA próstata 4 mg/ml
C-erbB-2 mama, estômago Positivo/negativo
Receptores de estrógeno e progesterona
Mama Positivo/negativo
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Mamografia
USG
TOMO
RNM
Cintilografia óssea
PET-CT
MAMOGRAFIA
Rastreamento: mulheres assintomáticas
Diagnóstica: esclarecimento de achados clínicosem pacientes sintomáticas
Simples, seguro, disponível e eficaz
Detecta lesões impalpáveis (microcalcificações):mais de 25% das lesões
Acurácia varia:
Experiência do examinador
Tipo de aparelho
Densidade do parênquima mamário
Mamografia de rastreamento
Lei federal Nº 11.664/2008: mamografia anual apartir dos 40 anos
Portaria Nº61/2015: mamografias bienais entre50 e 69 anos (recomendação atual)
Mulheres com risco elevado: avaliar cada casoindividualmente
Mamografia
CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
(Breast Imaging Reporting and Data System)
Anatomia mamária
Planos:
USG
Mais utilizado
Mais barato
Mais disponível
Ondas de som
Guia para punções
Desvantagens: pacientes obesos, malpreparados, artefatos
Tomografia
Com ou sem contraste venoso
Iodo
Radiação ionizante
Limitações:
Gestante
Pacientes muito obesos
Alérgicos à iodo
Crianças
Ressonância Magnética
Não utiliza radiação ionizante
Imagens obtidas através de ondaseletromagnéticas
Melhor resolução de contraste por via venosa
Elemento químico: gadolínio
Limitações: clips de aneurisma crebral,marcapasso, prótese valvar metálica
MEDICINA NUCLEAR
Utiliza radiofármaco
Cintilografia óssea e PET
Objetivo: avaliação funcional de um órgão oudoença
Cintilografia óssea
Indicada nos tumores de alta prevalência demetastatização: próstata, mama e pulmão
Tumores ósseos primários
MDP marcado com tecnécio-99m
PET-CT
Tecnologia híbrida
Utiliza diversos traçadores
Glicose com FDG: identifica áreas demetabolismo aumentado
Principais indicações: linfomas,pulmão,colorretal, melanoma, mama, cabeça e pescoço,colo de útero, sarcomas
Restrito: câncer do TGU, próstata e SNC
Nesta imagem observa-se o corpo humano de frente. A imagem da esquerda é a tomografia quemostra com detalhes a anatomia, a do meio o PET que mostra onde ocorre o consumo de glicose(note que o consumo no cérebro e no coração é normal, na bexiga concentra-se o FDG que éretirado do corpo pelo rim, no entanto há uma imagem no fígado. Na terceira imagem, ocomputador junta as duas imagens anteriores e colore, mostrando claramente a presença decâncer no fígado deste paciente (seta branca).
QUESTÕES PARA REFRESCAR A MEMÓRIA
1. Displasia severa ou carcinoma in situ do colo deútero:
2. Exame de imagem indispensável norastreamento do câncer de mama:
3. Exame citológico do colo de útero:4. Marcador tumoral da próstata:
5. Biópsia cirúrgica que faz a remoção total dotumor e da área circundante para diagnóstico:
NIC III
MAMOGRAFIA
PAPANICOLAU
PSA
EXCISIONAL
1. Tipo de exame confirmatório de câncer:
2. Exame laboratorial complementar ao histopatológicocaracterizado pela reação antígeno-anticorpo:
3. Método de triagem ou screening aplicado pelosprogramas de políticas públicas a determinadosgrupos de riscos para diagnóstico precoce docâncer:
4. Método diagnóstico que avalia a função metabólicade determinado órgão ou doença:
5. Exame de imagem, barato e acessível, não indicadopara avaliar pulmão e ossos:
HISTOPATOLÓGICO
IMUNOHISTOQUÍMICO
RASTREAMENTO
PET-CT
USG
“Conheça todas as teorias, domine todas as
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja
apenas outra alma humana”Carl Jung