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 Copyright © 1990, ABNT–Associação Brasileira deNormas cnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210-3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endere çoTelegr áfico: NORMATÉ CNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavra-chave: Estanqueidade 4 páginas CDU: 629.12.011.75:620.165.29.004.11 MAIO/1989 Condições para verificação da estanqueidade em compartimentos e acessórios estanques de embarcações NB-1213 Registrada no INMETRO como NBR 11351 NBR 3 - Norma Brasileira Registrada Procedimento Origem: Projeto 7:000.02-013/89 CB-7 - Comitê Brasileiro de Construção Naval CE-7:000.02 - Comissão de Estudo de Materiais e Processos NB-1213 - Shipbuilding - Tight compartments and acessories - Verification of tightness - Procedure Descriptors: Tightness SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Critérios de aprovação 1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíve is para verifi cação da estanqueidade em compartimentos e acessórios estanques, nas instalações do fabricante e a bordo de embarcações. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é nece ssário consultar: EB-401 - Vigia para construção naval - Especificação EB-403 - Janela retangular para construção naval - Especificação MB-3050 - Compartimentos e acessó rios estanque s de embarcações - Verificação da estanqueidade - Método de ensaio 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.20. 3.1 Compartimento estrutural estanque Região da embarcação delimi tada por ant eparas estanque s (por exemplo: tanque, coferdam). 3.2 Vasos de pressão Tanques não-e struturai s sem suspiro e chama que, durante sua operação, trabalham sob pressão proveniente de outro equipamento (por exemplo: garrafa de ar, tanques hidróforos). 3.3 Tanques avulsos Tanque s não-estruturais com suspiro e que operam sob pressão máxima igual ao peso da coluna de líquido contida em seu interior até o ponto de transbordo. 3.4 Escotilhão Escotilha de pequenas dimensões. 3.5 Agulheiro Abertura, geralmente usada em convés ou tampa de escotilha, para acesso a paióis, praça de máquinas e outros. 3.6 Olho-de-boi Acessório fixo, circular, que permite somente e entrada de luz em um compartimento. Cópia não autorizada

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Cop yright © 1990,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinte d in Brazil/ Impresso no BrasilTod os os direitos reserva do s

Sede:Rio de Jane iroAv. Treze de Ma io, 13 - 28º andarCEP 20003 - Ca ixa Postal 1680Rio d e Ja neiro - RJTel.: PABX (021) 210 -3122Tele x: (021) 34333 ABNT- BREndereço Teleg rá fico:NORMATÉCNICA

ABNT-Associação

Brasileira deNormas Técnicas

Palavra-chave: Estanqueidade 4 páginas

CDU: 629.12.011.75:620.165.29.004.11 MAIO/1989

Condições para verificação daestanqueidade em compartimentos eacessórios estanques de embarcações

NB-1213

Registrada no INMETRO como NBR 11351NBR 3 - Norma Brasileira Registrada

Procedimento

Origem: Projeto 7:000.02-013/89CB-7 - Comitê Brasileiro de Construção NavalCE-7:000.02 - Comissão de Estudo de Materiais e ProcessosNB-1213 - Shipbuilding - Tight compartments and acessories - Verification oftightness - ProcedureDescriptors: Tightness

SUMÁRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições

4 Condições gerais

5 Condições específicas6 Critérios de aprovação

1 Objetivo

Esta Norma fixa as condições exigíveis para verificação daestanqueidade em compartimentos e acessórios

estanques, nas instalações do fabricante e a bordo de

embarcações.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

EB-401 - Vigia para construção naval - Especificação

EB-403 - Janela retangular para construção naval -

Especificação

MB-3050 - Compartimentos e acessórios estanques

de embarcações - Verificação da estanqueidade -Método de ensaio

3 Definições

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições

de 3.1 a 3.20.

3.1 Compartimento estrutural estanque

Região da embarcação delimitada por anteparas estanques(por exemplo: tanque, coferdam).

3.2 Vasos de pressão

Tanques não-estruturais sem suspiro e chama que, durante

sua operação, trabalham sob pressão proveniente de

outro equipamento (por exemplo: garrafa de ar, tanqueshidróforos).

3.3 Tanques avulsos

Tanques não-estruturais com suspiro e que operam sobpressão máxima igual ao peso da coluna de líquido contidaem seu interior até o ponto de transbordo.

3.4 Escotilhão

Escotilha de pequenas dimensões.

3.5 Agulheiro

Abertura, geralmente usada em convés ou tampa de

escotilha, para acesso a paióis, praça de máquinas eoutros.

3.6 Olho-de-boi

Acessório fixo, circular, que permite somente e entrada de

luz em um compartimento.

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3.7 Janela

Acessório geralmente de forma retangular, colocado emantepara, que permite observação de um compartimentoe passagem de ar e/ou luz para um outro compartimento.

As janelas não possuem tampas de combate.

3.8 Vigia

Acessório geralmente de forma circular, colocado nocostado ou antepara, que permite observação de um

compartimento e passagem de ar e/ou luz para um outrocompartimento. Pode ser provida ou não de tampa de

combate.

3.9 Peças de penetração

São acessórios colocados no chapeamento, a fim de

possibilitar a passagem de tubulações, dutos de ventilação,

cabos elétricos e outros, de um compartimento para o

outro, podendo ser estanques ou não.

3.10 Alboio

Cobertura de escotilha de formato semelhante a um guarda-

sol ou cogumelo, destinada a dar passagem ao ar e à luz.

3.11 Ensaio pneumático

Ensaio para detecção de vazamentos em um objeto,insuflando-se gás sob pressão (geralmente ar comprimido)

no interior deste objeto e verificando-se, pelo lado externoe com auxílio de um detector de vazamentos (geralmente

espuma de sabão), a ocorrência ou não de vazamentospelas soldas do casco e seus acessórios.

3.12 Ensaio hidrostático

Ensaio para detecção de vazamentos e/ou deformações

permanentes na estrutura do objeto de ensaio, colocando-se um líquido sob pressão no seu interior e verificando-sepelo lado externo a ocorrência ou não de vazamentos e/ou

deformações permanentes.

3.13 Ensaio de alagamento

Ensaio para detecção de vazamentos e/ou deformações

permanentes no objeto de ensaio, colocando-se um líquidoaté seu ponto mais alto de operação e verificando aocorrência de vazamentos e/ou deformações permanentespelo lado externo do objeto.

3.14 Ensaio de vácuo

Ensaio para detecção de vazamentos em emendas de sol-

da de filete e de topo, utilizando-se pressão de vácuo, atra-

vés de um dispositivo de caixa de vácuo (ver MB-3050), eespuma de sabão como detector de vazamentos.

3.15 Ensaio de solda filete

Ensaio para detecção de vazamentos através dos filetes

de solda, injetando-se ar comprimido entre os filetes

através de uma peça de conexão (ver MB-3050)previamente colocada, e observando-se com auxílio de

espuma de sabão, pelos dois lados da antepara, aocorrência ou não de vazamentos.

3.16 Ensaio com jato d’água

Ensaio realizado com a aplicação de um jato sólido ou

borrifo d’água a uma pressão e distância preestabelecidas,

através de uma mangueira com diâmetro predeterminado,verificando-se a ocorrência ou não de vazamentos pelo

lado oposto da aplicação do jato.

3.17 Ensaio de jato de ar

Ensaio equivalente ao jato d’água, realizado naimpossibilidade desse. Usa-se jato de ar e espuma de

sabão para se detectarem possíveis vazamentos.

3.18 Ensaio com giz

Ensaio para verificação do perfeito assentamento da chapadiamante de uma tampa ou porta sobre a borracha devedação, observando-se a marca de giz deixada sobre a

borracha quando a tampa ou porta é atracada.

3.19 Ensaio com facho de luz

Ensaio onde se apagam as luzes internas ou externas do

compartimento e se observa pelo lado externo a passagem

de luminosidade através das vedações (por exemplo:portas de câmaras frigoríficas).

3.20 Escotilha

Abertura feita num convés, geralmente retangular, para a

passagem de pessoal, carga, luz e ar.

4 Condições gerais

4.1 Antes da realização de qualquer ensaio de

estanqueidade, o objeto a ser ensaiado deve sofrer inspe-

ção visual, incluindo a verificação dos desenhos estrutu-rais e de seus acessórios.

4.2 As soldas estanques devem estar aprovadas quanto a

defeitos visuais, exames radiográficos e ultra-sônicos, e

tratamentos térmicos quando for o caso.

4.3 Para a realização do ensaio pneumático ou do ensaiode vácuo, as soldas a serem examinadas não devem estar

pintadas interna e externamente, admitindo-se, porém, a

utilização de “shop-primer”.

4.4 Mediante acordo entre as partes envolvidas, podem-se dispensar as soldas automáticas do ensaio de

estanqueidade.

4.5 Para a realização do ensaio de estanqueidade, a regiãoa ser ensaiada deve estar isenta de contaminantes (porexemplo: graxas, óleos ou outros) que podem mascarar os

possíveis vazamentos.

4.6 Para facilitar a visualização do ensaio de jato d’água,pode ser utilizado giz, alvaiade ou outro elemento que

mude de tonalidade em contato com a água.

5 Condições específicas

5.1 Compartimentos estruturais estanques e vasos depressão

Os compartimentos estruturais estanques e vasos de

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pressão devem ser submetidos a ensaios pneumáticos

e/ou hidrostáticos conforme especificação de encomen-

da da embarcação. A execução dos ensaios deve ser con-forme MB-3050. Caso não seja previsto na especificaçãoo tipo de ensaio, este deve ser estipulado pelo projeto de

comum acordo com o armador.

Notas: a) Anteparas de compartimentos estruturais estanques

que tenham sofrido ensaio de estanqueidade (por

exemplo: vácuo ou solda filete) na fase de bloco ou

edificação podem ser dispensadas dos ensaioshidrostáticos e/ou pneumáticos.

b) As regiões das anteparas estanques de compartimen-

tos habitáveis ou de trabalho onde não tenha sidoaplicado um ensaio hidrostático ou pneumático devem

ser submetidas a um ensaio de estanqueidade equi-

valente ao jato d’água, ensaio de solda filete, ensaio de

vácuo ou outro.

5.2 Tanques avulsos

Os tanques avulsos devem ser submetidos a ensaio

pneumático e/ou hidrostático e/ou alagamento conforme

especificação de encomenda. A execução dos ensaiosdeve ser conforme MB-3050. Caso não seja previsto na

especificação o tipo de ensaio, este deve ser estipulado

pelo projeto em comum acordo com o armador.

5.3 Escotilhão ou agulheiro

5.3.1 Escotilhão ou agulheiro estanque

5.3.1.1 Após instalação a bordo, deve ser realizado um

ensaio com giz (conforme MB-3050) para verificação doalinhamento da chapa diamante com a borracha devedação.

5.3.1.2 Em seguida ao ensaio com giz, deve ser realizadoum ensaio de jato d’água conforme MB-3050.

5.3.2 Escotilhão ou agulheiro semi-estanque

5.3.2.1Após a montagem a bordo, deve ser feito um ensaio

com giz conforme MB-3050.

5.3.2.2 Após o ensaio com giz, deve ser feito um ensaio de

borrifo, ou seja, um jato d’água sem pressão tipo chuveiro.

5.4 Janelas, vigias, alboios e gaiutas

5.4.1 Após a instalação a bordo, as janelas, vigias, alboiose gaiutas devem ser submetidos a um ensaio de jatod’água conforme MB-3050.

5.4.2Caso a vigia tenha tampa de combate, esta deve estaraberta durante o ensaio.

5.4.3 Nas instalações do fabricante, deve ser executado

um ensaio de estanqueidade equivalente, conformeEB-401 para vigias, e EB-403 para janelas.

5.5 Portas estanques e semi-estanques

5.5.1 Porta estanque

5.5.1.1 Após a instalação a bordo, deve ser feito um ensaiocom giz conforme MB-3050.

5.5.1.2 Após o ensaio com giz, deve ser feito um ensaio de

 jato d’água para as portas estanques à água, e um ensaio

de jato de ar para as portas estanques à fumaça e gás,conforme MB-3050.

5.5.2 Porta semi-estanque

5.5.2.1 Deve ser executado um ensaio com giz conforme

MB-3050 para verificação de alinhamento com a borrachade vedação.

5.5.2.2 Após o ensaio com giz, com a porta instalada, deve

ser feito um ensaio de borrifo, ou seja, jato d’água sem

pressão tipo chuveiro.

5.6 Tampas de escotilha

5.6.1 Para a realização do ensaio, deve ser verificado o

procedimento seguinte:

a) alinhamento e centralização da chapa diamante eborracha de vedação;

b) alinhamento da mesa da braçola, quando for ocaso;

c) compressão da borracha.

5.6.2 Após instalação a bordo, as tampas devem ser

submetidas a um ensaio com giz conforme MB-3050.

5.6.3Após o ensaio de giz, as tampas devem ser submetidas

a ensaio de jato d’água.

5.6.4 Deve ser previsto um ensaio de alagamento nasemendas centrais quando não for possível atingir a área de

vedação com o jato d’água.

5.7 Outros acessórios e regiões

5.7.1 Banheiros, lavanderias, cozinhas, copas, frigorífica

de provisões, paiol de amarras e pocetos de paiol deamarras devem ser submetidos a ensaio de alagamento

para verificação da solda de fi lete das anteparas com um

piso, bem como suas peças de penetração no piso.

5.7.2 As peças de penetração de anteparas estanques

devem ser ensaiadas juntamente com o compartimento aoqual pertencem.

6 Critérios de aprovação

6.1 Vazamentos

6.1.1 Nos ensaios de estanqueidade não devem seradmitidos vazamentos no objeto de ensaio.

6.1.2 No ensaio hidrostático, além de vazamentos, não

devem ser admitidas deformações permanentes naestrutura do objeto de ensaio.

6.2 Reparo

6.2.1 As regiões que durante o ensaio hidrostático e/ou

pneumático apresentarem vazamento podem ser reparadas

por solda desde que o procedimento de reparo, qualificaçãodos processos e soldadores sejam submetidos à aprovação

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do comprador ou seus inspetores.

6.2.2 Para reparar vazamentos ocorridos durante o ensaiohidrostático é necessário retirar a pressão e ter a região devazamento sem água. Para o ensaio pneumático é

necessário somente retirar-se a pressão.

6.2.3 Após o reparo, a região deve ser reensaiada com o

mesmo procedimento do ensaio original, a menos que a

região seja ultra-sonada ou radiografada. Mediante acordoentre fabricante e comprador, podem ser adotados os

procedimentos de 6.2.3.1 a 6.2.3.3.

6.2.3.1 Reensaiar as regiões citadas em 6.2.1 com ensaiopneumático ou ensaio de líquido penetrante.

6.2.3.2 Reensaiar as regiões citadas em 6.2.1 com ensaio

de caixa de vácuo.

6.2.3.3 Penetrações executadas após o ensaio de

estanqueidade podem ser reensaiadas com caixa de vácuoou líquido penetrante.

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