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NORMA BRASILEIRA

ABNT NBR 15570Segunda edio 20.02.2009 Vlida a partir de 20.03.2009

Transporte Especificaes tcnicas para fabricao de veculos de caractersticas urbanas para transporte coletivo de passageirosTransport Technical specification for vehicles of urban characteristics for public transport of passengers manufacturing

Palavras-chave: Transporte. Veculo. Acessvel. Acessibilidade. Pessoa com deficincia. Pessoa com mobilidade reduzida. Cadeira de rodas. Descriptors: Transport. Manufacturing. Vehicle. Accessible. Accessibility. Handicaped. Wheelchair. ICS 43.080.20; 11.180 ISBN 978-85-07-01305-1

Nmero de referncia ABNT NBR 15570:2009 59 pginas ABNT 2009

ABNT NBR 15570:2009

ABNT 2009 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microfilme, sem permisso por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28 andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 [email protected] www.abnt.org.br

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Sumrio

Pgina

Prefcio ....................................................................................................................................................................... vi 1 2 3 4 4.1 4.1.1 4.1.2 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.3 5 6 7 7.1 7.2 7.3 7.4 7.4.1 7.4.2 7.4.3 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 23.1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1 Referncias normativas ................................................................................................................................ 1 Termos e definies ...................................................................................................................................... 2 Classificao .................................................................................................................................................. 6 Tipo ................................................................................................................................................................. 6 Micronibus ................................................................................................................................................... 6 nibus............................................................................................................................................................. 6 Composio ................................................................................................................................................... 6 Piso simples ................................................................................................................................................... 6 Duplo piso ...................................................................................................................................................... 6 Articulados ..................................................................................................................................................... 6 Classe ............................................................................................................................................................. 6 Veculo Acessvel .......................................................................................................................................... 7 Estrutura do veculo ...................................................................................................................................... 8 Determinao da rea disponvel para passageiros, capacidade de transporte e distribuio da carga total ....................................................................................................................................................... 9 rea total disponvel para passageiros (SO) .............................................................................................. 9 rea disponvel para passageiros em p (S1) ............................................................................................ 9 Determinao da capacidade de transporte ............................................................................................... 9 Determinao e aplicao da carga total .................................................................................................. 10 Distribuio da carga total ......................................................................................................................... 10 Peso mdio por pessoa .............................................................................................................................. 10 Dirigibilidade ................................................................................................................................................ 10 Sistema de direo ...................................................................................................................................... 11 Sistema de suspenso ................................................................................................................................ 11 Motor do veculo .......................................................................................................................................... 11 Sistema de transmisso.............................................................................................................................. 12 Sistema de freio ........................................................................................................................................... 13 Sistema de articulao ................................................................................................................................ 13 Comprimento total do veculo .................................................................................................................... 13 Largura externa do veculo ......................................................................................................................... 13 Altura externa do veculo ............................................................................................................................ 13 Autorizao especfica para casos excepcionais .................................................................................... 14 Altura mxima dos pra-choques .............................................................................................................. 14 Tolerncias em relao ao solo ................................................................................................................. 14 ngulos de entrada e sada ........................................................................................................................ 14 Raios de giro ................................................................................................................................................ 14 Altura interna ............................................................................................................................................... 15 Portas de servio ......................................................................................................................................... 16 Quantidade ................................................................................................................................................... 16

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ABNT NBR 15570:200923.2 23.3 23.4 23.5 24 25 26 26.1 26.2 26.3 26.4 26.5 27 27.1 27.2 27.3 27.4 27.5 28 29 30 31 32 33 34 35 36 36.1 36.2 36.2.1 36.2.2 37 38 38.1 38.2 38.3 38.4 38.5 39 40 41 41.1 41.2 42 42.1 42.2 43 44 45 Dimenses .................................................................................................................................................... 16 Caractersticas das portas de servio ....................................................................................................... 17 Sistemas de segurana ............................................................................................................................... 18 Degraus das escadas (piso alto) e patamar de embarque (piso baixo)................................................. 18 Apoios para embarque e desembarque .................................................................................................... 20 Janelas laterais ............................................................................................................................................ 21 Sadas de emergncia ................................................................................................................................. 22 Gerais ............................................................................................................................................................ 22 Portas de servio ......................................................................................................................................... 22 Janelas de emergncia ............................................................................................................................... 22 Escotilhas do teto ........................................................................................................................................ 25 Quantidade de sadas de emergncia ....................................................................................................... 25 Bancos dos passageiros ............................................................................................................................ 25 Concepo ................................................................................................................................................... 25 Dimenses gerais ........................................................................................................................................ 26 Posicionamento ........................................................................................................................................... 27 Apoio de brao............................................................................................................................................. 28 Encosto de cabea ...................................................................................................................................... 28 Piso interno .................................................................................................................................................. 28 Corredor de circulao ............................................................................................................................... 29 rea livre antes da catraca ......................................................................................................................... 31 Rampa interna no corredor central de circulao ................................................................................... 31 Inclinao mxima do piso interno do veculo ......................................................................................... 31 Degraus internos ......................................................................................................................................... 31 Anteparos e painis divisrios .................................................................................................................. 31 Colunas, balastres, corrimos e apoios no salo de passageiros ...................................................... 32 Dispositivo para transposio de fronteira .............................................................................................. 33 Rampa ........................................................................................................................................................... 33 Plataforma elevatria veicular .................................................................................................................... 35 Dispositivos da plataforma elevatria veicular ........................................................................................ 35 Dispositivos complementares plataforma elevatria veicular ............................................................ 39 rea reservada (box) para acomodao da cadeira de rodas ou co-guia ........................................... 40 Postos de comando e cobrana ................................................................................................................ 40 Poltronas para os operadores .................................................................................................................... 40 Segurana .................................................................................................................................................... 41 Guarda-pertences ........................................................................................................................................ 41 Painel de controles ...................................................................................................................................... 41 Catraca registradora de passageiros ........................................................................................................ 41 Revestimento interno .................................................................................................................................. 42 Pra-brisa e vidro traseiro .......................................................................................................................... 43 Ventilao interna ........................................................................................................................................ 43 Sistema de ar forado ................................................................................................................................. 43 Sistema de ar-condicionado ....................................................................................................................... 44 Iluminao .................................................................................................................................................... 44 Iluminao interna ....................................................................................................................................... 44 Iluminao externa e sinalizao ............................................................................................................... 45 Indicao de destino (letreiro) ................................................................................................................... 45 Comunicao visual no veculo ................................................................................................................. 46 Espelhos retrovisores ................................................................................................................................. 46

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ABNT NBR 15570:200945.1 45.2 45.3 46 46.1 46.2 46.3 47 48 49 50 51 52 52.1 52.2 52.3 Espelhos externos ....................................................................................................................................... 46 Espelho convexos internos ........................................................................................................................ 46 Espelhos no posto de comando ................................................................................................................ 47 Comunicao interna .................................................................................................................................. 47 Solicitao de parada .................................................................................................................................. 47 Comunicao aos usurios ........................................................................................................................ 47 Comunicao cobrador/motorista ............................................................................................................. 48 Sistema eltrico ........................................................................................................................................... 48 Limpador de pra-brisa ............................................................................................................................... 48 Baterias ......................................................................................................................................................... 50 Proteo contra riscos de incndio........................................................................................................... 51 Conexes para reboque .............................................................................................................................. 51 Acessrios da carroceria ............................................................................................................................ 51 Sistema de monitoramento interno ........................................................................................................... 51 Sistema de rastreamento do veculo ......................................................................................................... 52 Sistemas de comunicao ao usurio ...................................................................................................... 52

Anexo A (normativo) Determinao do coeficiente de atrito esttico do revestimento do piso do veculo ... 53 A.1 Princpio ....................................................................................................................................................... 53 A.2 Reagentes ..................................................................................................................................................... 53 A.3 Aparelhagem ................................................................................................................................................ 53 A.4 Preparao e preservao das amostras.................................................................................................. 54 A.5 Procedimento ............................................................................................................................................... 55 A.6 Expresso de resultados ............................................................................................................................ 56 A.7 Relatrio de ensaio...................................................................................................................................... 56

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PrefcioA Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratrio e outros). Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) chama ateno para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsvel pela identificao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15570 foi elaborada na Comisso de Estudo Especial para Fabricao de Veculo Acessvel (ABNT/CEE-64). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 11, de 21.11.2007 a 21.01.2008, com o nmero de Projeto 00:001.64-001. Seu 1 Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 09, de 12.09.2008 a 10.11.2008, com o nmero de Projeto de Emenda ABNT NBR 15570. Seu 2 Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital n 12, de 19.12.2008 a 19.01.2008, com o nmero de 2 Projeto de Emenda ABNT NBR 15570. A ABNT NBR 15570:2009 tem por objetivo atender ao disposto no Decreto n 5.296/2004, que regulamentou as Leis Federais n 10.048/2000 e n 10.098/2000, de acordo com as seguintes orientaes: experincias positivas nos segmentos de transporte coletivo urbano de passageiros; dificuldade tcnica e/ou operacional para atendimento, alm da subjetividade de algumas definies; inovaes tecnolgicas a serem implementadas ou disponveis no segmento; complemento das caractersticas definidas pela ABNT NBR 14022:2009. Esta segunda edio incorpora a Emenda 1, de 18.02.2009, e cancela e substitui a edio anterior (ABNT NBR 15570:2008). O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte.

ScopeThis Standard establishes the fundamental constructive characteristics and the auxiliary equipments applicable on vehicles produced for public transport of passengers operation, in order to guarantee safety, comfort, accessibility and mobility conditions to conductors and users, independently of age, stature and physical or sensorial condition.

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Transporte Especificaes tcnicas para fabricao de veculos de caractersticas urbanas para transporte coletivo de passageiros

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Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mnimos para as caractersticas construtivas e os equipamentos auxiliares aplicveis nos veculos produzidos para operao no transporte coletivo urbano de passageiros, de forma a garantir condies de segurana, conforto, acessibilidade e mobilidade aos seus condutores e usurios, independentemente da idade, estatura e condio fsica ou sensorial. 1.2 necessrio tambm prever prescries tcnicas que facilitem o acesso das pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida aos veculos abrangidos por esta Norma, em consonncia com a poltica de transportes e a poltica social da comunidade, devendo estar conjugadas com infra-estruturas locais adequadas. 1.3 A segurana do usurio deve prevalecer sobre sua autonomia nas situaes de anormalidade no sistema de transporte. 1.4 Esta Norma se aplica aos veculos com caractersticas urbanas produzidos para o sistema de transporte coletivo de passageiros, exceto aos veculos abrangidos pela ABNT NBR 15320.NOTA 1 As figuras apresentadas nesta Norma so exemplos cujo intuito realar os conceitos abordados. As solues no precisam se limitar situao ilustrada. NOTA 2 No estabelecimento dos padres, caractersticas construtivas dos veculos e critrios de acessibilidade, foram consideradas as diversas condies de mobilidade e de percepo da infra-estrutura e do ambiente pela populao, incluindo crianas, adultos, idosos e pessoas com deficincia, com ou sem dispositivos para transposio de fronteira.

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Referncias normativas

Os documentos relacionados a seguir so indispensveis aplicao deste documento. Para referncias datadas, aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias no datadas, aplicam-se as edies mais recentes do referido documento (incluindo emendas). Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB, institudo pela Lei Federal n 9503 de 23 de setembro de 1997 NR 15 Norma Regulamentadora N 15 do Ministrio do Trabalho e do emprego, Atividades e operaes insalubres Resoluo n 157/04 do Conselho Nacional de Trnsito, CONTRAN, que regulamenta o uso e estabelece requisitos para os extintores de incndio nos veculos. Resoluo n 210/06 do Conselho Nacional de Trnsito, CONTRAN, que estabelece os limites de peso e dimenses para veculos que transitem por vias terrestres. Resoluo n 225/07 do Conselho Nacional de Trnsito, CONTRAN, que estabelece requisitos de localizao, identificao e iluminao dos controles, indicadores e lmpadas piloto. Resoluo n 226/07 do Conselho Nacional de Trnsito, CONTRAN, que estabelece requisitos para o desempenho e a fixao de espelhos retrovisores.

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Resoluo n 254/07 do Conselho Nacional de Trnsito, CONTRAN, que estabelece requisitos para vidros de segurana e critrios para aplicao de inscries, pictogramas e pelculas nas reas envidraadas dos veculos automotores. Resoluo n 811/96 do Conselho Nacional de Trnsito, CONTRAN, que estabelece os requisitos de segurana para veculos de transporte coletivo de passageiros (nibus e micronibus) de fabricao nacional e estrangeira. ABNT NBR 6091, Veculos rodovirios Ancoragem de cintos de segurana Localizao e resistncia trao ABNT NBR 6401:1980, Instalaes centrais de ar condicionado para conforto Parmetros bsicos de projeto ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira ABNT NBR 7337, Veculos rodovirios automotores Cintos de segurana Requisitos ABNT NBR 9079, Veculo automotor Determinao do rudo interno ABNT NBR 9491, Vidros de segurana para veculos rodovirios Especificao ABNT NBR 10966, Desempenho de sistemas de freio para veculos rodovirios ABNT NBR 10967, Sistema de freio para veculos rodovirios Ensaio de desempenho ABNT NBR 10968, Sistema de freio para veculos rodovirios Medio do tempo de resposta para os veculos equipados com freio pneumtico Desempenho ABNT NBR 10969, Desempenho de sistema de freio para veculos rodovirios Prescries relativas as fontes e aos reservatrios de energia ABNT NBR 10970, Desempenho de sistema de freio para veculos rodovirios Prescries relativas as condies especficas para o freio de mola acumuladora (cmara combinada do freio) ABNT NBR 14022:2009, Acessibilidade em veculos de caractersticas urbanas para o transporte coletivo de passageiros ABNT NBR 15646, Acessibilidade Plataforma elevatria veicular e rampa de acesso veicular para acessibilidade em veculos com caractersticas urbanas para o transporte coletivo de passageiros Requisitos de desempenho, projeto, instalao e manuteno ABNT NBR ISO 1585, Veculos rodovirios Cdigo de ensaio de motores Potncia lquida efetiva ABNT NBR ISO 1176, Veculos rodovirios automotores Massas Vocabulrios e cdigos EN 314, Plywood Bonding quality IRAM 25576:1986, Detergentes sintticos para uso domstico

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Termos e definies

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definies. 3.1 acessibilidade condio para utilizao, com segurana e autonomia, total ou assistida, dos servios de transporte coletivo de passageiros, por pessoa com deficincia ou mobilidade reduzida [ABNT NBR 14022:2009]

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3.2 acesso em nvel condio que permite a transposio da fronteira, estando o piso interno do veculo e a rea de embarque/desembarque em nvel, observadas as condies definidas pela ABNT NBR 14022 3.3 rea de embarque e desembarque rea que avana 500 mm para o interior do veculo, compreendida entre as folhas de porta, incluindo os degraus das escadas (piso alto) ou patamar (piso baixo) 3.4 carroceria estrutura montada sobre o chassi-plataforma, adequada para o transporte de passageiros 3.5 chassi-plataforma estrutura projetada para encarroamento de veculos, que suporta o trem motriz, suspenso, sistema de direo, entre outros 3.6 condies operacionais caractersticas construtivas e dimensionais do veculo, capacidade de transporte e demanda [ABNT NBR 14022:2009] 3.7 corredor central de circulao espao que permite ao passageiro acessar desde um assento ou fila de assentos quaisquer at outros assentos ou qualquer porta de servio 3.8 desnvel qualquer diferena de altura entre dois planos [ABNT NBR 14022:2009] 3.9 dispositivo de sinalizao tecnologia ou equipamento projetado para permitir a transmisso de informaes aos usurios do sistema de transporte 3.10 dispositivos para transposio de fronteira tecnologias ou equipamentos projetados para possibilitar a transposio da fronteira [ABNT NBR 14022:2009] 3.11 freio auxiliar sistema suplementar aos freios de servio do veculo, tais como freio motor, retardador hidrulico ou eletromagntico, entre outros 3.12 fronteira local de transio entre as reas de embarque/desembarque e o veculo [ABNT NBR 14022:2009]

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3.13 janela lateral superfcie de vidro, fixo ou mvel, fixada a um suporte que lhe sirva de coluna, posicionada nas laterais do veculo entre o peitoril da lateral e a unio do teto com a lateral (frechal), exceto nas reas envidraadas de complementao e estilo da carroceria 3.14 peso bruto total PBT peso mximo que o veculo transmite ao pavimento, constitudo do peso prprio do chassi-plataforma, acrescido dos pesos da carroceria e equipamentos, do combustvel, dos acessrios, do extintor de incndio, demais fluidos de arrefecimento e lubrificao, operadores, total dos passageiros sentados e em p 3.15 pessoa com deficincia aquela que apresenta perda ou anormalidade de uma estrutura ou funo psicolgica, fisiolgica ou anatmica, que gere limitao ou incapacidade para o desempenho de atividade. As deficincias podem ser fsicas, auditivas, visuais, mentais ou mltiplas [ABNT NBR 14022:2009] 3.16 pessoa com mobilidade reduzida aquela que, no se enquadrando no conceito de pessoa com deficincia, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se permanente ou temporariamente, gerando reduo efetiva de mobilidade, flexibilidade, coordenao motora e percepo. Aplica-se ainda a idosos, gestantes, obesos e pessoas com criana de colo [ABNT NBR 14022:2009] 3.17 plataforma de embarque e desembarque rea elevada em relao ao solo, para reduzir ou eliminar o desnvel no embarque ou desembarque de passageiros, observadas as condies definidas pela ABNT NBR 14022 3.18 plataforma elevatria veicular dispositivo instalado no veculo para transposio de fronteira, que permite a elevao de pessoa com deficincia ou mobilidade reduzida, em cadeira de rodas ou em p, para acesso em nvel ao interior do veculo [ABNT NBR 14022:2009] 3.19 poder concedente de transporte rgo pblico investido de autoridade para definir e implementar a gesto do transporte de passageiros [ABNT NBR 14022:2009] 3.20 posto de comando local de conduo do veculo 3.21 posto de cobrana local onde se realiza a cobrana da passagem 3.22 sistema de movimentao vertical da suspenso sistema, acionado com o veculo parado, que efetua a movimentao de rebaixamento ou levantamento do veculo

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3.23 suspenso conjunto de componentes elsticos constitudos de elementos mecnicos, tendo por finalidade sustentar o peso prprio do veculo e sua carga, absorver os efeitos causados pelas irregularidades das superfcies das vias de rolamento e proporcionar estabilidade ao veculo nas diversas condies de uso 3.24 suspenso metlica suspenso cujos elementos elsticos so metlicos, em geral constitudos por feixe de molas, ou molas helicoidais 3.25 suspenso pneumtica suspenso cujos elementos elsticos so pneumticos, em geral constitudos por bolses de ar 3.26 suspenso mista suspenso cujos elementos elsticos so constitudos pela combinao de elementos metlicos e pneumticos 3.27 transmisso automtica transmisso na qual todos os procedimentos de troca de marchas so realizados por um sistema automtico 3.28 vo distncia horizontal resultante da descontinuidade entre dois planos [ABNT NBR 14022:2009] 3.29 veculo de piso alto aquele que possui como caracterstica construtiva todo o piso do compartimento interno acima do plano formado entre as linhas do centro das rodas [ABNT NBR 14022:2009] 3.30 veculo de piso baixo aquele que possui como caracterstica construtiva o piso do compartimento interno rebaixado em qualquer uma de suas sees (dianteira, central, traseira ou total) em relao ao plano formado entre as linhas do centro das rodas (ver Figura 1)

a) piso baixo dianteiro

b) piso baixo central

c) piso baixo traseiro

d) piso baixo total

Figura 1 Veculo de piso baixo [ABNT NBR 14022:2009]

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3.31 tomada de ar forado dispositivo dotado de sistema de ventilao mecnica 3.32 tomada de ar natural dispositivo que permita a circulao natural permanente de ar

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Classificao

Os veculos de transporte coletivo urbano de passageiros devem ser classificados de acordo com sua tipologia, composio e classe, considerando-se ainda as caractersticas tcnicas e operacionais das linhas onde so utilizados.

4.1

Tipo

Na definio do tipo devem ser adotadas as definies estabelecidas pelo Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB) e pelo Conselho Nacional de Trnsito (CONTRAN). 4.1.1 Micronibus

Veculo automotor destinado ao transporte de passageiros, projetado e construdo com a finalidade exclusiva de transporte de pessoas, com lotao entre 10 e 20 passageiros sentados, dotado de corredor interno para livre circulao. 4.1.2 nibus

Veculo automotor de transporte coletivo, com capacidade para mais de 20 passageiros sentados, ainda que, em virtude de adaptaes com vista maior comodidade destes, transporte nmero menores.

4.24.2.1

ComposioPiso simples

O veculo de piso simples constitudo por uma nica unidade rgida, com motor prprio e solidrio e o compartimento de passageiros situado em um piso nico, o qual pode ser rebaixado parcial ou totalmente. O compartimento do motorista pode ser intercomunicvel com o compartimento de passageiros. 4.2.2 Duplo piso

O veculo de duplo piso constitudo por uma unidade rgida, com motor prprio e solidrio, possuindo dois compartimentos de passageiros, situados em pisos diferentes e superpostos, que se comunicam entre si por meio de escada(s) ou outro qualquer dispositivo de acesso. O compartimento do motorista pode ser intercomunicvel com o compartimento de passageiros. 4.2.3 Articulados

Os veculos articulados so constitudos por duas ou trs unidades rgidas, devidamente acopladas, que permitam comunicao entre elas. Pelo menos uma unidade deve estar dotada de trao. Pode ser de piso simples ou de duplo piso.

4.34.3.1

ClasseA Tabela 1 apresenta classificao por classe segundo sua capacidade, peso bruto e comprimento total.

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Tabela 1 Classes de veculo Peso bruto total mnimo t Comprimento total mximo m

Classes

Capacidade Entre 10 e 20 passageiros, exclusivamente sentados, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia Mnimo de 30 passageiros, sentados e em p, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia Mnimo de 40 passageiros, sentados e em p, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia Mnimo de 70 passageiros, sentados e em p, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia Mnimo de 80 passageiros, sentados e em p, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia Mnimo de 100 passageiros, sentados e em p, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia Mnimo de 160 passageiros, sentados e em p, incluindo rea reservada para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia

Micronibus

5

7,4

Mininibus

8

9,6

Midinibus

10

11,5

nibus Bsico

16

14

nibus Padron

16

14 a

nibus Articulado

26

18,60

nibus Biarticuladoa

36

30

Admite-se o comprimento do nibus Padron de ate 15 m, desde que o veculo seja dotado de terceiro eixo de apoio direcional.

4.3.2 Admitem-se veculos com dimenses e PBT excedentes aos valores estabelecidos na Tabela 1, desde que regulamentados pelo CONTRAN. 4.3.3 O Anexo B contm Tabela resumo, relacionando a classificao dos carros conforme a Tabela 1 e as caractersticas tcnicas particulares de cada classe de veculo.

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Veculo Acessvel

Quanto s caractersticas construtivas, o veculo acessvel deve atender Seo 6 da ABNT NBR 14022:2009.

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Estrutura do veculo

6.1 As estruturas da carroceria e do chassi-plataforma devem estar de acordo com a Resoluo 811/96 do CONTRAN. 6.2 As estruturas tanto da carroceria como do chassi ou do monobloco devem ser projetadas para atender a todas as especificaes funcionais, durante um perodo mnimo de 10 anos, equivalente a 1 000 000 km rodados. 6.3 Os projetos de carroceria e chassi-plataforma devem estar integrados no que diz respeito s foras que atuaro no conjunto e, portanto, as estruturas devem ser dimensionadas para suportar as seguintes cargas e solicitaes: a) resultantes do carregamento mximo do veculo, considerando uma taxa de ocupao mnima de 10 passageiros em p por metro quadrado de rea til; b) solicitaes advindas da operao, considerando os respectivos graus de interferncia existentes no perfil virio, tais como lombadas, valetas, curvas crticas, aclives acentuados e concordncias entre vias; c) uma carga esttica equivalente ao peso bruto total do veculo, uniformemente distribuda sobre o teto, sem que ocorra deformao estrutural permanente; d) para veculos movidos a partir de outras fontes energticas que no a leo diesel, a estrutura deve estar dimensionada para suportar a carga adicional devida instalao dos dispositivos e sistemas de armazenagem. 6.4 O piso do veculo deve ser projetado e construdo para resistir a uma carga caracterstica de 5 000 N/m2 na rea do corredor interno de circulao e 2 000 N/m2 na rea dos bancos de passageiros e poltronas dos operadores. 6.5 Os materiais utilizados devem ser dimensionados para resistir s cargas descritas em 6.3 e tambm para no permitir um deslocamento maior que L/350, sendo L o vo entre as transversinas (vo mximo entre apoios) de suporte do painel do piso quando submetidos s mesmas cargas. 6.6 Os painis de madeira utilizados no piso devem ser do tipo estrutural, colados com adesivos estruturais prova dgua conforme EN 314, compostos com espcies permeveis ao tratamento preservativo. 6.6.1 Os painis de madeira utilizados no piso devem ser tratados contra ao deterioradora de agentes biolgicos (fungos e insetos xilfagos) de acordo com a ABNT NBR 7190, em usina de preservao de madeira (UPM), sob presso, pelo processo de clula cheia, ou outro comprovadamente equivalente. 6.6.2 Os seguintes produtos preservativos so estabelecidos para tratamento dos painis: CCA tipo C base xido (cobre, cromo e arsnio), CCB base xido (cobre, cromo e boro) e CA-B (tebuconazole e cobre). Outros produtos podem ser utilizados, desde que comprovada sua eficincia tcnica para as condies de uso do painel de madeira. 6.6.3 Todos os produtos preservativos para tratamento de pisos devem estar devidamente registrados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis (IBAMA). 6.6.4 O valor de reteno mnimo para os produtos CCA-C e CCB de 6,5 kg de ingredientes ativos por m de madeira tratvel e para o produto CA-B de 3,3 kg de ingredientes ativos por m de madeira tratvel. Os valores devem ser comprovados pelo fabricante. 6.6.5 A penetrao do produto preservativo deve ser total no painel.

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7 Determinao da rea disponvel para passageiros, capacidade de transporte e distribuio da carga total7.1 rea total disponvel para passageiros (SO)

A rea total disponvel para passageiros (S0) igual rea total do veculo, subtraindo-se: a) rea do posto de comando; b) rea dos degraus, quando existentes, que do acesso s portas e de todo degrau cuja profundidade seja inferior a 300 mm; c) rea da cobertura do motor cuja altura livre medida desde o piso do veculo seja inferior a 1 650 mm; d) em um veculo articulado ou biarticulado, toda a rea de qualquer parte da seo articulada, cujo acesso esteja impedido por barras ou pega-mos; e) a rea da catraca, quando existente, definida como 0,40 m2 ; f) a rea do posto de cobrana, quando existente;

g) a rea de varredura das portas, no caso de no estarem situadas em poos exclusivamente construdos para elas.

7.2

rea disponvel para passageiros em p (S1)

A rea disponvel para passageiros em p (S1) calculada deduzindo-se de S0: a) toda a rea do piso do veculo cuja inclinao exceda 8 %; b) a rea de todas as partes no acessveis a um passageiro de p, quando os assentos esto ocupados; c) a rea de qualquer parte em que a altura livre desde o piso do veculo seja inferior a 1 950 mm, situado acima e atrs do eixo traseiro, em qualquer uma das situaes anteriores, sem ter em conta os balastres fixados no teto; d) o espao situado 300 mm frente de qualquer assento; e) qualquer rea no excluda pelas disposies anteriores, na qual no seja possvel apoiar um retngulo de 400 mm x 300 mm; f) qualquer rea que no pertena a um corredor, considerando-se para tanto toda e qualquer rea de acesso e/ou circulao que no tenha interferncia da rea necessria para a movimentao das folhas da(s) porta(s) de acesso;

g) a rea frente de um plano vertical, passando ao longo do centro da superfcie do assento do motorista (na sua posio mais recuada) e ao longo do centro do espelho retrovisor externo montado no lado oposto do veculo; h) a rea reservada para cadeira de rodas e co-guia (Box).

7.3

Determinao da capacidade de transporte

7.3.1 A quantidade mnima de passageiros sentados deve ser igual parte inteira do nmero que representa a rea em metros quadrados do piso disponvel para passageiros (S0), considerando uma quantidade mnima de 20 passageiros sentados, exceto o veculo da classe Micronibus.

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7.3.2 Para efeito de capacidade mxima de passageiros deve-se considerar o nmero de passageiros em p por metro quadrado da rea disponvel S1, conforme a Tabela 2, somando com o nmero de passageiros sentados. Tabela 2 Taxa de ocupao de passageiros em p por metro quadrado Classificao Micronibus Mininibus Midinibus nibus Bsico nibus Padron nibus Articulado nibus Biarticulado 7.3.3 Capacidade mxima de transporte de passageiros em p por metro quadrado 0 4 6 6 6 6 6

A determinao do nmero mximo de passageiros deve atender ao disposto em 7.4.

7.3.4 A informao sobre a capacidade mxima de transporte do veculo deve estar afixada no salo de passageiros, em local visvel, associada simbologia especfica, indicando: a) o nmero mximo autorizado de lugares sentados; b) o nmero mximo autorizado de lugares em p, quando aplicvel;

7.4

Determinao e aplicao da carga total

O projeto do veculo deve considerar os valores de referncia apresentados em 7.4.1 e 7.4.2. 7.4.1 Distribuio da carga total

A distribuio da carga total deve obedecer aos limites por eixo e peso bruto total determinados pelo fabricante do chassi, devidamente homologados. 7.4.2 Peso mdio por pessoa

O peso mdio por pessoa deve ser considerado igual a 640 N. O ponto de aplicao da carga correspondente a cada passageiro deve ser sobre a respectiva posio de assento definida pelo fabricante do veculo. No caso de existirem passageiros em p, deve-se considerar a carga correspondente a todos esses passageiros, aplicada no baricentro da rea disponvel S1. 7.4.3 Dirigibilidade

7.4.3.1 Os veculos de dois eixos devem ser projetados e construdos de modo que a carga esttica no eixo dianteiro seja de no mnimo 25 % do peso do veculo, em todas as condies de carregamento. 7.4.3.2 Para veculos de trs ou mais eixos, a carga esttica no eixo dianteiro deve ser de no mnimo 20 % do peso do veculo.

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Sistema de direo

8.1 O sistema de direo deve possuir assistncia hidrulica, eltrica ou outro dispositivo que permita a reduo dos esforos de esteramento, com limitao no fim de seu curso. 8.2 Deve ser utilizada coluna de direo ajustvel, no mnimo para os nibus dos tipos Padron, Articulado e Biarticulado.

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Sistema de suspenso

9.1 Os veculos classificados como Padron, Articulado e Biarticulado devem possuir suspenso pneumtica ou mista. 9.2 Para os demais veculos classificados na Tabela 1, a suspenso pode ser metlica, pneumtica ou mista.

9.3 O veculo de piso baixo deve possuir suspenso pneumtica ou mista e estar equipado com sistema de movimentao vertical, pelo menos no eixo onde o piso interno estiver rebaixado. 9.4 A suspenso pneumtica ou mista, quando equipada com sistema de movimentao vertical, deve efetuar o rebaixamento do lado esquerdo ou direito do veculo em 60 mm no mnimo, de acordo com a necessidade operacional. 9.5 A suspenso pneumtica ou mista, quando equipada com sistema de movimentao vertical, deve efetuar a elevao do veculo em 60 mm no mnimo para transposio de obstculos notveis durante o trajeto, tais como lombadas, valetas ou concordncia de vias, entre outras. 9.6 A utilizao do sistema de movimentao vertical no pode retardar a operao do veculo. O acionamento deve ser efetuado pelo motorista e o tempo de ao no pode exceder 4 s.

10 Motor do veculo10.1 O motor deve ser capaz fornecer relaes potncia mxima por PBT (kW/t) e torque mximo por PBT (Nm/t) conforme a Tabela 3, sendo admitida tolerncia de 5 %. 10.2 As medies da potncia e torque devem ser conforme a ABNT NBR ISO 1585. Tabela 3 Relaes potncia e torque por peso bruto total Classificao Micronibus Mininibus Midinibus Bsico Padron Articulado Biarticulado kw/t mnimo 11 9 9 9 9 8 7 Nm/t mnimo 45 45 45 45 50 50 42

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10.3 O bocal de sada do sistema de exausto do motor deve estar situado na traseira, com a tubulao em posio vertical ou horizontal. 10.4 No caso do nibus articulado, devido s caractersticas construtivas e posio do motor, o sistema de exausto do motor pode ter o bocal de sada horizontal (central ou lateral) ou vertical (teto), voltada para traseira. 10.5 Na tubulao em posio vertical, o bocal deve estar o mais prximo possvel ao nvel do teto do veculo e a uma altura no mnimo de 2,4 m em relao ao solo. Pode ser construdo externa ou internamente carroceria, sempre devidamente protegido, a fim de no colocar em risco a integridade fsica das pessoas. Sua extremidade pode ser recurvada at o plano horizontal, podendo ser chanfrada verticalmente, para impedir a penetrao da gua. 10.6 Na tubulao em posio horizontal, o bocal deve estar sempre inclinado para baixo com ngulo de 15 a 25 em relao ao plano horizontal. 10.7 Os veculos devem apresentar nvel de rudo interno inferior a 85 dB(A) em qualquer regime de rotao. A medio deve ser conforme a ABNT NBR 9079, com o veculo parado, na condio de rotao mxima do motor, a 75 % dessa rotao e em condio de marcha lenta. 10.8 As temperaturas nas superfcies do compartimento dos passageiros e posto de comando no podem ser superiores a 45 C, medidas a uma distncia radial de 50 mm das superfcies, nos pontos mais crticos das seguintes regies: a) motor; b) sistema de exausto do motor; c) sistema de transmisso; d) piso; e) teto. 10.9 As medies devem ser realizadas nas seguintes condies: a) temperatura normal de funcionamento do motor, indicada pelo fabricante; b) temperatura ambiente interna estabilizada com a externa, em uma faixa entre 22 C e 26 C; c) umidade relativa do ar abaixo de 70 %; d) medies realizadas aps 1 h da temperatura de funcionamento do motor ter sido atingida; e) mnimo de cinco leituras em cada regio indicada, com intervalo de 3 min; f) veculo em regio no ensolarada.

10.10 No posto de trabalho do motorista, os veculos devem apresentar ndice de Bulbo mido Termmetro de Globo (IBUTG) inferior a 30,5 C, medidos conforme NR 15, em qualquer condio de trabalho.

11 Sistema de transmissoOs veculos dos tipos Articulado e Biarticulado devem estar equipados com transmisso automtica. Recomenda-se a incorporao desse sistema nos demais tipos de veculos.

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12 Sistema de freio12.1 Os veculos equipados com transmisso automtica devem estar equipados com o freio auxiliar. 12.2 Os veculos das classes Articulado e Biarticulado devem possuir no mnimo o sistema antiblocante de freio. 12.3 Devem ser atendidos os critrios definidos nas ABNT NBR 10966, ABNT NBR 10967, ABNT NBR 10968, ABNT NBR 10969 e ABNT NBR 10970 para o mtodo de ensaio e os requisitos mnimos para avaliao do sistema de freios dos veculos.

13 Sistema de articulao13.1 Para nibus dos tipos Articulado e Biarticulado, o sistema de articulao deve ser montado sobre a base do veculo, de forma a permitir a amplitude mnima de movimento entre o veculo principal e reboques de 45 para o ngulo horizontal e de 7 para o ngulo vertical. 13.2 Para impedimento ultrapassagem dos limites estabelecidos pelo fabricante, devem existir batentes que limitem o ngulo horizontal sem causar danos ao veculo e no mnimo, dispositivos de alarme tico e sonoro, alm de sistema de acionamento do freio nas rodas motrizes para operao em marcha r.

14 Comprimento total do veculo14.1 O comprimento total do veculo a distncia entre dois planos verticais perpendiculares ao plano longitudinal mdio do veculo e que tangenciam as linhas de pra-choque na dianteira e na traseira, e deve ser conforme a Tabela 1. 14.2 Quaisquer partes que se projetem da dianteira ou traseira do veculo (engate para reboque, batentes de pra-choque, tubulao do sistema de exausto do motor e respectiva proteo) no esto contidas entre estes dois planos.

15 Largura externa do veculo15.1 A largura externa mxima do veculo deve ser de 2 600 mm, sendo compreendida pela distncia entre dois planos paralelos ao plano longitudinal mdio do veculo e que tangenciam o veculo em ambos os lados deste plano. 15.2 Na determinao da largura esto includas todas as partes do veculo, inclusive qualquer projeo lateral (cubos das rodas, maanetas das portas, pra-choques, perfis, frisos laterais e aros de rodas), estando excludos os espelhos retrovisores externos, luzes de sinalizao, indicadores de presso dos pneus e pra-lamas flexveis.

16 Altura externa do veculo16.1 A altura externa mxima do veculo entre o plano de apoio e um plano horizontal tangente parte mais alta do veculo deve ser de 3 800 mm, considerando todas as partes fixas entre estes dois planos. 16.2 No caso de veculo de duplo piso, a altura mxima deve ser de 4 400 mm.

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17 Autorizao especfica para casos excepcionaisPara os veculos cujas dimenses excedam os limites previstos na Resoluo n 210/06 do CONTRAN, deve ser concedida autorizao especfica, fornecida pela autoridade com circunscrio sobre a via e considerando os limites dessa via, com validade de um ano, renovada at o sucateamento do veculo.

18 Altura mxima dos pra-choques18.1 O veculo deve ser equipado, em cada extremidade, com um pra-choque do tipo envolvente, com extremidades encurvadas ou anguladas. 18.2 A altura mxima dos pra-choques deve ser obtida entre o plano da face inferior, entre seu ponto central e o pavimento, estando o veculo com sua massa em ordem de marcha, conforme disposto na ABNT NBR ISO 1176. 18.3 A altura mxima dos pra-choques em relao ao solo de 650 mm.

19 Tolerncias em relao ao solo admitida tolerncia nas dimenses em relao ao solo de 10 % para Micronibus, Mininibus, Midinibus e nibus Bsico. Para os nibus Padron, Articulado e Biarticulado a tolerncia de 5 %.

20 ngulos de entrada e sadaOs ngulos () mnimos de entrada e sada (ver Figura 2) devem ser de 7, considerando o veculo com sua massa em ordem de marcha (ver ABNT NBR ISO 1176).

Figura 2 ngulos de entrada e sada

21 Raios de giroOs valores dos raios de giro dos nibus urbanos devem obedecer aos limites e condies de esteramento estabelecidos na Tabela 4. Estes valores so relativos a uma curva de 360 (2 rad) (ver Figura 3).

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Tabela 4 Valores e condies de esteramento para raio de giro Valores mm Manobrabilidade Micronibus, Mininibus, Midinibus Bsico, Padron, Articulado, Biarticulado 14 000 12 000 5 000 1 400 mximo mximo qualquera Mximo Condio de esteramento

Raio externo entre paredes (REEP) mximo Raio externo entre guias (REEG) mximo Raio interno entre guias (RIEG) mnimo Avano radial de traseira (ART) mximoa

12 500 11 500 1 500 1 000

Desde que o nibus esteja percorrendo um trajeto inscrito ao raio externo entre paredes (REEP) mximo.

Figura 3 Raios de giro

22 Altura internaA altura interna em qualquer ponto do corredor central de circulao de passageiros, medida verticalmente do piso do veculo ao revestimento interior do teto, desconsiderando-se para tanto os corrimos, deve atender Tabela 5.

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Tabela 5 Dimenses do corredor de circulao Dimenses em milmetros Classificao Micronibus Mininibus e Midionibus Demais veculos Altura livre mnima 1 800 1 900 2 000

23 Portas de servio23.1 Quantidade23.1.1 Nos veculos deve ser prevista pelo menos uma porta com acesso em nvel para o embarque e o desembarque, com ou sem auxlio de dispositivo para transposio de fronteira, de acordo com 6.1 da ABNT NBR 14022:2009. 23.1.2 Para a definio da quantidade mnima de portas em um veculo destinado ao transporte urbano de passageiros, devem ser considerados: a) a classificao do veculo; b) as caractersticas construtivas e estruturais do chassi e carroceria; c) a capacidade de transporte; d) o comprimento total; e) a aplicao operacional; f) as caractersticas tcnico-operacionais do sistema de transporte.

23.2 Dimenses23.2.1 Para acesso em nvel, o vo livre mnimo para passagem deve ter 950 mm na largura, sendo que a altura obtida a partir do patamar de embarque deve ser conforme Tabela 6. Tabela 6 Altura mnima obtida a partir do patamar de embarque Dimenses em milmetros Classificao Micronibus Mininibus e Midionibus Demais veculos 23.2.2 Altura mnima 1 700 1 800 1 900

As dimenses das demais portas de servio devem ser conforme a Tabela 7.

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Tabela 7 Vo livre mnimo das demais portas de servio Dimenses em milmetros Tipo de Veculo Micronibus, Mininibus e Midinibus nibus Bsico nibus Padron nibus Articulado nibus Biarticulado Altura mnimo 1900 1900 1900 1900 1900 Largura L mnimo 700 800 950 950 950

23.2.3 Para efeito de medio da largura til da porta, deve ser garantida uma altura entre 700 mm e 1 600 mm, relativa ao nvel do primeiro degrau, sendo que a dimenso pode ser reduzida em at 100 mm quando esta medio for feita ao nvel dos pega-mos (Figura 4).

Figura 4 Dimenses das portas

23.3 Caractersticas das portas de servio23.3.1 A abertura e o fechamento de todas as portas de servio devem ser executados por dispositivo pneumtico ou eletropneumtico, acionado pelo motorista a partir do seu posto de comando. 23.3.2 As portas de servio de uma folha com dobradias devem ter o seu ponto de articulao de modo a se fecharem no sentido inverso ao de marcha. 23.3.3 As portas devem abrir de forma que o seu lado interno fique voltado para a rea de acesso do veculo.

23.3.4 Os dispositivos de movimentao das portas no podem ser posicionados de forma a obstruir a passagem, nem colocar em risco a integridade fsica dos usurios, tanto no embarque como no desembarque. Havendo impedimento tcnico, pode haver salincia mxima de 15 mm, sem arestas. 23.3.5 A projeo mxima da porta para o exterior, durante o movimento de abrir e fechar, deve ser de 350 mm, em relao parte mais externa da carroceria, excluindo-se os frisos. Quando estiver totalmente aberta, a projeo mxima da porta, com exceo daquelas dotadas de dobradia, deve ser de 350 mm. Para os veculos com embarque e desembarque em nvel por meio de plataformas elevadas externas, os valores mximos devem ser de 400 mm.

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23.3.6 As portas de servio devem ter no mnimo a metade superior envidraada. A porta dianteira direita deve ter a metade inferior envidraada, de modo a permitir que o motorista tenha a maior visibilidade possvel quando executar a manobra de parada do veculo. 23.3.7 Todos os vidros utilizados devem ser de segurana, conforme disposto nas ABNT NBR 9491 e Resoluo CONTRAN 254/07.

23.4 Sistemas de segurana23.4.1 As portas devem contar com dispositivo que permita, em caso de emergncia, a abertura manual pelo interior do veculo. Tal dispositivo deve estar ao alcance dos passageiros, nas proximidades das portas de entrada e de sada ou, alternativamente, centralizado na porta dianteira direita, devidamente protegido para evitar o seu acionamento acidental. Os dispositivos de abertura de emergncia das portas devem ter uma legenda que permita sua identificao e mtodo de operao. 23.4.2 O veculo deve ter um sistema de segurana que no permita a abertura das portas do veculo quando em circulao. Entretanto o dispositivo pode permitir a abertura das portas em velocidades inferiores a 5 km/h, exclusivamente para procedimento de parada para embarque e desembarque de passageiros. 23.4.3 O sistema de bloqueio das portas deve liberar o movimento para partida do veculo, desde que as portas j tenham completado no mnimo metade do processo de fechamento ou at o giro de metade do permetro do pneu, com desativao da acelerao caso a porta permanea aberta. Deve haver um dispositivo que interprete a condio de porta fechada, no caso de veculos com duas folhas em cada vo de porta. 23.4.4 O veculo com portas de servio esquerda e direita deve estar provido de dispositivo de comando que somente permita a abertura das portas de um dos lados quando as do outro estiverem totalmente fechadas, com sinalizao visual no painel de controles do posto de comando. Em funo de condies operacionais, o dispositivo pode possuir funo que permita a abertura simultnea das portas, mediante comando do motorista. 23.4.5 Quando utilizada rvore de comando (varo), devem ser instalados protetores para evitar o contato direto com ela por parte dos passageiros. 23.4.6 Deve haver um dispositivo posicionado na parte dianteira externa do veculo, devidamente protegido, para abertura da porta dianteira.

23.5 Degraus das escadas (piso alto) e patamar de embarque (piso baixo)23.5.1 As dimenses a serem observadas na construo dos degraus das escadas devem ser conforme a Tabela 8, tendo como referncia para a medio os planos vertical e horizontal do piso de rolamento do veculo, conforme Figura 5, estando o veculo em ordem de marcha.

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Legenda: A altura em relao ao solo B altura do espelho do degrau C comprimento do piso do degrau

Figura 5 Degraus das escadas Tabela 8 Dimenses da escada de acesso (piso alto) e do patamar de embarque (piso baixo) nibus com suspenso metlica mm Dimenso Mnima Todos os veculos Aa B C Tolerncia admitida (%)a

nibus com suspenso mista ou pneumtica mm Mnima Todos os veculos 120 300 5 Mxima Padron 370 275 Demais veculos 381

Mxima Todos os veculos 450 300 10

b

120 270

Altura relativa ao primeiro degrau das escadas (quando existentes) e do patamar de embarque na rea rebaixada dos nibus de piso baixo. Desconsidera-se para o caso de veculos destinados ao embarque em plataformas elevadas externas.

b

23.5.2 A altura em relao ao solo (dimenso "A") nos nibus equipados com suspenso mista ou pneumtica pode ser alterada com a utilizao de sistema de movimentao vertical da suspenso, conforme 9.4 e 9.5. 23.5.3 Para veculos de piso baixo, deve-se considerar para altura do patamar de embarque apenas a dimenso "A" (ver Figura 5) e largura mnima til definida para escadas de acesso. As escadas de desembarque, quando existirem, devem atender as dimenses estabelecidas para os nibus do tipo Padron. 23.5.4 Os poos das escadas devem ser iluminados de acordo com o descrito em 42.1.5.

23.5.5 A largura mnima til de cada degrau, j subtrada a dimenso de espao para movimentao das folhas da porta, deve ser: a) 500 mm para porta simples; b) 930 mm para portas duplas.

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23.5.6 Os degraus das escadas devem possuir demarcao de seus limites na cor amarela (referncia Munsell 5Y 8/12 ou similar), com largura mnima de 10 mm, para visualizao superior e frontal. 23.5.7 A superfcie de piso dos degraus deve possuir caractersticas antiderrapantes, conforme 28.4.

24 Apoios para embarque e desembarque24.1 Os apoios para embarque devem ser na cor amarela (referncia Munsell 5Y 8/12 ou similar) e guarnecer a entrada e sada do veculo, instalados sempre no interior da carroceria, admitindo-se fix-los nas folhas das portas, desde que somente se projetem para o exterior quando estas estiverem abertas. 24.2 Adicionalmente podem ser instalados corrimos inferiores (tipo bengala) nos dois lados do poo dos degraus (quando existente), posicionado entre o piso interno e o patamar do degrau da escada. A Figura 6 indica modelo de meio de apoio.

Figura 6 Apoio adicional para embarque (bengala) 24.3 No caso de porta que contenha plataforma elevatria veicular instalada, o apoio adicional para embarque deve conter pega-mo conforme 36.2.2. 24.4 Nas portas com vo livre mnimo de 1 100 mm no destinadas ao acesso de pessoas com deficincia em cadeira de rodas, devem ser instalados divisores de fluxo junto regio central, acompanhando a inclinao do piso da escada, com altura do ponto de apoio entre 860 mm a 960 mm, em relao base do primeiro degrau (ver Figura 7) ou corrimo inferior do tipo bengala conforme 24.2.

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Figura 7 Corrimo para embarque e desembarque

25 Janelas laterais25.1 Todos os vidros utilizados em janelas devem ser de segurana, atendendo ao disposto na ABNT NBR 9491. 25.2 As janelas laterais podem ser construdas com vidros mveis, capazes de deslizar em caixilho prprio. 25.3 As janelas laterais podem tambm possuir uma de suas partes (inferior ou superior) com vidros fixos (bandeira), desde que no exceda 50 % da altura da janela. Janelas de acabamento, de complementao ou de necessidades estruturais podem ser totalmente fixas. 25.4 A abertura dos vidros mveis superiores deve ser equivalente a pelo menos 20 % da rea envidraada total da janela. Para os vidros mveis inferiores, a abertura horizontal deve ser limitada em 200 mm. 25.5 Nos veculos equipados com sistema de ar-condicionado, os vidros das janelas podem ser fixos ou inteirios. 25.6 As janelas devem ter suas larguras compreendidas entre 1 100 mm e 1 600 mm com altura mnima de 800 mm, exceto para janelas de acabamento e/ou complementao de necessidades estruturais. No caso de veculos classificados como Micronibus e Mininibus, esta altura poder ser de no mnimo 700 mm. 25.7 A altura do peitoril da janela, medida da parte inferior exposta do vidro da janela em relao ao piso interno, deve estar entre 700 mm e 1 000 mm, excetuando-se: a) as janelas localizadas no posto de comando; b) as janelas localizadas nas regies das caixas de rodas ou patamares elevados; c) as janelas situadas junto cobertura do motor traseiro. 25.8 Com exceo das reas envidraadas indispensveis dirigibilidade do veculo, os demais vidros podem ser escurecidos originalmente, sem a utilizao de pelculas especficas. 25.9 Admite-se quebra-vento na janela do motorista, desde que, quando aberto, no seja projetado mais do que 100 mm em relao lateral do veculo, no possua formato com arestas contundentes, no seja fabricado em material metlico e que, em caso de choques contra quaisquer obstculos, seja deslocado para a lateral do veculo ou se rompa sem deixar fragmentos.

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26 Sadas de emergncia26.1 Gerais26.1.1 As sadas de emergncia devem permitir uma rpida e segura desocupao totalidade de passageiros e aos operadores, em situaes de emergncia, abalroamento ou capotamento do veculo. 26.1.2 Cada sada de emergncia deve estar devidamente sinalizada e possuir instrues claras de como ser operada. 26.1.3 Os sistemas de acionamento devem ser operados de forma fcil e rpida.

26.1.4 A abertura da sada de emergncia pode permitir sua ativao, ainda que a estrutura do veculo tenha sofrido deformaes. 26.1.5 No caso de veculos articulados, cada unidade considerada um veculo independente para os efeitos de clculo e no se considera a passagem aberta entre uma unidade e outra como uma sada de emergncia. 26.1.6 Deve ser assegurada passagem livre desde o corredor at as sadas de emergncia, sem a presena de anteparos ou quaisquer obstculos que venham a dificultar a evacuao dos passageiros em situaes de emergncia. 26.1.7 Depois de acionadas, as sadas de emergncia no podem deixar a abertura resultante ocupada por componentes que obstruam a livre passagem por ela. 26.1.8 Recomenda-se que as sadas de emergncia possuam um sistema integrado carroceria, para evitar que aps o acionamento sejam projetadas para a via ou passeio pblico.

26.2 Portas de servio26.2.1 As portas de servio definidas na Seo 23 podem ser consideradas sadas de emergncia.

26.2.2 Demais portas, no caracterizadas como portas de servio, desde que tenham dispositivo de abertura interno, podem ser definidas como sada de emergncia.

26.3 Janelas de emergncia26.3.1 As janelas de emergncia no podem ser contguas e devem ter sua localizao distribuda ao longo do salo de passageiros, da maneira mais uniforme possvel. 26.3.2 Recomenda-se se que seja posicionada uma janela de emergncia prxima a cada porta de servio, para ser utilizada em caso de obstruo da referida porta. 26.3.3 As janelas de emergncia devem estar dotadas de mecanismos de abertura do tipo ejetvel, basculante, vidros destrutveis ou outro sistema que atenda s prescries de 26.1. 26.3.4 No mecanismo de abertura das janelas de emergncia no podem ser utilizados sistemas de rosca.

26.3.5 As janelas de emergncia devem ser identificadas com adesivos com dimenses conforme Figuras 8 e 9, visveis internamente ao veculo, com instrues claras de utilizao. Caso o adesivo indicado na Figura 9 contemple os idiomas espanhol e ingls, suas dimenses devem ser superiores s indicadas. 26.3.5.1 O adesivo indicado na Figura 8, quando aplicado diretamente na carroceria, deve ter fundo vermelho com os indicadores em branco e texto em preto e, quando aplicado diretamente no vidro, deve ter fundo transparente e indicadores e texto em branco.

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Dimenses em milmetros

Figura 8 Modelo de adesivo indicativo da sada de emergncia 26.3.5.2 O adesivo indicado na Figura 9 deve ter linhas e texto em branco e fundo transparente. Dimenses em milmetros

Figura 9 Modelo de adesivo de indicao do acionamento da janela de emergncia 26.3.6 As janelas de emergncia devem oferecer abertura de maneira que o permetro no seja inferior a 3 550 mm e que nenhum lado seja inferior a 690 mm. 26.3.7 No pode haver obstrues para acesso s janelas de emergncia e seus dispositivos de acionamento, tais como anteparos, divisrias, colunas ou qualquer outro elemento. 26.3.8 Quando forem utilizadas alavancas para aberturas da janela de emergncia, deve ser instalada uma alavanca em cada extremidade da janela de emergncia, que necessitem de esforo mximo de 300 N para seu acionamento.

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26.3.9 Os veculos equipados com sistema de ar-condicionado, cujas janelas possuam vidros fixos e inteirios, devem dispor de dispositivo de rompimento, nas quantidades indicadas na Tabela 9. Os dispositivos de rompimento devem estar localizados nas proximidades das janelas de emergncia, em locais visveis e de fcil acesso, ao alcance dos passageiros. Sua instalao deve ser solidria estrutura do veculo e no pode oferecer nenhuma dificuldade para sua utilizao, entretanto deve impedir seu acionamento acidental ou involuntrio no interior do veculo. Junto janela de emergncia de vidro destrutvel deve haver um adesivo instrutivo nela fixado, com instrues de como acessar e utilizar o dispositivo destrutvel, em caso de necessidade. As dimenses e texto padro devem ser conforme Figura 10. O adesivo, quando aplicado diretamente na carroceria, deve ter fundo branco, texto e linhas em preto e, quando aplicado diretamente no vidro, deve ter fundo transparente e indicadores e texto em branco. Tabela 9 Quantidade de dispositivos de destruio Tipo de veculo Micronibus Mininibus e Midinibus nibus Bsico nibus Padron nibus Articulado nibus Biarticulado Quantidade de dispositivos de destruio 3 4 6 7 9 10 Dimenses em milmetros

Figura 10 Modelo de adesivo para instrues de utilizao do dispositivo de destruio

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26.4 Escotilhas do teto26.4.1 Os veculos devem possuir escotilhas caracterizadas como sadas de emergncia e com seo til e no mnimo 600 mm x 600 mm. 26.4.2 As escotilhas devem ser identificadas como sada de emergncia por adesivo conforme Figura 8 e 26.3.5.1 e conter, em outro adesivo, instrues de uso elaboradas pelo fabricante. 26.4.3 As escotilhas devem estar posicionadas sobre o eixo longitudinal do veculo.

26.5 Quantidade de sadas de emergncia26.5.1 Para efeitos de clculo da quantidade mnima de sadas de emergncia, as portas de servio no so consideradas. 26.5.2 A quantidade mnima de sadas de emergncia deve estar em conformidade com a Tabela 10. Tabela 10 Quantidade mnima de sadas de emergncia Localizao Veculo Lateral oposta s portas de servio 2 2 3 3 4 5 Lateral adjacente s portas de servio 1 2 2 2 3 3

Teto

Micronibus Mininibus e Midinibus nibus Bsico nibus Padron nibus Articulado nibus Biarticulado

1 1 2 2 3 4

NOTA 1 Para veculos equipados com portas de servio em ambos os lados da carroceria, as duas laterais so consideradas adjacentes s portas de servio. NOTA 2 O nmero mnimo de sadas de emergncia pode ser alterado em funo da quantidade de portas.

27 Bancos dos passageiros27.1 Concepo27.1.1 O projeto dos bancos deve considerar as prescries do banco e sua ancoragem, definidas pela Resoluo n 811/96 do CONTRAN. 27.1.2 27.1.3 Os bancos devem possuir protetor de cabea. Os bancos podem ter o assento e o encosto estofados.

27.1.4 A parte traseira dos bancos deve ser totalmente fechada, inexistindo quaisquer arestas, bordas ou cantos vivos, alm de evitar-se que parafusos, rebites ou outras formas de fixao estejam salientes.

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27.1.5 O veculo deve possuir assentos preferenciais disponveis para uso das pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida, conforme 6.2 da ABNT NBR 14022:2009. 27.1.6 Os assentos preferenciais aos passageiros com deficincia ou mobilidade reduzida devem ser identificados e sinalizados conforme 7.3.2 da ABNT NBR 14022:2009. 27.1.7 Para possibilitar a identificao dos assentos preferenciais pelas pessoas com deficincia visual, a coluna ou balastre junto a cada assento deve apresentar superfcie sensvel ao tato, com textura diferenciada em relao aos demais pontos de apoio, conforme 7.3.2 da ABNT NBR 14022:2009. 27.1.8 Na rea reservada (box) s pessoas com deficincia em cadeira de rodas ou acomodao do co-guia que acompanha a pessoa com deficincia visual, deve existir no mnimo um banco, conforme 6.3.6 e 6.3.7 da ABNT NBR 14022:2009, com assento basculante de recolhimento automtico e com fixao que suporte carga mnima de 1 000 N por passageiro.

27.2 Dimenses gerais27.2.1 A altura do assento, em relao ao local de acomodao dos ps, deve estar compreendida entre 380 mm e 500 mm. Esta dimenso ser medida na linha mdia do referido assento, na sua parte frontal. Para assentos sobre caixas de rodas e compartimento do motor, pode-se adotar altura mnima de 350 mm. 27.2.2 A largura do assento deve ser medida tomando como base a metade da profundidade do assento, tendo como dimenses mnimas: a) 450 mm para os bancos individuais, sendo admitida a tolerncia de - 20 mm, desde que compensada esta diferena pelo afastamento do banco em relao parede lateral do veculo; b) 400 mm para o banco individual posicionado entre bancos duplos na ltima fileira de assentos; c) 860 mm para os bancos duplos e combinaes destes, e para o banco inteirio, preferencialmente destinado, quando for o caso, pessoa obesa; d) 800 mm para os bancos duplos e combinaes destes, e para o banco inteirio, preferencialmente destinado, quando for o caso, pessoa obesa, para o veculo classificado como Micronibus. 27.2.3 Para assentos triplos ou qudruplos, admite-se reduo na largura total de at 10 %.

27.2.4 A profundidade do assento deve estar compreendida entre 380 mm e 430 mm, tomada na horizontal a partir da interseo do assento com encosto ou seus prolongamentos. 27.2.5 A altura do encosto das costas, referida ao nvel do assento, desconsiderando-se o pega-mo, deve ser de no mnimo 450 mm, tomada na vertical a partir da interseo do assento com encosto. Para bancos com encosto alto, essa altura deve ser de no mnimo 650 mm, considerando a existncia do protetor de cabea, preferencialmente incorporado. Recomenda-se a utilizao de bancos com encosto alto. 27.2.6 27.2.7 O ngulo do assento com a horizontal deve estar compreendido entre 5 e 15 (ver Figura 11). O ngulo do encosto com a horizontal deve estar compreendido entre 105 e 115 (ver Figura 11).

27.2.8 A distncia medida entre a face frontal do assento de qualquer banco e a face oposta do encosto do banco posicionado sua frente deve ser de no mnimo 120 mm, para favorecer a sada do passageiro sentado junto janela (ver Figura 11). 27.2.9 A distncia livre entre a extremidade frontal de um assento e o espaldar ou anteparo que estiver sua frente, medida no plano horizontal, deve ser igual ou superior a 300 mm (ver Figura 11).

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a) banco de encosto alto

b) banco de encosto baixo Figura 11 Dimenses gerais dos bancos de passageiros 27.2.10 Para bancos sobre as caixas de roda posicionados costa a costa, a distncia mnima entre os encostos dos bancos montados frente a frente deve ser de 1 300 mm. 27.2.11 Todas as medies relacionadas a bancos devem ser realizadas ao longo da linha de centro do encosto/assento.

27.3 Posicionamento27.3.1 A disposio dos bancos deve ser estabelecida considerando-se as caractersticas da linha, o nvel de servio, a aplicao operacional, as dimenses da carroceria, a quantidade e localizao das portas e a posio do motor. 27.3.2 Os bancos dos passageiros devem ser montados no sentido de marcha do veculo, com exceo dos bancos situados sobre as caixas de rodas, os quais podem ser montados costa a costa, e dos bancos do tipo basculante aplicados na rea reservada (box) para cadeira de rodas e co-guia. 27.3.3 Todos os bancos devem ser posicionados de forma a no causar dificuldade de acesso e acomodao aos usurios, principalmente pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida. 27.3.4 Os bancos reservados ou preferenciais somente podem estar posicionados sobre caixas de rodas se a altura do assento em relao ao piso interno no for superior a 640 mm, com altura mxima do degrau de acesso ao banco conforme 33.1.

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27.3.5 Nos bancos posicionados sobre ou junto s caixas de rodas, deve ser implementada uma plataforma para apoio dos ps dos passageiros, recoberta com material de revestimento para a acomodao dos ps na posio horizontal. 27.3.6 Para preservar a integridade fsica dos passageiros, deve ser evitado vo livre em relao a anteparo ou banco posicionado frente da plataforma. Caso exista, este no pode ser superior a 50 mm.

27.4 Apoio de brao27.4.1 Os bancos citados em 27.4.4 devem ser providos de apoio lateral para o brao (lado do corredor de circulao), com comprimento mximo de 50 % da profundidade do assento para apoio do tipo fixo e de 90 % para apoio do tipo basculante. A largura do apoio deve ser de no mnimo 30 mm. 27.4.2 O posicionamento do apoio de brao no pode reduzir a largura do encosto de banco em mais de 20 mm.

27.4.3 O apoio deve estar recoberto com espuma moldada ou injetada, revestida com material ou fibra sinttica, ou ento com outro material resiliente sem revestimento, no possuindo extremidades contundentes. 27.4.4 Deve ser instalado o apoio de brao nos seguintes bancos:

a) bancos reservados ou preferenciais s pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida (duplo ou individual); b) bancos situados sobre as caixas de rodas (duplo ou individual); c) bancos localizados defronte aos costa a costa (duplo ou individual); d) bancos posicionados defronte a qualquer porta (duplo ou individual); e) banco individual em qualquer localizao do veculo. 27.4.5 Nos bancos reservados ou preferenciais, o apoio de brao deve ser do tipo basculante.

27.5 Encosto de cabeaO encosto de cabea deve ser recoberto com espuma moldada ou injetada, revestida com o mesmo material do banco, ou ento com outro material resiliente sem revestimento.

28 Piso interno28.1 Para os veculos de piso baixo, a altura mxima do piso deve considerar a regio da porta de acesso em nvel, sem qualquer barreira fsica, s pessoas com deficincia em cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida (ver Tabela 11). Tabela 11 Altura mxima do piso interno Dimenses em milmetros Tipo de Veculo Micronibus e Mininibus Midinibus e Bsico Padron, Articulado e Biarticulado Altura mxima do piso interno Piso alto 900 1 050 920 Piso rebaixado 400 370 370

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28.2 Admite-se tolerncia nas dimenses em relao ao solo na ordem de 10 % para Micronibus, Mininibus, Midinibus e nibus Bsico. Para os demais nibus (Padron, Articulado e Biarticulado), a tolerncia de 5 %. 28.3 Deve ser considerada a possibilidade de utilizao do sistema de movimentao vertical da suspenso para reduo da altura do veculo em relao ao solo, facilitando a transposio da fronteira e o acesso ao piso interno. 28.4 As superfcies de piso da(s) rea(s) reservada(s) para acomodao de cadeira de rodas ou co-guia, degraus internos, rea de embarque e desembarque, plataforma elevatria, rampas internas e de acesso ao veculo devem possuir caractersticas antiderrapantes, com coeficiente de atrito esttico mnimo de 0,38 verificado conforme Anexo A. Para as demais reas do veculo, o coeficiente de atrito esttico mnimo deve ser de 0,28. 28.5 Na utilizao de madeira, compensado naval ou equivalente como contrapiso, deve haver tratamento especfico para evitar apodrecimento, ao de fungos, entre outros. 28.6 Todas as partes estruturais abaixo do piso, incluindo a parte interna da saia da carroceria, quando construdas com materiais sujeitos corroso, devem receber tratamentos anticorrosivo e anti-rudo. 28.7 As tampas de inspeo eventualmente existentes no piso do veculo devem estar montadas e fixadas de modo a no poderem ser deslocadas ou abertas sem a utilizao de ferramentas ou chaves. 28.8 Os dispositivos para abertura das tampas de inspeo ou de acabamento (por exemplo: perfis, sinalizadores, entre outros) do piso no podem ultrapassar 6,5 mm do nvel do piso. Para o dispositivo de vedao e acabamento da mesa da rtula de articulao dos veculos articulado e biarticulado, a medio da elevao em relao ao piso deve ser realizada nas extremidades do dispositivo. 28.9 Os elementos para fixao do piso e seus acabamentos (parafusos, rebites, entre outros), em conjunto, no devem exceder a altura de 6,5 mm. 28.10 Na rea disponvel para passageiros em p (S1), os elementos para fixao dos pisos (parafusos, rebites, dentre outros) devem estar embutidos, sem salincia externa. Nas demais reas, a altura desses elementos no deve ultrapassar 5 mm, nem possuir cantos vivos. 28.11 No pode ser instalado qualquer acessrio ou equipamento sobre as tampas que venha a se constituir em dificuldade na realizao de inspeo ou manuteno nos agregados mecnicos.

29 Corredor de circulao29.1 A dimenso mnima do corredor central de circulao de passageiros, includos os acessos s portas de entrada e sada, deve ser igual largura livre mnima obtida 300 mm acima da linha do assento do banco, medida horizontalmente em qualquer ponto de seu percurso, entre as partes interiores mais salientes, conforme a Tabela 12 (ver Figura 12). 29.2 A largura efetiva obtida entre as faces laterais dos assentos no pode ser inferior aos valores da Tabela 12 (ver Figura 12).

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Tabela 12 Larguras mnimas do corredor de circulao Dimenses em milmetros Classificao Largura livre mnima obtida 300 mm acima da linha do assento 370 500 650 Largura efetiva obtida entre as faces laterais dos assentos 300 400 550

Micronibus Mininibus e Midionibus Demais veculos

Dimenses em milmetros

Figura 12 Largura do corredor de circulao 29.3 Para o livre acesso de pessoa com deficincia em cadeira de rodas rea reservada, pelo corredor de circulao e por entre caixas de rodas, a largura mnima entre as faces laterais dos bancos existentes sobre as caixas de rodas deve ser de 700 mm. 29.4 Caso existam desnveis no corredor central de circulao, estes devem permitir a circulao de passageiros por meio de rampa ou de at dois degraus, de acordo com a Seo 33. 29.5 Sempre que houver um degrau no corredor de circulao no sentido transversal da carroceria, deve haver advertncia visual ao passageiro. Este dispositivo de advertncia deve possuir iluminao prpria e conter a inscrio Cuidado Degrau, na cor vermelha sobre fundo branco.

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30 rea livre antes da catraca30.1 Para os veculos equipados com posto ou rea de cobrana, deve ser garantida uma rea livre para acomodao de passageiros em p, localizada antes da transposio da catraca, de no mnimo 1 m2. 30.2 Admite-se uma rea de 0,5 m2 quando a cobrana de tarifa for automatizada.

31 Rampa interna no corredor central de circulaoAdmite-se rampa com inclinao mxima de 8 % no sentido longitudinal do corredor de circulao prximo ao rodado traseiro.

32 Inclinao mxima do piso interno do veculoA inclinao permitida, tanto no piso quanto dos degraus internos, deve ser no mximo 5 %, tanto no sentido longitudinal quanto transversal.

33 Degraus internos33.1 Os degraus internos para acesso aos bancos de passageiros devem ter altura mxima e profundidade mnima de 250 mm. 33.2 Os degraus internos para transio entre regies internas do salo (desnveis) devem ter altura mxima de 275 mm, com profundidade mnima de 250 mm. 33.3 Caso o veculo possua bancos localizados na rea sobre o motor traseiro, a altura do(s) degrau(s) de acesso deve ser no mximo 330 mm. 33.4 No se considera degrau interno a transio entre um corredor rebaixado e a zona de lugares sentados. Contudo, caso a distncia na vertical entre a superfcie do corredor e o piso da zona de lugares sentados seja superior a 300 mm, deve ser implementado no mnimo um degrau no local. 33.5 Para adequao dos projetos veiculares, admite-se uma tolerncia de 5 % nas medidas verticais dos degraus.

34 Anteparos e painis divisrios34.1 O veculo deve estar provido de anteparos/painis divisrios na mesma tonalidade do revestimento interno, com dimenses de 800 mm + 50 mm de altura, folga de 60 mm a 80 mm em relao ao piso e largura mnima correspondente a 80 % da largura do banco. Estes anteparos devem estar posicionados: a) na frente de cada banco voltado para qualquer porta; b) na frente de cada banco posicionado em rea com desnvel acentuado ou degrau no piso; c) na frente da rea reservada para cadeira de rodas, exceto quando defronte a um banco de passageiros voltado para o sentido de marcha. Para favorecer o giro da cadeira de rodas, a folga em relao ao piso deve ser de 300 mm no mnimo; d) r do posto de comando, complementado na parte superior com vidro de segurana; e) no posto de cobrana, quando existente, que deve ser segregado por anteparos, complementados na parte superior com vidro de segurana.

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34.2 No so permitidos materiais que produzam farpas quando rompidos. Na utilizao de vidros deve ser atendida a ABNT NBR 9491.

35 Colunas, balastres, corrimos e apoios no salo de passageiros35.1 Deve existir uma quantidade suficiente de pontos de apoio entre a entrada e a sada do veculo, posicionados para permitir o deslocamento seguro dos usurios, em especial das pessoas com mobilidade reduzida e baixa estatura. 35.2 As colunas, balastres, corrimos e apoios devem ser construdos com seo transversal circular com dimetro externo compreendido entre 30 mm e 40 mm, resistindo a uma solicitao de 1 500 N aplicada no ponto eqidistante das extremidades de fixao e, no caso de corrimo superior, a uma solicitao de 400 N a cada 200 mm de comprimento. 35.3 Todos os pontos de apoio entre a entrada e a sada do veculo devem atender a 7.3.3 da ABNT NBR 14022:2009. 35.4 Deve ser instalado corrimo inferior junto ao posto de comando, com altura em relao ao piso de 900 mm + 100 mm (ver Figura 13).

Figura 13 Corrimo do posto de comando 35.5 Devem existir colunas ou balastres com espaamento longitudinal no superior a 2 000 mm, posicionados alternadamente do lado direito e esquerdo do corredor de circulao, garantindo ao usurio um ponto de apoio a cada 1 000 mm, aproximadamente. 35.6 Devem ser instalados corrimos superiores, em quantidade mnima de dois, paralelos e afastados, de modo que a projeo de cada um tenha uma variao mxima de 150 mm para a lateral do veculo, sobre a extremidade superior do encosto do banco de passageiros (individual ou duplo) do lado do corredor de circulao (ver Figura 14).

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Figura 14 Projeo do corrimo sobre a linha dos bancos 35.7 Os corrimos superiores devem apresentar altura mxima de 1 850 mm em relao ao piso, medida na parte inferior. Para os veculos de piso baixo, na situao de bancos sobre caixas de rodas, a relao de altura deve ser obtida a partir da regio de apoio dos ps. 35.8 Para os Micronibus, os corrimos superiores devem possuir uma altura compreendida entre 1 700 mm e 1 850 mm, medida do piso do veculo sua parte inferior, podendo ser de seo distinta das estabelecidas anteriormente, porm de mesma resistncia, desde que possua revestimento adequado na superfcie. 35.9 Para os veculos de piso baixo, devem ser instaladas alas mveis, deslizantes ou fixas no corrimo, posicionadas no mnimo junto s caixas de rodas, em quantidade mnima de duas unidades, proporcionando empunhadura entre 1 650 mm a 1750 mm em relao ao piso. 35.9.1 As alas devem ter resistncia mnima de trao de 5 000 N, sendo que o sistema de fechamento no pode conter arestas cortantes e parafusos aparentes, permitindo regulagem e facilidade de manuteno, sem necessidade de desmontagem de corrimos e colunas/balastres. 35.10 Devem ser instalados apoios de brao nos bancos especificados em 27.4.4. 35.11 Para situaes onde a distncia do banco em relao ao anteparo ou ao banco frontal for superior a 400 mm, deve ser instalado um apoio (pega-mo) fixado na parede lateral do veculo, confeccionado em material resiliente. 35.12 Na rea reservada deve existir um corrimo conforme 6.4.3 da ABNT NBR 14022:2009.

36 Dispositivo para transposio de fronteiraOs veculos acessveis devem estar equipados com dispositivo para transposio de fronteira para possibilitar a acessibilidade de pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida.

36.1 RampaOs veculos de piso baixo ou de piso alto com embarque/desembarque realizado por plataformas elevadas externas devem estar equipados com rampa(s) para acessibilidade de pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida. A(s) rampa(s) deve(m) atender s caractersticas tcnicas e construtivas definidas na ABNT NBR 15646 e aos seguintes requisitos mnimos de concepo e operao: a) largura livre mnima de 800 mm;

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b) c)

comprimento mximo da rampa de 1 800 mm, sendo at 900 mm a parte que se projetar para fora do veculo; o dispositivo de transposio de fronteira (rampa) pode ser formado por um ou mais planos. A inclinao mxima em operao de qualquer desses planos em relao ao plano horizontal, obtida a partir da linha de contato da rampa com a calada, deve ser conforme Tabela 13 e Figuras 15 e 16; os valores consideram uma altura de calada de 150 mm, o sistema de movimentao vertical da suspenso acionado e o atendimento de 5.1 da ABNT NBR 14022:2009; a rampa deve estar embutida no piso da rea de embarque ou abaixo da carroceria desde que esteja protegida contra choques e em compartimento fechado ou ainda alinhada porta de acesso sem exceder a largura do veculo; a superfcie de piso deve possuir caractersticas antiderrapantes, conforme 28.4. Tabela 13 Inclinao mxima da rampa Rampa r < 900 mm 900 mm < r 1800 mm Inclinao % 16,6 12,5 Inclinao 9,45 7,13