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Filiado a CUT, CNM e FEM Nº 845 2ª edição de setembro de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320 Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Mobilização Dia 29 tem Paralisação Nacional dos Metalúrgicos PÁG. 6 Inelegível Câmara cassa mandato de Eduardo Cunha PÁG. 3 Encontro Rock dos Metalúrgicos será no dia 25 PÁG. 8 #NenhumDireitoaMenos Os trabalhadores se mantêm na luta contra o retrocesso e a retirada de direitos sociais e trabalhistas, propostas orquestradas pela Fiesp/Ciesp e o governo Temer (PMDB). Na região de Sorocaba, as assembleias da Campanha Salarial 2016 dos metalúrgicos já mobilizaram 23 mil trabalhadores. Movimentos sindicais organizam paralisações para os próximos dias. Centrais preparam mobilizações para o dia 22 SMetal repudia proposta de aumento da jornada PÁG. 7 PÁGs. 4 a 7 PÁG. 6 Centrais Sindicais de todo o país estão organizando um Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias para a próxima quinta-feira, dia 22. Em São Paulo haverá ato na Paulista Diretoria dos Metalúrgicos de Sorocaba critica proposta de ampliação da jornada para 12h e afirma que a luta do movimento sindical é pela redução de jornada de trabalho sem redução de salários Foto: Lula Marques/ AGPT Metalúrgicos intensificam lutas em defesa do salário e direitos

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Filiado a CUT, CNM e FEM

Nº 845 2ª edição de setembro de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320

Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

MobilizaçãoDia 29 tem Paralisação Nacional dos Metalúrgicos

PÁG. 6

InelegívelCâmara cassa mandato de Eduardo Cunha

PÁG. 3

EncontroRock dos Metalúrgicosserá no dia 25

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#NenhumDireitoaMenos

Os trabalhadores se mantêm na luta contra o retrocesso e a retirada de direitos sociais e trabalhistas, propostas orquestradas pela Fiesp/Ciesp e o governo Temer (PMDB). Na região de Sorocaba, as assembleias da Campanha Salarial 2016 dos metalúrgicos já mobilizaram 23 mil trabalhadores.

Movimentos sindicais organizam paralisações para os próximos dias.

Centrais preparam mobilizações para o dia 22

SMetal repudia propostade aumento da jornada

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PÁGs. 4 a 7

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Centrais Sindicais de todo o país estão organizando um Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Categorias para a próxima quinta-feira, dia 22. Em São Paulo haverá atona Paulista

Diretoria dos Metalúrgicos de Sorocaba critica proposta de ampliação da jornada para 12h e afi rma que a luta do movimento sindical é pela redução de jornada de trabalho sem redução de salários

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Metalúrgicos intensifi cam lutasem defesa do salário e direitos

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Na quarta-feira, dia 14, a greve dos bancários completou 10 dias e continua por tempo indeterminado, visto que não houve avanço na ne-gociação.

Em Sorocaba, conforme infor-mação da assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários, a pa-ralisação conta com a participação de 70% das agências.

Nesta quinta-feira, às 14h, have-rá nova rodada de negociação com a Fenaban (Federação dos Bancos).

Os objetivos do movimento sindi-cal dos trabalhadores é o de con-seguir o reajuste da inflação mais aumento real.

A diretoria do SMetal concede todo apoio ao movimento grevis-ta que denuncia cobranças absur-das por metas, com assédio moral, mesmo durante a greve. A Fenaban recusa-se a colocar no acordo algo que seja eficaz contra essa pressão que adoece milhares de trabalhado-res todos os anos.

Página 2 Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

Nenhum direito se conquista sozinhoAs grandes conquistas derivam de constru-

ções coletivas. Não se muda um cenário seja ele político, econômico ou social sozinho. Como nas Diretas Já, que foi um movimento popular pela redemocratização do país, após a ditadura civil-militar (1964-1985).

Há outros exemplos históricos que demons-tram o quanto o poder popular pode contribuir para avançar nas lutas. Em Sorocaba, na déca-da de 40, haviam fábricas de tecelagem com 12h diárias, com gestantes, crianças trabalhan-do em péssimas condições. Com o apoio da sociedade organizada e com greves, os direitos começaram a ser conquistados.

A greve é um importante instrumento do trabalhador para a conquista de direitos. Quan-do não se tem abertura para uma negociação, quando simplesmente o setor patronal se nega a conceder um ambiente de trabalho, uma jor-nada e um salário dignos, a classe trabalhadora deve fazer o contraponto.

Há sempre demandas e interesses de gru-pos que ditam as alternativas e os desafios. É preciso fortalecer a união dos assalariados e se conscientizar do horizonte de entraves para que se possa elaborar um plano de ação e ca-

e históricas que surgem em diferentes épocas. Nós, dos Metalúrgicos de Sorocaba, não com-pactuamos com o avanço do conservadorismo e com a marcha-ré dos direitos.

Mais de 60 anos de trajetória e de lutas com mobilizações da categoria para tornar possível um projeto coletivo de vida digna, dentro e fora das fábricas. O mundo do trabalho precisa ser digno, tanto quanto nossas vidas social e familiar.

Por isso, participamos de inúmeras mani-festações pela democracia. Por isso, somos contra o golpe que colocou Temer (PMDB) e sua equipe aliada à Fiesp e outros grupos eli-tistas no poder.

E pela nossa categoria continuaremos nos mobilizando para impedir que seu salário con-gele, que sua jornada seja extenuante, que sua aposentadoria se perca e que você não tenha direito ao uso de um sistema básico de saú-de. Nossa luta é coletiva e precisamos seguir unidos!

A greve é um direito e um ato de consciên-cia de classe! Dia 29, deixaremos claro que a população deve ser respeitada e que não somos marionetes.

editorial

Contra pressão dos bancos trabalhadores continuam em greve

bancários

Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade

Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo Daniela Gaspari

Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)

Projeto Gráfico e Editoração: Cássio de Abreu Freire

Auxiliar de Redação: Gabrielli Duarte Vagner Santos

ComunicaçãoSMetal

Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,

redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa

Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br

Diretoria Executiva SMetal

Presidente: Ademilson Terto da Silva

Vice Presidente: Tiago Almeida do Nascimento

Secretário Geral: Leandro Cândido Soares

Administrativo e de Finanças: Alex Sandro Fogaça

Secretário de Organização: João de Moraes Farani

Diretor Executivo: Joel Américo de Oliveira

Diretor Executivo: Silvio Luiz Ferreira da Silva

Sede Sorocaba: Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Tel. (15) 3266-1888

Sede Araçariguama: Tel. (11) 4136-3840

Sede Piedade: Tel. (15) 3344-2362

Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares

minhar para o enfrentamento.Diante as medidas de Temer (PMDB) -

como as revisões de benefícios do INSS com a finalidade de cortes, prejudicando trabalha-dores lesionados e acidentados – e as ameaças de uma reforma trabalhista e uma reforma pre-videnciária, que visam aumentar os lucros dos empresários e explorar ainda mais a mão de obra do trabalhador, o que resta ao povo fazer?

As entidades de classe, como os sindicatos, são representantes dessas lutas emblemáticas

EDITAL

EXERCÍCIO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO À CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL DA DATA BASE - 2016

O SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂ-NICA E DE MATERIAL ELÉTRICO DE SOROCABA E REGIÃO, cuja base territorial abran-ge as cidades de SOROCABA, SÃO ROQUE, VOTORANTIM, PIEDADE, IPERÓ, PILAR DO SUL, SALTO DE PIRAPORA, ARAÇOIABA DA SERRA, ITAPETININGA, IBIÚNA, TAPIRAÍ, SARAPUÍ E ARAÇARIGUAMA, faz saber aos seus não associados que o presente virem ou dele tiverem conhecimento, que, para cumprimento do acordo realizado com a Procuradoria Regional do Trabalho, no Inquérito Civil nº 437/2008, o não associado que pretender exercer o seu di-reito de oposição ao pagamento da Contribuição Assistencial/Taxa Negocial, relativa à data base de 2016, terá que fazê-lo no período de 05 a 19 de setembro de 2016, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 20h00, na sede da entidade, na Rua Júlio Hanser, nº 140, Bairro Lageado, Sorocaba/SP.

Para isso, deverá fazê-lo obrigatoriamente, através de carta escrita em 02 (duas) vias idênticas, uma para ser entregue pessoalmente ao Sindicato e a outra para ser protocolada junto ao seu empregador.

Sorocaba, 01 de setembro de 2016.

ADEMILSON TERTO DA SILVADiretor-Presidente

Não somos marionetes e merecemos

respeito. A greve é um direito!

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Página 3Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

política

Eduardo Cunha é cassadoe fica inelegível até 2027

Negociações de PPR continuam;Flex e Seco Tools aprovam proposta

Com 450 votos favoráveis ao relatório aprovado na Comissão de Ética e 10 contra, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) foi cassado na última segunda- feira, dia 12. Com a decisão, o peemedebista ficará inelegível até 2027. O processo, mar-cado por manobras regimentais e que trami-tava há 11 meses, é o mais longo da história da Casa.

Em tom de ameaça, Cunha afirmou em sua defesa que a cassação abriria um peri-goso precedente. “Amanhã será com vocês”, disse. Ele prometeu ainda lançar um livro relatando todos os diálogos que teve durante o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

A cassação do mandato de Cunha se deu por ele ter mentido durante depoimento na Co-missão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pe-trobras sobre não ter contas secretas na Suíça.

Três vezes réu no Supremo Tribunal, Cunha renunciou à presidência da Câmara em julho deste ano. Desde a primeira citação na Operação Lava Jato, diversas provas e de-poimentos revelaram movimentações finan-ceiras criminosas. (veja no quadro).

ContráriosEntre os 10 deputados contrários à cassa-

ção de Cunha estão Paulinho da Força (SD) e Marco Feliciano (PSC), ambos de São Paulo. Nove deputados se abstiveram da votação.

Alguns crimesatribuídos a CunhaJaneiro/2015 – O ex-policial federal Jayme Alves admitiu ter realizado entregas de quantias de dinheiro ao deputado a mando do doleiro Alberto Youssef.

Julho/2015 – O empresário Júlio Camargo delatou que Cunha havia recebido 5 milhões de dólares de propinas para interferir no contrato de um navio-sonda com a Petrobras.

Setembro/2015 – Em depoimentos, o lobista do PMDB João Henriques afirmou ter enviado dinheiro à Suíça para Cunha por contrato da Petrobras para a aquisição de um campo de petróleo no Benin.

Outubro/2015 – O lobista Fernando Baiano confirmou a história de Júlio Camargo e confessou arrecadar recursos para o parlamentar.

Abril/2016 – Em delação, o proprietário da empresa Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco, apontou que repassou propina de R$ 52 milhões em 36 parcelas para Cunha em troca de favores na Caixa Econômica Federal.

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

No início de setembro, os trabalhadores das empresas Flex e Seco Tools, ambas de Soroca-ba, garantiram acordo de Programa de Parti-cipação nos Resultados (PPR). Somente neste ano, cerca de 67% da categoria já conquistou o benefício.

Na Flex, a assembleia de aprovação do PPR aconteceu no último dia 2. A primeira parcela será paga em 10 de outubro; a segunda, no final de abril de 2017.

Já na Seco Tools, a primeira parcela, que re-presenta 50% do total, será paga no próximo dia 30. A assembleia com os trabalhadores da em-presa aconteceu em 1º de setembro.

De acordo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Tiago Almeida do Nascimento, o Sindicato continua negociando com as demais empresas sobre o PPR. “Mesmo o pagamento do PPR não sendo obrigatório por lei, nós pedimos mobilização e apoio dos traba-

lhadores junto com Sindicato para conseguirmos negociar e garantir o benefício”, lembra.

Valor fixoEm assembleia na última sexta-feira, dia 9,

os trabalhadores da Metalac aprovaram a fixação de valor de PPR. Segundo o diretor executivo do SMetal, João Farani, os trabalhadores exigem que a metalúrgica inicie as negociações junto ao Sin-dicato e o CSE da empresa, com um valor fixo.

Aprovação: Na Flex, a assembleia aconteceu dia 2 de setembro Assembleia: Na Seco Tools, a proposta de PPR foi aprovada dia 1º

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Página 4 Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

mobilizações

Assembleias da Campanha Salarial mobilizam 23 mil metalúrgicos

Desde o início das mobilizações da Cam-panha Salarial, em julho deste ano, cerca de 23 mil metalúrgicos da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) participaram de assembleias realizadas pela entidade.

Os sindicatos filiados à FEM-CUT/SP tem se reunido com os trabalhadores nas portas das fá-

bricas para alertá-los sobre o ataque aos direitos trabalhistas que vem sendo arquitetado pelo se-tor patronal junto ao governo de Michel Temer.

“Não vamos sair das portas das fábricas até que os patrões entendam que não aceitaremos nenhum direito a menos, seja na Campanha Salarial ou no Congresso Nacional”, afirmou o secretário-geral do SMetal, Leandro Soares.

Somente no mês de setembro, data-base da categoria, as assembleias foram intensificadas e aconteceram em 21 empresas: JCB, Guzzy (Iperó), Flex, Seco Tools, Comap, Metalac, Prysmian (Boa Vista), Cascadura, Sibrol, Moto Peças, Forte Metal, Grupo ZF, Jonhson Con-trols, Zobor, Hurth Infer, Syl, Dana, Toyota, Schaeffler, Keiper e CNH Case.

Questões econômicas serãodestaque nas rodadas de negociações

As cláusulas econômicas da Campanha Sa-larial serão destaque nas próximas rodadas de negociações entre a Federação do Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo (FEM-CUT/SP) e os grupos patronais.

Na última sexta-feira, dia 9, foi divulgado o índice acumulado da inflação dos últimos 12 meses, que foi de 9,62%, e representa as per-das salariais das categorias com data-base em setembro.

Segundo Adilson Faustino (Carpinha), secre-tário-geral da FEM-CUT/SP e diretor do SMe-tal, uma das principais reivindicação da FEM na

Campanha deste ano é a reposição integral da inflação, mais aumento real.

Até o momento, apenas os Grupo 2 e Fundi-ção apresentaram propostas de reajuste de 4,5% e 4,81%, respectivamente. “Mas foram rejeitadas na mesma hora, pois chegam apenas à metade do índice acumulado no ano. Esse valor é uma afronta aos trabalhadores”, afirma Carpinha.

Um próximo encontro com o Grupo 2 está marcado para o dia 15. Na mesma data, haverá ainda rodadas com os Grupos 3 e 8. Já com a Fundição, no dia 21, o grupo deve apresentar nova proposta de reajuste. Secretário-geral da FEM, Adilson Faustino (Carpinha)

GRUPO ZF DANA

HURTH INFER SYL

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Página 5Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

mobilizações

Trabalhadores da Toyota se mobilizampor reajuste e mais direitos

Os trabalhadores da Toyota, em Sorocaba, participaram de assembleia na última segunda- feira, dia 12, para debater sobre a Campanha Sa-larial 2016. Desde 2009, as montadoras de ve-ículos negociam diretamente com os sindicatos das regiões onde estão instaladas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMe-tal), Ademilson Terto da Silva, a empresa já co-meçou a debater as cláusulas sociais e, com a divulgação da inflação acumulada dos últimos 12 meses, que foi de 9,62%, serão iniciadas as discussões sobre as cláusulas econômicas.

Durante a assembleia, a diretoria do SMetal enfatizou ainda o risco que o alinhamento do projeto político entre a indústria e o governo de Michel Termer (PMDB) pode trazer ao tra-balhador. “Na pauta da Fiesp/Ciesp e desse go-verno golpista está em destaque a precarização do trabalho. Por isso, estamos indo às fábricas e afirmando que não aceitamos o retrocesso e vamos continuar lutando por avanços”, assegura Terto.

A Toyota fabrica automóveis, tem cerca de dois mil trabalhadores e fica próxima ao Parque Tecnológico, na nova zona industrial. Presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva

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TOYOTA

MOTO PEÇAS

JCB

CNH CASE

JOHNSON CONTROLS

METALAC

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Página 6 Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

#NenhumDireitoaMenos

Centrais sindicais organizam Dia Nacional de Mobilização

Sindicatos filiados à CUT e outras centrais sindicais realizam na quinta-feira, dia 22, um Dia Nacional de Paralisação e Mobilização das Cate-gorias contra a retirada dos direitos e retrocessos impostos pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB). Em São Paulo haverá ato na Avenida Paulista, a partir das 16h, com concentração no Masp.

As entidades cutistas se organizam rumo à gre-ve geral, conforme explica o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo. “É momento de para-lisar as atividades, nos bancos, nas fábricas, nas repartições públicas. Não vamos aceitar nenhuma retirada de direitos”, garante.

Segundo o coordenador da subsede regional da CUT e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Ademilson Terto da Silva, a manifestação é da classe trabalhadora e deve unificar todas as centrais sindicais. “Vamos nos unir e mostrar para esse governo golpista que nunca deixaremos de lutar pelas conquistas histó-ricas da classe trabalhadora”.

“Os ministros de Temer já defenderam jornada de 12 horas diárias, apoiam a terceirização sem limites, além da idade mínima de 65 anos para se aposentar. Apenas os trabalhadores estão sen-do lesados com essas propostas e isso não vamos deixar”, assegura.

Dia 29 tem paralisação dos metalúrgicos em todo o país

Manifestações pedem‘Fora Temer’ e ‘Diretas Já’

No próximo dia 29 de setembro será o Dia Nacional de Paralisação dos Me-talúrgicos em defe-sa dos direitos tra-balhistas e contra as reformas do gover-no de Michel Te-mer.

A data foi defini-da em reunião entre representantes de entidades sindicais da categoria, reali-zada no último dia 8, em São Paulo (foto). Os detalhes da pa-ralisação dos meta-lúrgicos ainda estão sendo definidos.

“A união e mobilização de to-dos os trabalhadores da categoria será imprescindível para barrar essas propostas que prejudicam a vida do trabalhador, cria desem-prego, acaba com direitos e gera arrocho dos salários”, explica o secretário de juventude da Con-

As manifestações “Fora Temer” se intensificaram depois que o gol-pe à democracia foi efetivado e a presidenta eleita Dilma Rousseff foi afastada do cargo. Os protestos, que vem ocorrendo desde o início do mês setembro, pedem ainda no-vas eleições presidenciais.

Em São Paulo, o último ato aconteceu no domingo, dia 11, na Avenida Paulista, e o “Diretas Já” ecoava nas vozes dos 100 mil participantes. As ameaças às con-quistas sociais anunciadas pelo go-

verno de Michel Temer também é criticada.

Neste domingo, dia 18, as en-tidades que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, promovem um novo ato na Ave-nida Paulista, a partir das 14h, em frente ao Masp.

Segundo o coordenador nacio-nal do Movimento dos Trabalha-dores Sem Teto (MTST), Guilher-me Boulos, “o povo permanecerá nas ruas até a democracia voltar a ser respeitada”.

PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA

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• Em defesa dos salários, direitos e empregos• Não à Reforma da Previdência Social• Contra o ajuste fiscal que consta na PEC 241 e PLP 257

• Contra as privatizações e precarização• Contra a entrega do pré-sal• Contra o PLC 30 das terceirizações sem limite

federação Nacional dos Metalúr-gicos da CUT (CNM/CUT) e di-retor executivo do SMetal, Silvio Ferreira.

Acesse o portal do SMetal www.smetal.org.br e confira a nota oficial de convocação do Dia Nacional de Paralisação.

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Página 7Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

reforma trabalhista

SMetal critica anúnciode aumento de jornada

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Re-gião (SMetal) critica duramente as medidas do governo golpista de Michel Temer (PMDB) que cau-sam prejuízos diretos ao bolso e à vida do trabalhador.

Como o anúncio recente do Mi-nistro do Trabalho, Ronaldo No-gueira, que pretende aumentar a jornada de trabalho para 12 horas.

“Esses ataques aos direitos como ampliar a terceirização e aumentar a jornada de trabalho estão na contra-mão das conquistas do movimento sindical. Nossa luta é por redução de jornada sem redução de salário”, ressalta o secretário-geral do SMe-tal, Leandro Soares.

Para ele, neste momento de cri-se e de desemprego, em vez de se aumentar a jornada deveriam redu-zi-la. Soares lembra que, conforme

estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com a redução da jornada a indústria geraria mais de dois milhões de empregos.

Saiba maisA formalização da jornada de

12 horas é a vontade expressa da equipe de Temer, anunciada em reunião com alguns sindicalistas no dia 8 de setembro.

Após diversas críticas dos mo-vimentos sociais e sindicais, no dia 13, em evento de comemora-ção aos 50 anos do FGTS, o mes-mo ministro negou o aumento de jornada e disse que as 44h sema-nais não serão alteradas. Isso vai na contramão da luta sindical pela redução de jornada, sem redução de salários.

No texto da reforma trabalhis-

Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Unicamp

Diretoria dos Metalúrgicos deixa claro que a luta do movimento sindical é pelaredução de jornada de trabalho sem redução de salários

Equipe de Temer quer enviar projetopara o Congresso ainda este mês

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A equipe de Temer pretende acabar com a Previdência Social e o projeto está a caminho do Congresso Nacional, antes ainda das eleições municipais.

Os aliados de Temer (PMDB) devem se unir para a aprovação de propostas mais rígidas para aposentadoria e corte de benefí-cios até o final deste ano.

Segundo declarações do mi-nistro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira, a decisão de en-

viar tão logo o projeto é irrever-sível.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, o professor do Instituto de Economia e pesquisador do Cen-tro de Estudos Sindicais e Eco-nomia do Trabalho da Unicamp, Eduardo Fagnani, destacou que o projeto de reforma da previdên-cia “é perverso, injusto e cheio de distorções”.

“Querem que todo mundo se aposente com mais de 65 anos

de idade, com mais de 35 anos de contribuição, o que não exis-te em nenhum lugar do mundo. Não dá para ter o mesmo padrão de países feito a Dinamarca, onde as condições de vida são muito melhores para toda a população, que vive em média 8 anos a mais que os brasileiros. No Brasil, a maioria da população começa a trabalhar cedo, sem estudo, para ajudar a família, em empregos de baixa qualidade”, afirmou.

Para especialista, o projeto é “injusto e cheio de distorções”

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ta, que deve ser encaminhada em breve ao Congresso, também está a criação de dois novos modelos de contrato. Além do contrato que vigora de jornada, querem criar

um modelo que inclui horas traba-lhadas e produtividade. Isso deve aumentar ainda mais a pressão em cima do trabalhador e a precariza-ção do trabalho.

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Na contramão: Para Leandro, em momento de crise, em vez de aumentar a jornada deveriam reduzi-la

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Página 8 Folha Metalúrgica - Setembro de 2016 - Ed. 845

ARAÇARIGUAMA

SMetal aciona justiça para garantir rescisão dos trabalhadores da Keiper

Rock dos Metalúrgicosacontece no Parque das Águas

SMetal sorteia mais dez ingressos para jogo do São Bento x CSA

SEMIFINAL

Após perder para o time alagoa-no CSA por 2 a 0, o São Bento preci-sa vencer o jogo de volta por 3 gols de diferença para garantir vaga na fi-nal da Série D do Campeonato Bra-sileiro. A partida decisiva será neste domingo, dia 18, às 16h, no Estádio Walter Ribeiro (CIC), em Sorocaba.

Com o intuito de apoiar o time sorocabano, o Sindicato dos Me-talúrgicos de Sorocaba e Região

(SMetal) está sorteando novamen-te dez ingressos – um por pessoa – para a partida da semifinal.

Para concorrer, o interessa-do deve curtir e compartilhar (no modo público) a postagem sobre a promoção no Facebook (www.facebook.com/smetalsorocaba) até às 16h desta quinta-feira, dia 15. O resultado será divulgado na mesma data, às 18h.

A empresa Cavelagni/Keiper, de Araçariguama, que produz ban-cos para a Volkswagen, demitiu entre quinta-feira, dia 1, e sexta--feira, 2, 180 trabalhadores com contrato por prazo indeterminado e mais 80 trabalhadores com con-tratos de experiência.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) ingres-sou, via departamento jurídico, com ação na justiça para o bloqueio do va-lor que a Volkswagen deve à Keiper.

De acordo com o advogado do SMetal, Márcio Mendes, a intenção é que esse valor seja revertido para

encontro de bandas

A 11ª edição do Encontro de Bandas Rock dos Metalúrgicos está confirmada para dia 25 de setembro, domingo, a partir das 14h, no Parque das Águas, no Jardim Abaeté. O even-to é gratuito e aberto ao público em geral.

O encontro é realizado anualmente pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) para incentivar e dar visibi-lidade a bandas locais com integrantes meta-lúrgicos.

No total, serão oito bandas que se apresen-tarão no palco montado pelo SMetal. Cada uma terá 40 minutos de show. Dessas, somen-te a Let´s Girls, banda convidada composta apenas por mulheres, que não tem integrante da categoria.

Na edição deste ano, o encerramento será feito pela banda Travelin´ Band (Creedence Clearwater Cover), a partir das 20h50. O en-cerramento está previsto às 22h. A organiza-ção do evento é do coletivo Juventude Meta-lúrgica.

Edição anteriorNo ano passado, o Rock dos Metalúrgicos

teve a sua edição comemorativa de 10 anos e reuniu mais de 10 mil pessoas no Parque das Águas. O fechamento do Rock ficou por conta da banda Detonautas Roque Clube.

Bandas e horários dos shows14h - Mochileiros do Tibet

14h50 - Let´s Girls

15h40 - Katáros

16h30 - Bob Hoover

17h20 - Efeito iMoral

18h10 - Downed

19h - Bando dos Loucos Sociais

19h50 – Cotidiano

20h50 - Travelin´Band (Creedence Cover)

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Decisiva: A próxima partida contra o CSA será neste domingo, dia 18, às 16h, no CIC

o pagamento das verbas rescisórias dos demitidos pela empresa de Ara-çariguama.

A Keiper está funcionando com aproximadamente 50 funcionários e já requereu sua recuperação judicial perante a Justiça Estadual. Ela alega que não tem dinheiro para fazer o pagamentos dos trabalhadores e in-formou que a decisão da Volkswa-gen em romper com o contrato de fornecimento de peças ocasionou, no total, o desemprego de 724 tra-balhadores em fábricas de Mauá, Araçariguama, São Paulo e Ribei-rão Pires.

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