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hays.com.br SETOR FINANCEIRO RETOMADA DE CRESCIMENTO Newsletter Accountancy & Finance, Banking, Insurance e Taxation #28 | Agosto 2013 BRASIL

Newsletter Accountancy & Finance | Banking | Insurance | Taxation #28

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Setor financeiro: retomada de crescimento.

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setor financeiroretomada de crescimentonewsletter accountancy & finance, Banking, insurance e taxation #28 | agosto 2013

BrasiL

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a equipe

Lucas peschke

natasha patel

fernando Galante

raphael falcão

eduardo abreu

rodrigo soares

felipe Laufer

thiago sebben

Gerente da expertise Hays Accountancy & Finance em São Paulo

Gerente das expertises Hays Banking e Insurance em São Paulo

Diretor de Operaçõesno Rio de Janeiro

Gerente da expertise Hays Accountancy & Finance no Rio de Janeiro

Diretor de Operações em Campinas e Curitiba

Gerente da expertise Hays Accountancy & Finance em Curitiba

Head of Office em Curitiba

Diretor de Operações em São Paulo

A HAYS Recruiting experts worldwide lançou mais uma edição semestral do Hays Journal. A publicação oferece aos seus leitores maté-rias voltadas à atualidade, tendências e percepções sobre temas que exercem impacto no mundo do trabalho. Confira!

O mercado brasileiro de profissões voltadas para o setor financeiro teve um bom ano em 2012, apesar da recente cri-se internacional que foi um fator determinante para muitas tomadas de decisões. As áreas de contabilidade e finanças, bancos, impostos e seguros conseguiram se adaptar ao novo cenário. Desta forma, 2013 começou com a abertura de oportunidades e com o surgimento e consolidação de posi-ções recém-implantadas no país como gerentes de auditoria para seguradoras, gerentes de planejamento tributário e profissionais para a área de controladoria e planejamento financeiro, por exemplo.

“Para o segundo semestre de 2013, as previsões são de que o Brasil mantenha o crescimento. A retomada mundial pós-crise de 2008 é cada vez mais forte e a perspectiva é que haja a volta do desenvolvimento das multinacionais. Esse fa-tor deve ampliar o foco nas áreas financeiras das empresas”, avalia Lucas Peschke, diretor da HAYS em São Paulo.

A Newsletter HAYS que agrupa as expertises de Accoun-tancy & Finance, Banking, Insurance e Taxation traz esse pa-norama e destaca algumas carreiras e processos que serão tendência nos próximos anos. Confira abaixo os principais assuntos.

Bem vindo!

02 | Agosto 2013 | #28 | Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation

05 mapa de oportunidadesVagas aquecidas no País

06 BancosGeração Y requer novidades das empresas

08 iposCompanhias se estruturam para nova rodada de abertura de ações

09 BrasiLComo melhorar o sistema tributário no País

10 entrevistaConheça Delbson Garcia, CFO da Hanesbrands Brasil Têxtil

setor financeiro

retomada de crescimento

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insurance

O setor de seguros teve em 2012 seu melhor ano, com faturamento 21,3% maior que em 2011, segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Um dos principais fatores que contribuiu para isso foi a expansão da classe C. “As grandes obras de infraestrutura e os investimentos do setor privado no cres-cimento da produção também elevaram a demanda por todo tipo de serviço, de segu-ro-saúde a movimentações com riscos com-plexos. Apesar disso, os profissionais desse setor não tiveram ganhos reais nos salários” aponta Lucas Peschke, diretor da HAYS em São Paulo.

Em 2013, as tendências apontam oportuni-dades para cargos em resseguros, devido à gradual abertura do setor para empresas estrangeiras e na área de microsseguros, vis-to como grande fator de inclusão social e ex-celente fonte de lucros para as seguradoras.Esta edição da Newsletter aponta, ainda, que profissionais com perfis mais especializados, como os que atuam com riscos complexos, são bem valorizados deste mercado.

Banking

Com o tímido crescimento do PIB brasileiro, o mercado financeiro teve que se adaptar a um novo cenário, com novas condições de rentabilidade, taxas de juros mais baixas e cautela na contratação de profissionais.

O setor bancário prevê um aumento na pro-cura por novos negócios e formas alterna-tivas de relacionamento com o consumidor, além de acentuar o foco na área comercial. Para isso, empresas e especialistas terão que prestar mais atenção nas inovações tecno-lógicas, nas tendências publicitárias e nos anseios e gostos dos clientes. Isso demanda traçar novas estratégias.

accountancy & finance

Duramente afetado pela crise mundial de 2008, o setor de Contabilidade e Finanças ainda não vive seu melhor momento. Ape-sar disso, em algumas áreas (petróleo e gás, infraestrutura e agronegócios, por exemplo) muitas movimentações aconteceram, o que ocasionou aumento na demanda por talen-tos, bem como na remuneração de profissio-nais.

Nos próximos anos, o cenário brasileiro de C&F deve crescer ainda mais, principalmen-te devido aos grandes eventos esportivos e ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assim, a demanda das empresas por profissionais qualificados e dos especialistas por pacotes interessantes de remuneração e boas ofertas deverá se manter em várias regiões e atividades. Esse assunto é aborda-do nesta Newsletter, que também traz dados que ressaltam o bom momento do setor como a retomada da abertura de IPOs no Brasil.

taxation

O Brasil tem nos impostos um de seus princi-pais entraves, principalmente porque possui a carga tributária mais elevada dos BRICs e muito acima da média da América Latina. Por esse motivo, profissionais de Taxation com visão estratégica e com mentalidade voltada à redução de custos são fundamen-tais para qualquer empresa. Essa visão é bem detalhada nesta Newsletter.

Outra percepção em pauta mostra que o segmento ainda mantém diferenças de sa-lário entre as regiões brasileiras, apesar de identificar movimentos para equilibrar essa demanda. “As remunerações mais substan-ciosas ainda estão no Sudeste, embora em casos pontuais seja possível observar bons patamares no Sul, Norte, Nordeste e Centro- Oeste”, afirma Lucas Peschke, diretor da HAYS em São Paulo.

A Newsletter Hays Accountancy & Finance + Banking + Insurance + Taxation traz ainda, material sobre como evitar e combater frau-des corporativas e entrevista pingue-pongue com Delbson Garcia, CFO da Hanesbrands Brasil Têxtil, falando sobre sua carreira e so-bre o mercado financeiro.

Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation | #28 | Agosto 2013 | 03

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Um dos maiores problemas enfrentados por grande parte das empresas são as fraudes corporativas. Somente no mercado brasileiro, os indicadores deste tipo de crime contra bancos e financeiras subiram 21% na comparação do primeiro trimestre de 2013 com o mesmo perío-do do último ano. Foram feitas 97.907 ocorrên-cias em 2012 contra 106.514 este ano, segundo o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude.

Apesar desse número alarmante, somente 44% das companhias priorizam a prevenção de fraude interna. Como resultado, o custo médio da violação de dados foi de 194 dólares por registro perdido ou roubado, segundo o estudo produzido pelas empresas Attachmate/ Pone-mon. “Sendo uma parte fundamental do contro-le de gastos e lucros das companhias, o setor de auditoria deveria receber muitos investimentos e ser reforçado com a atuação de profissionais qualificados. Cenário diferente do atual, mas que aos poucos está mudando”, explica Na-tasha Patel, gerente da área de expertise Hays Accountancy & Finance em São Paulo.

Os profissionais que pensam em entrar nesse setor encontrarão um cenário bem promissor para iniciar a carreira, tanto em empresas que procuram um técnico para trabalhar interna-mente, quanto pessoas para atuarem em gran-des auditorias, que prestam serviço para as companhias. “É um trabalho parecido com o do FBI, com muita investigação, apuração e pesqui-sa, além de ser um pouco solitário, pois o profis-sional deverá se aprofundar em todas as ações das companhias além de fazer questionamentos

que podem ser considerados ‘constrangedores’ para alguns funcionários”, relata Natasha.

Entre outras atribuições, o profissional da área faz a prevenção e a resposta a casos de fraude (punições, investigações, denúncias), due dili-gences, concorrência desleal, proteção da pro-priedade intelectual, perícia contábil, controles de negócio, computação forense, ou seja, tudo o que envolve atividades ilegais que possam causar multas ou processos para as empresas, seja nas operações, nas finanças ou nos siste-mas de informação – como, por exemplo, os movimentos de dados confidenciais ou a forma-ção de ambientes não competitivos.

Para tratar de tudo isso, as empresas procuram geralmente profissionais formados em Econo-mia ou Engenharia e com as características de ter passado por um bom número de empresas, com conhecimento de negócios, certa indepen-dência e afastamento das atribuições principais da empresa e com perfil questionador. “Além disso, saber outros idiomas é fundamental, principalmente o inglês e o espanhol, já que as multinacionais geralmente só colocam um profissional da área para atuar em toda América Latina”, afirma a gerente da HAYS.

Outros diferenciais para se destacar nesse mer-cado são os cursos de C-TPAT - formação de auditoria, prevenção de perdas, investigação de fraudes, gestão de risco, política e procedimen-tos de melhores práticas auditórias, Sarbanes Oxley e práticas de trabalho.

o mercado para traBaLhar em fraudes corporativas

04 | Agosto 2013 | #28 | Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation

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Fonte: HAYS Recruiting experts worldwide

reGião suL•Especialista Tributário•Coordenador de Tesouraria•Área de Custos e Orçamentos

rio de Janeiro•Gerente de Novos Negócios•Gerente de Controle de Planta•Coordenador Tributário

são pauLo•Controller (Brasil /LatAm)•Gerente de Planejamento Financeiro•Especialista de Planejamento Financeiro•Gerente Administrativo-Financeiro

mapa de oportunidadesEm cada região do Brasil existem diferentes tipos de oportunidades, como podemos conferir no mapa:

norte e nordeste•Gerente Administrativo-Financeiro

Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation | #28 | Agosto 2013 | 05

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Newsletter Oil & Gas | #26 | Julho 2013 | 6

Aplicativos para celulares, novos modelos publi-citários, maneiras diferenciadas de contato com clientes, personalização dos serviços, patrocí-nios a clubes e eventos esportivos, entre muitas outras coisas. Atualmente, o setor bancário vive um grande momento de inovações nos serviços prestados globalmente. Com isso, as formas como o dinheiro e o relacionamento com os acionistas estão sendo geridas sofrem grandes modificações.

“Há um esforço mundial das redes bancárias para acompanhar tendências e demandas tecnológicas, sociais e dos próprios clientes”, explica Fernando Galante, gerente da área de expertise Hays Banking. Para ele, o setor é extremamente competitivo, por isso, as formas utilizadas para passar as mensagens-chaves das empresas sofrem mudanças e ‘adequações de linguagem’ para atrair novos clientes.

No Brasil, o cenário não é muito diferente, mas devido à dinâmica atual, o mercado sofre uma competição muito maior. “Após as últimas fusões e aquisições, sobraram somente quatro grandes players privados no setor bancário. Com isso, o segmento ficou mais enxuto e acir-rado na busca e retenção de clientes. Isso afeta diretamente a imagem da empresa e a contrata-ção de novos profissionais”, analisa Galante.

Nos bancos que atuam no país, também há uma grande diversidade de novas mensagens sen-do comunicadas. Entre elas, e voltadas para as novas gerações, estão a facilidade de integração com as tecnologias mais modernas (aplicativos para celulares) e a busca da aproximação dos gostos do cliente. “A inovação tecnológica faz

com que o os bancos reavaliem como captu-rar e melhorar o atendimento na sua base de clientes, realizando pesquisas para determinar o perfil demográfico por sexo, idade e grandes eventos na vida desses clientes, personalizando o atendimento”, analisa o gerente da área de expertise Hays Banking.

Para isso, as empresas procuram novos tipos de profissionais, que trabalhem bem com as propostas de valor da empresa, prezem por um bom ambiente corporativo, saibam surpreender com ideias interessantes e se adequem a dife-rentes perspectivas e ambientes. “Outra grande característica procurada pelas empresas é a boa comunicação, tanto interna quanto externa. Internamente, o profissional bem articulado tem acesso às informações com mais facilidade e rapidez. Já externamente, o colaborador é cada vez mais a imagem da própria empresa, devido às redes sociais. Com isso, bom senso e cuidado também são pedidos”, esclarece Galante.

Outra grande tendência atual e que vem atrain-do profissionais é o foco nos clientes de alta renda. Com cada vez mais opções de investi-mento nos segmentos voltados para esse pú-blico, o mercado de contratação exige algumas qualificações como cursos, CPA 10 ou 20 da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e o PQO (Programa de Qualificação Operacional) ofere-cido pela Bovespa. Além disso, para a maioria das vagas, é necessário ter inglês fluente, pois algumas das principais empresas do setor são multinacionais. Fluência no espanhol também é diferencial, pois geralmente o Brasil é sede principal de operações na América Latina.

novidades no setor Bancário conquistam a Geração Y

06 | Agosto 2013 | #28 | Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation

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Regulamentado no Brasil em dezembro de 2011, os microsseguros são a grande tendência para seguradoras e bancos. Vários produtos já come-çaram a ser lançados pelas grandes companhias do setor e isso tem atraído muitos profissio-nais e investimentos. Essa nova modalidade de seguro visa conservar a situação econômi-ca, pessoal ou familiar da população de baixa renda em troca de pagamentos proporcionais à probabilidade e ao custo do risco envolvido.

Atualmente, no mercado mundial existem duas disposições principais sobre o microsseguro. Uma é focada no aumento da proteção social para a população de baixa renda como método de redução da desigualdade social. Na outra frente, estão as empresas, que ao oferecer esse serviço à população de baixa renda, atraem um novo segmento de mercado, rentável para o seguro comercial. “Um negócio não exclui a possibilidade de atuação no outro segmento. É possível fazer uma investida comercial aliada às ações de responsabilidade social”, afirma Lucas Peschke, diretor da HAYS em São Paulo.

O mercado brasileiro, além dos dois focos principais, também tem apresentado uma forte tendência na popularização desse tipo de seguro, pois ainda possui uma parcela razo-ável da população que não está resguardada financeiramente. “O Brasil reúne os indicadores fundamentais para uma acelerada expansão do microsseguro. O país tem dois pontos essen-ciais para uma boa atuação, o grande mercado formado pela população de baixa renda e os canais de distribuição variados”, explica Pes-chke.

No país, entre as grandes empresas que come-çam a investir no setor estão players estatais como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. “Como é um mercado bem recente, as grandes empresas privadas estão somente no projeto de implantação dos planos de micros-seguros. À medida que os programas forem acatados pela população, as companhias parti-culares virão com força”, projeta Peschke.

Por este motivo, o mercado para profissionais está em franco crescimento, as empresas estão se estruturando e montando equipes comple-tas, desde os perfis mais básicos, até os altos cargos. “As companhias buscam profissionais com vontade de trabalhar, dinâmicos, que se atualizem constantemente e que tenham um bom nível de inglês, pois muitas das novas le-gislações e das companhias são multinacionais”, completa o diretor da HAYS em São Paulo.

microsseGuros

Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation | #28 | Agosto 2013 | 07

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Os anos de 2006 e 2007 foram promissores para as Ofertas Públicas Iniciais (IPO), vindas de empre-sas B2C e B2B. Contudo, depois da crise de 2008, as companhias passaram a adiar a abertura de ca-pital devido à insegurança dos mercados econômi-cos internacionais. Agora, cinco anos após a crise que afetou toda a economia global, as companhias estão se reestruturando para novamente colocar parte de suas ações no mercado. “IPO é um pro-cesso lento, que, antes de ser posto em prática, requer anos de estudo das finanças da empresa, para finalmente avaliá-la a apresentá-la ao merca-do de ações”, comenta Felipe Laufer, gerente da HAYS em Curitiba.

Para realizar um IPO é necessário contratar um profissional experiente, que conheça a estrutu-ra da empresa e implemente fortes sistemas de prevenção contra fraudes. De acordo com o mer-cado, a preferência em geral é por brasileiros, que entendem melhor a situação econômica do país. “Geralmente são especialistas indicados por ban-cos e que possuem bastante experiência na área”, completa Laufer.

Mesmo não sendo o melhor momento para a aber-tura de capitais no mercado de ações, empresas brasileiras como Linx e Via Varejo já começaram a fazer oferta de IPOs. Por outro lado, compa-nhias como Banco do Brasil e Votorantim estão se preparando para uma nova abertura de capitais no próximo ano, de acordo com matérias publicadas

recentemente nos principais veículos do país. O banco espanhol Santander já anunciou que preten-de retomar o lançamento da oferta pública inicial de ações de sua unidade britânica em 2014. “Este é o ano em que as empresas estão se preparan-do para voltar com tudo no mercado. O plano é começar o IPO a partir de 2014/2015. Poucas estão seguras o suficiente para a abertura de capitais já em 2013”, afirma Laufer.

Transações de IPO realizadas e previstas em 2013, segundo notas dos principais jornais:

•Nosegundosemestre,aSiemenspre-tende lançar na bolsa de valores sua empresa de iluminação Osram;

•BBSeguridades–UnidadedeSegurosdoBanco do Brasil até o final de 2013;

•Smiles,programademilhagemdaGolLi-nhas Aéreas Inteligentes, que pretende lanças suas ações no mercado no segundo semestre deste ano;

•SeniorSolutionsem2012jáentroucomações no Bovespa Mais, segmento de negociação da BM&F Bovespa criado para estimular pequenas e médias empresas;

•ALinxfoiaprimeiraempresabrasileiraque investiu no IPO, em fevereiro de 2013.

ipos

08 | Agosto 2013 | #28 | Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation

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Em setembro de 2012, a jornalista Samantha Pearson do renomado Financial Times declarou que o sistema tributário brasileiro “cada vez mais se parece com as populares telenovelas do país”. Processos tributários “enrolados”, “cô-micos” e “incrivelmente difíceis de seguir”, de acordo com a repórter, já começam a inquietar, também, os brasileiros. Apesar do desconten-tamento com as elevadas taxas de impostos, as mais altas do mundo, o setor tributário oferece muitas oportunidades para profissionais qualifi-cados.

Para atuar nesse mercado, os profissionais precisam estar altamente capacitados para lidar com a alta complexidade de impostos verificada no Brasil. Apesar dos esforços do governo, para melhorar os serviços, outros setores da socieda-de podem colaborar para que os processos de tributos fluam melhor. “A melhora parte muito

da empresa também, com ela reconhecendo a importância da área e trazendo bons profissio-nais para o setor, além de ter um bom progra-ma para retenção de talentos”, afirma Rodrigo Soares, diretor da HAYS em Campinas.

As empresas costumam dividir o setor tributário em duas áreas: apuração e registro. Para ocupar vagas nesses setores, contadores e advogados continuam sendo os profissionais mais procu-rados, principalmente para atuar com planeja-mento. Para o especialista da HAYS, a melhora no sistema de tributos brasileiro ainda depende dos profissionais que, em sua maioria, continu-am com algumas falhas. “Geralmente os advo-gados têm um bom desempenho nas empresas, mas ainda precisam aprender a agregar valor. Esta área continua exigindo profissionais versá-teis que conheçam mais do que leis”, completa Soares.

como meLhorar o sistema triButário BrasiLeiro

Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation | #28 | Agosto 2013 | 09

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entrevistadeLBson Garcia

haYs: Quais os principais desafios do setor finan-ceiro?

delbson Garcia: No ambiente de negócios cada vez mais complexo que temos atualmente, acredi-to que um desafio é redirecionar a área Financeira rapidamente. Assim, ela ficará alinhada o máximo possível ao planejamento estratégico da empresa. Outro desafio consiste em atuar como parceiro estratégico de negócios, ou seja, como consultor interno para as demais áreas da empresa. Essa parceria tende a viabilizar o crescimento susten-tável e a gerar valores para a empresa no longo prazo.

haYs: Quais as principais características compor-tamentais que um profissional do setor deve ter?

delbson Garcia: Deve ser acima de tudo um líder, capaz de formar e comandar equipes multifuncio-nais. Além disso, necessita ter uma forte capacida-de analítica e estar apto a simular diferentes cená-rios, visando antever possíveis riscos aos negócios. Apresentar uma grande capacidade de lidar com profissionais de todos os níveis hierárquicos e es-tar bastante envolvido nas operações da empresa também são características essenciais.

haYs: Quais são os principais problemas que po-dem ser enfrentados no setor?

delbson Garcia: A enorme volatilidade da econo-mia global, as alterações regulatórias constantes, o ambiente mundial de negócios cada vez mais com-

plexo, a dificuldade em identificar e reter talentos e a quantidade de dados a serem trabalhados, que é cada vez maior. Todos esses fatores são incertos, lembrando que estão inseridos em um ambiente de constante pressão por redução de custos nas áreas de suporte.

haYs: Como está o mercado de contratações para o segmento?

delbson Garcia: O mercado parece estar carente de profissionais experientes. A contratação e a retenção de talentos são cada vez mais difíceis. Na última década, o perfil do profissional de finanças mudou de “controlador” para “treinador”, descen-tralizando o conhecimento financeiro e munindo as demais áreas da empresa de ferramentas para a tomada de decisões, sempre com mais embasa-mento financeiro. No entanto, há pouca ou quase nenhuma disponibilidade de profissionais com esse perfil no mercado de finanças.

haYs: Quais os diferenciais necessários para um profissional se destacar no setor?

delbson Garcia: Um dos diferenciais é a capaci-dade de alinhar a área Financeira com a estratégia de negócios da empresa. Outros valores essenciais são ter ampla visão e entendimento de governança corporativa, ter sólidos conhecimentos de negó-cios e do mercado, além de aptidão para influen-ciar as decisões da empresa.

haYs: Quais foram as maiores mudanças no mer-

Delbson Garcia, diretor Financeiro da Hanesbrands Brasil Têxtil avalia o mercado brasileiro. Bacharel em Administração de empresas pela UNIFIEO e com MBA em Finanças pela FIA – USP, Garcia começou na área como auditor na Arthur Andersen. Em 1993, se transferiu para a Coca-Cola onde atuou como geren-te de Operações e Distribuição. Atuou também como controller na Sara Lee Brasil e em 1999 foi para a Ha-nesbrands. Nesta edição da Newsletter HAYS, Garcia conta um pouco de suas experiências, sua visão de mercado e quais foram as principais mudanças da área desde que iniciou sua carreira.

10 | Agosto 2013 | #28 | Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation

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cado desde que você começou?

delbson Garcia: O mercado mudou completamen-te quando comparado ao início da década de 1980. Além da grande mudança tecnológica na área de Finanças, aconteceram mudanças regulatórias e o fortalecimento do conceito de governança corpo-rativa. O setor deixou de ser uma “caixa preta” e tudo é feito com mais transparência. O risco nas operações, sem dúvidas, é muito maior nos dias de hoje.

haYs: Quais as expectativas para o mercado financeiro nos próximos anos?

delbson Garcia: Especialmente no Brasil, com o amadurecimento e a profissionalização das empre-sas nacionais, a demanda por bons profissionais de finanças deverá crescer significativamente. Comparado com países desenvolvidos, o mercado mobiliário brasileiro tem muito a ser desenvolvido. Acredito num futuro muito promissor para a área de finanças.

haYs: Como é feita a prevenção de fraudes finan-ceiras na sua empresa?

delbson Garcia: O sistema de aprovação de pedi-

dos e ordens de compra, bem como todos os pa-gamentos são efetuados de forma eletrônica, com múltiplas aprovações. Existe um sistema de gestão que integra todas as áreas da empresa. Além disso, contamos com um plano de governança corporati-va implementado há vários anos, com recorrentes treinamentos sobre métodos globais de negócios, envolvendo ética, boas práticas, profissionalismo, transparência, entre outros fatores.

haYs: Como você vê a integração da tecnologia no mercado financeiro?

delbson Garcia: A integração com a tecnologia é mais que fundamental, é mandatória para atingir os objetivos da área de finanças. Apenas com a aplicação maciça da tecnologia é possível mitigar grande parte dos riscos inerentes ao negócio. A tecnologia é fundamental para reunir e processar dados com rapidez, de forma acurada, para produ-zir informações confiáveis e em tempo hábil, além de permitir que se avaliem diferentes cenários com mais velocidade. Enfim, não vejo como não ter uma total integração da área de finanças com a tecnologia.

Newsletter A&F | Banking | Insurance | Taxation | #28 | Agosto 2013 | 11

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