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INSPETOR MECÂNICO / MÓDULO 1 INSPETOR INSTRUMENTISTA / MÓDULO 1 Capacitação do Profissional da Manutenção Parceria COSIPA / SENAI - SP Escola SENAI “Hessel Horácio Cherkassky” Praça da Bíblia, 01 CEP: 11.510-300 – Centro – Cubatão – SP Tele-Fax: (13) 3361-6633

Noções de Inspeção Elétrica Básica Para Mecânicos e Instrumentistas

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Noções de Inspeção Elétrica Básica Para Mecânicos e Instrumentista

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NOES DE INSPEO ELTRICA

INSPETOR MECNICO / MDULO 1

INSPETOR INSTRUMENTISTA / MDULO 1

NDICE

Pgina:

1. O que manuteno.

02

2. Noes bsicas de eletricidade.

093. Norma de condies seguras em eletricidade (NR 10).254. Proteo contra acidentes em eletricidade (NR 13).335. Caractersticas dos componentes eltricos.

41

5.1 Motores eltricos.

42

5.2 Mquinas de corrente contnua.

48

5.3 Transformadores de potncia.

50

5.4 Disjuntores.

58

5.5 Cargas lineares.

60

5.6 Cargas no lineares.

60

5.7 Sistemas de controle.

65

6. Pontos eltricos de inspeo.

667.Bibliografia.

731 O QUE MANUTENO?

Definio semntica (dicionrio): Conjunto das operaes que permitem manter (ou restabelecer) uma mquina em (ou at) um estado determinado, ou restituir- lhe caractersticas de funcionamento especifico (de projeto).

Definio prtica: Entende-se por manuteno industrial toda a estrutura organizacional (humana e material), bem como aes e recursos (disponveis e dispensados), voltadados para manter a confiabilidade operacional de todo equipamento envolvido no processo produtivo.

Definio organizacional: Manuteno o conjunto de procedimentos, interfaces, conceitos, diretrizes, polticas e objetivos que, coordenados entre si, norteiam o funcionamento dos diversos rgos de manuteno sempre com o apoio de um sistema informatizado.

Onde:

Procedimento: O que se adota como base ou medida para realizao ou avaliao de algo.

Interface: So as fronteiras entre os diversos rgos, que esto envolvidos no assunto manuteno.

Conceito: Formulao de uma idia ou atividade por meio de palavras.

Diretrizes: Conjunto de instrues para se tratar e levar a termo um plano.

Poltica: Conjunto de objetivos que informam determinado plano de ao, condicionando sua execuo.

Objetivos: Fim (alvo) a ser atingido.

A manuteno desempenha papel primordial para atender as exigncias de qualidade do mercado.

Alguns objetivos da manuteno:

(Maximizar a disponibilidade do equipamento.

(Ter domnio tcnico sobre os equipamentos.

(Manter um padro de manuteno e segurana.

(Manter a qualidade de atendimento com o menor custo possvel.

Conceitos Bsicos

Alguns conceitos gerais pertinentes relacionados rea de manuteno so definidos a seguir, porm, algumas empresas utilizam conceitos diferentes conforme anexo 1:

Inspetor Profissional competente, habilitado e designado para verificar, observar, examinar e atestar a conformidade de um item, atividade ou servio com os requisitos de qualidade preestabelecida.

Inspeo em Servios Inspeo realizada durante a fase de operao de uma instalao, de maneira sistematizada, a fim de assegurar que os itens continuem a atender as especificaes pertinentes.

Defeito So ocorrncias nos equipamentos que no impedem seu funcionamento, mais diminuem o rendimento e podem acarretar indisponibilidade a curto ou longo prazo.

Falha So ocorrncias nos equipamentos que causam a indisponibilidade, ou seja, a quebra do equipamento.

Manuteno So todas as aes necessrias para que um equipamento, mquina ou componente seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condio especfica.

Manuteno Corretiva a execuo de servios no programados causados por defeitos ou falhas onde se exige uma ao de restaurao imediata.

Manuteno Preventiva a execuo de servios programados baseados principalmente em informaes do fabricante de modo a manter o equipamento em funcionamento normal evitando falhas e intervenes imprevistas.

Manuteno Preditiva um aperfeioamento da manuteno preventiva, onde se busca o momento timo (ponto preditivo) de manuteno do equipamento baseados principalmente em um real conhecimento das condies deste atravs de anlise estatstica e de sintomas.

Anlise Estatstica Tcnica utilizada para buscar o trmino da vida til do equipamento por meio do acompanhamento da taxa de falhas.

Anlise de Sintomas Estudo de informaes pertinentes coletados do equipamento em seu funcionamento de um diagnstico e ao corretiva.

Terotecnologia o estudo objetivando determinar com segurana a vida economicamente til dos equipamentos, incluindo a confiabilidade, desempenho, durabilidade, conservao, instalao e at previses sobre possveis modificaes.

Manuteno Autnoma ou Espontnea So servios com caractersticas quase sempre simples, repetitivas e no especializadas passveis de serem realizadas pelos operadores do equipamento.

Manuteno Produtiva Total (Total Productive Maintenance TPM) Mtodo de manuteno que tem como princpio o envolvimento de todos os empregados envolvidos no processo produtivo no compromisso de maximizao do rendimento operacional. A sustentao deste sistema basea-se em cinco pilares: eficincia, auto-reparo, planejamento, treinamento e ciclo de vida.

Confiabilidade a probabilidade de bom funcionamento. Atravs de indicadores estatsticos a produo pode saber quanto pode contar ou confiar no bom desempenho de um equipamento ou instalao.

Manutenibilidade a probabilidade de durao dos servios de manuteno. Atravs de um indicador estatstico a produo pode saber quanto tempo o equipamento ficar parado quando quebrar.

Disponibilidade a probabilidade de assegurar a execuo de um plano de produo.

Prioridade a qualidade do que est em primeiro lugar ou daquilo que deve ser atendido preferencialmente. A escala de prioridade expressa em:

Emergencial;

Urgente;

Necessria;

Rotineira;

Prorrogvel.

Inspeo Atividade executada por meio de verificao, observao, exame, medio ou teste que determina a conformidade de um item, atividade ou servio com os requisitos de qualidade preestabelecidos, seja de estado ou de funcionamento.

Dentro de algumas definies utilizadas, podemos dividir a ao de inspeo em:

Inspeo primria

Inspeo secundria.

Na Inspeo Primria, ou tambm referenciada simplesmente como inspeo externa, temos o momento principal de avaliao do equipamento, malha de controle ou processo. Nesta fase o profissional seguir um plano de inspeo sistemtico, cuja elaborao deve estar fundamentada em estudos baseados em duas principais fontes de dados para a determinao de periodicidade:

Especificaes do fabricante (manuais, esquemas de ligao, projetos, etc...);

Histrico do equipamento ou situao (planos de inspees anteriores, manutenes corretivas e preventivas, ocorrncias em equipamentos ou processos similares);

O plano de inspeo na fase primria deve conter basicamente os seguinte itens em sua sistemtica:

(Identificao do equipamento;

(Descrio do equipamento e processo;

(Periodicidade;

(Identificao dos pontos de inspeo;

(Mtodo de inspeo;

(Valores e/ou configurao padro do equipamento(s)

(Critrio de concluso

Mais que a simples verificao de condies do equipamento, a inspeo o primeiro passo para uma srie de aes dentro do processo de manuteno, pois alm do estudo na diagnose e soluo de problemas, o responsvel pelo processo tambm atuar nas situaes de anlise de riscos e tendncias, controle e solicitaes de materiais de reposio, pedido de ordem de servio, e at mesmo a execuo da manuteno.

Podemos dividir em trs grandes grupos de aes para a elaborao de um plano de inspeo:

B.1- Formas de Manuteno

FORMASCARACTERSTICAS

CORRETIVAPALIATIVAAo de tirar um equipamento do estado de pane, recolocando-o em estado de funcionamento.

Os reparos so executados aps a falha

CURATIVAReparo de carter definitivo, devolvendo o equipamento s condies normais de performance.

PREVENTIVAEVENTUALReparo programado a partir de uma inspeo. No cclico, portanto no pode ser executado com regularidade. base para formar memria de informaes que permitam conhecer a lei de degradao do equipamento.

1- efetuada com a inteno de reduzir a probabilidade de falha.SISTEMTICAReparo executado segundo planos estabelecidos, tendo como base o tempo ou o nmero de unidades de uso.

Tipos de reparo sistemtico:

- Absoluto : sem inspees entre as intervenes programadas.

- Supervisionado : com inspees peridicas programadas,objetivando otimizar o tempo mdio de bom funcionamento.

2- A Interveno :

- Prevista

- Planejada

- Preparada

- Programada

antes da data provvel de acontecimento de falhaDE CONDIO OU PREDITIVAA deciso de interveno tomada no momento em em que h evidncias experimentais de defeito iminente ou quando h a aproximao de um patamar de degradao pr-determinado.

Formas de manuteno preventiva de condio :

- Forma estrita : sensores so fixados permanentemente mquina e ligados a um canal de telemedida, permitindo disparar alarme, parar automaticamente o funcionamento ou registrar continuamente os parmetros medidos.

- Forma larga : superviso peridica, seguindo lei de degradao do equipamento.

- Forma integrada : testemunha de alarme embutida (sem superviso)

- Forma particular : sensores de rudos e vibraes ligados externamente mquinas rotativas.

MELHORIAConsiste em alterar as caractersticas originais de um equipamento ou um sub-conjunto, de modo a aumentar sua segurana, sua confiabilidade, sua disponibilidade, sua capacidade de produo e qualidade, etc...

ESPECIALREFORMASo reparos, reconstrues e substituies parciais destinados a recolocar os itens do ativo em condies normais de uso e operao, sem contudo, alterar as caractersticas originais do equipamento. Esses reparos ocorrem em intervalos de tempo mais longos que as paradas programadas e neles ocorrem trocas de partes vitais dos equipamentos.

2 NOES BSICAS DE ELETRICIDADE

2.1-Corrente Eltrica.

o movimento quase que ordenado de cargas eltricas em um sentido predominante.

Corrente eltrica inica=Corrente de ons ( nions e ctions).

Corrente eltrica eletrnica=Corrente da nuvem de eltrons.

Figura 1:

Corrente eletrnica.

Eltron.

( (Condutor.Fluxo de eltrons.

Figura 2:

Corrente convencional.

Lacuna.

( (Condutor.Fluxo de lacunas.

2.2-Intensidade Mdia da Corrente Eltrica.

a quantidade de cargas elementares que passam pela seo transversal de um condutor em um intervalo de tempo.

A corrente eltrica representada pela letra " I ".

A unidade de medida :

(Ampre ( A ).

Frmula 2.1: I = U . ROnde:

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A );

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

R=Resistncia em Ohms, (().

Frmula 2.2: I = P . UOnde:

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A );

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

U=Diferena de potencial em Volts, ( V ).

Frmula 2.3: I = (P .

(ROnde:

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A );

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

R=Resistncia em Ohms, (().

Frmula 2.4: I = (Q . (tOnde:

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A );

(Q=Variao de carga em Coulombs, ( C );

(t=Intervalo de tempo em segundos, ( s ).

1 A=1 C / s

Observando o grfico da corrente ( A ) em funo do tempo ( s ), e hachurando o espao logo abaixo da reta que indica a variao de corrente, obtemos uma figura geomtrica com a rea indicando aproximadamente o valor de (Q, em Coulombs.

I (A).

2,5

1,5

20 70 t (s).Q=1,5+2,5((70-20).

2

Q=100C.

Grficos I ( t.

Os sentidos de deslocamento da corrente eltrica so:

(Sentido convencional ( A corrente que flui a das lacunas (falta de eltrons), no sentido positivo para negativo.

(Sentido eletrnico ( A corrente que flui a dos eltrons, no sentido negativo para positivo.

2.3-Circuito Eltrico.

o caminho fechado por onde circula a corrente eltrica, quando energizado.

2.4-Lei das Correntes Derivadas.

A corrente total em uma malha ( circuito paralelo ) do circuito eltrico igual a soma das correntes parciais.

2.5-1a Lei de Kirchoff.

A soma das correntes que saem de um ponto de conexo para vrios condutores igual a soma das correntes que entram no ponto.

2.6-Diferena de Potencial.

a diferena entre o acmulo de cargas nos plos de um gerador.

representada pela letra " U " ou pela sigla " d.d.p.. ".

A unidade de medida :

- Volt ( V ).

Diferena de potencial eltrico=Tenso eltrica.Potencial eltrico=acmulo de cargas eltricas positivas ou negativas, com fora capaz de executar um trabalho eltrico.

Frmula 2.5: U = R ( I.Onde:

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

R=Resistncia em Ohms, (();

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A ).

Frmula 2.6: U = P . IOnde:

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A ).

Frmula 2.7: U = (P ( (R.Onde:

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

R=Resistncia em Ohms, (().

2.7-Lei de Ohm.

A tenso eltrica diretamente proporcional ao valor da resistncia eltrica da carga e a corrente que passa pela mesma.

2.8-2a Lei de Kirchoff.

O valor da tenso total igual a soma das quedas de tenses parciais do circuito eltrico srie.

A soma dos produtos das intensidades de correntes pelas resistncias, considerando como positivas as que provocam um aumento de potencial e negativas as que provocam uma queda de potencial igual a soma das tenses aplicadas.

tambm conhecida como uma das leis de Kirchoff a seguinte afirmao:

A corrente produzida pela ao de uma tenso em qualquer condutor de um circuito misto independente das aes de outras tenses.

2.9-Teorema da Superposio.

A corrente produzida por vrias tenses em um condutor igual a soma parcial de cada corrente fornecida por cada tenso independentemente, considerando as demais fontes curto - circuitadas.

2.10-Teorema da Reciprocidade.

Em qualquer circuito pode- se alternar a posio da fonte de alimentao com um condutor de corrente que o valor de corrente no condutor transportado continuar sendo o mesmo.

2.11-Teorema da Compensao.

Em qualquer circuito formado por resistores pode- se substituir qualquer resistor por uma fonte de alimentao numericamente igual a queda de tenso na resistncia com polaridade contrria corrente circulante, sem que haja alterao na distribuio das correntes.

2.12-Teorema de Thvenin.

Qualquer circuito de rede complexa pode ser substitudo por um circuito Thvenin equivalente simples para determinao da corrente circulante.

O circuito equivalente formado por um gerador de tenso constante Thvenin, cuja tenso Uth, atuando em srie com uma resistncia interna Rth determina na carga uma corrente de igual valor corrente que se quer achar.

Mtodo de simplificao:

(a ) Valor da tenso Uth.

Retire o resistor no qual se quer determinar o valor da corrente e calcule o valor da tenso em seus terminais.

(b ) Valor da resistncia Rth.

Com o resistor no qual se quer determinar o valor da corrente fora curto-circuite a fonte de alimentao e calcule o valor da resistncia equivalente medida nos terminais do resistor retirado.

(c ) Valor da corrente desconhecida.

Aplique a lei de Ohm conforme desenho.

Rth Uth Resistor de carga

Corrente desconhecidaCircuito de Thvenin.

2.13-Teorema de Norton.

Qualquer circuito de rede complexa pode ser substitudo por um circuito Norton equivalente simples para determinao da corrente circulante.

O circuito equivalente formado por um gerador de corrente constante Norton, cuja corrente In, atuando em paralelo com uma resistncia interna Rn determina na carga uma corrente de igual valor corrente que se quer achar.

Mtodo de simplificao:

(a ) Valor da corrente In.

Curto-circuite o resistor no qual se quer determinar o valor da corrente e calcule o valor da corrente em seus terminais.

(b ) Valor da resistncia Rn.

Com o resistor no qual se quer determinar o valor da corrente fora curto-circuite a fonte de alimentao e calcule o valor da resistncia equivalente medida nos terminais do resistor retirado.

(c ) Valor da corrente desconhecida.

Aplique a seguinte frmula conforme desenho.

Frmula 2.8: I = In ( Rn .

Rn ( R

Onde:

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A );

In=Intensidade mdia de corrente Norton em Ampres, ( A );

Rn=Resistncia Norton em Ohms, (();

R=Resistncia em Ohms, (().

Rn

In

Resistor

Corrente desconhecidaCircuito de Norton.

2.14-1a Teorema de Bosscha.

Se em um ramal de uma malha eltrica a corrente nula ( zero ) a intensidade de corrente nos demais ramais independente do valor de resistncia no ramal onde a corrente nula.

2.15-2a Teorema de Bosscha.

Se em uma malha dois ramais devido aos seus valores de resistncia e tenso o primeiro no fornece nenhuma corrente ao ouro, pode- se variar a corrente de zero a infinito sem alterar o regime do segundo.

2.16-Energia Eltrica.

a fora de trabalho eltrico gerada entre dois potenciais eltricos diferentes.

A energia eltrica representada pela letra " Wel ".

A unidade de medida :

(Joule ( J ).

Energia eltrica=Trabalho eltrico.

1 J=Potencial de 1 V quando desloca 1 C.

Frmula 2.9: Wel = (Q ( U.

Onde:

Wel.=Energia eltrica em Joules, ( J );

(Q=Taxa de variao da carga em Coulombs, ( C );

U=Tenso em Volts, ( V ).

O efeito Joule o aquecimento em um condutor provocado pela maior vibrao dos tomos ao se chocarem com os eltrons.

2.17-Energia Calorfica.

a fora de trabalho trmico gerada entre dois corpos com temperaturas diferentes.

A energia calorfica representada pela letra " q( ", no SI ( Sistema Internacional );

A unidade de medida :

(Calorias ( cal ).

A energia calorfica tambm representada pela letra " Q( ", no SI ( Sistema Internacional );

A unidade de medida :

(Quilocalorias ( Kcal ).

A energia calorfica representada pelo smbolo " B.T.U. ", no Sistema Ingls.

A unidade de medida :

- British Termal Unit ( B.T.U. ).

A unidade Joule tambm utilizada como unidade de quantidade de calor.

A energia calorfica tambm representada pela letra " Wcal ".

A unidade de medida :

(Joule ( J ).

Devido ao efeito trmico Joule a energia calorfica pode ser relacionada com a energia eltrica.

1 Kcal=4186 J.

Um aquecedor ideal converte 4186 J de energia eltrica em 1 Kcal de energia trmica ou 4186 J.

2.18-Energia Mecnica.

a fora de trabalho mecnico gerada entre dois corpos com deslocamentos diferentes.

A energia mecnica representada pela letra " Wmec ".

A unidade de medida :

- Quilogrmetro ( Kgm ).

A energia mecnica pode ser relacionada em energia eltrica e a energia calorfica.

427 Kgm=4186 J.

427 Kgm=1 Kcal.

Um motor ideal converte 4186 J de energia eltrica em 427 Kgm de energia mecnica.

427 Kgm=Equivalente mecnico de calor=J(.

Frmula 2.10: Wmec = Q( ( J(.

Onde:

Wmec.=Energia mecnica em quilogrmetros, ( Kgm );

Q(=Energia calorfica em quilocalorias, ( Kcal );

J(=Equivalente mecnico de calor, ( Kgm / Kcal ).

2.19-Potncia Eltrica.

a fora de trabalho gerada entre dois potenciais eltricos em um intervalo de tempo.

A potncia eltrica representada pela letra " P ".

A unidade de medida :

(Watt ( W ).

1 W=Energia de 1 V quando desloca 1 C no tempo de 1 segundo.

Frmula 2.11: P = U ( I.Onde:

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A );

Frmula 2.12: P = R ( I2.

Onde:

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

R=Resistncia em Ohms, (();

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A ).

Frmula 2.13: P = U2 . ROnde:

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

R=Resistncia em Ohms, (().

Frmula 2.14: P = Wel . (tOnde:

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

Wel.=Energia eltrica em Joules, ( J );

(t=Intervalo de tempo em segundos, ( s ).

2.20-Lei da Mxima Transferncia de Potncia.

Um gerador transfere o mximo de potncia para uma carga quando a resistncia da carga for igual resistncia interna do gerador.

Frmula 2.15: P = U2 ( R .

(Rin ( R)2Onde:

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

Rin=Resistncia interna do gerador em Ohms, (();

R=Resistncia em Ohms, (().

Quando uma rede de C.C. terminada por um resistor de carga igual sua resistncia de Thvenin ( Rth ) a mxima potncia ser desenvolvida pela carga.

2.21-Resistncia Eltrica.

a oposio que um condutor oferece ao fluxo da corrente eltrica.

A resistncia eltrica representada pela letra " R ".

A unidade de medida :

(Ohm ( ( ).

Um condutor eltrico oferece resistncia a passagem da corrente e no caso de sobre - correntes e correntes de curto circuito sobre aquece e altera seu valor hmico original.

Frmula 2.16: Rf = Ri ( [ 1 + ( ( ( tf - ti ) ].Onde:

Rf=Resistncia final da carga aquecida em Ohms, ( ( );

Ri=Resistncia inicial da carga fria em Ohms, ( ( );

(=Coeficiente de temperatura da resistividade em (C-1;

tf=Temperatura final em graus Celsius, ( (C );

ti=Temperatura inicial em graus Celsius, ( (C ).

Frmula 2.17: R = U . IOnde:

R=Resistncia em Ohms, (();

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A ).

Frmula 2.18: R = U2 . POnde:

R=Resistncia em Ohms, (();

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

P=Potncia eltrica em Watts, ( W ).

Frmula 2.19: R = P . I2Onde:

R=Resistncia em Ohms, (();

P=Potncia eltrica em Watts, ( W );

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A ).

2.22-Condutncia Eltrica.

Condutncia eltrica a facilidade que um condutor oferece ao fluxo da corrente eltrica.

A condutncia eltrica representada pela letra " G ".

A unidade de medida :

(Siemens ( S ).

A condutncia eltrica o inverso da resistncia.

1 siemens = 1 (-1, ( mho ).

Frmula 2.20: G = I .

U

Onde:

G=Condutncia de um condutor em Siemens, (S);

U=Diferena de potencial em Volts, ( V );

I=Intensidade mdia de corrente em Ampres, ( A ).

2.23-Resistividade Eltrica.

A resistividade de um condutor a resistncia que o mesmo apresenta em 1 metro de comprimento com uma seo transversal de 1 mm2, com base a 20(C devido a variao da resistncia eltrica com a temperatura.

A resistividade eltrica representada pela letra grega R minsculo, "(".

A unidade de medida :

- Ohmxmetro ((xm ).

Resistividade = Resistncia especfica.

(1 ( ( ( ( m = 1(( m ( 10 -6.

(1 ((m = 1 ((( mm2)/m.

Frmula 2.21: ( = R ( s.

l

Onde:

(=Resistividade em micro e Ohm e metros, ( ((m );

R=Resistncia em Ohms, ( ( );

l=Comprimento em metros, ( m );

s=Seo transversal em milmetros quadrados, ( mm2 ).

Frmula 2.22: ( = J ( (.Onde:

(=Intensidade de campo eltrico em Volt / metros, ( E / m );

J=Densidade eltrica em Ampre por metros quadrados, ( A / m2);

(=Resistividade em micro e Ohm e metros, ( ((m).

Se o condutor eltrico for um fio considera-se s = ( ( r2.

Como os valores de resistividade nos materiais condutores esto na faixa de 10-6, na prtica se utiliza micro e Ohms e metro: ( ( ( ( m ou ((m.

A resistividade do material indica se ele condutor ou isolante.

A elevao da temperatura aumenta a resistncia eltrica nos metais, diminui nos carves e nos lquidos, e em algumas ligas metlicas como o nquel - cromo e o constantam permanece inalterada.

Frmula 2.23: (f = (i ( [ 1 + ( ( ( tf - ti ) ].

Onde:

(f=Resistividade final da carga aquecida em micro e Ohm e metros,

( ((m);

(i=Resistividade inicial da carga fria em micro e Ohm e metros, ( ((m);

(=Coeficiente de temperatura da resistividade em (C-1;

tf=Temperatura final em graus Celsius, ( (C );

ti=Temperatura inicial em graus Celsius, ( (C ).

Coeficiente de temperatura da resistividade = Coeficiente trmico.

2.24-Condutividade Eltrica.

A condutividade de um condutor a facilidade que o mesmo apresenta em 1 metro de comprimento com uma seo transversal de 1 mm2, com temperatura a 20(C.

representada pela letra grega Capa minscula, "(".

A unidade de medida :

(Siemens por metro ( S / m ).

A condutividade eltrica o inverso da resistividade.

Frmula 2.24: ( = l .

R x s

Onde:

(=Condutividade em Siemens por metro, ( S / m );

R=Resistncia em Ohms, ( ( );

l=Comprimento em metros, ( m );

s=Seo transversal em milmetros quadrados, ( mm2 ).

Condutividade eltrica = Condutibilidade eltrica.

3 NORMA REGULAMENTADORA NR 10

10.1. Norma Regulamentadora NR 10 fixa as condies mnimas exigveis para garantir a segurana dos empregados que trabalham em instalaes eltricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao e, ainda, a segurana de usurios e terceiros.

10.1.1. As prescries aqui estabelecidas abrangem todos os que trabalham em eletricidade, em qualquer das fases de gerao, transmisso, distribuio e consumo de energia eltrica.

10.1.2. Nas instalaes e servios em eletricidade, devem ser observadas no projeto, execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao, as normas tcnicas oficiais estabelecidas pelos rgos competentes e, na falta destas, as normas internacionais vigentes.

10.2. Instalaes.

10.2.1. Proteo contra o risco de contato.

10.2.1.1. Todas as partes das instalaes eltricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possvel prevenir, por meios seguros, os perigos de choque eltrico e todos os outros tipos de acidentes.

10.2.1.2. As partes de instalaes eltricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espao suficiente para trabalho seguro.

10.2.1.3. As partes das instalaes eltricas, no cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservarem distncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por obstculos que ofeream, de forma segura, resistncia a esforos mecnicos usuais.

10.2.1.4. Toda instalao ou pea condutora que no faa parte dos circuitos eltricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tenso, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessvel a contatos.

10.2.1.5. O aterramento das instalaes eltricas deve ser executado, obedecido o disposto no subitem 10.1.2.

10.2.1.6. As instalaes eltricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possvel, devem ser providas de proteo complementar, atravs de controle distncia, manual e/ou automtico.

10.2.1.7. As instalaes eltricas que estejam em contato direto ou indireto com a gua e que possam permitir fuga de corrente devem ser projetadas e executadas, considerando-se as prescries previstas no subitem 10.1.2, em especial quanto blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento.

10.2.2. Proteo contra riscos de incndio e exploso.

10.2.2.1. Todas as partes das instalaes eltricas devem ser projetadas, executadas e conservadas de acordo com as prescries do subitem 10.1.2, para prevenir os riscos de incndio e exploso.

10.2.2.2. As instalaes eltricas sujeitas a maior risco de incndio e exploso devem ser projetadas e executadas com dispositivos automticos de proteo contra sobrecorrente e sobretenso, alm de outras complementares, de acordo com as prescries previstas no subitem 10.1.2.

10.2.2.3. Os ambientes das instalaes eltricas, que contenham risco de incndio, devem ter proteo contra fogo, de acordo com as normas tcnicas vigentes no Pas.

10.2.2.4. As partes das instalaes eltricas sujeitas acumulao de eletricidade esttica devem ser aterradas, seguindo-se as prescries previstas no subitem 10.1.2.

10.2.3. Componentes das instalaes.

10.2.3.1. Os transformadores e capacitores devem ser instalados, consideradas as recomendaes do fabricante e normas especficas, no que se refere localizao, distncia de isolamento e condies de operao, respeitando-se as prescries previstas no subitem 10.1.2, em especial, e as prescries dos subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4.

10.2.3.2. Os transformadores e capacitores, localizados no interior de edificaes destinadas a trabalho, devero ser instalados em locais bem ventilados, construdos de materiais incombustveis e providos de portas corta-fogo, de fechamento automtico.

10.2.3.3. Os postos de proteo, transformao e medio de energia eltrica devem obedecer s prescries contidas no subitem 10.1.2 e, em especial, quelas referentes a espao de trabalho, iluminao e isolamento de ferramentas.

10.2.3.4. Os dispositivos de desligamento e manobra de circuitos eltricos devem ser projetados e instalados, considerando-se as prescries previstas no subitem 10.1.2 e, em especial, as prescries referentes localizao, sinalizao, comando e identificao.

10.2.3.5. Todas as edificaes devem ser protegidas contra descargas eltricas atmosfricas, segundo as prescries do subitem 10.1.2 e, em especial, as prescries referentes localizao, condies de ligao terra e zona de atuao dos pra-raios.

10.2.3.6. Os condutores e suas conexes, condutos e suportes devem ser projetados e instalados, considerando-se as prescries previstas no subitem 10.1.2 e, em especial, as prescries referentes a isolamento, dimensionamento, identificao e aterramento.

10.2.3.7. Os circuitos eltricos com finalidades diferentes, tais como telefonia, sinalizao, controle e trao eltrica, devem ser instalados, observando-se os cuidados especiais quanto sua separao fsica e identificao.

10.2.3.8. Os Quadros de Distribuio e Painis de Controle devem ser projetados, instalados, mantidos e operados, considerando-se as prescries previstas nos subitens 10.1.2 e 10.3.2.4 e, em especial, as prescries referentes localizao, iluminao, visibilidade, identificao dos circuitos e aterramento.

10.2.3.9. As baterias fixas de acumuladores devem ser instaladas em locais ou compartimentos providos de piso de material resistente a cidos e dotados de meios que permitam a exausto dos gases.

10.2.3.9.1. Os locais ou compartimentos referidos no subitem 10.2.3.9 devem estar situados parte do restante das instalaes.

10.2.3.9.2. A instalao eltrica dos locais ou compartimentos referidos no subitem 10.2.3.9.1 devem obedecer s prescries previstas no subitem 10.1.2.

10.2.4. Equipamentos de utilizao da energia eltrica.

10.2.4.1. As instalaes eltricas, destinadas utilizao de eletrodomsticos, em locais de trabalho e de ferramentas eltricas portteis, devem atender s prescries dos subitens 10.2.1.4 e 10.2.1.7 e, ainda, quanto tomada de corrente, extenses de circuito, interruptores de correntes, especificao e qualidade dos condutores devem obedecer s prescries previstas no subitem 10.1.2.

10.2.4.1.1. proibida a ligao simultnea de mais de um aparelho mesma tomada de corrente, com o emprego de acessrios que aumentem o nmero de sadas, salvo se a instalao for projetada com essa finalidade.

10.2.4.2. As mquinas eltricas girantes devem ser instaladas, obedecidas as recomendaes do fabricante, as normas especficas no que se refere localizao e condies de operao e, em especial, as prescries previstas nos subitens 10.2.1.3 e 10.2.1.4.

10.2.4.3. Todo motor eltrico deve possuir dispositivo que o desligue automaticamente toda vez que, por funcionamento irregular, represente risco iminente de acidente.

10.2.4.4. Os equipamentos de iluminao devem ser especificados e mantidos durante sua vida til, de forma a garantir os nveis de iluminamento contidos na Norma Regulamentadora - NR 15 e posicionados de forma a garantir condies seguras de manuteno.

10.2.4.5. Os equipamentos de iluminao devem ser de tipo adequado ao ambiente em que sero instalados e possuir proteo externa adequada.

10.2.4.6. As lmpadas eltricas portteis sero utilizadas unicamente onde no possa ser conseguida uma iluminao direta dentro dos nveis de iluminamento previstos na NR 15.

10.2.4.7. Os aparelhos portteis de iluminao devem ser construdos e utilizados de acordo com o subitem 10.1.2.

10.2.4.8. As tomadas de correntes para instalao no piso devem possuir caixa protetora que impossibilite a entrada de gua ou de objetos estranhos, estando ou no o pino inserido na tomada.

10.3. Servios.

10.3.1. Proteo do trabalhador.

10.3.1.1. No desenvolvimento de servios em instalaes eltricas devem ser previstos Sistemas de Proteo Coletiva - SPC atravs de isolamento fsico de reas, sinalizao, aterramento provisrio e outros similares, nos trechos onde os servios esto sendo desenvolvidos.

10.3.1.1.1. Quando, no desenvolvimento dos servios, os sistemas de proteo coletiva forem insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem ser utilizados Equipamentos de Proteo Coletiva - EPC e Equipamentos de Proteo Individual - EPI, tais como varas de manobra, escadas, detetores de tenso, cintos de segurana, capacetes e luvas, observadas as prescries previstas no subitem.

10.3.1.2. As ferramentas manuais utilizadas nos servios em instalaes eltricas devem ser eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e outros equipamentos destinados a servios em instalaes eltricas sob tenso.

10.3.1.3. Todo equipamento eltrico, tais como motores, transformadores, capacitores, devem conter, nas suas especificaes, o seu espectro sonoro em faixas de oitava freqncia, para controle do seu nvel de presso sonora.

10.3.2. Procedimentos.

10.3.2.1. Durante a construo ou reparo de instalaes eltricas ou obras de construo civil, prximas de instalaes sob tenso, devem ser tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos eventuais e de induo eltrica.

10.3.2.2. Quando forem necessrios servios de manuteno em instalaes eltricas sob tenso, estes devero ser planejados e programados, determinando-se todas as operaes que envolvam riscos de acidente, para que possam ser estabelecidas as medidas preventivas necessrias.

10.3.2.3. Toda ocorrncia, no programada, em instalaes eltricas sob tenso deve ser comunicada ao responsvel por essas instalaes, para que sejam tomadas as medidas cabveis.

10.3.2.4. proibido o acesso e a permanncia de pessoas no autorizadas em ambientes prximos a partes das instalaes eltricas que ofeream riscos de danos s pessoas e s prprias instalaes.

10.3.2.5. Os servios de manuteno ou reparo em partes de instalaes eltricas que no estejam sob tenso s podem ser realizados quando as mesmas estiverem liberadas.

10.3.2.5.1. Entende-se por instalao eltrica liberada para estes servios aquela cuja ausncia de tenso pode ser constatada com dispositivos especficos para esta finalidade.

10.3.2.5.2. Para garantir a ausncia de tenso no circuito eltrico, durante todo o tempo necessrio para o desenvolvimento destes servios, os dispositivos de comando devem estar sinalizados e bloqueados, bem como o circuito eltrico aterrado, considerando-se as prescries previstas no subitem 10.3.1.1.

10.3.2.6. Os servios de manuteno e/ou reparos em partes de instalaes eltricas, sob tenso, s podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados, em cursos especializados, com emprego de ferramentas e equipamentos especiais, atendidos os requisitos tecnolgicos e as prescries previstas no subitem 10.1.2.

10.3.2.7. As instalaes eltricas devem ser inspecionadas por profissionais qualificados, designados pelo responsvel pelas instalaes eltricas nas fases de execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao.

10.3.2.7.1. Deve ser fornecido um laudo tcnico ao final de trabalhos de execuo, reforma ou ampliao de instalaes eltricas, elaborado por profissional devidamente qualificado e que dever ser apresentado, pela empresa, sempre que solicitado pelas autoridades competentes.

10.3.2.8. Nas partes das instalaes eltricas sob tenso, sujeitas a risco de contato durante os trabalhos de reparao, ou sempre que for julgado necessrio segurana, devem ser colocadas placas de aviso, inscries de advertncia, bandeirolas e demais meios de sinalizao que chamem a ateno quanto ao risco.

10.3.2.8.1. Quando os dispositivos de interrupo ou de comando no puderem ser manobrados, por questo de segurana, principalmente em casos de manuteno, devem ser cobertos por uma placa indicando a proibio, com letreiro visvel a olho nu, a uma distncia mnima de 5 (cinco) metros e uma etiqueta indicando o nome da pessoa encarregada de recolocao, em uso normal, do referido dispositivo.

10.3.2.9. Os espaos dos locais de trabalho situados nas vizinhanas de partes eltricas expostas no devem ser utilizados como passagem.

10.3.2.10. proibido guardar objetos estranhos instalao prximo das partes condutoras da mesma.

10.3.2.11. Medidas especiais de segurana devem ser tomadas nos servios em circuitos prximos a outros circuitos com tenses diferentes.

10.3.2.12. Quando da realizao de servios em locais midos ou encharcados, bem como quando o piso oferecer condies propcias para conduo de corrente eltrica, devem ser utilizados cordes eltricos alimentados por transformador de segurana ou por tenso eltrica no superior a 24 volts.

10.3.3. Situaes de emergncia.

10.3.3.1. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalaes eltricas, deve estar apto a prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente atravs das tcnicas de reanimao cardio-respiratria.

10.3.3.2. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalaes eltricas, deve estar apto a manusear e operar equipamentos de combate a incndios utilizados nessas instalaes.

10.4. Pessoal.

10.4.1. Autorizao para trabalhos em instalaes eltricas.

10.4.1.1. Esto autorizados a instalar, operar, inspecionar ou reparar instalaes eltricas, somente os profissionais qualificados que estiverem instrudos quanto s precaues relativas ao seu trabalho e apresentarem estado de sade compatvel com as atividades desenvolvidas no mesmo.

10.4.1.1.1. Cabe ao Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho SESMT, o estabelecimento e avaliao dos procedimentos a serem adotados pela empresa visando autorizao dos empregados para trabalhos em instalaes eltricas, conforme o previsto no subitem 10.4.1.1.

10.4.1.2. So considerados profissionais qualificados aqueles que comprovem, perante o empregador, uma das seguintes condies:

a) capacitao, atravs de curso especfico do sistema oficial de ensino;

b) capacitao atravs de curso especializado ministrado por centros de treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de ensino;

c) capacitao atravs de treinamento na empresa, conduzido por profissional autorizado.

10.4.1.3. Das instrues relativas s precaues do trabalho, prescritas no subitem 10.4.1.1., devem constar orientao quanto identificao e controle dos riscos e quanto aos primeiros socorros a serem prestados em casos de acidentes do trabalho.

10.4.1.4. Todo profissional qualificado, autorizado a trabalhar em instalaes eltricas, deve ter essa condio anotada no seu registro do empregado.

10.4.2. Responsabilidade.

10.4.2.1. Todo responsvel pelas instalaes eltricas e os profissionais qualificados e autorizados a trabalhar em instalaes eltricas devem zelar pelo cumprimento desta Norma Regulamentadora.

4 ACIDENTES COM ELETRICIDADE NR 13

4.1 O que deve ser feito em caso de acidente eltrico?

a) Nunca tocar na pessoa atingida enquanto est sob tenso.

b) Primeiro interromper a alimentao da instalao eltrica. Desligar as chaves. Tirar os fusveis. Ou procurar isolar a pessoa atingida com peas isolantes, para separar da fonte.

c) Em seguida, iniciar imediatamente a respirao artificial, quando necessrio, em conjunto com massagem cardaca, prosseguindo at a chegada do mdico.

d) O mdico deve ser chamado atravs de terceiros. Nunca interromper a massagem e/ou respirao para chamar apoio mdico.

4.2 Como podem ser evitados acidentes eltricos?

As normas indicam diversas medidas, a saber:

a) Proteo contra contato acidental de partes da instalao eltrica que esto sob tenso de servio, tais partes precisam ser isoladas completamente ou convenientemente construdas, posicionadas, ou dispostas, ou ainda estar protegidas pr meio de dispositivos adequados.

b) Construo segura dos meios de acionamento e de instalao eltrica tecnicamente comprovada: o aparecimento de defeitos na isolao (p.ex., curto-circuito), razo do aparecimento de tenses expostas, deve ser evitado pr uma construo adequada dos componentes do circuito, sobretudo dos isolantes e uma isolao perfeita das partes sob tenso, e pr meio de uma construo cuidadosa da instalao eltrica, pr especialistas.

c) Medidas complementares de proteo: destinadas a evitar o aparecimento de tenses de contato muito elevadas. As medidas so:

4.3 Onde so necessrias medidas suplementares de proteo?

a) No so necessrias, em instalaes at o mximo de 65 v em relao a terra.

b) So necessrias em instalaes acima de 65 V, excluindo-se:

1. Instalao residenciais e escritrios com assoalho isolante, onde as instalaes de gua, gs e aquecimento esto fora do alcance da mo porm aterrados. Se existirem instalaes de mquinas eltricas que possam ser tocadas simultaneamente, a exceo no se aplica. Entendem-se pr assoalhos isolantes os de madeira, recobrimento asfltico, plstico, borracha ou cortia, e tapetes fixos.

2. Envoltrios metlicos e tubos, em recintos secos, tambm no caso em que o assoalho no isolante.

3. Caixas de entrada em residncias, medidores com respectivo painel de leitura, assim como dispositivos de comando e rels ligados a estes.

4. Postes de ao ou ao-concreto, em redes externas.

5. Reforos metlicos em telhados e partes metlicas anexas.

6. Galpes em estrutura metlica.

7. Maquinrio com corpo metlico ou partes metlicas.

4.4 Quais os tipos de defeitos que podem aparecer?

a) Defeitos de isolao: condies de deficiente isolao do circuito

b) Curto-circuito interno: ligao que se apresenta entre um elemento da instalao, no destinado a conduo de corrente (p.ex.,enrolamento).

c) Curto-circuito entre dois condutores que conduzem corrente eltrica, quando no circuito no existe resistncia til(pr exemplo, uma lmpada), o caso de curto-circuito entre condutores.

d) Curto-circuito a terra: defeito ou caminho condutor, que se estabelece devido a um arco, entre um condutor de fase ou um neutro isolado, com a terra ou partes ligadas a terra.

O curto-circuito dito pleno, quando a ligao que se estabelece no apresenta resistncia, e dito incompleto quando alguma resistncia existe.

4.5 Perigo no contato de partes vivas de uma instalao eltrica.

No contato de duas partes vivas de uma instalao eltrica passa a existir a tenso da rede sobre a pessoa. Atualmente em todas as redes que possuem condutor neutro este ligado a terra tanto nas subestaes quanto na prpria distribuio. Desta forma, a terra parte do circuito ou rede. Quem est em contato com a terra precisa, portanto, apenas entrar em contato com uma das partes vivas do circuito (condutor de fase) para ficar sob a ao da tenso de rede.

4.6 Perigo no contato de partes no condutoras de uma instalao eltrica.

Quando ocorrem defeitos de isolao em instalaes eltricas partes que no pertencem ao circuito condutor dessa instalao (pr exemplo, a carcaa de motores eltricos ou as partes metlicas de um fogo eltrico) podem se tornar condutores , aparecendo assim tenses e correntes acidentais.

Correntes acidentais fluem, portanto, devido a falhas de isolao.

A tenso acidental a tenso que aparece entre as partes em que se apresenta o defeito de isolao, que esto em contato, dos quais uma da rede, e a outra no pertence ao condutor, ou entre estas e a terra ( sua determinao feita pr meio de um voltmetro com Ri = cerca de 40 K().

Tenso de contato uma das partes da tenso acidental (ou de uma tenso terra), que pode ser suportada pelas pessoas. Se, pr exemplo, a carcaa de um motor est com defeito de isolao de um enrolamento alimentado, ento aparece uma tenso acidentalente a carcaa do motor e a terra de referncia. A tenso de contato existe entre a carcaa do motor e o assoalho no isolante. Medio pr meio de um voltmetro com Ri de cerca de 3k(:

A tenso de contato tambm pode aparecer, quando o assoalho est isolado contra a terra. Se pr exemplo, partes metlicas de um forno eltrico se tornarem condutoras, em virtude de defeitos na sua isolao, ento aparece uma tenso de contato entre as panelas do fogo e a canalizao de gua que se encontra prxima, e que possam ser simultaneamente tocadas.

4.7 Quando e que tenses de contato se tornam perigosas?

As tenses de contato so mais perigosas entre mos e ps. Se estivermos apoiados na terra e tocarmos com as mos partes que se tornaram condutoras, ento circula uma corrente atravs das artrias e veias do corpo e desta forma passar pelo corao. Em tal caso j 30 mA so perigosos. Se este valor se eleva para 50mA, ento os msculos do corao j trabalham irregularmente, provocando um fornecimento irregular de sangue ao crebro e as conseqncias podem ser fatais. Nos casos em que a corrente de 30 mA j perigosa, passa pela resistncia do corpo, que em pessoas adulta varia de 2 a 5 K( (para crianas o seu valor menor), uma tenso de contato de 60 V.

4.8 O que se entende pr isolao local?

A isolao local como medida de proteo, apenas permitida no caso dos elementos de circuito que no mudarem a sua posio. Devem estar protegidas todas as partes ao alcance da mo, assim como o assoalho, ou outras partes condutoras em contato com a terra. Os recobrimentos devem satisfazer as seguintes condies:

a) devem ser resistentes e de dimenses tais que o elemento do circuito (chaves, motores, condutores)apenas possam ser tocados de pontos isolados.

b) Devem ser fixos sobre as suas bases de montagem.

c) Se diversos elementos esto presentes, que possam ser alcanados da posio isolada, ento as partes, que no pertencem ao circuito de corrente,

devem ser interligados entre si pr meio de um condutor.

4.9 Onde se emprega a isolao protetora?

A isolao de proteo uma medida ideal de segurana, porm o seu setor de aplicao muito limitado. Um motor de 15 cv ou um fogo eltrico no podem ser isolados com uma isolao que os recubra totalmente. O recobrimento isolante pode, pr isto, ser empregado:

a) em pequenos aparelhos eltricos (pr exemplo, barbeadores eltricos)

b) em aparelhos eltricos, que tem grandes superfcies contnuas (pr exemplo, furadeiras eltricas).

c) No acionamento de mquinas eltricas.

d) Em luminrias destinadas a recintos midos e molhados.

4.10 O que deve ser observado em aparelhos com isolao de proteo? Aparelhos com esta proteo, ao contrrio das determinaes normais, no devem Ter um terminal para ligao de um condutor de aterramento.

O condutor mvel, que fixo ao aparelho, no deve Ter condutor de proteo, entretanto, os pinos para tomada devem possuir um pino de proteo.

4.11 O que se entende pr tenso reduzida?

A tenso reduzida, como medida de proteo, a utilizao nas instalaes eltricas de uma tenso no superior a 42 V, e em motores eltricos para brinquedos, um mximo de 24 V.

Como apenas em tenses de servio superiores a 65 V aparecem correntes perigosas, a tenso reduzida seria a medida de proteo mais adequada. Entretanto, este baixo valor daria origem correntes muito elevadas no caso de potncias elevadas da maquinaria, e, em conseqncia, enormes sees transversais de condutores e pesados equipamentos. Desta forma, uma potncia mais elevada exige tenses de servio mais elevadas, fazendo com que a tenso reduzida se aplique instalaes de pequena potncia, onde a periculosidade mais elevada.

4.12 Onde deve a tenso reduzida ser empregada?

As normas prescrevem a tenso mxima de 42 v para:

a) Ferramentas usadas para a manuteno, limpeza e demais servios em tanques, tubos e outros, onde o espao disponvel pequeno ou empregam isolao de proteo at 250 v.

b) Luminrias instaladas em tanques, tubos e similares, de material condutor.

c) Luminrias em tonis e fornos

d) Luminrias destinadas manuteno e limpeza de recipientes condutores, nos quais so montadas, ou seno, usar isolao de proteo ou equivalente.

e) Misturadores de concreto, afiadores com meio lquido e mquinas de idnticas condies ou seno com uma tenso superior, se forem tomadas precaues de proteo com um transformador de isolao.

f) Motores eltricos de brinquedos.

g) Aparelhos com acionamento eletromotriz, para tratamento de animais, devem Ter uma tenso inferior a 24 vou as partes metlicas devem estar separadas das demais partes condutoras pr meio de uma isolao de proteo, a qual, em caso de defeito, se comporte convenientemente perante a tenso.

Quando o solo pedregulhoso mido, esta resistncia se eleva de 5 vezes, em areia seca e pedregulhosa de 10 vezes, e, em cho de pedra, ao valor de 30 vezes os valores relacionados no quadro.

5 COMPONENTES ELTRICOS

A medida que as mquinas executam suas funes dentro do setor produtivo, suas caractersticas eltricas e mecnicas sofrem alteraes, que esto ligadas diretamente ao tratamento recebido ao longo de sua vida til, tanto do setor de operao quanto de manuteno. O acompanhamento das mquinas deve ser encarado como prioridade pr todos que esto ligados a mesma, pois s assim atingiremos a quebra zero do equipamento.

Na maioria dos casos de parada das linhas de produo, poderemos intervir antes da parada em emergncia. Os equipamentos apresentam sintomas que antecedem a quebra, e caso estejamos acompanhando estes sinais poderemos intervir evitando assim a parada ou poderemos amenizar o tempo de parada da linha

.

Os equipamentos eltricos tais como motores, transformadores, disjuntores e sistemas de proteo podem ser acompanhados de maneira simples e eficiente, bastando para isso, conhecer alguns ensaios eltricos e utilizar uma ferramenta para acompanhar graficamente as alteraes verificadas durante os ensaios

Fig. 02

Para analisarmos os grficos que iro surgir dos dados levantados conforme observamos na fig.02, devemos observar as alteraes ao longo do tempo das grandezas analisadas, e ficar atento a alteraes bruscas de valores, pois poder indicar que o equipamento em anlise, est entrando em um ponto crtico, podendo comprometer a continuidade de operao do processo.

5.1 Motores eltricos

Como qualquer equipamento, os motores esto sujeitos a alteraes em suas caractersticas. Possuindo em sua construo vrios componentes, temos dois pontos que devem ser controlados de maneira eficiente, os rolamentos ou mancais e as bobinas. Vejamos a fig. 04 onde esto representados os componentes bsicos de um motor eltrico.

Na figura acima podemos observar que a ateno que damos aos rolamentos ou mancais realmente importante, pois trata-se da parte onde todos os esforos esto concentrados, sendo assim, rodando vinte e quatro horas os desgastes vo surgir e caso no seja empregado um sistema eficiente de inspeo, onde haja o acompanhamento no caso de vibraes, poder quebrar, e gerar uma emergncia.

A falha mais comum em rolamentos e mancais gerada pr alguma deficincia no sistema de lubrificao.

Os motores esto sujeitos a variaes de temperatura, a contaminao dos enrolamentos com materiais diversos provenientes do meio onde est instalado, a sobrecargas entre outras formas de agresso ao seu bobinado. Analisando os efeitos causados, verificaremos que estamos atuando diretamente sobre o material isolante.

Alterao das caractersticas de isolao.

Para que possamos melhorar nossos conhecimentos sobre a alterao da isolao de motores, vamos analisar os efeitos fsicos causados pela alterao de temperatura.

As perdas:

A potncia til fornecida pelo motor na ponta do eixo menor que a potncia que o motor absorve da linha de alimentao, isto , o rendimento do motor sempre inferior a 100%. A diferena entre as duas potncias representa as perdas que so transformadas em calor, o qual deve ser dissipado para fora do motor para evitar que a elevao de temperatura possa causar danos a isolao. Este efeito acontece em todos os motores. Nos motores de automveis, pr exemplo, o calor gerado pelas perdas internas tem que ser retirado do bloco pela circulao de gua pelo radiador sendo este refrigerado pela ventoinha e pelo ar que conduzido atravs das aletas quando o carro est em movimento.

Dissipao do calor:

O calor gerado pelas perdas no interior do motor dissipado para o ar ambiente atravs da superfcie externa da carcaa. Em motores fechados essa dissipao normalmente auxiliada pelo ventilador montado no prprio eixo do motor. Uma boa dissipao depende :

da eficincia do sistema de ventilao;

da rea de dissipao da carcaa;

da diferena de temperatura entre a superfcie externa da carcaa e do ar ambiente (t ext. t amb.).

a) O sistema de ventilao bem projetado, alm de ter ventilador eficiente, capaz de movimentar grande volume de ar, deve dirigir esse ar de modo a varrer toda a superfcie da carcaa, onde se d a troca de calor. De nada adianta um grande volume de ar se ele se espalha sem retirar o calor do motor.

b) A rea total de dissipao deve ser a maior possvel. Entretanto, um motor com uma carcaa muito grande, para obter maior rea, seria muito caro e pesado, alm de ocupar muito espao. Pr isso, a rea de dissipao disponvel limitada pela necessidade de fabricar motores pequenos e leves. Isso e compensado em parte, aumentando-se a rea disponvel pr meio de aletas de resfriamento, fundidas com a carcaa.

c) Um sistema de resfriamento eficiente aquele que consegue dissipar a maior quantidade de calor disponvel, atravs de menor rea de dissipao. Para isso necessrio que a queda interna de temperatura, mostrada na figura 05, seja minimizada. Isto quer dizer que deve haver uma boa transferncia de calor do interior do motor at a superfcie externa.

O que realmente queremos limitar a elevao da temperatura no enrolamento sobre a temperatura do ar ambiente. Esta diferena total ((t) comumente chamada elevao de temperatura do motor, e como indicado na Figura abaixo, vale a soma da queda interna com a queda externa.

Fig. 05

Como vimos, interessa reduzir a queda interna (melhorar a transferncia de calor) para poder ter uma queda externa maior possvel, pois esta que realmente ajuda a dissipar o calor. A queda interna de temperatura depende de diversos fatores como indica a figura 05, onde as temperaturas de certos pontos importantes do motor esto representantes do motor esto representadas e explicadas a seguir:

A - Ponto mais quente do enrolamento, no interior da ranhura, onde gerado o calor proveniente das perdas nos condutores.

AB - Queda de temperatura na transferncia de calor do ponto mais quente at os fios externos. Como o ar um pssimo condutor de calor, importante que no haja vazios no interior da ranhura , isto , as bobinas devem ser compactas e a impregnao com verniz deve ser perfeita.

B - Queda atravs do isolamento da ranhura e no contato deste com os condutores de um lado, e com as chapas do ncleo, do outro. O emprego de materiais modernos melhora a transmisso de calor atravs do isolante; a impregnao perfeita, melhora o contato do lado interno, eliminando espaos vazios; o bom alinhamento das chapas estampadas, melhora o contato do lado externo, eliminando camadas de ar que prejudicam a transferncia de calor.

BC - Queda de temperatura pr transmisso atravs do material das chapas do ncleo.

C - Queda no contato entre o ncleo e a carcaa. A conduo de calor ser tanto melhor quanto melhor for o contato entre as partes, dependendo do bom alinhamento das chapas, e preciso da usinagem da carcaa. Superfcies irregulares deixam espaos vazios entre elas, resultando em mau contato e, portanto, m conduo do calor e elevada queda de temperatura neste ponto.

CD Queda de temperatura pr transmisso atravs da espessura da carcaa.

De acordo com a qualidade de fabricao do motor a transferncia de calor ser executada com uma melhor eficincia, eliminando assim provveis pontos quentes no enrolamento, aumentando assim a perspectiva de vida til do motor.

Temperatura externa do motor.

Era comum, antigamente, verificar o aquecimento do motor, medindo com a mo, a temperatura externa da carcaa. Em motores modernos, este mtodo primitivo e completamente errado. Como vimos anteriormente, os critrios modernos de projeto, procuram aprimorar a transmisso de calor internamente de modo que a temperatura do enrolamento fique pouco acima da temperatura externa da carcaa, onde ela realmente contribui para dissipar as perdas.

Em resumo a temperatura da carcaa no d indicao do aquecimento interno do motor, nem de sua qualidade. Um motor frio pr fora pode Ter perdas maiores e temperatura mais alta no enrolamento do que um motor exteriormente quente.

Sendo o motor de induo, uma mquina robusta e de construo simples, a sua vida til depende quase exclusivamente da vida til da isolao dos enrolamentos. Est afetada pr muitos fatores, como umidade, vibraes, ambientes corrosivos e outros. Dentre todos os fatores, o mais importante , sem dvida a temperatura de trabalho dos materiais isolantes empregados. Um aumento de 8 a 10 graus na temperatura da isolao reduz sua vida til pela metade.

Quando falamos em diminuio da vida til do motor, no nos referimos s temperaturas elevadas, quando o isolante se queima e o enrolamento destrudo de repente. Vida til da isolao (em termos de temperatura de trabalho, bem abaixo daquela em que o material se queima), refere-se ao envelhecimento gradual do isolante, que vai se tornando ressecado, perdendo o poder isolante, at que no suporte mais a tenso aplicada e produza o curto-circuito.

A experincia mostra que a isolao tem uma durao praticamente ilimitada, se a sua temperatura for mantida abaixo de um certo limite. Acima deste valor, a vida til da isolao vai se tornando cada vez mais curta, medida que a temperatura de trabalho mais alta. Este limite de temperatura muito mais baixo que a temperatura de queima do isolante e depende do tipo de material empregado.

Esta limitao de temperatura se refere ao ponto mais quente da isolao e no necessariamente ao enrolamento todo. Evidentemente, basta um ponto fraco no interior da bobina para que o enrolamento fique inutilizado.

Classes de isolamento.

Como foi visto anteriormente, o limite de temperatura depende do tipo de material empregado. Para fins de normalizao, os materiais isolante e os sistemas de isolamento (cada um formado pela combinao de vrios materiais) so agrupados em classe de isolamento cada qual definida pelo respectivo limite de temperatura, ou seja, pela maior temperatura que o material pode suportar continuamente sem que seja afetada sua vida til. As classes de isolamento utilizadas em mquinas eltricas e os respectivos limites de temperatura conforme NBR 7094, so as seguintes:

CLASSE A105 C

CLASSE E120 C

CLASSE B130 C

CLASSE F155 C

CLASSE H180 C

Analisando o efeito joule sobre a isolao de motores.

Conforme foi visto anteriormente, a medida que submetemos os motores a trabalharem com temperaturas elevadas, diminumos drasticamente a vida til do equipamento, pois estamos extressando os materiais isolantes que fazem parte do pacote.

Para que possamos melhorar as condies do dieltrico, em contra partida, a medida que aumentamos a temperatura de maneira controlada obteremos uma melhora do mesmo.

A medida que temos que controlar as condies eltricas dos motores, necessrio que seja acompanhado de perto o valor de isolao das bobinas. Se o ensaio for feito em temperatura diferente, ser necessrio corrigir a temperatura para 40 C, utilizando-se de uma temperatura , levantada com a prpria mquina. Se no se dispe desta curva , pode-se empregar a correo aproximada fornecida pela curva da figura 06, nota-se aqui que a resistncia praticamente dobra a cada 10 C que se diminui a temperatura de isolao. Em mquinas novas, muitas vezes podem ser obtidos valores inferiores, devido a presena de solvente nos vernizes isolantes que posteriormente se volatilizam durante a operao normal. Isto no significa necessariamente que a mquina est sem condies para a operao, uma vez que a resistncia de isolamento se elevar depois de um tempo em servio.

Em mquinas velhas, em servio, podem ser obtidas freqentemente valores muito maiores. A comparao com valores obtidos em ensaios anteriores na mesma mquina, em condies similares de carga, temperatura e umidade, servem como uma melhor indicao das condies da isolao do que o valor obtido num nico ensaio, sendo considerado suspeita qualquer reduo grande ou brusca.

Geralmente a resistncia do isolamento medida com a ajuda de um megmetro (fig.06). Se a resistncia de isolamento for menor que os valores obtidos pela frmula, para determinar isolao mnima, o motor ter que ser submetido a um processo de secagem. Recomenda-se o uso de uma estufa como fonte externa para a desumidificao, onde a taxa de incremento de temperatura no deve exceder 5 C pr hora at atingir a temperatura final de 110 C.

Tabela para converso do valor da isolao do pacote em processo de secagem para temperatura de 40 C.

Como observamos anteriormente a medida que a temperatura diminui em 10 C o valor da isolao dobra. Temos ento dois referenciais, o motor em operao e a condio de motor parado.

5.2 Mquinas de corrente contnua

As mquinas de corrente contnua podem funcionar como geradores ou motores, Os geradores de C.C. so utilizados para transformar a energia mecnica em energia unidirecional. Os motores de CC so utilizados para a transformao da energia eltrica em energia mecnica.

As mquinas de corrente contnua so compostas por um estator ou carcaa, onde esto localizadas as sapatas polares, as bobinas de campo e um rotor induzido, construdo de chapas de ao-silcio isoladas e superpostas, que formam um cilindro com ranhuras em sua periferia, onde so alojadas as bobinas que esto ligadas s lminas do coletor. Em uma das tampas est fixado o porta-escova e em seu interior colocada a escova. Observe os componentes da mquina de corrente continua nas figuras abaixo

Estator Rotor

Porta-escova

5.3 Transformadores de potncia.

Alterao das caractersticas de isolao.

Como j vimos anteriormente todo equipamento est sujeito a alterao de suas caractersticas fundamentais, o transformador tambm est relacionado nesta lista de equipamentos, porm pr no possuir partes mveis (eventualmente comutador sobre carga), no estar sujeito a desgastes mecnicos, como os demais. Na figura abaixo poderemos observa o detalhes de um transformador de fora.

As alteraes de isolao nos transformadores normalmente podem ser acompanhadas ao longo de sua vida til, pois normalmente no so alteraes rpidas, esto diretamente ligadas ao carregamento da unidade. Alteraes bruscas ou de grande valor indicam possveis falhas na unidade, que podem estar ligadas a alguns fatores, que, podem na maioria dos casos, ser detectados antes de proporcionar danos ao transformador. O carregamento da unidade determina sua vida til. A medida que trabalhamos com o mximo que a unidade foi projetada para suportar diretamente estamos afetando o material isolante empregado na fabricao das bobinas, podemos observar estes efeitos na figura a seguir:

Devemos ento, como podemos observar na figura acima trabalhar com o transformador com temperaturas abaixo de 95C para que possamos atingir a meta de vida til esperada para a unidade.

importante citar que transformadores no devem ser sobre dimensionados, pois, trabalhando desta forma consome a mesma potncia reativa que consumiria com uma carga em torno de 70 % da nominal.

Um dos itens de maior importncia a ser considerado quando da instalao e inspeo do transformador so as condies de ventilao das unidades. Para melhorar a troca de calor, so projetados dispositivos para executar a troca denominados de radiadores.

Sendo assim, como podemos observar, a condio de temperatura do transformador interfere diretamente na vida do dieltrico.

Existem fatores gerados pela quebra da selagem do sistema (tanque). Quando isso ocorre passamos a contaminar o lquido isolante.

Hoje o mercado cada vez mais est se dedicando a compra de transformadores do tipo seco, onde as bobinas so revestidas com resinas capazes de garantir a isolao do potencial a qual esto submetidas e dissipar o calor gerado durante seu funcionamento.

Anlise do efeito joule nos transformadores.

Podemos observar que extremamente importante a troca de calor, pois com isso todos os materiais envolvidos em garantir a isolao do transformador, tero sua vida til assegurada pr um tempo maior. Verificando que os materiais isolantes so quem mais sofrem com o calor, podemos atravs destes determinar a expectativa de vida til da unidade. Para tanto em transformadores de fora com leo isolante, basta executar anlise do teor de furfural, que procura verificar o grau de contaminao da celulose empregada na isolao do trafo (degradao do papel), e com esses dados procura determinar a vida til restante da unidade.

Com o ensaio acima, podemos nos planejar, para troca ou rejuvenescimento quando possvel da unidade antes que venha a falhar. Existem ensaios que devem ser executados anualmente nos transformadores sendo de extrema importncia o seu acompanhamento veremos a seguir.

Efeitos fsicos qumicos em mquinas isoladas a leo.

Um dos materiais isolantes mais conhecido no ramo eltrico o leo mineral, que apresenta entre suas principais funes resfriar e isolar.

Resfriar: Para dissipar o calor proveniente da operao do equipamento, requer baixa viscosidade do leo, a fim de facilitar a circulao do mesmo.3

Isolar: No permitir a formao de arco eltrico entre dois condutores com diferenas de potencial.

O leo atualmente um derivado de petrleo. Aps sofrer processamento industrial especfico para tal fim, apresenta uma variada gama de hidrocarbonetos chamando a ateno para trs tipos:

hidrocarbonetos parafnicos: so aqueles que apresentam carbonos saturados, em cadeias abertas, podendo ser essas cadeias ramificas ou lineares.

hidrocarbonetos naftnicos: so de carbonos saturados de cadeias fechadas chamados ciclos alcanos.

hidrocarbonetos aromticos: so cadeias fechadas que apresentam carbonos insaturados de formao benznica.

Evidentemente, a conjuno desses trs tipos de hidrocarbonetos transmite ao leo isolante caractersticas bem definidas de comportamento fsico-qumico como densidade, estabilidade oxidao, ponto de fluidez etc; essas particularidades fsico-qumicas fizeram com que aparecessem no mercado brasileiro dois tipos de leo isolante bem distintos: leo mineral isolante tipo A e leo isolante tipo B.

leo mineral tipo A: apresenta predominncia de cadeia naftnica (ciclo alcano) ou caractersticas fsico-qumicas dos ciclos alcanos, e pr isso so chamados naftnicos, cujo tipo vem desaparecendo do mercado pela sua escassez, devido falta de novas fontes de leo com tais caractersticas.

leo mineral tipo B: apresenta predominncia de cadeia parafnica (alcanos) com caractersticas fsico-qumicas dos alcanos e pr isso so chamados leos parafnicos.

O emprego do tipo A ou B est vinculado a classe de tenso do transformador.

leo mineral isolante Tipo A: equipamentos para tenso menor que 138 Kv.

leo mineral isolante Tipo B: equipamentos para tenso maior que 138 Kv.

A medida que analisamos os profissionais envolvidos no dia a dia com o acompanhamento de equipamentos isolados com fludos (leos isolantes), observamos a falta de conhecimento sobre o significado dos ensaios fsicos qumicos e o que os mesmos representam para o equipamento. Abaixo daremos uma idia genrica dos conceitos e ensaios mais freqentes realizados.

Teor de gua:

Relaciona: isolao trmica/eltrica e contaminao.

Detecta: gua

Indica : contaminao, comprometendo as propriedades dieltricas e tendncias a oxidao.

Influncia no leo: se maior que o recomendado: reduo das caractersticas dieltricas e tendncias oxidao.

Influncia no trafo: se maior que o recomendado: reduo das caractersticas dieltricas.

Rigidez dieltrica:

Relaciona: com isolao trmica/eltrica, composio qumica, processo usado na refrigerao, contaminao e deteriorao (Fig. 11).

Detecta: contaminantes, partculas em suspenso e umidade.

Indica: contaminao ou grau de tratamento deficiente.

Influncia no leo: valor menor: propriedades dieltricas prejudicadas.

Influncia no trafo: o mesmo para o leo.

Tenso interfacial:

Relaciona: Isolao trmica/eltrica, refrigerao, processo de refino, contaminao, deteriorao.

Detecta: contaminantes polares solveis em gua e produtos de oxidao.

Indica: processo de refino deficiente, contaminao de/ ou deteriorao do leo.

Influncia no leo: valores abaixo do limite indicam possibilidade de reduo das carctersticas dieltricas.

Influncia no trafo: valores abaixo do limite indicam possibilidade de reduo das caractersticas dieltricas. Quando muito baixo, < 20 dinas/cm, iminente formao ou presena de borra.

Acidez:

Relaciona: isolao termo/eltrica, refrigerao, processo usado no refino, deteriorao

Detecta: compostos cidos e polares.

Indica: deteriorao do leo, refino deficiente.

Influncia no leo: valores acima do limite prejudicam as propriedades dieltricas facilitando a formao de borra.

Influncia no trafo: valores abaixo do limite podem destruir os materiais isolantes, atacar os metais.

Tangente delta a 90 C:

Relaciona: isolao termo /eltrica, processo usado no refino, contaminao, deteriorao.

Detecta: contaminantes, produtos de oxidao, sabes metlicos, interao qumica entre materiais isolantes.

Indica: deteriorao ou contaminao prejudicando as propriedades dieltricas.

Influncia no leo: se maior: propriedades prejudicadas.

Influncia no trafo: para equipamentos novos: incompatibilidade de materiais poder de solvncia sobre os materiais construtivos.

Viscosidade:

Relaciona: com refrigerao, composio qumica, processo usado no refino.

Indica: o tipo de leo cru bsico para a mesma frao de destilao para o ndice de viscosidade.

Influncia para o trafo: valor acima do recomendado prejudica a refrigerao.

Cor:

Relaciona: composio qumica, processo usado no refino, contaminao, deteriorao.

Detecta: compostos qumicos.

Indica: grau e processo de refino deficiente, contaminantes, e/ou deteriorao.

Influncia para o leo: valor acima do recomendado: isoladamente sem significao. Sua interpretao deve ser associado a outros ensaios, acidez, viscosidade, tangente etc.

Influncia para o trafo: valor acima do recomendado: isoladamente, sem significao. Sua interpretao deve ser associada a outros ensaios.

Ponto de fulgor:

Relaciona: composio qumica, processo usado no refino, contaminao.

Detecta: hidrocarbonetos leves de baixo ponto de inflamao.

Indica: grau de segurana e contaminao com fraes leves.

Influncia para o leo: valor menor recomendado: diminuio do grau de segurana.

Influncia para o trafo: valor menor ao recomendado: diminuio do grau de segurana.

Estabilidade da oxidao:

Relaciona: isolao trmica/eltrica, processo de refino, contaminao e deteriorao.

Detecta: gua livre e partculas em suspenso.

Indica: processo de refino deficiente, contaminao ou deteriorao do leo.

Influncia para o leo: propriedades dieltricas prejudicadas.

Influncia para o trafo: as propriedades dieltricas podem ser prejudicadas porque a gua e partculas slidas favorecem a condutibilidade eltrica.

Efeitos causados pr curto entre espiras.

Quando da existncia de curto entre espiras no transformador, existir alteraes de comportamento como o que veremos abaixo:

Alterao de temperatura.

Alterao de corrente (diferena entre fases).

No caso de transformadores protegidos pr rels diferenciais, poder atuar a unidade.

Alterao de rudo emitido pelo mesmo.

Alterao da relao de transformao.

As alteraes acima indicam uma possvel falha entre espiras, sendo assim, poderemos verificar o problema utilizando o T.T.R (Transformer Turn Ratio, fig. 11). Neste teste, no podemos ter uma diferena maior que 0,5 % entre o calculado, e o encontrado no ensaio. de fundamental importncia comparar os valores encontrados com os valores de histrico. No caso dos ensaios determinar a existncia de problemas internos teremos que enviar a unidade para reparo em empresa especializada.

5.4 DISJUNTORES

Introduo

Para uma melhor compreenso dos fenmenos ligados interrupo de correntes conveniente fazer uma reviso do histrico da disrupo dos dieltricos gasosos.

Conceito de rigidez dieltrica

Foi introduzido por Maxwell em 1873 como sendo a relao entre a tenso que produz a disrupo entre dois eletrodos e a distncia entre eles e que vlida para campos uniformes:

Onde: e a rigidez dieltrica em KV/cm, Vd a tenso que provocou a disrupo em KV a distncia entre os eletrodos em cm.

E = Vd / e

Lei de Paschen

Foi enunciada em 1889: a tenso disruptiva de um gs, a temperatura constante, funo do produto presso x distncia entre os eletrodos. A curva que exprime a lei de Paschen tem o aspecto geral mostrado abaixo, com um mnimo bem definido para cada gs.

Por essa lei, se multiplicarmos a presso por um fator k e dividirmos a distncia pelo mesmo fator k, a tenso disruptiva continua a mesma.

Esta lei tem uma importncia tecnolgica fundamental pois a partir dela podemos efetuar:

(correo das distncias de isolao com a variao da altitude.

Sabendo-se que a medida que aumenta a altitude diminui a presso atmosfrica a distncia de isolao deve ser aumentada para continuar apresentando a mesma tenso suportvel (sob a mesma temperatura). Levando em conta a temperatura a correo para a distncia se faz aproximadamente com a densidade do ar dada por:

(= O,386p

273+ t

onde p a presso atmosfrica em mmHg e t a temperatura em C, adotando-se como valores de referncia po = 76OmmHg e to = 20C. Para outras unidades a frmula a seguinte:

onde p a presso em uma nova altitude, po a presso ao nvel do mar adotada como referncia To a temperatura de referncia em Kelvin e T a nova temperatura em Kelvin

(uso de disjuntores de ar comprimido: para estes disjuntores as distncia entre os contatos na posio aberta pode ser muito menor, proporcionalmente presso utilizada.

(uso de instalaes encapsuladas e disjuntores em SF6 : este gs melhor dieltrico que o ar e sob presses relativamente baixas apresenta rigidez dieltrica equivalente ao ar sob altas presses e as dimenses desses equipamentos e instalaes ficam mais atrativas construtiva e economicamente.

Corrente atravs de gs ionizado

No ar, na superfcie da Terra, h uma certa quantidade de ons (cerca de 2.000 a 3.0001cm3) causados pelo bombardeamento por raios csmicos e por radiao emitida pelo solo (que varia de regio para regio da crosta terrestre).

Por ocasio das tempestades essa quantidade aumenta muito, cerca de 10 vezes.

5.5 Cargas Lineares

Resistores

Se o circuito for resistivo, a corrente e a tenso se anulam simultaneamente e a interrupo ser mais fcil. Em outras palavras a interrupo depende do fator de potncia como ser visto abaixo.

V-se assim que a interrupo em C.A. mais fcil que em 0.0. e um interruptor projetado para CA. s pode ser capaz de interromper correntes contnuas se os parmetros tenso e corrente forem reduzidos. costume dizer que um disjuntor ou contator para CA. desclassificado para funcionar em C.C. Isto quer dizer que le ser capaz de interromper correntes continuas se o valor da corrente, da tenso ou de ambas forem reduzidos.

Capacitores

Num circuito capacitivo a corrente esta adiantada de 90 em relao tenso na separao dos contatos a tenso estar no seu valor de curto dificultar a interrupo.

Indutores

A situao anloga anterior, pois aqui a tenso est adiantada de 900em relao a corrente.

Cargas formadas por resistores, indutores e capacitores.

No caso de uma impedncia constituda por uma associao srie ou paralela de indutores, resistores e capacitores a tenso de recuperao assume uma forma senoidal mas como uma sobretenso sobreposta (overshoot).

Esta tenso de recuperao at alguns anos atrs no era levada em considerao nos ensaios de disjuntores de baixa tenso mas as normas mais recentes passaram a exigir a sua medio.

A inteno que o disjuntor no seja favorecido (montando-se um circuito com uma tenso de recuperao com subidas suaves e sem sobretenso) ou prejudicado quando, ao contrrio os componentes de circuito provocam uma tenso de recuperao rspida e com sobretenso elevada, a forma da tenso de recuperao do tipo apresentado.

possvel, dependendo do modo de associao dos componentes que interrupo de uma carga com fator de potncia mais favorvel d uma interrupo mais difcil.

5.6 Cargas no lineares

Se o disjuntor alimentar uma carga no linear, quando ocorrer um curto-circuito possvel que ele tenha mais dificuldade para interromper ou venha mesmo a falhar.

Um exemplo um curto-circuito durante a energizao de um transformador em vazio que esteve desligado por um longo perodo.

Na energizao h uma alta corrente com uma elevada taxa de harmnicas que frequentemente interpretada pelo sistema de proteo como corrente de curto-circuito.

Quando a corrente interrompida gerada uma sobretenso que pode provocar uma reignio ou um reacendimento do arco e se o contato mvel j estiver prximo do final do percurso ele provavelmente ir falhar. necessrio confirmar com o fabricante a capacidade do disjuntor atuar corretamente nestes casos especiais. Nas baixas tenses este caso ocorre quando h ansformadores de isolamento ou de adaptao das diferentes tenses.

A altitude

A tenso disruptiva pare um par de eletrodos funo do produto p