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Setembro, 2014 Fernando Coelho Mourão Bianchi de Aguiar Licenciado em Ciências de Engenharia Mecânica Uma Metodologia para Aplicação da Marcação CE em Máquinas Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Mecânica Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Orientador: Prof. Doutor António Manuel Flores Romão de Azevedo Gonçalves Coelho, Professor Catedrático, Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial, FCT/UNL Júri: Presidente: Prof. Doutor António José Freire Mourão Arguente Prof. Doutor João Manuel Vicente Fradinho Vogais: Prof. Doutor António Manuel Gonçalves Coelho Eng. Fernando Manuel Ramos Calçada

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Setembro, 2014

Fernando Coelho Mourão Bianchi de Aguiar

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Licenciado em Ciências de Engenharia Mecânica

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[Habilitações Académicas]

Uma Metodologia para Aplicação da Marcação CE em

Máquinas

[Título da Tese]

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Mecânica

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

[Engenharia Informática]

Orientador: Prof. Doutor António Manuel Flores Romão de Azevedo Gonçalves Coelho,

Professor Catedrático, Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial,

FCT/UNL

Júri:

Presidente: Prof. Doutor António José Freire Mourão

Arguente Prof. Doutor João Manuel Vicente Fradinho

Vogais: Prof. Doutor António Manuel Gonçalves Coelho

Eng. Fernando Manuel Ramos Calçada

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Copyright

Uma Metodologia para Aplicação da Marcação CE em Máquinas

Copyright © Fernando Coelho Mourão Bianchi de Aguiar, Faculdade de Ciências e Tecnologia,

Universidade Nova de Lisboa.

A Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa têm o direito, perpétuo

e sem limites geográficos, de arquivar e publicar esta dissertação através de exemplares impressos

reproduzidos em papel ou de forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha

a ser inventado, e de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e

distribuição com objetivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que seja dado

crédito ao autor e editor.

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Agradecimentos

Redigida e apresentada esta dissertação, etapa final da minha formação universitária, meta

importante da minha vida, queria expressar o meu reconhecimento a todos aqueles que me

apoiaram nesta caminhada e contribuíram para a realização deste trabalho.

Ao Professor Doutor Coelho Gonçalves, meu orientador, o meu agradecimento pela

disponibilidade, orientação, motivação e apoio que sempre manifestou e o conhecimento que me

transmitiu.

Ao Professor Doutor António Mourão pelo apoio na escolha do tema da dissertação e na procura

de um estágio.

Aos sócios e funcionários da empresa Construal, que me acolheram no meu estágio curricular e

me ajudaram a ter uma visão da atividade empresarial na área da Engenharia Mecânica e do seu

exemplar empreendedorismo e aos funcionários da mesma, pela disponibilidade e boa vontade

que sempre tiveram comigo.

Aos meus Pais, Irmãos e Avó pelo exemplo de vida, pelo incentivo transmitido nos momentos

mais difíceis e pelo apoio que me dedicaram.

À minha namorada Constança, pela companhia e apoio permanentes.

A todos o meu sincero agradecimento.

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Uma Metodologia para Aplicação da Marcação CE em Máquinas

Resumo

A presente dissertação tem como objetivo o desenvolvimento de uma metodologia para aplicação

da marcação CE num equipamento elétrico e mecânico na perspetiva do fabricante. Esta será

acompanhada com um caso de estudo, que servirá de exemplo prático e complementará a

explicação do processo. O produto em estudo é uma máquina fabricada pelo Grupo Construal,

empresa CFM - Projecto e Construção de Máquinas, Lda., modelo comercial CR Plus, que tem

como principal finalidade cortar pedra nas indústrias de transformação de rochas ornamentais.

A marcação CE é um “passe” de livre comercialização de produtos na Europa que tem como

objetivo permitir às entidades fiscalizadoras verificar se os fabricantes garantem, ou não, a

conformidade do seu produto relativamente aos requisitos de saúde, segurança e proteção

ambiental da União Europeia. Essa conformidade é documentada pelo fabricante através de um

dossiê técnico com certos requisitos que - apesar de explicitados nas diretivas e em normas

complementares de apoio - necessitam de um processo de validação. Este trabalho pretende

facilitar a realização desse processo para máquinas, explicando-o passo-a-passo, em forma de

guião.

No Capítulo 1 introduz-se a importância do tema, os objetivos e a estrutura da dissertação. No

Capítulo 2 analisa-se a marcação CE, sendo também mencionada a legislação aplicável para

garantir a conformidade de produtos. No Capítulo 3 expõe-se as Diretivas aplicáveis às máquinas.

O Capítulo 4 contém a metodologia que se desenvolveu para a aplicação da Diretiva Máquinas.

Por fim, no Capítulo 5 apresenta-se a empresa do Grupo Construal que fabrica a máquina em

estudo, juntamente com a aplicação à máquina de corte modelo CR Plus da metodologia descrita

no Capítulo 4.

Uma breve nota final avalia o grau de concretização dos objetivos fixados inicialmente, dando

destaque à perspetiva do fabricante, sempre presente no desenvolvimento da metodologia. Face à

grande dinâmica regulamentar da EU é realçado o interesse em manter atualizada a metodologia

exposta.

Palavras-chave: marcação CE, Diretivas “Nova Abordagem”, Diretiva Máquinas, Diretiva Baixa

tensão, Diretiva Compatibilidade eletromagnética, máquinas, segurança, análise de risco.

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A Methodology for the Application of CE Marking on Machinery

Abstract

The dissertation aims at developing a methodology for the application of CE marking in electrical

and mechanical appliances from a manufacturer’s perspective. A case study will serve as an

example that will further contribute towards the understanding of the process. The product under

consideration is the commercial model of the CR Plus machine, manufactured by a CFM company

- Projecto e Construção de Máquinas, Lda. (Construal Group), whose main function is to cut stone

for the ornamental rock processing industry.

The CE marking is a "passport" enabling free trade within the European market and allowing

supervisory authorities to verify whether manufacturers can guarantee compliance of their

product regarding European Union health, safety and environmental protection requirement.

Compliance is documented through technical documentation provided by the manufacturer,

including certain requirements that, although explained in policy documents and supporting

documentation, do require a complex process to prove compliance. This dissertation aims to

facilitate the compliance process for machinery and appliances manufacturers via step-by-step

explanations in the form of a script.

Chapter 1 introduces the importance of the subject, the objectives and the structure of the

dissertation. Chapter 2 examines in detail the CE marking as well as the applicable legislation on

product compliance. Chapter 3 details the European Union directives applicable to machinery and

appliances. Chapter 4 contains the methodology created for the implementation of the Machinery

Directive. Finally, Chapter 5 presents the Construal business group, manufactures of the machine

in study, and applies the methodology described in Chapter 4 on the CR Plus model cutting

machine.

A brief final note assesses the degree of achievement of the objectives set initially, emphasising

on the manufacturer's perspective in the development of this methodology and suggestions for

further work towards keeping the proposed methodology updated and in alignment with the EU

regulatory dynamics.

Keywords: CE marking, “New Approach” directives, Machinery Directive, Low voltage

Directive, Electromagnetic compatibility Directive, machinery, safety, risk assessment

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Conteúdo

Capítulo 1 Introdução ................................................................................................. 1

1.1. Importância do Tema .................................................................................................... 1

1.2. Objetivos ....................................................................................................................... 3

1.3. Estrutura da Dissertação ................................................................................................ 3

Capítulo 2 Marcação CE ............................................................................................ 5

2.1. A Evolução .................................................................................................................... 6

2.2. Contextualização Internacional ..................................................................................... 9

2.3. Legislação ................................................................................................................... 10

2.3.1. Jornal Oficial da União Europeia (JO) ................................................................ 10

2.3.2. Legislação nacional ............................................................................................. 12

2.3.3. Diretivas “Nova Abordagem” ............................................................................. 12

2.3.4. Normas ................................................................................................................ 13

2.3.5. Fiscalização ......................................................................................................... 15

2.4. Organismos de Normalização Internacionais (OIN) e Europeus (OEN) .................... 16

2.5. Organismo de Normalização em Portugal ................................................................... 20

2.6. Obrigações ................................................................................................................... 22

2.6.1. Avaliação da Conformidade ................................................................................ 22

2.6.2. Dossiê Técnico .................................................................................................... 24

2.6.3. Manual de Instruções .......................................................................................... 25

2.6.4. Declaração CE de Conformidade ........................................................................ 25

2.6.5. Logótipo .............................................................................................................. 26

Capítulo 3 Marcação CE de Máquinas ................................................................... 29

3.1. Diretiva Máquinas – 2006/42/CE ................................................................................ 29

3.2. Diretiva Baixa Tensão – 2006/95/CE e 2014/35/UE .................................................. 32

3.3. Diretiva Compatibilidade Eletromagnética - 2004/108/CE e 2014/30/UE ................. 35

Capítulo 4 Metodologia para aplicação ................................................................... 39

4.1. Objetivos ..................................................................................................................... 39

4.2. Estrutura ...................................................................................................................... 40

4.3. Fase Inicial .................................................................................................................. 41

4.3.1. Instrução sobre Marcação CE: Objetivos e Legislação ....................................... 41

4.3.2. Descrição do Produto .......................................................................................... 41

4.3.3. Identificação da(s) Diretiva(s) que se Aplicam ao Produto ................................. 43

4.3.4. Listagem das Normas Harmonizadas .................................................................. 50

4.4. Aplicação da Diretiva Máquinas – 2006/42/CE .......................................................... 50

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4.4.1. Identificação dos Requisitos ................................................................................ 50

4.4.2. Elaboração da Análise de Risco do Anexo I ....................................................... 56

4.4.2.1. Preparação ................................................................................................... 60

4.4.2.2. Determinação dos Limites da Máquina ....................................................... 60

4.4.2.3. Identificação de Perigos .............................................................................. 70

4.4.2.4. Estimação do Risco ..................................................................................... 79

4.4.2.5. Avaliação e Redução de Risco .................................................................... 83

4.5. Aplicação da Diretiva Baixa Tensão - 2006/95/CE .................................................... 88

4.5.1. Identificação dos Requisitos ................................................................................ 88

4.6. Aplicação da Diretiva Compatibilidade Eletromagnética – 2004/108/CE .................. 89

4.6.1. Identificação dos Requisitos ................................................................................ 89

4.7. Elaboração do Dossiê Técnico .................................................................................... 90

Capítulo 5 Exemplo de Aplicação numa Máquina ................................................. 93

5.1. Considerações Prévias ................................................................................................. 93

5.2. A Metodologia Utilizada ............................................................................................. 95

5.2.1. Descrição do Produto .......................................................................................... 95

5.2.2. Identificação das Diretivas Aplicáveis ................................................................ 96

5.2.3. Lista das Normas Harmonizadas ......................................................................... 97

5.2.4. Identificação dos Requisitos ................................................................................ 97

5.2.5. Aplicação das Diretivas ....................................................................................... 98

5.2.6. Lista de Componentes ....................................................................................... 101

5.2.7. Manual de Instruções ........................................................................................ 102

5.2.8. Declaração CE de Conformidade ...................................................................... 102

5.2.9. Desenhos Técnicos da Máquina ........................................................................ 102

Capítulo 6 Conclusões ............................................................................................. 103

6.1. Considerações Finais ................................................................................................. 103

6.2. Sugestões para Trabalhos a Desenvolver no Futuro.................................................. 104

Bibliografia ................................................................................................................ 105

- Módulos de Avaliação de Conformidade ................................................ 113

- Aplicação Matriz Produto-Diretiva ......................................................... 115

- Identificação de Diretivas – “Método Z” ................................................ 117

- Determinação de Limites .......................................................................... 123

- Descrição de Tarefas da Desmontagem – Descrição Fotográfica ......... 136

- Descrição de Tarefas da Desmontagem em Tabela ................................ 140

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- Descrição de Falhas .................................................................................. 143

- Determinação de Perigos .......................................................................... 145

- Estimação e Redução do Risco ................................................................ 148

- Manual de Instruções .............................................................................. 151

- Declaração de Conformidade da CR Plus ............................................. 157

- Declaração de Conformidade de Componentes .................................... 159

- Exemplos de Desenhos Técnicos da Máquina ....................................... 161

- Exemplos de Esquemas de Circuitos da Máquina ............................... 165

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Índice de Figuras

Figura 1.1 - Fluxograma da Estrutura da Dissertação ................................................................... 4

Figura 2.1 - Marcação CE numa máquina ..................................................................................... 6

Figura 2.2 - Evolução da sinistralidade na EU a 15 e em Portugal nos últimos 30 anos. ............. 8

Figura 2.3 - Marcações de produtos relacionadas com a segurança............................................ 10

Figura 2.4 - Logótipo da OIN ISO .............................................................................................. 17

Figura 2.5 - Logótipo da OIN IEC .............................................................................................. 17

Figura 2.6 - Logótipo da OEN CEN ........................................................................................... 18

Figura 2.7 - Logótipo da OEN CENELEC e ETSI ..................................................................... 18

Figura 2.8 - Elaboração de Normas Portuguesas ........................................................................ 21

Figura 2.9 - Organização dos Organismos de Normalização ...................................................... 22

Figura 2.10 - Representação Modular da Avaliação de Conformidade ...................................... 23

Figura 2.11 - Proporções da marcação CE .................................................................................. 26

Figura 2.12 - Outros Exemplos de Utilização Indevida da marcação CE ................................... 26

Figura 2.13 - Utilização Indevida da marcação CE (direita): "China Export" ............................ 27

Figura 4.1 - Fluxograma de Aplicação da Metodologia .............................................................. 40

Figura 4.2 - Árvore da Visão Global dos Procedimentos para Conformidade ............................ 42

Figura 4.3 - Árvore Subprocesso "Descrição do Produto" .......................................................... 42

Figura 4.4 - Fluxograma do Subprocesso "Identificação das diretivas"...................................... 44

Figura 4.5 - Matriz Produto-Diretivas ......................................................................................... 46

Figura 4.6 - Fluxograma de Aplicação da DBT .......................................................................... 47

Figura 4.7 - Fluxograma de Aplicação da DCE .......................................................................... 48

Figura 4.8 - Fluxograma de Aplicação da DM ............................................................................ 49

Figura 4.9 - Resultado da Avaliação do “Método Z” .................................................................. 49

Figura 4.10 - Árvore Aplicação da Diretiva Máquinas ............................................................... 51

Figura 4.11 - Árvore da “Avaliação de Conformidade de Uma Quase-Máquina”...................... 52

Figura 4.12 - Árvore dos Processos para Cumprir Requisitos Essenciais Pertinentes ................ 53

Figura 4.13 - Árvore dos Procedimentos de Avaliação da Conformidade de uma Máquina ...... 54

Figura 4.14 - Fluxograma da Análise de Risco ........................................................................... 59

Figura 4.15 - Exemplo de Cabeçalho do Template Notas ........................................................... 61

Figura 4.16 - Marcação Linhas do Formulário............................................................................ 61

Figura 4.17 - Marcação - Exemplo de Notas Adicionais ............................................................ 62

Figura 4.18 - Determinação de Limites: Formulário 1 ................................................................ 62

Figura 4.19 - Determinação de Limites: Exemplo de Preenchimento do Formulário 1 .............. 63

Figura 4.20 - Determinação de Limites: Exemplo 2 de Preenchimento do Formulário 1 ........... 63

Figura 4.21 - Determinação de Limites: Formulário 2 – parte 1 ................................................. 63

Figura 4.22 - Determinação de Limites: Formulário 2 – parte 2 ................................................. 64

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Figura 4.23 - Determinação de Limites: Exemplo de Preenchimento Formulário 2 ................... 64

Figura 4.24 - Determinação de Limites: Exemplo 2 de Preenchimento Formulário 2 ................ 64

Figura 4.25 - Determinação de Limites: Formulário 3 ................................................................ 65

Figura 4.26 - Determinação de Limites: Formulário 4 ................................................................ 65

Figura 4.27 - Determinação de Limites: Formulário 5 – parte 1 ................................................. 67

Figura 4.28 - Determinação de Limites: Formulário 5 – parte 2 ................................................. 67

Figura 4.29 - Determinação de Limites: Formulário 6 ................................................................ 67

Figura 4.30 - Exemplo Preenchimento do Formulário 6 ............................................................. 68

Figura 4.31 - Determinação de Limites: Formulário 7 ................................................................ 68

Figura 4.32 - Formulário 8; Exemplo: Propriedades do Material a ser Processado .................... 69

Figura 4.33 - Formulário 8; Exemplo: Limpeza exigida ............................................................. 69

Figura 4.34 - Formulário 8; Condições de utilização da máquina .............................................. 70

Figura 4.35 - Abordagens de Identificação do Perigo no Sentido Ascendente e Descente ......... 71

Figura 4.36 - Exemplos de perigos típicos que se podem encontrar na Norma ISO 12100 ........ 72

Figura 4.37 - Identificação de fenómenos perigosos - Preparação .............................................. 73

Figura 4.38 - Diagrama de falhas ................................................................................................ 75

Figura 4.39 - Elementos do Risco ............................................................................................... 79

Figura 4.40 - Impacto das Medidas de Controlo no Risco .......................................................... 84

Figura 4.41 - Exemplo de Normas Harmonizadas para Conformidade na Redução de Risco .... 86

Figura 4.42 - Árvores Obrigação dos Fabricantes e Objetivos de Segurança ............................. 88

Figura 4.43 - Árvore Aplicação DCE .......................................................................................... 89

Figura 5.1 - Máquina de Corte - Modelo CR PLUS (sem proteções frontais) ............................ 93

Figura 5.2 - Cabeça de corte e os 5 eixos independentes de movimentação ............................... 94

Figura 5.3 - Cortes executados numa superfície de mármore a título de demonstração das

capacidades da máquina CR Plus ................................................................................................ 94

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Índice de Tabelas

Tabela 2.1 - Séries de informação do JO .................................................................................... 11

Tabela 2.2 - Diretivas "Nova Abordagem" ................................................................................. 14

Tabela 2.3 - Tipos de Normas Harmonizadas ............................................................................. 15

Tabela 2.4 - Revisão dos Módulos .............................................................................................. 24

Tabela 3.1 - Apresentação resumida do conteúdo da DM .......................................................... 30

Tabela 3.2 - Anexos da DM ........................................................................................................ 31

Tabela 3.3 - Principais Modificações da DM desde 1989 ........................................................... 32

Tabela 3.4 - Apresentação resumida do conteúdo da DBT ......................................................... 33

Tabela 3.5 - Anexos da DBT ....................................................................................................... 33

Tabela 3.6 - Principais Modificações da DBT ............................................................................ 34

Tabela 3.7 - Apresentação resumida do conteúdo da DCE ......................................................... 36

Tabela 3.8 - Anexo da DCE ........................................................................................................ 36

Tabela 3.9 - Principais modificações da DCE ............................................................................. 37

Tabela 4.1 - Lista de Normas Harmonizadas .............................................................................. 50

Tabela 4.2 - Processos da Análise de risco ................................................................................. 58

Tabela 4.3 - Escala para Frequência de Exposição (Método RoSPA/IOSH) .............................. 66

Tabela 4.4 - Descrição de Tipos de Pessoas em Contacto com a Máquina ................................. 66

Tabela 4.5 - Exemplo de um Formulário de Identificação de Ocorrências/Operações ............... 74

Tabela 4.6 - Palavras-Chave do Método HAZOP ....................................................................... 77

Tabela 4.7 - Exemplo de Formulário de Identificação de Fenómenos Perigosos ....................... 78

Tabela 4.8 - Exemplo de Formulário de Identificação de Fenómenos Perigosos ....................... 78

Tabela 4.9 - Grau de Risco .......................................................................................................... 80

Tabela 4.10 - Probabilidade de Ocorrência ................................................................................. 80

Tabela 4.11 - Frequência de Exposição....................................................................................... 80

Tabela 4.12 - Grau de Possível Dano .......................................................................................... 81

Tabela 4.13 - Número de Pessoas em Risco ............................................................................... 81

Tabela 4.14 - Modelo para Estimação do Risco .......................................................................... 82

Tabela 5.1 - Lista Reduzida das Diretivas ................................................................................... 96

Tabela 5.2 - Lista das Diretivas Aplicáveis ................................................................................. 96

Tabela 5.3 - Lista das Normas Harmonizadas ............................................................................. 97

Tabela 5.4 - Procedimentos Gerais da Máquina CR Plus ........................................................... 99

Tabela 5.5 - Exemplos de Normas Aplicadas da DM ................................................................. 99

Tabela 5.6 - Exemplos de Normas Aplicadas da DBT .............................................................. 100

Tabela 5.7 -Exemplo de Lista de Componentes: Motores e Transmissões ............................... 101

Tabela 5.8 - Exemplo de Lista de Componentes: Guias ........................................................... 101

Tabela 5.9 - Exemplo de Lista de Componentes: Cabos elétricos ............................................ 101

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Abreviaturas, Siglas e Definições

AEIE - Agrupamentos Europeus de Interesse Económico

ANSI – American National Standards Institute

BCE – Banco Central Europeu

BEI – Banco Europeu de Investimento

BERD - Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento

BSI – British Standards Institution

CCC – China Compulsory Certificate

CE – Comunidade Europeia; Conformité Européenne

CEI - Comunidade dos Estados Independentes

CEN – Comité Europeu de Normalização

CENELEC – Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica

CSA – Canadian Standards Association

CST - California Standards Test

CT - Comissões Técnicas Portuguesas de Normalização

DBT - Diretiva Baixa Tensão

DESP – Diretiva Equipamentos sob Pressão

DCE - Diretiva Compatibilidade Eletromagnética

DM – Diretiva Máquinas

ECHI - European Core Health Indicators

EM – Estado-membro

EN – Normas Europeias

ETSI – European Telecommunications Standards Institute

EUROSTAT – European Statistics

IPQ – Instituto Português da Qualidade

IOSH – Institution of Occupational Safety and Health

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ISO – Organização Internacional de Normalização

JO - Jornal Oficial da União Europeia

NRTL - Nationally Recognized Testing Laboratory

ONN - Organismo Nacional de Normalização

ONS - Organismo de Normalização Sectorial

PE – Parlamento Europeu

RoSPA – The Royal Society for the Prevention of Accidents

SPQ – Sistema Português da Qualidade

TC – Tribunal de Contas

UE – União Europeia

UL - Underwriters Laboratories

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1

Capítulo 1 Introdução

Para uma melhor compreensão do tema “marcação CE”, a dissertação começa por abordar a sua

definição, as diretivas e o quadro normativo que a regulam e as suas aplicações. A informação

sistematizada será aprofundada para a área específica das máquinas com a aplicação ao projeto

de uma máquina de corte e fresagem desenvolvida pela empresa Construal.

1.1. Importância do Tema

O crescimento da produção de bens transacionáveis é unanimemente considerado como um passo

vital para a recuperação económica do nosso país, pois a exportação de produtos de elevado valor

acrescentado contribuiu para o reequilibro da balança de pagamentos e, por essa via, das contas

nacionais.

Neste quadro, a “marcação CE” desempenha um papel muito relevante na concretização deste

objetivo considerando que - sendo uma forma de harmonização e unificação de procedimentos,

normas e legislação - contribui de forma relevante para a criação de um “mercado interno

europeu” livre e não discriminatório, através da eliminação de falsas barreiras técnicas. Dessa

forma, a marcação CE concorre para a promoção do desenvolvimento económico e social

harmonioso dos diversos EM. A própria Comissão Europeia considera a referida marcação como

um “passaporte” que facilita a livre circulação dos produtos industriais no seu interior, e

genericamente de todas as mercadorias, impondo padrões elevados de qualidade e segurança,

tanto para as pessoas como para o ambiente.

Noutra vertente igualmente importante, os requisitos a cumprir com a marcação contribuem

eficazmente para a introdução de preocupações de segurança na operação e utilização dos

produtos em causa, contribuindo para a redução dos acidentes. A marcação CE influencia

positivamente vários outros indicadores europeus, nomeadamente os relativos ao

desenvolvimento económico e social, onde critérios como a saúde, a segurança e o ambiente estão

no topo das prioridades.

Temos de reconhecer que, sem estas imposições, muitos fabricantes remeteriam para segundo

plano este tipo de preocupações, as quais, desta forma, são analisadas em paralelo com todos os

restantes requisitos.

Pelo menos nas últimas 2 décadas tem-se observado de forma mais constante um decréscimo do

número de acidentes de trabalho [1]. Estas estatísticas mais positivas não são só o resultado da

crescente instrução e formação dos operadores relativamente a comportamentos de segurança,

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mas também a consequência das exigências crescentes de segurança impostas aos fabricantes de

máquinas e de equipamentos industriais.

Nos dias de hoje, as questões relacionadas com a forma como são tratados os requisitos legais

têm evoluído consideravelmente, as quais, em conjunto com a evolução da tecnologia

proporcionam uma significativa melhoria na abordagem destes problemas.

Não descurando o contexto atual, face ao ambiente cada vez mais competitivo que as empresas

enfrentam, é imperativo garantir que o produto ou o equipamento é devidamente avaliado antes

de ser colocado no mercado e que o mesmo cumpre os requisitos de higiene, segurança e proteção

ambiental da UE, de acordo com o Compete, Programa Operacional Fatores de Competitividade

[2]. A marcação CE valoriza o produto e poderá fazer a diferença no balanço dos ganhos de uma

empresa inserida num mercado aberto e muito competitivo.

O desenvolvimento e a dimensão da Europa proporcionam um mercado aliciante para fabricantes

mas nem sempre suficiente para escalar convenientemente os seus negócios, o que só se consegue

ao alargar a venda dos seus produtos para fora dos países de produção e do próprio mercado

europeu.

De forma precisamente a facilitar e promover este processo, foi criada a legislação europeia de

segurança, saúde e ambiente que cada fabricante terá de cumprir, caso queria vender o seu produto

em qualquer país europeu. A marcação CE é obrigatória para maior parte dos produtos vendidos

na Europa. Infelizmente, devido à variedade de produtos e características o processo de

conformidade é moroso e complexo, por ser necessário uma interpretação diferente para cada

caso.

Apesar da responsabilidade da aplicação ser sempre do fabricante, devido à complexidade do

processo e ao fato da fiscalização do bom uso da marcação ser, em muitas circunstâncias, apenas

realizada em caso de denúncia, o processo não é convenientemente completado com todos os

requisitos obrigatórios e, muitas vezes, é mesmo negligenciado o acompanhamento do processo

com a criação do obrigatório dossiê técnico.

Compreende-se assim como é importante uma abordagem mais direta e de fácil compreensão para

prevenir casos ilícitos ou indevidos de aplicação da marcação CE, principalmente em aspetos de

segurança. Estes casos podem criar situações de risco desnecessárias que, em último caso, podem

mesmo provocar acidentes de trabalho com danos permanentes e até a morte do operador. Para

evitar estes casos, a fiscalização aplica pesadas multas, ou até penas criminais, caso exista ação

criminosa ou negligente.

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3

1.2. Objetivos

Esta dissertação tem como orientação principal estabelecer uma abordagem mais simples para

aplicação da marcação CE em máquinas. Apresenta inicialmente uma perspetiva geral da

marcação CE, passando pela análise de toda a documentação legal existente de forma a garantir

uma base sólida para a sua aplicação. Além disso, visa criar uma metodologia que decompõe o

quadro legislativo base da marcação CE das máquinas e demonstrar quais os diferentes caminhos

e etapas a cumprir em função do tipo de máquina a que se aplica. Esta metodologia não tem a

intenção de substituir a documentação legal, mas sim a criação de um documento que permita

acompanhar melhor o processo, explicando e interpretando as diferentes fases e etapas a percorrer,

e sugerindo documentos de interesse para apoio ao processo.

Apesar de existirem diversos guias de aplicação da marcação CE em máquinas, não foi encontrado

nenhum que abrangesse na perspetiva do fabricante, a totalidade dos processos que este deve

considerar em função do produto e em simultâneo com explicação e sugestão de metodologias a

aplicar nas diferentes fases. Apesar serem importantes para a interpretação dos documentos

legislativos, esses guias explicam estritamente o seu conteúdo ou aprofundam apenas um dos

processos mais importantes para obter marcação: a análise de risco.

A consolidação da metodologia far-se-á com alguns exemplos da sua aplicação numa máquina de

corte de pedra fabricada pela Construal, Construtora Mecânica Lda.

1.3. Estrutura da Dissertação

Em pouco mais de 100 páginas sintetizamos um trabalho de pesquisa sobre o tema escolhido que

termina com exemplos de aplicação da metodologia para uma máquina de corte de pedra

identificada durante um período de estágio realizado na empresa Construal – Construtora

Mecânica, Lda.

Na Figura 1.1, sob a forma de um fluxograma, está apresentada a estrutura seguida na elaboração

desta dissertação.

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Figura 1.1 - Fluxograma da Estrutura da Dissertação

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Capítulo 2 Marcação CE

A União Europeia é uma união económica e política de 28 países que reúne 7% da população

mundial e tem o maior PIB de todas as economias do mundo com 20 milhões de PME, 500

milhões de consumidores e 20% do volume mundial de exportações e importações [3]. Uma das

etapas mais relevantes desta união foi a criação de um mercado único europeu, vulgarmente

conhecido por «mercado interno», que permite a livre circulação de pessoas, bens, serviços e

capitais como se de um único país se tratasse [3].

O Tratado da União Europeia confere às instituições poderes para adotar legislação que prevalece

sobre a legislação nacional e é vinculativa para as autoridades nacionais. A Comissão Europeia

desempenha um papel importante, como proponente de legislação, garantindo o respeito pelos

tratados da União Europeia e assegurando que a legislação é corretamente aplicada em toda a

União, pelos cidadãos e pelas autoridades nacionais bem como pelas outras instituições da UE.

A regulação da livre circulação de bens começou com uma abordagem tradicional em que as

autoridades nacionais criavam as próprias legislações técnicas com grande detalhe, motivadas

pela falta de confiança no rigor dos operadores económicos em assuntos de saúde e segurança

pública. Surgiram assim diferenças nas regulamentações dos vários países que obrigavam a que

a exportação dos produtos tivesse de ser aprovada por um organismo especializado. Esta

abordagem criou muitas barreiras técnicas, tanto para a movimentação livre de bens dentro da

UE, quanto para a sustentabilidade das empresas.

Em 1983 foi realizada uma primeira tentativa de resolver a situação com a adoção da Diretiva

83/189/EEC, de 26 de março de 1983 [4]. Mais tarde, em julho de 1984, o Concelho Europeu

reconhece que “a normalização constitui uma contribuição importante para a livre circulação dos

produtos industrial e para a criação de um ambiente técnico comum a todas as empresas...”

“…contribuindo para a competitividade industrial, tanto no mercado comunitário quer nos

mercados externos, nomeadamente nas novas tecnologias” e através da uma Resolução, aprovada

em Maio de 1985 (85/C 136/01) [5], configurou uma “nova abordagem” em matéria de

harmonização técnica e de normalização. Esta abordagem centrou-se na criação de um novo

sistema de normalização europeu com a criação de legislação focada na criação de um mercado

único com a contribuição de diferentes organizações europeias de normalização, remetendo só a

título meramente transitório, para normas nacionais [6].

A conformidade dos requisitos de segurança, saúde e ambiente exigidos aos fabricantes, por força

de Diretivas de harmonização da União, é simbolizada pela marcação CE, a qual foi criada em

1992. As letras maiúsculas CE representam a designação francesa ‘Conformité Européenne’.

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Os EM devem assumir que os produtos que ostentam essa marcação, como representada na Figura

2.1, cumprem todas as disposições da legislação aplicável à sua aposição. Assim, os EM não

podem proibir, restringir ou impedir a colocação no mercado dos seus territórios de produtos que

a ostentam, a menos que existam disposições relativas à não conformidade. A afixação da

marcação na máquina tem como principal objetivo a exposição visual da conformidade do produto

para as entidades de fiscalização [7].

A marcação CE é obrigatória para todos produtos comercializados na UE, salvo exceções

referidas em Diretivas específicas, independentemente do país de fabricação. O fabricante é o

responsável pela afixação da marcação, que assim garante ter avaliado e verificado a

conformidade do produto com a legislação aplicável. Desta forma, a marcação CE não implica

necessariamente que o produto tenha sido testado e aprovado por uma autoridade competente.

Figura 2.1 - Marcação CE numa máquina

2.1. A Evolução

Após da Segunda Guerra Mundial houve grandes evoluções na circulação de bens e serviços entre

os países que agora constituem a UE. Neste breve cronograma é possível situar a evolução

legislativa em matéria de liberdade de circulação para o caso mais específico dos bens:

1958 - Tratado de Roma

1959 - Legislação comunitária para o trabalho, livre circulação de pessoas e bens,

produtos e segurança;

1985 - Introdução da “Nova Abordagem”;

1987 - Primeira referência à marcação CE para os produtos;

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1992 - É definido o Espaço Económico Europeu (EEE). A Comunidade Económica

Europeia (CEE) passa a intitular-se (Tratado de Maastricht) Comunidade

Europeia (CE);

1995 - A Diretiva Máquinas é obrigatória para máquinas novas;

1997 - Criada a Diretiva para a utilização segura dos equipamentos de trabalho;

2008 - É criado um novo quadro legislativo para a comercialização de produtos;

2009 - Reforma radical, tanto na política, quanto na tomada de decisão da UE [8].

Desde que a marcação CE foi criada (1992) é possível concluir que foram obtidos resultados

positivos. Estes resultados situam-se no âmbito dos principais objetivos subjacentes à sua criação

[8]:

Diminuição de acidentes no trabalho através do aumento de segurança;

Criação de um mercado único europeu;

Redução de custos para os produtores;

Disponibilização de procedimentos uniformes através de entidades públicas.

Ao analisar cada um dos objetivos, é possível perceber o impacto do aparecimento desta marcação

depois de 21 anos de existência.

Acidentes no trabalho

Por forma a documentar e monitorizar o impacto das políticas, tanto a nível nacional como a

europeu, foi criado o EUROSTAT que recolhe indicadores de todos os países da Europa e produz

séries estatísticas. Um dos indicadores recolhidos no núcleo de Indicadores de Saúde da

Comunidade Europeia (ECHI) é relativo aos danos (acidentes) nos locais de trabalho.

Por forma a obter uma amostra mais longa e equilibrada, considera-se o grupo EU15, o número

de países pertencentes à União Europeia antes da adesão de 10 países candidatos em 1 de Maio

de 2004. O EU15 reúne os seguintes países: Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França,

Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Reino

Unido [9].

Incluindo todos os trabalhadores com mais de 18 anos (população ativa), e tendo em consideração

que a marcação CE foi implementada em 1992, podemos observar na Figura 2.2 que o padrão de

redução dos acidentes de trabalho em Portugal não acompanhou a realidade média dos Países da

UE. A marcação CE e o grande esforço de melhoria da segurança, relativamente aos produtos e

equipamentos em geral terão, de uma forma global, contribuído para essa redução de

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sinistralidade. Não encontramos, contudo, informação estatística suficientemente detalhada que

possa confirmar plenamente esta afirmação [10].

Figura 2.2 - Evolução da sinistralidade na EU a 15 e em Portugal nos últimos 30 anos.

Fontes/Entidades: Portugal: GEP/MSSS (até 2009) [11]; GEE/MEE (a partir de 2010) [12] e Pordata [13], Nota: dados de 1998 estimados. EU15, EUROSTAT [10].

Mercado único europeu

Durante estes 21 anos da existência do Mercado Único, as fronteiras internas entre os países da

UE foram sendo abolidas. Desta forma concretizou-se o objetivo inicial da livre circulação:

de Pessoas

de Mercadorias e Serviços

e de Capitais [14]

Esta liberdade criou um mercado mais competitivo e tornou mais difícil a formação de

monopólios [15]. Por outro lado, as empresas menos eficientes sofreram uma perda de mercado

importante e muitas delas tiveram mesmo de fechar, ao não conseguir acompanhar o mercado

cada vez mais competitivo.

Os consumidores beneficiam assim com uma maior e melhor oferta, fruto desse mercado aberto

e competitivo que conduz à criação de produtos inovadores, de melhor qualidade e mais eficientes

a preços mais baixos.

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Portugal

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9

Redução de custos para os produtores

Nos primórdios da União, os custos dos produtos exportados eram muito elevados devido ao facto

de cada país ter os seus próprios requisitos. Com as Diretivas da “Nova Abordagem”, foi criado

um conjunto de procedimentos e requisitos gerais para a comercialização na EU que conduziram

a criação da marcação CE de aplicação obrigatória dentro da União Europeia [16].

Procedimentos uniformes

Como referido anteriormente, a marcação CE criou legislação uniformizada que tornou o

Mercado Europeu equilibrado para todos os produtos, como se de um país singular se tratasse.

2.2. Contextualização Internacional

Tal como existe a marcação CE na Europa, outras marcações são utilizadas noutros espaços

geográficos de integração económica para uniformizar a legislação de conformidade dos produtos

que neles circulam. Mas apesar de essas marcações partilharem o objetivo de aumentar a

segurança na utilização de produtos, os seus princípios de aplicação são diferentes.

A marcação CE é a única que simboliza uma garantia prestada pelo fabricante. Este declara, sob

sua responsabilidade, que foi avaliada a conformidade do produto e este satisfaz com a legislação

de saúde, segurança e proteção ambiental da UE relevante para o produto. Esta marcação, ao

contrário de outras, não garante que o produto foi certificado por um organismo externo. Mesmo

sendo obrigatória a participação de um organismo externo, a responsabilidade da afixação da

marcação é sempre do fabricante [17].

As outras marcações existentes atestam que o produto foi certificado e aprovado por um

organismo externo, que garante a cumprimento da legislação relevante. Tal legislação tanto pode

ter sido criada por uma instituição governamental de normas técnicas como pelo próprio

organismo de certificação, com aprovação governamental. Ao contrário da marcação CE, existem

vários casos, como a Canadian Standards Association (CSA) [18], no qual a marcação não é

obrigatória.

Na Figura 2.3 podem-se observar algumas marcações de associações governamentais de normas

técnicas ou de organismos de certificação.

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Figura 2.3 - Marcações de produtos relacionadas com a segurança [19]

Nenhuma das marcações presentes na Figura 2.3 poderá substituir a marcação CE para

comercialização na UE. O mesmo acontece na perspetiva contrária, a marcação CE nunca poderá

substituir a aplicação de outras marcações devido à diferença das legislações aplicáveis [20].

2.3. Legislação

2.3.1. Jornal Oficial da União Europeia (JO)

O Jornal Oficial da União Europeia tornou-se no diário oficial de registo para a União Europeia

desde a 1 de fevereiro de 2003, com a entrada em vigor do Tratado de Nice, em substituição do

Jornal Oficial da Comunidade Europeia do Carvão e Aço, o qual começou a ser publicado em

1952. O Jornal Oficial da União Europeia é editado nas línguas oficiais da UE e apenas os atos

jurídicos nele publicados são vinculativos [21].

Vale a pena referir que o Tratado de Nice [22] resultou da Conferência Intergovernamental (CIG)

aberta em 2000 [23], e teve como principal objetivo um acordo vinculativo entre os países da UE,

com medidas que permitissem a proceder à reforma das instituições, para que a UE pudesse

funcionar eficazmente com 25 países [24]. O Jornal é publicado em duas séries: A série L contém

a legislação da UE e a série C contém genericamente informações e anúncios. Foram criadas duas

séries de informação disponibilizada pelo Jornal e um suplemento, em publicação separada. Na

Tabela 2.1 referem-se detalhadamente os conteúdos das referidas séries:

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Tabela 2.1 - Séries de informação do JO

Série Informação Conteúdo

Série L Legislação Regulamentos;

Diretivas;

Decisões;

Recomendações;

Pareceres;

Repertório: alterações feitas, textos originais, acordos celebrados e

convenções assinadas pela UE

Série C Comunicações e

Informações

Comunicações sobre os acórdãos do Tribunal de Justiça e do

Tribunal de Primeira Instância;

Atas das sessões do PE;

Relatórios do TC;

Q&A escritas apresentadas pelo Parlamento ao Conselho ou à

Comissão;

Pareceres do Comité Económico e Social e do Comité das Regiões;

Anúncios de recrutamento das instituições da UE;

Anúncios relativos a programas e projetos da UE;

Outros documentos publicados em conformidade com a legislação

comunitária;

Contratos públicos para prestação de ajuda alimentar;

Série S

Anúncios de

concursos públicos

(suplemento)

Contratos nos sectores da água, da energia, dos transportes e das

telecomunicações;

Contratos públicos das instituições comunitárias;

Contratos do Fundo Europeu de Desenvolvimento (países ACP);

Contratos Phare e Tacis, e outros, com países da Europa Central e

Oriental;

Projetos financiados pelo BEI, BCE e BERD;

Contratos provenientes de países do EEE (Noruega, Islândia e

Lichtenstein);

Contratos ao abrigo do Acordo sobre Contratos Públicos,

celebrados no âmbito do GATT/OMC;

(AEIE);

Contratos públicos para prestação de serviços aéreos.

As séries L e C do JO estão disponíveis na base de dados EUR-Lex (base online europeia, com

acesso gratuito e repositório nas 24 línguas oficiais da UE) ou em CD-ROM, numa edição mensal.

As edições da série L e algumas da C podem ser consultadas numa edição diária em papel, com

assinatura anual ou encomendando números avulsos nos pontos de venda dos Distribuidores

comerciais do Serviço das Publicações [25].

As edições da série S podem ser consultadas numa edição em DVD-ROM que é disponibilizada

uma vez por semana e contém cerca de 1200 concursos por dia. Existe também uma base de dados

online, TED, que permite a edição diária atualizada e que é de acesso gratuito [25].

No âmbito do tema desta dissertação, o JO disponibiliza as Diretivas existentes para cada grupo

de produtos, regulamentos, decisões de conselho e comunicações da comissão relativos a esta

marcação.

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As Diretivas Comunitárias são instrumentos de harmonização promovendo a compatibilidade

entre todos os ordenamentos jurídicos e que os ordenamentos dos EM sejam semelhantes.

2.3.2. Legislação nacional

As Diretivas obrigam à transposição por parte dos EM e impõem um fim, mas como atingir esse

fim fica à discricionariedade dos Estados [26, p. Art. 249]. O órgão competente para emanar

Diretivas, regra geral, é o Conselho Europeu. Assim, para que os princípios estabelecidos nas

Diretivas produzam efeitos ao nível de um EM e vinculem o cidadão, o legislador nacional tem

que adotar um ato de transposição para o direito dos países, como por exemplo a publicação em

Decreto-Lei [27].

No âmbito deste trabalho os Decretos-Lei, resultantes das transposições das Diretivas aplicáveis,

são peças importantes para estabelecer as disposições vinculativas necessárias à aplicação dos

requisitos de acreditação e de fiscalização do mercado e controlo das fronteiras portuguesas

relativamente à marcação CE.

No caso dos Regulamentos Comunitários e ao contrário do que acontece com as Diretivas, um

dos elementos que os caracterizam é serem diretamente aplicável nos EM, o que significa que

depois de aprovado o regulamento vigora diretamente no território dos Estados.

2.3.3. Diretivas “Nova Abordagem”

As Diretivas aplicáveis são o resultado do enquadramento criado pela Resolução “Nova

Abordagem” [28]. Estas estabelecem os requisitos necessários para se obter a conformidade do

produto com a marcação CE. Com o novo tipo de abordagem, as Diretivas referem os requisitos

mínimos essenciais de saúde, segurança e bem-estar das pessoas e animais, de proteção do meio

ambiente que os produtos devem cumprir e as formas de comprovação da conformidade com

esses requisitos. Essas Diretivas englobam grupos de produtos como: máquinas, produtos

elétricos ou aparelhos médicos [29].

A avaliação de conformidade de um produto sofreu, com a “nova abordagem”, uma grande

mudança passando a ser realizada com maior flexibilidade ao longo de todo o processo de fabrico.

É uma abordagem modelar que subdivide a avaliação da conformidade em várias operações

(módulos).

As disposições nacionais foram substituídas pelas Diretivas correspondentes, ficando assim os

EM obrigados a revogar a legislação que contraria essas Diretivas. Desta forma, limitou-se a

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13

intervenção governamental ao essencial, dando à indústria liberdade de decisão quanto ao modo

de cumprir as suas obrigações [30] [31].

Na Tabela 2.2 estão representadas as Diretivas relacionadas com a marcação CE. É possível haver

mais do que uma Diretiva aplicável a cada produto, obrigando à sua aplicação simultânea. Ao

abordar questões de segurança, é incutida indiretamente a qualidade, apesar de esta não ser o

objetivo principal da marcação.

Conforme a evolução dos produtos e da sociedade, as Diretivas são alvo de atualizações para

melhor enquadramento. A garantia de que as Diretivas aplicáveis são cumpridas dá confiança

necessária aos EM para considerarem que os requisitos da produção e montagem, dos produtos

que são comercializados no próprio País, são cumpridos.

Todos esses documentos legais podem ser acedidos gratuitamente através da plataforma online

EUR-Lex [32].

2.3.4. Normas

“Uma norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo

reconhecido, que define regras, linhas de orientação ou características para atividades ou seus

resultados, destinadas a utilização comum e repetida, visando atingir um grau ótimo de ordem,

num dado contexto [NP EN 45020]” [33, p. 38].

De uma forma geral as normas são voluntárias. Tornam-se obrigatórias se houver legislação que

determine o seu cumprimento. Estas podem ser hierarquicamente organizadas, começando pelas

normas internacionais, seguidas pelas nacionais, regionais e organizacionais. A hierarquia e a sua

área de aplicação são definidas pela entidade responsável [34].

Normalmente, a designação das normas é composta por um prefixo alfabético seguido por um

código numérico. As normas portuguesas têm o prefixo NP. Quando se trata de normas

portuguesas que adotam uma norma europeia designam-se por NP EN. As NP EN ISO identificam

as normas portuguesas que resultaram da adoção de uma norma europeia, que por sua vez resultou

da adoção de uma norma internacional [34] [33].

Todos estes documentos são disponibilizados para consulta pelo IPQ, em vários locais de

Portugal, ou podem ser adquiridos na da loja do IPQ [33].

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Tabela 2.2 - Diretivas "Nova Abordagem" [85]

Diretivas Nova Abordagem ID Organismo Responsável

Aparelhos a gás 90/396/CEE Instituto Português da Qualidade

Ascensores 95/16/CE Direcção-Geral de Energia e Geologia

Compatibilidade eletromagnética 2004/108/CE Direcção-Geral das Actividades Económicas - Autoridade

Nacional de Comunicações

Dispositivos medicinais implantáveis ativos 90/385/CEE Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

Dispositivos médicos 93/42/CEE Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento

Dispositivos médicos: Diagnóstico in vitro 98/79/CE Laboratório de Ensaios e Metrologia da Saúde

Embalagens e resíduos de embalagem 94/62/CE Direcção-Geral das Actividades Económicas

Embarcações de recreio 94/25/CE Direcção-Geral das Actividades Económicas

Equipamentos de proteção individual 89/686/CEE Instituto Português da Qualidade

Equipamento de rádio e equipamentos terminais de telecomunicações 99/5/CE Autoridade Nacional de Comunicações

Equipamento e sistemas de proteção para uso em atmosferas

potencialmente explosivas

94/9/CE Direcção-Geral de Energia e Geologia

Equipamento elétrico de baixa tensão 2006/95/CE Instituto Português da Qualidade

Equipamentos sob pressão 97/23/CE Instituto Português da Qualidade

Exigências de rendimento para novas caldeiras de água quente

alimentadas com combustíveis líquidos ou gasosos

92/42/CE Direcção-Geral de Energia e Geologia

Explosivos para uso civil 93/15/CEE Direcção-Geral das Actividades Económicas

Instalações por cabo para transporte de pessoas 2000/9/CE Direcção-Geral de Energia e Geologia

Instrumentos de medição 2004/22/CE Instituto Português da Qualidade

Instrumentos de pesagem de funcionamento não automático 90/384/CEE Instituto Português da Qualidade

Produtos de construção 89/106/CEE Direcção-Geral das Actividades Económicas

Recipientes sob pressão simples 87/404/CEE Instituto Português da Qualidade

Segurança de máquinas 2006/42/CE Direcção-Geral das Actividades Económicas

Segurança dos brinquedos 88/378/CEE Direcção-Geral do Consumidor

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Normas harmonizadas

As Normas harmonizadas são elaboradas, a pedido da Comissão Europeia, pela European

Standards Organizations (ESO) que integra: o CEN, o CENELEC e o ETSI (referidos mais à

frente).

Estas normas denominam-se harmonizadas porque conferem uma garantia de conformidade com

a Diretiva para a qual foram redigidas. O objetivo é assim criar documentos de apoio para o seu

cumprimento correto. Pretendem traduzir os requisitos «essenciais» das Diretivas em soluções

técnicas e validar a sua aplicação.

De forma a simplificar a identificação destas normas relativamente à legislação harmonizada,

foram lançados no JO publicações relativas a cada Diretiva com “títulos e referências das normas

harmonizadas ao abrigo da legislação de harmonização da União”, conforme são aí referenciadas.

Estas Normas Harmonizadas são divididas em três tipos, a saber, A, B e C.

Tabela 2.3 - Tipos de Normas Harmonizadas [35]

Tipo Descrição

A Especificam os conceitos básicos, a terminologia e princípios de conceção aplicáveis a

todas as categorias de máquinas.

Apesar de apresentarem a base para conformidade com as diretivas, não é, normalmente,

o suficiente para garantir na sua totalidade.

B Abordam aspetos específicos de segurança das máquinas ou tipos específicos de meios

de proteção.

Estas normas são adequadas para cumprir os requisitos essenciais da diretiva abrangida.

São consideradas apropriadas se a análise de risco ou a norma de tipo C aplicadas no

caso demonstrarem que uma solução técnica passa pela conformidade de uma norma

deste tipo.

C Fornecem as especificações para uma determinada categoria de máquinas.

Estas normas são identificadas numa análise de risco, conferem uma presunção de

conformidade, e podem referir especificações de outras normas de tipo A ou B caso se

aplique à categoria da máquina em estudo.

Caso exista sobreposição na descrição dos requisitos nas normas A ou B relativamente à

C, esta última prevalece sempre sobre as restantes.

As normas de tipo C estão normalmente organizadas em duas partes: a parte 1 onde se

encontram as especificações gerais aplicáveis a uma família de máquinas, e uma outra

parte de especificações relativas a categorias de máquinas da mesma família.

2.3.5. Fiscalização

De acordo com Regulamento (CE) n.º 765/2008, de 9 de Julho de 2008 [36], a fiscalização do

mercado tem como objetivo garantir que os produtos cumprem os requisitos mínimos de

segurança. Caso contrário, os mesmos deverão ser retirados ou proibidos. O Artigo 16.º do mesmo

regulamento indica que cada país deverá ter as suas infraestruturas e os seus programas nacionais

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de fiscalização. Estas deverão assegurar que todas as medidas necessárias são aplicadas a todos

os produtos. No entanto, os EM são responsáveis pela criação dos mecanismos adequados de

comunicação e de coordenação entre as respetivas autoridades de fiscalização do mercado.

As autoridades de fiscalização competentes devem realizar inspeções aos produtos através de

inspeção documental e, sempre que necessário, de inspeção física ou laboratorial.

Em Portugal, de acordo com o Decreto-Lei n.º 23/2011 de 11 de Fevereiro (capitulo III Artigo

3.º) [37], a fiscalização do mercado e o controlo dos produtos podem ser feitos tanto pela

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) como por outra autoridade que, nos

termos da lei, detenha competência de fiscalização relativamente ao tipo de produto em causa.

Existe um conjunto de infrações às regras gerais da marcação CE às quais estão associadas

sanções que podem ser consultadas no Capitulo IV do mesmo Artigo.

O Regulamento (CE) n.º 765/2008, de 9 de Julho de 2008 (Artigo 21.º) [36] indica também que,

antes da adoção de qualquer medida, deve ser dada ao operador em causa a oportunidade de ser

ouvido dentro de um prazo razoável, não inferior a dez dias, salvo se a urgência da medida a

adotar impossibilitar essa audiência.

2.4. Organismos de Normalização Internacionais (OIN) e

Europeus (OEN)

Organismos Internacionais de Normalização (OIN)

Os OIN são responsáveis pela normalização internacional e são compostos por diversos

representantes dos Organismos Nacionais de Normalização (ONN). Estes estão divididos da

forma seguinte:

Organização internacional de normalização (ISO): normas ISO

Comissão Eletrotécnica Internacional (CEI ou IEC): normas CEI ou IEC

União de Telecomunicações Internacional (UIT ou ITU): normas UIT

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Figura 2.4 - Logótipo da OIN ISO

A ISO, cujo logótipo se representa na Figura 2.4, foi criada em 1947 e é uma federação mundial

de organismos de normalização nacionais, onde estão representados cerca de 150 países. Tem

sede em Genebra e é uma organização não-governamental. O trabalho técnico da ISO é realizado

por Comités Técnicos (TC) que abrangem diversos domínios de normalização, exceto os da

eletrotecnia e eletrónica [38].

Figura 2.5 - Logótipo da OIN IEC

Fundada em 1906 a CEI, cujo logótipo se representa na Figura 2.5, é a organização mundial

responsável pela normalização nos sectores eletrotécnico e eletrónico. Sediada também em

Genebra, conta atualmente com a representação de cerca de 80 países. Como a CEI e a ISO

partilham objetivos, estas adotaram regras comuns para a elaboração de documentos normativos

internacionais. [39]

A ITU (International Telecommunication Union) é uma suborganizarão das Nações Unidas,

também sediada em Genebra, especializada em tecnologias de comunicação e informação. As

recomendações da ITU são desenvolvidas por representantes dos governos de 193 EM. Inclui

também representantes do sector privado e de organizações nacionais e regionais [40].

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Organismos Europeus de Normalização (OEN)

Os OEN estão organizados da mesma forma que os OIN:

Comité Europeu de Normalização (CEN): normas EN

Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica (CENELEC)

Instituto Europeu de Normalização das Telecomunicações (ETSI): normas ETS

Figura 2.6 - Logótipo da OEN CEN

O CEN (ver logótipo na Figura 2.6) é o organismo responsável pela criação e publicação de

normas europeias, agrupando os organismos nacionais de normalização dos 33 países membros

da UE e da EFTA e disponibiliza normas nas áreas de ar e espaço, químicos, construção, produtos

de consumo, segurança e defesa, energia, ambiente, sector alimentar, saúde e segurança,

máquinas, etc. Esta organização tem também como objetivo a aplicação da “Nova Abordagem”,

reforçando o mercado único na aplicação das normas [41].

Uma vez que o CEN representa a ISO na Europa, é importante que haja sintonia nas tarefas das

duas organizações, tendo sido celebrado, para o efeito, um acordo de cooperação entre a ISO e o

CEN, o qual é designado por Acordo de Viena. Esse acordo dá liberdade ao CEN de decidir a

transferência da execução das Normas Europeias à ISO, ou vice-versa, mediante condições

precisas. Isso é realizado de acordo com regras específicas da ISO e através de inquéritos públicos

e do voto formal paralelo da ISO do CEN. Com esse fim em vista, a ISO pode nomear um

representante na comissão do CEN e vice-versa [38].O CENELEC (ver logótipo na Figura 2.7) é

Figura 2.7 - Logótipo da OEN CENELEC e ETSI

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uma organização semelhante ao CEN, mas é responsável pela criação de normas europeias da

área de eletrotécnica. Também o ETSI desenvolve normas europeias para os sectores de

telecomunicações.

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2.5. Organismo de Normalização em Portugal

Sendo Portugal um país membro da UE, desde 1986, aderiu ao mercado único desde a sua criação,

daí resultando que a aplicação em Portugal da legislação europeia das regras de fiscalização sejam

as mesmas que se utilizam nos restantes países da UE [42]. A normalização Europeia é aplicada

em Portugal através de Diretivas e de outros documentos legais da Comissão Europeia e também

de normas portuguesas (EN NP) com certas adaptações permitidas pela legislação europeia. Há

casos em que uma norma europeia não tem uma norma portuguesa associada. Mesmo assim, essa

norma europeia é aplicável em Portugal.

Em cada país existe um organismo nacional de normalização (ONN) que é responsável pela

votação, aprovação e publicação de documentos normativos europeus e internacionais. Em

Portugal esse organismo é o Instituto Português da Qualidade (IPQ) [43]. O organismo assume a

responsabilidade do Sistema Nacional de Qualidade (SPQ) no desenvolvimento de novos

documentos normativos através de Comissões Técnicas, cujas tarefas se centram na divulgação,

na emissão de pareceres e na credenciação de peritos portugueses para reuniões internacionais ou

europeias de normalização. As normas que integram o Sistema Nacional de Qualidade podem ser

versões portuguesas de normas europeias ou internacionais, ou ainda normas portuguesas

propostas por Comissões Técnicas Portuguesas de Normalização (CT) e o seu processo de adoção

segue o esquema genérico que é apresentado na Figura 2.8. As CT são muitas vezes constituídas

em regime de voluntariado por entidades interessadas nas matérias em causa [44].

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Figura 2.8 - Elaboração de Normas Portuguesas

Existem também organismos de normalização sectorial (ONS). Estes são reconhecidos pelo ONN

(IPQ) para o exercício de funções de normalização em diversos domínios, e são objeto de

requalificação anual como ONS pelo ONN, com vista a verificar se continuam a satisfazer os

requisitos essenciais para exercer as funções que lhes foram atribuídas. Algumas dessas funções

são as seguintes:

Coordenar o trabalho das CT associadas

Preparar os planos de normalização

Divulgar as atividades normativas do seu sector

Esclarecer normativos relacionados com as suas áreas de intervenção

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Figura 2.9 - Organização dos Organismos de Normalização (adaptado de [33] )

Em 2009 existiam 55 ONS e 154 CT, com cerca de 2900 peritos envolvidos, de acordo com a

hierarquia representada na Figura 2.9 [33].

2.6. Obrigações

2.6.1. Avaliação da Conformidade

Os fabricantes podem demonstrar o cumprimento de requisitos específicos de um produto através

da avaliação de conformidade, a qual consiste na realização de um conjunto de procedimentos

que se desenvolvem desde a fase de conceção do produto até à fase de produção [45].

Dependendo dos riscos associados aos produtos ou aos seus processos de produção, e sempre que

seja exigida a avaliação da conformidade, as diretivas aplicáveis podem indicar que essa avaliação

seja realizada por autoridades públicas, pelos fabricantes ou por organismos notificados. O Anexo

2 da Decisão n.º 768/2008/CE, de 9 de julho de 2008 [46], descreve as maneiras de proceder

através de módulos. O Blue Guide 2014 [47] foi especialmente criado para clarificar essa

modularização, tendo para o efeito proposto o fluxograma representado na Figura 2.10.

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Figura 2.10 - Representação Modular da Avaliação de Conformidade [47, p. 62]

Os oito módulos da figura anterior estão pormenorizados na Tabela 2.4. Estes não são os únicos

módulos aplicáveis para a avaliação de conformidade, visto existirem módulos dedicados a casos

específicos, como se pode observar numa tabela mais completa no Anexo 1 da Decisão n.º

768/2008/CE, de 9 de julho de 2008 [46]. Estes outros módulos estão associados a um número

considerável de diferentes produtos e dos perigos e riscos que lhes estão associados. Começando

pelo fabricante, a aplicação de um ou dois módulos deve levar à conformidade do produto com

os requisitos de segurança das diretivas aplicáveis. Chega-se então à conclusão que a avaliação

de conformidade pode ter duas abordagens gerais:

Nas atividades do fabricante, em matéria de controlo interno da conceção dos produtos e

do despectivo fabrico;

Nas atividades de avaliação realizadas por um terceiro (normalmente um organismo

notificado), que podem incluir, entre outras, exame CE de tipo e aprovação do sistema de

garantia da qualidade ou dos produtos, combinado com as atividades do fabricante em

matéria de controlo interno de fabrico [30].

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Tabela 2.4 - Revisão dos Módulos (adaptação Blue Guide pagina 59 [47])

Módulo A Controlo interno de fabrico - Incluí conceção e produção. O fabricante assegura a

conformidade dos produtos relativamente aos requisitos legais.

Módulo B Exame CE de Tipo - Incluí conceção. Este módulo é sempre seguido por outros que se

destinam a demonstrar a conformidade dos produtos. Um organismo notificado examina

o projeto técnico e verifica e atesta que ele atende aos requisitos aplicáveis através da

emissão de um certificado de conformidade de tipo.

Módulo C Conformidade baseada no controlo de produção interna - Inclui a produção e segue-se

ao Módulo B. O fabricante assegura a conformidade dos produtos do “tipo CE”

(procedimento pelo qual um organismo notificado verifica e certifica que um exemplar

representativo de uma máquina satisfaz as disposições da presença Diretiva).

Módulo D Conformidade tipo CE baseada num sistema de garantia de qualidade - Inclui a

produção e segue-se ao Módulo B. O fabricante realiza a produção (parte da produção e

inspeção final do produto) com a aplicação de um sistema de garantia de qualidade que

assegura a conformidade do tipo CE. O organismo notificado avalia o sistema de

qualidade.

Módulo E Conformidade tipo CE baseada num sistema de garantia de qualidade - Inclui a

produção e segue-se ao Módulo B. Semelhante ao Módulo D, com a diferença de que

tem como objetivo assegurar a qualidade da parte final do produto, enquanto o módulo

D diz respeito a todo o processo de produção.

Módulo F Conformidade do tipo CE baseado na verificação do produto - Inclui a produção e

segue-se ao Módulo B. O fabricante garante a conformidade dos produtos com a

legislação da marcação CE. O organismo notificado testa a totalidade dos produtos ou

realiza testes estatísticos, por forma a avaliar a conformidade.

Módulo G Conformidade baseada em verificação unitária - Inclui a conceção e a produção. O

fabricante assegura a conformidade dos produtos com os requisitos legais. O organismo

notificado verifica os produtos individualmente de forma a avaliar a conformidade.

Módulo H Conformidade baseada num sistema de garantia de qualidade total- Inclui a conceção e a

produção. O fabricante opera o sistema de garantia de qualidade total de forma a

assegurar a conformidade com os requisitos legais. O organismo notificado avalia o

sistema de qualidade.

A avaliação de conformidade de quase 90% dos produtos permite um controlo interno de fabrico

que exclui a obrigação de avaliações por parte de organizações externas [48].

2.6.2. Dossiê Técnico

De acordo com The Blue Guide [47], cabe ao fabricante elaborar toda a documentação técnica do

produto com o objetivo de demonstrar a conformidade do mesmo com os requisitos da UE.

Essa documentação, habitualmente designada por “dossiê técnico”, deve fornecer, na medida do

necessário, informações relativas à conceção, ao fabrico e ao funcionamento do produto. O

conteúdo do referido dossiê é estabelecido de acordo com o produto em causa, tendo em conta as

Diretivas aplicáveis, de forma a documentar adequadamente a avaliação de conformidade,

compilando e atualizando toda a informação relevante para este efeito.

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Antes de colocar o produto no mercado, o fabricante deve garantir que o processo técnico está

concluído. Para futura fiscalização, toda a informação contida no dossiê técnico deve ser guardada

durante um período de 10 anos a contar da última data de produção.

2.6.3. Manual de Instruções

O manual de instruções é um documento integrante obrigatório do dossiê técnico com vários

objetivos, nomeadamente, ensinar como utilizar o produto e advertir os utilizadores dos riscos

associados ao produto tendo em conta o nível de formação geral e a perspicácia que podem

razoavelmente ser esperados desses operadores.

Este documento, quando cumpre os requisitos, transfere ao utilizador final a responsabilidade pela

correta utilização do produto, de forma a garantir a sua própria segurança e bem-estar, de acordo

com a Diretiva 89/391 CEE, de 12 de Junho de 1989 [49].

Os requisitos para a construção do manual variam e estão descritos nas diferentes diretivas

aplicáveis, no entanto, é sempre obrigatória a redação numa ou mais línguas comunitárias oficiais.

O fabricante é obrigado a traduzir a versão original do manual para a língua do país de utilização.

[50, p. 48]

2.6.4. Declaração CE de Conformidade

De acordo com as normas harmonizadas da diretiva aplicada, a declaração CE de conformidade

da UE segue um modelo geral dado pelo Regulamento (CE) n.º.765/2008, de 9 de julho de 2008

[36]. Esta deve conter todas as informações relevantes, como por exemplo, o número de

identificação do produto; o nome e a morada do fabricante ou do representante; o organismo

notificado, se for o caso, o produto, e se necessário, uma referência às normas harmonizadas ou

outras especificações técnicas entre outras informações [47].

O fabricante tem a responsabilidade de assinar a declaração de conformidade da UE, de acordo

com as normas harmonizadas, antes do produto entrar no mercado. Desta forma, o fabricante

assume a responsabilidade da conformidade do produto. Pode existir mais do que uma declaração

de conformidade por produto, apesar de apenas uma ser assinada pelo fabricante. As restantes

podem ser declarações do fabricante de componentes do produto.

Tal como para o manual de instruções, é sempre obrigatória a redação numa ou mais línguas

comunitárias oficiais. O fabricante é obrigado a traduzir a versão original do manual para a língua

do país de utilização.

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2.6.5. Logótipo

A exposição do logótipo CE é obrigatória para a grande maioria dos produtos, visto ser a maneira

do fabricante afirmar a conformidade do seu produto às entidades fiscalizadores. Aposto na

máquina, o logótipo tem de cumprir regras de posicionamento que garantam fácil acesso. As

proporções reguladas para a marcação são de cumprimento obrigatório. Na Figura 2.11 podem-

se observar as proporções adequadas para o símbolo, o qual se baseia na interseção das duas

circunferências de igual raio que são criadas pelas duas letras. Estas ocupam um pouco mais de

metade do perímetro e a perna intermédia da letra ‘E’ tem um comprimento menor que o raio da

circunferência

Figura 2.11 - Proporções da marcação CE (Diretiva 93/68/CEE de 22 de julho 1993)

De forma a garantir a sua identificação e a prevenir a utilização fraudulenta de produtos que não

estejam em conformidade com o normativo da EU, a Diretiva 93/68/CEE, de 22 de julho de 1993

(n.º2, Artigo 16.º; n.º3, Artigo 11.º) [51] indica a proibição da colocação de marcações suscetíveis

de induzir terceiros em erro quanto à marcação CE por exibição de símbolos falsos, como os que

são exemplificados na Figura 2.11.

Figura 2.12 - Outros Exemplos de Utilização Indevida da marcação CE [52]

Este é um problema recorrente que os EM devem prevenir, tomando as medidas necessárias para

proibir a aposição de tais marcações (Diretiva 93/68/CEE, de 22 de julho de 1993, n.º 3 a 15)

[51].

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Em 2008 a marca europeia CE não estava registada para proteger a propriedade intelectual. Nesse

ano uma pergunta escrita do deputado IIes Braghetto [53] (Deputado italiano do Parlamento

Europeu do grupo PPE-DE) questionava a Comissão, no contexto de uma utilização abusiva da

marca CE pela China, se estava a considerar a possibilidade de promover o registo da marca CE,

como marca comunitária, por forma a contribuir para o combate das contrafações. Na resposta

dada em nome da Comissão [53] ficou claro que os EM não têm demonstrado capacidade para

prevenir eficazmente a entrada desses produtos normalmente provenientes de países que não

pertencem à EU. Foi contudo referido na altura que a Comissão já tinha iniciado o procedimento

para registrar a marca CE como uma marca coletiva da Comunidade Europeia. As autoridades

nacionais passarão a ter um meio adicional para tomar medidas legais contra esses fabricantes.

Além disso, os operadores económicos terão o direito a instaurar processos por violação do direito

de propriedade intelectual e reivindicar compensações.

A Figura 2.13 representa um dos casos mais conhecidos de abuso da marcação: à esquerda está

representado um exemplo de uma marcação CE bem executada, enquanto à direita se pode ver

uma marcação utilizada por fabricantes chineses. Esta última significa “China Export” e é um

exemplo, atrás referido, da importância da regulação das proporções da marcação e da fiscalização

eficaz da comercialização dos produtos importados pela Europa.

Figura 2.13 - Utilização Indevida da marcação CE (direita): "China Export" [52]

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29

Capítulo 3 Marcação CE de Máquinas

Passada em revista a legislação existente que cria e regula a marcação CE e obtida a perceção das

obrigações com ela relacionadas, é possível entrar na especificidade relativa às máquinas e

mostrar, com maior pormenor, as Diretivas que se podem aplicar a este tipo de produtos. Existem

três Diretivas mais utilizadas que são, excluindo casos específicos, a Diretiva Máquinas (DM), a

Diretiva Baixa Tensão (DBT) e a Diretiva Compatibilidade Eletromagnética (DCE). Se houver

mais do que uma Diretiva aplicável, assume-se que o produto tem de se conformar com todas

essas Diretivas.

As Diretivas, tal como as normas harmonizadas, podem ser revistas e novamente publicadas.

Assim sendo, recomenda-se que se verifique se existem modificações ou até novas Diretivas

aplicáveis durante toda a vida do produto. Como exemplo, apesar de ter sido publicada em 2006,

a DM só entrou em vigor em 2009, garantindo um período de transição que permitiu aos

fabricantes a adaptação dos seus produtos.

Como se vai observar, as Diretivas tem elementos básicos importantes para uma primeira

interpretação. Estes são o âmbito, as exceções e os requisitos gerais de segurança. A avaliação de

conformidade vai ser aqui abordada sem grande detalhe, visto ser tratada em pormenor no

Capítulo 4.

3.1. Diretiva Máquinas – 2006/42/CE

A Diretiva 2006/42/CE, de 17 de maio de 2006 [50], designada usualmente por Diretiva Máquinas

(DM), está em vigor desde o dia 29 de dezembro de 2009 e foi transposta para a ordem jurídica

interna pelo Decreto-Lei n.º 103/2008, de 24 de julho [54] que revogou o Decreto-Lei n.º

320/2001, de 12 de Dezembro.

Esta Diretiva resulta da revisão da Diretiva 95/16/EC, de 29 de junho de 1995 [55], com o objetivo

de aprofundar requisitos essenciais de saúde e de segurança no sentido de melhorar a sua precisão,

alargar e harmonizar a sua aplicação, neste caso às máquinas em geral e, simultaneamente,

assegurar a livre circulação destas no mercado da UE.

A DM interessa a todas as partes envolvidas na aplicação da marcação das máquinas, incluindo

fabricantes, importadores, distribuidores, organismos notificados e de normalização, agências

para a higiene e segurança no trabalho e de defesa do consumidor, funcionários das

administrações nacionais e autoridades de vigilância do mercado. Os juristas e estudantes da

legislação da UE nas áreas do mercado interno, estão certamente incluídos neste grupo. Esse

interesse relaciona-se tanto com fiscalização como com aplicação da norma [56].

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30

O texto da Diretiva está dividido em três partes. Estas são, por ordem de leitura:

1. Os Considerandos, como pontos de esclarecimento (30), explicitam e clarificam o sentido

da diretiva;

2. Artigos (29) que cobrem pontos gerais: âmbito e definições, diretivas específicas,

fiscalização do mercado, colocação de produtos em serviço e no mercado, liberdade de

movimentos, normas harmonizadas, quase-máquinas, organismos notificados, marcação

CE, etc.;

3. Anexos (11) que abordam diferentes assuntos estão elencados na Tabela 3.2.

Tabela 3.1 - Apresentação resumida do conteúdo da DM

Âmbito Artigo 1º. 1. a) Máquinas;

b) Equipamento intermutável;

c) Componentes de segurança;

d) Acessórios de elevação;

e) Correntes, cabos e correias;

f) Dispositivos amovíveis de transmissão mecânica;

g) Quase-máquinas.

Exceções Artigo 1º. 2. a) Componentes de segurança destinados a substituir componentes

idênticos, fornecidos pelo fabricante da máquina de origem

b) Materiais específicos para feiras e/ou parques de atracões;

c) Máquinas utilizadas para fins nucleares (emissão de radioatividade)

d) Armas, incluindo as armas de fogo;

e) Os seguintes meios de transporte:

- tratores agrícolas e florestais para os riscos cobertos pela Diretiva

2003/37/CE;

- veículos a motor e seus reboques abrangidos pela Diretiva

70/156/CEE

- veículos abrangidos pela Diretiva 2002/24/CE;

- veículos a motor exclusivamente destinados à competição,

- meios de transporte aéreo, aquático e ferroviário;

f) Navios de mar e as unidades móveis offshore, bem como as

máquinas instaladas a bordo desses navios e/ou unidades;

g) Máquinas especialmente concebidas e construídas para fins militares

ou de manutenção da ordem pública;

h) Máquinas especialmente concebidas e construídas para efeitos de

investigação para utilização temporária em laboratórios;

i) Ascensores para poços de minas;

j) Máquinas destinadas a movimentar artistas durante representações

artísticas;

k) Na medida em que se encontrem abrangidos pela Diretiva

73/23/CEE (LVD)

l) Equipamentos elétricos de alta tensão:

- dispositivos de conexão e de comando;

- transformadores.

Requisitos

de

segurança

Anexo I Requisitos essenciais de saúde e de segurança relativos à conceção e ao

fabrico de máquinas.

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31

Os produtos que se inserem no âmbito da Diretiva estão mencionados no Artigo 1.1. Para ser

abrangido pela Diretiva não basta que o produto pertença ao grupo especificado nesse Artigo,

pois que este não pode, cumulativamente, pertencer ao grupo de produtos que constam no Artigo

1.2. Neste caso, existem Diretivas específicas que substituem a DM. Na Tabela 3.1 pode-se

observar resumidamente o conteúdo dos Artigos referidos.

Os requisitos de segurança que a Diretiva introduz encontram-se compilados no Anexo I, o qual

inclui os princípios gerais para garantir a conformidade e os requisitos a ter obrigatoriamente em

consideração. Na Tabela 3.2 estão representados os diferentes Anexos da DM.

Tabela 3.2 - Anexos da DM

Anexo Epigrafes

I Requisitos de saúde e segurança na conceção e fabrico das máquinas

II Conteúdos que devem estar presentes na declaração de conformidade

III Posicionamento da marcação CE na maquinaria

IV Tipos de máquinas que são obrigados a incluir um Organismo Notificado no

processo da obtenção da marcação CE

V Componentes de segurança listados no Anexo IV

VI Instruções para completar a montagem de máquina parcialmente armadas

VII e VIII Procedimentos necessários para obter um Dossiê Técnico completo

IX, X e XI Falhas de equipamento do Anexo IV

O Anexo IV inclui uma lista de máquinas para as quais é obrigatória uma abordagem diferente

para a avaliação de conformidade. Este Anexo é dedicado aos casos em que é necessário envolver

um Organismo Notificado no processo da obtenção da marcação CE, devido ao seu elevado nível

de risco. A avaliação de conformidade da DM será melhor acompanhada no Capítulo 4 desta

dissertação.

Acompanhando a evolução do mercado no sector das máquinas, a DM foi-se adaptando de forma

a corrigir lacunas de redação resultante de mudanças (ou acréscimos) na regulação. Desde 1989

que esta Diretiva foi alvo de mais de 5 modificações — apesar de não serem muito profundas,

como se pode observar na Tabela 3.3 [56].

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32

Tabela 3.3 - Principais Modificações da DM desde 1989 (Adaptação de [56])

Diretivas Principais modificações

89/392/CEE4 Codificação significa apresentar num texto jurídico a diretiva original e suas

sucessivas alterações

91/368/CEE5 Alargou o âmbito da DM a equipamentos intermutáveis, máquinas móveis e

máquinas para elevação de mercadorias.

93/44/CEE6 Alargou o âmbito da DM a componentes de segurança e máquinas para a

elevação e deslocação de pessoas

93/68/CEE7 Introduz disposições harmonizadas relativas à marcação CE

98/37/CE Pequena modificação relativa à exclusão de dispositivos médicos; em vigor até

29/12/09

2006/42/CE Reformulação da DM. A mesma, com modificações, foi apresentada como uma

nova diretiva

Dada a complexidade desta Diretiva, têm ocorrido agendamentos frequentes para discussão de

assuntos relacionados com a mesma, tanto no Conselho como no Parlamento Europeu. A

Comissão Europeia criou um Guia que explicita os principais conceitos e requisitos da DM, com

interpretações devidamente atualizadas, tendo em vista a garantir a aplicação uniforme em toda a

EU, visando igualmente consolidar as suas disposições e melhorar a sua aplicação prática. Este

guia pode ser consultado no website da Comissão Europeia (em Inglês) no separador Machinery

- Guidance Documents [57].

3.2. Diretiva Baixa Tensão – 2006/95/CE e 2014/35/UE

Confrontado com obstáculos técnicos no comércio do setor eletrotécnico, o Conselho Europeu,

adotou uma Diretiva específica, a Diretiva 73/23/CEE de 19 de fevereiro de 1973 [58], a qual foi

substituída mais tarde pela Diretiva 2006/95/CE de 12 de Dezembro de 2006 [59],

abreviadamente referida como DBT. Esta Diretiva aborda a harmonização das legislações dos

EM no domínio do material elétrico destinado a ser utilizado dentro de certos limites de tensão

(tensão nominal compreendida entre 50V e 1.000V em corrente alternada ou entre 75V e 1.500V

em corrente contínua) [60]. Foi transposta para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º

6/2008, de 10 de Janeiro [61], revogando o Decreto-Lei n.º 117/88, de 12 de Abril.

À semelhança da Diretiva e pela ordem de leitura teremos:

1. Considerandos (12)

2. Artigos (16)

3. Anexos (6) que abordam diferentes assuntos, como se pode observar na Tabela 3.5.

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33

A localização e a informação dos pontos centrais desta Diretiva podem ser consultadas na Tabela

3.4 que se segue.

Tabela 3.4 - Apresentação resumida do conteúdo da DBT

Âmbito Artigo 1º. Para efeitos da presente diretiva, entende-se por «material elétrico»

todo o material elétrico destinado a ser utilizado sob uma tensão

nominal compreendida entre 50 e 1.000 V para corrente alterna, e entre

75 e 1 500 V para corrente contínua, com exceção dos materiais e

fenómenos referidos no Anexo II.

Exceções Anexo II Equipamento elétrico destinado a ser utilizado em atmosfera explosiva;

equipamento elétrico para radiologia e para medicina; partes elétricas

dos elevadores e monta-cargas; contadores elétricos; tomadas de

corrente (bases e fichas) para uso doméstico; dispositivos de

alimentação de vedações eletrificadas; perturbações radioelétricas;

material elétrico especializado, para utilização em navios ou aviões e

nos caminho-de-ferro que satisfaça as regras de segurança

estabelecidas pelos organismos internacionais de que os EM façam

parte.

Requisitos

de

segurança

Artigo 2º. Material elétrico não pode de ser colocado no mercado senão quando

construído de acordo com as regras da arte em matéria de segurança

em vigor na UE, de modo a não comprometer a segurança de pessoas,

animais domésticos e bens. O Anexo I resume os principais elementos

dos objetivos de segurança referidos anteriormente.

Na Tabela 3.5 estão compilados as epígrafes dos 6 anexos que compõem a Diretiva.

Tabela 3.5 - Anexos da DBT

Anexo Conteúdo

I Principais elementos dos objetivos de segurança para o material elétrico destinado

a ser utilizado dentro de certos limites de tensão

II Material e fenómenos excluídos do campo de aplicação da presente diretiva

III Marcação «CE» de conformidade e declaração «CE» de conformidade

IV Controlo interno de fabrico

V Parte A: Diretiva revogada e sua alteração; Parte B: Prazos de transposição para o

direito interno e de aplicação

VI Quadro de correspondência

Os requisitos de segurança previstos no Artigo 2 estão diretamente relacionados com o Anexo I,

o qual menciona os seguintes elementos: marca CE, perigos a ter em conta (por contacto, calor,

descargas ou radiações, diretas ou indiretas, riscos de natureza não elétrica, isolamento, etc.),

influências exteriores sobre o material que devem ser avaliadas e, por fim, as condições previstas

de sobrecarga.

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34

A conformidade com os requisitos de segurança essenciais tem de estar de acordo com o Módulo

A relativo ao controlo interno da produção (Figura 2.10). Os procedimentos estão especificados

no Anexo IV

Na Tabela 3.6 estão referidas as Diretivas que estão na origem da versão em vigor e as alterações

introduzidas.

Tabela 3.6 - Principais Modificações da DBT [62]

Diretivas Principais modificações

73/23/CEE Versão original da Diretiva

93/68/CEE Adenda para incluir requisitos para marcação CE e a criação de um dossiê técnico

2006/95/CE. Pequenas alterações no Artigo 1.º ponto 12 e Artigo 13.º

Com o fim de permitir uma interação mais “amiga do utilizador”, Luis Montoya criou, com

aprovação da Comissão Europeia, um guia de apoio à Diretiva. Esta pode ser consultada no

seguinte endereço da Comissão Europeia [63].

Uma nova Diretiva [64]

Já se encontra contudo publicada a Diretiva 2014/35/UE do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 26 de fevereiro de 2014 [65], que irá substituir a Diretiva 2006/95/CE. Esta nova Diretiva foi

sujeita ao processo de alinhamento com a Decisão nº 768/2008/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 9 de julho de 2008 [46], relativa a um quadro comum para a comercialização de

produtos, e refletem medidas tomadas pela Comissão, no sentido de:

Garantir maior coerência entre as diretivas, tais como o alinhamento das definições e

terminologia mais utilizadas, e dos procedimentos de avaliação da conformidade;

Resolver o problema da não-conformidade dos produtos:

- Explicitando melhor as obrigações dos operadores económicos, de verificar se os

produtos ostentam a marcação CE, e se são acompanhados dos documentos exigidos

e se contêm informação relativa à rastreabilidade;

- Obrigando os fabricantes a fornecer instruções e informações de segurança, numa língua

facilmente entendida pelos consumidores e utilizadores finais;

- Obrigando cada operador económico a estar em condições de informar as autoridades a

quem comprou um produto, e a quem o vendeu;

- Alterando o procedimento de salvaguarda (fiscalização do mercado).

Impor requisitos para as autoridades notificadoras;

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35

Garantir a qualidade do trabalho efetuado pelos organismos notificados (ON).

A nova Diretiva n.º 2014/35/UE irá revogar a Diretiva nº 2006/195/CE, e estabelece um prazo de

dois anos para a respetiva transposição para direito nacional.

3.3. Diretiva Compatibilidade Eletromagnética - 2004/108/CE

e 2014/30/UE

A Diretiva 2004/108/CE, de 15 de dezembro de 2004 [66], designada usualmente por Diretiva

Compatibilidade Eletromagnética (DCE), teve origem na Diretiva 89/336/CEE, de 3 de maio de

1989 [67], é uma diretiva mais focada no desempenho do que na segurança, apesar de ter várias

implicações na segurança dos equipamentos. As emissões eletromagnéticas, juntamente com a

imunidade do equipamento elétrico, são os pontos abordados tendo em vista garantir que a

utilização do equipamento em causa não interfere nas emissões de rádio e de telecomunicações,

assim como com outros equipamentos. Também é discutida a determinação da imunidade dos

equipamentos a esse tipo de interferências. A diretiva DCE 2004/108/CE divide os equipamentos

em duas classes com regimes diferentes de aplicação [68] [69]:

Aparelhos

Instalações Fixas

O texto da Diretiva está dividido em três partes.

1. Considerandos (23)

2. Artigos (18)

3. Anexos (6) que abordam diferentes assuntos, como se pode observar Tabela 3.8

A localização e informação dos pontos fulcrais desta aplicação da diretiva podem ser consultadas

na Tabela 3.7.

A DCE foi transposta para o direito interno através do Decreto-Lei n.º 325/2007, de 28 de

setembro [70].

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Tabela 3.7 - Apresentação resumida do conteúdo da DCE

Âmbito Art.º 1.º, 1. A presente diretiva regulamenta a compatibilidade eletromagnética dos

equipamentos e tem como objetivo assegurar o funcionamento do

mercado interno, exigindo que os equipamentos cumpram um nível

adequado de compatibilidade eletromagnética. A presente diretiva é

aplicável ao equipamento definido no Artigo 2.o

Exceções Art.º 1.º, 2. a) Equipamento abrangido pela Diretiva 1999/5/CE;

b) Produtos, peças e equipamentos aeronáuticos referidos no

Regulamento (CE) n.º 1592/2002 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 15 de Julho de 2002, que estabelece regras comuns no

domínio da aviação civil e cria a Agência Europeia para a Segurança

da Aviação;

c) Equipamentos de rádio utilizados por radioamadores, na aceção que

lhe é dada pelos regulamentos de rádio adotados no âmbito da

Constituição e da Convenção da UIT, exceto se os equipamentos

estiverem comercialmente disponíveis. Os conjuntos (kits) de

componentes a montar por radioamadores e o equipamento comercial

por eles alterado para sua própria utilização não são considerados

equipamento comercialmente disponível.

A presente diretiva não é aplicável aos equipamentos cujas

características físicas tenham uma natureza intrínseca tal que os

mesmos:

a) Sejam incapazes de gerar ou contribuir para emissões

eletromagnéticas que excedam o nível que permite aos equipamentos

de rádio e de telecomunicações, bem como a outros equipamentos,

funcionar da forma prevista;

b) Funcionem sem degradação inaceitável na presença de perturbações

eletromagnéticas normalmente resultantes da sua utilização prevista.

Requisitos

de

segurança

Anexo I a) as perturbações eletromagnéticas geradas não excedem o nível

acima do qual os equipamentos de rádio e de telecomunicações ou

outros não possam funcionar da forma prevista;

b) tenham o nível de imunidade às perturbações eletromagnéticas que é

de esperar na sua utilização prevista e que lhes permita funcionar sem

uma degradação inaceitável nessa utilização.

Requisitos específicos para instalações fixas são referidos no ponto 2.

deste Anexo.

Tabela 3.8 - Anexo da DCE

Anexo Conteúdo

I Requisitos essenciais referidos no Artigo 5.º

II Procedimento de avaliação de conformidade referido no Artigo 7.º (controlo interno

da produção)

III Procedimento de avaliação de conformidade referido no Artigo 7.º

IV Documentação técnica e declaração CE de conformidade

V Marcação CE referida no Artigo 8.º

VI Critérios para a avaliação dos organismos a notificar

Dependendo do tipo de equipamento a estudar, os procedimentos a cumprir são diferentes. Para

começar, é necessário saber distinguir aparelhos de instalações fixas, através das definições

relevantes constantes no Artigo 2 da Diretiva.

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As instalações fixas não são sujeitas a uma avaliação de conformidade com os requisitos

essenciais da Diretiva, pelo que não necessitam da afixação da marcação CE. A avaliação de

conformidade de um aparelho é descrita através de três procedimentos, que diferem do tipo de

aparelho. O primeiro procedimento é aplicável aos transmissores de rádio que não são abrangidos

pela Diretiva 1999/5/CE, de 9 de março de 1999 [71], fazendo-se a avaliação de conformidade

através do módulo B, seguido do Módulo C (Figura 2.10), no qual se prescreve um Exame de

Tipo seguido de uma declaração CE de conformidade.

Para os restantes aparelhos existem duas opções:

A primeira será a de optar pelo Anexo II que descreve o controlo interno de fabrico

(Módulo A) que é válido caso exista a utilização integral de normas harmonizadas. Deve

ser confirmado o cumprimento dos requisitos através de medições para verificar a

compatibilidade eletromagnética,

A segunda opção está descrita no Anexo III desta diretiva, que é semelhante à opção

anterior mas com procedimentos adicionais, dependendo das normas harmonizadas

utilizadas. Neste caso é necessário validar o dossiê técnico através de um organismo

notificado para que fique garantida a conformidade.

Na Tabela 3.9 estão referidas as Diretivas que estão na origem da versão da DCE em vigor e

as alterações introduzidas [69].

Tabela 3.9 - Principais modificações da DCE

Diretivas Principais modificações

89/336/EEC Versão original da diretiva

2004/108/EC Reformulação com um número significante de mudança. Ex: Nova classificação

de equipamentos e regimes.

Tal como para a DM também para a DCE foram criados, neste caso, dois guias:

- um “quick guide” com as obrigações dos fabricantes [72]:

Requisitos para pôr o equipamento no mercado

Definições

Endereços na Internet e informações úteis para aplicação.

Guia com as obrigações associadas à entrada do equipamento no mercado

Exemplo de declaração de conformidade

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- um guia de aplicação que resulta num manual de interpretação da Diretiva para todas entidades

direta ou indiretamente envolvidos [73].

Estes podem ser consultados gratuitamente no Website da Comissão Europeia (em Inglês) no

separador Electromagnetic Compatibility (EMC) – Guidance [74].

Uma nova Diretiva [75]

Já se encontra contudo publicada a Diretiva 2014/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 26 de fevereiro de 2014 [76], que irá substituir a Diretiva 2004/108/CE. Sujeita à mesma

Decisão que a nova Diretiva DBT, relativa a um quadro comum para a comercialização de

produtos, e refletem medidas tomadas pela Comissão, no mesmo sentido referido anteriormente.

A nova Diretiva n.º 2014/30/UE irá revogar a Diretiva nº 2004/108/CE, e estabelece um prazo de

dois anos para a respetiva transposição para direito nacional.

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Capítulo 4 Metodologia para aplicação

4.1. Objetivos

Os objetivos da metodologia podem ser descritos da seguinte forma:

• Conjugação de todos os documentos necessários para obter a marcação CE de

uma máquina;

• Identificação do processo para obtenção da conformidade do produto com os

requisitos de segurança, saúde e meio ambiente da UE;

• Criação dos formulários e dos modelos necessários para documentação da

Análise de risco;

• Metodologia mais intuitiva e de aplicação mais célere e com custos mais

reduzidos.

Estes objetivos listados não cobrem a conceção completa da marcação CE para cada tipo de

máquina nem constituem um modelo único a seguir. Servem somente para a formação do

fabricante e também como documento de apoio que proporciona uma ideia global das aplicações

necessárias, e é acompanhada pela indicação dos documentos necessários para garantir a

conformidade de uma máquina ou quase-máquina.

Tendo em consideração que a análise de uma diretiva é extensa, apenas se aplicará a metodologia

à DM por ser aquela que abarca a maior quantidade de produtos.

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4.2. Estrutura

Na Figura 4.1, sob a forma de um fluxograma, está apresentada a estrutura do desenvolvimento

deste ponto da dissertação dedicado, como se disse, à metodologia conducente à utilização da

marcação CE.

Figura 4.1 - Fluxograma de Aplicação da Metodologia

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4.3. Fase Inicial

4.3.1. Instrução sobre Marcação CE: Objetivos e

Legislação

Para um produto estar em conformidade com os requisitos Europeus é necessária a aplicação da

marcação e tudo o que lhe está subjacente. Desta forma, qualquer fabricante que pretenda apor a

marcação CE terá primeiro que se instruir sobre os seus objetivos e legislação vigente (Figura

4.1).

A presente dissertação tem exatamente esse objetivo pelo que a introdução ao tema marcação CE

poderá fazer-se com o apoio da leitura dos textos indicados nos Capítulos 2 e 3. Em complemento,

e posteriormente, deverá fazer-se a leitura geral dos outros documentos mencionados nesses

capítulos [77].

4.3.2. Descrição do Produto

Ao decidir implementar a marcação CE, o fabricante poderá estar em dois momentos diferentes

na fase da criação do seu produto:

em fase de projeto

em fase de produção

Apesar de ser possível aplicar a metodologia em qualquer das duas situações, recomenda-se que

o processo seja iniciado na fase de projeto (Figura 4.2). Os documentos têm em consideração os

princípios e as metodologias adequadas para garantir a segurança do produto desde a fase de

conceção até à fase de fabricação e vida do produto.

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Figura 4.2 - Árvore da Visão Global dos Procedimentos para Conformidade [47, p. 62]

Desta forma, previne-se a necessidade da introdução de modificações nos produtos que já estão

em produção, com os custos e atrasos inerentes, para além de se garantir um processo mais

consistente para a obtenção de um produto seguro.

Figura 4.3 - Árvore Subprocesso "Descrição do Produto"

Para iniciar a implementação da marcação CE, o fabricante terá de avaliar e caracterizar o seu

produto. Na Figura 4.3 podem-se identificar as tarefas que constituem esta avaliação.

A partir de uma ideia que seja considerada exequível e que responda aos objetivos fixados, a fase

seguinte será a de elaborar um projeto de construção. Relativamente ao produto em

desenvolvimento, a figura referida descreve as caraterísticas seguintes:

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Funcionalidades

Objetivos

A informação recolhida nesta fase conduz-nos à identificação das Diretivas a aplicar.

4.3.3. Identificação da(s) Diretiva(s) que se Aplicam ao

Produto

A primeira pergunta que o fabricante deve fazer será se o seu produto necessita ou não de

marcação CE. Para isso, deverá responder à seguinte questão:

Sou responsável por redesenhar e produzir um produto tendo em vista a sua colocação no mercado

Europeu? [47, p. 15]

Sim: Então, o fabricante é responsável pela marcação CE

Não: Então, o fabricante não é diretamente responsável pela marcação CE. Deve

procurar, em função dos mercados, os requisitos de segurança, e outros, a cumprir.

A correta identificação da(s) Diretiva(s) aplicável(eis) ao produto é fundamental para a boa

implementação da marcação. Não existe legislação que explicite o processo correto desta

identificação. Para corrigir esta lacuna, existem métodos auxiliares a que podemos recorrer. Esta

dificuldade varia de produto para produto, uma vez que depende das funcionalidades em presença.

Para os casos mais complexos, a aplicação destes métodos torna-se decisiva. Estes métodos

podem ser utilizados isolados ou em conjunto, permitindo neste caso a comparação e

complementação dos resultados.

O fabricante ou o mandatário deve seguir a ordem de processos representada na Figura 4.4.

A caracterização do produto feita na etapa anterior é agora necessária. Para qualquer dos métodos

considerados, o conhecimento profundo do produto ajuda na seleção e permite obter um resultado

mais fidedigno. Caso o resultado seja dúbio ou claramente errado, tendo em conta a Diretiva

aplicável, então dever-se-á repetir o processo utilizando o mesmo ou outro método para validar,

ou não, o resultado anteriormente obtido. O fluxograma da Figura 4.4 apresenta três métodos

diferentes. Esses métodos são meramente exemplificativos e servem para demonstrar a

diversidade existente.

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Figura 4.4 - Fluxograma do Subprocesso "Identificação das diretivas"

“Método X” – Encontrar um produto semelhante [77, p. 5]

Com a procura de um produto semelhante, dever-se-á identificar quais as diretivas que foram

aplicadas na verificação de conformidade da marcação do mesmo.

Este método, apesar de primário, poderá ser uma das formas mais rápidas e eficazes. A

probabilidade do produto não ter concorrência é reduzida e esses construtores já deverão

certamente ter despendido tempo a estudar o assunto.

Com este método ter-se-á sempre de fazer uma análise cuidada da informação recolhida e da

opção adotada, não aconteça existir uma falha na análise do concorrente. Nesses casos, é

aconselhável agir perante a falha de conformidade junto da empresa construtora e, em último caso

na eventualidade de estarmos perante graves riscos para os utilizadores, por uma omissão

grosseira, alertar as entidades de fiscalização.

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“Método Y” – Utilizar a Matriz Produto-Diretivas [77, pp. 5-9]

A matriz Produto-Diretivas, criada pelo grupo Phoenix Technical Group, é uma ferramenta de

utilização rápida e simples que permite delimitar quais as diretivas que se poderão aplicar ao

produto em questão.

A partir de uma matriz, na qual as linhas representam as diferentes diretivas e as colunas as

diferentes descrições possíveis para caracterizar o produto, segue-se uma sequência de passos que

permite escolher as Diretivas mais adequadas. (Figura 4.5).

A sequência dos passos para a sua utilização é a seguinte:

Observar a primeira linha (cabeçalhos iniciando em Toy) e eleger as descrições que

caracterizam o produto;

Realçar as colunas relativas às marcações feitas no ponto anterior;

Descer em cada linha e realçar a linha pertencente às células cor-de-rosa e que estejam

marcadas do passo anterior;

As linhas que estão marcadas (e as Diretivas correspondentes) vão provavelmente ter de

ser aplicadas ao produto;

Essas Diretivas e a sua aplicabilidade deve ser confirmada uma a uma;

As células a verde que estejam realçadas indicam Diretivas que, provavelmente, não se

aplicam.

Com esta ferramenta obtém-se como resultado uma lista mais reduzida das diretivas possíveis

para aplicação no produto. O principal objetivo é a redução de tempo do estudo individual da

possível aplicação de cada diretiva.

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Figura 4.5 - Matriz Produto-Diretivas [77]

“Método Z” – Ferramenta de decisão [78, pp. 37-39]

Este método, como exemplo, está aplicado apenas a máquinas abrangidas por uma ou mais

diretivas, que neste caso foram previamente reduzidas a três: DBT, DCE ou DM. Baseia-se na

comparação da definição dada ao produto com os âmbitos de aplicação das diretivas. Para isso, é

necessário um estudo aprofundado tanto das diretivas quanto do produto.

Dando início ao exemplo referido, tem-se:

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Diretiva Baixa Tensão (DBT)

O Artigo 1.º da DBT descreve o âmbito de aplicação da diretiva, enquanto que no Anexo II estão

identificados os casos específicos que a Diretiva exclui. Comprida esta dupla verificação de

comparação com as caraterísticas do produto seguem-se os passos do fluxograma da Figura 4.6:

Figura 4.6 - Fluxograma de Aplicação da DBT

Caso a DBT seja aplicável, a DCE também o será. Isto deve-se ao facto de, nos limites de tensão

abrangidos pela DBT, existir sempre a criação de campos magnéticos abrangidos pela norma

DCE.

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Diretiva Compatibilidade Eletromagnética (DCE)

O Artigo 1.º da DCE define o seu âmbito de aplicação. Por comparação desse âmbito com as

características do produto, seguem-se os processos do fluxograma da Figura 4.7.

Figura 4.7 - Fluxograma de Aplicação da DCE

Conclui-se então que a DCE é aplicável caso o produto seja capaz de causar distúrbios

eletromagnéticos, no caso de este não estiver incluído no ponto 2. do Artigo 1.º da DCE.

Diretiva Máquinas (DM)

O Artigo 1.º da DM define o seu âmbito de aplicação. Por comparação desse âmbito com as

características do produto, seguem-se os processos do seguinte fluxograma da Figura 4.8.

Início

O produto é capaz

de causar distúrbios

eletromagnéticos a outro

equipamento?

(Artigo 1.º, ponto

1. da DCE)

Sim

O produto encontra-se

incluído em alguma das

categorias do artigo 1.º, ponto

2. da DCE?

A DCE é

aplicável

Não

Fim

A DCE não é

aplicável

Não

Sim

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49

Figura 4.8 - Fluxograma de Aplicação da DM

Após a interpretação dos fluxogramas e chegados a uma conclusão, o resultado da avaliação das

diretivas aplicáveis será um dos que se representam na árvore da Figura 4.9.

Figura 4.9 - Resultado da Avaliação do “Método Z” (Adaptado de [78])

Dependendo do resultado da aplicação do processo de seleção do “Método Z”, pode ser necessário

ter em consideração uma aplicação conjunta das Diretivas, mesmo sobrepondo-se, não entrando

contudo em conflito.

Início

O produto encontra-se

incluído em alguma das

categorias do Artigo 1.º, ponto

1. da DM?

Sim

O produto encontra-se

incluído em alguma das

categorias do artigo 1.º, ponto

2. da DM?

A DM é

aplicável

Não

Fim

A DM não é

aplicável

Não

Sim

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50

4.3.4. Listagem das Normas Harmonizadas

As Normas Harmonizadas são normas associadas às Diretivas aplicadas ao produto (Ponto 4.3.3).

Para a sua consulta basta apenas identificar quais os documentos publicados no JO que

identificam essas normas. Estes documentos podem ser acedidos através do repositório online de

acesso gratuito da União Europeia, EUR-Lex [32].

No caso da aplicação às máquinas a lista de normas, associadas às Diretivas correspondentes,

apresentam-se na Tabela 4.1.

Tabela 4.1 - Lista de Normas Harmonizadas

Diretiva – Referência Lista de Normas harmonizadas (N.º de informação)

DM – 2006/42/CE 2014/C 110/02

DBT – 2006/95/CE 2014/C 149/03

DCE – 2004/108/CE 2014/C 53/04

4.4. Aplicação da Diretiva Máquinas – 2006/42/CE

4.4.1. Identificação dos Requisitos

Para iniciar a aplicação da DM [50], após a identificação das Diretivas aplicáveis ao produto,

(incluindo ou não a DBT e a DCE) é necessário entender quais os requisitos que têm de ser

cumpridos para colocar o produto no mercado. Esses requisitos estão especificados no Artigo 5.º

da DM e são explicitados na árvore da Figura 4.10.

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Figura 4.10 - Árvore Aplicação da Diretiva Máquinas

Pode-se observar que existe uma distinção nos requisitos dos processos de um produto “Máquina”

de um produto “Quase-Máquina”. Desta forma é importante confirmar se a caracterização do

produto está correta. As definições das diferentes caracterizações referidas na DM podem ser

consultadas no Artigo 2 da mesma [50].

A partir da Figura 4.10 é possível esquematizar os processos necessários para obter a

conformidade do produto. Nos pontos seguintes são explicados com maior detalhe os processos

relativos às máquinas e às quase-máquinas.

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1. Quase-Máquina

Um produto definido como Quase-Máquina rege-se pelos procedimentos de avaliação de

conformidade adequados, os quais estão descritos no Artigo 13º da DM e que se podem observar

no fluxograma da Figura 4.11.

Figura 4.11 - Árvore da “Avaliação de Conformidade de Uma Quase-Máquina”

Resumindo a árvore da Figura 4.11, a marcação CE das quase-máquinas deve-se reger

inicialmente pelo Anexo VII, seguido do Anexo VI e pela parte B do ponto 1. do Anexo II, todos

anexos da DM.

Máquinas

A. Certificar que a máquina cumpre os requisitos essenciais em matéria de saúde e de

segurança enunciados no Anexo I

Caso o produto seja uma máquina, segundo o Fluxograma da Figura 4.12, é necessário garantir

que aquela cumpre os requisitos de segurança e de saúde apresentados no Anexo I (DM). Essa

garantia é dada através da análise de risco descrita nos Princípios Gerais do Anexo I (DM) que

estabelecem os requisitos que é necessário cumprir. Segundo a DM, pode não ser possível atingir

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todos os objetivos fixados por estes requisitos. Nesses casos, deve ser justificada a falha e

encontrada uma solução para a superar.

Figura 4.12 - Árvore dos Processos para Cumprir Requisitos Essenciais Pertinentes

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B. Efetuar os procedimentos de avaliação da conformidade nos termos do Artigo 12º (DM)

Figura 4.13 - Árvore dos Procedimentos de Avaliação da Conformidade de uma Máquina (baseado no Artigo 12º do

DM)

Nesta etapa da avaliação de conformidade será necessário verificar se a máquina se encontra

incluída na lista de máquinas presentes no Anexo IV e, caso esteja, verificar se a mesma respeita

as normas harmonizadas publicadas no JO.

B.1 Máquina não incluída no Anexo IV da DM

Pelo que se pode observar da Figura 4.13, os procedimentos de avaliação de conformidade,

segundo a DM, passam pela elaboração do Dossiê Técnico, em aplicação do Anexo VIII, e o

referido na parte A do Anexo VII da DM.

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B.2 Máquina incluída no Anexo IV da DM

Neste caso existem diferentes caminhos a percorrer dependendo do resultado da análise de risco.

Se a máquina cumprir as condições à frente enumeradas, pode-se recorrer, para além de outras

duas opções, a uma avaliação semelhante à de uma máquina que não conste do Anexo IV, através

do controlo interno da máquina como previsto no Anexo VIII [56, p. 110].

As máquinas em questão devem fazer parte de uma ou mais Normas Harmonizadas do

tipo C, cujas referências tenham sido publicadas no JO;

A(s) respetiva(s) Norma(s) Harmonizada(s) deve(m) cobrir todos os requisitos essenciais

de saúde e de segurança aplicáveis às máquinas, tal como determinado pela avaliação de

riscos;

As máquinas devem ser concebidas e fabricadas respeitando integralmente as respetivas

normas harmonizadas.

Relativamente à máquinas que se enquadram no Anexo IV é obrigatória a escolha entre:

Procedimento de exame CE de tipo previsto no Anexo IX

Procedimento de garantia de qualidade total previsto no Anexo X

C. Disponibilizar as informações necessárias, incluindo o manual de instruções

Cumprir os requisitos de um manual de instruções conforme estão descritos no Anexo I, no ponto

1.7.4 da componente de “Requisitos essenciais de saúde e de segurança”.

D. Elaborar a declaração CE de conformidade e garantir que o mesmo acompanha a

máquina

Elaborar a declaração CE cumprindo a parte A do ponto 1 do Anexo II e certificar que a mesma

acompanha a máquina

E. Apor a “marcação CE”

A aposição da marcação CE só poderá ser realizada depois da confirmação de todos os termos

previstos do Artigo 5.º da DM. Segundo o Artigo 16.º, a marcação CE é constituída pelas iniciais

CE, e deverá ser aposta de forma visível, legível e indelével, seguindo os pressupostos do Anexo

III. No caso de ter sido aplicado o procedimento de garantia de qualidade total, a marcação

deve ser seguida do número de identificação do organismo notificado.

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4.4.2. Elaboração da Análise de Risco do Anexo I

Segundo a DM, “o fabricante de uma máquina, ou o seu mandatário, deve assegurar que seja

efetuada uma avaliação dos riscos, a fim de determinar os requisitos de saúde e de segurança que

se aplicam à máquina.” Este requisito terá uma análise aprofundada neste ponto por ser o núcleo

da marcação CE [79] de máquinas dado o seu papel fulcral na promoção da segurança. Existe

também uma dificuldade acrescida que os produtores de máquinas enfrentam no desenvolvimento

da análise, devido à sua complexidade.

A análise de risco deve ser conduzida durante a conceção da máquina de maneira a haver

uniformidade no conjunto da fabricação e não sejam necessárias adaptações posteriores com

custos e demoras evitáveis. Através da documentação desta etapa, o fabricante pode comprovar

que os riscos estão todos corretamente analisados e que medidas foram tomadas para os reduzir

ou mesmo eliminar.

O Risco é a combinação da probabilidade e da gravidade (consequências) da ocorrência de um

determinado acontecimento perigoso (definição adaptada da NP 4397:2008) [80].

Os riscos que se deve ter em conta são os seguintes:

Riscos mecânicos

Riscos elétricos

Riscos térmicos

Riscos resultantes do ruído

Riscos resultantes de oscilações

Riscos resultantes de radiação

Riscos resultantes de materiais e substâncias

Riscos resultantes de negligência relativa aos princípios ergonómicos na construção de

máquinas

A Análise de Risco pode-se definir como a forma de avaliar adequadamente quais os requisitos

que se aplicam ao produto e cujo completo cumprimento garante a sua conformidade.

Essa análise distribui-se ao longo de várias fases e terá de ser devidamente registada, de forma a

poder ser consultada e estudada em caso de fiscalização.

Os julgamentos do risco associado aos perigos presentes na máquina, feitos no decurso da análise,

deverão ser suportados por uma estimação qualitativa ou quantitativa quando esta for apropriada.

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O processo de avaliação deve ser realizado em equipa, na qual um técnico experiente na matéria

deve estar acompanhado pelos engenheiros responsáveis pela conceção, pela instalação e pela

manutenção, numa ação com um calendário e tarefas bem definidas. Um gerente de segurança,

operadores, pessoal de manutenção, engenheiros envolvidos no projeto, eletricistas e especialistas

de segurança no trabalho são bons exemplos de membros importantes para uma equipa completa.

A título de exemplo, a análise de risco de um teto de abrir motorizado para um veículo automóvel

poderia ser organizada da forma seguinte (ISO/TR 14121-2:2007) [81, p. 0]:

­ Um dia para determinação e familiarização com os “limites operacionais”;

­ Dois dias para a identificação de fenómenos perigosos que conduziram à elaboração de

uma lista de 41 situações perigosas;

­ Um dia para estimar o risco durante o qual 10 situações perigosas foram estudadas

recorrendo a um método quantitativo, sendo outras estimadas qualitativamente;

­ Cinco dias para redigir os resultados e conduzir a uma avaliação limitada fazendo uma

análise comparativa com as estatísticas dos acidentes. A informatização do processo

permite melhorar significativamente a sua eficiência reduzindo o tempo necessário;

­ Um dia para apresentar os resultados à equipa e ao conselho de administração.

Para aplicação da análise de risco é necessário apoiar os procedimentos não só na DM mas

também nas Normas associadas à DM e noutros métodos criados especificamente para aplicar na

análise.

A DM indica, através uma descrição sumária, os processos que a análise de risco deve contemplar.

Os documentos oficiais que complementam a DM são as normas harmonizadas, as quais estão

agrupadas em três tipos.

Estrutura da análise:

Segundo o Anexo I da DM, a análise risco é constituída pelas 5 fases apresentadas na Tabela 4.2

e é de realização obrigatória. Estas fases serão descritas em pormenor nos subcapítulos seguintes.

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Tabela 4.2 - Processos da Análise de risco [50]

Processo da Análise de risco

1 Determinar as limitações da máquina, o que inclui a utilização prevista e a má utilização

razoavelmente previsível,

2 Identificar os perigos que podem ser originados pela máquina e as situações perigosas que lhes

estão associadas,

3 Avaliar os riscos, tendo em conta a gravidade de eventuais lesões ou agressões para a saúde e a

probabilidade da respetiva ocorrência,

4 Avaliar os riscos com o objetivo de determinar se é necessária a sua redução, em conformidade

com o objetivo da presente diretiva,

5 Eliminar os perigos ou reduzir os riscos que lhes estão associados, através da aplicação de medidas

de proteção, pela ordem de prioridade estabelecida na alínea b) do ponto 1.1.2

A norma EN ISO 12100:2010 (E) [82, p. 10] contém o fluxograma que se apresenta na Figura

4.14, o qual permite realizar uma sequencia iterativa de processos que garante a sua correta

aplicação.

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Figura 4.14 - Fluxograma da Análise de Risco (adaptado da EN ISO 12100:2010 [82])

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4.4.2.1. Preparação

Esta fase não está expressamente descrita na Diretiva. De qualquer forma, é importante a

organização inicial de todas as informações disponíveis sobre o produto a estudar. Sigamos a

sugestão do guia publicado pela OMRON STI [83] que nos propõe uma sequência de passos para

conduzir uma boa preparação:

Requisitos relativos a todo o ciclo de vida da máquina;

Desenhos, esboços, descrição dos sistemas e outros meios de estabelecer a natureza da

máquina;

Informação relativa às fontes de energia;

Algum acidente e incidente – histórico;

Qualquer informação relacionada com danos de saúde

Layout do sistema.

Estes pontos foram abordados na descrição do produto e é importante que o fabricante os conheça

em profundidade, o que nos permite avançar para a análise de risco com maior segurança.

4.4.2.2. Determinação dos Limites da Máquina

Esta fase tem como objectivo identificar as características do desempenho da máquina (ou série

de máquinas) num processo integrado, considerando as pessoas relacionadas, o ambiente e os

produtos. Devem ser identificados os requisitos previstos na norma ISO 12100:2010 [82, pp. 13-

14].

De forma a aplicar os termos referidos na norma, criámos um conjunto de 8 formulários que

deverão ser preenchidos. Esses formulários simplificam o processo e têm como objetivo a

descrição pormenorizada dos limites operacionais da máquina, tendo em conta todas as fases da

sua vida incluindo instalação, utilização, manutenção, etc.

Para que não existam lacunas no processo, a norma ISO 12100:2010 [82] divide esta fase em 4

tipos de limites de diferentes naturezas, a saber:

Limites de utilização (Formulário 1 a 4)

Limites de espaço (Formulário 5)

Limites de tempo (Formulário 6 e 7)

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Outros limites (Formulário 8)

Os formulários devem ser preenchidos em total coerência com o produto a produzir e é

aconselhável ser feito em grupo pela equipa que concebeu a ideia/produto, de forma a garantir a

sua fiabilidade.

Segue-se a explicação dos procedimentos para o preenchimento de cada formulário. Sempre que

possível, deve-se completar o preenchimento com notas, esquemas e imagens que ajudem a

perceção dos dados recolhidos.

É relevante ter em consideração que esta etapa tem como objetivo obter uma visão mais geral das

limitações da máquina, visto que se está na fase inicial do processo. Neste ponto, é normal não se

ter ainda a máquina completamente definida, sendo provável que ocorram modificações numa

fase mais avançada do seu desenvolvimento. De qualquer forma, este processo é importante e

serve de base á restante análise de risco.

Formulário para notas

Foi também criado um modelo para um formulário de notas — que se apresenta parcialmente na

Figura 4.16 e que tem como objetivo complementar com notas adicionais a informação contida

nos outros formulários.

Figura 4.15 - Exemplo de Cabeçalho do Template Notas

Notas

Todos os formulários têm uma pequena célula, como se representa na Figura 4.17, a qual se

destina a permitir o cruzamento do conteúdo do formulário de notas com os restantes formulários.

Figura 4.16 - Marcação Linhas do Formulário

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É também possível adicionar informação em cada um dos formulários, caso exista espaço para

isso. No exemplo da Figura 4.15, é necessário preencher o cabeçalho para a garantir que a

sinalização será associada ao formulário correto.

Figura 4.17 - Marcação - Exemplo de Notas Adicionais

Desta forma, é possível incluir informação adicional através da folha de Notas prevista no

formulário, como se representa na Figura 4.17. Esta folha para Notas é de grande importância

considerando que, de acordo com a norma ISO 12100:2010 [82], é necessário apresentar

justificações para qualquer limitação ou assunção que se faça (por ex.: carregamentos, forças,

fatores de segurança, etc.).

Limites de utilização - Formulários 1 a 4

Começando pelos Limites de utilização, estes foram distribuídos por quatro formulários

diferentes:

Formulário 1 – Modos de operação

Figura 4.18 - Determinação de Limites: Formulário 1

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Neste formulário é essencial separar os diferentes modos de operação da máquina. Estes modos

de funcionamento devem ser inscritos no espaço vazio a toda a largura da tabela do formulário.

Depois de preenchido o modo de operação, segue-se o preenchimento das células cinzentas, onde

se podem inscrever os pormenores gerais que são de maior importância para demonstrar as

principais limitações de funcionamento da máquina. O exemplo da Figura 4.19 mostra como se

poderiam documentar os limites do curso e da velocidade do movimento linear de um componente

da máquina — fatores que são importantes e limitativos.

Figura 4.19 - Determinação de Limites: Exemplo de Preenchimento do Formulário 1

Relativamente às intervenções dos utilizadores da máquina, deve-se referir qualquer intervenção

que seja necessária, incluindo aquelas que se devem ao mau funcionamento da mesma. Na Figura

4.20 pode-se ver um exemplo: a aplicação de massa para a lubrificação centralizada e pontual da

máquina.

Figura 4.20 - Determinação de Limites: Exemplo 2 de Preenchimento do Formulário 1

Formulário 2 – Tipos de utilização e interações dos utilizadores

Figura 4.21 - Determinação de Limites: Formulário 2 – parte 1

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Figura 4.22 - Determinação de Limites: Formulário 2 – parte 2

A primeira metade do Formulário 2, representado nas Figura 4.21 e Figura 4.22, destina-se à

descrição dos mercados de destino e da utilização prevista para a máquina. Na segunda metade é

necessário completar os limites do utilizador/operador do produto. A referência ao sexo, idade,

capacidade física são apenas guias para as componentes mais importantes, devendo o fabricante

adicionar, na folha de notas do formulário, outras limitações importantes que ainda não tenham

sido referidas.

A Figura 4.23 exemplifica algumas das utilizações possíveis para um berbequim elétrico, tal como

devem ser inscritas na primeira parte do Formulário 2.

Figura 4.23 - Determinação de Limites: Exemplo de Preenchimento Formulário 2

A Figura 4.24 mostra como a segunda parte do formulário deve ser usada para descrever, o mais

exaustivamente que for possível, aquilo que se sabe acerca do utilizador da máquina. Como se

pode ver, as notas tornam-se essenciais garantir a descrição completa.

Figura 4.24 - Determinação de Limites: Exemplo 2 de Preenchimento Formulário 2

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Formulário 3 – Níveis antecipados de treino, experiência e habilidade

Figura 4.25 - Determinação de Limites: Formulário 3

O Formulário 3 (Figura 4.25) trata do nível de formação e da experiência que é exigida aos

diferentes utilizadores ou pessoas que podem estar em contacto com a máquina. Este formulário

deve ser preenchido tendo em consideração a boa utilização da máquina e a prevenção de

acidentes.

O preenchimento poderá ser feito por tópicos e dever-se-á ter em consideração o tipo de interação

que o individuo terá com a máquina, o seu nível de formação e também o tempo de experiência.

Os diferentes tipos de indivíduos a considerar são:

- Operadores

- Técnicos de Manutenção

- Aprendizes

- Público em geral

Formulário 4 – Exposição de pessoas aos perigos

Figura 4.26 - Determinação de Limites: Formulário 4

Nesta fase da determinação de limites, a norma ISO 12100:2010 [82]indica apenas que terá de

ser verificada a exposição de outras pessoas, para além do operador, aos perigos associados à

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máquina que sejam razoavelmente previsíveis (Figura 4.26). Neste formulário foi utilizada uma

escala de avaliação que poderá ser utilizada ou não pelo fabricante. Caso não a pretenda utilizar,

é recomendável a utilização de uma outra escala comprovada.

A escala foi criada pelo RoSPA, em parceria com o IOSH, e está exemplificada na Tabela 4.3. A

classificação é distribuída de 0.1 a 5 com a frequência de exposição a variar entre Raramente e

Constantemente.

Tabela 4.3 - Escala para Frequência de Exposição (Método RoSPA/IOSH)

FE Frequência de Exposição

0.1 Raramente

0.2 Anual

1.0 Mensal

1.5 Semanal

2.5 Diário

4.0 Hora a hora

5.0 Constantemente

A Norma diferencia três tipos de pessoas que podem entrar em contacto com a máquina, tal

como se mostra na Tabela 4.4.

Tabela 4.4 - Descrição de Tipos de Pessoas em Contacto com a Máquina (ISO 12100:2010 [82])

Tipo Descrição

1 Pessoas que tem conhecimento de perigos específicos, como por exemplo operadores de

máquina adjacentes.

2

Pessoas com poucos conhecimentos de perigos específicos mas com probabilidade de terem

conhecimentos de procedimentos de segurança gerais, rotas autorizadas, etc. Exemplo:

membros da administração;

3 Pessoas com pouco conhecimentos tanto para perigos específicos, como para regras gerais.

Exemplo: visitas ou membros de publico geral, incluindo crianças.

O Formulário 4 (Figura 4.26) contém uma tabela que permite documentar a frequência de

exposição para cada tipo de pessoa. Essa avaliação deverá ser acompanhada de notas

justificativas, como por exemplo: tipo de contacto que as pessoas têm com a máquina, situações

de perigo que possam existir e a sua periodicidade, etc.

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Limites de espaço - Formulário 5

Formulário 5 – Espaço necessário para o trabalho e interação com a Máquina

Figura 4.27 - Determinação de Limites: Formulário 5 – parte 1

Figura 4.28 - Determinação de Limites: Formulário 5 – parte 2

O preenchimento deste formulário (Figura 4.27 e Figura 4.28) é semelhante ao dos anteriores. É

necessário descrever todos os movimentos e cursos da máquina, e também todos os espaços de

trabalho e de interação nos diferentes modos de operação da máquina (identificados no formulário

1). Também é necessário identificar a área disponibilizada para a interface elétrica da máquina.

Recomenda-se a utilização de figuras e de esquemas, de forma a esclarecer quais os movimentos

e espaços a que nos estamos a referir. É possível utilizar o sistema de notas previstas na parte

lateral do formulário.

Limites de tempo - Formulários 6 e 7

Formulário 6 – Limite de vida da máquina e/ou componentes (Figura 4.29).

Figura 4.29 - Determinação de Limites: Formulário 6

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De acordo com a norma NP EN 13306:2007 [84], vida útil de um bem é o intervalo de tempo que

decorre entre a sua entrada em serviço e o posterior abate para desmantelamento e reciclagem.

Considera-se que a vida útil das máquinas termina quando a frequência das avarias se torna

incomportável ou quando, após uma determinada avaria, a máquina é dada como irreparável sob

o ponto de vista operacional, técnico ou económico.

A norma ISO 12100:2010 [82]também considera o limite de vida de alguns componentes das

máquinas (p. ex. ferramentas, peças de desgaste, componentes eletromecânicos, etc.), tendo em

conta o uso normal e a má utilização previsível. Nesta matéria, a experiência do pode ser fulcral

para a avaliação desse limite. Todo o limite que seja identificado deve ser, dentro do possível,

justificado com notas, cálculos, esquemas, desenhos, etc.

A Figura 4.30 apresenta um exemplo de preenchimento deste Formulário.

Figura 4.30 - Exemplo Preenchimento do Formulário 6

Formulário 7 – Intervalos de serviço recomendados

Figura 4.31 - Determinação de Limites: Formulário 7

A periodicidade de manutenção das máquinas pode variar, dependendo da natureza dos seus

componentes, das suas funcionalidades e da sua frequência de utilização. O Formulário 7 (Figura

4.31) cobre este aspeto importante da vida das máquinas e deve ser preenchido tendo em

consideração a fiabilidade da máquina, juntamente com a sustentabilidade dos processos. A

manutenção poderá ter de ser efetuada pelo operador ou pelo fabricante, dependo da exigência do

processo. Exemplos: mudança de óleo, lubrificações, eliminação de folgas, alinhamentos, etc..

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Formulário 8 – Outros limites

Caso se aplique, o preenchimento do Formulário 8 começa pela descrição dos tipos de material

que a máquina deve processar. Essa descrição está intimamente associada à conceção da máquina

e como pode existir a possibilidade de adaptar a máquina a outros tipos de material que não os

idealizados inicialmente, recomenda-se a realização de um brainstorming para incluir (ou excluir)

todas as eventuais finalidades.

A título de exemplo, a Figura 4.32 mostra o preenchimento parcial do Formulário 8 com os tipos

de materiais que podem ser processados por um berbequim elétrico portátil.

Figura 4.32 - Formulário 8; Exemplo: Propriedades do Material a ser Processado

Tal como no caso da manutenção realizada pelo operador tem — cuja descrição deve constar do

Formulário 7 — também a limpeza pode ser crucial para o bom funcionamento das máquinas. A

Figura 4.33 mostra como se pode utilizar o Formulário 8 para descrever os cuidados de limpeza

que são necessários para o bom funcionamento do berbequim elétrico.

Notas

- Usar ar comprimido para limpar a bucha de aperto da bro

- Verificar se a ferramenta está húmida antes de utilizar

- Verificar a limpeza das janelas de ventilação do motor antes de utilizar

Figura 4.33 - Formulário 8; Exemplo: Limpeza exigida

Para finalizar, dependendo das funcionalidades, dos componentes da máquina e mesmo do local

de utilização, poderá ter de se especificar as condições de operação como mostra a Figura 4.37.

Essas condições dependem principalmente de certos elementos meteorológicos: temperatura,

insolação, humidade, pressão atmosférica, etc. De forma a permitir uma descrição mais completa,

certas restrições poderão ser justificadas indicando quais os componentes que estão na sua origem.

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Figura 4.34 - Formulário 8; Condições de utilização da máquina

4.4.2.3. Identificação de Perigos

Após o desenvolvimento da componente “Limites da máquina”, passa a existir um maior

conhecimento sobre as condições gerais de funcionamento da mesma.

De acordo com o fluxograma da Figura 4.14, segue-se a identificação dos perigos subjacentes à

operação da máquina.

Segundo a norma ISO/TR 14121-2:2007 [81], a identificação dos perigos é a etapa mais

importante da apreciação de risco, uma vez que só essa identificação permite agir com vista â

eliminação ou à mitigação do risco. Além disso, é de salientar que perigos não identificados

podem causar danos inesperados. É portanto necessário assegurar a identificação sistemática e

completa dos perigos, tendo em conta os aspetos referidos na norma ISO 12100:2010 [82, p. 14],

para todas fases de vida da máquina, nomeadamente:

- Transporte, montagem e instalação;

- Preparação para o uso;

- Uso;

- Desmontagem, desativação e desmantelamento.

Para cada uma destas etapas é necessário ter em conta a interação com o ser humano, condições

possíveis de funcionamento e o comportamento errático do operador ou da máquina.

Devido à complexidade e extensão da identificação, recomenda-se o recurso a métodos de

identificação já existentes. Tais como as que constam da norma ISO/TR 14121-2 [81]que contém

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diretrizes práticas e exemplos de métodos para apreciação do risco. Esta norma foi criada para

auxílio na identificação sistemática de perigos que é preconizada pela norma ISO 12100:2010

[82].

Abordagem inicial para a Identificação de Perigos

Segundo a norma ISO/TR 14121-2 [81], existem diversos métodos de identificação de perigos,

sendo as abordagens ascendente e descente, representadas esquematicamente na Figura 4.35, as

mais comuns.

Figura 4.35 - Abordagens de Identificação do Perigo no Sentido Ascendente e Descente (adaptado da norma EN

ISO/TR 14121-2:2007 [81])

Para uma correta interpretação do diagrama anterior seguem-se as definições dos termos

empregues:

- Fenómeno perigoso: descrição da situação perigosa; potencial fonte de dano;

- Zona perigosa: espaço dentro ou à volta da máquina no qual a pessoa pode estar exposta

a um perigo:

- Situação perigosa: circunstância em que a pessoa é exposta a pelo menos um perigo;

- Evento perigoso: evento que pode causar dano.

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Na maioria dos casos, o sentido da abordagem que se revela mais adequado é o ascendente. Isto

deve-se ao facto de oferecer uma perspetiva mais pormenorizada do produto, mesmo para quem

não tenha experiência na área. Esta abordagem começa com a identificação de todo o tipo de

ocorrências em todas as fases da vida da máquina, das falhas e respetivas causas. A abordagem

ascendente identifica os fenómenos perigosos utilizando uma perspetiva conhecida pelo

fabricante, partindo da informação recolhida sobre todas as fases do ciclo de vida ou de

funcionamento. Em suma, na maioria dos casos, a abordagem ascendente permite uma descrição

mais clara e completa dos perigos existentes, com a desvantagem de ser morosa e mais complexa.

A abordagem de sentido descendente não é tão pormenorizada, iniciando-se pelos danos

causados e não pelas ocorrências perigosas. O fabricante terá de verificar todos os danos (Figura

4.36), para em cada caso verificar se ocorrem situações perigosas durante a utilização da máquina,

em todas as suas fases de vida e funcionamento. Esta abordagem é normalmente mais fácil e

rápida de aplicar, mas não é exaustiva e poderá estar incompleta ao encorajar uma reflexão

criativa.

Figura 4.36 - Exemplos de perigos típicos que se podem encontrar na Norma ISO 12100:2010 [82] [85, p. 18]

A diversidade de metodologias existentes origina uma maior liberdade no trajeto a percorrer

durante o desenvolvimento desta etapa, donde resulta a impossibilidade de descrever todas as

possibilidades. Por isso, serão facultados apenas alguns exemplos da abordagem mais comum: a

ascendente.

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Aplicação da Abordagem Ascendente

A primeira etapa é a Identificação de Ocorrências Perigosas. De modo a abranger os requisitos da

Norma ISO 12100:2010 (Ponto 5.4 e Anexo B) [82], é necessário identificar as

ocorrências/operações que possam acontecer em todas as fases de vida da máquina, incluindo o

mau funcionamento e a má utilização (Figura 4.37).

Figura 4.37 - Identificação de fenómenos perigosos - Preparação

- Identificação de Ocorrências/Operações

Nem todas as ocorrências e operações estão associadas fenómenos perigosos. Mesmo assim,

durante a sua identificação deve realizada uma avaliação sistemática (listagem) de todas situações

possíveis de ocorrer relativamente aos perigos associados, para assim se garantir uma análise

exaustiva.

Esta listagem deve ser elaborada com a colaboração de todos os membros da equipa de conceção,

através da recriação de todos passos das operações fazendo do respetivo registo. O ponto 5.4 e o

anexo B da norma ISO 12100:2010 [82]referem tópicos gerais para identificação dessas

ocorrências e operações pelo que deverá servir como apoio.

Tendo em consideração os métodos de identificação de perigos, pode-se usar o modelo de

descrição das tarefas da Tabela 4.5. Num caso comum, a informação inscrita nesta Tabela deverá

ser suficiente para fazer uma avaliação individual dos perigos.

Identificação e

tarefas/operações e

seus procedimentos

(incluíndo utilização

indevida)

Identificação de

possíveis falhas da

máquina e respectivas

causas

Identificação dos

fenómenos perigosos

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Tabela 4.5 - Exemplo de um Formulário de Identificação de Ocorrências/Operações

Tarefas/Operações

Descrição Pessoal Procedimentos

Limpeza da pedra

1º Limpar superfície da

pedra Operador

- Deslocação do operador até à pedra

- Lavagem com água sobre pressão sobre a pedra

2º Secar superfície da

pedra Operador

- Utilização manual de um pano para retirar

acumulações de água

3º … … …

- Identificação de falhas da máquina

No caso da máquina ser de complexidade elevada, a identificação das falhas será provavelmente

muito extensa. Tendo em consideração todos as fases de vida da máquina e tipos de utilização,

existem métodos de análise de falhas que permitem uma representação gráfica de interpretação

mais rápida.

A. Árvore de falhas

A árvore de falhas consiste na representação gráfica, sob a forma de árvore, das falhas de um

produto (Figura 4.38). É um diagrama que é interpretado no sentido descendente, começando pela

falha do produto propriamente dito, falha essa que pode resultar de possíveis falhas de um (ou de

mais do que um) dos seus componentes. As folhas dessa árvore representam as possíveis causas

próximas da falha do produto, as quais podem ser utilizadas na aplicação da fase mais avançada

de redução do risco.

Este método pode ser posteriormente utilizado como plano de manutenção da máquina.

B. FMEA – Failure Modes and Effects Analysis (Técnicas sistemáticas para a análise de falhas)

Esta análise conduz à revisão todos os componentes, montagens e subsistemas, com o objetivo de

identificar possíveis falhas, suas causas e efeitos. Para cada componente, os modos de falha e os

efeitos resultantes sobre o resto do sistema são registados num quadro próprio.

A FMEA é uma técnica de identificação e análise de risco eficiente, quando aplicada a sistemas

ou falhas simples, ao passo que a árvore de falhas é a técnica recomendada para sistemas

complexos.

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75

Figura 4.38 - Diagrama de falhas [adaptado de [86])

- Fenómenos perigosos

A informação recolhida sobre as falhas e ocorrências e/ou operações é avaliada individualmente

e são identificadas todas aquelas que podem ser fontes de dano: os fenómenos perigosos.

Dado existir uma grande quantidade de informação sobre esta matéria é conveniente conceber um

formulário que permita um bom registo de todos os dados recolhidos para a sua mais fácil e

intuitiva utilização dos dados recolhidos (Tabela 4.7 e Tabela 4.8).

A organização da documentação depende da abordagem que se faz e a Norma 14121-2:2007 [81]

recomenda a descrição dos seguintes aspetos de cada um dos perigos:

- Fenómeno perigoso e sua localização

- Situação perigosa (função das pessoas envolvidas, tarefas/operações que estão

relacionadas com o perigo)

- Como a situação perigosa pode causar o perigo

Evento:Falha de componentesFalha humana

Evento inicial

Divisória OU

Divisória E

Evento intermédio

Causas

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Dos fenómenos observados são excluídos aqueles que não são considerados perigosos. Os

métodos que se seguem têm como objetivo a identificação de perigos. Estes distinguem-se entre

si pelas diferentes origens dos perigos. Podem ser utilizados em sobreposição, de forma a abranger

todas as origens de perigos previstas pela norma ISO 12100 [82, pp. 53-62].

Alguns métodos [87]:

A. Método da Análise de Energias

Conceito fundamental: o “dano” é provocado por uma transferência de energia (qualquer tipo

de energia) do sistema de trabalho para a pessoa que se encontra exposta a essa forma de energia.

Na análise, considera-se qualquer forma de energia (ex.: cinética, potencial, elétrica, térmica,

química, biológica, etc.) que possa afetar biológica ou quimicamente as pessoas físicas.

B. Método da Análise de Desvios

Conceito fundamental: um “desvio” é qualquer coisa que se afaste da “norma” estabelecida, ou

seja, do curso normal previsto (ex: funções técnicas normais em equipamentos,

procedimentos de trabalho, instruções escritas ou mesmo orais, etc.). A ideia fundamental é

que os “desvios” de funcionamento podem constituir ou introduzir perigos. Nem sempre um

desvio provoca um acidente, mas pode contribuir indiretamente para a sua ocorrência, por

reduzir as condições de segurança.

C. Método da Análise de Segurança no Trabalho

Conceito fundamental: concentra-se no ser humano. Faz a análise de “tarefas” executadas por

uma pessoa ou um grupo a trabalhar em equipa. É especialmente apropriado para situações em

que as tarefas – e a sua sequência – estão muito bem definidas, e podem ser divididas em

subtarefas (ou sub-rotinas) específicas. Exemplos: linhas de montagem em série (automóveis,

eletrodomésticos, ou componentes eletrónicos), manufatura em série de vestuário, tarefas de

embalagem em linha, ou ainda, o risco operacional, como por exemplo o trabalho dos

controladores aéreos. Tal como os métodos anteriores, também este costuma ser apresentado na

forma de tabela, embora não existam checklists para este caso.

D. HAZOP – Hazard and Operability studies

Conceito fundamental: é semelhante à análise de desvios. Utiliza palavras-chave para guiar a

pesquisa e ajudar a identificar desvios perigosos. O método promove a busca sistemática e

exaustiva de desvios do processo normal que podem provocar consequências graves (danos).

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Base de funcionamento do método: é uma técnica indutiva e qualitativa, cujos resultados são

apresentados em forma de tabela. Para uma indústria química, as variáveis do processo a analisar

incluem, tipicamente: Pressão, Temperatura, Nível, Caudal, ou a Composição de misturas.

Os elementos característicos da análise HAZOP são:

Intenção – a instalação é analisada em partes (subprocessos). Para cada parte é definida a

“intenção”, ou seja: “como se espera que ela funcione normalmente”.

Desvio – são todos os desvios possíveis em relação ao funcionamento planeado e que possam

conduzir a situações perigosas.

Palavras-chave – servem para guiar a pesquisa e identificar vários tipos de desvios (Tabela 4.6).

Esta é a característica mais relevante do método.

Equipa – a análise é sempre executada por uma equipa multidisciplinar.

Na Tabela 4.6 é possível observar as palavras-chave deste método.

Tabela 4.6 - Palavras-Chave do Método HAZOP

Palavra-Chave Significado

Não/Nada Nenhuma parte da intenção é conseguida. Nada

mais acontece.

Mais Aumento quantitativo (ex: temperatura ou fluxo).

Uma variável “por excesso – a mais”.

Menos Redução quantitativa. Uma variável “por defeito

– a menos”

Também/de igual forma

Aumento qualitativo. A intenção original foi

totalmente conseguida, mas também aconteceu

outra atividade adicional: aconteceu qualquer

coisa extra, para além do planeado.

Parte de Redução qualitativa. Só uma parte da intenção foi

conseguida.

Reverso/ao contrário Aconteceu algo com lógica contrária à intenção;

por ex: fluxo de material na direção oposta.

Outro/Diferente

Substituição completa. Nenhuma parte da

intenção é conseguida. Acontece outra coisa

muito diferente

A informação recolhida relativa à identificação de ocorrências, operações e falhas deve ser

compilada num formulário que facilite a sua utilização nas fases seguintes. Devido à grande

variedade dos métodos — nos quais as aplicações variam em função das características do produto

— não é possível a sua exemplificação exaustiva. Como exemplos, pode-se apreciar alguns dos

possíveis formulários nas Tabela 4.7 e Tabela 4.8.

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Tabela 4.7 - Exemplo de Formulário de Identificação de Fenómenos Perigosos, Norma ISO/TR 14121-2:2007 [81]

IDENTIFICAÇÃO DE FENÓMENOS PERIGOSOS

Máquina

(identificação)

Método/

Ferramenta

Fontes Analista

Versão

Âmbito Data

Referência nº Zona

perigosa

Tarefa/

Operação

Fenómeno

perigoso e

danos

Situação

perigosa

Evento

perigoso

1

Zona de

corte

Carregamento da

ferramenta

- Queda de

objetos

- Corte de

membros (pés ou

dedos)

Manuseio de

peças pesadas

com as duas

mãos

Queda da peça

a manusear

2

- Arestas vivas da

peça a trabalhar

- Corte

Manuseio das

peças com

arestas vivas,

com as duas

mãos

Contacto com

as arestas vivas

ou cantos das

peças a

manusear

3 … … … …

… … … … … …

O formulário da Tabela 4.8 exemplifica uma abordagem descendente que identifica os

fenómenos perigosos a partir de uma lista de danos potenciais [88]. Este modelo não permite uma

descrição clara das tarefas ou operações envolvidas.

Tabela 4.8 - Exemplo de Formulário de Identificação de Fenómenos Perigosos [88]

Tipo ou

grupo de

perigos

Origem Consequências

potenciais

Comentários

Perigos

mecânicos

Aceleração/desaceleração Atropelamento N/A

Projeção N/A

… …

Energia cinética Atropelamento N/A

Projeção N/A

Esmagamento Rotação do enrolador de cabo

(aproximadamente 5kg, flanges de

plástico, sem arestas vivas( pode-se

soltar

… … … …

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79

4.4.2.4. Estimação do Risco

O objetivo deste ponto (Figura 4.14) é a análise quantitativa do risco para cada ocorrência

perigosa que tenha sido identificada. Segundo Pilz Guide [89, p. 82], trata-se de um processo que

é familiar ao ser humano, cujo quotidiano inclui constantes e frequentes análises de risco. Por

exemplo, o uso de uma passagem para peões implica uma estimativa de risco, sendo o perigo

constituído pelo trânsito automóvel e sendo o risco medido pela probabilidade de ser atropelado.

Tal como nesse exemplo, o resultado final da estimação dos riscos relativos a qualquer produto

depende dos conhecimentos e do bom senso da equipa de avaliação.

Para a análise quantitativa de riscos é necessário selecionar as variáveis que permitam avaliar o

risco de per si e de forma comparada. A Norma ISO 12100:2010 [82] diz que o risco associado a

um determinado perigo depende da gravidade do dano eventual e da respetiva probabilidade de

ocorrência, como mostra na Figura 4.39.

Figura 4.39 - Elementos do Risco (adaptado da Norma ISO 12100:2010 [82])

Tendo em consideração as duas componentes do risco, é necessário utilizar um método

quantitativo de classificação para todas as variáveis consideradas para a avaliação dos riscos,

devendo-se escolher o método mais adequado ao produto em análise. A Norma ISO/TR 14121-

2:2007 [81] apresenta e explica diversos métodos que podem ser aplicados, os quais se classificam

segundo a sua natureza, a saber:

- avaliação numérica,

- matrizes de risco,

- gráficos de risco,

- estimação quantificada do risco,

- métodos híbridos,

- Formulários específicos de perigos.

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Um dos métodos de estimativa de risco mais conhecidos é o Risk Assessment Methodology IOSH

Method / RoSPA [90]. Trata-se de um método de avaliação numérica que permite quantificar

variáveis qualitativas através da atribuição de uma pontuação ao nível do risco que corresponde

a cada perigo (Tabela 4.9).

Tabela 4.9 - Grau de Risco [90]

HRN Grau de risco (GDR)

0 a 1 Insignificante

1 a 5 Muito Baixo

5 a 10 Baixo

10 a 50 Importante

50 a 100 Elevado

100 a 500 Muito Elevado

500 a 1000 Extremo

mais de 1000 Inaceitável

As variáveis que permitem calcular a pontuação do grau de risco (PO, FE, GPD e NP) são

identificadas nas Tabela 4.10 a Tabela 4.13.

Tabela 4.10 - Probabilidade de Ocorrência

PO Probabilidade de Ocorrência

0 Impossível - nunca acontece

0.1 Quase impossível - apenas em circunstâncias extremas

0.5 Muito improvável - mas concebível

1 Improvável - mas pode ocorrer

2 Possível - mas não normalmente

5 Possibilidade equilibrada – acontece algumas vezes

8 Suscetível - sem surpresas

10 Provável - é expectável

15 Certo - sem dúvida

Tabela 4.11 - Frequência de Exposição

FE Frequência de Exposição

0.1 Raramente

0.2 Anual

1.0 Mensal

1.5 Semanal

2.5 Diária

4.0 Hora a hora

5.0 Constantemente

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Tabela 4.12 - Grau de Possível Dano

GD Grau do dano possível

0.1 Arranhão\hematoma

0.5 Laceração \ doença sem gravidade

1 Fratura - osso pequeno ou doença temporária de pequena gravidade

2 Fratura - osso maior ou doença permanente de pequena gravidade

4 Perda de um membro/olho ou doença grave temporária

8 Perda de dois membros/olhos ou doença grave permanente

15 Fatalidade

Tabela 4.13 - Número de Pessoas em Risco

NP Número de pessoas em risco

1 1 a 2

2 3 a 7

4 8 a 15

8 16 a 50

15 mais de 50

O grau de risco (HRN) é calculado através da expressão

𝐇𝐑𝐍 = 𝐏𝐎 × 𝐅𝐄 × 𝐆𝐃 × 𝐍𝐏 (𝟏)

em que:

PO - Probabilidade de Ocorrência

FE - Frequência de Exposição

GD - Grau do dano possível

NP - Número de pessoas em risco

HRN - Classificação final de risco [0.. ∞]

Caso sejam identificados perigos mais complexos para os quais este método se mostre

inadequado, então poderão ser utilizadas formas de descrição mais detalhadas, como mostram os

formulários que são apresentados como exemplos no Anexo A, ponto 6, da Norma ISO/TR

14121-2:2007 [81, pp. 41-47]. Cada formulário diz respeito a uma situação particular: 1)

descrição de um cenário de acidente; 2) probabilidade de um risco que depende de um conjunto

de fenómenos; 3) probabilidade de um evento ou exposição perigosa; 4) estimação de um risco

tendo em conta a possibilidade de evitar ou de limitar o perigo; etc.

Os modelos podem variar em função do método utilizado, existindo exemplos semelhantes ao

representado na Tabela 4.14 que foi criado para facilitar a explicação do método de avaliação

introduzido neste capítulo.

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Tabela 4.14 - Modelo para Estimação do Risco

Ref. PO FE GD NP HRN Grau de risco Medidas de controlo

1

2

3

4

5

6

A avaliação e a redução do risco utilizam a estimação para averiguar da necessidade de reduzir o

risco através de medidas de controlo. Como se pode ver na Tabela 4.1Tabela 4.14, a coluna

“Medidas de controlo” representa a fase seguinte desta avaliação. A avaliação e a redução do

risco constituem processos iterativos. Por esta razão, pode acontecer que a referida Tabela tenha

de ser preenchida mais de uma vez para o mesmo perigo, garantindo que as medidas de controlo

aplicadas reduzam o risco para valores aceitáveis.

De forma a garantir a completa caracterização de cada risco, existem considerações a ter em mente

durante a sua estimação. O ponto 5.5.3 da Norma ISO 12100:2010 [82] refere-se a estas

considerações, mas podem ser usados outros apoios, como por exemplo o “Pilz Guide” [89], que

sugere pormenores que podem ser úteis na preparação deste processo. Por exemplo:

- Ter em conta a proficiência, a atenção e o cansaço da pessoa exposta. Pessoas a executar

tarefas repetitivas podem não reparar que um determinado equipamento está na eminência

de falhar,

- Não conduzir uma avaliação de risco sem a cooperação de operadores e supervisores.

Estes são as pessoas mais indicadas para identificar certos perigos,

- Se um perigo tem de ser classificado com vista à determinação do seu nível (por exemplo

o ruído acústico), então é necessário garantir que se utiliza um equipamento de medição

apropriado,

- Os perigos originados nas máquinas são maioritariamente de natureza mecânica e todos

eles devem ser considerados. A melhor abordagem é a de verificar a possível ocorrência

de todos os perigos identificados nos regulamentos [82, p. Anexo B].

- Os perigos que não sejam de natureza mecânica devem ser classificados desde que sejam

considerados relevantes,

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83

- Os pormenores das avaliações devem ser documentados, incluindo as descobertas e as

recomendações,

- Quaisquer recomendações que envolvam melhoria nas medidas de controlo devem ser

implementadas o mais rapidamente que for possível,

- A avaliação do risco é um processo contínuo. Se o equipamento de trabalho ou o próprio

trabalho mudam, então os riscos devem ser reavaliados,

- Se as avaliações mostram que a formação é uma medida significativa, então esta deve ser

estruturada e continuamente avaliada,

- Se adaptar, limpar e manter o equipamento apresenta mais riscos para além daqueles a

que os operadores estão normalmente expostos, então aquelas operações devem ser

executadas separadamente, se necessário aplicando medidas de controlo específicas

adicionais.

4.4.2.5. Avaliação e Redução de Risco

Na última fase da análise de risco, estes são avaliados de forma independente tendo em vista a

sua mitigação ou mesmo a eliminação através da aplicação de medidas de proteção. A aplicação

dessas medidas costuma ser concretizada através de processos iterativos (Figura 4.14),

procedendo-se à estimação do risco no fim de cada iteração. As medidas de proteção devem ser

aplicadas por ordem de eficácia e, de acordo com a alínea b) do ponto 1.1.2 da DM [50], essa

ordem é a seguinte:

1º. Medidas de segurança na conceção e no fabrico da máquina

2º. Medidas de proteção complementar

3º. Medidas de informação para o uso

Os pontos 5.6 e 6 da Norma ISO 12100:2010 [82] tratam pormenorizadamente da avaliação e da

redução do risco, estando as prioridades para a aplicação das medidas de proteção representada

esquematicamente na Figura 2 da mesma Norma. A Figura 4.40 contém uma adaptação desse

esquema.

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84

Figura 4.40 - Impacto das Medidas de Controlo no Risco (adaptado da Figura 2. da ISO 12100:2010)

Nele se observa que a redução do risco estimado pode necessitar de três tipos de medidas de

proteção para atingir um nível aceitável.

As medidas de conceção têm como objetivo a eliminação ou a redução de riscos através de

modificações que são introduzidas durante fase do projeto da máquina, incluindo os riscos que

decorrem da interação entre as pessoas e a máquina. Por exemplo, para um dano classificado

como “corte ligeiro” provocado pelo contacto com uma aresta viva de um componente da

máquina, uma medida de conceção seria arredondar essa aresta.

As medidas de proteção física e as medidas de proteção complementares previnem o acesso à

zona de perigo e são aplicadas quando as medidas de conceção se mostram insuficientes. Por

exemplo, a aplicação de uma barreira fixa para bloquear o acesso das pessoas a uma zona de

perigo, ou uma barreira móvel com sensor para impedir o funcionamento da máquina quando

aquela está aberta.

Por último, as informações para uso destinam-se a avisar os utilizadores dos riscos residuais

devidos à eficácia reconhecidamente imperfeita das medidas de proteção adotadas. As medidas

de informação para o uso também podem ser usadas para indicar a necessidade de formação

específica para a utilização ou para assinalar a necessidade do uso de equipamento de proteção

individual. Por exemplo, a obrigação de utilização de luvas, assinalada pela aposição de

sinalização apropriada em locais bem visíveis, é uma medida mitigadora do risco de contacto

acidental das mãos do operador da máquina com um material abrasivo. Como se observa na

Figura 4.40, estas medidas são utilizadas em última instância.

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85

A perspetiva da relação custos vs redução de riscos costuma aparecer na literatura de análise de

risco em associação com o conceito de “as low as reasonably praticable” (ALARP), o qual traduz

a ideia de que um nível de risco aceitável deve estar equilibrado com o custo dos recursos

necessários para a sua consecução [91]. Na perspetiva da marcação CE, para a qual a segurança

é fundamental, as questões dos custos são igualmente importantes, pelo que um nível elevado de

segurança não pode ser obtido a qualquer preço.

Não existe nenhuma máquina isenta de riscos. Contudo, é sensato aplicar medidas que não tenham

um impacto muito negativo no seu custo ou no seu funcionamento, desde que seja possível manter

os riscos num nível aceitável.

Em síntese:

A avaliação dos riscos tem como principal objetivo a análise dos mesmos e deve preceder sempre

a tomada de qualquer medida conducente à sua eliminação ou mitigação. Além disso, deve-se

realizar nova avaliação sempre que se tome qualquer medida dessa natureza, com vista a apurar

se aquela induz novos fenómenos perigosos ou tem algum impacto noutros riscos anteriormente

avaliados. Trata-se, portanto, de um processo iterativo, durante o qual podem inclusivamente

surgir novos fenómenos perigosos de risco insignificante que, por isso mesmo, não exigem a

aplicação de novas medidas de controlo.

Segundo a norma ISO/TR 14121-2:2007 [81], caso existam normas específicas para as máquinas

ou para os fenómenos perigosos em análise, então uma parte da avaliação e da tomada de medidas

de controlo pode consistir na aplicação dessas normas, as quais se podem consultar no JO.

As medidas devem ser adotadas tendo em conta as disposições da Norma ISO 12100:2010, o que

muitas vezes implica a conformidade com as normas associadas à DM (Figura 4.41).

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86

Figura 4.41 - Exemplo de Normas Harmonizadas para Conformidade na Redução de Risco [83]

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87

A decisão de não aplicar medidas de controlo não se deve basear apenas no risco estimado e mas

também apoiar-se noutras considerações legais, nos limites técnicos da máquina e em aspetos

económicos. [ISO/TR 14121-2:2007 [81]. Os pontos 6.2, 6.3 e 6.4 da Norma ISO 12100:2010

[82] descrevem-se várias medidas possíveis e um conjunto de disposições legais que podem ser

aplicadas em casos específicos.

Um dos objetivos do projetista é a eliminação precoce dos fenómenos perigosos através da adoção

de soluções construtivas adequadas durante a fase de conceção das máquinas. Este é o

procedimento mais eficaz para a exclusão do perigo e tem como princípio a procura da fonte

respetiva para que se possa proceder à sua eliminação através de medidas de controlo.

Caso não seja possível eliminar o perigo, deve-se procurar reduzir o seu risco através das medidas

de controlo referidas na Figura 4.40, recorrendo à DM e, possivelmente, às normas que constam

da Figura 4.41. Dependendo do caso, é possível que existam outras normas com soluções para

conseguir a redução desejada. Exemplos e explicações podem ser encontrados nas Normas

Isso/TR 14121-2:2007 e ISO12100:2010.

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4.5. Aplicação da Diretiva Baixa Tensão - 2006/95/CE

A DBT [59] aplica-se na maioria dos componentes elétricos da máquina, mas é referida na

declaração de conformidade apenas para os componentes que não se incluem na DM mas que são

abrangidos pela DBT. Esta especificidade é referida no ponto 1.5.1 do Anexo I da DM: “Se a

máquina for alimentada com energia elétrica, deve ser concebida, fabricada e equipada de modo

a prevenir ou permitir prevenir todos os perigos de origem elétrica.” “Aplicam-se às máquinas os

objetivos de segurança fixados na Diretiva...” DBT. “Todavia, as obrigações em matéria de

avaliação da conformidade e de colocação no mercado e/ou entrada em serviço das máquinas no

que se refere aos perigos elétricos são regidas exclusivamente pela presente Diretiva.”

Resumindo, os requisitos de segurança referidos na DBT terão de ser cumpridos para os

equipamentos aplicáveis às duas Diretivas, mas na avaliação de conformidade ter-se-á de seguir

a DM, não sendo referida a aplicação da DBT na declaração de conformidade.

Para a aplicação da Diretiva presente, é necessário verificar os requisitos do Artigo 8.º e 2.º,

conforme especificados na Figura 4.42.

4.5.1. Identificação dos Requisitos

Figura 4.42 - Árvores Obrigação dos Fabricantes e Objetivos de Segurança

Segundo o Artigo 8.º da DBT existem dois métodos de avaliação de conformidade. A aplicação

destes depende da conformidade do produto com os elementos de segurança previstos no Anexo

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I da mesma. Caso estes elementos sejam respeitados na sua totalidade, é possível avaliar a

conformidade através de um controlo interno de fabrico representado no Anexo IV, enquanto que,

em caso de divergência (incumprimento dos elementos), se torna obrigatório apresentar um

relatório elaborado por um organismo notificado que se encontra especificado no Artigo 11.º da

DBT.

O controlo interno de fabrico nesta Diretiva não tem como requisito uma análise de risco, sendo

a sua aplicação mais intuitiva do que a DM. Para provar a conformidade, é necessário identificar

as Normas Harmonizadas que associadas completam os requisitos do Anexo I (DBT) e aplicá-las

ao produto. Caso não existam normas para completar algum requisito, as modificações feitas terão

de se validadas com justificação escrita das opções tomadas para o completar.

4.6. Aplicação da Diretiva Compatibilidade Eletromagnética –

2004/108/CE

A DCE [66] baseia a sua aplicação apenas no comportamento de um equipamento relativamente

à emissão e receção de ondas eletromagnéticas. Este aplica-se através dos requisitos especificados

no Artigo 7.º ou do Artigo 13.º respetivamente, como referido na Figura 4.43.

4.6.1. Identificação dos Requisitos

Figura 4.43 - Árvore Aplicação DCE

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Pode-se observar na Figura 4.43 que existe uma distinção nos processos de um produto

“Aparelho” de um produto “Instalação fixa”. Desta forma é importante confirmar se a

caracterização do produto está correta através das definições descritas no artigo 2.º da DCE.

Segundo Artigo 7.º da DCE, é obrigatória a conformidade dos aparelhos com os requisitos

essenciais estabelecidos no ponto 1. Do Anexo I da mesma Diretiva. Refere também a

obrigatoriedade da composição da documentação tendo em consideração, conforme entender, o

Anexo II ou III. Estes anexos distinguem-se apenas pelo envolvimento de um Organismo externo.

O Anexo II aborda o procedimento de avaliação de conformidade segundo um Controlo Interno

da Fabrico. O Anexo III baseia o seu procedimento no Anexo II acrescentando a validação do

dossiê técnico por um organismo notificado. Para os aparelhos referidos é obrigatória a afixação

da marcação CE e a referência na Declaração CE de Conformidade.

Segundo Artigo 13.º da DCE, é obrigatória a conformidade das instalações fixas com os requisitos

essenciais estabelecidos no ponto 2. do Anexo I. Este ponto refere que para uma instalação fixa,

apesar de ser obrigatória sua conformidade com o ponto 1. do mesmo Anexo, a instalação será

feita segundo as boas práticas de engenharia e no respeito da informação sobre a utilização

prevista dos seus componentes. A documentação deste processo é obrigatória e pode ser alvo de

inspeção. A afixação da marcação CE e a Declaração CE de Conformidade não são requisito para

as instalações fixas.

4.7. Elaboração do Dossiê Técnico

Tendo em consideração que uma máquina terá apenas um Dossiê Técnico e que cada Diretiva

obriga a realização de um, apesar das diferentes exigências de conteúdo, é necessária a junção de

toda a informação que foi compilada e trabalhada num só arquivo. Para permitir a fácil utilização

deste arquivo documental para fiscalização, o excesso de conteúdo deve ser evitado. De forma a

atingir este objetivo, é aconselhável dividir o documento em duas componentes sendo que uma é

comum a todos os dossiês:

1) Sumário da informação técnica relevante da máquina, informação do fabricante, lista

de Diretivas e normas aplicáveis, declaração de conformidade;

A segunda é independente da Diretiva aplicada:

2) Avaliação de conformidade, testes, manuais, etc.

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Como exemplo da organização geral do um Dossiê Técnico segue-se a apresentação de um

exemplo de índice:

- Propósito

- Abreviações

- Descrição geral da máquina

o Descrição do produto

o Componentes

o Local de fabrico

- Desenhos e esquemas técnicos de fabrico com explicações

o Desenhos do conjunto

o Desenhos e diagramas mecânicos de componentes, em pormenor, justificados.

o Esquemas elétricos

- Documentos associados

o Diretivas e lista de Normas

o Requisitos essenciais

o Documentos de empresas externas

o Documentos do fabricante

- Conformidade com a Diretiva Máquinas.

o Identificação de Requisitos

o Análise de risco

- Conformidade com outras Diretivas

- Manual de instruções

- Exemplar da Declaração CE de conformidade da máquina e, se for o caso, de outros

produtos incorporados na máquina

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Capítulo 5 Exemplo de Aplicação numa Máquina

Este capítulo tem como objetivo completar a metodologia apresentada no Capítulo 4 com

exemplos de aplicação. Todos os exemplos tratam da mesma máquina de forma a garantir a

continuidade do texto. O ponto 5.1 tem como objetivo introduzir o produto, enquanto que os

seguintes servem como exemplos de aplicação.

5.1. Considerações Prévias

A máquina CNC de corte de pedra de 5 eixos, modelo CR Plus, representada na Figura 5.1, é

fabricada pela empresa Construal, Construtora Mecânica Lda que é especialista em construção de

equipamentos para a indústria de rochas ornamentais.

A máquina destina-se ao corte de mármore, granito ou outros materiais com propriedades

semelhantes. Tem uma estrutura do tipo “ponte”, fixada ao solo, e um sistema de controlo CNC.

O modelo referido tem aproximadamente 3,5 metros de largura, 6 metros de comprimento e 2,6

metros de altura. A ferramenta de disco, com diâmetro compreendido entre 300 a 500 milímetros,

move-se segundo 5 eixos independentes. A interface de controlo permite diferentes opções de

funcionamento: manual ou automática, dependendo do trabalho a realizar.

Figura 5.1 - Máquina de Corte - Modelo CR PLUS (sem proteções frontais)

Para além do subsistema de movimentação do disco, representado na Figura 5.2, a máquina

permite a rotação da mesa de apoio para permitir o carregamento e o descarregamento da pedra,

através de um sistema hidráulico constituído por bomba, tubagens e cilindro de elevação. Por fim,

existe também um sistema de arrefecimento por água do disco de corte.

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Figura 5.2 - Cabeça de corte e os 5 eixos independentes de movimentação

A movimentação linear de carro em relação à ponte, a movimentação linear da ponte

relativamente à sua estrutura de apoio, a movimentação vertical do cabeça e a rotação dos eixos

C e A (Figura 5.2), e a possibilidade de controlo do movimento em 5 eixos, viabiliza todo o tipo

de cortes retilíneos ou curvilíneos, conforme se pode ver nos exemplos representativos das

operações de corte sobre uma superfície lisa de mármores (Figura 5.3).

Figura 5.3 - Cortes executados numa superfície de mármore a título de demonstração das capacidades da máquina

CR Plus

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5.2. A Metodologia Utilizada

5.2.1. Descrição do Produto

A máquina CR Plus, já em fase de produção, tem as seguintes características:

- Corte pedra através de deslocamento e rotação motorizada do disco de corte

- 5 Eixos independentes de movimentação, através de 5 motores elétricos alimentados por

um circuito de potência:

o Movimento transversal (movimento do carro) – eixo x – realiza-se sobre guias

lineares de esferas através de servo-redutor com sistema de pinhão-cremalheira

protegido,

o Movimento longitudinal (movimento do barramento) – eixo y - realiza-se sobre

guias lineares de esferas, montadas sobre estrutura tubular protegida,

o Movimento vertical, ascendente e descendente – eixo z – é assegurado por um

motor com freio, acoplado a um sistema de fuso e porca de esferas guiada por

duas guias lineares,

o Cabeça - eixo A – inclinável, através de um servo-redutor de precisão que permite

qualquer ângulo de inclinação entre 0º e 90º,

o Cabeça - eixo C – rotação, através de um servo-redutor de precisão, que permite

qualquer ângulo de rotação entre 0º e 360º,

- Inclinação da mesa, em torno de um eixo horizontal, por ação de um sistema hidráulico

composto por bomba, tubagem e cilindro de elevação;

- Sistema de refrigeração do disco, por água, alimentado pela rede de abastecimento local;

- Controlada por Interface CNC;

- Circuitos de energia elétrica de potência e de controlo

- Fixada ao solo

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5.2.2. Identificação das Diretivas Aplicáveis

Considerando que este produto está a ser comercializado para a Europa, a empresa construtora é

responsável pela marcação CE.

Tendo em consideração a descrição da máquina para realizar esse processo de marcação, iremos

utilizar o “Método Y” (cf. ponto 4.3.3) para limitar o número de Diretivas, e o “Método Z” (cf.

ponto 4.3.3), para identificar as diretivas aplicáveis.

Com o recurso à Matriz Produto-Diretiva, prevista no “Método Y” e apresentada no Anexo 2,

com os realces correspondentes, a lista de Diretivas fica reduzida, de acordo com a Tabela 5.1.

Tabela 5.1 - Lista Reduzida das Diretivas

Diretiva Título

2006/95/EC Baixa Tensão

2009/105/CE Recipientes sob Pressão Simples

2004/108/CE Compatibilidade Eletromagnética

2006/42/CE Máquinas

2009/23/CE Instrumentos de Pesagem de Funcionamento não Automático

94/9/CE Equipamento e Sistemas de Proteção para Uso em Atmosferas

Potencialmente Explosivas

97/23/CE Equipamentos sob Pressão

99/5/CE Equipamentos de Rádio e Equipamentos Terminais de Telecomunicações

2000/9/CE Instalações por Cabo para Transporte de Pessoas

2004/22/CE Instrumentos de Medição

A aplicação do “Método Z” é apresentada nas tabelas constantes no Anexo 3, onde se indicam as

Diretivas aplicáveis e quais os componentes abrangidos por cada uma delas. Deste método

resultaram as diretivas aplicáveis representadas na Tabela 5.2.

Tabela 5.2 - Lista das Diretivas Aplicáveis

Diretivas aplicáveis Título

2006/95/CE Baixa Tensão

2004/108/CE Compatibilidade Eletromagnética

2006/42/CE Máquinas

97/23/CE Equipamentos sob Pressão

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5.2.3. Lista das Normas Harmonizadas

Para cada Diretiva, as normas harmonizadas são as que constam da Tabela 5.3.

Tabela 5.3 - Lista das Normas Harmonizadas

Diretiva Lista das normas harmonizadas (N.º de informação)

DM – 2006/42/CE 2014/C 110/02

DBT – 2006/95/CE 2014/C 149/03

DCE – 2004/108/CE 2014/C 53/04

DESP – 97/23/CE 2012/C 233/02

5.2.4. Identificação dos Requisitos

Diretiva Máquinas

Como se infere da Diretiva Máquinas, é imperativa a realização de uma Análise de Risco. A CR

Plus é uma máquina de corte de pedra, do tipo ponte, que não consta da categoria de máquinas

a que se refere o Anexo IV da DM. Desta forma, para efetuar os procedimentos de avaliação de

conformidade, teremos de fazer um controlo interno de fabrico da máquina, tal como previsto no

Anexo VIII da DM, o qual se trata do processo técnico referido na parte A do Anexo VII.

Diretiva Baixa Tensão

Considerando que os requisitos de segurança do Anexo I da DBT são cumpridos sem

divergências, e tendo em conta as normas harmonizadas adequadas, os requisitos a cumprir na

DBT são:

Controlo interno de fabricação do Anexo IV (DBT)

Documentação técnica do ponto 3 do Anexo IV (DBT)

Diretiva Compatibilidade Eletromagnética

Visto que a máquina se conforma com a definição “Instalação fixa”, então, segundo a DCE, não

é necessária a afixação da Marcação CE nem a Declaração CE de Conformidade, apesar de ter

cumprir os requisitos de proteção. Os pontos a ter em consideração são então os seguintes:

Ponto 1. e 2. do Artigo 9.º (DCE)

Conformidade com os requisitos do Anexo I (DCE)

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Diretiva Equipamentos sob Pressão

No caso da CR Plus esta Diretiva apenas se aplica à tubagem hidráulica de 10mm de diâmetro

nominal, a qual, segundo a Tabela 6 do Anexo II da DESP, deve respeitar o previsto no Ponto 3.

do Artigo 3.º que no essencial diz “... devem ser concebidos e fabricados segundo as regras da

boa prática de engenharia utilizadas em cada Estado-membro …”, e que “Esses equipamentos

e/ou conjuntos deverão, se necessário, ser acompanhados de instruções de utilização suficientes

e ter apostas marcações adequadas que permitam identificar o fabricante ou o seu mandatário …”.

Mais refere que ”Esses equipamentos e/ou conjuntos não podem ter aposta a marcação «CE»

referida no artigo 15.”. Como não está prevista a Declaração CE de Conformidade para este caso,

a diretiva não será referida nesta declaração.

Desta forma, a análise de conformidade da tubagem será incluída na Análise de Risco da DM.

Material adquirido pelo construtor

Para os componentes da máquina que forem adquiridos já com Marcação CE, é apenas necessário

apresentar a respetiva Declaração CE de Conformidade com a Diretiva.

5.2.5. Aplicação das Diretivas

Processo de avaliação DM - Análise de risco

Identificação das tarefas e falhas

As tarefas desta máquina foram identificadas tendo em consideração as diferentes fases da sua

vida. O Anexo 6 contém o exemplo de uma das tabelas criadas para a fase de utilização. Desta

forma, para uma demonstração mais esclarecedora, o processo de desmontagem e transporte é

documentado através das fotografias que podem ser consultadas no Anexo 5.

Utilizou-se um diagrama em árvore para identificar as falhas da máquina. Este pode-se observar

no Anexo 7, onde se identificam as falhas mecânicas possíveis. Este diagrama pode também servir

de base para a elaboração do plano de manutenções da máquina.

Os procedimentos gerais identificados que permitiram uma abordagem inicial às tarefas podem

ser observados na Tabela 5.4.

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Tabela 5.4 - Procedimentos Gerais da Máquina CR Plus

Operações

Transporte e Montagem -

Preparação para o uso Mudar disco de corte

Programação da máquina

Manutenção

Limpeza

Ligar/desligar máquina

Utilização Inserir/Remover material a maquinar

Funcionamento normal

Funcionamento anormal (falhas e má utilização)

Desmantelamento Desativação

Transporte e desmantelamento

Determinação dos limites

A determinação dos limites foi completa através dos formulários criados pelo autor e referidos no

ponto 4.4.2 desta dissertação, conforme representado no Anexo 3.

Exemplos de determinação dos perigos

Através das tarefas e falhas identificadas identificaram-se os perigos, conforme no Anexo 8.

Exemplos de estimação, avaliação e redução dos riscos

A estimação de risco foi feita utilizando o método IOSH Method/RoSPA referido no ponto 4.4.2.1

desta dissertação. Podem ser observados no Anexo 9 exemplos do método aplicado.

Normas aplicadas à DM

Através dos métodos de proteção aplicados na redução de riscos foi possível identificar algumas

das normas aplicáveis, representadas na Tabela 5.5.

Tabela 5.5 - Exemplos de Normas Aplicadas da DM

DM ISO 12100; ISO/TR 14121-2; EN 60204-1; EN ISO 13849-1:2008; EN ISO 13849-2:2008; EN

ISO 14119:2013; EN ISO 14163

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Restantes processos de avaliação

Conformidade com a DBT

Tendo em consideração as observações feitas durante o estudo da aplicabilidade da DBT na CR

Plus, sabe-se que esta só será referenciada na Declaração de Conformidade pelos equipamentos

elétricos que não estão incluídos na DM. No caso da CR Plus, estes componentes abrangidos pela

DBT são comprados a um fabricante externo. Desta forma, a Construal tem apenas de demonstrar

a conformidade através das Declarações de Conformidade apresentadas por esses fabricantes. Um

exemplo de Declaração CE de Conformidade de um motor em conformidade com a DBT pode

ser observado no Anexo 12.

As normas harmonizadas, neste caso, são aplicadas pela sua ligação com a DM, pelo referido no

parágrafo anterior. A Tabela 5.6 demonstra 4 exemplos destas normas.

Tabela 5.6 - Exemplos de Normas Aplicadas da DBT

DBT EN 60204-1; EN 61310-1; EN 61310-2:2008; EN 61310-3:2008

Conformidade com a DCE

Para a DCE, considerando que a componente elétrica da máquina é composta por diversos

aparelhos que não foram fabricados apenas para utilização fixa, estes componentes tem

obrigatoriamente marcação CE própria. Como são comprados a um fabricante externo, a

Construal tem como requisito a apresentação das declarações de conformidade. A montagem final

necessita de comprovar a conformidade com os requisitos de segurança através de boas práticas

de engenharia. A forma mais direta de comprovar que as perturbações geradas não excedem o

limite e que tenham um nível de imunidade às perturbações eletromagnéticas sem degradação de

funcionamento são testes eletromagnéticos. Não vão ser apresentados exemplos devido à

impossibilidade da realização destes testes até à data de realização desta dissertação.

Conformidade com a DESP

A conformidade com a DESP é apenas obrigatória para a tubagem do sistema hidráulico de

elevação de mesa, à semelhança da comprovação para o cilindro, é necessário comprovar através

de cálculos e eventualmente testes. No caso do produtor Construal, é utilizada a teoria de Lame

[92, p. 65] para o cálculo da espessura necessária.

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5.2.6. Lista de Componentes

Alguns exemplos de listas de componentes podem ser observados nas Tabela 5.7, Tabela 5.8 e

Tabela 5.9.

Motores e Transmissões

Tabela 5.7 -Exemplo de Lista de Componentes: Motores e Transmissões

Qtd Descrição Eixo

3 Servo-motor 2.2Nm 2 POLOS C/FREIO C, A e Z

2 Redutor KEB F22DS-M S90/1 i 1/24 X e Y

1 Redutor planetário (Naptesco) RD27C C

1 Redutor planetário (Apex) PE090 16V35 (KEB TA32) Z

1 Redutor planetário FC-A25G-119 A

Guias

Tabela 5.8 - Exemplo de Lista de Componentes: Guias

Qtd Designação Comprimento [mm] Eixo

4 Patim de esferas 25/G2/STD-EST/L/N/2%C - X

4 Patim de esferas 25/G2/STD-FLG-NOR/N/2%C - Z

4 Patim de esferas 35/G2/STD-EST/N/2%C - Y

2 Rail de esferas C/TAMPAS TAM. 25 - 4500MM 4500 X

2 Rail de esferas C/TAMPAS TAM. 25 - 765MM 765 Z

2 Rail de esferas C/TAMPAS TAM. 35 - 2180MM 2180 Y

2 Rail de esferas C/TAMPAS TAM. 35 - 250MM 250 Y

1 Fuso de esferas 40X20 (R1511-4-7900) 650 Z

1 Porca de esferas 40X20 (R1512-4-7013) - Z

Cabos elétricos

Tabela 5.9 - Exemplo de Lista de Componentes: Cabos elétricos

Qtd Cabo para: Referência Comprimento [mm]

1 Motor eixo X MAT90458461A 14500

1 Motor eixo Y MAT90458461B 6600

1 Motor eixo Z MAT90458463B 12800

1 Motor eixo C MAT90458461C 13000

1 Motor eixo A MAT90458461 14800

1 Motor Disco MAT90420366 13700

1 Encoder eixo X MAT90458463A 14600

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5.2.7. Manual de Instruções

O manual de instruções terá de considerar os requisitos das três diretivas. A capa e o índice do

manual da CR Plus encontram-se no Anexo 10.

5.2.8. Declaração CE de Conformidade

A declaração da máquina pode ser consultada no Anexo 11 e os exemplos de outras declarações

de componentes no Anexo 12.

5.2.9. Desenhos Técnicos da Máquina

No Anexo 13 pode-se consultar três exemplos de Desenhos Técnicos que devem ser apresentados

no dossiê técnico. Da mesma forma, o Anexo 14 apresenta os diagramas de circuito.

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Capítulo 6 Conclusões

Dada a natureza desta dissertação, este capítulo não contem a forma tradicional de resultados de

experimentação laboratorial ou numérica, mostrando antes o desenvolvimento de uma

metodologia guia dos trabalhos indispensáveis à marcação CE de produtos industriais complexos,

como é o caso da máquina de corte de pedra que aqui se utilizou. Assim sendo, o subcapítulo 6.1

procura fazer um balanço entre os objetivos inicialmente fixados e os que foram atingidos e o

subcapítulo 6.2 indica pistas para melhorias no futuro que possam resultar da aplicação prática da

metodologia aqui proposta.

6.1. Considerações Finais

Terminada a presente dissertação, conclui-se que foram concretizados os principais objetivos

inicialmente fixados para a criação de uma metodologia da marcação CE de máquinas. A

abordagem esquemática criada com base na decomposição dos documentos legais aplicáveis

simplifica o processo garantindo a abrangência necessária.

Durante a sua realização constatou-se que a extensão das matérias não permitiria um estudo

aprofundado de todas as componentes do processo inicialmente idealizado. Contudo, houve a

preocupação de fazer o aprofundamento das matérias consideradas centrais da marcação,

contribuindo para uma mais completa documentação que facilitasse a compreensão a eventuais

interessados da sua adequada aplicação, como no caso da análise de risco.

Com a contemplação das implicações da marcação CE em todas as fases vida do produto, desde

a ideia original à sua concretização e comercialização, foi cumprido um dos objetivos da

dissertação: uma abordagem centrada para o fabricante. A experiência obtida no estágio realizado

na empresa Construal (construtora de máquinas de corte de pedra) contribuiu para melhor

identificar as fases existentes e as dificuldades primárias sentidas por um fabricante, refletindo-

as no desenvolvimento da metodologia.

Para garantir uma metodologia clara, os Capítulos 2 e 3 foram incluídos e contextualizam o tema

tratado, pois passam em revista a legislação que cria e regula a marcação CE e transmitem a

primeira perceção das obrigações relacionadas, entrando de seguida nas especificidades relativas

às máquinas. No Capítulo 5 a metodologia é consolidada com a sua aplicação em diversos

exemplos, todos da mesma máquina (máquina CR Plus). Neste ponto, devido à extensão das

matérias e da natureza do trabalho, só foi possível compilar alguns exemplos de cada processo

envolvente na metodologia, o que resultou num capítulo com informação aquém do que

inicialmente estava previsto.

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6.2. Sugestões para Trabalhos a Desenvolver no Futuro

Considerando que a abordagem aqui realizada foi restrita a um grupo de produtos (as máquinas)

e focado na interpretação de uma Diretiva (Diretiva Máquinas), seria interessante dar

continuidade a este documento alargando a outras Diretivas aplicáveis a máquinas, bem como a

outro tipo de produtos.

O carácter dinâmico do quadro regulamentar da UE em resposta à rápida evolução do mercado,

obriga a um acompanhamento permanente da produção legislativa e à consequente introdução

dos ajustamentos necessários na metodologia para manter a validade de aplicação. Neste contexto,

seria de grande utilidade a manutenção e revisão da metodologia com a nova produção legislativa

europeia e nacional.

Como já referido anteriormente, devido à natureza deste documento não foi possível uma

abordagem pormenorizada de todos os componentes da marcação CE para validação do um

produto, pelo que alguns componentes desta metodologia poderão ser aprofundados em trabalhos

de outro âmbito.

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105

Bibliografia

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108

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113

- Módulos de Avaliação de Conformidade

A Controlo interno de fabrico - Incluí conceção e produção. O fabricante assegura a conformidade

dos produtos relativamente aos requisitos legislativos

A1 Controlo interno da fabrico com testes supervisionado do produto - Incluí conceção e produção.

Módulo A + testes sobre aspetos específicos do produto realizada por uma casa credenciada ou sob

a responsabilidade de um organismo notificado escolhido pelo fabricante

A2 Controlo interno da fabrico com supervisão de testes em intervalos aleatórios - Incluí conceção e

produção. Módulo A + testes realizados em intervalos aleatórios

B Exame CE de Tipo - Incluí conceção. Este módulo é sempre seguido por outros nos quais a

conformidade dos produtos é demonstrada. Um organismo notificado examina o projeto técnico e

verifica e atesta que ele atende aos requisitos aplicáveis através da emissão de um certificado de

conformidade de tipo.

C Conformidade para CE de tipo baseado no controlo de produção interna - Incluí produção e vem

do Módulo B. O fabricante assegura a conformidade dos produtos para os CE de tipo aprovados.

C1 Conformidade com o tipo CE- com base no controlo de produção interna+ teste de supervisão de

produtos - cobre produção e segue o módulo B. C + testes sobre aspetos específicos do produto

efetuados por um organismo acreditado internamente ou sob a responsabilidade de um organismo

notificado escolhido pelo fabricante

C2 Conformidade com o -tipo CE com base no controlo interno de fabrico + verificação a intervalos

aleatórios do produto supervisionado - cobre produção e segue o módulo B. C + verificação do

produto em testes com intervalos aleatórios sobre aspetos específicos do produto efetuada por um

organismo notificado externo ou por um organismo acreditado internamente.

D Conformidade tipo CE baseada num sistema de garantia de qualidade - Incluí produção e vem do

Módulo B. O fabricante opera a produção (parte da produção e inspeção final do produto) com o

sistema de garantia de qualidade de forma a assegurar a conformidade do tipo CE. O organismo

notificado avalia o sistema de qualidade.

D1 Garantia de qualidade do processo de produção - abrange o projeto e produção. O fabricante

opera um sistema de garantia de qualidade de produção (fabricação e inspeção do produto final),

a fim de garantir a conformidade com requisitos legais (não –tipo CE, usado como D sem o

módulo B). O organismo externo ajuizará do sistema de qualidade de produção (parte de

fabricação e inspeção do produto final).

E Conformidade tipo CE baseada num sistema de garantia de qualidade - Incluí produção e vem do

Módulo B. Semelhante ao Módulo D com a diferença que tem como objetivo assegurar a

qualidade da parte final do produto, enquanto o D assegura durante todo o processo de produção.

E1 Garantia de qualidade do produto final de inspeção e teste - abrange o projeto e produção. O

fabricante utiliza um sistema de garantia da qualidade do produto (= qualidade de produção sem

a parte de fabricação) para a inspeção do produto final e testes para assegurar a conformidade

com os requisitos legislativos (nenhum módulo B (tipo CE), usado como E sem módulo B). O

organismo externo ajuizará do sistema de qualidade. A ideia por trás do módulo E1 é semelhante

àquele sob Módulo D1: ambos baseados num sistema de qualidade. A diferença é que o sistema

de qualidade sob o módulo E1 visa garantir a qualidade do produto final, enquanto o sistema de

qualidade pela módulo que D1 visa garantir a qualidade do processo de produção inteiro (que

inclui a parte de fabricação e o teste do produto final). E1 é assim semelhante ao módulo D1 sem

as disposições relativas ao processo de fabricação.

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114

F Conformidade do tipo CE baseado na verificação do produto - Incluí produção e vem do Módulo

B. O fabricante a conformidade dos produtos com a legislação da Marcação CE. O organismo

notificado faz testes a todos os produtos ou testes estatísticos, de forma a avaliar essa

conformidade

F1 Conformidade baseada na verificação dos produtos - abrange o projeto e produção. O fabricante

garante a conformidade dos produtos fabricados com os requisitos legislativos. O organismo

externo realiza exames de produto (ensaio de cada produto ou controlos estatísticos) a fim de

controlar a conformidade do produto com os requisitos legislativos (não tipo CE, usado como F

sem módulo B) módulo F1 é como A2, mas o organismo externo efetua verificações mais

detalhadas do produto

G Conformidade baseada em verificação unitária - Incluí conceção e produção. O fabricante

assegura a conformidade dos produtos com os requisitos legislativos. O organismo notificado

verifica os produtos individualmente de forma a avaliar a conformidade.

H Conformidade baseada num sistema de garantia de qualidade total- Incluí conceção e produção.

O fabricante opera o sistema de garantia de qualidade total de forma a assegurar a conformidade

dos requisitos legislativos. O organismo notificado avalia o sistema de qualidade.

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115

- Aplicação Matriz Produto-Diretiva

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116

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117

- Identificação de Diretivas – “Método Z”

Através da análise individual de cada diretiva concluiu-se que:

Diretiva Baixa tensão - 2006/95/CE

Âmbito (Artigo 1º) Artigo 1º

“Para efeitos da presente directiva, entende-se por «material eléctrico»

todo o material eléctrico destinado a ser utilizado sob uma tensão nominal

compreendida entre 50 e 1 000 V para a corrente alterna, e entre 75 e 1

500 V para a corrente contínua, com excepção dos materiais e fenómenos

referidos no Anexo II.”

Produto Todo o material elétrico utiliza para a interface de controlo até 24V de

corrente contínua e 400V de corrente alterna para o circuito de potência

Conclusão: O produto CR Plus está no âmbito desta diretiva

Exceções (Anexo II) - Equipamento eléctrico destinado a ser utilizado numa atmosfera

explosiva.

- Equipamento eléctrico para radiologia e para medicina.

- Partes eléctricas dos elevadores e monta-cargas.

- Contadores eléctricos.

- Tomadas de corrente (bases e fichas) para uso doméstico.-

- Dispositivos de alimentação de vedações electrificadas.

- Perturbações radioeléctricas.

- Material eléctrico especializado, para utilização em navios ou aviões e

nos caminhos-de-ferro, que satisfaça as regras de segurança estabelecidas

pelos organismos internacionais de que os Estados-Membros façam parte.

Produto O equipamento elétrico da máquina de corte de rochas e outros materiais é

destinado a utilização numa atmosfera não explosiva e é para utilização

industrial.

Conclusão: Existem elementos da CR Plus que não pertencem ao conjunto das exceções desta

diretiva

Concluindo, a DCE 2006/95/CE é aplicável ao produto CR Plus.

Diretiva Recipientes sob pressão simples - Diretiva 2009/105/CE

Âmbito (Artigo 1º 1. e

3.)

Artigo 1º 1.

“1. A presente directiva aplica-se a recipientes simples sob pressão

fabricados em série.”

Artigo 1º 3.

“«Recipiente simples sob pressão» ou «recipiente»: qualquer recipiente

soldado submetido a uma pressão interior superior a 0,5 bar, destinado a

conter ar ou nitrogénio e não destinado a ser submetido a uma chama;”

Produto A máquina contém apenas, sob pressão, um sistema hidráulico de elevação

da mesa

Conclusão: O produto CR Plus não está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a DCE 2009/105/CE não é aplicável ao produto CR Plus.

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118

Diretiva Equipamentos de rádio e equipamentos terminais de telecomunicações – 1999/5/CE

Âmbito (Artigo 1.º 1. e

Artigo 2.º 1.1))

“A presente diretiva estabelece um quadro regulamentar para a

disponibilização no mercado e a colocação em serviço de equipamentos de

rádio na União. “

“«Equipamento de rádio», um produto elétrico ou eletrónico que transmite

e/ou recebe intencionalmente ondas hertzianas para fins de

radiocomunicação e/ou radiodeterminação, ou um produto elétrico ou

eletrónico que deve ser munido de um acessório, como uma antena, para

transmitir e/ou receber intencionalmente ondas hertzianas para fins de

radiocomunicação e/ou radiodeterminação;”

Produto A máquina não inclui qualquer tipo equipamentos de rádio

Conclusão: O produto CR Plus não está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 1999/5/CE não é aplicável ao produto CR Plus

Diretiva Compatibilidade eletromagnética – 2004/108/CE

Âmbito Artigo 1.º 1.

“A presente diretiva é aplicável ao equipamento definido no artigo 2º”

Artigo 2º

“a) «Equipamento», qualquer aparelho ou instalação fixa;

b) «Aparelho», qualquer dispositivo acabado, ou combinação de

dispositivos acabados, comercialmente disponível como uma única

unidade funcional, destinado ao utilizador final e susceptível de gerar

perturbações electromagnéticas, ou cujo desempenho possa ser afectado

por tais perturbações;

c) «Instalação fixa», uma combinação específica de diversos tipos de

aparelhos e, em certos casos, de outros dispositivos, que são montados,

instalados e destinados a ser permanentemente utilizados numa localização

pré-definida;”

Produto O modelo CR inclui-se na definição de Instalação fixa

Conclusão: O produto CR Plus está no âmbito desta diretiva

Exceções As exceções podem ser verificadas no Ponto 2. e 3. do Artigo 1.º

Produto O produto não se identifica em qualquer uma das exceções. Mais

concretamente, não se insere na 1999/5/CE e não contém características

físicas que previnam as perturbações eletromagnéticas.

Conclusão: Existem elementos da CR Plus que não pertencem ao conjunto das exceções desta

diretiva

Concluindo, a DCE 2004/108/CE é aplicável ao produto CR Plus.

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119

Diretiva Máquinas - 2006/42/CE

Âmbito (Artigo 1º 1.) “A presente directiva é aplicável aos seguintes produtos:

a) Máquinas;

b) Equipamento intermutável;

c) Componentes de segurança;

d) Acessórios de elevação;

e) Correntes, cabos e correias;

f) Dispositivos amovíveis de transmissão mecânica;

g) Quase-máquinas.”

Anexo 1

“1.5.1. Energia eléctrica

Se a máquina for alimentada com energia eléctrica, deve ser concebida,

fabricada e equipada de modo a prevenir ou permitir prevenir todos os

perigos de origem eléctrica.

Aplicam-se às máquinas os objectivos de segurança fixados na Directiva

73/23/CEE. Todavia, as obrigações em matéria de avaliação da

conformidade e de colocação no mercado e/ou entrada em serviço das

máquinas no que se refere aos perigos eléctricos são regidas

exclusivamente pela presente directiva.”

Produto O produto inclui-se na definição de máquinas incluída no Artigo 2º. da

mesma diretiva. Para obter conformidade da parte elétrica (fora as

excepções) é apenas necessário referir a conformidade com esta diretiva.

De qualquer forma a conformidade implica, como demonstra o ponto 1.5.1

do anexo I, a conformidade com a DBT.

Conclusão: O produto CR Plus está no âmbito desta diretiva

Exceções (Artigo 1º 2.) As exceções podem ser verificadas do ponto a) a l) do Artigo 1º 2.

Produto A CR Plus tem componentes que se identificam com o ponto k) das

excepções. Mais concretamente:

“k).— aparelhos de conexão e de controlo de baixa tensão,

— motores eléctricos;”

Conclui-se que a DM não se aplica aos aparelhos de conexão e de controlo

de baixa tensão juntamente com os motores elétricos da CR Plus. Estes

terão de ser aplicados pela DBT. Os restantes componentes (excluindo as

tubagens do sistema hidráulico) são aplicáveis pela DM.

Conclusão: Existem elementos da CR Plus que não pertencem ao conjunto das exceções desta

diretiva

Concluindo, a DM 2006/42/CE é aplicável ao produto CR Plus.

Diretiva Instrumentos de pesagem de funcionamento não automático – 2009/23/CE

Âmbito (Artigo 1º 1.) “A presente directiva é aplicável a todos os instrumentos de pesagem de

funcionamento não automático”

Produto A máquina não incluí qualquer tipo de instrumento de pesagem

Conclusão: O produto CR Plus não está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 2009/23/CE não é aplicável ao produto CR Plus.

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120

Diretiva Equipamento e sistemas de proteção para uso em atmosferas potencialmente explosivas -

94/9/CE

Âmbito (Artigo 1º 1.) “A presente directiva é aplicável aos aparelhos e sistemas de protecção

destinados a serem utilizados em atmosferas potencialmente explosivas”

Produto A máquina é destinada a atmosferas não explosivas

Conclusão: Existem elementos da CR Plus que não pertencem ao conjunto das exceções desta

diretiva

Concluindo, a DEP 94/9/CE é aplicável ao produto CR Plus.

Equipamentos sob pressão - 97/23/CE

Âmbito (Artigo 1º 1.) “1. A presente directiva é aplicável ao projecto, fabrico e avaliação de

conformidade dos equipamentos sob pressão e dos conjuntos sujeitos a

uma pressão máxima admissível PS superior a 0,5 bar.”

Produto A máquina contém um sistema hidráulico de rotação da mesa. Este sistema

é consistido por: Bomba hidráulica; Tubagem e Cilindro de atuação, que

se inserem na definição de equipamentos sob pressão do artigo 1º 1. tendo

em consideração as definições do ponto 2 do mesmo artigo

Conclusão: O produto CR Plus está no âmbito desta diretiva

Exceções (Artigo 1º 2.) e

ponto

As exceções podem ser verificadas do ponto 3.1 ao ponto 3.21 do artigo

1º.

Relevante:

“3.10 Os equipamentos com cárter ou mecanismos cujo dimensionamento,

selecção dos materiais ou regras de construção assentem essencialmente

em critérios de resistência, rigidez ou estabilidade em relação a

solicitações estáticas e dinâmicas em serviço ou em relação a outras

características relacionadas com o funcionamento e para os quais a pressão

não constitua um factor significativo a nível do projecto. Esses

equipamentos podem compreender:…” “….bombas e sistemas de

accionamento;”

Produto O sistema foi construído para utilização industrial com a finalidade de

acionar um cilindro de atuação através de uma bomba hidráulica. Tendo

em consideração o ponto 3.10, verifica-se que o cilindro de atuação e a

bomba hidráulica não se inserem nesta diretiva. Contudo, as tubagens de

ligação dos dois elementos inserem-se na diretiva.

Conclusão: Existem elementos da CR Plus que não pertencem ao conjunto das exceções desta

diretiva

Concluindo, a DEP 97/23/CE é aplicável ao produto CR Plus.

Instalações por cabo para transporte de pessoas - 2000/9/ECE

Âmbito (Artigo 1º 1.) “A presente directiva diz respeito às instalações por cabo para transporte

de pessoas”

Produto A máquina não inclui qualquer tipo de instrumento de instalações de

transporte.

Conclusão: O produto CR Plus não está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 2000/9/CE não é aplicável ao produto CR Plus.

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121

Instrumentos de medição - 2004/22/CE

Âmbito (Artigo 1º.) “A presente directiva é aplicável aos instrumentos e sistemas com funções

de medição definidos nos anexos específicos relativos a contadores de

água (MI-001), contadores de gás e instrumentos de conversão de volume

(MI-002), contadores de energia eléctrica activa (MI-003), fluxímetros de

calor (MI-004), sistemas de medição contínua e dinâmica de quantidades

de líquidos com exclusão da água (MI-005), instrumentos de pesagem de

funcionamento automático (MI-006), taxímetros (MI- -007), medidas

materializadas (MI-008), instrumentos de medição de dimensões (MI-009)

e analisadores de gases de escape (MI-010).”

Produto A máquina não incluí qualquer tipo de instrumento de contador

referenciado no artigo 1º.

Conclusão: O produto CR Plus não está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 2004/22/CE não é aplicável ao produto CR Plus.

Outras diretivas que não envolvem a Marcação CE (a título informativo)

Diretiva embalagens e resíduos de embalagens – 2005/20/CE

Considerando (1) “…cumprimento dos objectivos de reciclagem e valorização constantes do

n.o 1 do artigo 6.o da Directiva 94/62/CE .”

Produto O produto inclui-se na diretiva, apesar de não ser obrigatória a sua

referência na declaração nem a afixação da marcação CE.

Conclusão: O produto CR Plus está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 2005/20/CE é aplicável ao produto CR Plus.

Diretiva Segurança geral dos produtos – 2001/95/CE

Âmbito (Artigo 2º a).) “a) «Produto», qualquer produto – inclusive se utilizado numa prestação de

serviços — destinado aos consumidores ou susceptível, em circunstâncias

razoavelmente previsíveis, de ser utilizado pelos consumidores mesmo que

não lhes seja destinado, que tenha sido fornecido ou disponibilizado a título

oneroso ou gratuito no âmbito de uma actividade comercial, seja ele novo,

usado ou recuperado.”

Produto Esta diretiva pode ser necessária em componentes que não se apliquem em

nenhuma diretiva, apesar de não ser obrigatória a sua referência na

declaração nem a afixação da marcação CE.

Conclusão: O produto CR Plus está no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 2001/95/CE é aplicável ao produto CR Plus.

Diretiva relativa à limitação da colocação no mercado de certos instrumentos de medição

contendo mercúrio – 76/769/CEE

Produto A empresa Construal não fabrica qualquer tipo de componente com

mercúrio e compra apenas componentes em conformidade com as diretivas

europeias.

Conclusão: O produto CR Plus está fora do âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 76/769/CEE não é aplicável ao produto CR Plus.

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122

Diretiva Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) – 2008/34/CE

Produto A empresa Construal apenas compra equipamentos elétricos e eletrónicos,

de forma que a aplicação desta diretiva é responsabilidade do fabricante e

não é obrigatória a sua referência na declaração nem a afixação da

marcação CE.

Conclusão: O produto CR Plus poderá estar no âmbito desta diretiva

Concluindo, a Diretiva 2008/34/CE pode ser aplicável ao produto CR Plus.

Regulamento (CE) n.º 1907/2006 [JO L 396/10] - registo, avaliação, autorização e restrição de

substâncias químicas (REACH)

Âmbito “…garantir a livre circulação das substâncias…”

Conclusão: O produto CR Plus está fora do âmbito desta diretiva

Concluindo, o regulamento nº1907/2006 não é aplicável ao produto CR Plus.

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123

- Determinação de Limites

Determinação de limites - Limites de utilização

Formulário 1 [1] Formulário 3 [1]

Modos de operação Niveis antecipados de treino, experiencia e habilidade

Intervenções dos utilizadores

Dimensão Unid.

Movimento em 5 eixos Operadores

Curso eixo X 3500 mm

Curso eixo Y 2000 mm

Curso no eixo Z 300 mm

Velocidade máx. eixo X 20 m/min

Velocidade máx. eixo Y 20 m/min

Velocidade máx. eixo Z 3 m/min

Velocidade máx. eixo A 10 rpm

Velocidade máx. eixo C 10 rpm

Curso no eixo A 0 a 45 graus

Curso no eixo C  -1 a +365 graus

Corte através da rotação do disco e arrefecimento c/água

Diâmetro do disco 300 a 500 mm

Potência motor para disco 7,5 a 11 Kw

Material a cortar

Espessura máx. material

Consumo de água 30 L/min

Pressão da água 3 bar

Levantar\baixar mesa

Pressão sistema hidráulico 70 bar

AprendizesMassa máxima permitida pela mesa

Mármore, granito ou material de propriedades

semelhantes

Funções Formação exigidaComentários

Técnicos de manutenção

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124

Formulário 2 [1] Formulário 4 [1]

Tipo de utilização da máquina Exposição de pessoas aos perigos

Intervenções dos utilizadores

FE Frequência de Exposição

Corte de pedra para Industria de transformação de rochas ornamentais 0.1 Raramente

Arquitetos 0.2 Anual

1.0 Mensal

1.5 Semanal

Utilizador 2.5 Diario

Sexo H/M 4.0 Hora a hora

Idade 16 5.0 Constantemente

Mão dominante Indiferente Classificação retirada do método IOSH/RoSPA

Capacidade auditivia Parcial

Capacidade visual Parcial

Altura Caso seja inferior a 1.40m é necessário adaptações *. Mobilidade reduzida;

. Ausência/Deficiência de membros;

. Sem visão ou audição

Notas:

. O carregamento da pedra foi considerado uma distância de segurança de qualquer

pessoa durante o processo. Este processo é feito à distância por um sistema de elevação

mecânico (recomendado pela empresa).

3) Com um contacto ainda menor que as pessoas tipo 2), estas têm uma frequência ainda

menor de exposição. As crianças não são autorizadas no local de trabalho (compartimento

interior que a máquina esteja), e os trabalhos de carregamento não são autorizados por

se tratarem normalmente de visitas para conhecimento dos aparelhos.

. Em geral, a exposição, numa análise inicial e de comportamento previsível, é rara. Incluí

as pessoas sem conhecimento de procedimentos de segurança visto existir uma barreira

física que não permite a aproximação da zona de trabalho.

. Foi tido em consideração os processos de carregamento/descarregamento da pedra

como também durante o corte.

1) Durante o funcionamento um trabalhador que não é operador da máquina não tem

exposição a perigos. Este poderá apenas estar exposto, anualmente, a perigos no

2) Uma pessoa que tenha conhecimentos de segurança,não tenha papel nas operações de

utilização e um contacto muito exporádico com a máquina raramente tem exposição dos

. Estas duas componentes têm exigencias diferentes

relativamente às capacidades do operador. Enquanto o

carregamento/descarregamento da pedra exige

capacidades físicas plenas, o manuseamento da

programação e observação durante o corte exige apenas

capacidades auditivas, visuais, e físicas mínimas.

. A capacidade auditiva e visual é importante para

verificação constante do processo de corte. Concluiu-se

que apesar desta importancia, um individuo com apenas

visão de um olho ou capacidade auditiva de um ouvido,

caso esteja com estas capacidades em pleno, tem

possibilidade de fazer a verificação sem quaisquer

perigos adicionais.

. Para pessoas com altura inferior a 1.40m é necessário

adaptação da máquina para acesso aos comandos e para

verificação do processo de corte. Deverá ser instalada

uma plataforma elevada para acesso a um campo visual

mais elevado e também ao painel de instrumentação da

2) Pessoas com poucos conhecimentos de perigos específicos mas com probabilidade de

terem conhecimentos de procedimentos de segurança gerais, rotas autorizadas, etc.

Exemplo: membros da administração;

3) Pessoas com pouco conhecimentos tanto para perigos específicos, como para regras

gerais. Exemplo: visitas ou membros de publico geral, incluindo crianças.

. O manuseamento da máquina pode ser dividida em

duas grandes componentes: o carregamento

/descarregamento da pedra; corte da pedra

Notas (outras limitações, etc.) 1) Pessoas que tem conhecimento de perigos específicos, como por exemplo operadores de

máquina adjacentes;

Tipo de cliente

Mercado destino

Tipo de utilização

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125

Formulário 3 [1]

Niveis antecipados de treino, experiencia e habilidade

Operadores 16h a 24h de formação lecionada pela Construal/CFM

Experiência no sector de corte de pedra

Funcionários da empresa Construal

Conhecimento pormenorizado da máquina

Experiência na componente mecânica e eléctrica

Aprendizes Conhecimentos de segurança básica (sinalização, etc.)

Público geral Conhecimentos de segurança básica (sinalização, etc)

Leitura do manual de instruções para componente de lubrificação

(cliente)

Formação exigida

Técnicos de manutenção

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126

Formulário 4 [1]

Exposição de pessoas aos perigos

FE Frequência de Exposição Pessoas* Frequência de Exposição

0.1 Raramente 1) 0,2

0.2 Anual 2) 0,1

1.0 Mensal 3) 0,1

1.5 Semanal

2.5 Diario

4.0 Hora a hora

5.0 Constantemente

Classificação retirada do método IOSH/RoSPA

*

Notas:

. O carregamento da pedra foi considerado uma distância de segurança de qualquer

pessoa durante o processo. Este processo é feito à distância por um sistema de elevação

mecânico (recomendado pela empresa).

. Em geral, a exposição, numa análise inicial e de comportamento previsível, é rara.

Inclui as pessoas sem conhecimento de procedimentos de segurança visto existir uma

barreira física que não permite a aproximação da zona de trabalho.

. Foi tido em consideração os processos de carregamento/descarregamento da pedra

como também durante o corte.

3) Com um contacto ainda menor que os indivíduos do tipo 2), estas têm uma frequência

ainda menor de exposição. As crianças não são autorizadas no local de trabalho

(compartimento interior que a máquina esteja), e os trabalhos de carregamento não são

autorizados por se tratarem normalmente de visitas para conhecimento dos aparelhos.

2) Indivíduos com poucos conhecimentos específicos sobre perigos mas com probabilidade

de terem conhecimentos de procedimentos de segurança gerais, rotas autorizadas, etc.

Exemplo: membros da administração;

3) Indivíduos com poucos conhecimentos específicos sobre perigos, como também para

regras gerais. Exemplo: visitas ou membros de publico geral, incluindo crianças.

2) Um indivíduo com conhecimentos de segurança,não tenha papel nas operações de

utilização e um contacto muito exporádico com a máquina raramente tem exposição dos

perigos da máquina.

1) Durante o funcionamento um trabalhador que não é operador da máquina não tem

exposição a perigos. Este poderá apenas estar exposto, anualmente, a perigos no

carregamento da máquina com a pedra.

1) Indivíduos com conhecimentos específicos sobre perigos, como por exemplo operadores

de máquina adjacentes;

Formulário 4 [1]

Exposição de pessoas aos perigos

FE Frequência de Exposição Pessoas* Frequência de Exposição

0.1 Raramente 1) 0,2

0.2 Anual 2) 0,1

1.0 Mensal 3) 0,1

1.5 Semanal

2.5 Diario

4.0 Hora a hora

5.0 Constantemente

Classificação retirada do método IOSH/RoSPA

*

Notas:

. O carregamento da pedra foi considerado uma distância de segurança de qualquer

pessoa durante o processo. Este processo é feito à distância por um sistema de elevação

mecânico (recomendado pela empresa).

. Em geral, a exposição, numa análise inicial e de comportamento previsível, é rara.

Inclui as pessoas sem conhecimento de procedimentos de segurança visto existir uma

barreira física que não permite a aproximação da zona de trabalho.

. Foi tido em consideração os processos de carregamento/descarregamento da pedra

como também durante o corte.

3) Com um contacto ainda menor que os indivíduos do tipo 2), estas têm uma frequência

ainda menor de exposição. As crianças não são autorizadas no local de trabalho

(compartimento interior que a máquina esteja), e os trabalhos de carregamento não são

autorizados por se tratarem normalmente de visitas para conhecimento dos aparelhos.

2) Indivíduos com poucos conhecimentos específicos sobre perigos mas com probabilidade

de terem conhecimentos de procedimentos de segurança gerais, rotas autorizadas, etc.

Exemplo: membros da administração;

3) Indivíduos com poucos conhecimentos específicos sobre perigos, como também para

regras gerais. Exemplo: visitas ou membros de publico geral, incluindo crianças.

2) Um indivíduo com conhecimentos de segurança,não tenha papel nas operações de

utilização e um contacto muito exporádico com a máquina raramente tem exposição dos

perigos da máquina.

1) Durante o funcionamento um trabalhador que não é operador da máquina não tem

exposição a perigos. Este poderá apenas estar exposto, anualmente, a perigos no

carregamento da máquina com a pedra.

1) Indivíduos com conhecimentos específicos sobre perigos, como por exemplo operadores

de máquina adjacentes;

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127

Determinação de Limites - Limites de espaço

Formulário 5 [1]

Curso de movimentos

Eixo de movimento Unidades Comentários

Curso eixo X mm 1

Curso eixo Y mm 1

Curso eixo Z mm 1

Curso eixo A graus 1

Curso eixo C graus 1

Elevação da mesa 74,5 graus 2

Notas:

Espaço necessário para interação com a máquina durante:

Operação; manutenção;interação operador-máquina; interface de alimentação de energia

Processo Notas

Instalação

Mesa

Máquina L x C x H

Zona Trabalho 3

3

4

5

Quadro 6

 -1 a +365

Dimensão [ mm ]

Curso

3500

2000

300

0 a 45

1000 X 500 X 200

5650 X 3000 X 2610

3200 X 2000

5650 X 3000 X 2610

3200 X 4800

incluíndo corredores

previstos na zona fabril

Área de interação

Fonte de energia

Carregamento/

descarregamento da

pedra

Durante corte;

Interação do operador

3200 X 4800

620 X 380

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128

Determinação de limites - Limites de tempo

Formulário 6 [1]

Limite de vida da máquina e/ou alguns componentes

Componentes Unidades

Máquina 15 a 30 anos

Carretos e cremalheiras 10 a 25 anos

Redutores 10 a 25 anos

Disco de corte

Notas:

. Esta avaliação tem em consideração a experiência que a empresa tem no mercado. (58 anos)

. Dependendo da utilização existem componentes que podem resistir toda a vida útil da

máquina. Habitualmente, componentes como os carretos, cremalheiras e redutores estão peças

com mais desgaste e tem de ser substituidos ao fim de 10 a 25 anos.

. Ferramentas como o disco têm um intervalo de utilização muito variado porque estes têm

diversas componentes que podem influenciar a sua resistência. Existem tanto discos para

diferentes utilizações com diferentes propriedades mecânicas, como também variáveis de corte

(velocidades de entrada, de corte, profundidade de corte, etc.) que tem uma grande influência na

vida útil deste.

. A duração estimada é tendo em conta o cumprimento do plano de manutenções disponibilizado

pelo fabricante

Duração

indefinido

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129

Formulário 7 [1]

Intervalos de serviço recomendados

Serviços Unidades

Lubrificação geral Diária

Eixo X - Cremalheira Mensalmente

Eixo Y - Chumaceira de transmissão 3-4 bombadas mensalmente

Eixo Y - Guias dos pés Mudar o óleo anualmente

Cremalheiras dos pés Verificar mensamente

Eixo Z - Fuso 1 bombada cada 2 meses

Eixo C - Disparador FC 1 bombada mensalmente

Mesa - Chumaceira 3-4 bombadas mensalmente

Mesa - Cavilha inferior do macaco 3-4 bombadas cada 3 meses

Mesa - Cavilha superior do macaco 3-4 bombadas cada 3 meses

Mesa - Bomba hidráulica Mudar o óleo 2 em 2 anos

Notas:

Lubrificação localizada

Descrição

Energrease LS EP 2

Energrease LS EP 2

Energrease LS EP 2

Lubrificante Intervalo

Hidrolep 46 ou 68

Energrease LS EP 2

Energrease LS EP 2

Energrease LS EP 2

Tonna 68 ou 15W40

Frequência

Energrease LS EP 2

Energrease LS EP 2

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130

Determinação de limites - Outros limites

Formulário 8 [1]

Propriedades do(s) material(ais) a ser(em) processado(s)

Nível de limpeza exigido

Notas:

. Limpar zona de circulação livre

Ambiental - temperaturas de trabalho recomendadas e condições de operação necessárias

Notas

. A máquina deve ser localizada num lugar protegido da água, gelo e exposição solar directa

Materiais a serem

processados

Local de utilização da máquina

. Caso exista acumulação de água provocada pelo sistema de arrefecimento do disco,

remover este excesso.

. Limpar o chão e mesa para evitar escorregamento de operadores\técnicos e

exposição desnecessária a perigo. Ex: lodo criado durante o corte

Mármore, granito ou material de propriedades semelhantes

. Limpar detritos após cada operação de corte

. Para uma boa lubrificação é aconselhado uma limpeza às guias, junções moveis e fusos, seguido

de aplicação de lubrificante, sempre que houver acumulação de sujidade.

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131

Determinação de Limites - Notas

Notas do Formulário 4 [1] Notas do Formulário 5 [1]

1 1

2

Figura - Vista superior da máquina com diferentes áreas identificadas

Zona de perigo durante

operação de corte (análise

Área de circulação livre

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132

Notas do Formulário 5 [1] Notas do Formulário 5 [1]

2

1

3

Figura - Representação dos 5 eixos de movimentação

2

Figura - Representação da amplitude angular máxima da mesa

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133

Notas do Formulário 5 [1] Notas do Formulário 5 [1]

2 4

Figura - Representação máquina com mesa elevada

5

3

Figura - Área total (a verde) para interacção de pessoa com máquina durante o corte

Figura - Área total para interacção de pessoa com máquina durante o

carregamento/descarregamento

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134

Notas do Formulário 5 [1] Notas do Formulário 5 [1]

4

6

Figura - Interface de comando da máquina

5

Figura - Área total (a verde) para interacção de pessoa com máquina durante o corte

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135

Notas do Formulário 5 [1]

6

Figura - Representação superior da área ocupada pelo quadro eléctrico

Figura - Posição quadro eléctrico na máquina

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136

- Descrição de Tarefas da Desmontagem – Descrição Fotográfica

1° Máquina é colocada na posição de carga e é bloqueada

Y - Calço nas cremalheiras

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137

X - Peça que faz de limite mecânico é movida para uma furação diferente de forma a bloquear do carro

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138

2° Desligar máquina da rede elétrica (primeiro desligar interface e depois ficha) e fechar o quadro eléctrico com chave específica

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139

3° Retirar os postiços dos pés da estrutura (Estes postiços vão permitir uma redução importante na largura da máquina. São alinhados por pinos cónicos.)

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140

- Descrição de Tarefas da Desmontagem em Tabela

Descrição Pessoal Procedimentos

Máquina é colocada na posição

de carga e é bloqueada

Movimentação da cabeça através de

acionamento na interface de controlo

Y - Calço nas cremalheiras

Colocação dos calços no eixo X com aperto

de parafuso

Desaperto de parafusos do fim de curso Y ;

Z - posição mais baixa e trava

com próprio servo

Desligar máquina através da interface de

controlo do automato

Retirar tomada da ficha puxando a mesma

Retirar quatro parafusos dos postiços

Segurar mesa por cabos de aço

através de sistema de elevação

Inserir cabos na mesa manualmente

(quatro pontos laterais com olhais);

Desapertar parafusos do veio de topo do

cilindro de elevação

Alinhamento da mesa com a

máquina

(Redução de largura total da

máquina)

Colocação manual de batentes em quatro

pontos estratégicos

Pequenos acertos manuais de alinhamento

enquanto a mesa está suspensa

Descer gancho do sistema de elevação e

remover cabos de aço

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Fab

rica

nte

Fab

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Retirar os postiços dos pés da

estrutura (Estes postiços vão

permitir uma redução

importante na largura da

Fab

rica

nte

Fab

rica

nte

Desligar máquina da rede

eléctrica (primeiro desligar

interface e depois ficha) e

Fab

rica

nte

Fab

rica

nte

Desapertar ligações da mesa à

estrutura (cilindro de actuação e

duas chumaceiras)

X - Peça que faz de limite

mecânico é movida para uma

Aplicação de batentes para

prevenir movimentação da

mesa em X e Y; cinta para

prender a mesa à estrutura

Descer mesa a partir da interface de

controlo do sistema de elevação

Subir gancho através da interface de

controlo

Desapertar parafusos das chumaceiras

(elevação) e sustentação da mesa

Elevação da mesa com o sistema de

elevação (cabos postos no ponto 4) ;

Movimentação da mesa com o sistema de

elevação e auxílio de direção manual

Retirar postiços dos pinos de alinhamento

(pode ser necessário força mecânica);

Acondicionamento e armazenamento dos

postiços

Deslocar ponte de elevação para uma

posição perto da máquina através de

Prender cabos ao sistema de elevação de

ponte manualmente

Elevar gancho até os cabos ficarem sobre

tensão através de interface de comando da

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141

Descrição Pessoal Procedimentos

Movimentação da cabeça activada através

da interface de controlo da máquina

Verificar posição

Deslocar para a cabeça da máquina; sem

necessidade de ferramentas

Desapertar à mão a protecção do disco

Arrumar porcas

Remover resguardo Removido manualmente

Arrumar resguardo

Através de chave inglesa ou de boca

Arrumar conta-porca

Removida manualmente

Arrumar flange

Removido manualmente - (massa não

desprezável e ferramenta de corte)

Arrumar disco antigo

Inserir manualmente com o

posicionamento dos dentes certos

Inserir manualmente e alinhar com furação

Inserir manualmente e alinhar com fusos

Apertar manualmente

Remover flange

Op

erad

or

Inserir disco novo

Colocar flange

Colocar resguardo

Remover disco

Colocar a máquina na posição de

segurançaIn

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Apertar contra-porca que prende o disco Alinhar porca com o posicionamento certo

e apertar através de chave inglesa ou de

Apertar as quatro porcas do resguardo do

disco

Desapertar as quatro porcas do resguardo

do disco

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142

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143

- Descrição de Falhas

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144

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145

- Determinação de Perigos

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146

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147

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148

- Estimação e Redução do Risco

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149

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150

Cálculos para escolha de pistão do cilindro hidráulico

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151

- Manual de Instruções

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152

Índice 1. Introdução 1

2. Uso e conservação deste manual 2

3. Uso previsto 3

3.1. Destino da máquina 3

3.2. Tipo de trabalho da máquina 3

3.3. Material que pode ser cortado na máquina 3

3.4. Descrição da máquina e características técnicas 3

4. Dados técnicos 4

4.1. Descrição 4

4.2. Instalação 5

5. Assistência técnica e manutenção 7

6. Principais normas de segurança e prevenção de acidentes 8

6.1. Segurança 8

6.2. Vestuário 9

6.3. Ecologia e poluição 10

6.4. Sinais 10

6.4.1. Alguns sinais de advertência 10

6.4.2. Sinais de obrigatoriedade 11

6.5. Uso em segurança 12

6.6. Manutenção em segurança 14

7. Operação e manutenção 16

7.1. Painel de controlo 16

7.2. Mudar o disco de corte 17

8. Manutenção 19

9. Lubrificação 20

9.1. Lubrificação centralizada 20

9.2. Eixo Y 21

9.2.1. Chumaceira de transmissão 21

9.2.2. Guias dos pés 21

9.3. Eixo Z 22

9.3.1. Fuso 22

9.4. Eixo C 23

9.4.1. Disparador do FC C- 23

9.5. Mesa 24

9.5.1. Chumaceira 24

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153

9.5.2. Cavilha inferior do macaco 24

9.5.3. Cavilha superior do macaco 25

9.5.4. Bomba hidráulica 25

9.6. Mapa de lubrificação 26

9.7. Tabela de lubrificantes 27

10. Revisão da definição e orientação dos eixos 28

11. Configuração 29

11.1. Configurar o sistema de medidas 29

11.2. Configurar o idioma 31

11.3. Configurar a posição de fim de ciclo 33

12. Como utilizar a máquina 35

12.1. Realização da Origem Máquina 35

13. Os programas 37

13.1. Entender o parâmetro ‘Prof. Corte’ 37

13.1.1. Profundidade de corte total 37

13.1.2. Profundidade de corte parcial 38

13.2. Modos de corte 39

13.2.1. Corte em modo Mármore 39

13.2.2. Corte em modo Granito 40

13.3. Corte disco 41

13.3.1. Corte único 41

13.3.2. Corte placas (C0º) 43

13.3.3. Corte placas (C90º) 46

13.3.4. Ladrilho 49

13.3.5. Polígonos 56

13.3.6. Circunferência 58

13.3.7. CAD/CAM 60

13.4. Plaina 62

13.5. Perfis 64

13.5.1. Biblioteca 64

13.5.2. Semi-circular 69

13.5.3. Angular 76

13.6. Formas 82

13.6.1. Biblioteca 82

13.6.2. Cilíndrica 85

13.6.3. Angular 89

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154

13.6.4. Cónica 94

13.7. Perfis + Formas 98

13.8. Perfis CAD 101

13.8.1. Novo desenho 101

13.8.2. Importar DXF 102

13.8.3. Nova pasta 104

13.8.4. Apagar um desenho 105

13.8.5. Apagar uma pasta 106

13.8.6. Mudar o nome a um ficheiro 107

13.8.7. Mudar o nome a uma pasta 108

13.8.8. Editar um desenho 109

13.8.9. Editar a descrição de um desenho 110

14. Gestão de ficheiros 112

14.1. Importar um programa CNC 112

14.2. Seleccionar um programa CNC 114

14.3. Modificar um programa CNC 115

14.4. Eliminar um programa CNC 116

14.5. Criar um novo programa CNC 117

14.6. Mudar o nome a um programa CNC 118

15. Corte em manual 119

15.1. Movimentos em semi-automático 119

15.1.1. Movimento semi-automático no eixo X 119

15.1.1.1. Coordenada a alcançar 119

15.1.1.2. Distância a percorrer 120

15.1.1.3. Executar o movimento 121

15.1.2. Movimento semi-automático no eixo Y 121

15.1.2.1. Coordenada a alcançar 121

15.1.2.2. Distância a percorrer 122

15.1.2.3. Executar o movimento 123

15.1.3. Movimento semi-automático no eixo Z 123

15.1.3.1. Coordenada a alcançar 123

15.1.3.2. Distância a percorrer 124

15.1.3.3. Executar o movimento 125

15.1.4. Movimento semi-automático no eixo A 125

15.1.4.1. Coordenada a alcançar 126

15.1.4.2. Executar o movimento 126

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155

15.1.4.3. Movimento RTCP 127

15.1.5. Movimento semi-automático no eixo C 128

15.1.5.1. Coordenada a alcançar 128

15.1.5.2. Executar o movimento 129

15.1.5.3. Movimento RTCP 129

15.1.6. Interpolação de eixos 130

15.1.6.1. Aplicação 130

16. Introdução geral ao sistema CAD/CAM 131

16.1. Generalidades 131

16.2. O que é um CAD? 131

16.3. O que é um CAM? 131

16.4. Considerações 131

16.5. Interface 132

16.5.1. Janela principal do software 132

16.5.2. Descrição do interface 132

16.5.2.1. Barra de ferramentas 132

16.5.2.2. Barra de estados 133

16.5.2.3. Caixas de diálogo 133

16.5.2.4. Coordenadas 134

16.6. Menu CAD 135

16.6.1. Linha 135

16.6.2. Polilinha 135

16.6.3. Arco 2 pontos + ângulo 135

16.6.4. Arco de 3 pontos 135

16.6.5. Arco tangente 135

16.6.6. Alinhar ao longo 136

16.6.7. Alinhar paralelo 137

16.7. Menu Modificar 138

16.7.1. Mover 138

16.7.2. Rodar 139

16.7.3. Eliminar 139

16.7.4. Agrupar 139

16.7.5. Desagrupar 140

16.7.6. Selecionar tudo 140

16.7.7. Desseleccionar tudo 140

16.7.8. Canal 140

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156

16.7.9. Corte inclinado 142

16.8. Menu Standard 144

16.8.1. Modelos 144

16.8.2. Projectos 144

16.8.3. Paramétrico 146

16.8.4. Dxf 147

16.8.5. Material 148

16.8.5.1. Exemplos de aplicação 150

16.8.6. CAD 152

16.8.7. Desfazer 152

16.8.8. Fazer 152

16.8.9. Zoom+ 152

16.8.10. Zoom- 152

16.8.11. Maquinação 152

16.8.12. Propriedades 154

16.8.12.1. Duplo corte interno 155

16.8.13. Sair 156

17. Mensagens de diagnóstico KEB Combivert F5 155

17.1. Mensagens de Estado 157

17.2. Mensagens de Erro 159

17.3. Mensagens de Aviso 164

18 Declaração CE de Conformidade 165

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157

- Declaração de Conformidade da CR Plus

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158

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159

- Declaração de Conformidade de Componentes

Motor LA Siemens

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160

Variador KEB

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161

- Exemplos de Desenhos Técnicos da Máquina

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163

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164

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165

- Exemplos de Esquemas de Circuitos da Máquina

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167

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168