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COMPANION Travel GUIAS DE VIAGEM PARA O NORTE DO BOTSWANA

Norte do Botswana

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Page 1: Norte do Botswana

COMPANIONTravel GuIAs de vIAGeM PArA O

NOrTe dO BOTsWANA

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« �etade do divertimento da viagem … é a beleza do desconhecido»

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�em-vindo ao �otswana

O Botswana é conhecido por possuir al-gumas das melhores áreas em estado sel-vagem e de vida selvagem no continente africano. Com 38 % da sua área total dedi-cada a parques nacionais, reservas e áreas de gestão de vida selvagem – na sua maio-ria sem vedações, permitindo aos animais deambularem livremente – viajar por mui-tos locais do país dá-nos a sensação de que estamos a passar por um imenso país das maravilhas da Natureza.

O Botswana é uma raridade no nosso mundo superpovoado e sobredesenvol-vido. Selvagem e indomável, é um dos úl-timos grandes refúgios no magnífico es-plendor da vida da Natureza.

Assista aqui à beleza impressionante do maior delta interior intacto do mundo – o Okavango; a vastidão inimaginável da se-gunda maior reserva de caça do mundo – a Reserva de Caça do Kalahari Central; o isolamento e a sobrenaturalidade de Mak-gadikgadi – uma bacia desabitada do tama-nho de Portugal; e a vida selvagem surpre-endentemente prolífica do Parque Nacio-nal de Chobe.

O Botswana é o último baluarte para várias espécies ameaçadas de aves e de mamíferos, incluindo o cão selvagem, a chita, a hiena-castanha, o abutre-do-cabo, o grou carunculado, a abetarda-de-kori e o corujão-pesqueiro-de-pel. Isto torna a

sua experiência de safari ainda mais me-morável e, por vezes, sentir-se-á simples-mente rodeado de animais selvagens.

As primeiras e mais duradouras impres-sões a reter serão as vastas extensões de deserto desabitado de horizonte a ho-rizonte, a sensação de espaço ilimitado, uma vida selvagem surpreendentemente rica e observação de aves, céus noctur-nos cheios de estrelas e corpos celestes de brilho inimaginável, bem como os im-pressionantes pores-do-sol de uma bele-za de outro mundo.

Além disso, com a oferta cada vez mais ampla de opções de turismo cultural, fica-rá encantado com as gentes do Botswana ao visitar as suas aldeias e conhecendo, em primeira mão, o seu rico legado cultural.

Contudo, o maior presente que o Botswa-na nos pode dar é talvez a sua capacidade de nos colocar em contacto com o nosso «eu» natural. O Botswana oferece aquele elo vital tão profundamente sentido pelos habitantes do mundo desenvolvido, um vazio dominante que sentimos, mas que muitas vezes não conseguimos explicar – a nossa ligação com a Natureza e a fan-tástica diversidade de plantas e animais a ser explorada.

R ay B R adBuRy« �etade do divertimento da viagem … é a beleza do desconhecido»

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BOTsWANA TOurIsM

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planear, desenvolver e implementar o mar-keting turístico e estratégias de promoção destinadas a criar e a manter uma imagem positiva do Botswana como destino turís-tico e de investimento; planear, formular e implementar estraté-gias para promover o desenvolvimento tu-rístico sustentável em colaboração com o sector privado da indústria turística, com as autoridades locais, com as comunida-des locais e com as Organizações Não Go-vernamentais (ONGs); determinar políticas que produzam efei-to nos objectivos e nas finalidades da Lei que criou o BT; aconselhar o Governo a mudar, rever e formular políticas e estratégias sempre que for necessário; implementar políticas e programas do Go-verno destinadas a fomentar o crescimen-to e o desenvolvimento contínuos do sec-tor turístico;

definir objectivos de desempenho e criar programas destinados a fomentar o cres-cimento e o desenvolvimento contínuos do turismo; desenvolver e implementar as estratégias adequadas para atingir os objectivos do plano de trabalho anual e definir objecti-vos de desempenho, destinados à promo-ção do turismo no Botswana; investigar qualquer assunto que tenha um efeito negativo na indústria do turismo e, posteriormente, fazer recomendações ao Governo; gerir e coordenar os programas promo cio-nais e publicitários do turismo do Botswa-na; fornecer informações de estudos de mer-cado e informações sobre o mercado do turismo; promover a expansão dos investimentos existentes e de novos investimentos no sector turístico do Botswana;

O Botswana Tourism (BT) foi criado por uma lei parlamentar em 2003. A sua mis-são é comercializar e promover o Botswa-na como destino turístico de primeira clas-se, promover o Botswana como local de investimento turístico e avaliar e classifi-car as instalações de alojamento no país. O BT iniciou a sua actividade em Janeiro de 2006.

Um conselho de administração, com-posto por 15 membros e nomeado pelo Ministro da Vida Selvagem, Ambiente e Turismo, rege o BT. O conselho de adminis-tração é composto pelo Presidente e pelo Vice-presidente, por um representante do Ministério em questão e por 12 membros dos sectores público e privado da indús-tria do turismo.

O BT possui uma vasta gama de activi-dades que aborda quase todos os aspec-tos do desenvolvimento turístico no país, incluindo:

�obre nós…

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estabelecer e expandir as redes comerciais de viagens locais e internacionais para pro-mover e vender o Botswana; comercializar e promover a criação de joint ventures de turismo entre os investidores locais e estrangeiros; avaliar e classificar as instalações de aloja-mento na indústria do turismo; promover a melhoria das normas da in-dústria turística, nas áreas das normas de serviços e um código deontológico; executar campanhas de sensibilização do turismo dentro e fora do Botswana e desenvolver e melhorar as oportunidades de turismo existentes, bem como diversifi-car o sector para incluir outras formas de turismo, tais como o turismo cultural e pa-trimonial, o eco-turismo, o turismo de en-tretenimento, recreativo e de lazer, incluin-do-as na norma comerciável necessária.

O sistema de avaliação serve para pro-teger o consumidor e garantir alojamen-

tos e serviços de qualidade no Botswana. Também auxilia os estabelecimentos hote-leiros a comparar o seu desempenho face às normas estabelecidas.

Além disso, o sistema de avaliação é uma ferramenta útil para indicar aos agen-tes de viagens, aos operadores turísticos e aos turistas a qualidade geral das insta-lações para alojamento no país. Estas in-formações podem servir como um guia para turistas que planeiam os seus desti-nos no Botswana.

O sistema faculta também uma estru-tura aos investidores industriais, para que estes possam projectar as suas instalações, de modo a atrair os segmentos de merca-do desejados.

O BT é financiado por subsídios do go-verno.

DELEGAÇÕES LOCAISSede Private Bag 275 Gaborone, Botswana Tel.: +267 391-3111 Fax: +267 395-3220 [email protected] www.botswanatourism.co.bw

Gaborone Mall branch Tel.: +267 395-9455 Fax: +267 318-1373

Maun office Tel.: +267 625-2211

KaSane office Tel.: +267 686-3093

DELEGAÇÕES E AGÊNCIAS NO ESTRANGEIRO

aleManha a/c Interface International GmbH Karl-Marx-Allee 91 A 10243 Berlin [email protected] www.botswanatourism.eu Contacto: Jörn Eike Siemens [email protected]

reino unido a/c Botswana High Commission 6 Stratford Place London, W1C 1AY Contacto: Dawn Parr [email protected]

eStadoS unidoS da aMérica a/c Partner Concepts LLC 127 Lubrano Drive, Suite 203 Annapolis, MD 21401 Tel.: + 1-410-224 7688 Fax: + 1-410-224 1499 Contacto: Leslee Hall [email protected]

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�estaques do �orte

Desfrute dos encantadores passeios em mokoro pelo delta

do Okavango e aproveite oportunidades fotográficas únicas.

Descubra a maravilhosa vida selvagem,

incluindo os incríveis «Big Five» de África.

Visite os nossos monumentos nacionais, as pinturas rupestres

dos San em Tsodilo e as grutas em Gcwihaba.

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COMPANIONTravel

Viaje pelas 12 IBAs (áreas de aves importantes) e

desfrute de uma fantástica observação de aves.

Faça um cruzeiro no rio Chobe – usufrua de um cenário inspirador,

concentrações ricas de vida selvagem e pores-do-sol de cortar a respiração.

PublicadoS Por : Botswana Tourism, Gaborone Setembro de 2009

© bt Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou utilizada sob nenhuma forma e através de nenhum meio, electrónico ou mecânico, incluindo fotocópias, sem a permissão por escrito do BT.

eScritor/editor : Linda Pfotenhauer deSiGn Gráfico : Sarah Banks, Kolobe Botswana cartoGrafia : Departmento de Topografia e Cartografia

INTRODUÇÃOBem-vindo ao Botswana 1 Sobre nós 2 Destaques 4

DESTINOSDelta do Okavango 6 Reserva de Caça de Moremi 10 Linyanti, Selinda e Kwando 12 Maun 14 Tsodilo Hills 16 Grutas de Gcwihaba e Aha Hills 18 Parque Nacional de Chobe 20 Kasane 22

INfORmAÇÕESInformações gerais do Botswana 24 Informações para os visitantes 25 Números de emergência 31 Escala 34

mAPAS REGIONAISDelta do Okavango, Parque Nacional de Chobe, Botswana 36

GuIAs de vIAGeMNOrTe dO BOTsWANA

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A altura das cheias é interessante. As-sim que as águas das chuvas de Verão do Botswana desaparecem (Abril, Maio), as cheias iniciam a sua viagem – 1300 km são feitos pelas areias de Kalahari – revitali-zando um ecossistema de vida vegetal e animal extenso e extraordinariamente di-verso.

Os padrões de fluxo, distribuição e dre-nagem da água estão continuamente a mu-dar, principalmente devido à actividade tectónica no subsolo. Como extensão do Grande Vale do Rift de África, o Okavango situa-se numa área geograficamente ins-tável de falhas, sofrendo frequentemen-te movimentos de terra, tremores e aba-los menores.

Quando a água chega a Maun, nas mar-gens a sul do delta, o seu volume é uma

tema único, o maior delta interior intac-to do mundo.

O delta do Okavango situa-se no fun-do da bacia de Kalahari, sendo muitas ve-zes designado como a «jóia» de Kalahari. Só o facto de o Okavango existir no seio desta zona árida, parece notável. Em for-ma de leque, o delta é alimentado pelo rio Okavango, o terceiro maior da África Aus-tral. Tem vindo a desenvolver-se continu-amente ao longo dos milénios, devido a milhões de toneladas de areia transporta-da de Angola pelo rio. Avolumado pelas cheias das chuvas de Verão, o rio Okavan-go viaja das terras altas de Angola, atra-vessa o Botswana em Mohembo, Capri-vi, desaguando por fim no vasto delta em forma de leque.

O delta do Okavango, um dos destinos mais procurados do mundo, é a porta de entrada para o espectáculo da África sel-vagem, tal como a imaginamos nos nossos sonhos – a emoção da grande observação de caça de tirar o fôlego, a tranquilidade e serenidade supremas de um delta intacto e cenas evocativas de extraordinária be-leza natural.

Uma viagem pelo delta de Okavango – mergulhando no interior intacto de Áfri-ca – não tem comparação. Ao deslocar-

-se das zonas húmidas para as secas, atra-vessando as sinuosas vias navegáveis or-ladas a palmeiras e papiros, passando por ilhas ladeadas de palmeiras e de floresta densa, resplandecente com a exuberan-te vegetação e rica em vida selvagem, re-velam-se as várias facetas deste ecossis-

�elta do �kavangoG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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ínfima fracção daquilo que outrora foi. Apenas dois a três por cento da água chega ao rio Thamalakane em Maun; mais de 95 por cento perde-se na evapotrans-piração.

Mas a corrente não pára em Maun. Pode continuar para este até ao rio Bote-ti, para encher o lago Xau ou as bacias de Makgadikgadi, ou escoar para oeste até ao Lake River para encher o lago Ngami.

Existem três áreas geográficas princi-pais: a faixa estreita de terra, o delta e a zona árida. A faixa estreita de terra co-meça nos limites a norte do Okavango, em Mohembo, estendendo-se por cer-ca de 80 km. A sua estrutura em forma de corredor encontra-se entre duas fa-lhas paralelas na crosta terrestre. Aqui, o rio é profundo e largo e os pântanos

estão permanentemente inundados. A ve-getação dominante são vastos leitos de papiros e grandes conjuntos de palmei-ras phoenix. As principais atracções turís-ticas da faixa estreita de terra são a pesca, a observação de pássaros e as visitas às aldeias coloridas que orlam as suas mar-gens ocidentais.

O delta em forma de leque emerge em Seronga e as águas desaguam no delta, re-juvenescendo a paisagem e criando des-lumbrantes mosaicos de canais, lagoas, la-gos fluviais, prados cheios de água e milha-res e milhares de ilhas de uma infinita va-riedade de formas e tamanhos.

Muitas das ilhas mais pequenas são ter-miteiras enormes construídas por térmi-tas criadoras de fungos, uma das 400 es-pécies de térmitas em África, cujas fantás-

ticas estruturas são uma fonte de abrigo e alimento para muitos animais.

O tamanho da região do delta do Oka-vango pode variar desde 15 000 km² du-rante os períodos de maior seca aos sur-preendentes 22 000 km² durante perío-dos mais húmidos. As suas espécies vege-tais dominantes são canas, palmeiras de mokolwane, acácias, sicómoros, árvores-

-das-salsichas, árvores-da-chuva e o man-gostão africano.

Nos limites inferiores do delta, os pân-tanos permanentes dão lugar a pântanos sazonais e a prados alagados. A sudeste, a terceira região de vegetação torna-se evi-dente à medida que muda para uma zona verdadeiramente árida. Aqui existem três grandes massas continentais: O Cume de Matsebi, a Ilha de Chief e a Língua de

�elta do �kavango

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Moremi. Aqui, a vegetação predominante é constituída por mopanes, acácias e ar-bustos enfezados e a terra dispõe de mui-tas bacias. É para esta região que muitos mamíferos se deslocam durante os meses secos de Inverno.

As principais atracções turísticas no delta e em áreas áridas são a observação de caça, de aves e a canoagem, geralmen-te no tradicional mokoro. A diversidade e a quantidade de animais e aves pode ser surpreendente. Uma observação geral re-cente do Okavango registou 122 espécies de mamíferos, 71 espécies de peixe, 444 espécies de aves, 64 espécies de répteis e 1300 espécies de plantas de flor. Um pro-grama bem sucedido de reintrodução de rinocerontes no Okavango, aumentou a população do rinoceronte branco para cerca de 35 e do rinoceronte negro para 4.

As principais espécies a ser observadas incluem: elefante, búfalo, girafa, zebra, hi-

popótamo, crocodilo, rinoceronte, cob-leche, inhacoso, redunca, duiker, impala, kudu, racifero, gnu, búfalo, palanca, pa-lanca vermelha, tsessebe, leão, leopardo, chita, geneta, serval e caracal, juntamen-te com uma imensa variedade de aves ter-restres e aquáticas, residentes e migrató-rias, algumas das quais raras e em vias de extinção.

Contudo, é de salientar que a observa-ção de caça depende muito da época e da disponibilidade de água e alimentos.

O Okavango é candidato a património mundial. A sua conservação a longo pra-zo é garantida por políticas e regulamen-tos governamentais (embora apenas a re-serva de caça Moremi tenha um estatuto de protecção oficial), pelos esforços e pe-las iniciativas de acampamentos e lodges nas suas concessões, pelo recentemente lançado Plano de Gestão do Desenvolvi-mento do Okavango (ODMP) e pelo seu es-

tatuto de local Ramsar, ao abrigo do IUCN, um acordo que limita a sua utilização e o seu desenvolvimento.

ac t i v i d a d e S

Passeios de carro pelas rotas da caça

Safaris a pé

Observação de aves

Cruzeiros

Safari em elefante

Equitação

Mokoro

Fotografia

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Trata-se da única área oficialmente pro-tegida do delta do Okavango e, como tal, tem uma enorme importância a nível cien-tífico, ambiental e de conservação.

Moremi é, sem dúvida, considerada uma das mais bonitas reservas de África, e, provavelmente, do mundo.

A reserva de caça de Moremi situa-se nas regiões centrais e a este do Okavan-go, e inclui a Língua de Moremi e a Ilha de Chief, ostentando um dos ecossistemas mais ricos e diversos do continente.

Este facto torna a observação de caça e de aves espectacular, já que inclui todas as principais espécies herbívoras e carnívo-ras existentes na região, e mais de 400 es-pécies de aves, muitas delas migratórias e algumas ameaçadas. Tanto o rinoceronte

Este parque nacional de valor inestimá-vel obteve várias distinções importantes. Em 2008 foi eleito a «melhor reserva de caça em África» pela prestigiada Asso-ciação de Viagens e Turismo de África, na principal feira de turismo de África do Sul, Indaba.

Trata-se da primeira reserva em África fundada por moradores locais. Preocupa-dos com a rápida diminuição da vida sel-vagem nas suas terras ancestrais, devido à caça não controlada e ao aumento do gado, os Batawana de Ngamiland, sob li-derança da mulher do falecido Chefe Mo-remi III, a Sra. Moremi, tiveram a ousada iniciativa de proclamar Moremi como re-serva de caça em 1963.

negro como o branco foram recentemen-te reintroduzidos, transformando agora a reserva num destino «Big Five».

Incluída numa área de cerca de 3900 km², é aqui que a terra e o delta se encontram para criar uma reserva extremamente pi-toresca de planícies aluviais, sazonal ou permanentemente húmida, vias de nave-gação, lagoas, piscinas, bacias, prados e florestas, ripárias, florestas ribeirinhas e de mopanes. Este terreno torna a condu-ção pelas muitas curvas e pelos caminhos de Moremi muito agradável e, por vezes, totalmente inspiradora.

Moremi é um destino muito popular para campistas autónomos, sendo frequen-temente combinado com o Parque Nacio-nal de Chobe a nordeste.

O rústico acampamento Third Bridge, si-tuado perto do bonito rio Sekiri, ladeado por densos conjuntos de papiros, é um dos locais preferidos para ver os resplan-decentes pores-do-sol, criando momen-tos memoráveis.

�eserva de �aça �oremiG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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Trata-se da única área oficialmente pro-tegida do delta do Okavango e, como tal, tem uma enorme importância a nível cien-tífico, ambiental e de conservação.

Moremi é, sem dúvida, considerada uma das mais bonitas reservas de África, e, provavelmente, do mundo.

A reserva de caça de Moremi situa-se nas regiões centrais e a este do Okavan-go, e inclui a Língua de Moremi e a Ilha de Chief, ostentando um dos ecossistemas mais ricos e diversos do continente.

Este facto torna a observação de caça e de aves espectacular, já que inclui todas as principais espécies herbívoras e carnívo-ras existentes na região, e mais de 400 es-pécies de aves, muitas delas migratórias e algumas ameaçadas. Tanto o rinoceronte

Este parque nacional de valor inestimá-vel obteve várias distinções importantes. Em 2008 foi eleito a «melhor reserva de caça em África» pela prestigiada Asso-ciação de Viagens e Turismo de África, na principal feira de turismo de África do Sul, Indaba.

Trata-se da primeira reserva em África fundada por moradores locais. Preocupa-dos com a rápida diminuição da vida sel-vagem nas suas terras ancestrais, devido à caça não controlada e ao aumento do gado, os Batawana de Ngamiland, sob li-derança da mulher do falecido Chefe Mo-remi III, a Sra. Moremi, tiveram a ousada iniciativa de proclamar Moremi como re-serva de caça em 1963.

negro como o branco foram recentemen-te reintroduzidos, transformando agora a reserva num destino «Big Five».

Incluída numa área de cerca de 3900 km², é aqui que a terra e o delta se encontram para criar uma reserva extremamente pi-toresca de planícies aluviais, sazonal ou permanentemente húmida, vias de nave-gação, lagoas, piscinas, bacias, prados e florestas, ripárias, florestas ribeirinhas e de mopanes. Este terreno torna a condu-ção pelas muitas curvas e pelos caminhos de Moremi muito agradável e, por vezes, totalmente inspiradora.

Moremi é um destino muito popular para campistas autónomos, sendo frequen-temente combinado com o Parque Nacio-nal de Chobe a nordeste.

O rústico acampamento Third Bridge, si-tuado perto do bonito rio Sekiri, ladeado por densos conjuntos de papiros, é um dos locais preferidos para ver os resplan-decentes pores-do-sol, criando momen-tos memoráveis.

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No extremo norte do Botswana, com Ca-privi do lado oposto, estão três dos desti-nos mais fantásticos, selvagens e isolados que o país tem para oferecer.

Situado entre o Parque Nacional de Chobe a este e o Okavango a sul, as ex-tensas concessões de Kwando, Selinda e Linyanti proporcionam uma observa-ção soberba da vida selvagem – e o seu terreno compete com a beleza física do Okavango.

E não é de admirar – ambos partilham semelhanças geográficas. Tal como o rio Okavango, o rio Kwando corre para sul a partir de Angola, atravessando a faixa de Caprivi e entrando no Botswana. À se-melhança do Okavango, este enche len-tamente os pântanos de Linyanti. O esco-amento dos pântanos enche, em seguida,

o rio Linyanti, que corre para este para o rio Chobe.

Os pântanos que se dispersam a par-tir dos rios têm a mesma história natural magnífica que o Okavango – canais pito-rescos, lagoas, conjuntos de papiros e ca-naviais. A floresta marginal delimita as vias navegáveis, originando o crescimento de árvores enormes e magníficas. Os leitos secos – o Selinda Spillway e o Savuté Chan-nel – alcançam os pântanos, a sua falta de água corrente é provavelmente determi-nada pelas falhas subterrâneas que detêm o curso das águas. Curiosamente, as falhas nesta área são consideradas o ponto mais a sul do Grande Vale do Rift de África.

As reservas estão dispostas ao longo dos rios, com o Kwando a noroeste, Se-linda (1350 km² de área) a sul e Linyanti

(1250 km² de área) a este. Uma pequena área do Parque Nacional de Chobe avança para alcançar o rio e os pântanos Linyanti; dispõe de um acampamento público go-vernamental e instalações para o campista autónomo, enquanto que as concessões oferecem acampamentos privados.

Este é o verdadeiro país africano de caça grossa e, durante a estação seca, as águas permanentes dos rios Kwando e Linyanti servem de local de migração im-portante para animais selvagens de gran-de parte do norte do Botswana – incluin-do grandes manadas de búfalos e elefan-tes, gnus e zebras.

Praticamente todos os antílopes e pre-dadores naturalmente presentes podem ser vistos nestas concessões, dependendo, obviamente, da época e da disponibilidade

�inyanti, Selinda e KwandoG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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de alimentos e de água. Nestes incluem-se o inhacoso, a redunca, a girafa, a impala, o kudu e, com alguma sorte, a rara e tímida sitatunga, bem como os respectivos pre-dadores como o leão, a hiena, o leopardo, a chita, o chacal, o serval e o caracal.

No entanto, a maior atracção desta parte do Botswana talvez seja a sensação de isolamento extremo que transmite e o facto de estar completamente distan-te do mundo como o conhecemos. Os acampamentos são pequenos e privados, talvez com apenas cerca de vinte hóspe-des ao mesmo tempo.

Não existe ali mais nada – excepto você, o mato e um fascinante contingente de ani-mais selvagens à espera de serem desco-bertos e explorados.

�inyanti, Selinda e Kwando

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A capital turística do Botswana situa-se nas margens sul do delta do Okavango e, apesar das recentes modernizações, ain-da transmite a sensação de se tratar de uma pequena cidade fronteiriça árida. Para muitos turistas, Maun é o ponto de aces-so ao delta e, frequentemente, ao Botswa-na, com voos directos de Joanesburgo e Gaborone.

Maun é o centro administrativo do dis-trito de Ngamiland e sede governativa dos Batawana. Os Batawana são uma deriva-ção dos Bangwato de Serowe. Após uma disputa pela chefia em finais do século XVIII, o Kgosi (chefe) Tawana e o seu povo dei-xaram Serowe e instalaram-se em Nga-miland, tendo inicialmente estabelecido a sua capital no lago Ngami, depois em To-teng, em seguida, em Tsao e, finalmente, em Maun em 1915.

O distrito de Ngamiland abrange uma variedade fascinante de grupos étnicos: os Hambukushu, os Basubiya e os Bayei, todos originários da África Central, co-nhecem intimamente o Okavango, ten-do explorado e utilizado habilmente os seus abundantes recursos durante séculos. Existem também os Banoka, os bosquíma-nos do rio, que são os habitantes originais do Okavango, os Bakgalagadi e os Bahere-ro, provenientes da Namíbia, e cujas mu-lheres podem ser vistas a usar vestidos coloridos de estilo vitoriano ao passear pelas ruas da cidade, ou sentadas à porta dos seus tradicionais rondavels.

O lado «povoado» do Okavango é fre-quentemente negligenciado, uma vez que os turistas apenas utilizam Maun como ponto de passagem para aceder ao del-ta. Contudo, vale a pena explorar as vilas

tradicionais junto às margens ocidentais do delta, na área da faixa estreita de terra e, para muitos turistas, torna-se o ponto alto das suas viagens no Botswana.

O aumento dramático do número de turistas que vieram ao Botswana nos anos 80 originou alterações igualmente dramá-ticas em Maun. As empresas de safaris abundam, e as suas indicações estão es-palhadas pelos parques de estacionamen-to arenosos. Centros comerciais moder-nos, lojas, hotéis e hospedarias surgiram por todo o lado e, hoje, é possível adqui-rir praticamente todos os artigos alimen-tares, desde champanhe, queijos france-ses e chocolates até aos bens necessários mais comuns.

Actualmente, pode desfrutar do de-serto e da vida selvagem durante o dia e assistir a DVDs de alta tecnologia ao serão

�aunG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

Page 17: Norte do Botswana

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ou entrar em antigos escritórios gover-namentais saídos directamente da épo-ca colonial.

Entretanto, o intemporal rio Thama-lakane serpenteia preguiçosamente pela cidade, preparando o cenário e o ambien-te do que virá depois.

obServaÇÃo da vida SelvaGeM

PaRQuE PEdaGÓGICO dE VIda SELVaGEM dE MauNEsta pequena reserva situada nos arredo-res da cidade tem uma grande variedade de antílopes e pequenos mamíferos, mas nenhum predador; os visitantes fazem a sua observação de caça a pé.

QuINTa dE CRIaÇÃO dE CROCOdILOS dOS PÂNTaNOS dO OKaVaNGOCrocodilos adultos, jovens e bebés po-dem ser observados de perto nesta quin-ta de criação comercial a cerca de 15 km de Maun, na Sehitwa Road.

eXcurSÕeS culturaiSEXCuRSÃO CuLTuRaL a BayE IUm passeio de duas a três horas a Sixaxa, uma aldeia Bayei a cerca de 30 minutos de Maun, dá aos visitantes uma ideia ge-ral de como é a vida tradicional de aldeia os visitantes são convidados a participar em tarefas típicas, como moer milho ou cozinhar em fogo aberto. São feitas de-monstrações do fabrico tradicional de fer-ramentas e artesanato, cestaria, música e dança, e os visitantes podem ser convida-dos a provar a cozinha tradicional.

hiStÓria naturalMuSEu NHaBEEste pequeno mas interessante museu tem em exibição arte, artesanato e histó-ria natural do Botswana.

arteSanatoAs opções de compras são cada vez maio-res em Maun, que possui uma série de lo-jas de artesanato onde se pode adquirir uma variedade de produtos do Botswa-na e de outros países africanos. A maioria das lojas de artesanato situa-se no centro de Maun ou no aeroporto.

Nos arredores da cidade existem in-dústrias artesanais onde os visitantes po-dem fazer compras e observar os arte-sãos a trabalhar.

CESTOS dE QuaLIdadE dO BOTSWaNaOs visitantes podem observar os fabrican-tes de cestos enquanto trabalham e adqui-rir cestos de qualidade fabricados à mão; situado em Matlapaneng, mesmo nos ar-redores de Maun.

S IBaNda’S CRaFTSA Sibanda’s Crafts produz têxteis de algo-dão pintados e cosidos à mão, tais como toalhas de mesa, naperons, coberturas de almofadas, individuais de mesa, tapetes e tapeçarias de parede; situado na estrada de Shorobe, mesmo antes do Hotel Sedia.

CERÂMICa dE OKaVaNGOAs peças de cerâmica, fabricadas e pinta-das à mão, juntamente com artigos de pa-pel e sabonetes, constituem um sortido de produtos pouco habitual; situado na Shorobe Road.

THE VELVET duST MIGHTEsta fábrica produz uma vasta gama de peças de vestuário de algodão tingidas à mão, artigos para o lar, peças fabricadas com contas e arame, artigos de metal e jo-alharia de prata. Possui também um café que vende pão e pastelaria caseira; situa-do na Shorobe Road, junto ao desvio para o Okavango River Lodge.

duNEA Dune vende vestuário, artigos de joalha-ria e acessórios de fabrico local; situado na antiga zona comercial de Maun.

ac t i v i d a d e S

Passeios de camelo (Boro)

Excursões de um dia em Moremi

Voos panorâmicos pelo Okavango

Visitas culturais a aldeias Sixaxa

Excursões de um dia em Tsodilo

Passeios em canoas mokoro

Visitas a quintas de criação de crocodilos

Visitas a aldeias da zona do «Panhandle»

Pesca

Passeios pelos matos insulares

Fabrico de artigos de cestaria (Etsha 6, Gumare, Tsau)

Vendas de artesanato

Visitas às grutas Gcwihaba

Page 18: Norte do Botswana

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�sodilo �illsErguendo-se dramática e abruptamente das moitas do Kalahari, com escarpas que ficam da cor do cobre ao pôr-do-sol, o po-der magnético dos Montes Tsodilo (Tsodi-lo Hills) cativa e mistifica. Existe uma inegá-vel aura de espiritualidade à volta destes montes que arrebata o visitante.

Na realidade, para as pessoas que ha-bitam estes montes – os San, habitantes originais, e os Hambukushu, que têm vin-do a ocupar periodicamente este local ao longo dos últimos 200 anos – Tsodilo é um lugar sagrado e místico, onde habitam os espíritos ancestrais. Antigamente, os seus antepassados realizavam rituais re-ligiosos para pedir ajuda e invocar a chu-va. Decoraram também as escarpas com pinturas rupestres, cujo significado e sim-bolismo estão envoltos em mistério até aos dias de hoje.

Explorar os três montes principais – Male, Female e Child – é uma viagem à antigui-dade. A investigação arqueológica, levada a cabo durante os últimos 30 anos, calcu-la que Tsodilo é habitado há 100 000 anos, o que torna este local histórico um dos mais antigos do mundo. Cerâmica, ferro, contas de vidro e de conchas, ferramen-tas de pedra e osso esculpido datam de há 90 000 anos.

O local da Primeira Idade do Ferro em Tsodilo, denominado Divuyu, data de en-tre 700 e 900 DC, e revela que povos Ban-tu vivem nos montes há mais de 1000 anos, vindos provavelmente da África Central. Eram bovinocultores, fixaram-se no pla-nalto e comercializavam joalharia de cobre proveniente do Congo, conchas do Atlân-tico e contas de vidro da Ásia, provavel-

mente em troca de especularita e peles. Existia bastante interacção entre os dife-rentes grupos, havendo redes de comér-cio extensas.

As escavações revelam também mais de 20 minas de extracção de especularita, um derivado cintilante do óxido de fer-ro utilizado na antiguidade como produ-to de cosmética.

Existem pinturas rupestres por toda a parte, as quais representam milhares de anos de ocupação humana e que são das mais notáveis e importantes da região. Ao todo, existem aproximadamente 4000, in-cluindo pinturas vermelhas executadas a dedo e formas geométricas. A maioria das pinturas foi executada quase certamente pelos San, tendo algumas sido realizadas pelo povo de pastores Khoe, que se fixou posteriormente na zona. As pinturas ver-

G u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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melhas foram executadas principalmente no primeiro milénio DC.

Duas das imagens mais famosas são os policromos de rinocerontes e o Painel de Elandes, encontrando-se este último num altíssimo penhasco virado para a selvagem natureza africana. Na realidade, a inacessi-bilidade de muitas das pinturas poderá es-tar ligada ao seu significado religioso.

O facto de Tsodilo estar totalmente afastado de todos os outros locais de arte rupestre no sul de África contribui para a sua aura de magia. O local mais próximo conhecido fica a 250 quilómetros de dis-tância. Além disso, as pinturas de Tsodi-lo são, de uma forma geral, diferentes de outras encontradas na região sul do con-tinente africano, quer quanto ao estilo de determinadas imagens, quer quanto à sua incidência. Muitas são figuras isoladas e

mais de metade retrata animais selvagens e domésticos. Na realidade, há uma maior incidência de animais domésticos do que noutros locais da África Austral. Algumas imagens retratam cenas, mas poucas pare-cem contar uma história. Muitas são dese-nhos esquemáticos delineados e padrões geométricos.

Existem trilhos para caminhadas, como o Rhino Trail (Trilho dos rinocerontes), o Lion Trail (Trilho dos leões) e o Cliff Trail (Trilho do penhasco), além de outros tri-lhos; recomenda-se que um guia acompa-nhe os visitantes nas caminhadas e na visita às pinturas.. Perto dos montes vivem os San e os Hambukushu, sendo bastante fá-cil arranjar guias nas respectivas aldeias.

Existe um pequeno museu à entrada do local; o acampamento principal na Sede do Museu possui lavabos e água, enquan-

to os três outros acampamentos mais pe-quenos não possuem instalações sanitá-rias. Devido à sua tremenda importância histórica e cultural, em 2002 Tsodilo foi de-clarado Património Mundial da UNESCO.

ac t i v i d a d e S

Arte rupestre

Passeios pelo mato

Visitas ao museu

Experiência cultural nas aldeias locais

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Certamente um dos destinos mais remo-tos e selvagens do Botswana, Gcwihaba é um fascinante labirinto subterrâneo de grutas e covas, passagens interligadas, fan-tásticas formações de estalagmites e esta-lactites e depósitos de calcite de belíssimas cores que parecem cascatas de pedra.

Partindo da entrada norte, a mais fre-quentemente utilizada, encontrará primei-ro milhares de morcegos pendurados de cabeça para baixo nas paredes das grutas. As espécies mais comuns são o morce-go-de-nariz-enfolhado de Commerson, o maior morcego insectívoro da África Aus-tral, o minúsculo morcego-ferradura de Dent e o morcego egípcio de focinho fen-dido. São inofensivos, mas à medida que se aproximar prepare-se para um êxodo em

massa – nuvens de morcegos em fuga, a chiar, voando pela poeirenta escuridão.

Algumas das grutas têm até 10 metros de altura, outras são tão minúsculas que terá de rastejar para se deslocar pelas mes-mas e outras ainda contêm estalactites que medem até seis metros de altura, indo ao encontro das estalagmites para formar colunas orgânicas que parecem suportar todo o tecto da gruta.

A gruta principal denomina-se «Gruta de Drotsky», nome do agricultor Ghanzi Martinus Drotsky, que foi o primeiro eu-ropeu a quem os !Kung San mostraram a gruta em 1934.

Situada numa crista de areia entre du-nas ondulantes, Gcwihaba forma parte do ecossistema do Kalahari há quase 3 mi-lhões de anos. Formou-se durante o Plis-

toceno, quando a zona era muito mais chu-vosa. Têm-se registado variações climáti-cas dramáticas, alternando entre períodos muito chuvosos e muito secos.

Registaram-se ecossistemas únicos de flora e fauna em Gcwihaba. Estes incluem a figueira Namaqua, existente apenas nes-tes montes e facilmente reconhecível pelas suas longas raízes rasteiras, o aloé endémi-co, tartarugas tent, lagartixas, o papagaio de Rüppel (também exclusivo desta re-gião) e corujas que vivem nas grutas.

Indícios arqueológicos sugerem que a zona foi habitada por povos recolectores há milhares de anos atrás. Ferramentas da última fase da Idade da Pedra, cascas queimadas de ovos de avestruz, ossos de animais, até uma caveira fossilizada de um primata, foram descobertos na região. Na

�rutas �cwihabaG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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verdade, as grutas contêm pistas impor-tantes para compreender a forma como os povos pré-históricos se relacionavam com o ambiente em que viviam.

Gcwihaba é um Monumento Nacional designado e foi proposto como candidato a Património Mundial da UNESCO.

aha hillSTranspondo a fronteira do Botswana com a Namíbia, os Montes Aha (Aha Hills) si-tuam-se a cerca de 50 km a noroeste de Gcwihaba, sendo visíveis daí. Os Montes Aha são maioritariamente agrestes e re-cortados, tendo-se fendido por acção de intempéries em numerosas falhas geológi-cas e fracturas. Cobrem uma área de apro-ximadamente 245 quilómetros quadrados, maioritariamente no Botswana.

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Por via terrestre ou por via aérea, o pri-meiro vislumbre do rio, profundo e cinti-lante por entre o terreno arenoso, corta sempre a respiração. Assemelha-se a uma faixa de fita brilhante, de azul pavão, ser-penteando pela minúscula vila de Kasa-ne e terras seguintes: o Parque Nacional de Chobe.

Sem dúvida um dos rios mais belos de África, o Chobe suporta uma diversidade e uma concentração de vida selvagem sem paralelo no resto do país.

Estabelecido em 1968, o parque cobre aproximadamente 11 700 km quadrados, englobando planícies alagadas, pântanos e zonas florestadas. O rio Chobe forma o seu limite a norte. O parque é composto por quatro áreas geográficas distintas: a zona ribeirinha do Chobe, os Ngwezumba Pans (zonas argilosas), Savuté e Linyanti.

A zona ribeirinha do Chobe, a área de grandes animais do Botswana mais aces-sível e frequentemente visitada, é famosa pelas suas grandes manadas de elefantes e búfalos africanos, que durante os me-ses secos de Inverno convergem junto ao rio para beber.

Durante esta época, durante um pas-seio de carro à tarde, poderá ver cente-nas de elefantes de uma só vez. Poderá fi-car rodeado de elefantes, uma vez que se torna impossível passar na estrada prin-cipal de Serondella enquanto dezenas de animais atravessam a via principal a ca-minho do rio para beber, tomar banho e brincar.

Junto à beira do rio, poderá ver até 15 espécies diferentes de animais num qual-quer passeio, incluindo inhacosos, o cob-leches, pukus (é a única parte do Botswana

onde podem ser vistos), girafas, kudus, an-tílopes ruão e negros, impalas, javalis afri-canos, baualas, macacos e babuínos, jun-tamente com os respectivos predadores: leões, leopardos, hienas e chacais.

Aventure-se num cruzeiro pelo rio, para poder observar o parque e os animais de uma perspectiva diferente. Poderá ver de perto hipopótamos, crocodilos e uma gama impressionante de aves aquáticas.

Foram registadas mais de 460 espécies de aves no parque, o que o torna num dos principais locais para safaris de aves em África. Algumas espécies comuns que po-derá observar incluem o íbis sagrado, os gansos egípcios, as anhingas (pássaros-ser-pente) e cormorões presentes um pouco por toda a parte, os gansos de esporão, o corujão-pesqueiro-de-pel, o abelharuco-carmim, quase todos os membros da fa-

�arque Nacional de ChobeG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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tada também pelo rio Ngwezumba a nor-deste. A depressão de Mababe, imensa e plana, orlada por bosques cerrados, já fez parte do super-lago Makgadikgadi. Quan-do se enche de água, transforma-se num ponto de encontro de milhares de aves e animais migratórios, nomeadamente grandes manadas de zebras.

Geograficamente, Savuté é uma zona de muitas curiosidades. Um dos seus gran-des mistérios é o próprio Canal de Savu-té, o qual, ao longo dos últimos 100 anos, secou e reiniciou inexplicavelmente o seu fluxo por diversas vezes. Este fluxo irregu-lar de água explica as numerosas árvores mortas existentes à beira do canal, uma vez que germinaram e cresceram quando o canal estava seco e foram destruídas quando este retomou o seu fluxo.

linYantiDurante os meses secos de Inverno, a ob-servação de animais de caça junto às águas permanentes do Linyanti pode ser uma experiência excelente. A zona contida no Parque Nacional de Chobe, que possui um acampamento público, fica entre conces-sões fotográficas a oeste e concessões de caça a leste (ver mapa).

mília do pica-peixe, todos os rolieiros, a in-confundível águia-pesqueira, a águia mar-cial e muitos membros da família das ce-gonhas.

O rio Chobe nasce nas terras altas do norte de Angola e percorre distâncias enormes antes de chegar a Ngoma, no Botswana. Tal como os rios Okavango e Zambeze, o curso do Chobe é afectado por falhas geológicas que são extensões do Grande Vale do Rift. Estes três rios imensos transportam mais água do que todos os outros rios da África Austral.

nGWeZuMba PanSAs Ngwezumba Pans situam-se a cerca de 70 km a sul do Rio Chobe e englobam uma vasta área de zonas argilosas, rodea-das de florestas de mopane e planícies de pasto. Durante a estação das chuvas, as bacias enchem-se de água, atraindo de-pois a vida selvagem que se afasta das fon-tes de água permanentes dos rios Linyan-ti e Chobe.

SavutéNo coração do parque, Savuté contém a maioria das espécies do Chobe, com ex-cepção dos antílopes, grandes amantes da água. É conhecido principalmente pe-los seus predadores, particularmente le-ões, chitas e hienas, que constituem gran-des populações residentes.

O Canal de Savuté flui do rio Linyan-ti durante cerca de 100 km, transportan-do água do rio e lançando-a numa vas-ta zona pantanosa denominada Savuté Marsh (Pântano de Savuté), e mais para sul para a depressão de Mababe, alimen-

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Situado nas margens do rio Chobe, Kasane é simultaneamente o centro administrativo do Distrito de Chobe e a via de acesso ao Parque Nacional de Chobe. É também um importante ponto de desembarque das vi-zinhas Cataratas Vitória no Zimbabué e de Livingstone na Zâmbia e, ainda, da Faixa de Caprivi na Namíbia.

Kasane situa-se a poucos quilómetros da confluência do rio Chobe com o rio Zambeze, ponto de encontro de quatro países: Botswana, Zâmbia, Zimbabué e Namíbia.

Em Kazungula, a poucos quilómetros de distância, existe uma travessia de barco en-tre o Botswana e a Zâmbia.

Na estrada principal junto ao rio, e mais para o interior, existe uma série de lodges e hospedarias para viajantes à procura de alojamento e que pretendam desfrutar do

ÁRVORE BaOBÁPor trás da esquadra de polícia de Kasane er-gue-se uma imensa árvore baobá, cuja conca-vidade é suficientemente grande para permi-tir a entrada de seres humanos e que foi utili-zada em tempos como prisão pelos adminis-tradores coloniais.

PaRQuE daS SERPENTESO Parque das Serpentes de Kazungula con-tém cerca de 50 serpentes (17 espécies) numa agradável zona ajardinada. Existe des-de a inofensiva cobra doméstica castanha à mortal boomslang e à mamba negra. CA-RAKAL, a ONG responsável pela administra-ção do parque, é um projecto baseado na comunidade que organiza programas peda-gógicos para as crianças Batswana, além de um programa de formação que visa envol-ver os Batswana na indústria do turismo.

parque. Alguns estão fabulosamente loca-lizados, com vistas maravilhosas para o rio e respectiva vida selvagem.

Muitas vezes, os visitantes optam por realizar um passeio de carro matinal e um cruzeiro à tarde, com um passeio de car-ro à tarde no dia seguinte, já que esta é a altura do dia em que normalmente se po-dem observar elefantes. Muitos visitantes realizam também um passeio de um dia às Cataratas Vitória, que se situam a cerca de 80 km de Kasane.

Kasane possui actualmente pequenas zonas comerciais onde podem ser adqui-ridos todos os produtos básicos, além de lojas de artesanato. Embora a sua princi-pal atracção seja o parque, localizado a uns meros 10 km de distância, existem também atracções na vila e nos arredores.

�asaneG u i a S d e v i aG e M Pa r a …

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KaZuNGuLa FERRy

Os rios Chobe e Zambeze encontram-se em Kazungula, a 10 km de Kasane, onde um ferry faz a ligação entre o Botswana e a Zâmbia.

RESERVa FLORESTaL dE KaZuMaA Reserva Florestal de Kazuma ostenta o corredor de elefantes mais movimentado do mundo, o qual se junta a dois dos maio-res parques do mundo: O Parque Nacio-nal de Chobe no Botswana e o Parque Nacional de Hwange, no Zimbabué. Ide-al para campismo e safaris a pé.

RESERVa FLORESTaL dE MaIKaELELOAs bacias desta reserva oferecem aloja-mento e acampamentos.

RESERVa FLORESTaL dE KaSaNEO Vale de Lesoma oferece acampamen-tos, safaris a pé e passeios de carro noc-turnos para observar a vida selvagem, or-ganizados por empresas locais.

PontoS de referÊncia do diStrito de chobe

LaGO LIaMBEZIOs habitantes do Enclave Chobe terão sempre boas recordações deste lago seco. Aqui facilmente obtinham o seu sustento. A esperança de se voltar a encher nunca morrerá, e esse dia será celebrado de for-ma estrondosa.

MONuMENTO MEMORIaL a LESOMaEm 1977, a guerra civil brutal na então Ro-désia alargou-se ao Botswana. Em conse-quência, morreram 15 soldados das For-ças de Defesa do Botswana; no entanto, o incidente serviu apenas para fortalecer a vontade nacional do Botswana de per-manecer uma nação pacífica.

NaSCENTES QuENTES dE KaSaNECrê-se que as águas quentes e salgadas desta nascente natural possuem poderes medicinais. Existe também um corredor de vida selvagem entre as aldeias de Ka-zungula e Kasane.

ÁGuaS RÁPIdaS E PaRQuE RECREaTIVO dE SEBOBaEstas águas rápidas ocorrem quando as águas do poderoso rio Chobe batem numa base rochosa ondulante que blo-queia a passagem da água. As águas rápi-das que daí resultam e o belíssimo cená-rio natural dão lugar às árvores de onde deriva o nome de Kasane.

RESERVa FLORESTaL dE S IBuyuPara os antigos caçadores e recolectores San, esta era uma terra de abundância, cheia de animais de caça, com água abun-dante e frutos e vegetais silvestres. Hoje em dia, os únicos vestígios da existência humana e de actividade pré-histórica en-contram-se nas ruínas em Nunga. Uma zona ideal para fazer campismo e safaris a pé, especialmente à volta das bacias.

ac t i v i d a d e S

Excursões de barco

Cruzeiros ao pôr-do-sol

Pesca

Passeios de carro pelas rotas da caça

Excursões de um dia às Cataratas Vitória

Nascentes de Seboba

Visita ao kgotla

Monumento Memorial a Lesoma

Excursões culturais às aldeias de Impalila e Kasika

Actividades culturais através do Mowana Lodge

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Informações do Botswana

localiZaÇÃo: O Botswana é um país interior situado na África Austral. Faz fronteira com a África do Sul, a Namíbia, a Zâmbia e o Zimbabué. Aproximadamente dois terços do país en-contram-se na parte tropical.

taManho do PaíS: O Botswana cobre uma área de 581 730 qui-lómetros quadrados – aproximadamente o tamanho da França ou do Quénia.

toPoGrafia: O país é maioritariamente plano, com al-gumas colinas nas regiões orientais. O de-serto de Kalahari abrange 84 por cento da superfície total. À excepção das regiões a norte, a maior parte da área do Botswana não possui água de superfície constante.

caPital: Gaborone

centroS urbanoS: Francistown, Lobatse, Selebi-Phikwe

centroS de turiSMo: Maun, Kasane

dia da indePendÊncia: 30 de Setembro de 1966

reGiMe: Democracia multipartidária

chefe de eStado: Sua Excelência, o Tenente General Seretse Khama Ian Khama

PoPulaÇÃo: 1,85 milhões, com uma taxa de crescimen-to anual média de 2,4 % (estatísticas de 2006)

idioMa nacional: Setsuana

línGua oficial: Inglês

Moeda: Pula

PrinciPaiS eXPortaÇÕeS: Diamantes, cuproníquel, carne bovina, car-bonato de sódio, turismo

PrinciPaiS colheitaS: Milho, sorgo, milhete

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�nformações para os visitantesParques Nacionais – Botswana Ocidental 32Parques Nacionais – Norte do Botswana 31Parques Nacionais – Sul do Botswana 32Parques Nacionais e Reservas 31Pesca 32Plantas (importação) 28Postos aduaneiros 27Postos fronteiriços oficiais 26Problemas relacionados com o sol e o calor 30Reserva de Caça de Gaborone 32Reserva de Caça de Khutse 31Reserva de Caça de Makgadikgadi Pans 31Reserva de Caça de Mannyelanong 32Reserva de Caça de Moremi 31Reserva de Caça do Kalahari Central 31Saúde 29Segurança 30Seguro de viagem 30Vacinas 27Veículos a motor (importação) 28

Água potável 30Alimentação eléctrica 29Alojamento 30Animais domésticos (importação) 27Aquisição de diamantes 29Armas de fogo e munições 29Bancos e horários dos bancos 29Barcos (importação) 27Bens de consumo (importação) 28Bens limitados (importação) 28Campismo autónomo 32Carne /lacticínios (importação) 28Cartas de condução 27Cartões de crédito 29Como ir 26Compras 30Comunicações 29Concessões de isenção de direitos aduaneiros 27Criminalidade 30Deslocação nas cidades 26

Dinheiro 29Escala 34Formalidades de entrada no país 26Fuso horário 29HIV/SIDA 30Horários de atendimento 29Importação de bens 28Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) 30Lenha 32Limitações de bagagem 27Malária 30Moeda 29Números de emergência 31O que trazer 28O que vestir 28Parque Nacional de Chobe 31Parque Nacional de Nxai Pan 31Parque Pedagógico de Maun 31Parque Transfronteiriço de Kgalagadi 32Parques Nacionais – Botswana Central 31

Informações do Botswana

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Travel coMPanion

la do veículo, que os condutores devem ter sempre consigo.

A maioria das principais vias rodoviárias no Botswana são alcatroadas e as condições de condução são geralmente boas. As estradas principais para as áreas rurais normalmente estão niveladas. É necessário um veículo to-do-o-terreno para a deslocação em parques nacionais e reservas, bem como em áreas re-motas.

Os serviços de aluguer de automóveis e ve-ículos de todo-o-terreno estão disponíveis nos principais centros de turismo, aeropor-tos e hotéis.

dE auTOCaRROExistem serviços de autocarros regulares trans-fronteiriços entre o Botswana e a África do Sul, o Zimbabué, a Namíbia e a Zâmbia, bem como serviços domésticos de autocarros que fazem a ligação entre cidades, vilas e aldeias, por todo o país.

dE COMBOIONão existem serviços ferroviários de passa-geiros no Botswana. Os serviços de merca-dorias funcionam diariamente. Para mais informações, consulte:O web site dos caminhos-de-ferro do Botswana: www.botswanarailways.co.bw

dESLOCaÇÃO NaS CIdadESPor norma, os táxis são uma forma cómoda de deslocação a um preço razoável dentro das ci-dades. Estes identificam-se facilmente nas es-tações indicadas ou podem ser contactados por telefone. Também estão disponíveis tá-xis para Gaborone, a partir do aeroporto in-ternacional de Sir Seretse Khama.

VISTOSOs cidadãos da maioria dos países europeus e da Commonwealth não necessitam de vis-to para entrar no Botswana.

forMalidadeS de entrada no PaíS

dE aVIÃOA Air Botswana, a única companhia aérea na-cional do Botswana, oferece voos internacio-nais entre Gaborone e Joanesburgo, Gabo-rone e Harare, Maun e Joanesburgo, Kasane e Joanesburgo e Francistown e Joanesburgo. Existem voos domésticos entre Gaborone e Francistown, Maun e Kasane e, recentemen-te, a companhia aérea reabriu a ligação entre Maun e Kasane (três vezes por semana). •  A Air Botswana tem três voos diários entre Gaborone e Joanesburgo. •  A South African Airways tem dois voos diá-rios entre Joanesburgo e Gaborone duran-te a semana. •  A South African Express tem cinco voos di-ários entre Joanesburgo e Gaborone duran-te a semana. •  A Air Botswana tem voos directos diários de Joanesburgo para Maun. •  A Air Namibia tem voos de Windhoek para Maun todos os dias da semana, excepto às terças e quintas. •  A Kenya Airways tem voos de Nairobi para Gabarone. •  Também estão disponíveis serviços de voos fretados.

coMo ir A maioria das grandes companhias aéreas in-ternacionais da Europa, dos Estados Unidos da América, da Ásia e da Austrália têm voos para Joanesburgo, África do Sul, junto das quais pode reservar voos com escala para o aeroporto internacional de Sir Seretse Kha-ma em Gaborone, ou para Maun, Francistown ou Kasane.Para mais informações sobre os voos, contacte: Air Botswana Central ReservationsTel.: +267 395-1921Web: www.airbotswana.bw South African ExpressTel.: +267 397-2397Web: www.flysax.com South African AirwaysTel.: +267 390-2210/12Web: wwwsaa.com Air NamibiaTel. (África do Sul): +27 11-978-5055Tel. (Namíbia): +26 461-299-6444Web: www.airnamibia.com.na

dE CaRROO acesso rodoviário para o Botswana faz-se por estrada alcatroada a partir da África do Sul, do Zimbabué, da Zâmbia e da Namíbia. A circulação de veículos efectua-se pela via es-querda da estrada. Para conduzir no Botswa-na é necessária uma carta de condução in-ternacional válida e o certificado de matrícu-

BOTSWaNa/NaMÍB IaMamuno 07:00–00:00Ngoma 07:00–18:00Mohembo 06:00–18:00

BOTSWaNa/ÁFRICa dO SuLPont Drift (Tuli) 08:00–16:00Martin’s Drift 06:00–22:00Tlokweng Gate 06:00–00:00Ramotswa (Bridge) 07:00–19:00

PoStoS fronteiriÇoS oficiaiS

Ramatlabama 06:00–22:00Pioneer Gate 06:00–00:00McCarthy Rest 08:00–16:00

BOTSWaNa/ZIMBaBWEKazungula 06:00–18:00Pandamatenga 08:00–17:00Ramokgwebana 06:00–22:00

BOTSWaNa/ZÂMBIaKazungula (Ferry) 06:00–18:00

GuiaS de viaGeM

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Os visitantes devem verificar esta informa-ção junto das embaixadas ou consulados do Botswana ou junto dos seus agentes de via-gem, antes da partida.

É imprescindível que os visitantes tenham con- sigo um passaporte válido e recursos monetários suficientes para a sua estadia.

Nota: para os países com os quais o Botswana não tem representação diplomática, a informa-ção e o processamento dos vistos são disponi-bilizados pelas Embaixadas Britânicas e pelos Altos Comissariados.

conceSSÕeS de iSenÇÃo de direitoS aduaneiroS

LIMITaÇÕES dE BaGaGEMAconselha-se o cumprimento das limitações de bagagem tanto dos voos regulares inter-nacionais, como dos domésticos ou fretados: 20 kgs (44 lbs) em voos domésticos, 12 kgs (26 lbs) em aviões ultraleves (incluindo os voos fretados para o delta de Okavango) e 20 kgs (44 lbs) em voos internacionais.

VaCINaSSe vai viajar para o Botswana a partir de áre-as infectadas com febre amarela, tem de ter um certificado de vacinação válido contra a febre amarela. Caso contrário, não se exigem outras imunizações. Porém, seria prudente ter uma vacina actualizada contra o tétano, a poliomielite, a difteria e uma vacina contra a Hepatite A.

POSTOS aduaNEIROSTodos os bens adquiridos fora do Botswana têm de ser declarados aquando da entrada no país.

BaRCOSNão é permitido importar barcos, mokoros ou aparelhos aquáticos para o Botswana, ex-cepto quando o proprietário é titular de uma licença de importação emitida pelo Departa-mento dos Assuntos Hídricos (Department of Water Affairs). Para mais informações, contacte: Departamento de Assuntos Hídricos (Department of Water Affairs), P/Bag 0029, Gaborone, Tel.: +267 360-7100

aNIMaIS dOMÉSTICOSA importação de animais é estritamente regu-lamentada por razões de saúde pública e tam-bém pelo bem-estar dos animais. Os animais domésticos e de criação podem ser importa-dos de acordo com as restrições de saúde ani-mal. Para mais informações, contacte: Director de Saúde e Produção Animal (Director of Animal Health & Production), P/Bag 0032, Gaborone, Tel.: +267 395-0500

Nota: um certificado de identidade, uma vacina-ção contra a raiva e uma licença de circulação emitidos no Lesoto, no Malawi, na África do Sul, na Suazilândia, na Namíbia ou no Zimbabué serão aceites aquando da importação para o Botswana.

CaRTaS dE CONduÇÃOÉ necessário que os condutores tenham sem-pre a carta de condução consigo. No Botswa-na aceitam-se as cartas de condução dos paí-ses vizinhos. Se não estiverem escritas em in-glês, é necessária uma tradução escrita e cer-tificada. No Botswana aceitam-se as cartas de condução internacionais.

PoStoS aduaneiroS

Os direitos aduaneiros não são cobra-dos nos seguintes bens importados na bagagem de mão ou de porão do pas-sageiro:

Vinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 litros

Espirituosas * . . . . . . . . . . . . 1 litro

Cigarros . . . . . . . . . . . . . . . . 200

Charutos . . . . . . . . . . . . . . . 20

Tabaco * * . . . . . . . . . . . . . . . 250 g

Perfume . . . . . . . . . . . . . . . . 50 ml

Água-de-Colónia . . . . . . . . . 250 ml

* Incluindo todas as outras bebidas alcoólicas

* * Incluindo o tabaco de cigarros e de cachimbo

Nota: os direitos aduaneiros serão pa-gos às taxas aplicáveis, se os viajantes importarem bens que excedam as con-cessões acima. Os viajantes que impor-tem bens para fins comerciais não es-tão qualificados nas concessões supra-mencionadas.

ESCRITÓRIOS CENTRaISPrivate Bag 0041, GaboroneTel.: +267 363-8000 / 363-9999Fax: +267 392-2781

dELEGaÇÕES REGIONaISREGIÃO dO SuLP.O. Box 263, LobatseTel.: +267 533-0566 Fax: +267 533-2477

REGIÃO CENTRO-SuLPrivate Bag 00102, GaboroneTel.: +267 363-8000 / 363-9999Fax: +267 392-2781

REGIÃO CENTRaLP.O. Box 129, Selebi PhikweTel.: +267 261-3699 / 261-0627Fax: +267 261-5367

REGIÃO dO NORTEP.O. Box 457, FrancistownTel.: +267 241-3635Fax: +267 241-3114

REGIÃO dO NOROESTEP.O. Box 219, MaunTel.: +267 686-1312Fax: +267 686-0194

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Travel coMPanion

IMPORTaÇÃO dE VEÍCuLOS a MOTORAos não residentes em visita ao Botswana e que venham de um país fora da área da União Aduaneira da África Austral (SACU) por um pe-ríodo de tempo limitado, por norma, é exigida a emissão de um livrete ou declaração de en-trada (qualquer sujeição a direitos aduaneiros em questão tem de ser assegurada por obri-gação ou depósito em dinheiro) relativamen-te aos seus veículos a motor. Para mais infor-mações, contacte o Departamento Aduanei-ro (Department of Customs). Nota: a área da União Aduaneira da África Aus-tral (SACU) abrange o Botswana, o Lesoto, a África do Sul, a Suazilândia e a Namíbia.

Binóculos, lanterna, repelente de insectos, bál-samo para lábios, protector solar, óculos de sol. Quanto a cosméticos, medicamentos e cigar-ros, todos eles estão disponíveis nas principais cidades, mas se necessitar de marcas especí-ficas, o melhor será trazer o suficiente para a sua estadia.

Porém, há que ter o cuidado de cumprir os regulamentos de segurança da aviação inter-nacional quanto aos objectos na bagagem de mão. Para mais detalhes, contacte a sua com-panhia aérea.

 •  No Verão, é preferível usar tecidos leves de algodão e de cores claras. •  Aconselha-se vestuário de cores neutras que se confunda com os arbustos e com a floresta para os safaris e observação de caça. •  Evite os materiais sintéticos e o vestuário pre-to, pois estes aumentam a transpiração e o desconforto. •  Traga um casaco e/ou uma camisola leve para o caso de alterações de temperatura ou chu-va inesperadas. •  No Inverno, vista calças, camisolas de manga comprida/camisas e camisolas quentes. •  De Maio a Agosto, as temperaturas à noite po-

o Que traZer

o Que veStir

iMPortaÇÃo de benS

dem descer abaixo dos zero graus centígra-dos, portanto são imprescindíveis camisolas e casacos quentes, especialmente para pas-seios de carro de manhã e ao fim do dia. •  O calçado fechado e confortável ou ténis são imperativos em todas as estações. •  Deve dar-se uma atenção especial à protec-ção solar. Traga um chapéu, protector so-lar de boa qualidade, loção solar e óculos de sol polarizados. •  É preferível um chapéu de abas largas a um boné.

CaRNE / LaCTICÍNIOSOs regulamentos sobre a importação de produtos de carne são frequentemente alterados, porque se baseiam em surtos em países diferentes. À chegada, per-gunte sempre às autoridades aduaneiras quais os regulamentos específicos.

BENS L IMITadOSEstes são bens que só podem ser impor-tados com uma licença ou autorização. •  Estupefacientes, drogas que criam de-pendência e quaisquer outras substân-cias relacionadas; •  Armas de fogo, munições e explosivos; •  Material indecente e obsceno, como li-vros, revistas, filmes, vídeos, DVDs e sof-tware pornográficos.

PLaNTaSAs plantas podem ser importadas de acordo com as restrições de saúde e também podem ser necessárias auto-rizações de circulação da África do Sul, relativamente a plantas transportadas na África do Sul.

BENS dE CONSuMOOs seguintes bens de consumo podem ser importados para uso pessoal sem autorização de importação, desde que não excedam as quantidades máximas permitidas.

Legenda: PP – por pessoa. PF – por família

Tipo de produto Quantidade máxima

CaRNECarne vermelha, cabrito/borrego 25 kg PPCarnes brancas 5 kg PPCarnes brancas enlatadas 20 kg PP

LaCTICÍNIOSOvos 36 ovos PPLeite fresco 2 litros PP

OuTROSMilho/produtos de milho 25 kg PPTrigo 25 kg PPLeguminosas(feijões, ervilhas, lentilhas) 25 kg PPSorgo/produtos de sorgo 25 kg PP

Couves, cebolas 1 saco PPBatatas, laranjas,Tomate, chimolia,colza, espinafres

Pães 6 por semana

Para mais informações, contacte:Ministério da Agricultura, esclarecimen-tos (Ministry of Agriculture, Enquiries)P/Bag 003, GaboroneTel.: +267 395-0500

GuiaS de viaGeM

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A maior parte do Botswana está ligada em rede por centrais telefónicas automáticas, com telefones públicos até nos locais mais remotos. O indicativo de acesso internacional no Botswa- na é 00. Para fazer uma chamada internacional para o Botswana, digite +267.

A cobertura da rede móvel é fornecida por três operadoras móveis no Botswana: Mas-com, Orange e be Mobile. Os cartões SIM para telemóvel estão disponíveis na maioria dos supermercados e estações de serviço. As principais cidades do Botswana têm cober-tura de rede, bem como algumas partes das auto-estradas nacionais.

As redes móveis do Botswana oferecem vários serviços aos seus assinantes, incluindo acesso à Internet, fax e roaming internacional. É sempre importante obter aconselhamento sobre os serviços da rede, bem como esco-lher uma que se adeqúe a si.

No Botswana é proibido utilizar o telemó-vel durante a condução, estando sujeito a uma coima de P 300. Recomenda-se a utilização de auriculares ou de dispositivos de mãos-livres.

Para mais informações sobre as operadoras de rede no Botswana, consulte os seguintes serviços:MASCOM, www.mascom.co.bwORANGE, www.orange-botswana.co.bwBTC, www.btc.co.bwbe Mobile, www.be-mobile.co.bw

MOEdaA moeda do Botswana é a Pula (que signifi-ca ‹chuva› em setsuana). Está dividida em 100 thebe (que significa ‹escudo› em setsuana).

Os cheques de viagem e as moedas estran-geiras podem ser trocados em bancos, agên-cias de câmbio e hotéis autorizados.

coMunicaÇÕeS

dinheiro

O Dólar Americano, o Euro, a Libra Britânica e o Rand Sul-Africano são as moedas de con-versão mais fácil.

As caixas automáticas aceitam cartões Visa estrangeiros, mas estas encontram-se maio-ritariamente nas cidades e vilas de maior di-mensão. Geralmente, os locais culturais e as lojas de arte e artesanato regionais apenas aceitam dinheiro (numerário).

BaNCOSNo Botswana operam sete bancos comerciais principais, bem como uma variedade de agên-cias de câmbio estrangeiras.

HORÁRIOS dOS BaNCOS:De segunda a sexta-feira, das 08:30 às 15:30Sábados, das 08:30 às 10:45.

CaRTÕES dE CRÉdITOOs principais cartões de crédito, como o Mas-terCard e o Visa, são aceites em todo o país, na maioria dos hotéis, restaurantes, lojas a re-talho e empresas de safari. Porém, é possível que as lojas em áreas remotas e as estações de serviço aceitem apenas numerário.

Gabinetes /Departamentos Governamentais: Das 07:30 às 12:45 e das 13:45 às 16:30Negócios:Das 08:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00Lojas: Das 09:00 às 18:00, de segunda à sexta-feira,Das 09:00 às 15:00, sábadoDas 09:00 às 13:00, domingo

GMT mais 2 horas

A electricidade é fornecida a 220/240v. Uti-lizam-se tanto as tomadas de parede quadra-das como as redondas.

horárioS de atendiMento

fuSo horário

aliMentaÇÃo eléctrica

A emissão de licenças de uso e porte de arma de fogo é extremamente controlada no Botswa-na, e todas as armas de fogo importadas ao abrigo das autoridades de uma licença de im-portação têm de ser registadas imediatamen-te após a chegada ao Botswana. É estritamen-te proibida a importação de armas de fogo que não tenham o número de série do fabricante, ou outro número pelo qual possam ser identi-ficadas, carimbado ou gravado numa peça de metal da arma.

Deve-se também assinalar que as licenças das forças de segurança para uso e porte de armas de fogo são emitidas com base numa quota limitada, podendo haver uma demora considerável na obtenção de uma autorização, especialmente na primeira importação. Acon-selha-se aos possíveis importadores que apre-sentem os pedidos com bastante antecedên-cia em relação ao envio, para que se evitem in-convenientes e despesas desnecessárias.As licenças das forças de segurança para uso e porte de armas de fogo são emitidas por: Registo Central de Armas (Central Arms, The Registry) P O Box 334, Gaborone.Tel.: +267 391-4202, +267 391-4106

Os visitantes do Botswana têm a oportunida-de de adquirir jóias de diamantes aos comer-ciantes autorizados. Existe um sistema rigoro-so de certificação para informar o comprador sobre a origem do diamante e que o valor e a qualidade reais foram verificados.

O Botswana é um dos países mais saudáveis da África Subsariana, com boas instalações de cuidados de saúde primários disponíveis por todo o país. Porém, aconselham-se as seguin-tes precauções de saúde.

arMaS de foGo e MuniÇÕeS

aQuiSiÇÃo de diaManteS

SaÚde

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Travel coMPanion

SEGuRO dE V IaGEMÉ essencial que os visitantes das áreas remo-tas do Botswana tenham uma apólice de se-guro de saúde abrangente, para cobrir o tra-tamento de doenças/acidentes graves e, se necessário, a evacuação médica. Também se aconselha o seguro de bens pessoais.

Verifique se a sua apólice de seguro é acei-te pelos prestadores de serviços no Botswa-na. Certifique-se de que é tratado por pesso-al médico autorizado, de modo a que possa apresentar os documentos e recibos adequa-dos à sua companhia de seguros.

Existem serviços médicos disponíveis a preços razoáveis em clínicas e hospitais esta-tais por todo o país. Existem à sua disposição médicos privados nas principais cidades e vi-las, como Gaborone, Francistown e Maun.

O Gaborone Private Hospital é o maior hospital privado do Botswana. O hospital exi-ge cobertura médica pelo seguro ou paga-mento adiantado em dinheiro, caso não exis-ta cobertura médica pelo seguro.

ÁGua POTÁVELA água canalizada é boa para beber em todo o país. A água mineral engarrafada está dis-ponível na maioria das lojas, supermercados, acampamentos e lodges.

Aconselha-se aos turistas que viajem de carro que tenham sempre água suficiente consigo.

HIV/S IdaAconselha-se aos visitantes que tomem as precauções necessárias contra o HIV/SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis.

MaLÁRIaA malária, incluindo a malária cerebral, é co-mum no norte do Botswana, nas regiões de Okavango e Chobe, especialmente durante ou imediatamente a seguir à estação das chu-vas, de Novembro a Abril.

Como as estirpes da malária e os medica-mentos utilizados para as combater mudam frequentemente e como determinadas estir-

pes podem tornar-se resistentes aos medica-mentos, o melhor será obter aconselhamento médico antes da sua partida e tomar toda a medicação prescrita. As grávidas ou crianças muito pequenas não devem viajar para regi-ões infectadas com malária.

Outras precauções são: usar mangas com-pridas, meias, sapatos fechados e, em geral, manter o corpo coberto, dormir com um mos-quiteiro e usar espirais e repelentes anti-mos-quitos.

PROBLEMaS RELaCIONadOS COM O SOL E O CaLORTome sempre precauções preventivas, como usar um chapéu de abas largas e óculos de sol, aplicar protector solar abundante três em três ou de quatro em quatro horas, ingerir regular-mente bebidas de reidratação, beber bastante água e sumos de fruta (no mínimo, três litros de líquidos por dia), evitar a exposição pro-longada ao sol e evitar quantidades excessivas de álcool, que causa desidratação.

Todas as principais cidades no Botswana, in-cluindo Maun e Kasane, têm centros comer-ciais e supermercados e é fácil comprar to-dos os produtos essenciais. Existem muitas cadeias de lojas regionais no Botswana.

Além disso, existem lojas de conveniência abertas 24 horas na maioria das estações de serviço.

Existe uma gama cada vez maior de artigos de arte e artesanato local à venda em Gabo-rone, Maun e Kasane e noutras áreas turísti-cas; por exemplo, os artigos mundialmente fa-mosos do Botswana como cestos, esculturas em madeira, bijutaria e jóias, cerâmica, tape-çarias, tecidos e vestuário, artigos em vidro e artefactos San.

IMPOSTO SOBRE O VaLOR aCRESCENTadO (IVa)Para pedir o reembolso de 10 % de IVA do valor total dos bens adquiridos, o montante gasto

coMPraS

deve ser superior a P 5 000. Nesses casos, é necessário o seguinte: uma factura com o IVA pago, o seu número de passaporte e os dados da sua conta bancária.

É aconselhável ficar com uma cópia do formulário do IVA como registo de qualquer acompanhamento da transacção.

Normalmente, os pedidos de reembolso de IVA podem ser efectuados nos principais postos fronteiriços e aeroportos.

O campista autónomo em estrada aberta no Botswana deve conduzir sempre a uma veloci-dade razoável e evitar ultrapassagens, excepto quando for estritamente necessário.

CRIMINaLIdadEO Botswana é um país relativamente seguro para visitar ou viver. Tome as precauções nor-mais que tomaria em qualquer outro lugar: •  tranque sempre as portas do carro; •  tranque sempre os quartos de hotel; •  não deixe valores nos automóveis ou quar-tos de hotel; •  tenha atenção às carteiras e malas de senho-ra nos centros comerciais ou noutros locais movimentados e depois de sair de bancos ou das caixas multibanco; •  evite andar sozinho à noite.

Todas as cidades e aldeias principais do país têm hotéis, lodges, motéis e hospedarias que abrangem uma variedade de orçamentos e al-gumas têm instalações para campismo. Den-tro e à volta dos parques e reservas existe uma variedade de lodges, bem como acampamen-tos em concessões privadas.

As instalações de campismo estão ampla-mente disponíveis pelo país, tanto em lodges privados como em hotéis, e dentro dos par-ques e reservas estatais.

SeGuranÇa

aloJaMento

GuiaS de viaGeM

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Para mais informações sobre as instalações de alojamento classificadas, visite www.botswanatourism.co.bw.

O vasto sistema de parques nacionais e re-servas de caça do Botswana abrange aproxi-madamente 17 % da superfície do país. Mais 18 % da superfície nacional está estabelecida como áreas de gestão da vida selvagem, que funcionam como faixa de isolamento em re-dor dos parques e reservas.

Os parques não têm cercas, permitindo uma livre movimentação da vida selvagem. Estes situam-se numa variedade de habitats e, na sua maioria, têm uma boa gestão.

Estão disponíveis instalações de campismo em todos os parques e reservas nacionais. Ge-ralmente, os acampamentos dispõem de tor-neiras e instalações sanitárias, com casas de banho e chuveiros.

Todo o tipo de campismo nos parques e nas reservas naturais faz-se nos parques de campismo designados para o efeito, por isso, os campistas não podem acampar noutros lo-cais dos parques.

As reservas para acampar nos parques e nas reservas nacionais devem ser efectuadas antes da partida.

Para reservas nos parques de campismo, contacte: Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais (Department of Wildlife & National Parks)Posto de Gaborone: P.O. Box 131, GaboroneTel.: +267 318-0774, Fax: +267 391-2354 Posto de Maun: P.O. Box 11, MaunTel.: +267 686-1265, Fax: +267 686-1264 Para contactar os postos, pode enviar um e-mail para [email protected]: se não puder cumprir as suas reservas, faça o cancelamento com antecedência para dar oportunidade a outros interessados.

ParQueS nacionaiS e reServaS

norte do botSWana

PaRQuE NaCIONaL dE CHOBEUm parque cheio de vida selvagem, que pro-porciona uma experiência de safari inesque-cível.Dimensão: 11 700 km²Quando visitar: durante todo o anoPrecipitação: 600 mm por anoAltitude: entre 930 m e 1 000 m acima do nível médio do mar

RESERVa dE CaÇa dE MOREMIDescrita como uma das mais belas reservas de vida selvagem em África.Dimensão: 5 000 km²Quando visitar: durante todo o anoClima: temperaturas entre aprox. 14ºC ( Julho) e 24ºC ( Janeiro)Precipitação: 525 mm por ano, variávelAltitude: entre 930 m e 1000 m acima do nível médio do mar

PaRQuE NaCIONaL da BaCIa dE NXaITendo feito parte de um lago pré-histórico que cobria o Botswana Central, este parque transformou-se numa bacia de fósseis com prados que atraem bastante caça.Dimensão: 2 578 km²Quando visitar: durante todo o anoClima: quente, condições diurnas extremas

PaRQuE NaCIONaL da BaCIa dE MaKGadIKGadIParte de uma das maiores salinas e de um dos maiores lagos pré-históricos do mundo.Dimensão: 12 000 km²Quando visitar: durante todo o anoClima: quente, condições diurnas extremasPrecipitação: 500 mm por anoAltitude: entre 930 m e 1 000 m acima do nível médio do mar

PaRQuE PEdaGÓGICO dE MauNSituado nas margens orientais do rio Thama-lakane, o parque é um centro pedagógico para crianças em idade escolar; tem uma variedade

de espécies selvagens que pode ser observa-da a partir de abrigos camuflados para caça.Quando visitar: durante todo o ano

botSWana central

RESERVa dE CaÇa dO KaLaHaRI CENTRaL A segunda maior reserva do mundo, com vas-tas planícies abertas, mato cerrado, salinas, antigos leitos de rio e dunas de areia.Dimensão: 52 800 km²Quando visitar: durante todo o anoClima: quente, tempo secoPrecipitação: 150 mm por anoAltitude: entre 600 m e 1 600 m acima do nível médio do mar

RESERVa dE CaÇa dE KHuTSECaracterizado pelas planícies onduladas e pela savana arbustiva do Kalahari seco, com uma extensa rede de bacias minerais na reser-va que atrai animais.Dimensão: 2 500 km²Quando visitar: durante todo o ano

Ambulância 997 (gratuito)

Polícia 999 (gratuito)

Bombeiros 998 (gratuito)

Busca e salvamento médico 911 (gratuito)

Busca e salvamento médico aéreo 390-1601

Mascom 122

Orange 112

be mobile 1333

nÚMeroS de eMerGÊncia

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Travel coMPanion

botSWana ocidental

PaRQuE TRaNSFRONTEIR IÇO dE KGaLaGadIFamoso pelas suas grandes manadas de antílo-pes, este é o primeiro parque da paz de África, onde os animais se movimentam livremente através das fronteiras nacionais do Botswana e da África do Sul.Dimensão: 36 000 km²Quando visitar: durante todo o anoClima: quente, tempo secoPrecipitação: 200 mm por ano, variávelAltitude: entre 900 m e 1 100 m acima do nível médio do mar

Sul do botSWana

RESERVa dE CaÇa dE GaBORONEAbrigada na cidade e sendo um local popular para os seus residentes, o parque oferece ob-servação de caça e de aves, locais para fazer piqueniques e um centro de ensino.Dimensão: 500 hectaresQuando visitar: durante todo o anoPrecipitação: 510 mm por anoAltitude: 970 m acima do nível do mar

RESERVa dE CaÇa dE MaNNyELaNONGO nome do parque provém do abutre-do-ca-bo, uma ave ameaçada que está protegida. A área está vedada e as aves só podem ser ob-servadas à distância.Quando visitar: durante todo o ano

Embarcar numa viagem de campismo no Botswana requer bastante planeamento e pre-paração. Irá para áreas remotas, apenas acessí-veis com veículos todo-o-terreno, onde a água, a gasolina ou a comida poderão não estar dis-poníveis. Irá guiar com frequência em terrenos acidentados e através de grandes quantidades de areia, em condições muito diferentes da-quelas a que está habituado.

caMPiSMo autÓnoMo

Regra geral, leve todos os produtos alimenta-res necessários que durem até ao final da sua estadia. Leve, no mínimo, 20 litros de água por pessoa, de preferência mais do que isso. Para destinos desérticos leve entre 50 a 100 litros. Leve, no mínimo, 100 litros de gasolina em de-pósitos para longas distâncias ou em bidões. Leve peças sobresselentes do veículo para o caso de avarias.

Uma vez que os acampamentos dentro das reservas de caça e dos parques nacionais nor-malmente não estão vedados, é importante que os campistas tomem as medidas de pre-caução necessárias para assegurar a sua segu-rança e respeitar as informações fornecidas pelos responsáveis pela vida selvagem.

Devem ser rigorosamente respeitadas as se-guintes regras de campismo básicas: •  Acampe apenas nas zonas de acampamen-to indicadas. •  Durma sempre na sua tenda, tenda de teja-dilho ou veículo. Certifique-se de que a sua tenda fecha bem. •  Não durma com as pernas ou os braços fora da tenda. •  Utilize os recipientes para lixo nos acampa-mentos; se não existirem, leve consigo todo o lixo até chegar à próxima vila. •  As pontas de cigarro devem ser bem apaga-das e colocadas num saco do lixo, não as dei-te para o chão. •  Certifique-se de que a fogueira é bem apaga-da no final da noite, ou após a sua utilização, e cubra-a com areia. •  Não durma nas pontes ou nos trilhos dos animais, especialmente de elefantes e de hi-popótamos. •  Enterre toda a matéria fecal e queime o pa-pel higiénico. •  Não tome banho nem beba água em massas de água paradas. Existe o perigo de contrair bilharziose. •  No Okavango, não nade nas lagoas ou rios. Existe o perigo de haver crocodilos e/ou hi-popótamos.

 •  As crianças têm de ser constantemente super-visionadas. Nunca as deixe sozinhas no acam-pamento. Nunca deixe que as crianças dur-mam a sesta no chão ou ao ar livre. •  Não se afaste do acampamento nem passeie sozinho no mato, mas apenas quando acom-panhado de um guia qualificado.

A regra geral para acampar no Botswana é: leve apenas recordações, deixe apenas pega-das.

PESCaNa área do Panhandle do Okavango, existe uma série de acampamentos e lodges espe-cializados em excursões de pesca. Também se pode pescar no rio Chobe, fora do par-que. Só é permitido pescar nas áreas indica-das dos parques nacionais e apenas com uma licença oficial.Para pedidos de informações sobre a licença de pesca, contacte: Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais (Department of Wildlife & Natio-nal Parks)Posto de Gaborone: P.O. Box 131, Gaborone Tel.: +267 397-1405 Fax: +267 391-2354 / 393-2205 Posto de Maun: P.O. Box 11, MaunTel.: +267 686-0368 Fax: +267 686-0053 Posto de Kasane: P.O. Box 17, KasaneTel.: +267 625-0486 Fax: +267 625-1623

Nota: as licenças têm de ser requeridas pessoal-mente. São emitidas licenças mensais e anuais.

LENHaA lenha define-se como por madeira que este-ja morta e caída e que pode ser removida sem a utilização de ferramentas. Os campistas au-tónomos devem usar a lenha com moderação e apenas quando for necessária.

GuiaS de viaGeM

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contactoS do botSWana touriSM

deleGaÇÕeS locaiS

Sede Private Bag 00275 Plot 50676, Fairgrounds Office ParkGaborone, BotswanaTel.: +267 391-3111 Fax: +267 395-9220 [email protected]

Main MallCresta President Hotel, rés-do-chãoGaborone, BotswanaTel.: +267 395-9455 Fax: +267 318-1373

franciStoWnP.O. Box 301236Plot 316 Shop D5 & D6, C.B.D, Rés-do-chão do Diggers Inn Hotel, Francistown, BotswanaTel.: +267 244-0113Fax: +267 [email protected]

GhanZiP.O. Box 282Edifício do Departamento de Turismo,do lado oposto à estação de serviço da ShellGhanzi, BotswanaTel.: +267 659-6704Fax: +267 [email protected]

Selebi-PhiKWeP.O. Box 2885 Lot 2574, Block 2, Shop 3BCentro da cidade (baixa)Selebi-Phikwe, Botswana

deleGaÇÕeS e aGÊnciaS no eStranGeiro

aleManha a/c interface international Karl-Marx-Allee 91 A10243 BerlinTel.: +49 30-42 02 84 64Fax: +49 30-42 25 62 86 Contacto: Jörn Eike Siemens [email protected]@interface-net.dewww.botswanatourism.eu

reino unido a/c botSWana hiGh coMMiSSion 6 Stratford PlaceLondon, W1C 1AYTel.: +44 207 499-0031Fax: +44 207 495-8595 Contacto: Dawn Parr [email protected] www.botswanatourism.org.uk

eStadoS unidoS da aMérica a/c Partner concePtS llc127 Lubrano Drive, Suite 203Annapolis, MD 21401Tel.: +1 410 224-7688Fax: +1 410 224-1499Contacto: Leslee [email protected]

KaSaneP.O. Box 381Centro comercial Madiba, do lado oposto ao terminal de autocarros, ao lado da padariaKasane, BotswanaTel.: +267 625-0555Tel.: +267 625-2210/1 (delegação do aeroporto)Fax: +267 [email protected]

MaunP.O. Box 20068, BosejaPlot 246, Apollo HouseMaun, BotswanaTel.: +267 686-1056Tel.: +267 686-3093 (delegação do aeroporto)Fax: +267 [email protected]

PalaPYeP.O. Box 11040Plot 3726, along the A1 Road, Agrivert BuildingPalapye, BotswanaTel.: +267 492-2138Fax: +267 [email protected]

tSabonGP.O. Box 688Edifício do Departamento de TurismoTsabong, BotswanaTel.: +267 654-0822Fax: +267 654-0813/[email protected]

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Travel coMPanion

Drift

275 Francistown

418 436 Gaborone

1083 769 665 Gantsi

561 286 722 483 Gweta

580 597 162 503 986 Jwaneng

817 828 399 265 748 238 Kang

508 525 90 581 811 78 316 Kanye

766 492 927 786 402 1089 1051 1017 Kasane

766 552 117 541 1024 215 276 143 1044 Letlhakeng

490 507 72 631 793 128 366 50 999 188 Lobatse

247 235 201 858 521 362 593 268 726 317 272 Mahalapye

113 274 331 989 560 493 723 421 766 448 403 134 Martin’s Drift

764 490 887 279 204 782 544 860 507 820 959 687 726 Maun

469 486 51 607 772 149 342 77 978 66 122 251 382 938 Molepolole

462 188 623 581 98 785 846 713 304 740 695 423 462 302 674 Nata

475 229 528 636 1069 696 902 618 703 645 600 327 366 357 579 399 Orapa

223 163 272 930 449 434 664 362 655 389 344 72 111 615 323 351 256 Palapye

661 386 822 1073 297 983 1339 912 105 938 893 621 660 500 872 198 597 550 Pandamatenga

497 515 79 639 801 136 374 58 1007 196 8 280 411 967 130 703 607 352 901 Pioneer Gate

611 385 660 506 251 822 772 750 653 777 732 459 498 227 711 350 130 388 548 739 Rakops

539 557 121 672 843 169 407 91 1048 238 49 322 452 1008 172 744 649 393 943 57 781 Ramatabama

452 469 34 668 755 217 403 93 961 151 58 235 365 921 84 657 562 306 856 66 694 108 Ramotswa

129 146 407 1028 432 568 799 497 638 523 478 206 151 749 457 334 390 134 532 486 522 528 441 Selibe-Phikwe

268 208 317 849 494 478 709 407 699 433 388 116 155 570 367 396 211 45 594 396 343 438 351 179 Serowe

1141 866 1263 524 580 1027 789 1105 982 1065 1155 1063 1102 376 1131 678 734 991 877 1163 603 1196 1192 1012 947 Shakawe

934 952 516 628 1111 355 362 433 1444 570 483 717 848 907 504 1140 1044 789 1338 491 1176 524 520 923 833 1152 Tsabong

26 248 392 1087 534 553 784 482 740 508 463 202 86 808 442 436 449 193 634 471 581 513 426 102 238 1184 908 Zanzibar

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35

fICHA TÉCNICA:Montagem fotográfica da capa:«Búfalos ao pôr-do-sol», Beverly Joubert; «Canoeiro», David Luck; «Nenúfar», Warren Briggs.

Interior da capa anterior: Fabio Chironi.Interior da capa posterior: Anon.

Páginas 2–3: David Luck.Página 4: Em cima, à esquerda: Greg Hughes; em baixo, á

esquerda: Fabio Chironi; no centro: Grant Atkinson; direita: Fabio Chironi.

Página 5: No sentido dos ponteiros do relógio, da esquerda, em cima: Vic Horatius; Anon; Greg Hughes.

Páginas 6–7: David Luck.Página 8: David Luck.Página 9: Da esquerda para a direita: Greg Hughes; Grant

Atkinson; Greg Hughes.Página 10: Grant Atkinson.Página 11: Em cima: Vic Horatius; em baixo: David Luck.Página 12: Grant Atkinson.Página 13: Em cima, à esquerda: Brian Rode; em cima, à direita:

Grant Atkinson; centro: MOA; em baixo: Grant Atkinson.Página 14: Stuart Arnold.Página 15: Stuart Arnold.Página 16: Museu Nacional do Botswana.Página 17: Fabio Chironi.Página 18: Museu Nacional do Botswana.Página 19: Museu Nacional do Botswana.Página 20: Grant Atkinson.Página 21: Fabio Chironi.Página 22: Anón.Página 23: Fabio Chironi.Página 24: Fabio Chironi.Página 25: David Luck.Página 36-1: David Luck.

Todos os mapas foram elaborados pelo Departamento de Topografia e Cartografia (Department of Surveys and Mapping), Gaborone, 2008. © República do Botswana.Listagem de actividades de Maun na página 15 reproduzida a partir de Discover Botswana, 2007, cortesia da Imprint Botswana.

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