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Projeto AAnnááll iissee ddoo MMaappeeaammeennttoo ee ddaass PPooll íítt iiccaass ppaarraa
AArrrraannjjooss PPrroodduutt iivvooss LLooccaaiiss nnoo NNoorrttee,, NNoorrddeessttee ee MMaattoo GGrroossssoo ee ddooss IImmppaaccttooss
ddooss GGrraannddeess PPrroojjeettooss FFeeddeerraaiiss nnoo NNoorrddeessttee
Nota Técnica 04
Análise do Balanço de Pagamentos do estado e a importância dos APLs no Fluxo de Comércio
Acre
www.politicaapls.redesist.ie.ufrj.br
www.redesist.ie.ufrj.br
ii
Projeto
Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no
Nordeste
Nota Técnica 04
ANÁLISE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS DO ESTADO E A IMPORTÂNCIA DOS APLs NO FLUXO DE COMÉRCIO
Acre
Equipe Estadual
Coordenador: José Porfíro da Silva
Pesquisadores: Elder Andrade de Paula
Maria de Jesus Morais
Maria Jeigiane Portela da Silva
Estagiários: Francisca Delaíza Paula Chaves
Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist
Coordenadora: Valdênia Apolinário
Maria Lussieu da Silva Thaís de Miranda Moreira
iii
ÍNDICE INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 1 ESTRUTURA ECONÔMICA ESTADUAL E IMPORTÂNCIA DOS APLS ............ 3 2. A BALANÇA COMERCIAL DO ACRE .................................................................... 9 2.1 Relações Comerciais Interestaduais ........................................................................ 9
2.1.1 Fluxos de comércio interestaduais ............................................................................... 9
2.1.2 Fluxos de comércio interestaduais por atividades econômicas ................................. 19
2.2. Fluxo de Comércio Internacional do Estado .................................................................... 27
2.3. Fluxo de Comércio Total ................................................................................................... 29
3 A IMPORTÂNCIA DOS APLs NO FLUXO DE COMÉRCIO DO ESTADO ......... 31 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 36 ANEXOS ........................................................................................................................ 37 Anexo I - Variação acumulada do volume do valor adicionado bruto do Acre, por atividades econômica, 2003-2006 .................................................................................. 37 Anexo II - Com uso de satélites, empresa aperfeiçoa manejo florestal .......................... 37
INTRODUÇÃO
Esta Nota Técnica trata da organização do Balanço de Pagamentos Acre, a partir
dos fluxos de comércio interestaduais (superávits e déficits), incluindo as trocas com o
exterior. 1 O intuito aqui é destacar as particularidades da estrutura produtiva do estado
e, em última instância, relacionar com os APLs listados na Nota anterior. Essa ação faz
parte de uma das fases do Projeto de Análise do Mapeamento e das Políticas para
Arranjos Produtivos Locais no Norte e Nordeste do Brasil.
O texto é dividido em três capítulos. O primeiro, Estrutura econômica estadual
e importância dos APLs, contém informações sobre a estrutura econômica estadual,
comparando-o com sua participação na produção regional e nacional. A fonte de dados
deste capítulo é proveniente do documento Contas Regionais do Brasil (2003-2006), do
IBGE.
O segundo capítulo, A Balança Comercial do Estado do Acre, informa as
principais transações interestaduais e de comércio exterior do Acre, especificando os
déficits e superávits, para o ano de 2006. Começa identificando os principais parceiros
comerciais do estado, com suas respectivas participações nos fluxos de transações; os
estados de São Paulo e Rondônia se destacaram majoritariamente nesse quesito. Em
seguida foi especificada a composição dos fluxos de comércio por atividade econômica,
em conformidade com classificação da CNAE 2.0; refletindo a base econômica do
estado e sua geohistória, a divisão comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas predominou em relação às demais divisões. Esta análise foi combinada
com uma associação aos APLs listados na Nota anterior. Também foram mencionadas,
nesse capítulo, as transações acrianas de comércio exterior, com dados compilados pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; vale a observação da
nota de rodapé 1. A análise da última seção do se tornou redundante, visto que as
informações do comércio exterior não modificarem substancialmente as análises
precedentes.
1 As transações de comércio exterior do Acre são ínfimas.
2
Por último, o capitulo A Importância dos APLs no Fluxo de Comércio do
Estado procurou associar as informações dos capítulos anteriores com os APLs
indicados pelos diversos órgãos públicos do estado.
1 ESTRUTURA ECONÔMICA ESTADUAL E IMPORTÂNCIA DOS AP LS
A ocupação econômica do território que forma atualmente o estado do Acre tem
pouco mais de um século, é uma das mais recentes entre as unidades que formam a
Federação. Nesse período, pode-se identificar três fases nitidamente diferenciadas no
que diz respeito a dinâmica da economia. A primeira (final do século XIX a meados do
do XX), foi marcada essencialmente pelo extrativismo do látex para a produção de
borracha natural, matéria-prima imprescindível para abastecer o parque industrial
situado nos países centrais. Teve seu ritmo determinado, portanto, pela dinâmica externa
e seu lugar definido como mero produtor dessa matéria-prima, tendo Belém e Manaus
como os principais portos de intermediação. A montagem da empresa extativista
envolveu o direcionamento de fluxos migratórios do Nordeste para a Amazônia
assosiado ao extermínio sistemático e ou escravização das populações indígenas
originárias.
A segunda fase, teve seu ritmo ditado pelo ciclo de desenvolvimento comandado
pelo Estado brasileiro no pós 1964. Comandada pela ditadura militar, a integração da
Amazônia ao processo de modernização capitalista desencadeada no pós 1964, aportou
um conjunto de políticas e estratégias voltadas, no caso do Acre, para a substituição do
extrativismo pela pecuária extensiva de corte e agricultura baseada no uso intensivo de
capitais. Como sabemos, a alavancagem desse estilo de desenvolvimento produziu
fortes conflitos sociais, envolvendo de uma lado os proprietários rurais que integravam
a nova frente expansionista e, por outro, as populações indígenas e camponesas
ameaçadas de expropriação. O reordenamento territorial no formato configurado
atualmente, expressa, em grande medida, esse grande “empate” realizado pelo
sindicalismo rural e movimentos indígenas no decorrer da modernização conservadora
(PAULA,2005).
Deve-se chamar atenção para dois aspectos importantes no que diz respeito aos
significados desse processo de modernização para fins de melhor entendimento do lugar
dos APLs na economia acriana. Em primeiro lugar, ela resultou numa acentuada
concentração espacial das principais atividades econômicas na região Leste, mormente
no entorno da da capital, Rio Branco, que responde por mais de 50% do PIB no estado.
Referimo-nos basicamente a pecuária extensiva de corte que abrange não apenas a
grande propriedade fundiária, mas também as áreas de domínio da produção camponesa
4
e, as atividades industriais mais importantes, como àquelas ligadas ao setor florestal
madeireiro e a construção civil. O fluxo migratório ocorrido nessa segunda fase
concentrou-se majoritariamente também nessa região. As potencialidades e limitações
que permeiam o desempenho dos APLs no Acre (Mapa 2) devem levar em conta esses
aspectos de natureza interna.
Mapa 2: Localização dos APLs no estado do Acre
Fonte: Elaboração própria com base.
Em segundo lugar, os investimentos em infra-estrutura foram também
concentados espacialmente na região Leste do Acre. A pavimentação da BR 317 (
também chamada interoceânica) ligando o Acre ao Peru, foi concluída antes da ligação
rodoviária entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, prevista para ser concretizada somente
em 2010. A dotação de equipamentos e serviços urbanos também concentraram-se em
quantidade e qualidade na capital do estado, transformando-a em permanente polo de
atração das migrações internas. Dos 680 mil habitantes do estado, cerca de trezentos mil
vivem em Rio Branco. A taxa de urbanização em Rio Branco (88%) é também bastante
superior a média estadual que é de 70%.
A terceira fase do processo de ocupação econômica do estado do Acre, pode ser
interpretada como tentativa de compatibilizar os interesses do agronegócio (pecuária e
exploração florestal madeireira) e da industria e comércio com àqueles articulados pelos
5
movimentos e organizações representaitvas das populações camponesas, indígenas e,
de um grande contingente de assalariados (na maioria funcionarios publicos)
organizados em torno do sindicalismo urbano. Assim, procurou-se “harmonizar” na
base dos sitema produtivo, atividades consideradas anteriormente incompatíveis, como
pecuária extensiva de corte e exploração florestal madeireira & produção camponesa de
base florestal lastreada na exploração de produtos não madeireiros, como borracha,
castanha, frutos, óleos essenciais, sementes etc. As condições políticas para viabilizar a
“concertação” em torno desse processo seriam amadurecidas no final da década de
1990.
Como destacamos no Relatório 1 desta Pesquisa, diferentemente do que ocorreu
na maioria das unidades federativas do Brasil, no estado do Acre, as reformas do Estado
passaram a ser implementadas de forma mais intensa e articulada somente a partir do
final da década de 1990. A mudança no comando do poder executivo estadual
decorrente da vitória eleitoral em 1998, de uma ampla coalisão de partidos
(denominada Frente Popular) liderada pelo Partido dos Trabalhadores, acabaria
desinterditando, tanto na esfera da sociedade política quanto na da sociedade civil, a
passagem para adoção de um conjunto de políticas e estratégias de desenvolvimento
consideradas inovadoras em razão da incorporação das preocupações ambientais nas
políticas estruturantes. Foi o primeiro estado a “assimilar” o chamado desenvolvimento
sustentável nos moldes propostos por organismos multilaterais – Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID) e Banco Internacional para a Reconstrução do
Desenvolvimento (BIRD).
Dado que o ano de referência para a análise da Balança Comercial é 2006, por
coicincidência, período de conclusão do segundo mandato consecutivo da Frente
Popular no executivo acriano, faremos uma breve análise comparativa com o período
imediatamente anterior (1998)2 tomando como referência o PIB e a composição do VA
do estado. No que se refere ao PIB, em 1998 foi R$1.454.000.0000,00 e o PIB per capta
R$2.730,00, em 2006, passaram respectivamente para R$ 4.388.000.000,003 (0,2 % do
PIB nacional, participação inalderada, de 2003 a 2006) e R$ 7.041,00, abaixo do PIB
per capta nacional, de R$ 12.688 e inferior ao da Região Norte, de R$ 7.989,00, no
2 Embora, por mudança metodológica, indique-se que não seja possível comparação, faremos mais para
ter uma noção geral das grandezas. 3 Não deflacionado para 1998.
6
mesmo ano de referência. Os dados referentes a composição do VA de 2006, são
apresentados na Tabela 1, a seguir.
Tabela 1 - Composição do VA do estado do Acre - 2006
ATIVIDADES Part.%
no VA Total AGRICULTURA, SILV. E EXPLOR. FLORESTAL 10.4 PECUÁRIA E PESCA 6.4 IND. EXTRATIVA MINERAL 0 IND. DE TRANSFORMAÇÃO 3.0 CONSTRUÇÃO CIVIL 8,0 PROD. E DISTR. DE ELETR. E GÁS, ÁGUA, ESGOTO E LIMP.URBANA 1,9 COMÉRCIO E SERV. DE MAN. E REP. 10.4 SERV. DE ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO 1.8 TRANSPORTES, ARMAZENAGEM E CORREIO 2.8 SERV. DE INFORMAÇÃO 2.0 INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA, SEGUROS E PREV. COMPLEMENTAR 2.8 SERV. PRESTADOS ÀS FAMÍLIAS E ASSOCIATIVOS 1.3 SERV. PRESTADOS ÀS EMPRESAS 1.7 ATIV. IMOBILIÁRIAS E ALUGUEL 9.7 ADMINISTRALÇAO, SAÚDE E EDUCAÇÃO PÚBLICAS 35.8 SAÚDE E EDUCAÇÃO MERCANTIS 0.9 SERVIÇOS DOMÉSTICOS 1.2
Fonte: www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasregionais/2003_2006/default.shtm
Ao compararmos os dados mais relevantes da Tabela 1 com aqueles referentes
ao ano de 1998, constatamos variações significativas. Por um lado, o setor primário que
participou com 4,1% do VA, em 1998, em 2006 saltou para 16,8%. Nesse intervalo de
tempo a exploração florestal madeireira dobrou, passando de 200 para mais de 400 mil
metros cúbicos e o rebanho da bovinocultura triplicou, passando de 900mil para 2
milhões e setecentas mil cabeças. São essas atividades que apresentam maior
participação na respectiva composição do VA nacional (0,6 e 08%). Por outro lado, a
participação das atividades industriais e da adminstração pública foram reduzidas,
passando, respectivamente de 18,8% e 49,3% em 1998 para 12,9% e 35,8% em 2006.
Esses indicadores mostram com razoável nitidez a reiteração, em nivel local, do
processo mais geral de desenvolvimento rural dos estados de Rodônia e Mato Grosso de
intensificação das atividades primárias.
No que se refere a variação acumulada do PIB e do VA, 2003-2006, o Acre
obeteve uma variação de 126,4 e de 123,8, respectivamente. Abaixos da média da
7
região Norte que foi de 128,5 e 127,2. Se bem que acima da variação nacional (114,7 e
114,1).
Gráfico 1- Variação acumulada do volume do valor adicionado bruto do Acre, por atividades econômica, 2003-2006
Fonte: Contas Regionais do Brasil, 2003-2006, elaboração própria, vide tabela no Anexo.
No que se refere a variação acumulada (2003-2006) do VA, por atividade
econômica do Acre, serviços de informações tem um comportante atípico em relação às
demais atividades econômicas, chegando em 2006 com uma variação acumulada de 194
(gráfico 1, acima, e tabela no anexo). Outra atividade que tem uma alta variação é item
saúde e educação mercantis, passando do patamar de 150, no período 2003-2006. Do
8
outro lado, a atividade de transportes, armazenagem e correio não ultrapassa a casa dos
100. A atividade de construção destaca-se em relação às demais. Saiu de um valor
próximo de 90 e chegou a 145 de variação acumulada (essa variação tem uma
correspondência muito forte com os dados de entrada e saída da SEFAZ).
Na esfera das atividades dos APLs, verificou-se uma oscilação muito forte na
variação do item das atividades agricultura, silvicultura e exploração florestal, tendo
chegado até a casa dos 139,1 acumulados, em 2005, e caiu para 116,2, em 2006.
Sob esse contexto de reprimarização da economia, torna-se mais compreesível a
avaliação dos APLs no Acre. Se por um lado os esforços voltados para a
industrialização esbarram em constrangimentos externos, por outro, as opções de
exploração do mercado local são muito limitadas em razão do baixo poder aquisitivo da
maioria da população. O acentuado crescimento do PIB não resultou em melhorias na
distribuição de rendas, ao contrário, agravou-a.
De acordo com o Ipea (citado por Celentano & Verissimo, 2007: 11 e 12), a
população situada nas faixas de extrema pobreza e pobreza, passou respectivamente de
19 e 43% em 1990 para 22 e 49% em 2005, cabe ressaltar que em nível nacional houve
ao contrário redução nesses índices passando respectivamente de 20 e 42% para 11 e
31%. Atualmente, existem segundo as propagandas governamentais, mais de 58 mil
famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família, isso equivale a praticamente a metade
da população estadual. Em 2006, o coeficiente de Gini de Renda Domiciliar Percapta
no Acre foi de 0,5925, figurando como o mais elevado da Região Norte e também
superior ao nacional 0,5603 (Ipea, 2009).
2. A BALANÇA COMERCIAL DO ACRE
Neste capítulo será analisado a Balança Comercial4 do Acre. A base de dados é
proveniente dos lançamentos realizados no Sistema de Administração Tributário da
Secretaria Estadual da Fazendo (SIAT), ano de 2006, tendo como parâmetro o valor
total das notas e não o imposto cobrado. Nessa base de dados são registradas três
modalidades. (i) O demonstrativo de apuração mensal (DAM), cuja obrigatoriedade não
se estende a todas as empresas. (ii) O documento de arrecadação estadual (DAE),
emitido a partir das informações constantes na DAM. (iii) As barreiras fiscais, que
abrange todos os contribuintes. Este instrumento serviu de base para esta Nota Técnica.
2.1 Relações Comerciais Interestaduais
2.1.1 Fluxos de comércio interestaduais
A dimensão geográfica é um dos principais condicionantes da dinâmica das
relações econômicas do estado do Acre com os demais entes federativos. Além da
composição de sua base econômica, o estado está localizado no extremo oeste da região
Norte, com restritas e limitadas opções de meios de transportes.
A interligação rodoviária dá-se praticamente por Rondônia, de onde se prolonga
pelos demais estados. Isso do lado da capital, Rio Branco, que compõe a região
denominada de Vale do Acre. Do outro lado, no Vale do Juruá, polarizada pela cidade
de Cruzeiro do Sul, a ligação maior é com a capital do Amazonas, por intermédio do
transporte fluvial, essencialmente.
4 “A [Balança Comercial] BC de um estado compreende suas operações de compra e venda de bens e
serviços com os demais estados da federação e com o resto do mundo (RM). Esquematicamente podem ser representadas por: ET = EOE + MRM; ST = VOE + XRM; SBCE = ST – ET. Onde: ET = Entradas Totais, corresponde à soma das compras de B&S de outros estados (EOE) e às importações do resto do mundo (MRM); ST = Saídas Totais, corresponde à soma das vendas de B&S para outros estados (VOE) e às exportações para o resto do mundo (XRM). SBCE = Saldo da balança comercial do Estado, que será positiva caso ST > ET. Dado que as fontes de dados, os graus de desagregação e o tratamento estatístico necessário para atingir os objetivos propostos são diferentes, é possível desmembrar a as tarefas e executá-las simultaneamente. Assim, este capítulo conterá três partes.” In:Termo Metodológico da Nota (junho de 2009).
10
Além do intercâmbio de mercadorias mediante os meios de transportes
rodoviários e fluviais, o transporte aéreo também é bastante utilizado nessa função,
tanto nas trocas interestaduais,
quanto nas trocas intraestaduais.
Esta, concentrada entre Cruzeiro
do Sul e Rio Branco,
principalmente no período chuvoso.
Na relação comercial interestadual, o aspecto que aflora com destaque incomum
é a situação de déficit do Acre com todos os demais estados.5 Em termos regionais, a
região Sudeste tem a maior participação no déficit (49% do total), seguido da
participação da região Norte (28%). As regiões Centro-Oeste e Sul têm participações
quase iguais (14% e 13%, respectivamente). A participação no déficit com a região
Nordeste é de apenas 3%, sendo que mais de 50% deste é com o estado da Bahia,
seguido da participação de Pernambuco, com 14% do total nordestino.
5 No processo de compilação dos dados apareceram muitos campos em branco, valores sem identificação
de origem ou destino, siglas inexistentes (BI, AB, S? e EX). Estes erros podem ser provenientes de equívocos na digitação e/ou cadastro incompleto de contribuintes, conforme explicação da Secretaria da Fazenda. Por exemplo, em 2006, com a expressão “Indica que este contribuinte deve ter seu CNAE reclassificado” (transações não associados a nenhuma categoria econômica) foram detectados valores de R$ 5.795.703,80 (entrada) e R$ 53.586,28 (saídas). No caso das entradas, mais de 85% (R$ 5.052.088,98) referiram-se às transações com o estado de Rondônia. Em 2008, o valor desse item (entradas) baixou para R$ 2.811.625,56, também concentrado no estado de Rondônia (R$ 2.504.943,73); no caso das saídas, em 2008, com a expressão “Indica que este contribuinte deve ter seu CNAE reclassificado”, somou R$ 111.421,02, maior que o de 2006. Esses erros detectados podem causar alguns ruídos nas análises dos dados. Todavia, não são suficiente para invalidar qualquer afirmativa, visto que na comparação com os dados do ano de 2008, não foi detectado nenhuma distorção relevante. Aproveitamos a oportunidade para agradecer o secretário da Fazenda e sua equipe pelo atendimento da demanda do BNDES no fornecimento dos dados de entrada e saída do ano de 2006.
11
Estados Entradas (R$) (E) Part. Entradas Saídas (R$) (S) Part. Saídas Saldo (S-E) Part. SaldoNorte 757.184.578,15 34,0% 241.501.708,45 59,81% -515.682.869,70 28,29%
AC 3.927.006,69 0,2% 30.357.988,60 7,52% 26.430.981,91 -1,45%AM 223.214.070,52 10,0% 55.801.721,12 13,82% -167.412.349,40 9,19%AP 2.320,14 0,0% 0,00 0,00% -2.320,14 0,00%PA 9.526.177,15 0,4% 2.384.708,48 0,59% -7.141.468,67 0,39%RO 520.133.347,97 23,4% 152.789.766,45 37,84% -367.343.581,52 20,16%RR 162.739,14 0,0% 102.449,80 0,03% -60.289,34 0,00%TO 218.916,54 0,0% 65.074,00 0,02% -153.842,54 0,01%
Nordeste 59.786.585,32 2,7% 493.604,58 0,12% -59.292.980,74 3,25%AL 1.122.437,16 0,1% 74.138,20 0,02% -1.048.298,96 0,06%BA 31.111.344,07 1,4% 82.773,30 0,02% -31.028.570,77 1,70%CE 10.296.017,51 0,5% 51.332,66 0,01% -10.244.684,85 0,56%MA 700.256,25 0,0% 0,00 0,00% -700.256,25 0,04%PB 4.003.815,50 0,2% 19.378,23 0,00% -3.984.437,27 0,22%PE 8.549.398,62 0,4% 245.843,61 0,06% -8.303.555,01 0,46%PI 1.003.073,86 0,0% 5.122,96 0,00% -997.950,90 0,05%RN 2.222.210,35 0,1% 14.063,30 0,00% -2.208.147,05 0,12%SE 778.032,00 0,0% 952,32 0,00% -777.079,68 0,04%
Sudeste 806.866.952,47 36,2% 61.767.598,18 15,30% -745.099.354,29 40,88%ES 17.439.769,22 0,8% 76.923,60 0,02% -17.362.845,62 0,95%MG 114.652.943,66 5,1% 3.085.673,94 0,76% -111.567.269,72 6,12%RJ 63.139.193,83 2,8% 7.517.551,86 1,86% -55.621.641,97 3,05%SP 611.635.045,76 27,5% 51.087.448,78 12,65% -560.547.596,98 30,76%Sul 288.919.802,29 13,0% 47.405.555,85 11,74% -241.514.246,44 13,25%PR 100.786.971,50 4,5% 7.840.664,91 1,94% -92.946.306,59 5,10%RS 114.278.701,30 5,1% 32.786.511,46 8,12% -81.492.189,84 4,47%SC 73.854.129,49 3,3% 6.778.379,48 1,68% -67.075.750,01 3,68%
Cen.-Oeste 313.601.797,06 14,1% 52.602.854,13 13,03% -260.998.942,93 14,32%DF 42.209.976,75 1,9% 1.099.713,34 0,27% -41.110.263,41 2,26%GO 108.598.431,78 4,9% 9.292.334,46 2,30% -99.306.097,32 5,45%MS 18.166.618,37 0,8% 2.860.387,40 0,71% -15.306.230,97 0,84%MT 144.626.770,16 6,5% 39.350.418,93 9,75% -105.276.351,23 5,78%
Brasil 2.226.359.715,29 100% 403.771.321,19 100% -1.822.588.394,10 100%
Fonte: SEFAZ/AC. Elaboração própria
Tabela 2- Fluxo de comércio do estado Acre – 2006 (Tabela 2.1 - TR)
12
As regiões Sudeste e Norte são as maiores parceiras comerciais do Acre, além de
serem responsáveis por 69% do déficit comercial do estado. 70% das entradas
(compras) são provenientes destas duas regiões e 27% das regiões Centro-Oeste e Sul
em conjunto (tabela 2.1 e gráfico 2).
Em relação às saídas, quase 60% são destinadas para a própria região Norte
(desde, 63% destes 60% são vendas para Rondônia – as saídas para este estado
correspondem a 38% de total – e o estado do Amazonas é o segundo comprador do Acre
[23% das vendas para o Norte e 14% do total]) – e 40% destinados às regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Sul. No caso das saídas (vendas) é importante frisar que estas
correspondem apenas a 18% dos valores das entradas (compras). Significa que apenas
os estados de Rondônia e do Amazonas receberam mais de 50% (no caso 52%) das
saídas do Acre.
As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul recebem os outros 40% das saídas totais
do Acre, com 15, 13 e 12%, respectivamente, sendo que São Paulo, Mato Grosso e Rio
Grande do Sul são os principais destinos nestas regiões, por ordem de importância, com
13, 10 e 8%, respectivamente.
No que se refere às entradas, a composição se altera em comparação com as
saídas (vendas). Enquanto as saída se concentram na região Norte, as entradas são
provenientes principalmente da região Sudeste (36%), seguida do Norte (34%). São
Paulo é o maior vendedor do Acre, com 27% do total (e compra 13% do total).
Rondônia é o segundo vendedor para o Acre, 23% do total (como já explicitado é o
maior comprador, 38% do total).
O terceiro estado do qual o Acre compra mais é o Amazonas, com 10% do total.
As compras (importações) dos estados de Rondônia e Amazonas correspondem a quase
100% do total da região Norte.
Um conjunto de estados do centro-sul (MT, MG, RS, GO, PR) vende para o
Acre num intervalo de 4,5 a 5% do total das vendas, com distinção os estados de mato
Grosso (6,5%), Minas Gerais (5%), Rio Grande do Sul (5%) e Goiás (5%).
Na combinação ente entrada e saída, os estados que têm simultaneamente
maiores representatividades são Rondônia, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do
Sul. Os demais quando apresentam significância nas vendes tem baixa
representatividade nas compras.
13
Gráfico 2 – Fluxo de comércio do Acre, 2006
Fonte: SEFAZ/AC, elaboração própria.
Já mencionamos que o Acre incorre em déficit com todos os estados da
federação, notadamente com São Paulo (37% do total) e Rondônia (20% do total).
Agora, analisado o fluxo de comércio por atividade, 91% do déficit total corresponde às
trocas na esfera do setor (atividades) de comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas – conforme a divisão da CNAE.6 Essa atividade participa com 10% na
6 http://www.cnae.ibge.gov.br
14
composição do VA do Acre (mesmo patamar da agricultura/exploração florestal e
atividades imobiliárias).
O setor (atividade) de construção é o segundo a contribuir com o déficit total
(5%). Eletricidade e gás (4%), informação e comunicação (3,48%) e administração
pública (2,6%) completam a lista dos primeiros em termos de participação no déficit
total. No caso da administração pública, embora sua contribuição no déficit não seja no
topo da lista, é a atividade de maior participação no VA do estado (36%), muito distante
de outras atividades mais próximas, estão em torno de 10% (agricultura/florestal,
comércio e atividades imobiliárias).
Do outro lado, analisando as atividades econômicas que não incorrem em déficit,
encontra-se somente a atividade da indústria da transformação (classificação da CNAE)
nessa situação (tabela 3). O grupo que mais contribui dentro do setor (atividade)
indústria da transformação é o de abate e produção de produtos de carne, seguido pelo
grupo curtimento de couro. Mais distante, os grupos produtos de madeira (exceto
móveis) e produção de móveis contribuem para a existência de superávit, em menor
intensidade para a existência isolada de superávit da atividade da indústria de
transformação.
Continuando a análise da participação no saldo total, o grupo produção florestal
(nativa), contido na atividade agricultura/produção florestal, registra superávit de
maneira isolada.
Dessa forma, apenas uma atividade (setor) econômica apresenta superávit
comercial no fluxo de comércio interestadual (indústria de transformação). De forma
mais desagregada, por ordem de importância, apenas cinco grupos de atividades
econômicas apresentam superávit (abate e produção de produtos de carne; curtimento de
couro; produtos de madeira, exceto moveis; produção florestal [nativa]; e, produção de
móveis).
15
Setores e Atividades Entradas (R$) Part. Entradas Saíd as (R$) Part. Saídas Saldo (S-E) Part. SaldoAgricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura 13.518.948,65 0,61% 9.609.090,64 2,38% -3.909.858,01 0,23%
Bovinocultura, exceto leite 10.142.729,78 0,46% 5.606.206,86 1,39% -4.536.522,92 0,27% Avicultura 1.350.569,19 0,06% 314,12 0,00% -1.350.255,07 0,08%
Apoio à Agric. e Pecuária 734.871,11 0,03% 214.839,25 0,05% -520.031,86 0,03%Produção florestal (nativa) 555.109,46 0,02% 3.603.924,41 0,89% 3.048.814,95 -0,18%
Indústrias Extrativas 5.678.125,32 0,25% 344.087,32 0,09% -5.334.038,00 0,31%Indústrias de Transformação 129.781.615,91 5,82% 179.531.952,32 44,47% 49.750.336,41 -2,91%
Abate e produtos de carne 4.097.813,20 0,18% 101.544.511,94 25,15% 97.446.698,74 -5,70% Produção de farinha 33.487,00 0,00% 25.478,00 0,01% -8.009,00 0,00% Curtimento de couro 2.550.494,25 0,11% 32.085.643,60 7,95% 29.535.149,35 -1,73%
Produtos de madeira, exceto móveis 6.257.303,18 0,28% 18.252.279,31 4,52% 11.994.976,13 -0,70% Produtos de borracha e material plástico 7.704.607,53 0,35% 886.043,97 0,22% -6.818.563,56 0,40%
Móveis 381.000,37 0,02% 620.490,48 0,15% 239.490,11 -0,01%Eletricidade e Gás 69.931.567,75 3,14% 1.245.465,88 0,31% -68.686.101,87 4,02%Água, Esgoto, Ativividades de Gestão de Resíduos e de Descontaminação 1.738.635,53 0,08% 468.673,08 0,12% -1.269.962,45 0,07%Construção 86.081.337,57 3,86% 2.220.473,04 0,55% -83.860.864,53 4,90%Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicleta 1.759.436.071,62 78,96% 203.749.165,68 50,47% -1.555.686.905,94 90,99%Transporte, Armazenagem e Correio 21.761.069,44 0,98% 3.038.933,74 0,75% -18.722.135,70 1,09%
Transporte rodoviário 8.629.373,47 0,39% 1.608.088,11 0,40% -7.021.285,36 0,41% Transporte por navegação interior 2.649.191,48 0,12% 0,00 0,00% -2.649.191,48 0,15%
Alojamento e Alimentaçã 4.116.130,66 0,18% 739.369,01 0,18% -3.376.761,65 0,20%Informação e Comunicação 61.005.761,39 2,74% 1.506.287,62 0,37% -59.499.473,77 3,48%Atividade Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados 1.118.740,90 0,05% 30.400,00 0,01% -1.088.340,90 0,06%Atividades Imobiliária 725.203,75 0,03% 0,00 0,00% -725.203,75 0,04%Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas 2.523.297,49 0,11% 79.046,28 0,02% -2.444.251,21 0,14%Atividades Administrativas e Serviços Complementares 6.129.995,27 0,28% 140.107,63 0,03% -5.989.887,64 0,35%Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 44.881.594,96 2,01% 525.373,81 0,13% -44.356.221,15 2,59%Educação 6.109.790,84 0,27% 19.942,00 0,00% -6.089.848,84 0,36%Saúde Humana e Serviços Sociais 6.123.058,98 0,27% 90.172,85 0,02% -6.032.886,13 0,35%
Atividades de atendimeno à saúde humana 4.568.518,45 0,21% 0,00 0,00% -4.568.518,45 0,27%Artes, Cultura, Esporte e Recreação 669.809,36 0,03% 0,00 0,00% -669.809,36 0,04%Outras Atividades de Serviços 7.004.445,35 0,3% 379.705,40 0,09% -6.624.739,95 0,39%Brasil 2.228.335.200,74 102,23% 403.718.246,30 140,73% -1.709.824.202,86 1,00
Fonte: SEFAZ/AC. Elaboração própria
Tabela 3 - Fluxo de comércio interestadual do estado Acre, por tipo de atividade – 2006 (Tabela 2.2 - TR)
16
Ainda na participação da participação no déficit total, faremos algumas
observações sobre o setor (atividade) comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas, em função do mesmo contribuir com 91% para o déficit total do Acre
(para 2006), com todos os estados da federação. Levantamento realizado, também com
dados da SEFAZ, para 2008, esse percentual subiu para 96%. Essa constatação fez com
que fizéssemos uma análise separada desse setor (atividade) econômica.
Dentro do setor (atividade) comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas, a divisão do comércio varejista tem uma participação de 50% no déficit,
seguido pelas divisões de comércio por atacado (exceto veículos automotores e
motocicletas), com 35,3%, e de comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas, com 14,3%.
Na divisão de comércio varejista, são os grupos de produtos alimentícios para
supermercados e combustíveis para veículos.
Na divisão comércio por atacado (exceto veículos automotores e motocicletas),
destacam as classes atacadistas de derivados de petróleo em geral (combustíveis, GLP,
defensivos e fertilizantes, produtos químicos, etc.), produtos não-alimentares (vestuário
e calçados, farmacêuticos, instrumentos e materiais da área de saúde, cosméticos,
papelaria, etc.) e produtos alimentícios, bebidas e fumo.
A divisão atacadista de comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas dentro do setor comércio (atividade) comércio e reparação de veículos
automotores e motocicletas afeta o déficit interestadual do Acre essencialmente pelos
grupos atacadistas de comércio de veículos automotores e em menor intensidade pelo
grupo atacadista de comércio de peças e acessórios para veículos automotores.
Agora passaremos da análise do peso da participação de cada setor (atividade),
classe ou grupo no déficit ou superávit total – no qual o comércio e reparação de
veículos automotores e motocicletas, em 2006, teve uma influência de 91% no déficit
do Acre – para a análise das contribuições por setor (atividade), classe ou grupo
econômico nas entradas e saídas interestaduais.
No que se refere às saídas (exportações) para outros estados, apenas os setores
de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (50%), e da indústria de
transformação (44%) se destacam nas vendas do Acre. No caso do primeiro, os produtos
não-alimentares contribuem com maior peso percentual.
17
Tabela 4 - Fluxo de trocas interestadual do estado Acre, na atividade de comércio – 2006
Comércio Saídas p/ Estados (R$)
Part. Saídas
Entradas de outros Estados ($)
Part. % Entradas Saldo BC ($) Part.
Saldo
Comércio; Reparação de veículos automotores e motocicletas 206.572.283,06 1.759.439.477,42 -1.552.867.194,36 100,00%
Comércio e repar. de veíc. automotores e motocicletas 3.461.642,96 1,68% 226.745.026,20 12,89% -223.283.383,24 14,38% Comércio de veículos automotores 1.583.617,96 45,75% 156.329.718,22 68,95% -154.746.100,26 69,30%
Manut. e repar. de veic. automotores 25.483,26 0,74% 1.534.407,35 0,68% -1.508.924,09 0,68%
Com. de peças e acess. para veíc. automotores 1.679.198,48 48,51% 45.392.463,56 20,02% -43.713.265,08 19,58%
Com., manut. e repa.r de motocic., peças e acessórios 173.343,26 5,01% 23.488.437,07 10,36% -23.315.093,81 10,44%
Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas 135.609.733,88 65,65% 683.608.630,28 38,85% -547.998.896,40 35,29%
Repres. e agentes comerciais, exceto veículos autom. e moto 641.978,37 0,47% 8.068.701,13 1,18% -7.426.722,76 1,36%
Atacadista de matérias-primas agríc. e animais vivos 1.037.240,70 0,76% 4.230.461,48 0,62% -3.193.220,78 0,58%
Atacadista prod. alimentícios, bebidas e fumo 6.113.180,26 4,51% 83.540.922,24 12,22% -77.427.741,98 14,13%
Atacadistas farinhas e amidos 783.395,37 12,81% 11.148.016,43 13,34% -10.364.621,06 13,39%
Atacadista produ. não-alimentares 91.941.131,61 67,80% 235.195.944,26 34,41% -143.254.812,65 26,14%
Atacadista equip. e produt. de TIC 19.256,42 0,00% -19.256,42 0,00%
Atacadista de máq., aparel e equip., exceto TIC 162.984,32 0,12% 8.018.262,47 1,17% -7.855.278,15 1,43%
Atacadista de madeira, ferragens, ferramentas, mat. elétrico e de construção 1.696.766,95 1,25% 10.946.491,55 1,60% -9.249.724,60 1,69%
18
Atacadista madeira e prod. derivados 1.051.536,72 9,61% -1.051.536,72 11,37%
Atacadista especial em outros produtos 24.447.540,25 18,03% 264.750.648,43 38,73% -240.303.108,18 43,85%
Atacadista não espacializado 9.568.911,42 7,06% 68.837.942,30 10,07% -59.269.030,88 10,82%
Comércio varejista 67.500.906,22 32,68% 849.085.820,94 48,26% -781.584.914,72 50,33% Não especializado 2.355.245,34 3,49% 154.213.589,86 18,16% -151.858.344,52 19,43%
Prod. alimentícios, bebidas e fumos 12.078.464,74 17,89% 66.353.130,03 7,81% -54.274.665,29 6,94%
Combust. para veículos 550.421,04 0,82% 156.174.893,32 18,39% -155.624.472,28 19,91%
Mater. construção 3.012.493,56 4,46% 124.251.013,84 14,63% -121.238.520,28 15,51%
Equip. informát e comum.; equip e artigo de uso doméstico 3.406.920,67 5,05% 134.817.254,38 15,88% -131.410.333,71 16,81%
Varejista de móveis 1.129.027,66 33,14% 64.445.177,83 7,59% -63.316.150,17 48,18%
Artig. culturais, recreat e desportivos 548.915,61 0,81% 23.111.752,10 2,72% -22.562.836,49 2,89%
Prod. farmacêut., perfum. e cosméticos e artig. médicos, ópticos e ortopédicos 722.952,41 1,07% 35.290.787,73 4,16% -34.567.835,32 4,42%
Produtos novos ainda não especificados e produtos usados 44.825.492,85 66,41% 154.873.399,68 18,24% -110.047.906,83 14,08%
Fonte: SEFAZ/AC, elaboração própria
19
Já nas saídas relacionadas com as atividades da indústria da transformação, o
abate e produção de produtos de carne (25%) se destaca, em relação aos demais,
seguido pelas saídas dos grupos econômicos de curtimento e preparação de couro (8%)
e produtos de madeira, exceto móveis (4,5%). E marginalmente, a produção de móveis e
produtos de borracha (tabela 3).
Para o ano de 2008, houve uma elevação da participação das saídas da indústria
de transformação, para 58% (principalmente pela influência do grupo de abate e
produção de produtos de carne), e uma redução relativa das saídas no campo do
comércio e no campo da agricultura e produção florestal.
No que se refere às entradas, além do setor (atividade) de comércio, reparação de
veículos automotores e motocicletas (79%), que sempre aparece como o de maior
importância, o Acre compra mais na esfera dos setores (atividades) da indústria de
transformação (6%), construção (4%), eletricidade e gás (3%), e informação e
comunicação (3%).
Estes dados se mantêm quase inalterados, para 2008. Apenas com o aumento da
participação do setor da construção (5,5%) e a redução da participação relação da
compra de eletricidade e gás (2,4%).
2.1.2 Fluxos de comércio interestaduais por atividades econômicas
Já assinalamos acima que no comércio interestadual do Acre explicita com
maior destaque o déficit com todos os demais membros da federação, no ano de 2006.
Situação que não se modificou para 2008. E que mais de 50% desse déficit é com os
estados de São Paulo (38%) e Rondônia (20%). Depois vem o estado do Amazonas
(9%), Minas Gerais (6%), Goiás (5,5%), etc.
Vimos também que as saídas são concentradas para Rondônia (38%).
Distribuindo, com menor intensidade para São Paulo (13%), Mato Grosso (10%), Rio
Grande do Sul (8%), etc. E que as entradas são originárias basicamente de São Paulo
(27,5%) e Rondônia (23,5%).
20
Nesta subseção a análise se concentrará no comércio interestadual das atividades
econômicas, com ênfase naquelas relacionadas com os APLs identificados na Nota
Técnica 1. Na análise da tabela 3 já vimos os principais setores (atividades) que se
destacam nas trocas interestaduais (comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas, e indústria de transformação).
No caso, do setor (atividade) mais relevante no intercâmbio interestadual,
comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, as trocas são
concentradas nos estados de São Paulo e Rondônia, visto que 26,5% e 26% dessas
entradas são oriundas destes dois estados, respectivamente. O Amazonas contribui com
9,7% das entradas nesse item. Em relação as saídas, 48,4% desse setor é vendido para
Rondônia e 8% para o Amazonas.
No âmbito da indústria de transformação, as entradas são também provenientes
basicamente de São Paulo (31,6%), Mato Grosso (22%) e Rondônia (16,4%). Depois
aparecem os Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como vendedores
intermediárias para o Acre, no campo da indústria de transformação. As vendas são
concentras para São Paulo (22,6%), Rondônia (12,6%) e Amazonas (13,6%). (tabela 5,
abaixo).
2.1.2.1 APL Móveis
Este APL foi incluído em todas as listas de organizações e instituições (BASA,
ADA, GT, SEBRAE), muito em função de sua matéria-prima, madeira. Como o estado
tem uma base de florestal, deduzira-se que a produção de móveis deveria se constituir
numa das estratégias do Acre.
Pelos dados SEFAZ, de entrada e saída, registrados nas barreiras fiscais do Acre
(tabela 7, abaixo), verifica-se que o estado incorre num déficit na divisão produção de
móveis (dentro da atividade [seção] indústria de transformação). São Paulo é o principal
responsável por esse déficit, 64%, seguida das Minas Gerais, com 14%, e Paraná, com
9%. Os demais estados, exceto Rio Grande do Sul (2,5%), têm participação abaixo dos
2%. No que se refere às saídas, São Paulo e Rio Grande do Sul representam mais de
85% dos destinos da produção de móvel acriana. As entradas da produção de móveis
refletem basicamente os resultados do déficit.
21
Já vimos acima que mais de 90% do déficit do Acre com os demais estados
refere-se à classificação de comércio e reparação de veículos automotores e
motocicletas. O comércio varejista de móveis representa 4% destes 90%.7
Em tese, este APL deveria ser central e forte na economia estadual por, de certa
forma, estar ligado à valorização da madeira e seus subprodutos. Apesar disso, no saldo
das transações, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs do estado
(2006), ele chega a representar um déficit de R$ 19.183, 00 (ver tabela 2.5). Neste ponto
em particular, ganham destaque as relações com os estados de GO e SC, com,
respectivamente, os valores negativos de R$ 12. 750, 00 e R$ 6. 433, 00.
2.1.2.2 APL Florestal/Madeireiro
O intercâmbio desta atividade está contido no setor/atividade da indústria de
transformação; a propósito, o único que não apresenta déficit nas trocas interestaduais
do Acre. Na classificação da CNAE, produtos de madeira significam basicamente
desdobramento de madeira, cortiça e material trançado, exceto móveis.
Do superávit solitário da indústria de transformação nas trocas interestaduais
acrianas, os produtos de madeira, como classificado acima, contribuem com menos de
1%.8 No que se refere aos parceiros de troca com produtos de madeira, quem mais
contribui com o superávit do Acre é o estado do Rio Grande do Sul. Antes de fazer
referência aos principais parceiros do Acre no intercâmbio da produção de produtos de
madeira, é importante ressaltar o baixo valor registrado das transações, considerando
seja a vinculação que o estado tem com esse setor, seja as constantes menções do
governo local sobre essa atividade.
Os principais parceiros, em relação às saídas são os estados de Rondônia e São
Paulo (tabelas 5 e 6). As entradas são originadas, principalmente de São Paulo, seguido
de forma por um conjunto de estados localizados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
7 Os quatro itens que mais influenciam, na mesma proporção, o déficit interestadual do Acre, na esfera
comercial, são (i) comércio de veículos automotores, (ii) comércio varejista para supermercados, com predomínio de produtos alimentícios, (iii) combustíveis para veículos, (iv) atacadista produtos não alimentares (vestuário, calçados, farmacêuticos - humano e veterinário, instrumentos médicos, etc.).
8 O superávit da indústria de transformação contrabalança o déficit global em menos de 3%. A atividade que mais contribui para o superávit na indústria de transformação é o curtimento e preparação de couro, com 1,7%.
22
Analisando a participação no saldo total, vimos que o grupo produção florestal
(nativa), contido na atividade agricultura/produção florestal, registrava superávit de
maneira isolada. A tabela 5, que traz os números referentes ao fluxo das entradas, por
estados, das principais atividades econômicas e dos APLs (2006), mostra que o setor
(atividades) Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aqüicultura é
superavitário, alcançando um montante de R$ 13. 515, R$ 948, 65.
Apesar disso, a produção de madeira (exceto móveis) onde se situa o APL
Madeireiro, a exemplo do APL Móveis, também apresenta valores negativos. Na
relação comercial com outros estados, ela representa um déficit de R$ 57. 149, 10 (ver
tabela 2.5). Suas relações se estabelecem com três estados e têm os seguintes resultados:
DF: R$ - 300; RJ: R$ - 4. 990, 00; e SC:-R$ 51, 859, 10. Compreende-se, assim, o fato
de que, no fluxo de comércio interestadual do estado Acre, por tipo de atividade (2006)
(ver Tabela 3), os móveis participarem nas entradas apenas com 0,02% e nas saídas com
0,15%.
Colocamos em anexo, uma iniciativa envolvendo o poder público e privado,
dando importância a esta atividade. Esse ilustração serve para realçar que o processo de
comercialização de madeira com o mínimo de beneficiamento predomina, como
constatado pelos fluxos de comércio, conforme dados da SEFAZ.
23
Seções, Grupos e Ativdadades AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Total
Agridultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura 136.244,00 177.000,95 2.880,00 6.506,98 371.281,81 478.767,20 698.601,50 1.847.613,72 78.540,00 5.700,00 394.642,40 99.792,50 4.414.841,04 116.186,99 13.259,45 4.671.890,11 5.200,00 13.518.948,65
Agricultura 17.904,47 72.838,80 393,54 77.087,26 168.224,07
Bovinocultura, exceto leite 2.880,00 260.950,30 453.390,84 676.759,60 1.058.490,65 78.540,00 363.605,46 92.894,50 3.072.238,64 110.762,99 12.450,45 3.954.566,35 5.200,00 10.142.729,78Avicultura 14.420,00 6.395,00 33.185,50 4.049,65 518.046,37 5.700,00 645.689,35 4.738,66 118.344,66 1.350.569,19
Apoio à Agric. e Pecuária 76.897,50 1.878,70 56.890,00 2.131,14 90.223,06 18.569,65 167.538,21 1.822,07 1.520,00 130.252,82 291,80 284,00 186.572,16 734.871,11
Produção florestal (nativa) 44.926,50 76.736,00 4.375,84 526,20 221,86 15.915,32 17.822,16 11.310,40 383.275,18 555.109,46
Indústrias Extrativas 68,30 927,10 23.641,96 244.379,09 920,00 49.239,71 150.815,49 48.279,00 4.201.109,68 12.886,49 100.019,09 845.839,41 5.678.125,32
Indústria de Transformação 1.330.948,80 120.128,70 8.201.507,45 2.905.234,49 228.299,58 137.943,10 830.471,07 1.289.851,95 7.929,00 3.442.708,60 966.034,92 28.565.388,15 175.712,97 28.744,55 600.933,31 7.099.989,65 1.823.186,70 152.254,52 21.275.792,74 5.119.605,32 4.464.065,57 28.000,00 41.009.524,77 5.360,00 129.809.615,91Abate e produtos de carne 18.540,00 201.395,30 12.377,30 164.536,44 89.303,32 267.007,33 308,70 129.065,51 1.555,20 18.408,50 570.500,42 87.500,56 339.392,48 2.192.562,14 5.360,00 4.097.813,20
Produção de farinha 33.487,00 33.487,00Curtimento de couro 73.085,78 27.000,00 2.704,00 126.925,30 121.851,16 1.660.413,50 80.417,60 458.096,91 2.550.494,25
Produtos de madeira, exceto móveis 73.085,78 153.830,00 10.666,33 6.987,15 50.931,70 455.012,39 243.264,72 1.282,50 285.485,00 8.164,21 1.109.846,52 177.258,67 1.314.867,60 2.366.620,61 6.257.303,18
Produtos de borracha e material plástico 80.360,00 1.928.287,51 12.159,89 5.293,59 332.249,39 750.429,49 1.800,00 81.539,40 584.187,80 80.337,41 7.235,08 110.466,91 458.714,08 3.271.546,98 7.704.607,53
Móveis 720,00 36.950,93 31.867,97 24.891,72 13.830,40 10.486,86 50.456,55 1.538,73 97.536,90 16.148,06 3.426,41 93.145,84 381.000,37
Eletricidade e Gás 97.830,58 25.099.165,20 21.104,00 77.814,79 150.800,00 1.616.265,11 8.424,26 250.286,00 47.801,98 34.852,00 2.565.494,64 830.292,99 2.790.724,94 124.210,23 14.731.041,04 7.707.534,48 28.000,00 13.749.925,51 69.931.567,75Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação 31,00 1.177,00 43.454,73 352.296,00 4.500,00 73.812,44 21.694,80 41.618,07 144.110,00 14.942,40 79.924,63 960.974,45 1.738.535,52
Construção 179.099,66 6.598.994,98 57.074,60 66.063,13 3.667.808,84 8.250.747,61 7.008.926,88 3.828.697,27 176.244,62 2.395.782,60 32.375,77 147.523,37 3.120.447,97 6.015.278,61 11.321.869,49 2.041.632,87 895.721,03 30.277.048,27 86.081.337,57Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 1.975.277,88 976.158,46 170.847.809,21 2.000,00 27.365.640,17 9.898.166,14 11.606.781,79 8.229.586,98 95.333.985,68 692.327,25 97.362.481,26 15.793.066,68 107.396.645,98 8.562.169,81 3.917.943,54 7.220.993,51 992.125,45 76.525.314,47 50.981.634,14 1.883.389,33 459.189.019,2422.831,91 87.171.373,62 47.673.146,45 746.372,00 467.068.501,46 1.329,21 1.759.436.071,62Transporte, Armazenagem e Correio 30.858,48 2.133.589,01 141.070,97 1.080,00 642.923,44 74.633,32 463.459,82 437.045,61 8.639,14 1.603.849,96 107.149,73 1.778,40 43.028,82 10.948,41 4.201.773,77 366.976,63 2.653.079,51 497.393,41 1.276.949,94 7.064.841,07 21.761.069,44Transporte rodoviário 79.683,29 637.311,57 1.980,82 66.040,00 114.089,36 8.639,14 650.973,64 1.778,40 14.224,00 1.255.859,84 276.307,08 1.934.203,31 356.029,54 11.512,00 3.220.741,48 8.629.373,47
Transporte por navegação interior 303.858,48 712.380,69 259.218,10 44.381,50 952.876,32 36.260,00 5.899,08 228.199,02 48.629,60 57.488,69 2.649.191,48
Alojamento e Alimentação 3.332,15 20.550,00 107.983,81 2.046,10 29.638,80 27.729,61 2.114,53 175.691,18 158.177,85 36.026,35 249.188,58 6.804,00 960,00 60.213,68 196.669,56 207.040,25 150,00 1.112.180,65 269.334,40 284.042,19 1.710,00 1.164.546,97 4.116.130,66Informação e Comunicação 1.000,00 3.738.163,70 41.134,05 23.892.458,21 17.116,09 188.171,95 143.369,30 252.687,34 724.034,47 463.802,76 4.085,77 32.367,50 3.660.686,49 1.108.708,04 1.373.900,83 15.697,00 1.894.399,71 121.114,56 23.182.941,62 149.922,00 61.005.761,39Atividade Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados 5.861,38 24.228,01 34.663,53 38.563,20 38.666,33 14.530,00 419,86 5.181,88 6.910,00 359,80 42.390,24 4.949,47 34.060,17 359.516,03 119.259,00 389.182,00 1.118.740,90Atividades Imobiliárias 669,00 7.888,72 67.181,60 196,00 11.550,00 200.465,00 4.526,51 88.206,22 296.684,57 47.836,13 725.203,75Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas 13.211,76 2.667,32 50.876,73 3.646,38 203.219,22 61.533,42 19.549,39 40.000,00 95,83 285.582,27 92.212,97 2.964,00 271.842,21 321.461,64 65.456,31 1.088.978,04 2.523.297,49
Atividades Administrativas e Serviços Complementares 22.967,00 577.279,31 73.883,98 9.423,92 1.208.487,17 22.919,15 76.447,81 355.359,00 12.366,67 409.248,54 6.038,47 3.398,45 28.013,60 333.212,35 73.781,84 365.819,04 463.227,74 192.197,24 1.895.923,99 6.129.995,27Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 585,00 5.616.359,49 375.917,68 101.189,78 2.318.891,13 5.232.720,68 139.915,79 2.575.363,78 4.900,00 129.764,00 985,00 445.380,08 9.322.449,79 779.608,47 9.998.656,10 7.782.848,19 56.060,00 44.881.594,96Educação 18.868,00 47.920,00 4.336,39 9.480,07 12.580,50 95.700,86 3.790,00 17.298,09 7.700,00 19.960,00 1.237.055,44 505.244,23 527.312,88 242.849,41 365.891,12 2.993.803,85 6.109.790,84Saúde Humana e Serviços Sociais 3.490,00 27.265,57 5.040,83 8.307,20 0,00 710,00 5.917,28 155.466,10 4.630,00 215.854,75 6.538,83 16.031,77 449.252,33
Atividades de atendimeno à saúde humana 44.326,29 2.641,50 31.529,68 368.576,20 718.408,03 670.464,59 1.097,08 33.290,74 47.432,22 231.293,20 70.659,92 338.876,18 555.621,52 159.839,13 107.643,00 2.741.359,70 6.123.058,98
Artes, Cultura, Esporte e Recreação 7.289,98 21.753,05 4.209,80 11.297,10 5.559,05 11.962,91 10.271,00 977,50 40.009,85 10.711,24 557,79 545.210,09 669.809,36Outras Atividades de Serviços 129.759,00 5.600,00 21.505,13 320,14 39.628,33 3.495,87 365.853,94 8.534,09 161.766,98 85.707,17 63.680,16 284.336,65 36.889,44 648.897,77 196.017,69 35.381,00 580.565,77 87.633,79 92.006,97 1.950,00 4.153.870,13 1.045,33 7.004.445,35
Tabela 5 Fluxo das entradas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs do estado Acre –2006 (Tabela 2.3)
24
Seções, Grupos e Ativdadades AC AL AM BA CE DF ES GO MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO TotalAgridultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura
203.905,00 4.963.297,10 314,12 639,00 3.355,52 136.500,00 37.960,00 50.000,00 64.545,10 6.700,00 908.996,00 44.310,00 902,00 3.165.766,80 21.900,00 9.609.090,64
AgriculturaBovinocultura, exceto leite 39.120,00 4.931.297,10 1.699,66 136.500,00 37.960,00 50.000,00 28.500,10 312.920,00 44.310,00 2.000,00 21.900,00 5.606.206,86
Avicultura 314,12 314,12 Apoio à Agric. e Pecuária 14.700,00 180.801,00 19.338,25 214.839,25
Produção florestal (nativa) 150.085,00 32.000,00 1.655,86 415.275,00 3.004.908,55 3.603.924,41 Indústrias Extrativas 82.142,60 18.022,15 3.000,00 221.422,57 6.500,00 13.000,00 344.087,32 Indústria de Transformação 15.025.352,80 26.361,20 41.537.392,85 42.087,50 27.592,35 77.655,01 19.484,02 5.077.488,32 2.185.847,96 1.569.873,56 9.815.137,41 2.146.237,66 8.972,30 163.377,20 1.026,00 6.099.456,55 6.955.520,91 10.791.933,92 2.180,00 32.224.013,64 5.975.436,04 227,00 39.720.165,12 39.133,00 179.531.952,32
Abate e produtos de carne 150.087,40 41.228.093,88 289,53 2.079.483,40 1.922.632,93 1.301.552,56 2.318.643,41 602.722,10 6.107.027,83 5.789.332,50 129.655,21 4.306.330,55 35.608.660,64 101.544.511,94 Produção de farinha 25.478,00 25.478,00 Curtimento de couro 1.322.560,00 190.473,90 12.155,70 29.712.740,00 149.880,00 697.834,00 32.085.643,60
Produtos de madeira, exceto móveis 26.361,20 20.958,35 28.216,09 18.311,00 25.391,20 193.022,35 267.001,00 14.065,95 2.140.891,33 5.169.149,01 757.045,86 3.739.114,13 2.042.912,81 1.455.656,74 2.354.182,29 18.252.279,31
Produtos de borracha e material plástico
161.957,00 38.835,20 1.000,00 71.802,14 88.415,00 1.026,00 61.553,48 2.489,00 348.788,15 5.000,00 105.178,00 886.043,97
Produção de móveis 12.404,59 263,50 806,50 13.334,96 7.463,69 7.890,30 538,64 29.066,75 290.433,41 21.105,00 237.183,14 620.490,48 Eletricidade e Gás 5.991,30 17.821,78 6.800,00 10.162,90 248.804,08 37.000,00 918.885,82 1.245.465,88 Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação
3.238,35 311,89 1,00 322.947,00 139.018,40 3.156,44 468.673,08
Construção 56.143,00 50.541,78 55.585,05 559.120,00 9.731,00 13.268,50 11.614,88 345.579,03 288.270,07 109.211,00 721.408,73 2.220.473,04
Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas
14.554.527,24 47.777,00 8.653.072,38 40.610,80 18.700,31 153.372,06 57.439,58 3.453.457,82 757.046,31 819.770,96 29.407.881,34 111.470,80 10.405,93 47.122,41 4.096,96 1.165.347,64 196.071,23 3.900,40 139.283.551,68 55.959,80 387.498,40 720.473,83 725,32 3.795.084,48 3.801,00 203.749.165,68
Transporte, Armazenagem e Correio
242.385,66 543.438,75 14.785,21 1.459,25 52.688,42 8,00 25.728,01 76.904,57 2.530,91 27.311,70 2.051.693,26 3.038.933,74
Transporte rodoviário 242.385,66 14.785,21 1.459,25 41.585,63 1.307.872,36 1.608.088,11
Transporte por navegação interior -
Alojamento e Alimentação 5.612,00 19.746,10 628.230,81 3.535,00 - 7.950,70 592,00 10.336,00 13.171,12 100,00 2.879,80 46.975,48 240,00 739.369,01 Informação e Comunicação 37.124,26 138.169,20 11.295,88 6.548,50 2.336,24 25.000,00 290.158,18 5.871,69 805.529,01 56.657,51 127.597,15 1.506.287,62 Atividade Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados
30.400,00 30.400,00
Atividades Imobiliárias - Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas
3.200,00 300,00 7.315,88 68.230,40 79.046,28
Atividades Administrativas e Serviços Complementares
90.375,00 300,00 4.990,00 1.583,53 51.859,10 149.107,63
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social
15.229,74 75,00 5.040,00 159.480,00 55.700,52 80.602,90 3.000,00 56.250,00 1.038,72 27.159,64 9.474,58 112.322,71 525.373,81
Educação 12.750,00 759,00 6.433,00 19.942,00
Saúde Humana e Serviços Sociais 17.565,49 72.607,36 90.172,85
Atividades de atendimeno à saúde humana
-
Artes, Cultura, Esporte e Recreação
13.250,00 3.975,00 17.225,00
Outras Atividades de Serviços 36.000,00 134,46 10.291,08 3.612,71 4.180,00 5.984,06 33.957,43 7.050,00 66.889,73 3.318,00 208.287,93 379.705,40
Fonte: SEFAZ/AC. Elaboração própria
Tabela 6 - Fluxo das saídas, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs do estado Acre – 2006 (Tabela 2.4)
25
2.1.2.3 APL Farinha de Mandioca
Os registros referentes à produção de farinha (indústria de transformação) são
insuficientes para análise, para 2006.
No que se refere às saídas de farinha (comércio) há registros para o Amazonas
(R$ 315.390,72) e Rondônia (R$ 55.302,50). Os demais registros de saída são para os
estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, com valores insignificantes
(tabela 6).
Interessa notar que o APL Farinha de Mandioca se destaca diante dos outros.
Entre eles, é o melhor sucedido. Concentrando suas relações com os estados do AM e
DF, ele alcança um valor positivo de R$ 139. 709. 775, 85 (ver tabela 2.5). A relação
com DF chega a representar R$ 108. 598, 431, 78 e o com AM, R$ 31. 111, 344, 07.
Nesse sentido, compete dizer que, apesar do pouco valor que tem o produto farinha de
mandioca, ele esse tem mostrado importante para economia do estado.
26
Seções, Grupos e Ativdadades AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO TotalAgridultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura 67.661,00 0,00 4.786.296,15 0,00 0,00 -2.880,00 -6.192,86 0,00 -370.642,81 0,00 -475.411,68 -562.101,50 -1.809.653,72 -28.540,00 -5.700,00 0,00 0,00 -330.097,30 6.700,00 -99.792,50 -3.505.845,04 44.310,00 -116.186,99 -12.357,45 0,00 -1.506.123,31 16.700,00 -3.909.858,01
Agricultura 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -17.904,47 0,00 0,00 -72.838,80 0,00 -393,54 0,00 0,00 -77.087,26 0,00 -168.224,07
Bovinocultura, exceto leite 39.120,00 0,00 4.931.297,10 0,00 0,00 -2.880,00 0,00 0,00 -260.950,30 0,00 -451.691,18 -540.259,60 -1.020.530,65 -28.540,00 0,00 0,00 0,00 -335.105,36 0,00 -92.894,50 -2.759.318,64 44.310,00 -110.762,99 -12.450,45 0,00 -3.952.566,35 16.700,00 -4.536.522,92
Avicultura -14.420,00 0,00 -6.395,00 0,00 0,00 0,00 314,12 0,00 -33.185,50 0,00 -4.049,65 0,00 -518.046,37 0,00 -5.700,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -645.689,35 0,00 -4.738,66 0,00 0,00 -118.344,66 0,00 -1.350.255,07
Apoio à Agric. e Pecuária -62.197,50 -1.878,70 -56.890,00 0,00 0,00 0,00 -2.131,14 0,00 -90.223,06 0,00 -18.569,65 0,00 -167.538,21 0,00 0,00 0,00 0,00 -1.822,07 0,00 -1.520,00 50.548,18 0,00 -291,80 -284,00 0,00 -167.233,91 0,00 -520.031,86
Produção florestal (nativa) 105.158,50 0,00 -44.736,00 0,00 0,00 0,00 -4.375,84 0,00 -526,20 0,00 1.434,00 -15.915,32 -17.822,16 0,00 0,00 0,00 0,00 -11.310,40 0,00 0,00 31.999,82 0,00 0,00 0,00 0,00 3.004.908,55 0,00 3.048.814,95
Indústrias Extrativas 82.142,60 0,00 18.022,15 0,00 -68,30 0,00 -927,10 0,00 -23.641,96 0,00 -244.379,09 -920,00 -49.239,71 0,00 0,00 0,00 0,00 -147.815,49 0,00 -48.279,00 -3.979.687,11 0,00 -6.386,49 -100.019,09 0,00 -832.839,41 0,00 -5.334.038,00
Indústria de Transformação 13.694.404,00 -93.767,50 33.335.885,40 0,00 -2.863.146,99 -200.707,23 -60.288,09 -810.987,05 3.787.636,37 -7.929,00 -1.256.860,64 603.838,64 -18.750.250,74 1.970.524,69 -19.772,25 -437.556,11 1.026,00 -1.000.533,10 5.132.334,21 -152.254,52 -10.483.858,82 2.180,00 27.104.408,32 1.511.370,47 -27.773,00 -1.289.359,65 33.773,00 49.722.336,41
Abate e produtos de carne 131.547,40 0,00 41.026.698,58 0,00 0,00 0,00 -12.087,77 0,00 1.914.946,96 0,00 1.833.329,61 1.301.552,56 2.051.636,08 -308,70 0,00 0,00 0,00 473.656,59 6.105.472,63 -18.408,50 5.218.832,08 0,00 42.154,65 3.966.938,07 0,00 33.416.098,50 -5.360,00 97.446.698,74
Produção de farinha 0,00 0,00 -33.487,00 0,00 0,00 0,00 25.478,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -8.009,00
Curtimento de couro -73.085,78 0,00 -27.000,00 0,00 0,00 -2.704,00 0,00 0,00 1.322.560,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 190.473,90 0,00 -126.925,30 -109.695,46 0,00 28.052.326,50 69.462,40 0,00 239.737,09 0,00 29.535.149,35
Produtos de madeira, exceto móveis -73.085,78 26.361,20 -153.830,00 0,00 0,00 20.958,35 17.549,76 18.311,00 18.404,05 0,00 142.090,65 -188.011,39 -229.198,77 2.140.891,33 0,00 -1.282,50 0,00 4.883.664,01 748.881,65 0,00 2.629.267,61 0,00 1.865.654,14 140.789,14 0,00 -12.438,32 0,00 11.994.976,13
Produtos de borracha e material plástico 81.597,00 0,00 38.835,20 0,00 -1.928.287,51 0,00 -12.159,89 -5.293,59 -332.249,39 0,00 -749.429,49 -1.800,00 -9.737,26 0,00 0,00 -495.772,80 1.026,00 -18.783,93 -4.746,08 0,00 238.321,24 0,00 -453.714,08 0,00 0,00 -3.166.368,98 0,00 -6.818.563,56
Produção de móveis -720,00 0,00 -36.950,93 0,00 0,00 0,00 -19.463,38 263,50 -24.085,22 0,00 -495,44 0,00 -3.023,17 0,00 0,00 0,00 0,00 -42.566,25 -1.000,09 0,00 -68.470,15 0,00 274.285,35 17.678,59 0,00 144.037,30 0,00 239.490,11
Eletricidade e Gás -91.839,28 0,00 -25.099.165,20 0,00 0,00 -21.104,00 -77.814,79 0,00 -150.800,00 0,00 -1.616.265,11 -8.424,26 -250.286,00 -29.980,20 0,00 -34.852,00 0,00 -2.558.694,64 -830.292,99 10.162,90 -2.541.920,86 -124.210,23 -14.731.041,04 -7.670.534,48 -28.000,00 -12.831.039,69 0,00 -68.686.101,87Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação -31,00 0,00 3.238,35 0,00 0,00 0,00 -1.177,00 0,00 -43.142,84 0,00 -352.295,00 318.447,00 -73.812,44 0,00 -21.694,80 0,00 0,00 97.400,33 -144.110,00 0,00 -14.942,40 0,00 0,00 -79.924,63 0,00 -957.818,01 0,00 -1.269.862,44
Construção -122.956,66 0,00 -6.548.453,20 0,00 -57.074,60 -66.063,13 -3.612.223,79 -8.250.747,61 -6.449.806,88 0,00 -3.818.966,27 -176.244,62 -2.382.514,10 -32.375,77 0,00 -147.523,37 0,00 -3.108.833,09 -5.669.699,58 0,00 -11.033.599,42 0,00 -1.932.421,87 -895.721,03 0,00 -29.555.639,54 0,00 -83.860.864,53Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 12.579.249,36 -928.381,46 -162.194.736,83 -2.000,00 -27.325.029,37 -9.879.465,83 -11.453.409,73 -8.172.147,40-91.880.527,86 -692.327,25 -96.605.434,95 ############-77.988.764,64 -8.450.699,01 -3.907.537,61 -7.173.871,10 -988.028,49 -75.359.966,83 -50.785.562,91 -1.879.488,93 -319.905.467,56 33.127,89 -86.783.875,22 -46.952.672,62 -745.646,68 -463.273.416,98 2.471,79-1.555.686.905,94
Transporte, Armazenagem e Correio 211.527,18 0,00 -1.590.150,26 0,00 -141.070,97 -1.080,00-628.138,23 -74.633,32 -463.459,82 0,00 -435.586,36 -8.639,14 -1.551.161,54 -107.149,73 -1.778,40 -43.020,82 -10.948,41 -4.176.045,76 -366.976,63 0,00 -2.576.174,94 0,00 -494.862,50 -1.249.638,24 0,00 -5.013.147,81 0,00 -18.722.135,70
Transporte rodoviário 242.385,66 0,00 -79.683,29 0,00 0,00 0,00 -622.526,36 -1.980,82 -66.040,00 0,00 -112.630,11 -8.639,14 -609.388,01 0,00 -1.778,40 -14.224,00 0,00 -1.255.859,84 -276.307,08 0,00 -1.934.203,31 0,00 -356.029,54 -11.512,00 0,00 -1.912.869,12 0,00 -7.021.285,36
Transporte por navegação interior -303.858,48 0,00 -712.380,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -259.218,10 0,00 -44.381,50 0,00 -952.876,32 0,00 0,00 0,00 0,00-36.260,00 -5.899,08 0,00 -228.199,02 0,00 0,00 -48.629,60 0,00 -57.488,69 0,00 -2.649.191,48
Alojamento e Alimentação 2.279,85 -20.550,00 -88.237,71 0,00 -2.046,10 -29.638,80600.501,20 -2.114,53 -172.156,18 0,00 -158.177,85 -36.026,35 -241.237,88 -6.212,00 -960,00 -49.877,68 0,00 -196.669,56 -207.040,25 -150,00 -1.099.009,53 0,00 -269.234,40 -281.162,39 -1.710,00 -1.117.571,49 240,00 -3.376.761,65
Informação e Comunicação 36.124,26 0,00 -3.738.163,70 0,00 -41.134,05 0,00 -23.892.458,21 -17.116,09 -50.002,75 0,00 -143.369,30 -241.391,46 -717.485,97 -461.466,52 -4.085,77 -7.367,50 0,00 -3.370.528,31 -1.102.836,35 0,00 -568.371,82 -15.697,00 -1.837.742,20 -121.114,56 0,00 -23.055.344,47 -149.922,00 -59.499.473,77Atividade Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados -5.861,38 0,00 -24.228,01 0,00 -34.663,53 0,00 -38.563,20 0,00 -38.666,33 0,00 15.870,00 -419,86 -5.181,88 0,00 -6.910,00 -359,80 0,00 -42.390,24 -4.949,47 0,00 -34.060,17 0,00 -359.516,03 -119.259,00 0,00 -389.182,00 0,00 -1.088.340,90
Atividades Imobiliárias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -669,00 0,00 -7.888,72 0,00 -67.181,60 -196,00 -11.550,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -200.465,00 -4.526,51 0,00 -88.206,22 0,00 0,00 -296.684,57 0,00 -47.836,13 0,00 -725.203,75Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas -10.011,76 0,00 0,00 0,00 -2.667,32 0,00 -50.876,73 -3.646,38 -203.219,22 0,00 -61.233,42 0,00 -19.549,39 -40.000,00 0,00 -95,83 0,00 -285.582,27 -92.212,97 -2.964,00 -264.526,33 0,00 -321.461,64 -65.456,31 0,00 -1.020.747,64 0,00 -2.444.251,21Atividades Administrativas e Serviços Complementares 67.408,00 0,00 -577.279,31 0,00 -73.883,98 -9.423,92 -1.208.487,17 -22.919,15 -76.147,81 0,00 -355.359,00 -12.366,67 -409.248,54 -6.038,47 -3.398,45 -28.013,60 0,00 -333.212,35 -73.781,84 0,00 -360.829,04 0,00 -463.227,74 -190.613,71 0,00 -1.844.064,89 0,00 -5.980.887,64Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 14.644,74 0,00 -5.616.359,49 0,00 -375.842,68 5.040,00 58.290,22 0,00 -2.263.190,61 0,00 -5.152.117,78 -139.915,79 -2.572.363,78 56.250,00 -4.900,00 -129.764,00 0,00 53,72 -445.380,08 0,00 -9.295.290,15 0,00 -779.608,47 -9.989.181,52 0,00 -7.670.525,48 -56.060,00 -44.356.221,15
Educação 0,00 0,00 -18.868,00 0,00 -47.920,00 -4.336,39 -9.480,07 0,00 -12.580,50 0,00 -82.950,86 -3.790,00 -17.298,09 0,00 -7.700,00 -19.960,00 0,00 -1.237.055,44 -504.485,23 0,00 -527.312,88 0,00 -242.849,41 -365.891,12 0,00 -2.987.370,85 0,00 -6.089.848,84
Saúde Humana e Serviços Sociais 0,00 0,00 0,00 0,00 -3.490,00 -27.265,57 -5.040,83 0,00 -8.307,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -710,00 0,00 -5.917,28 -155.466,10 0,00 12.935,49 0,00 -215.854,75 -6.538,83 0,00 56.575,59 0,00 -359.079,48
Atividades de atendimeno à saúde humana 0,00 0,00 -44.326,29 0,00 -2.641,50 -31.529,68 -368.576,20 0,00 -718.408,03 0,00 -670.464,59 -1.097,08 -33.290,74 -47.432,22 0,00 -231.293,20 0,00 -70.659,92 -338.876,18 0,00 -555.621,52 0,00 -159.839,13 -107.643,00 0,00 -2.741.359,70 0,00 -6.123.058,98
Artes, Cultura, Esporte e Recreação 0,00 0,00 -7.289,98 0,00 -21.753,05 0,00 -4.209,80 0,00 -11.297,10 0,00 -5.559,05 0,00 -11.962,91 0,00 0,00 0,00 0,00 -10.271,00 -977,50 0,00 -26.759,85 0,00 -10.711,24 -557,79 0,00 -541.235,09 0,00 -652.584,36
Outras Atividades de Serviços -93.759,00 -5.600,00 -21.370,67 -320,14 -39.628,33 -3.495,87 -355.562,86 -8.534,09 -158.154,27 0,00 -81.527,17 -63.680,16 -278.352,59 -36.889,44 0,00 0,00 0,00 -614.940,34 -188.967,69 -35.381,00 -513.676,04 0,00 -87.633,79 -88.688,97 -1.950,00 -3.945.582,20 -1.045,33 -6.624.739,95
Fonte: SEFAZ/XX. Elaboração própria
Tabela 7 - Saldo das transações, por estado, das principais atividades econômicas e dos APLs do estado XXXX – 2006 (Tabela 2.5)
27
2.2. Fluxo de Comércio Internacional do Estado
Diferente do verificado no comércio interestadual, o Acre obteve superávit com
o comércio exterior (tabela abaixo). Superávit obtido quase que exclusivamente pelo
setor da indústria de transformação. A saída de produtos de madeira contribuiu com
cerca de 47% do saldo. Depois vieram as saídas de produtos de borracha.
Do lado das entradas, os produtos de informática, eletrônicos e ópticos atingem
45% do valor das importações do Acre. Em seguida vem a importação de máquinas e
equipamentos (motores, bombas, tratores e ferramentas), com 31% de participação. Em
menor valor, vem a importação de veículos automotores (mais reboques e carrocerias) e
produtos alimentícios, com 6,4% (Gráfico 3).
Gráfico 3 - Balança comercial internacional das transações do estado Acre, segundo suas principais atividades econômicas– 2006
Fonte: Tabela 8
28
ATIVIDADES Entradas (R$) Part. Entradas Saídas (R$) Part. Saídas Saldo Part. SaldoIndústria de Transformação 4.400.559,47 100,0% 42.401.541,34 99,7% 38.000.981,87 99,7%Produtos alimentícios 282.805,96 6,4% 221.640,14 0,5%Produtos de madeira 20.115.032,78 47,4%Produtos de papel 74.640,23 1,7% 0,0%Produtos químicos 230.470,75 0,5%Produtos de borracha e de material plástico 40.584,27 0,9% 6.381.515,53 15,1%Minerais não-metálicos 1.211.056,23 2,9%Metalúrgica 1.246,91 0,0% 0,0%Produtos de metal 19.073,52 0,4% 0,0%Produtos de informátiica, eletrôn. e ópticos 2.016.863,88 45,8% 0,0%Máq., aparelhos e mater elétricos 5.335,80 0,1% 0,0%Máq. e equipamentos (motores, bombas, tratores e ferramentas) 1.376.944,68 31,3% 0,0%Veículos automotores, reboques e carrocerias 583.064,23 13,2% 0,0%Atividades Administrativas e Serviços Complementares 116.523,60 0,3% 116523,6 0,3%TOTAL 4.400.559,47 42.518.064,97 38.117.505,47 100,0%
Fonte: MDIC. Elaboração própria
Tabela 8 - Balança comercial internacional das transações do estado Acre, segundo suas principais atividades econômicas– 2006 (Tabela 2.6)
29
2.3. Fluxo de Comércio Total
Combinando das tabelas 2.2 e 2.7 do TR, para a composição global do fluxo de
comércio do Acre modifica pouquíssima coisa nas análises que já foram realizadas
isoladamente em cada tabela, primeiro pelo baixo valor das exportações do estado,
segundo, em função do comércio exterior concentrar-se completamente no
setor/atividade indústria de transformação.
Malgrado essa diminuta participação do comércio exterior, faremos algumas
observações. As exportações se concentram em produtos madeireiros (conforme
descrição da CNAE, registrada acima, basicamente sem a agregação de valor), com
participação de 47%, seguido por um valor muito menor das atividades ligadas à
borracha, com 15%.
30
Seções, Grupos e AtivdadadesSaídas p/ Estados
(R$)Part. % Saídas
Export. (R$)Part.
Export.Total Saídas ($)
Entradas de outros Estados ($)
Part. % Entradas
Import. ($)Part. Import.
Total Entradas Saldo BC ($)
Agridultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura
9.608.190,64 2,38% 9.608.190,64 13.518.948,65 0,61% 17.919.508,12 -8.311.317,48
Agricultura 10.142.729,78Bovinocultura, exceto leite 1.350.569,19 10.142.729,78
Avicultura 734.871,11 1.350.569,19Apoio à agric. e pecuária 555.109,46 734.871,11
Produção florestal (nativa) 555.109,46Indústrias Extrativas 344.087,32 0,09% 344.087,32 5.678.125,32 0,25% 5.678.125,32 -5.334.038,00Indústria de Transformação 179.531.952,32 44,46% 42.401.541,34 99,73% 221.933.493,66 129.781.615,91 5,83% 4.400.559,47 100,00% 134.182.175,38 87.751.318,28
Abate e produtos de carne 4.097.813,20 4.097.813,20Produção de farinha 33.487,00 33.487,00Curtimento de couro 2.550.494,25 2.550.494,25
Produtos de madeira, exceto móveis 6.257.303,18 6.257.303,18Produtos de borracha e material plástico 7.704.607,53 7.704.607,53
Produção de móveis 381.000,37 381.000,37Eletricidade e Gás 1.245.465,94 0,31% 1.245.465,94 69.931.567,75 3,14% 69.931.567,75 -68.686.101,81Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação
468.673,08 0,12% 468.673,08 1.738.535,52 0,08% 1.738.535,52 -1.269.862,44
Construção 2.220.473,04 0,55% 2.220.473,04 86.081.337,57 3,86% 86.081.337,57 -83.860.864,53Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas
203.749.165,68 50,46% 203.749.165,68 1.759.436.071,62 78,98% 1.759.436.071,62 -1.555.686.905,94
Transporte, Armazenagem e Correio 3.038.934,44 0,75% 3.038.934,44 21.761.069,44 0,98% 21.761.069,44 -18.722.135,00Transporte rodoviário 8.629.373,47 8.629.373,47
Transporte por navegação interior 2.649.191,48 2.649.191,48Alojamento e Alimentação 739.469,01 0,18% 739.469,01 4.116.130,66 0,18% 4.116.130,66 -3.376.661,65Informação e Comunicação 1.551.287,62 0,38% 1.551.287,62 61.005.761,39 2,74% 61.005.761,39 -59.454.473,77Atividade Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados
30.400,00 0,01% 30.400,00 1.118.740,90 0,05% 1.118.740,90 -1.088.340,90
Atividades Imobiliárias 0,00 0,00% 116.523,60 725.203,75 0,03% 725.203,75 -608.680,15Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas
79.046,28 0,02% 79.046,28 2.523.297,49 0,11% 2.523.297,49 -2.444.251,21
Atividades Administrativas e Serviços Complementares
149.107,63 0,04% 116.523,60 0,27% 265.631,23 6.129.995,27 0,28% 6.129.995,27 -5.864.364,04
Administração Pública, Defesa e Seguridade Social
525.373,81 0,13% 525.373,81 44.881.594,96 2,01% 44.881.594,96 -44.356.221,15
Educação 19.942,00 0,00% 19.942,00 6.109.790,84 0,27% 6.109.790,84 -6.089.848,84Saúde Humana e Serviços Sociais 90.172,85 0,02% 90.172,85 6.123.058,98 0,27% 6.123.058,98 -6.032.886,13
Atividades de atendimeno à saúde humana 4.568.518,45 4.568.518,45Outras Atividades de Serviços 379.705,40 0,09% 379.705,40 7.004.445,35 0,31% 7.004.445,35 -6.624.739,95
Tabela 2.7. Balança Comercial Total das transações do estado Acre, segundo suas principais atividades econômicas – 2006
Fonte: MDIC. Elaboração própria
31
3 A IMPORTÂNCIA DOS APLs NO FLUXO DE COMÉRCIO DO ES TADO
Como foi assinalado acima, na relação comercial interestadual, o aspecto que
aflora com destaque incomum é a situação de déficit do Acre com todas as regiões. A
região Sudeste respondendo por 49% do total desse déficit, seguida pela região Norte
com 28%. As regiões Centro-Oeste e Sul respondem por 14% e 13%, respectivamente.
As regiões Sudeste e Norte são as maiores parceiras comerciais do Acre, com as
quais, portanto, interessa ao estado aprofundar relações. Mas são, ao mesmo tempo,
responsáveis por 69% do déficit comercial do estado. 70% das entradas (compras) são
provenientes destas duas regiões e 27% das regiões Centro-Oeste e Sul em conjunto
(tabela 2.1 e gráfico 2).
Sabemos que quase 60% das saídas (vendas) do estado são destinadas para a
própria região Norte. E que 63% destes 60% são vendas para Rondônia – as saídas para
este estado correspondem a 38% de total - e o estado do Amazonas é o segundo
comprador do Acre [23% das vendas para o Norte e 14% do total]). As regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Sul recebem os outros 40% das saídas totais do Acre, com 15, 13 e 12%,
respectivamente, sendo São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul os principais
destinos nestas regiões, por ordem de importância, com 13, 10 e 8%, respectivamente.
Analisado o fluxo de comércio por atividade, percebe-se que 91% do déficit
total correspondem às trocas na esfera do setor (atividades) de comércio, reparação de
veículos automotores e motocicletas. O setor (atividade) de construção, por sua vez, é o
segundo a contribuir com o déficit total (5%). Eletricidade e gás (4%), informação e
comunicação (3,48%) e administração pública (2,6%) completam a lista dos primeiros
em termos de participação no déficit total.
Diante desse cenário, porém, as saídas (vendas) correspondem apenas a 18% dos
valores das entradas (compras), mostrando-se muito débeis. E de todas as atividades
econômicas do estado, apenas a indústria da transformação (classificação da CNAE)
não incorre em déficit nessa situação.
O grupo que mais contribui dentro do setor (atividade) indústria da
transformação é o de abate e produção de produtos de carne, seguido pelo grupo
curtimento de couro. Somente após isso, vêm os produtos de madeira (exceto móveis) e
32
produção de móveis contribuindo para a existência de superávit, em menor intensidade
para a existência isolada de superávit da atividade da indústria de transformação.
O grupo produção florestal (nativa), contido na atividade agricultura/produção
florestal, registra superávit de maneira isolada. A partir da tabela 5 (Fluxo das entradas,
por estados, das principais atividades econômicas e dos APLs - 2006), verifica-se que o
setor (atividades) Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aqüicultura é
superavitário, alcançando um montante de R$ 13. 515, 948, 65.
Com isso e com a valorização da madeira e seus subprodutos constando no
centro das políticas estatais, poder-se-ia esperar expressivo peso da produção de
madeira na economia estadual. Contudo, não é bem assim. É certo, como ressaltado
acima, que ele contribui para o superávit, mas os produtos de madeira, como
classificado acima, contribuem com menos de 1%.
Por outro lado, o APL Florestal/Madeireiro, segundo levantamentos efetuados
pela Secretaria de Estado da Fazenda (2008), obteve com a comercialização dos
produtos o valor de R$ 22.372.748.90. Ele se estabeleceu em 10 (dez) municípios. São
eles: 1) Acrelândia, 2) Epitaciolândia, 3) Rio Branco, 4) Capixaba, 5) Feijó, 6) Sena
Madureira, 7) Cruzeiro do Sul, 8) Porto Acre, 9) Tarauacá e 10) Xapuri.
O APL madeireiro é composto especificamente por indústrias que realizam o
primeiro beneficiamento das toras de madeira retiradas da floresta, caracterizadas em
sua maioria como serrarias. Já os produtos daí resultantes (trabalhados pelo setor
moveleiro) têm boa saída no mercado regional, devido à qualidade e ao fato de produto
ser certificado dentro dos “planos de manejo” homologados em áreas próprias.
De acordo com Arcos (2007) para a madeira certificada o mercado impõe o
custo, por ser produto certificado que obedece a critérios rígidos de fiscalização, pois o
menor descuido com as normas impostas pela empresa certificadora é o mínimo motivo
para se perder a tutela da certificação, que uma vez retirada não volta mais. Obedecendo
a essa lógica, é considerada a cadeia de custódia do produto florestal manejado e
certificado, ou seja, um registro da madeira como forma de identificação e procedência,
pois através da cadeia de custódia identifica-se rapidamente a origem do produto, que já
passou por etapas como extração, beneficiamento, produção (transformação) e
comercialização.
33
Entre os impactos positivos esperados em relação ao desenvolvimento desse
APL estão: desenvolvimento de lideranças e de equipes, administração de conflitos,
condução de reuniões e captação de recursos, a melhoria no processamento e na
qualidade dos produtos, maior aproveitamento da matéria-prima, redução do
desperdício no processo produtivo, aproveitamento de resíduos com geração de
subprodutos com valor agregado e inovação de produtos e em alguns casos indústrias de
compensados e laminados, sendo as duas últimas voltadas à fabricação de produtos
destinados ao mercado externo e interno.
No âmbito do APL madeireiro, destacam-se a experiência da Cooperfloresta que
trabalha com manejo comunitário e madeira certificada e mais duas indústrias
certificadas pela CFS. Nesta perspectiva e diante das fases de implantação do
Zoneamento Ecológico Econômico do Estado (política governamental voltada para o
levantamento das potencialidades econômicas e naturais do estado), fora identificado
que Rio Branco concentra 38,5% (média de 22 indústrias) das empresas madeireiras do
Estado. De outro lado, identificou-se que 8,77% das empresas madeireiras do Estado
estão sediadas em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do estado e a maior da
regional do Juruá, onde o setor madeireiro gera empregos diretos e indiretos com
variação de 10 a 60 postos de trabalho.
Com a pesquisa realizada, constatou-se que 85,73% da matéria-prima são
provenientes de Planos de Manejo; 52,5% é de floresta própria; 83,81% utilizam
matéria-prima do próprio município; e 86% das empresas apresentam uma taxa de
ocupação de aproximadamente 3 mil m².
Como em geral se pensa em relação ao APL Madeireiro, o APL Móveis deveria
ser central e forte na economia estadual, mas não o é. Ele é responsável por déficit na
balança comercial do estado. Ainda assim, ele permanece importante, pois tem impacto
em outros ramos da produção: compensado, laminado, artefatos, móveis e construção de
casas.
Nove (9) foram os municípios em que essa atividade ganhou espaço, a saber: 1)
Acrelândia, 2) Epitaciolândia, 3) Rio Branco (capital do estado), 4) Capixaba, 5) Feijó,
6) Sena Madureira, 7) Cruzeiro do Sul, 8) Porto Acre e 9) Tarauacá. Um dos resultados
daí colhidos foi a criação de inúmeras marcenarias e movelarias e a formação de novos
marceneiros, inserção de jovens e mulheres no processo de produção.
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De forma surpreendente, o APL Farinha de Mandioca se destaca diante dos
outros, sendo bem sucedido no saldo das transações, por estado, das principais
atividades econômicas e dos APLs do estado (2006). Embora concentrando suas
relações com os estados do AM e DF, ele alcança um valor positivo de 139. 709. 775,
85 (ver tabela 2.5). A relação com DF chega a representar 108. 598, 431, 78 e a com
AM, 31. 111, 344, 07. Nesse sentido, compete dizer que, apesar do pouco valor que tem
o produto farinha de mandioca, ele se tem mostrado importante para economia do
estado.
O APL Farinha de Mandioca encontra-se em 13 (treze) municípios do estado: 1)
Acrelândia, 2) Porto Acre, 3) Brasiléia, 4) Epitaciolândia, 5) Porto Walter, 6) Bujari, 7)
Mâncio Lima, 8) Rio Branco, 9) Capixaba, 10) Marechal Thaumaturgo, 11) Rodrigues
Alves, 12 Sena Madureira e 13) Cruzeiro do Sul. Nesta última cidade, o APL é liderado
pela CASAVAJ e envolve 6 (seis) associações de produtores, somando um total de 140
famílias envolvidas no projeto.
O “produto mandioca” tem outros subprodutos como a fécula de mandioca e a
farinha (tradicional alimento nas comunidades urbanas e rurais dos municípios do
Estado). A fécula, um de seus subprodutos, tem baixa produção mas, em compensação,
consegue melhor valor de compra. Esse produto é promissor, pois começa a ser
apreciado no ramo da gastronomia, chegando às redes de restaurantes e hotelarias.
O APL Castanha fez do Acre o maior produtor brasileiro de castanha-do-brasil,
com aproximadamente 11 mil toneladas/ano, representando cerca de 50% da produção
nacional. Ele é responsável pelo sustento de, aproximadamente, 4000 mil famílias.
Com algumas ações de fomento e apoio ao APL, observou-se a elevação da
renda familiar, pois em 1998 a renda anual do extrativista (castanheiro) chegava a R$
750,00. Já em 2006, verificou-se melhora nos ganhos dos atores sociais. Neste ano a
quantia de R$ 3.300,00 representou um aumento de 450%.
Vale ressaltar a parceria do Estado com a Cooperacre, que atualmente possui a
concessão da usina de beneficiamento de castanha no município de Brasiléia. Esta
instituição atua em 11 municípios, agregando 20 organizações extrativistas, gerando
empregos diretos e beneficiando mais de 1.900 produtores. São 7 (sete) os municípios
em que o APL Castanha se faz presente: Acrelândia, Capixaba, Sena Madureira,
Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Bujari e Rio Branco.
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A castanha-do-brasil pelo seu forte incremento na economia também passou
pelo processo de certificação, uma vez que se trata de produto de fama internacional.
Nesse sentido, 149 famílias receberam as visitas de inspeção para certificação orgânica
durante o primeiro ano do projeto, ao todo 48% das famílias foram certificadas. A partir
do processo de certificação das famílias, houve a exportação de 2 contêineres de
castanha convencional para a trade suíça Equal Exchange e 01 contêiner de castanha
certificada FLO para a Cooperativa Chico Mendes na Itália.
O Projeto Castanha Acre-Brasil tem participação nas principais feiras voltadas
para negócios, no setor da fruticultura e para produtos agro-ecológicos. Levantado os
indicadores de mercado para castanha comum, beneficiada e certificada (SEAPROF,
2009).
No total de saídas para exportação ou interestadual, segundo a Divisão de
Estudos Econômicos Fiscais (2009) da Secretaria de Estado da Fazenda, este APL
obteve um volume de R$ 8.522.608.70 para o ano base de 2008.
De forma geral, é inegável a importância social e comercial dos APLS no estado
– inclusive para a região do Juruá. Mas, quando analisados à luz dos dados aqui
trazidos, representam uma debilidade marcante do estado. Além da troca desigual
(representam mais déficit do que superávit), eles representam de forma flagrante a
opção do estado em trabalhar com produtos primários, com pouco ou nenhum valor
agregado. A isto é que se chama de reprimarização da economia estatal. Pelo cenário, é
muito pouco provável que eles venham a reverter o resultado de saldos e débitos da
balança comercial do estado
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BIBLIOGRAFIA
CELENTANO, Danielle.; VERÍSSIMO, Adalberto. A Amazônia e os Objetivos do Milênio . Belém, Imazon, 2007.
IPEA. Ipeadata social. Renda http://www.ipeadata.gov.br. 2009. (Acesso em 27/08/09)
PAULA, Elder A. (2005 (Des)envolvimento Insustentável na Amazônia Ocidental, dos missionários do progresso aos mercadores da natureza. Edufac: Rio Branco, 2005.
ANEXOS
Anexo I - Variação acumulada do volume do valor adicionado bruto do Acre, por atividades econômica, 2003-2006
ATIVIDADES ECONÔMICAS 2003 2004 2005 2006 Agricultura, silvicultura e exploração florestal 115,1 125 139,1 116,2
Pecuária e pesca 101 108,3 110,9 120,9
Indústria extrativa mineral 73,6 95 130,9 134,1
Indústrias de transformação 104,9 128,9 133,3 144,1
Construção 91,6 98,6 112,1 145
Produção e distribuição de eletricidade e gás, água 98,5 116,7 127,4 138
Comércio e serviços manutenção 96,8 105,2 120,5 136,2
Serviços de alojamento e alimentação 98,7 103 104,9 117,8
Transportes, armazenagem e correio 82 81,4 91,2 99,1
Serviços de informação 125 146,1 184,2 194,9
Intermediação financeira, seguros e previdência complementar 95,9 101,9 116,2 133
Serviços prestados às famílias e associativos 101 121,7 121,5 128,8
Serviços prestados às empresas 102,4 112,9 130,3 140,1
Atividades imobiliárias e aluguel 109,4 118,8 123,5 123,2
Administração, saúde e educação públicas 107 112,8 114,9 118,5
Saúde e educação mercantis 110 133,7 139,3 152,1 Fonte: Contas Regionais do Brasil, 2003-2006, elaboração própria.
Anexo II - Com uso de satélites, empresa aperfeiçoa manejo florestal9 Fábio Pontes, do Jornal A Gazeta, 26 de Agosto de 2009 08:53 Acre é o principal produtor de madeira certificada do Brasil, com mais de 80% das exportações brasileiras de compensados
Do monitor de seu GPS, José Ribamar localiza a próxima árvore a ser cortada dentro de uma imensa área verde de floresta localizada 30 quilômetros antes da cidade de Sena Madureira. Há pouco mais de um ano trabalhando no corte manejado de espécies vegetais da Amazônia, Ribamar diz que não há dificuldades em manusear o aparelho. Junto com motosserras e equipamentos de proteção individual, o GPS passa a ser um importante instrumento de trabalho nas áreas de manejo florestal do Estado.
Desenvolvido pelo agrônomo Evandro Ofanor, da Embrapa-AC (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o Modeflora (Modelo Digital de Exploração Florestal) permite através do uso de satélites a localização precisa das árvores que podem ser abatidas. “O erro é de no máximo dois metros”, diz Jandir Santin, proprietário da Laminados Triunfo. Com uma área de exploração de quase oito mil hectares, a empresa é a pioneira no uso dessa tecnologia.
9 http://www.agazeta.net/index.php?option=com_content&view=article&id=7633:com-uso-de-satelites-
empresa-aperfeicoa-manejo-florestal&catid=46:amaz&Itemid=292
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Na última segunda-feira (24), a convite da Fieac (Federação das Indústrias do Acre), A GAZETA visitou o Plano de Manejo Florestal Sustentável da Laminados Triunfo, e conheceu de perto como funciona este novo sistema. Com o uso do Modeflora, a empresa diminuiu sensivelmente seus custos operacionais na retirada da madeira de dentro da floresta. Além de o impacto ambiental ser ainda menor.
Caminhão deixa manejo com as toras certificadas; preocupação com os cortes garantem sustentabilidade
(Foto: Fábio Pontes/A Gazeta)
Dentro da gleba da Laminados foram construídas pequenas estradas, por onde passam todas as toras retiradas. A tecnologia é simples e fácil de ser trabalhada. Acionado, o programa localiza o ponto exato da árvore que pode ser derrubada. Somente espécies com mais de 50 centímetros de diâmetro podem ser extraídas. Além disso, é preciso que ela seja adulta e que sua derrubada não prejudique a área que está em seu entorno.
O GPS localiza um Jatobá pronto para ser serrado. Ao chegar nele descobre que trata-se de um porta-sementes – árvore que não pode ser extraída por ser responsável pela reprodução florestal de toda a área em seu entorno. Uma espécie como essa renderia madeira suficiente para construir duas casas populares de 5m2, como as do PSH (Programa de Subsídio Habitacional), do governo estadual. “Aos olhos de qualquer empresário é uma árvores que, economicamente, lhe traria muitos benefícios. Mas a conservação está acima de tudo. É preciso respeitar a natureza. Aqui temos uma grande quantidade de mogno, mas preservamos, e não vamos questionar o que é legal”, diz Santin. “Ainda tem pessoas que criticam o manejo florestal, dizendo que ele não é sustentável”. Metros à frente, o GPS aponta outra árvore
Operador prepara a tora para ser embarcada no caminhão (Foto: Fábio Pontes/A Gazeta)
que pode ser recolhida da floresta. É um abil-goiabão. Sua madeira é usada para fabricar os cabos de terçados e foices.
Antes de derrubá-la, José Ribamar olha a área ao redor e “calcula” para qual direção cairá o tronco. É um trabalho de olhõmetro. Não há nada exato. Os galhos e cipós em seu redor podem arrastá-la para qualquer lado. É um trabalho arriscado, que exige muita perícia. Em outros anos, era comum a notícia de trabalhadores que morriam esmagadas durante as derrubadas. Eram pessoas que trabalhavam sem a mínima orientação.
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Hoje o cenário é outro. O uso de capacetes dentro do plano de manejo é obrigatório; até para os visitantes. Afinal de contas, não se sabe o que pode cair desse misterioso e envolvente céu verde que é formado pela copa das árvores. Limpada a área que cerca o abil-goiabão. Ribamar liga a motosserra e começa o corte. Minutos depois, ouve-se um estalo. Ela está cortada, mas não cai. No topo, galhos enroscados nela a impedem de vir “madeira abaixo”.
Sua retirada será feita somente com a ajuda de um trato que “rasga” a floresta à dentro. Quem olha para aquele caminho quase não acredita que por ali passa um enorme trator. Com o Modeflora, os tratores não precisam fazer ziguezagues dentro da floresta para retirar a árvore. Agora eles percorrem uma linha reta, o que reduz os impactos ambientais. FSC: uma questão de sobrevivência para madeireiras
Mesmo com a tecnologia, os manejadores não dispensam o uso de faixas sinalizadoras dentro da floresta para marcar o trajeto. É uma forma tradicional para não se perder. Toda a mão-de-obra usada pela Laminados Triunfo são de moradores das comunidades próximas à área de manejo. Mas o maior valor que a empresa tem dentro de sua área, e que luta a cada dia para mantê-lo, é o FSC (Forest Stewardship Counci), conhecido como selo verde.
É isso que garante a legalidade da madeira retirada da Amazônia. Além disso, o FSC assegura que a árvore foi retirada de forma manejada, e com poucos impactos para a floresta. É o selo verde, ainda, que garante um alto valor de mercado das toras retiradas. É cada vez maior o número de empresas e governos que exigem a certificação para comprar madeira.
Toda madeira que é serrada é selecionada por meio do GPS (Foto: Fábio Pontes/A Gazeta)
Para manter o FSC não é fácil. A empresa deve cumprir cada exigência imposta pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) - ONG brasileira responsável pela emissão do FSC. Essa semana o plano de manejo da Triunfo receberá a visita de técnicos do Imaflora. Durante uma semana eles irão vistoriar a área para verificar a correta aplicação das normas de sustentabilidade.
Com os apelos ambientais que tomam de conta do mundo, o FSC é uma questão de sobrevivência para as madeireiras. “Quem não se certificar fica de fora do mercado. Mais de 90% das toras retiradas no Acre são de manejo florestal sustentável”, diz Fátima Adelaide, presidente do Assimanejo (Associação de Manejadores de Madeira do Acre). A Inglaterra é o principal mercado consumidor da madeira beneficiada pela Triunfo.
Em 2008, 93% de sua produção foi comprada pelos ingleses. A empresa é responsável por 70% da madeira tropical compensada exportada pelo Brasil. Também ano passado, o volume de exportações chegou a US$ 10 milhões. A meta é chegar a US$ 50 milhões em 2011, quando a Triunfo espera estar com 100% de sua capacidade instalada em operação. Hoje, o Acre é o principal produtor de madeira certificada do Brasil. Mais de 80% das exportações brasileiras de compensados oriundos de plano de manejo são de empresas acreanas. É o primeiro passo para explorar economicamente, de forma sustentável, a Amazônia, mas pensando no bem-estar das futuras gerações.
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O rigor do Código Florestal Brasileiro
Além de cumprir normas rigorosas para a manutenção de seu selo verde, as madeireiras certificadas precisam cumprir à risca o Código Florestal Brasileiro, que impõem uma série de restrições. Segundo a legislação, nenhuma espécie vegetal a uma distância de 30 metros das margens de qualquer manancial pode ser retirada.
Madeira com o selo verde no Acre é exportada, em sua maioria, para os mercados externos (Foto: Fábio
Pontes/A Gazeta)
Cerca de 65% do Plano de Manejo Florestal Sustentável da Laminados Triunfo está dentro de APP (Área de Proteção Permanente). “São áreas intocáveis”, resume Walteir Costa, técnico florestal. Mesmo dona de oito mil hectares, a Triunfo atualmente explora pouco menos de dois mil. Destes, a empresa irá retirar 18 mil m3 de madeira.
São quase 400 caminhões de toras retirados. Além de explorar sua área particular, a Triunfo ganhou a licitação para a prática do manejo sustentável dentro da Floresta Estadual do Antimary. Em 25 anos, ela poderá usar a região como uma fonte de matéria-prima. Essa é uma das áreas verdes mais ricas do Acre.
As espécies mais comuns encontradas ali são o cumaru-ferro, sumaúma e açacu. Hoje, apenas 3% da Amazônia Legal é manejada. m resumo, o Manejo Florestal é um conjunto de técnicas empregadas para colher cuidadosamente parte das árvores grandes de tal maneira que as menores, a serem colhidas futuramente, sejam protegidas. Com a adoção do manejo a produção de madeira pode ser contínua ao longo dos anos.