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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS Notícias do Ténis Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt Maio 2008 NESTA EDIÇÃO: Bimestral, N.º 4 Publicação Online Frederico Gil Estrelas Portuguesas no Estoril Open 08 João Sousa Rui Machado MICHELLE volta a fazer História em Miami “...Quando estava a perder por 5-1 só pensei: isto é o Sony Ericsson Open, é um grande tor- neio do Mundo, e tenho de lutar. Não ficava bem perder por 6-1, então lutei, fiz tudo e ganhei. Não sei como...” Michelle Larcher de Brito fala do épico percurso no Sony Ericsson Open de Miami À ESPERA DO CHIPRE Portugal derrotou a Tunísia, por 4-1, na primeira eliminatória da Taça Davis 2008, no Clube de Ténis do Estoril. Em Julho, a Selecção recebe o Chipre, de Marcos Baghdatis, no Lawn Tennis Clube da Foz Circuito FPT/CIMA Ana Nogueira e Rui Machado Vencem 23.º Open Fundação da Cidade Vila Real Sto. António João Sousa Entrevista com 0 jovem radicado em Barcelona PNDT Etapas do Circuito Nacional de Sub 10 em imagem ‘Live it well - Ténis 2008’ Mais que um Evento, uma Atitude

NT - Maio 2008

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Notícias do Ténis - Maio 2008

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Notícias do Ténis

Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt

Maio 2008

NESTA EDIÇÃO:

Bimestral, N.º 4 Publicação Online

Frederico Gil

Estrelas Portuguesas no Estoril Open 08

João Sousa Rui Machado

MICHELLE volta a fazer História em Miami “...Quando estava a perder por 5-1 só pensei: isto é o Sony Ericsson Open, é um grande tor-neio do Mundo, e tenho de lutar. Não ficava bem perder por 6-1, então lutei, fiz tudo e ganhei. Não sei como...”

Michelle Larcher de Brito fala do épico percurso

no Sony Ericsson Open de Miami

À ESPERA DO CHIPRE Portugal derrotou a Tunísia, por 4-1, na primeira eliminatória da Taça Davis 2008, no Clube de Ténis do Estoril. Em Julho, a Selecção recebe o Chipre, de Marcos Baghdatis, no Lawn Tennis Clube da Foz

Circuito FPT/CIMA Ana Nogueira e Rui Machado Vencem 23.º Open Fundação da Cidade Vila Real Sto. António

João Sousa Entrevista com 0 jovem radicado em Barcelona

PNDT Etapas do Circuito Nacional de Sub 10 em imagem

‘Live it well - Ténis 2008’ Mais que um Evento, uma Atitude

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EDITORIAL

O novo regime das federações desportivas está aí a bater à porta. Tem sido alguma a discussão pública

sobre o tema, o que é positivo. As mais das vezes, os ecos que chegam centram-se no futebol. No ténis também vai ser necessário fazer adaptações e será uma boa oportuni-dade para proceder a uma revis ão dos Estatutos e do Regulamento Administrativo. Para essa revisão ser rigorosa e eficaz é necessária a par-ticipação e o empenho de todos – Direcção e restantes órgãos sociais federativos, Associações Regionais, Asso-ciações Representativas de Jogadores, Treinadores e de Árbitros. Mais do que isso. É necessário criar o maior consenso possível sobre as alt erações a introduzir. As alterações estatutárias e regulamentares precisam de ser compreendidas, apreendidas e bem aceites para serem eficazmente aplicadas. Portanto, o esforço tem de ser de todos. Isto não significa que não devamos ser exigentes no esta-belecimento e cumprimento das novas regras que vierem a disciplinar o ténis. É justamente para se poder ser rigo-roso no cumprimento que é necessário criar, desde já, as condições para se obter o máxi mo consenso sobre as soluções a adoptar. Não é certamente tarefa fácil. Os interesses nem sempre serão coincidentes. Mas é necessário colocar o interesse do ténis acima de tudo. Quer os Estatutos, quer o Regulamento administrativo, precisam de ser melhorados e clarificados. É necessário torná-los mais inteligíveis, coerentes e de mais fácil apli-cação. Não mudar por mudar, mas alterar onde, de facto, se mostrar necessário. A Direcção da Federação está pronta para ajudar neste processo de revisão e para poder reunir os contributos de todos. Mas a competência para aprovar as alterações é da Assembleia Geral ou seja, das Associações Regionais e das Associações Representativas de Jogadores, Treinado-res e Árbitros. Há certamente várias matérias que devem ser repensa-das. Entre outras, a representatividade, as competências dos órgãos sociais, o licenciamento federativo, os direitos e deveres dos clubes, a disciplina e o regime dos protes-tos e recursos. Nestas e noutras matérias é possível melhorar. É neces-sário criar mecanismos dissuasores do incumprimento – esses mecanismos devem funcionar (quase) só por si. Este ponto é crucial, porque o sentimento de que a maio-ria cumpre é o melhor caminho para o cumprimento de todos. Há muitos índices que demonstram ser possível catapul-tar o ténis em Portugal. A estrutura organizativa é funda-mental. O licenciamento de todos os jogadores, pratican-tes, treinadores, árbitros e dirigentes também é crítico – já se caminhou alguma coisa, mas é necessário fazer ain-da mais.

Reciclagem de Nível 1, a 16 de Maio, AT Lisboa PNDT - Circuito Nacional de Sub 10 (Z ona Centro e Zona Sul), a 17 e 18 de Maio, CIF e CTVR Santo António Circuito FPT/CIMA - Cantanhede Open (Super-Série, 5 mil euros), de 22 a 25 de Maio, Cantanhede Sub 12 Nível A - Torneio Pedro e Inês, de 22 a 25 de Maio, Alcobaça Curso de Monitor de Cardio Ténis, de 23 a 25 de Maio, AT Algarve Campeonato Nacional de Ténis do Desporto Escolar, de 23 a 25 de Maio, CT Évora PNDT - Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte e Zona Sul), a 24 e 25 de Maio, G.C Vilacondense e Aquafitness T. Clube Circuito FPT/CIMA - Open Cidade de Águeda (Super-Série, 6 mil euros), de 30 de Maio a 01 de Junho, Águeda PNDT - Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte ), de 31 de Maio a 01 de Junho, CT Braga Circuito FPT/CIMA - Open de Oeiras 2008 (Super -Série, 6 mil euros), de 02 a 07 de Junho, Oeiras Curso de Treinadores de Nível 2, a 06, 07, 08, 13, 14, 15, 20, 21 e 22 de Junho, AT Lisboa PNDT - Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte e Zona Sul ), a 07 e 08 de Junho, AEJ Tenis de São João da Madeira e CT Évora PNDT— Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Madeira), a 07, 08, 14 e 15 de Junho, Ribeira Brava Circuito FTP/CIMA - Torneio Seniores Texteis do Mi nho (Bronze, 2 mil euros), de 08 a 10 de Junho, Carvoeiro Sub 14 Nível A - Fim d`Aulas, de 08 a 10 de Jun ho, Paços Brandão Circuito FPT/CIMA - 19.º Open Cidade de Portimão (Bronze, 2 mil euros), de 13 a 15 de Junho, Portimão Reciclagem de Nível 2, a 13 de Junho, AT Lisboa PNDT— Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte e Zona Cen-tro), de 14 a 15 de Junho, CT Águeda e CT Qta. Marinha PNDT— Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte), a 21 e 22 de Junho, C.S. Nun`Alvares Sub 12 Nível A - Carcavelos Ténis Verão II, de 26 a 28 de Junho, Carcavelos Circuito FPT/CIMA - 8.º Open Cidade do Barreiro (Bronze, 2 mil euros), de 27 a 29 de Junho, Barreiro Reciclagem de Nível 2, a 28 de Junho, AT Porto

AGENDA

Ficha Técnica Direcção: José Corrêa de Sampaio Coordenação e Revisão: José Santos Costa Redacção: AnaLima Comunicação e Marketing José Maria de Albuquerque Calheiros

Vice-Presidente

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Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África

Página 3 Federação Portuguesa de Ténis

Com força, coesão e atitude, a Selecção Nacional venceu, naturalmente, a Tunísia, por 4-1, na primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa / África - Taça Davis 2008. O Clube de Ténis do Estoril, que recebeu a prova entre 11 e 13 de Abril, voltou a ser palco talis-mã, tal como, em Setembro de 2005, quando Portugal bateu a Eslovénia (4-1), e assegurou a subida ao Grupo I. Os triunfos de Rui Machado, diante de Walid Jallali (6/1, 6/1 e 7/5), e Frederico Gil, frente a Malek Jaziri (6/3, 6/4 e 6/3), nos dois encontros de singulares, realizados no primei-ro dia de competição, deixaram, desde logo, transparecer a evidente superioridade dos comandados de Pedro Cordeiro relativamente aos dois melhores jogadores tunisinos. “Estava à espera de ganhar. Joguei bem nos dois primeiros sets, e, no terceiro, apesar de ter perdido um jogo de serviço, não foi assim tão grave. O ven-to estava mais irregular e des-

concentrei-me um pouco”, declarou Rui Machado, depois de vencer o número um tunisino - à data 725.º ATP.

Perante um adversário que já conhe-cia, Frederico Gil procurou “jogar sólido, concentrado e sem grandes loucuras” para levar a melhor sobre um “jogador versá-til, com uma esquerda muito diferenciada”.

Dupla Gil / ‘Léo’ deu triunfo antecipado

Com uma vantagem de 2-0, a Selec-ção Portuguesa estava a uma vitória de selar o apuramento. Pedro Cor-deiro entregou a missão à dupla Fre-derico Gil / Leonardo Tavares, um par já bem ‘oleado’ na equipa das quinas, e estes estiveram à altura, vencendo, por triplo 6/3, Walid Jal-lali / Malek Jziri, no decisivo con-fronto de pares. “Penso que joguei bem durante todo o jogo. Eles estiveram bem nas respostas, mas acabou por cor-rer bem para nós”, comentou

‘Léo’, feliz com o contributo dado à Selecção.

Gastão permite ponto de honra e ‘Léo’ aumenta score

Já com a eliminatória resolvida, Gastão Elias foi o escolhido do Capi-tão para o quarto embate. O jovem português cedeu frente ao experien-te Walid Jallali, pelos parciais de 5/7 e 2/6, num encontro jogado à melhor de três partidas, ao contrário dos três primeiros confrontos. “Hoje não cheguei a entrar no encontro. Nos treinos estava a jogar bem e adaptei-me bem à terra batida, mas a jogar em competição é diferente”, disse Gastão.

A fechar a eliminatória, Leonardo Tavares impôs-se, facilmente, a Slah Mbarek, por 6/2 e 6/4, alargando a vantagem de Portugal para 4-1. Ape-sar da vitória, ‘Léo’ não estava satis-feito: “Só consegui ganhar por-que lutei até ao fim. Sei que jogo muito melhor do que aqui-lo que fiz hoje”.

Vitória robusta no primeiro passo da caminhada

PORTUGAL 4

Tunísia 1

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Página 4 Federação Portuguesa de Ténis

José Corrêa de Sampaio, Presi-dente da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), enalteceu o desempenho dos jogadores por-tugueses diante dos tunisinos e disse ainda acreditar que Portu-gal pode vir a chegar ao Grupo Mundial, isto é, depois de subir ao Grupo I da Zona Europa / África da Taça Davis. “Foi uma prestação brilhante da Selecção Nacional que ganhou e, acima de tudo, jogou muito

bem. Um dos tenistas da Tuní-sia, o Malek Jaziri, que jogou em singulares e em pares, é muito forte, já esteve no top 300 e podia provocar alguma preo-cupação. Mas os nossos atletas estiveram em excelente forma. Isso viu-se, nitidamente, no encontro de pares, com o Gil e o Leonardo frente a uma dupla da Tunísia com jogadores muito altos”, afirmou Corrêa Sampaio. Consumada a vitória, o Presidente da

FPT demonstrou enorme confiança no futuro da Selecção: “Esta vitória significa que estamos a apresen-tar resultados, apostamos nos jogadores, acreditamos no seu valor e isso é o corolário de anos de trabalho com muita qualida-de. A Selecção anda normal-mente entre o I e II Grupos da Taça Davis e acredito que pode-remos chegar ao Grupo Mun-dial”, referiu Corrêa de Sampaio, que destacou ainda a adesão em mas-sa do público ao CT Estoril.

Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África

Pedro Cordeiro directo e incisivo no discurso

O Capitão Pedro Cordeiro foi d eterminante para a coe-são e espírito de grupo no seio da Selecção Nacional

“Vencemos a eliminató-ria, que era o principal objectivo, e reforçámos o espírito de equipa. Temos um grupo muito homogé-neo, com várias opções” domingo, 13 de Abril

“Tiveram grande deter-minação e humildade, e encararam este encontro como sendo o decisivo. O resultado final foi mais do que evidente” sábado, 12 de Abril

“Estamos a ganhar por 2-0, mas ainda não ganhá-mos nada. Na eliminató-ria com a Argélia estáva-mos a perder por 0-2 e acabámos por dar a volta e ganhar” sexta-feira, 11 de Abril

“Neste momento estão todos em grande forma. Esta equipa é a mais forte que alguma vez tive às minhas ordens na Selec-ção Nacional” quinta-feira, 10 de Abril

José Santos Costa, Secretário - Geral da FPT, fez o balanço no que respeita à organização, logística e exposição mediática da eliminatória entre Portugal e Tunísia, onde desempenhou as funções de Director de Prova. "O Director de Prova, como em qualquer evento, é a pessoa que, para além de dirigir o Staff, faz a ligação com o Juiz-Árbitro, sendo este o representante da Federação Internacional (ITF). A função do Director de prova é zelar para que tudo esteja de acordo com o Regulamento da Taça Davis, muito restritivo e que obriga a cuidados espe-ciais", explica Santos Costa. De acordo com o Secretário - Geral da

FPT, "para Portugal é sempre complicado organizar uma eli-minatória da Taça Davis. Princi-palmente neste Grupo II, no qual as despesas são superiores às receitas. Num país com pouca tradição de investimento parti-c u l a r n o D e s p o r t o (patrocinadores), aliado ao facto de a ITF não permitir grande abertura nos domestic sponsors, limita-se naturalmente a capaci-dade organizativa". "Do ponto de vista logístico, não tendo a Federação um departa-mento especializado na organi-zação de eventos, que inclua armazéns para material, coloca-ção de publicidade e gestão dos alojamentos e transportes, temos sempre de contar com a

boa vontade e o apoio de tercei-ros. Neste caso, o Clube de Ténis do Estoril foi, uma vez mais, um excelente parceiro e recebemos ainda apoio da ‘Lagos Sports’, no que respeita à montagem da publicidade e bases dos juízes de linha", acrescenta. Em termos de exposição mediática as atenções dispersaram-se, durante um fim-de-semana atípico. "Com tan-tos eventos desportivos [Estoril Open, Grande Prémio de Moto GP e Campeonato da Europa de Judo] desta qualidade é normal que a RTP não tenha estado o tempo que certamente desejaria na Taça Davis, mas mesmo assim em termos de público foi muito bom", concluiu o Director de Prova.

“Foi uma prestação brilhante da Selecção Nacional”

“Com tantos Eventos...em termos de público foi muito bom”

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Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África

DE OLHOS POSTOS NO CHIPRE!

Selecção regressa ao Lawn Tennis Clube da Foz O Lawn Tennis Clube da Foz, na Foz do Douro, Porto, rece-berá, de 18 a 20 de Julho, o encontro que opõe Portugal ao Chipre, referente à segunda eliminatória do Grupo II da Zona Europa / África – Taça Davis 2008. A Selecção Nacional regressa assim ao Lawn Tennis Clube da Foz para uma eliminatória da Taça Davis. A última vez fora em 1994. Nesse ano, Portugal jogou por duas ocasiões na Foz do Douro: em Março derrotou a Grã–Bretanha, por 4-1, e, em Setembro, cedeu diante da Croácia (0-4), que contou com o contributo do conceituado Goran Ivanise-vic. Antes de 1994, o Lawn Tennis

Clube da Foz acolhera três encon-tros da Selecção Portuguesa na Taça Davis: 1986 – Portugal vs Zimbaué (3-2) 1982 – Portugal Tunísia (5-0) 1974 – Portugal vs França (0-5) A eliminatória entre Portugal e Chi-pre marcará a sexta presença da Selecção Nacional no Lawn Tennis Clube da Foz para um encontro da Taça Davis.

Adversário e piso desejados Ainda decorria a eliminatória entre Chipre e Eslovénia - que os cipriotas venceriam, por 3-2, em Nicósia (Chipre) - quando Pedro Cordeiro, após consumação do apuramento português, manifestou o desejo de

ter o Chipre como próximo adversá-rio: “Prefiro o Chipre, porque jogaremos em casa. Podemos vencer a eliminatória, bem como o próprio Baghdatis [actual número 15 ATP], que em terra batida não está assim tão à vontade”. Se quanto à escolha do piso não havia quaisquer dúvidas - a tradicio-nal terra batida -, faltava apenas definir o local. Pedro Cordeiro admitiu a preferência “por algures no Porto, de forma a devolver àquelas pessoas uma elimina-tória da Taça Davis”. O Lawn Tennis Clube da Foz será, então, a próxima ‘casa’ da Selecção Nacional na Taça Davis 2008.

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Estoril Open 2008— International Series ATP e Tier IV WTA

Frederico Gil: Confirmação

Frederico Gil afirmara por diversas vezes: “O Estoril Open é o meu torneio”. Pois bem, o campeão nacio-nal tratou de passar das palavras aos actos e repetiu a proeza alcançada em 2006 - a presença nos quartos-de-final. O melhor português no ranking mundial voltou a mos-trar toda a sua solidez e só foi travado, honrosamente, pelo número um do Mundo, Roger Federer ( 4/6 e 1/6). Num primeiro set discutido taco a taco, Gil cometeu a proeza de devolver um break point ao helvético, igua-lando o encontro a 4/4. A partir daqui, a classe de Federer veio ao de cima e o embate - interrompido por duas vezes pela chuva - teve o desfecho mais lógico. “O Federer é o número um do Mundo e o meu ídolo. É um jogador super – completo e dá pra-zer vê-lo jogar. Sabe defender quando é preciso defender, atacar quando tem de atacar. É muito habilidoso, com uma colocação de pés fabulosa e uma grande capacidade de antecipar as joga-das”, disse Gil, que admitiu ter tudo feito para contra-riar o favoritismo de Federer: “Entrei para ganhar e fazer aquilo que sou capaz . Tentei fazer mossa na esquerda dele, que é o seu ponto menos for-te, mas a minha bola não foi suficientemente pesada e comprida”. Para chegar ao embate dos quartos-de-final com o número um do ranking ATP, Frederico Gil deixou para trás o jovem João Sousa (7/6 (5) e 6/2), nos oitavos-de-final, e o francês Nicolas Mahut— à altura 43.º ATP -, pelos parcias de 6/0 e 6/3, na primeira ronda.

Ganhou o Prémio Revelação do Estoril Open, onde che-gou aos oitavos-de-final, depois de superar três rondas de qualifying. João Marinho Sousa fez sensação na sua primeira prova do ATP Tour , apresentando, nos courts do Jamor, um vasto leque de atributos que abrem enor-mes expectativas quanto à sua evolução no circuito profissional. O jovem radicado em Barcelona venceu o russo Andrey Golubev (137.º ATP), por 6/3 e 7/6 (4), o checo Adam Vejmelka (349.º ATP) , por 6/7 (4), 6/1 e 6/3, e Pedro Sousa (6/2 e 6/3) em mais uma fase de qualificação superada - algo que, esta época, vem sendo hábito nas participações de João Sousa em Futures espanhóis. Já na primeira ronda da grelha principal, o jovem de 19 anos impôs-se categoricamente ao austríaco Oliver Marach (164.º), por 6/1 e 6/3, fechando o set inicial em apenas 19 minutos. Forte no serviço e nas pancadas do fundo do court, rápido nas subidas à rede, Sousa pas-seou talento no encontro de estreia no quadro principal e assegurou um lugar nos ’oitavos’ para defrontar Fre-derico Gil. O embate entre os dois portugueses em maior evidência no Estoril Open prometia, e, o primei-ro set, não defraudou as expectativas. Sousa levou Gil ao tie break , numa partida de parada e resposta. Logo no início do segundo parcial, a chuva interrompeu o encontro, que só no dia seguinte foi finalizado. O vima-ranense viria a perder por 6/7 (5) e 2/6. “Hoje, com a chuva, não consegui adaptar-me às condições. Não estive nada concentrado e isso fez a diferença. Tenho pena de acabar o torneio a jogar mal, mas esta foi a melhor semana da minha vida”, declarou João Sousa.

João Sousa: Revelação

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Página 8 Federação Portuguesa de Ténis

Rui Machado Chegou ao Estoril Open com a distinção de jogador do mês de Mar-ço para a ITF e com cinco títulos em torneios da categoria Future, conquistados entre 17 de Fevereiro e 6 de Abril. A motivação era deveras enorme e o seu adversário da primeira ronda também. Rui Machado enfrentou o croata Ivo Karlovic (3.º CS e 22.º ATP), um ‘gigante’ de 2’08 m, que viria a desistir, devido a uma lesão no joe-lho esquerdo, numa altura em que o português ganhava por 6/4 e 1/0. Esta foi a primeira vitória de Machado no Estoril Open, que reconheceu “ser mais fácil do que esperava”. Mas, antes do encontro, houve uma preparação específica para o ponto forte do croata. “ Treinei mais as respostas ao serviço, com o meu treinador a servir a meio do campo [de forma a ser seme-lhante a um serviço de alguém com 2’08]”, explicou. Nos ‘oitavos’, Rui Machado cedeu face ao francês Florent Serra (101.º ATP), por 6/7 (5) e 1/6. “O maior erro, hoje, foi o meu serviço, mas do fundo do court até fui superior”, apontou.

Neuza Silva

Frederica Piedade

Vitória sobre um gigante

Desforra adiada

Sem a confiança necessária

Antes do encontro da primeira ronda do Estoril Open, com a checa Iveta Benesova (132.ª WTA) - finalista vencida da prova -, Neuza Silva expressou um desejo: “Espero que seja a vingança do Open da Austrália”. Pois fora Benesova que eliminara Neuza na ronda inaugural de qualificação para o Grand Slam australiano, em Janeiro deste ano. Apesar da vontade, a campeã nacional não conseguiu contrariar o jogo da adversária e foi afastada (0/6 e 2/6). “Tentei abrir o ângulo de serviço, jogar comprido, mas a direita não estava a sair bem. Tentei tudo, mas ela quase não falhou”, afirmou a melhor portuguesa na tabela WTA, que se ressentiu do “pouco tempo de preparação em terra batida”. E será precisamente em terra batida que Neuza jogará o próximo qualifying de um Grand Slam. “Nos qualifyings de Roland Garros [em terra batida] e Wimbledon [em relva], estarei entre as melhores do Mundo e seu serei uma delas”, disse.

Pouco bafejada pela sorte, Frederica Piedade teve de medir forças com a italiana Karin Knaap (3.ª CS e 36.ª WTA), na ronda inaugu-ral do Estoril Open e, apesar da boa réplica no início do encontro, acabou por cair às mãos da transalpina (3/6 e 0/6). “Surpreendi-me com a entrada dela no encontro, pois sabia que ela batia muito forte as bolas, mas no início não conseguiu fazê-lo. Depois, no segundo set, ganhou confiança e fez-me perceber que era a número 36 do Mundo. Fez a dife-rença”, referiu Frederica, que continua ainda à procura da sua primeira vitória no Estoril Open. Sem rodeios, a jogadora que detém o melhor registo de sempre de uma portuguesa no ranking WTA — chegou ao 142.º lugar -, admi-tiu não estar a viver um bom momento, sobretudo, do ponto de vista anímico. “Estou a treinar bem, mas as coisas não estão a sair da melhor forma em competição. Não tenho muita confiança, e o psicológico é essencial para se ganhar”, explicou Frederica Piedade.

Estoril Open 2008— International Series ATP e Tier IV WTA

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Michelle Brito

Gastão Elias

Neuza / Michelle

Léo / Gastão

Gil / Machado

Lágrimas na estreia indesejada As expectativas em torno da prestação de Michelle Larcher de Brito no Estoril Open eram enormes. Nem os tenros 15 anos da menina-prodígio, nem a pouca rodagem em terra batida faziam baixar a fasquia, e o court central compôs-se para ‘empurrar’ Michelle rumo à primeira vitória em Portugal, numa prova WTA. Após entrada demolidora no set inicial (6/2), a jovem talentosa permitiu a recuperação da croata Sanda Mamic, cedendo, por 6/2, 0/6 e 4/6. Seguiram-se as lágrimas e, mais tarde, o obrigado ao público: “Gostei muito do apoio e queria agradecer a todos. Deram-me muita força. Quis fazê-lo no court, mas estava muito triste e não consegui”. Triste, mas com imensa vontade de voltar nas próximas edições : “Foi o primeiro Estoril Open, e espero que seja o primeiro de muitos”.

Boa réplica num desaire natural Mesmo a atravessar um momento de forma menos bom, Gastão Elias - motiva-do pelos elogios de Roger Federer, com quem treinou antes da estreia no Estoril Open — encarou com garra e determinação o embate diante do alemão Michael Berrer (66.º ATP), na primeira ronda da prova. Gastão cedeu o set inicial (4/6), mas na segunda partida chegou a dispor de set points, quando tinha uma van-tagem de 5/2, porém a maior experiência do germânico evitou um terceiro par-cial (4/6 e 5/7). Apesar do desaire, o jovem de 17 anos mostrou alguma satisfa-ção com o seu desempenho: “Depois do 5-2, tentei jogar igual como tinha feito até ali , mas nos set points tive azar. Mesmo jogando com um top 70, tive algumas hipóteses e isso demonstra que também poderei chegar lá um dia [referindo-se ao ranking ATP].

Parceria com futuro Mesmo sem estreia vitoriosa, a dupla formada por Neuza Silva e Michelle Brito - cedeu frente ao par Alisa Kleybanova (Rus) / Sandra Kloesel (Ale), na primei-ra ronda de pares do Estoril Open (4/6, 6/4 e 8-10) — deu sinais de bom enten-dimento, dentro e fora do court. As duas melhores jogadoras portuguesas no ranking mundial actuaram pela primeira vez lado a lado e a parceria pode vir a ter continuidade, talvez na Selecção Nacional da Fed Cup. “Senti-me bastan-te bem ao lado dela. Podíamos realmente ter ganho o encontro, mas para a próxima vez jogaremos ainda melhor”, disse Neuza, e Michelle completou: “Foi um jogo muito bom. Foi pena termos perdido, por-que jogamos bem juntas”. E quanto à compatibilidade? Michelle prefere “jogar no fundo do court, com pancadas de direita e de esquerda”, enquanto Neuza gosta “mais de jogar na rede”. Eis a resposta.

Frederico Gil e Rui Macha-do formaram dupla no Estoril Open, mas o entro-samento não foi o melhor, num encontro marcado pela chuva. Os portugueses foram afastados pelo par sul - americano Marcelo Melo (Bra) / Sebastian Prieto (Arg), quarto favorito, com os parciais de 2/6 e 1/6, na primeira ronda.

Chuva e pouca rodagem

Prestação honrosa A dupla portuguesa cedeu ante Lindstedt (Sue)/Nieminen (Fin), por 4/6 e 3/6, na ronda inicial.

Estoril Open 2008— International Series ATP e Tier IV WTA

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Favoritos impõem-se

Roger Federer e Maria Kirilenko sagram-se vencedores

“Prestação muito positiva dos Portugueses” Pedro Cordeiro acompanhou de perto os desem-penhos dos jogadores portugueses envolvidos na 19.ª edição do Estoril Open. O Capitão das Selecções Seniores mostrou-se globalmente satisfeito com a prestação dos tenistas nacio-nais. Finalizado o embate entre Frederico Gil e Roger Fede-rer, referente aos quartos-de-final do Estoril Open, Pedro Cordeiro analisou as peripécias deste encontro histórico para o ténis português: “O Gil fez um pri-meiro set bastante bom, apesar do Federer ter cometido alguns erros que não são muito nor-mais. Ensaiou novas posturas tácticas para a terra batida e o Gil, motivado por jogar contra o número um do Mundo, entrou para ganhar e esteve muito bem. No segundo set, notou-se algum cansaço da parte do Gil, e o Federer fez a diferença”. Após eliminação de Frederico Gil diante do número um mundial, o Estoril Open ficou sem portugueses, e o Capitão fez o balanço geral da participação lusa na pro-va: “Foi a edição do Estoril Open em que tivemos

mais portugueses no quadro principal, o que é muito positivo. Na prova feminina, não correu tão bem para as portuguesas, pois havia uma gran-de expectativa em torno da Michelle, mas temos de perce-ber que ela não está habituada a este tipo de piso e isso exige algum trabalho. Em masculinos, o João Sousa passou o qua-lifying e depois ganhou um encontro na primeira ronda, mostrando que não foi por acaso que chegou ao quadro principal. O Rui [Machado] também esteve bem, ao chegar à segunda ronda, e o Gil alcançou os quartos-de-final pela segunda vez. Foi globalmente uma prestação muito positiva dos portugueses”.

Estoril Open 2008— Internacional Series ATP e Tier IV WTA

O suíço Roger Federer, líder do ranking mun-dial, venceu Nicolay Davydenko (4.º ATP), por 7/6 (5), 1/2 e desistência do russo, por lesão, na final masculina da 19.ª edição do Estoril Open, referente à categoria International Series ATP, com prize money de 370 mil euros. Na final da prova WTA (categoria Tier IV - com 84.264 euros em prémios monetários ), a russa Maria Kirilenko, 32.ª classificada da hierar-quia mundial, impôs-se à checa Iveta Benesova (132.ª WTA), pelos parciais de 6/4 e 6/2. A dupla sul - africana Jeff Coetzee / Wesley Moodie venceu a competição de pares masculi-nos, enquanto, em pares femininos, Maria Kirilenko fez a dobradinha, ao lado da italiana Flavia Penneta.

‘Sucesso no Ténis’

Livro da autoria de César Coutinho já está nas bancas

Pedro Cordeiro

O professor César Coutinho, especialista em biomecâ-nica, apresentou, no Estoril Open, o livro ‘Sucesso no Ténis’, uma publicação que conta com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), da Confedera-ção Brasileira de Ténis e da ITF. “Pretende-se fornecer material a treinadores, jogadores e outras pessoas dentro do ténis. Trata de áreas como a psicologia, a nutrição, o desenvolvimento a longo prazo, o ténis femini-no ou o ténis em cadeira de rodas”, disse o autor. Convidado a escrever o capítulo sobre o ténis em cadeira de rodas, o professor Joaquim Nunes, respon-sável da FPT para esta área, referiu que “o desporto adaptado tem dado um salto significativo e o ténis tem contribuído para a melhoria da qua-lidade de vida das pessoas com deficiência”.

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FENOMENAL! Michelle supera feito do ano transacto Tier I WTA - Sony Ericsson Open, Miami (3.770.000 dólares)

No regresso ao palco que, na edição de 2007, deu a conhecer Michelle Larcher de Brito ao mundo do ténis, a menina - prodígio subiu a fas-quia, e, desta feita, chegou à terceira ronda do Sony Ericsson Open, o maior torneio do circui-to WTA, logo a seguir aos quatro Grand Slams. Às suas mãos caiu a número 16 mundial, Agnieszka Radwanska, naquela que é, para já, a maior vitória de sempre do ténis feminino por-tuguês. Mas o percurso de Michelle começou na épica recuperação protagonizada diante da rus-sa Ekaterina Makarova (75.ª WTA). Fruto da atribuição de um wild card para o quadro principal, Michelle Brito teve a oportunidade de defen-der os pontos conseguidos na edição anterior do Sony Ericsson Open, prova Tier I, dotada de um prize money no milionário valor de 3.770.000 dólares. Recorde-se que a jovem portuguesa, então com 14 anos, ganhou à norte — americana Meghann Shaughnessy (na altura 43.ª WTA), na primeira ronda, sendo depois afastada pela eslovaca Daniela Hantuchova. De modo a provar que a vitória alcançada em 2007 lan-çara mesmo uma forte promessa do ténis mundial, Michelle derrotou a russa Ekaterina Makarova (75.ª WTA), pelos parciais de 3/6, 7/6 (3) e 6/3, na primeira ronda, após uma recuperação estóica, reveladora de toda a força mental da jovem de 15 anos. Com uma des-vantagem de 1/5 no segundo set, já depois de ter cedido a primeira partida, a menina - prodígio salvou três match points, ganhou cinco jogos seguidos e colocou-se em vantagem (6/5). A russa reagiu e remeteu a decisão para o tie break, onde a jovem portuguesa viria a levar a melhor, consumando a reviravolta. Certamente morali-zada, Michelle Brito (actual 226.ª WTA), dominou o terceiro set, tendo, talvez, como momento decisivo o break conseguido com um jogo em branco, que lhe con-cedeu uma vantagem de 3/1.

Proeza teve seguimento com Radwanska Seguiu-se a polaca Agnieszka Radwanska (16.ª WTA) e, ao cabo de 2h20m de jogo, com os parciais de 2/6, 6/3 e 7/5, Michelle conseguiu a maior vitória da sua ainda curta carreira e do ténis feminino nacional. Nunca uma

portuguesa eliminara uma adversária tão cotada no ranking mundial, como Radwanska, em encontros do circuito WTA. A jovem radicada nos EUA escreveu assim mais uma página na história do ténis portu-guês. Ao mesmo tempo, Michelle superou o feito do ano transacto no torneio de Miami, acumulou mais pontos para a tabela WTA e ganhou um lugar na terceira ronda para defrontar outra top 20. A aventura de Michelle Larcher de Brito, no torneio de Miami, teve o epílogo no embate com Shahar Peer (19.ª WTA), ao cabo de duas partidas (0/6 e 2/6).

Michelle justificou a denominação de “menina — prodígio”

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Michelle Brito em entrevista, a 10 de Abril, ao Site da FPT

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“Portugal é a minha base e vou sempre voltar”

A jovem de 15 anos é já a grande referência além-fronteiras do ténis português. Depois da sensacional prestação no Sony Ericsson Open, em Miami, no final de Março, onde chegou à terceira ronda após duas vitórias memoráveis – eliminou a número 16 do Mun-do -, Michelle confirmou a predestinação para os gran-des palcos do ténis mundial. Chegada há alguns dias a Portugal, a menina – prodí-gio sente-se emocionada pelo reconhecimento e cari-nho dos portugueses. Seis anos depois de rumar à Fló-rida, nos Estados Unidos, Michelle Brito mantém intacta a afeição pelo país de origem. “As pessoas estão a reconhecer-me. Já há um ano que não vinha a Portugal e está a ser muito bom. Aqui sinto muito a atracção dos média, é diferente dos Estados Unidos”, conta Michelle, que já teve oportunidade de “estar com a família e comer os pastéis de Belém”. A poucos dias da sua primeira presença no Estoril Open, para o qual recebeu um wild card, a jovem por-tuguesa encontrou um acolhimento especial para a sua preparação. “O Capitão Pedro Cordeiro convi-dou-me para treinar com a equipa da Davis Cup e está a ser muito bom”, diz, já vestida com o equipamento oficial da Selecção Nacional. Um prenún-cio para o futuro próximo? “Gostava muito de jogar pelo meu país e também gosto deste casa-co, porque diz Portugal”, exclama a menina de ten-ros 15 anos, que não deixa de saber quem são as melhores portuguesas no ranking mundial: “Conheço a Frederica Piedade e, também, a Neuza Silva”.

Roland Garros na mira Depois do Estoril Open, Michelle parte para Marrocos, onde irá participar numa prova WTA da categoria Tier IV, também em terra batida, já a pensar na estreia em torneios do Grand Slam – o Roland Garros. “O meu objectivo é entrar no qualifying do Roland Garros, e acredito que isso seja possí-vel. Mas antes voltarei aqui para treinar, afi-nal, Portugal é a minha base e vou sempre vol-tar”, declara a número 232 do ranking mundial.

Entre Monica Seles e Martina Hingis Para além dos treinos com o famoso Nick Boletieri, Michelle tem agora uma parceira de luxo para bater bolas no court: a já retirada Monica Seles. “Nos últi-mos dois meses tenho treinado muito com a Monica Seles e tem sido fantástico. Treinamos três horas e, claro, fico completamente cansa-da, a gatinhar, enquanto ela está ainda cheia de energia. Só pára após 45 minutos de treinos para beber água. Joga mesmo muito bem”, con-

ta a campeã do Orange Bowl 2007. O fascínio pela norte - americana é enorme, mas quan-do questionada acerca da sua grande referência na modalidade, Michelle é peremptória: “Admiro muito a Martina Hingis. Acho que aquilo que lhe aconteceu [suspensa por acusar cocaína num controlo antidoping] não faz sentido, mas, independentemente disso, continuo a admirá-la”.

Baixinha como Justine Henin Depois de Monica Seles e Martina Hingis, a menina-prodígio faz uma analogia curiosa com a actual núme-ro um mundial. “Sou baixinha e por isso tenho de fazer musculação para aumentar a condição física. A Henin é a número um do Mundo e é baixa. Se não crescer mais, não faz mal”, diz Michelle, envolta num sorriso.

O épico percurso de Miami E é precisamente pela boa condição física, que Michelle Brito diz ter aguentado as longas contendas - nas duas primeiras rondas – do Sony Ericsson Open de Miami: “Só consegui ganhar aqueles dois encontros em Miami porque tive energia para aguentar o terceiro set”. Porém, para lá do físico, há também uma enorme força mental, aliás, muito explícita quan-do fala na monumental recuperação do primeiro encontro, diante da russa Ekaterina Makarova: “Quando estava a perder por 5-1 só pensei: isto é o Sony Ericsson Open, é um grande torneio do Mundo, e tenho de lutar. Não ficava bem perder por 6-1, então lutei, fiz tudo e ganhei. Não sei como”.

Michelle Larcher de Brito aceitou o convite da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), por inter-médio do Capitão Pedro Cordeiro, e integrou o estágio da Selecção Nacional Masculina para a Taça Davis, durante a segunda semana de Abril, no Clube de Ténis do Estoril

Michelle Brito feliz com o carinho dos portugueses

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Pos. Seniores Masculinos

141.º Frederico Gil

328.º Rui Machado

523.º Leonardo Tavares

566.º João Sousa

598.º Gastão Elias

1128º Frederico Marques

1289.º Gonçalo Nicau

1306.º Pedro Sousa

1800.º José R. Nunes

Frederico Gil

Rankings Internacionais

12 de Maio

Pos. Juniores Masculinos

11.º Gastão Elias

164.º Martim Trueva

243.º Miguel Almeida

505.º Manuel Marcelo

743.º Francisco Dias

1039.º Francisco Charters

1324.º Pedro Palha

1355.º Alexandre Resende

Pos. Juniores Femininos

20.ª Michelle Brito

455.ª Demi Rodrigues

526.ª Bárbara Luz

1044.ª Filipa Correia

1123.ª Ana Claro

1123.ª Charlotte Pires

1533.ª Teresa Araújo

1534.ª Verónica Seruca

Michelle Brito

Pos. Seniores Femininos

181.ª Neuza Silva

226.ª Michelle Brito

275.ª Frederica Piedade

472.ª Catarina Ferreira

629.ª Magali de Lattre

764.ª Ana Nogueira

1005.ª Demi Rodrigues

Neuza Silva Gastão Elias

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Página 14 Federação Portuguesa de Ténis

Portugueses em provas pontuáveis para o Ranking ATP

Frederico Gil e Rui Machado são, respectivamente, o líder e o vice da representação portu-guesa no ranking ATP. Gil tem vindo a evidenciar uma extre-ma regularidade em provas da categoria Challenger Series, enquanto Machado arrasou nos Futures, ganhando o quin-to título da época em Loja (Espanha). Entre 31 de Março e 7 de Maio, Fre-derico Gil competiu em três torneios Challenger - para além da participa-ção no Estoril Open (International Series ) - e de todos eles saiu com vitórias. No Challenger de Nápoles (85 mil euros), em Itália, Gil alcançou os quartos-de-final, depois de deixar para trás o eslovaco Lukas Lacko (150.º ATP), na primeira ronda, ao fim de três longas partidas - 6/7 (8), 7/6 (1) e 7/5, e o peruano Luis Hor-na (106.º ATP), por 6/4 e 6/1, nos oitavos-de-final. O brasileiro Marcos Daniel (110.º ATP) derrubaria o bicampeão nacional, por 2/6 e 6/7 (4), nos ‘quartos’.

Na terra batida de África Logo após a participação no Estoril Open [ver página 7], Frederico Gil rumou ao norte de África para jogar torneios na Tunísia e em Marrocos, em terra batida, já a pensar no qua-lifying de Roland Garros [ver últi-ma página]. Em Tunis, num Challenger de 125 mil dólares, o melhor português na hierarquia mundial - ocupa o 141.º posto - atingiu, tal como em Nápo-les, os quartos-de-final. Depois de derrotar, por claros 6/1 e 6/2, o anfi-trião Wallid Jallali (758.º ATP) - jogador que enfrentou Portugal na eliminatória da Taça Davis - Gil bateu, nos ‘oitavos’, o terceiro cabe-ça-de-série da prova, o sérvio Boris Pashanski (102.º ATP), por 7/5 e 6/4. De seguida, foi travado por outro tenista da armada sérvia, Dusan Vemic (175.º ATP), numa longa contenda - 7/6 (4), 6/7 (3) e 4/6. Em Marrocos, no Challenger de Rabat (42.500), Frederico Gil impôs-se ao espanhol Marc Fornell (262.º ATP), por 6/3 e 6/4, cedendo, depois, nos oitavos-de-final diante

do francês Josselin Ouanna (223.º ATP), por 6/7 (6) e 3/6.

Loja do ‘Penta’ para Machado

Depois de conquistar consecutiva-mente quatro títulos da categoria Future - Bari (Itália), Faro, Lagos e Albufeira - entre 17 de Fevereiro e 16 de Março, Rui Machado foi a Espa-nha tentar alargar a onda vitoriosa. Já com as ‘insígnias’ de jogador do mês de Março da ITF, Machado ganhou o Future de Loja (10 mil dólares) e, antes, havia sido semifi-nalista no Future de Saragoça. No regresso aos torneios Challen-ger, Rui Machado superou duas rondas do qualifying em Tunis (125 mil dólares), mas foi afastado na primeira ronda do quadro principal.

João Sousa discreto

Depois da excelente prestação no Estoril Open, João Sousa voltou aos Futures em Espanha. Em Lleida, o jovem vimaranense ficou-se pela primeira ronda, enquanto em Vic alcançou os oitavos-de-final. Ganhou ao espanhol Coll Riudavets (5/4 e desistência) e cedeu diante do bielorrussso Ignatik (3/6 e 4/6).

Gil em consolidação, Machado em crescendo

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Portuguesas em Provas pontuáveis para o Ranking WTA

Neuza atinge ponto alto da época em Abril Abril foi mês de Neuza Silva. Só faltou mesmo uma vitória no Estoril Open, para este ser o melhor mês na carreira da bicampeã nacional. Em Abril, Neuza obteve a sua cotação mais alta de sempre no ranking WTA - o 176.º lugar. Tal marca só foi possível depois das boas presta-ções, também em Abril, nos torneios ITF Torhout (Bégica) e Monzon (Espanha), ambos com prize money de 75 mil dólares. Mas, Abril deu também dobradinha de Frederica Piedade. Antes de regressar a Portugal para participar no Estoril Open [ver página 8], Neuza Silva jogou, na semana anterior ao torneio português, o ITF Monzon (75 mil dólares), onde só parou nos quartos-de-final. A número um nacional superou três rondas de qualifying e, já no quadro principal, ainda teve fôlego para ultrapassar duas jogadoras mais cotadas na hierarquia WTA. Neu-za eliminou a espanhola Maria Martinez Sanchez (150.ª WTA), por 6/4 e 6/1, na ronda inicial, e a gaulesa Olivia Sanchez (7.ª CS e 123.ª WTA), pelos parciais de 3/6, 6/3 e 6/3, nos ‘oitavos’. A russa Vesna Manasieva (146.ª WTA) travaria a portuguesa, por 6/0 e 6/2, nos quartos-de-final. Curiosamente, na semana anterior, emTorhout (Bélgica) fora Neuza a levar a melhor sobre a russa (7/6 (3) e 6/4), na primeira ronda de um torneio em que atingiu os oitavos-de-final. Com estes dois desempenhos, a campeã nacional amea-lhou os pontos que lhe permitiram saltar para o seu melhor lugar de sempre na tabela WTA — o 176.º posto -, continuando assim a perseguir o objectivo de entrar no top 150.

Frederica Piedade faz dobradinha mexicana Chegou atrasada e teve de jogar o qualifying, mesmo sendo a jogadora com melhor ranking no torneio. Irre-levante. Frederica Piedade passou a qualificação e só parou depois de erguer os troféus, nas finais de singula-res - venceu a holandesa Bo Verhulsdonk (1000.ª WTA), por duplo 6/3 - e pares do ITF Toluca (10 mil dólares), a 27 de Abril. A portuguesa já não ganhava um torneio ITF em singulares desde a vitória no torneio de San Luis Potosi (25 mil dólares), também no México, em Novembro de 2005. Depois da dobradinha em Toluca, Frederica manteve-se pelo México e, nas duas semanas seguintes, alcançou os quartos-de-final em dois torneios: Coatzacoalcos e Ira-puato, ambos de 25 mil dólares. Entretanto, Catarina Ferreira chegou aos ‘oitavos’ em Torrent (Espanha) e

Bournemouth (Inglaterra). Magali atingiu os ‘quartos’ e os ‘oitavos’ em torneios turcos, todos de 10 mil dólares.

Neuza Silva continua a superar barreiras

Frederica está de regresso à boa forma...e às vitórias

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PNDT— Circuito Nacional de Sub 10 em Imagem

COIMBRA COIMBRA

CARCAVELOS FIGUEIRA DA FOZ

MAIA ALFRAGIDE

ESPINHO

LEIRIA FARO

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Circuito FPT/CIMA 2008 - 23.º Open Fundação da Cidade (Super-Série, 6.000€)

Martim Trueva, Patrícia Martins, Joana Valle Costa, Vasco Mensurado e Ivo Rodrigues em destaque

ITF Juniors e Tennis Europe

Martim Trueva, no circuito ITF Juniors, Vasco Mensura-do, Patrícia Martins, Joana Valle Costa e Ivo Rodrigues, em provas da Tennis Europe, foram os jovens portugueses em maior evidência, a nível internacional, nos últimos dois meses. Na cidade de Nothingham, em Inglaterra, Martim Trueva foi vice-campeão em dois torneios

consecutivos — Notts 1 e Notts 2 - ambos da categoria 4 do circuito ITF Júnior. Patrícia Martins esteve em grande nível na Coop Livorno (Itália), ao alcançar as meias-finais desta prova de Sub 14 - categoria 1 . Na XV Taça Maia Jovem - Sub 14, Patrícia foi campeã de pares e chegou aos ‘quartos’ em singulares. Joana Valle Costa e Vasco Mensura-

do alcançaram, nas respecti-vas provas de singulares, os oitavos-de-final. Em França, no torneio Espoirs Poitou-Charentes - Sub 14, Joana foi campeã de pares e Vasco atingiu os quartos-de-final em singulares. No Azores Open - Sub 12, em Ponta Delgada, Ivo Rodrigues foi o português em destaque, ao sagrar-se vice-campeão.

Ana Nogueira e Rui Machado impõem a lei Ana Catarina Nogueira e Rui Machado conquistaram, em femininos e masculinos, res-pectivamente, o 23.º Open Fundação da Cidade - prova do Circuito FPT/CIMA 2008, inte-grada na categoria Super-Série, com um prize money de 6 mil euros. O Clube de Ténis de Vila Real de Santo António foi anfitrião do primeiro gran-de torneio FPT/CIMA 2008, Circuito que arrancou, em Faro, com o Torneio 25 de Abril. Com quatro vitórias e sem ceder qualquer set, Ana Nogueira arreca-dou o terceiro título consecutivo no Open Fundação da Cidade, nos courts de terra batida do CTVRSA. A experiente ‘Nogui’ impôs-se à pri-meira cabeça-de-série, Catarina Fer-reira, por 6/3 e 7/6 (3), na final da prova e deu mostras do bom momento de forma que ainda vive, apesar da pouca. competição. Para além de Ana Nogueira e Catarina Ferreira, o torneio algarvio contou com outras figuras de proa do ténis feminino nacional, como Kátia Rodrigues (semifinalista), Joana Pangaio e a jovem Maria João Koeh-ler.

Machado derruba Anão Apresentando-se como grande favo-rito à vitória final, Rui Machado correspondeu às expectativas e con-quistou o troféu, sucedendo a Fre-derico Gil, vencedor em 2006 e 2007. Machado bateu o segundo favorito, Hugo Anão, por 6/2 e 6/4, na final. José R. Nunes, Pedro Sou-sa, João Ferreira ou Nuno Marques também marcaram presença.

Pangaio e Falcão vencem Torneio 25 de Abril

Joana Pangaio e Gonçalo Falcão foram os vencedores do Torneio 25 de Abril, primeira prova do FPT/CIMA 2008, com prize money de 2 mil euros, que decorreu no CT Faro. Pangaio impôs-se a Ana Claro, por 6/4 e 6/1, na final feminina enquan-to Falcão venceu Francisco Dias (duplo 6/4), na final de masculinos.

Rui Machado (Vencedor), Hugo Anão, Catarina Ferreira e ‘Nogui’ (Vencedora)

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‘Notícias do Ténis’: Como surgiu a opção de ir viver para Espanha? João Sousa: Cheguei a um certo ponto que já não tinha condições para continuar a evoluir em Portugal. Foi então que, juntamente com os meus pais, decidimos apostar lá fora, para chegar longe no ténis. Ser um gran-de jogador. NT: Neste momento, sentes que foi a melhor escolha? JS: Sim, ir para Espanha foi a melhor opção. Trabalho todos os dias e dou o meu melhor. Os resultados com o tempo vão chegar, aliás, já estão a aparecer. Para já, pre-tendo continuar em Espanha. NT: Como é o teu dia na Academia [Barcelona Total Tennis]? JS: Neste momento, vivo em casa de uma família. Mas, começo a treinar na Academia às 9h15m, até por volta das 14 horas. À tarde, treino das 15h30 às 17h30. Depois vou para a escola, das 18h00 às 21h00. Estou no 12.º ano e o objectivo é concluí-lo.

Passo a passo na hierarquia mundial NT: Até ao final da presente época, que ranking [mundial] pensas poder alcançar? JS: O importante é ir passo a passo, não tenho nenhuma meta, para já, em termos de ranking. O objectivo é conse-guir o máximo de pontos possível. NT: Brevemente, talvez já em 2009, poderá che-gar a altura de jogares um torneio do Grand Slam. Qual a tua preferência? JS: Todos os Grand Slams serão, certamente, espectacu-lares para jogar. O Wimbledon talvez seja o mais bonito, mas gosto de todos.

Ténis Português no bom caminho

NT: Depois do Estoril Open, pensas voltar a com-petir em Portugal? Na Taça Davis, no Campeona-to Nacional Absoluto, no Masters FPT/CIMA...

JS: Só para jogar a Taça Davis, se for chamado. NT: Como vês o estado actual do ténis masculino português? JS: O ténis masculino está a evoluir. Temos quatro joga-dores no top 600 [neste momento já são cinco, incluindo o próprio João Sousa], o que é realmente muito bom para o ténis português. Há muitos anos que não havia tanta qualidade. O nível está a subir. NT: E em relação aos mais jovens. Estiveste com o Miguel Almeida e o Martim Trueva, em estágio com a Selecção Nacional da Taça Davis. Qual a tua opinião relativamente a estas duas promes-sas? JS: Tanto o Miguel como o Martim jogam a um bom nível. Com a idade que têm, podem chegar longe.

Entrevista com João Sousa

“Wimbledon talvez seja o mais bonito”

João Sousa empenhado em chegar longe no ténis

João Marinho de Sousa, 19 anos, é já uma das maiores figuras do actual Ténis Por-tuguês. Natural de Guimarães, partiu para Barcelona, em 2004, para dar alento ao sonho da conquista no mundo do ténis. Já integrado no top 600 mundial, o vimara-nense prefere dar as respostas no court, quanto à meta a atingir no ranking ATP.

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‘Live It Well, Ténis 2008’

A apadrinhar a iniciativa estiveram Rosa Mota e Carlos Lopes, os cam-peões olímpicos que desde sempre apoiam Atletas e o Desporto Para-límpico. Presentes também dois campeões paralímpicos, Nelson Lopes e Cristina Gonçalves. A ideia partiu da ‘Live it Well’ e, num ano em que se realizam os Jogos Paralímpicos, as duas Federa-ções parceiras apoiaram de imediato a iniciativa. A meta é atingir os 200 Mil Euros que, sob forma de donati-vo, reverterão para a entidade máxi-ma do Desporto para Deficientes. O torneio irá decorrer sob orientação técnica da FPT, que, assim, não só contribui para uma causa social de enorme relevo como promove a sua modalidade. O cenário do torneio será o ‘Quinta da Marinha Health Club’ e o Evento já tem datas marcadas, estando divi-dido em cinco acções: Torneio Banca: 12 e 13 de Julho Torneio Seguradoras: 19 an20 de Julho Torneio Unidades Hoteleiras: 6 e 7 de Setembro Torneio Sector Automóvel: 13 e 14 de Setembro Jantar de Gala: 18 de Outubro Os vencedores de cada sector de actividade serão os embaixadores do evento nas quatro acções de conti-nuidade a realizar de futuro com a FPDD.

O Slogan do ‘Live It Well, Tenis 2008’ é ‘Mais que um Evento, uma Atitude’ e foi com atitude que os representantes das entidades par-ceiras assinaram e apresentaram o protocolo. José Santos Costa, Secretário - Geral da FPT, destacou a importância do evento: “Não houve qualquer dúvida, a Federação de Ténis tinha de apoiar esta iniciativa, trata-se de responsabilidade social, do apoio a uma causa e através desse apoio podemos também divulgar o ténis”. Humberto Santos, Presidente da FPDD, recentemente eleito para o cargo, salientou a “necessidade de promover o desporto como forma de inclusão social dos cidadãos com deficiência” e num ano de especial relevância, como este em que se realizam os Jogos de Pequim’08, “os Atletas paralímpicos ganham uma nova visibilidade que não pode ser esquecida nos anos seguin-tes”. Humberto Santos afirmou ain-da que “o apoio da FPT torna possível por em prática uma iniciativa cuja modalidade cen-tral é o Ténis”. Rosa Mota e Carlos Lopes provaram, uma vez mais, que se entregam com afinco às causas de solidariedade para com o Desporto para Deficien-tes.

A Federação Portuguesa de Ténis (FPT) será uma das quatro Federações que vão integrar o ‘McDonald`s Sports Tour’, um evento des-portivo que irá percorrer 23 cidades portuguesas, possibi-litando experiências em dife-rentes modalidades olímpicas a crianças entre os 6 e 11 anos. O ‘McDonald`s Sports Tour’, que arranca no próxi-mo sábado, 17 de Maio, nas Caldas da Rainha, conta com o alto patrocínio do Comité Olímpico de Portugal (COP) e o apoio das Federações de Ténis, Basquetebol, Esgrima e Hóquei em campo. A FPT estará presente, em cada acção, com um treinador.

FPT faz parte do Mega - Evento

Mais que um Evento, uma Atitude A Federação Portuguesa de Ténis (FPT), a Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (FPDD) e a ‘Live It Well’ assinaram, a 19 de Março, um Protocolo de Cooperação que tem por objecti-vo a organização de um Torneio de Ténis, destinado a quadros superiores de empresas pertencentes aos sectores da Banca, Seguradoras, Indústria Automóvel e Unidades Hoteleiras, e cuja receita reverterá para a FPDD

Decorreu a 19 de Abril, no Auditório do Comité Olímpi-co de Portugal , a Assembleia - Geral, em sessão ordinária, da Federação Portuguesa de Ténis. A apresentação, dis-cussão e apresentação do Relatório e Contas 2007 dominou a ordem de traba-lhos. Este foi aprovado após votação das Associações Regionais e Associações Representativas (Associações de Árbitros e Treinadores). A AT Leiria não esteve presen-te, e delegou a sua represen-tação na AT Porto.

Relatório e Contas 2007 aprovado

Assembleia - Geral

‘McDonald`s Sports’

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Página 20 Federação Portuguesa de Ténis

Roland Garros 2008

Portugal deverá contar com ‘apenas’ dois repre-sentantes no qualifying do Roland Garros 2008 - o segundo torneio do Grand Slam na presente época, cujo quadro principal começa a 26 de Maio. Frederico Gil e Neuza Silva têm presença assegurada, mercê das respectivas classifica-ções nos ranking mundiais, na actualização de 5 de Maio, que serve de referência para definição da entry list: Gil (143.º ATP) e Neuza (181.ª). Com menos possibilidades de entrada directa nesta fase, mas ainda à espera da confirmação, está Michelle Brito, que era 230.ª na mesma data. Na semana anterior ao arranque da principal gre-lha do Roland Garros - será a 26 de Maio -, Frede-rico Gil fará a segunda tentativa de entrada no quadro do Slam parisiense. Em 2007, o bicampeão nacional ultrapassou dois adversários - eliminou o australiano Nathan Healey (6/4 e 6/2) e o britâni-co Alex Bogdanovic (6/3 e 6/0) - e só caiu na der-radeira ronda, frente ao sérvio Boris Pashanski (4/6, 6/3 e 3/6). Será um Gil extremamente moti-vado com os resultados obtidos, esta época, em terra bartida - quartos-de-final no Estoril Open, nos Challengers de Tunis (125 mil dólares), na Tunísia, e Nápoles (85 mil euros), em Itália, entre outros- que se apresentará em Paris.

Depois da Austrália...o sonho de Paris

No qualifying feminino, Neuza Silva tentará, cer-tamente, superar o registo alcançado no Open da Austrália 08 - a sua primeira presença em qualifi-

cações de Grand Slams -, onde não foi além da pri-meira ronda. A campeã nacional atingiu, recente-mente, a sua melhor classificação de sempre na tabela WTA e aposta forte em chegar ao quadro principal de um Grand Slam, esta época, como a própria afirmou aquando do Estoril Open [ver página 8].

Michelle ainda à espera da confirmação

Só na próxima segunda-feira, 19 de Maio, serão conhecidas as listas dos jogadores presentes no qualifying de Roland Garros. Porém, Michelle Brito terá de esperar pela renúncia de várias joga-doras que surgem à sua frente no ranking WTA (eram 25 tenistas no fecho desta edição), para poder entrar no qualifying. A vontade da menina-prodígio em competir na catedral do pó-de-tijolo é enorme, tal como a própria declarou na sua última passagem por Portugal [ver página 12].

Portugueses em busca da ‘Terra Prometida’

Desde 1991 que Paris espera por um Português

A última vez que Roland Garros recebeu um português no quadro principal foi em 1991, por sinal, dois representantes nacionais: Nuno Marques e Cunha e Silva, ambos afastados na ronda inicial. Desde então, apenas presenças, sem o final desejado, no qualifying. Entre as tenistas lusas, Frederica Piedade - em 2005 e 2006 - foi a última a jogar o qualifying, ceden-do sempre na primeira ronda. Antes, em 1997, coube a Sofia Prazeres a primeira tentativa.