O Apocalipse terá de esperar_VEJA_2013-maio-08

7/23/2019 O Apocalipse terá de esperar_VEJA_2013-maio-08

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OAPOCALIPSE lERAA verdade inconveniente: asmu danças climáticas es tãoocorrendo em ritmo maislento qu e o previsto pelospropagandistas dos desastresdo aqu ecimento global

FILIPE VILICIC E VICTOR CAPUtO

Smpre se brincou que aclimato

logia é a ciência do achismo)pois não consegue prever comsegurança se vai ou chover

no fim desemana. Agora. ela cone o riscode perder o direito de ser chamada deciência. Na (li ima década , o rigor ciemífico esperado nos estudos climáticos viuse suplan tado por umdebate que beira ai rracionalidade .Cientistas e ambientalis-

tas se deixaram levar por um tipo de fer-

94 1 DF MAIO. 2013 I veja

DE ESPERARvor dogmático sobre a necessidade demedidas drásticas para frear aem issão dedióx ido de carbono (CO,) decorrente daatividade humana . Na opinião deles, ouse faz. isso. ou o aquecimemo globa l causará desastre ambiemal de proporçõesapocal ípticas. A comp licação é que nãose encontrou o me io que permita comera em issão de gases do efeito estufa semreduzir aprodulividade daeconomia e obem-estar das populações. Na semanapassada, discu ti ndo com base no prog

nóstico de um aumemo de 2 graus natemperatura méd iaglobal neste sécuo,os27 países da Un ião Europeia (UE) confirm aram planos de gastar 20% de seuorçamento anual (hoje daria 24 bilhões

de euros) em med idas contra a emissaode CO,. O dinhero poderia ter melhordestino, pois a cataclísmica que aUE se dispõe a enfrentar é, em grandepane, oresultado de estudos manpu ladospara sustemara tese deseus amores.

As falhas dessesestudos foram claramente expostas por um extenso levamamento publicado pela Universidade deReacting, na lnglaten·a. Depois de examinar prognóstcos fei tos desde 1960.o cli matologista Ed Hawkins concluiuque a maioria deles errou vergonhosamente. A princ ipal falha foi a prevísao deuma elevação crescente e rápidada em peratura média do planeta. Ocorreu o

contrário. A temperaturaaumentou aba -

Depois de analisarem os prognósticos feitos porestudiosos do clima desde 1960, pesquisadoresda Universidade de Reading, na Inglaterra, chegaramà conclusão de que a maioria deles errou feio

PREVISÕES MAISALARMISTAS

Oque eles esperavam:elevação de 1 graunosúltimos quarenta anos,segu idapelo aumento

de 0,8 grau nospróximos trinta anos

PREVISÕESMODERADAS

Oque eles esperavam:aumento deO 7 grau no

passado e elevaçãorápida da temperatura

em futu ro próxmo

CONTRA TUDOISSO AÍManifesmçãocomra

o fUJuecimemo global

põe nomesmo pacote

o im da emiss(10 de

col edo capitalismo



xo do esperado pelos cenários elaborados pelos climatologistas para as últimasdécadas e se mantém estável desde 2008(veja o gráfico na pág. 95 . Como aquamidade de carbono jogada pelo homem na atmosfera duplicou em vimeanos. a verdade inconveniente é que épossfvel que oCO, nem sequer seja o vilõo. O aumemo da descrença no alannismo do aquecimento global, por sinal, áfez desabar o mercado de carbono . me

canismo que permite acompra eavendado direito de emitir col. o valor negociado caiu de 126 bilhões de dó lares. em201 1 para 81 bilhões, no ano passado.

A ala pessimista da climatologia estimou que a rempera tura média do planeta subiria em torno de I grau nos tlti-mos quarema anos. Nada menos que95% desses cientistas estavam errados.

A eevação no perfodo foi de apenas

meio grau. À primeira vista pode nãopm-ecer um eno tao grande, mm;, usadoem modelos de previsão climáticos, odado inexato se multiplica epode assumir dimensões absurdas. Urna das conclusões baseadas em da(los equivocados

é que, se nada de dráslico ror feiro nospróximos dez anos. a em peratura global

vai di sparar 4,5 grau s até o fim do sécu lo. Os prognósticos extremados servi-

PROFETA EM CAUSA PRÓPRIAPor imeresse jillal/ceiro, o presidente

do II' CC. Rajendra Pachauri, i11cluiu

no relatório um esuuloJajmo prevendoo im das geleiras do Himalaia

ram de base para um relatório preparadopelo Painel Imergovemamemal sobreMudanças Climáticas (IPCC), órgão daONU, divulgado com enorme repercussão em2007.O IPCC deu seu aval àassociação do aumenro da tem peratura àsemi ssões de carbono e pintou um cenário de fim do mundo, do qual se destacam a elevação do nfvel dos oceanoscausada pelo derrelimemodas geleiras ea inundação de cidades costeiras, corno

Nova York eRio de Janeiro. "Não sei sefo i incompetência ou loucura. Os cálculos são tão absurdos que mesmo cons iderando as variáveis que eles utilizam é

impossível chegar a iguais resu ltados",disse aVEJA o clima tologista inglês Nicholas Lewis, crftico feroz dos prognósticos do IPCC.

Lewis refez os cálculos matemáti-

cos com os mesmos números ut ilizados como base pelo IPCC. O resultado- como consta no estudo publicadono mês passado - foi a previsão deque o aumento da temperatura ultrapassará 1,6 grau até 2100. Isso é menos da metade do previsto no relatóriodo !PCC. As consequencias de umaelevação dessa magnitude são de pe

queno impacto: maior incidência detempestades e a redução no tamanho

das geleiras localizadas em pomos extremos do planeta. Não há risco de nenhuma cidade à beira-mar ser submersa. Secas severas são possíve is, mas sóem reg iões já atormentadas pela fa ltadeágua, como as l imítrofes do DeseJto doSaara. "Os erros nos cálculos que encontrei são para cientistas o equivalentea dizer que um mais um não são do is",concl uiu Lewis.

O IPCC existe desde 1988 e, no mo

mento, prepara um novo relatório sobreo clima para ser divulgado em setembro . Seu comeúdo já vazou na inremet,e o que vem ar é mais do mesmo. Os

re latórios do IPCC são elaborados por2000 cientistas de todo o mundo, o quelhes dá apareme cred ibilidade. Na real i dade, predominam entre eles interessespo líticos, ideológicos ,pessoais e de instituições que nada têm a ver com ciência . O i ndiano Rajendra Pachauri, querecebeu o Prêm io Nobel da Paz na con dição de presidente do IPCC, insistiuem incluir no relatório de 2007 adu vidosa previsão do derretimento a curtoprazo das geleiras do Himalaia . Trêsanos depois, uma investigação pedidapela própr ia ONU conc luiu quese trata

va de especulação . Entrou no relatórioporque Pachauri dirige um instituto em

A culpa pode nser do homemAmaioriados estudos alarmistasobre o aquecimento global apogases do efeito estufa produzido

atividade humana como responsporesse fenômeno. Novas pesqudão maior re levância a outros fa

ÉnaturalOplaneapassa porciclos deesfria-esquenta.A empe ratura globalpode estar subindo com maior rapelo fatode nos encontrarmos npa rece ser o im deuma era glaciniciada há 2,6 milhões de anos

Ovilão pode ser o Sol

Omomento é de ataatividade na superfíciedoSol, com o aumentodo número deexplosões eda

de raios ultravioleta.Em periodos assim, atemperatura se eleva

também naTerra

O calor vem da água

Os oceanos concentram o carboexcesso da atmosfera, o que auma evaporação e a concentração dgases no ar. Essa combinação defatores alimenta o aquecimento

Falha nas medições

Amaioria dos regístros de empeé eita em centros urbanos, ondepoluiçâo eos edifícios criam o econhecido como "ilha de calor'.das áreas urbanas, a variação de

temperatura é menor



Ambiente

Nova Délhi e precisavajustificar o meiomilhão de dólares recebido de uma fundação americana para estudar precisamente as geleiras do Himalaia.A investigação apontou o uso indi scriminadode estudos, estatísticas e mode los sembase científica na e aboração do relatóriodo clima do !PCC.

É fato que o comportamento do cli

ma ainda está longe de serintei

ramentecompreend ido pelos estudiosos. Porque ocorreu uma e evação rápida natemperatura média do planeta no iníci odos anos 90 seguida por um períod o deestabilidade que se mantém até hoje?No mesmo ano em que a União Euro-

peia se mobiliza para tentar impedir oprevisto aumento de 2 graus na temperatura global, a nglaterra enfrentou seu

inverno mais gelado desde 1962, e ainda nevava em Londres um mês depoisdo início da primavera. Como o aquecimento global se encaixa nesse cenáriogelado? Há suposiçtles, mas não respostas decisivas. Apesar das incertezas,voz

es influentes conseguiram

inserir oaquecimento global no centro das preocupaçoes mundiais. Nilo há mesmo como ignorar ago que é alardeado comoo prenúncio do fim do mundo.

O mais famoso cruzado do ca rbonoé AI Gore, que foi vice-presidemeame-

MERCADORES DO DESESPEROEm seu dltimo livro, Merchams ofDespair (Mercadores do Desespero), oengenheiro e ensaísta americano Robert Zubrin diz que apreocupação como aquecimento global se transfonnounumcu lto contra a humanidade.

Quem são os mercadores do de

sespero? Ideolog ias que tentamreprimir atividades humanassempre existiram. A expansão

dessas ideias começou no século XVIII. com o inglês Thomas

Malthus propondo o controlepopulacional para evitara escassez de com ida que seria inevitável se houvesse maior quan-

98 1 DE MAIO. 2011 1 eja

tidade de bocas para a imentar. O conceito era torto, uma tentativa de ustificar a fome ex istente em lugares como aÍndia e cu lpar os países pobres epopulosos pelos problemas do mundo. Apósa II Guerra, ganhou força a deia de

que a Tetm estava superpovoada e erapreciso economizar no uso dos recursos naturais, pois logo eles se esgotariam. É famosa a afinnação de que em1990 á não haveria recursos sufici entes para sustenta r nosso modo de vida.

Passamos os anos 90 e nada de drásticoocorreu .A mesma linha de pensamentocontra o desenvolvimento éagora usada pelos ativistas do aquecimento global, como AI Gore. São mercadores do

Só para comrariar

AI Gore. que

ganhou um Oscar

com o ilme sobre

o perigo do

aquecinumwglobal, o último

inverno no

Hemisfério Norte

bateu recordes de

frio. Na foto

acima, Londres

desespero q ue seescondem atrás dobom-mocismo. Eles dizem que o serhumano não é um criador, mas sim umdestruidor. No ponto de vista deles , alguém precisa controlar os impulsos dohomem e estabelecer normas para ouso dos recursos existentes. Nilo poracaso, esse alguém éele próprio, o talpropagandista. Os amoproclamados Hderes querem garantir que o poder fique em suas mãos. Há um provérbioque di z: "Onde há vontadede condenar,nunca faltam ev idências". O que agrava a stuação éque o movimento verdevirou um culto que não depende maisde explicaçoes racionais para existir.

Por que o senhor não considera o aqueci·mento global um desastre? O mundo

pouco aqueceu no último sécu lo. A variação máxima foi de meio grau. Issonão nos prejudicou . Ao contrário. O solo está 14% mais fértil devido ao aumento na quantidade de CO, na atmosfera. Pouco se sabe sobre a relação entreaatividade humana eo clima. Tudo indica que causas naturais podem ter opapel mais importantenesse processo. A Terra sem

pre passou por ciclos de alras e baixas temperaturas eo cl ima se regula sozinho.

Como a Tem1 faz isso?

Se aumenta apresença

de COz, a fotossfmese ficamais eficiente e cresceaquantidade de florestas.

ricano no governo deBill Clinton. Ele ganhouum Oscar com um filmecuja mensagem era a seguimc: ou imetTompejá aemissão de carbono.ou o planeta vai fritarcomo ovo na frigid eira.É interessamo , do pomode vista sociológ ico, como um movimento nas

cido praticamentedentroda Casa Branca foi se

tornando mais e mais de

seus eitores da exde "muitos snaisTerra pode estarnhode outra Idadeto· '. No ano segrevistaTime publiccapa afinnativa:sob reviver à Idade

lo que vem af'.ambientalista é omas mudou a pol

em lugar de sucufrio, a humanidade

rá de calo r.

repMio ao capitalismo, ANTES ERA OFRIO Capa

à indústria e à civi liza- da Time de 1977: pre1a·se

ção moderna. A mensa- 1mwnova Idade do Gelo

gem de fundo parece ser

A atividadepode poluir o ar quramos e arruinarbiente em que viv

que o homem vio lou leis sacrossantasda natureza e não lhe resta saída excetovoltar ao estilo de vida neolítico ou padecer num inferno de fogo. Não é sem

razilo que o cientista ame1icano RobertZubrin,em livro recente, põe Gore entreos "lideresde um cultocontraahumanidade" (vejtl a emreviswabaixo). A associação entre clima e punição divina estáemre nósdesde queum Cro-Magnon es-piou pela entrada da caverna e se perguntou quem mandava no raio e no trovíio. O conceito do fim do mundo pelopecado ecológico é mais recente. Quarenta anos atrás, havia a firme convicç-ão

de que estávamos às vésperas de uma

nova era glacial. Em 14 de agosto de1976, o The New York 7imes informou

O maior número de plantas leva ao

aumento da evaporação e, logo, a maischuvas. Isso ajuda aresfriar o planeta.A Terra éum ambiente estável que funciona como uma bola dentro de urnacratera. É possfve l empurrar a bo laparaum lado ou para o outro, mas ela sempre volta ao centro.

bom lutarcontra esses estragostais. Mas mexercom o clima doparece estar além da capacidadmem. Os ciclos de var iações c lsão nmumis. Mil anos atrás, a tetura méd ia da Terra era superiorHá 300, passamos por uma mingelo. Estudos geológicos indicfaz 50 milhões de anos que opassa por um resfriamento, comde 20 graus em sua temperaturdesde emão. É bem possível qumomento aTerra possa estar node uma era glac ial. A verdade iniente que muilos nilo querem a

queo planeta esquema e esfria pvos próprios - e que pouco se

zer a respeito.

Não haveria benefício em reduziremissão de carbono? Não. A emocorre porque a indúsuiae a agtura estão em alta. Significa quemais comida, mais inovação, mcursos , mais riqueza. Em 191 O

tíamos 900 milhões de tonelada

CO, e a renda anual média de ufam-flia era de 900 dólares. Mulcamos por dez a emissão de ca r

mas a renda aumentou em igua• dida, hoje em 9000 dólares. Iss

mi tiu reduzir a miséria, o maiorblema qu eenfrentamos como czação. Quem prega a diminuiçãco, defende, de fa to, a ideia depobreza deve prevalecer. Pre firoem um mundo um pouco mai ste, mas rico e saudável para nós

veja I SDEMAt0.2

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