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1 O BRASIL E A RELAÇÃO COM A ARGENTINA Jurandir Ferreira Diogo 1 Jose Renato Teixeira da Silva 2 RESUMO Ao analisar as relações entre Brasil e Argentina, a história nos mostra que nem sempre houve harmonia entre os dois países. Começando pelo processo de independência tanto da Argentina como do Brasil por ter sido diferentes. A Argentina e o Brasil nas primeiras décadas do século passado eram países tipicamente agrícolas, eram apenas exportadores de matéria-prima e importadores de manufaturas. A Argentina sempre se preocupou muito com a hegemonia e com a expansão territorial brasileira não só em relação a seu país, mas também a todo o continente. O Brasil possui uma grande extensão territorial, tem algumas características, que são benéficas e lhe favorecem, ele também possui a mais extensa e rica rede hidrográfica da face terrestre A história nos mostra que foi muito lento o processo para que os dois países criassem um clima de confiança entre si, pois sempre que os dois países se encontravam era para tratar de alguma diferença. Este trabalho terá a apresentação de dados e levantamentos de informações sobre os fatores físicos e geográficos do Brasil e da Argentina. E uma analise sobre a integração regional e econômica entre os dois países, o intercambio entre empresas brasileiras e argentinas, os fatores econômicos, sócias, políticos e a evolução através dos anos, e suas relações interiores e exteriores, no contexto das relações internacionais. PALAVRAS CHAVES: Integração Regional, Integração Econômica, Relações Brasil e Argentina ABSTRACT To analyze relations between Brazil and Argentina, history shows us that not always listens harmony between the two countries. Starting with independence process both Argentina and Brazil for having been different. Argentina and Brazil in the early decades of the 19th century were typically countries were only agricultural exporters of raw materials and manufacturing importers.Argentina always cared much about hegemony and the Brazilian territorial expansion not only in relation to their country, but also the whole continent.Brazil has a large territorial extension, has some characteristics that are beneficial and favour, it also has the most extensive and rich network of terrestrial face history shows us that was a very slow process that the two 1 Pós-graduado em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, Educação e Ações Afirmativas no Brasil. Pela Universidade Tuiuti do Paraná. E pós-graduando em Geopolítica e Relações Internacionais, pela Universidade Tuiuti do Paraná. Bacharel em Relações Internacional, pelas Faculdades Integradas do Brasil. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Ciências Sociais pela UFPR; Professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná; Bacharel em Ciências Sociais pela UFPR.

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O BRASIL E A RELAÇÃO COM A ARGENTINA

Jurandir Ferreira Diogo1 Jose Renato Teixeira da Silva2

RESUMO Ao analisar as relações entre Brasil e Argentina, a história nos mostra que nem sempre houve harmonia entre os dois países. Começando pelo processo de independência tanto da Argentina como do Brasil por ter sido diferentes. A Argentina e o Brasil nas primeiras décadas do século passado eram países tipicamente agrícolas, eram apenas exportadores de matéria-prima e importadores de manufaturas. A Argentina sempre se preocupou muito com a hegemonia e com a expansão territorial brasileira não só em relação a seu país, mas também a todo o continente. O Brasil possui uma grande extensão territorial, tem algumas características, que são benéficas e lhe favorecem, ele também possui a mais extensa e rica rede hidrográfica da face terrestre A história nos mostra que foi muito lento o processo para que os dois países criassem um clima de confiança entre si, pois sempre que os dois países se encontravam era para tratar de alguma diferença. Este trabalho terá a apresentação de dados e levantamentos de informações sobre os fatores físicos e geográficos do Brasil e da Argentina. E uma analise sobre a integração regional e econômica entre os dois países, o intercambio entre empresas brasileiras e argentinas, os fatores econômicos, sócias, políticos e a evolução através dos anos, e suas relações interiores e exteriores, no contexto das relações internacionais. PALAVRAS CHAVES: Integração Regional, Integração Econômica, Relações Brasil e Argentina ABSTRACT To analyze relations between Brazil and Argentina, history shows us that not always listens harmony between the two countries. Starting with independence process both Argentina and Brazil for having been different. Argentina and Brazil in the early decades of the 19th century were typically countries were only agricultural exporters of raw materials and manufacturing importers.Argentina always cared much about hegemony and the Brazilian territorial expansion not only in relation to their country, but also the whole continent.Brazil has a large territorial extension, has some characteristics that are beneficial and favour, it also has the most extensive and rich network of terrestrial face history shows us that was a very slow process that the two

1 Pós-graduado em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, Educação e Ações Afirmativas no Brasil. Pela Universidade Tuiuti do Paraná. E pós-graduando em Geopolítica e Relações Internacionais, pela Universidade Tuiuti do Paraná. Bacharel em Relações Internacional, pelas Faculdades Integradas do Brasil. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Ciências Sociais pela UFPR; Professor do curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná; Bacharel em Ciências Sociais pela UFPR.

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countries to build a climate of trust among themselves, because where the two countries were was to deal with a difference. This work will be the presentation of data and surveys of information about physical and geographical factors of Brazil and Argentina. And a review on regional integration and cost-effective between the two countries, the interchange between Brazilian and Argentine companies, economics, venturers, political and development through the years, and its interior and exterior relations in the context of international relations. KEY-WORDS: Regional Integration, Economic Integration, Brazil and Argentina Relations.

INTRODUÇÃO

Ao analisar as relações entre Brasil e Argentina, a história mostra

que nem sempre houve harmonia entre os dois países. Pois a história que

envolve os dois países revela, que sempre houve algumas rivalidades,

começando pelo processo de independência tanto da Argentina como do

Brasil por ter sido diferentes.

Enquanto na Argentina a independência ocorreu após várias disputas

e a consolidação da república foi marcada por lutas internas, no Brasil não

houve nenhum conflito pela independência e, mesmo após esta, o país

continuou sendo regido por um governo imperial.

O Brasil era assim temido porque se acreditava que ele buscava a

expansão de seu território, principalmente por parte da Argentina, por

considerar o Brasil como uma ameaça constante, pois considerava o país

com pretensões imperialistas, isto é pelo Brasil ter mantido sua ligação com

Portugal.

A Argentina sempre se preocupou muito com a hegemonia e com a

expansão territorial brasileira não só em relação a seu país, mas também a

todo o continente

As rivalidades entre Brasil e Argentina, ocorreram no passado

acredita-se devido à construção da identidade do povo Argentino, pois este

se considerava um pais superior racialmente, pois a sua população era

constituída principalmente por pessoas brancas, com origem européia,

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acreditando-se que por conta dessas vantagens poderia se tornar uma nação

hegemônica no continente.

O objetivo geral deste trabalho é avaliar as relações entre as duas

maiores economias da América do Sul, os avanços e os recuos em suas

tentativas de integração e cooperação.

Um dos objetivos específicos deste trabalho é desenvolver uma

analise geopolítica do Brasil e da Argentina com base em levantamentos de

dados presentes na literatura e relacionados à geografia e à história

econômica e política dos dois países. Entre outros objetivos destacam-se

também: Verificar a as relações econômicas entre os dois países, Analisar a

integração econômica e militar do Brasil e da Argentina; Analisar o

intercambio entre o Brasil e a Argentina; Analisar como os dois países podem

aproximar mais suas relações.

O Brasil é o maior país da América do sul, ocupando quase a metade

desse continente, faz fronteira com quase todos os países que compõem o

continente, menos o Chile e o Equador.

O Brasil por possuir uma grande extensão territorial, tem algumas

características, que são benéficas e lhe favorecem, ele também possui a

mais extensa e rica rede hidrográfica da face terrestre.

As relações entre Brasil e a Argentina, desde suas colonizações

sempre foi de difícil entendimento, pois sempre foi marcada por disputas

(Azambuja, 1994, p. 65).

Mas ao longo dos séculos este processo mudou, e passou dos

conflitos negativos a uma procura de novos padrões de interação entre os

dois países e, ao mesmo tempo, a possibilidade de diversificar e aprofundar

vinculações externas que puderam contribuir para o fortalecimento do

processo de integração.

Com este processo de integração, brasileiros e argentinos passaram a

conviver de outra forma, porque antes eram inimigos ou rivais, e com este

processo passaram a ser sócios, ainda mais ajudados pelas questões

geográficas, isto é por serem vizinhos de fronteira (Azambuja, 1994, p. 65).

A política externa argentina sempre sofreu impulsos contraditórios de

dependência e autonomia. A história permite identificar que a forma de

relação da Argentina e Brasil, que era conjuntural, passou à estrutural, isto

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não implicando na forma de governo exercido em cada um dos países, isto é

na forma de política existente, ditadura ou democracia, ou da situação

econômica na qual se encontrava.

A Argentina e o Brasil nas primeiras décadas do século passado eram

países tipicamente agrícolas, eram exportadores de matéria-prima e

importadores de manufaturas (Bandeira, 1987 p. 16).

A história mostra que foi muito lento o processo para que os dois

países criassem um clima de confiança entre si, pois, sempre que se

encontravam era para tratar de alguma diferença.

O problema da relação entre o Brasil e a Argentina tem inicio com a

independência dos dois estados. Porque, quem ficaria com a hegemonia no

continente Sul-Americano? Ou, o que atrapalha a integração e cooperação

entre Brasil e Argentina seria a burocracia existente entre eles?

Inicialmente este trabalho apresenta dados e levantamentos de

informações sobre os fatores físicos e geográficos do Brasil e da Argentina. A

seguir apresenta-se uma analise sobre a integração regional e econômica

entre os dois países, os fatores econômicos, sócias, políticos e a evolução

através dos anos, e suas relações interiores e exteriores, no contexto das

relações internacionais.

.

2.0 BRASIL E ARGENTINA LOCALIZAÇAO GEOGRÁFICA

O Brasil é o principal país da América do sul e da América Latina, ele

ocupa quase que a metade do continente. Com uma extensão territorial de

8.547.403 km², o Brasil e o quinto maior país do mundo, ficando atrás da

Rússia, China, Canadá e Estados Unidos. Suas maiores distâncias, dentro

do território são no sentido Norte Sul, com uma distância de 4.345 km, e no

sentido Leste Oeste com uma distância de 4.330 km.

O país tem seus limites, ao Norte com a Venezuela, Guiana,

Suriname, Guiana Francesa e o Oceano Atlântico e tendo ao Sul o Uruguai, a

Oeste esta a Argentina, Paraguai, Bolívia e Peru e a Noroeste esta a

Colômbia, e por fim tendo o seu lado Leste banhado também pelo Oceano

Atlântico.

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O Brasil situa-se na porção centro-oriental da América do Sul e está

situado entre os paralelos de 5º16’ de latitude norte e 33º44’ de latitude sul, e

entre os meridianos de 34º47’ e 73º59’ de longitude oeste. Brasil: Território,

Localização e Limites. (2009).

A capital do Brasil esta situada na região central do país, no planalto

central, no Estado do Goiás, Brasília, com uma população de cerca de

1.841.028 habitantes. Brasil: Território, Localização e Limites (2009).

Nas grandes cidades brasileiras existem uma grande concentração de

pessoas, que vivem em condições de precárias condições, estes em maior

parte migrados de outras Cidades e Estados, atraídos por ilusão de melhores

condições de trabalhos e condições de vidas, hoje vivendo em suas maiorias

em condições quase que subumanas, devido ao crescimento desordenado

dessas cidades, e uma falta de políticas publicas, eficaz praticadas por seus

governantes, por não terem verbas suficientes para que possam resolver estas

situações.

O Brasil possui uma grande área, de seu território, considerados de

terras altas, isto é, situadas no planalto central, e a bacia do rio Amazonas

são os pontos marcantes no Brasil. O planalto ocupa a maior parte do

território brasileiro, dessa forma o território é cortado por cadeias de

montanhas, constituindo assim inúmeros vales fluviais. Brasil: Território,

Localização e Limites (2009).

Entre as maiores e principais cordilheiras do planalto brasileiro estão a

Serra da Mantiqueira, a Serra do Mar e a Serra Geral. As elevações nessas

cordilheiras e em outras cordilheiras não ultrapassam os 1.220m, mas muitas

delas são superadas por picos mais altos, como o Pico da Bandeira (2.890

m), na Serra da Mantiqueira, e a Pedra Açu (2.232 m), na Serra do Mar.

Brasil: Território, Localização e Limites. (2009).

O Brasil diferentemente da Argentina não possui grandes desertos e

também nenhuma de suas regiões é considerada inabitada por ser

constituídas de geleiras, mais há outros inconvenientes que sempre

prejudicam o povo que habitam certas regiões do país, como seca em

determinadas regiões, e enchentes em outras regiões, mais tudo poderia ser

evitado se tivesse um maior planejamento por parte dos governantes.

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A República Argentina está no hemisfério sul ocidental. Sua capital é a

Cidade Autônoma de Buenos Aires, situada ao leste, na costa do Rio da

Prata. O Território está dividido em 23 províncias. Argentina. Ar, (2008).

A Antártica Argentina é a parte do território nacional compreendido

entre os meridianos 25º e 74º de Longitude Oeste, ao sul do paralelo 60º Sul

(Argentina. Ar. 2008).

Ao norte a Argentina faz limite com as Republicas da Bolívia e do

Paraguai, na qual o ponto extremo está na confluência dos rios Grande de

San Juan e Mojinete, na província de Jujuy, Lat. 21º46´S: Long. 66º13´O

(Argentina. Ar. 2008).

Ao sul com a República do Chile e o Oceano Atlântico, até seu

extremo austral no Cabo San Pio, situado na ilha Grande de Tierra Del

Fuego, Lat. 55º03´S: Long.66º31´O (Argentina. Ar. 2008).

E a Leste com Brasil, Uruguai e o Oceano Atlântico. O ponto extremo

oriental está situado ao nordeste da cidade de Bernardo de Irigoyen, na

província de Misiones, Lat. 26º15´S: long. 53º38´O (Argentina. Ar. 2008).

A Oeste Limita com o Chile, o ponto extremo esta situado entre o

Cerro Agassis e o Cerro Bolados no cordão Mariano, no Parque nacional Los

Glaciais, província de Santa Cruz, Lat. 49º33´S: Long. 73º34´O (Argentina.

Ar. 2008).

A Argentina tem uma superfície total de 3.761.274 km², mais o que

corresponde ao continente é apenas 2.761.274 km² os outros 969.464 km²

correspondem ao continente Antártico, incluindo as Ilhas Orçadas do Sul e as

ilhas Austrais, Georgias do Sul e Sandwich do sul (Argentina. Ar. 2008).

Possui o segundo maior território da América do Sul onde vivem

aproximadamente 40,2 milhões de habitantes (Argentina. Ar 2008)

A imensidão do território argentino oferece todas as paisagens:

bosques, selvas, quilômetros de praias, lagos, diques, cataratas, campos de

gelos e glaciais, altiplanos desérticos, com vales e com cerros multicoloridos.

As maiores planícies orientais e a impressionante cordilheira dos Andes ao

oeste, a qual possui o cume mais alto do hemisfério ocidental, o Aconcágua,

de 6.959 metros (Argentina. Ar. 2008).

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3.0 INTEGRAÇAO REGIONAL E ECONÔMICA

Na década de oitenta foram dado início as primeiras etapas no

processo visando à integração entre Brasil e Argentina. Com este processo

de integração, brasileiros e argentinos passaram a conviver de outra forma,

porque antes eram inimigos ou rivais, e com este processo passaram a ser

sócios, ainda mais ajudados pelas questões geográficas, isto é, por serem

vizinhos de fronteira.

A política externa argentina sempre sofreu impulsos contraditórios de

dependência e autonomia. A história permite identificar que a forma de

relação da Argentina e Brasil, que era conjuntural passou à estrutural, isto

não implicando na forma de governo exercido em cada um dos países, isto é

na forma de política existente, ditadura ou democracia, ou da situação

econômica na qual se encontrava.

O processo de integração regional, sob a visão das teorias das

relações internacionais, se diz que normalmente as relações surgiram

através do intercambio comercial, originado entre países que ficam em uma

mesma região geográfica, desta forma com o passar dos tempos isso

acarretou segundo Hissa, (2008), ”em um aumento na interdependência

entres eles em várias áreas e em consequência uma necessidade de união

maior para eliminar possíveis barreiras existentes visando melhorar as

relações”.

Dessa forma, diz Hissa (2008) que “(...) sob a ótica doutrinária, esse

seria o ponto inicial de um processo de integração que, de acordo com as

diferentes abordagens teóricas varia apenas na sequência quanto a sua

forma ou importância”.

A integração regional, segundo Hissa (2008) “(...) é uma alternativa

viável para superar os obstáculos e fragilidades dos Estados ocasionados

pela globalização, que vale ressaltar mudou a ordem mundial em seus mais

diversos aspectos, inclusive no que diz respeito a soberania dos Estados”.

Para explicar a integração regional, existem várias teorias, de acordo

com as relações internacionais, dentre as principais estão o Federalismo, o

Funcionalismo, o Neofuncionalismo, o Neoinstituicionalismo e o

Intergovernamentalismo.

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A integração regional para Guimarães (2005, pg. 370), “pode permitir a

coordenação de esforços na área cientifica e tecnológica em países com

escassez de recursos públicos e inapetência relativa das empresas nacionais

para o investimento em pesquisas (...)”.

Para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (2009 p. 03),

“a integração regional deve promover não apenas a reorganização da

atividade econômica, mais um salto significativo na renda per capita e nas

condições de vida da população”. Com isso os investimentos têm uma maior

importância.

Ainda para a Abdi (2009, p.02) “o ritmo do investimento determinará a

velocidade do processo de integração da economia regional, assim como

também a intensidade dos conflitos que poderão surgir em função da

integração comercial”.

Em um artigo publicado pela Abdi (2009 p. 02) diz que

Nas políticas comerciais, a integração regional tem estado na moda durante as últimas décadas. Para atingir plenamente os benefícios da integração, os acordos regionais inicialmente focados na redução de tarifas, deveriam evoluir para graus de integração “profunda”, abrangendo a eliminação de outros tipos de barreiras ao comercio, assim como a livre movimentação de capital e de mão-de-obra no interior dos blocos. Dessa forma, a integração comercial evoluiria para a integração econômica entre os países do bloco.

Integração econômica segundo Abdi (2009 p. 04), “implica na

constituição de um complexo arranjo de políticas, incluindo políticas de

competitividade no campo industrial e de comercio exterior, que afetam direta

e indiretamente as decisões de produção, comercialização e investimento

das empresas”.

Ainda segundo a Agência “é necessário que, além de gerar maior

eficiência, os ganhos econômicos sejam mais abrangentes e melhores

distribuídos entre as empresas, os setores e os países”.

Já Guimarães (2005 p. 376), diz que

A integração econômica é o processo pelo qual se elimina os obstáculos à circulação de bens, capitais e pessoas entre territórios econômicos que se encontram sujeitos a soberanias distintas e, portanto, a legislações especificas, elaboradas e implementadas por Estados

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distintos, refletindo os interesses de classes ou setores hegemônicos diferentes, que podem ou não ter, mas em principio têm um passado mais ou menos remoto de rivalidade, antagonismo e luta. Esse passado de antagonismo é natural na medida em que, no processo de formação dos Estados nacionais, as sociedades feudais ou coloniais que os antecederam entraram em luta, por razoes políticas, econômicas, religiosas e outras, para definir territórios e soberanias mutuamente excludentes.

O grau de integração econômica pode variar, surgindo então

diferentes tipos de integração entre países. Segundo Domingues (2004), os

tipos de processos de integração são: Acordo Comercial Preferencial, Zona

de Livre Comercio, União Aduaneira, Mercado Comum, União Econômica,

Integração Econômica Total e A União Política.

Ao fazer a análise da integração Brasil/Argentina, verificou - se que

esta aproximação se deu com o inicio de encontros entre os presidentes do

Brasil José Sarney e da Argentina Raúl Alfonsín, que começam por Foz do

Iguaçu, inaugurando a ponte Tancredo neves.

A partir desse encontro assinam documentos como: a Declaração de

Iguaçu e a Declaração conjunta sobre política nuclear, que sublinha a vocação

pacífica dos projetos nucleares de ambos os países (Candeas, 2005).

Logo depois, os dois presidentes assinaram em 1986 a Ata para a

Integração Brasileira – Argentina e criaram o Programa de Integração e

Cooperação Econômico (PICE). Este tinha como objetivo principal segundo,

Guimarães (2005 p. 381), “superar, cautelosamente, a rivalidade econômica e

política entre Brasil e Argentina”.

Em 1988 foram assinados pelos dois países também o tratado de

Integração e cooperação e Desenvolvimento, neste tratado era estabelecido o

prazo de dez anos para que houvesse a configuração do espaço econômico

comum (Candeas, 2005).

Também foram assinados 24 protocolos sobre diversos temas, tais

como: bens de capital, trigo, produtos alimentícios industrializados, indústria

automotriz, cooperação nuclear, transporte marítimo, transporte terrestre

(Candeas, 2005).

Com a eleição do governo de Carlos Menem, em 1989, houve novas

mudanças na ordem política Argentina, segundo Candeias Menem “realizou

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uma virada ideológica em direção a ortodoxia monetária e às mudanças das

alianças sociais e econômicas, internas e externas, que historicamente haviam

caracterizado o peronismo.”

Com a assinatura da Ata de Buenos Aires, em julho de 1990, pelo então

presidente do Brasil, Fernando Collor de Melo e o presidente da Argentina

Carlos Menem, foram atingindo nesse período o auge do processo de

negociações que se tinham estabelecidos até aquele momento.

Por meio desta Ata estabeleceu-se a redução do período de

implementação do processo econômico comum, antes de dez anos para um

prazo de quatro anos e meio, isto é, para dezembro de 1994, onde ficou

claramente estabelecido que o objetivo fosse a implementação de um mercado

comum.

Em dezembro de 1990, foi assinado acordo de Complementação

Econômico numero 14, entre os dois países, onde foram incorporados os 24

protocolos sobre os diversos temas que foram citados anteriormente, e que se

tornou referencia, para a adoção logo após, no Tratado de Assunção, assinado

em 1991.

Este tratado foi assinado no dia 26 de março de 1991, criando assim o

Mercado Comum do Sul, (MERCOSUL), segundo Conceição (2008),

“consolida as iniciativas de integração, encaminhadas, inicialmente, por Brasil

e Argentina, com a adesão posterior do Uruguai e do Paraguai”. E alguns anos

depois com os demais países.

A relação econômica entre o Brasil e a Argentina foi seriamente abalada

em 1999. Segundo Candeas (2005) “o Brasil desvalorizou sua moeda (o Real),

e com isso o ministro da Economia Argentina Domingo Cavallo, faz severa

criticas contra os efeitos desta desvalorização, por considerar que esta

desvalorização, teria o firme propósito de afetar a economia da Argentina”.

Mais para Conceição (2008) os resultados da crise Argentina foi o plano

adotado em 1991, “com um plano que congelou a inflação e instituiu um

programa de privatizações, que temporariamente produziu um enorme

crescimento da economia.”

Mais este plano teve um efeito momentâneo. Segundo Conceição

(2008) “sem uma reforma fiscal o Estado se endividou, os preços subiram e o

poder aquisitivo da população caiu, e, devido à valorização do dólar, as

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mercadorias argentinas encareceram o que prejudicou a sua competitividade

no mercado externo”. Com isso a política exterior da Argentina passa a sofrer

influências de fatores que levam a mudanças profundas, provocadas por essa

crise.

Com este cenário de crise, aumenta a desordem econômica e social,

chegando a níveis insustentáveis. Segundo Candeas (2005), “ocorrem saques

e violentas manifestações de rua. Sob a pressão dos “panelaços”, Cavallo e

De La Rua renunciam, abrindo um período de acefalia de tirar o fôlego – 5

presidentes em menos de 2 semanas”. Em janeiro de 2002, Eduardo Duhalde

é eleito presidente da Argentina pela Assembléia nacional.

Segundo Candeas (2005), “Duhalde assume com o propósito de

modificar a base de apoio do governo, corrigindo a tendência de Menem – não

mais aliança com o establishment econômico financeiro, mais com o setor

produtivo nacional”. E com isso o cenário econômico da Argentina começa a

dar sinais de mudanças.

Eduardo Duhalde tinha como meta principal de governo recuperar o

setor industrial da Argentina, com esse propósito cria um programa de

subsídios sociais para combater o drama social, que atinge níveis

desesperadores na Argentina, isso ocorre pela primeira vez na história desse

país.

Segundo Candeas (2005), “a crise Argentina frustrou os setores que

acreditavam que o país seria ajudado pelo mundo desenvolvido. O alheamento

dos países ricos, especialmente Estados Unidos, Espanha e Itália”, pois estes

países apenas agiram em proteção de seus interesses e de suas empresas ali

instaladas.

A falta de interesse por parte dos países ricos beneficiou aqueles que

queriam um maior entrosamento entre os dois países. Segundo Candeas

(2005), “o Brasil deu mostra de visão estratégica de longo prazo e foi visto,

sobretudo por Duhalde, como sócio fil. Empresas brasileiras investiram na

Argentina em crise quando as de outros países se retiraram”. Estas empresas

estão em plena atividade, no país vizinho, dentre estas empresas estão a

Petrobrás e a Camargo Correia.

Esses processos de internacionalização de empresas brasileiras não

auxiliam só a Argentina mais também os outros países visinhos, tudo com

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apoio da APEX, (Agencia de Produção de Exportação), juntamente co o

Departamento Comercial do Itamaraty e o BNDES, (Banco Nacional de

Desenvolvimento Social).

No Brasil é eleito presidente, Luis Inácio Lula da Silva, e, segundo

Vizentini (2005), “a eleição de Lula causou muita apreensão dentro e fora do

Brasil a respeito de como seria a atuação do novo governo. Muitos esperavam

um comportamento internacional baseado em visões ideológicas e um

presidente despreparado”. Mas, contrariando a todos, Lula mostrou-se muito

competente, cercando de pessoas de muita competência.

Também em 2003, é eleito na Argentina o presidente Nestor Kirchner,

que com um jeito seguro e muito resolvido, segundo Candeas (2005),

”consegue construir um poder muito maior do que recebera nas urnas,

consolida sua autoridade e popularidade, assegura a governabilidade e o

crescimento do país e lança as bases do processo de “refundação” econômica

e ética da Argentina”.

Em 2003, o presidente Luis Inácio Lula da Silva visita a Argentina e,

juntamente com o presidente Nestor Kirchner, assinam o Consenso de Buenos

Aires.

Já no ano seguinte em 2004, tornam a se encontrar, só que agora no

Rio de Janeiro, e assinaram a Ata de Copacabana. Tais documentos destacam

a preocupação em tornar mais forte as origens do crescimento econômico com

disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um, e renovar a aliança

estratégica entre os dois países.

Apesar das ações em busca da manutenção e aperfeiçoamento das

relações do Brasil com a Argentina, segundo Candeas (2005), “em 2004, os

problemas comerciais, as medidas protecionistas anunciadas pelo presidente

Kirchner as vésperas da Cúpula do Mercosul e suas críticas feitas à atuação

da Petrobrás na Argentina afetam o relacionamento bilateral”.

Contudo, mesmo com o aparecimento desses problemas, o Brasil e a

Argentina mantêm um bom nível de relacionamento, no plano multilateral, o

Brasil e a Argentina fazem parte do G-20, com o propósito de por a termo os

subsídios agrícolas das grandes potencias.

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No quadro abaixo estão os principais acordos firmados entre Brasil e

Argentina Promulgação

Titulo

Data de

celebração

Entrada em

Vigor Decreto nº Data

Tratado de Amizade, Com. e Nav. 07/03/1856 25/06/1856 1.781 14/07/1858

Ac. para Ex. de Cartas Rogatórias 14/02/1880 14/02/1880 7.871 03/11/1880

Tratado de Limites 06/10/1898 26/05/1900 3.667 31/05/1900

Trat. De Arbitramento Geral 07/09/1905 05/12/1908 7.277 07/01/1909

Protoc. Sobre Cartas Rogatórias,

Compl. Ao AC. de 14/02/1880.

16/09/1912 08/01/1957 40.998 22/02/1957

Conv. Complementar de Limites 27/12/1927 09/07/1941 7.541 16/07/1941

Convên.para Fomento do turismo 10/10/1933 21/05/1934 24.393 13/06/1934

Convên. Para Ver. Dos Textos de

Ensino de História e Geografia

10/10/1933 21/05/1934 24/395 13/06/1934

AC. Para Permuta de Publicações 10/10/1933 21/05/1934 24.397 13/06/1934

Convên. Sobre Legalização de

Manifestos de Carga

23/01/1940 08/04/1941 7.134 07/05/1941

Ac. Sobre Transp. Aéreo Regulares 02/06/1948 29/11/1966 60.908 30/06/1967

Tratado de Extradição 15/11/1961 07/06/1968 62.979 11/07/1968

Conv. Sobre Assist. Judiciária Gratuita. 15/11/1961 07/06/1968 62.978 11/07/1968

Convên. Sobre Co-Produção

Cinematográfica.

25/01/1968 26/11/1981 86.582 17/11/1981

AC. De Coop. Para o Desenv. e Aplic.

Dos Usos Pacíficos de Energia Nuclear

17/05/1980 20/10/1983 88.946 07/11/1983

AC. Sobre Sanidade Animal em Áreas

de Fronteira

17/05/1980 01/06/1983 88.442 29/06/1983

Trat. Para o Aprov. Dos Rec. Hídricos

Compart. dos Limítrofes do Rio Uruguai

e de Afluentes.o Rio Pepiri-Guaçu

17/05/1980 01/06/1983 88.441 29/06/1983

AC. De Coop. Cientif. E Tecnolog. 17/05/1980 18/08/1982 87.559 09/09/1982

Conv. Dest. a Evitar a Dupla Tributação

e Prev. A Evasão Fiscal em Mat. de

Impostos sobre Renda.

17/05/1980 01/01/1983 87.976 22/12/1982

AC.de Prev. Social entre o Gov. da

Rep.Fed. do Brasil e da Rep. da

Argentina.

20/08/1980 18/11/1982 87.918 07/12/1982

Ac. sobre Transp. Marítimos. 15/08/1985 05/02/1990 99.040 06/03/1990

Ac. de Co-Prod. Cinematográfico. 18/04/1988 25/07/1995 3.054 07/05/1999

Trat. De Integ. Coop. Desenv. 29/11/1988 23/08/1989 98.177 22.09/1989

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Ac.para Const. De uma ponte sobre o

Rio Uruguai, entre as Cidades de São

Borja e santo Tomé.

22/08/1989 20/04/1990 110 03/05/1991

Decl. Conj. Sobre Coop. Bilat. Nos Usos

Pacif. Do Espaço Exterior.

23/08/1989 22/081989 174 12/09/1989

Prot. Adc. Ao AC. para a Const. De uma

Ponte s. o Rio Uruguai, entre as Cid. De

s. Borja e S. Tomé, 22/08/89

06/07/1990 30/06/1993 2.714 10/08/1998

Trat. para o Est. De um Estatuto das

Empresas Binacionais Brasileiro-

Argentinas

06/07/1990 27/06/1992 619 27/07/1992

AC. de Coop.Judiciária em Mat. Civil,

Com. Trab. e Administrativa.

20/08/1991 20/08/1991 1.560 25/02/1993

Ac. sobre o Erc. De Ativ.Remun.por

Parte de Dep.do Pess. Dipl.Consular,

Adm. eTécnico.

20/08/1991 10/02/1993 763 25/02/1993

Ac. por troca de notas, para const. Uma

Com. Tripartite Rel. com a Cont. do Eixo

Rod. SP. P. Alegre/ Uruguai/ Buenos

Aires.

28/12/1992 28/12/1992 48 12/03/1993

Ac. por troca de Notas, Rel. à lot. de

Func. Cônsul. Brasileiros e Argentinos,

nos resp. Consulados.

26/05/1993 06/06/1995 1.854 10/04/1996

Ac. de Coop. Para Prev. Do Uso

Indevido e Comb. ao Traf. Ilícito de

Entorpec. e Subst. Psicotrópicas.

26/05/1993 09/10/1995 1.705 17/11/1995

Ac. por troca de notas, que Incorpora os

Parag. 4,5, e 6 ao Art. V do Ac. para a

const. Da Ponte São Tomé e São Borja

de 22/08/89

17/11/1995

05/03/1998 2.675 16/07/1998

Ac. sobre Facilitação de Atividades

Empresariais

15/02/1996 10/11/1999 3.933 12/01/1999

Acordo de Cooperação Técnica 09/04/1996 25/08/1999 3.209 13/10/1999

Ac. sobre Cooperação em Matéria

Ambiental

09/04/1996 18/03/1998 2.586 12/05/1998

Ac. Quadros obre Coop. em Aplicações

Pacificas de Ciências e Tecnologia

Espaciais

09/04/1996 18/03/1998 2.587 12/05/1998

Acordo sobre Transportes Fluvial

Transversal Fronteiriço de passageiros,

27/04/1997 26/10/2000 4.460 05/11/2000

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Veículos e cargas.

AC. para Func. do centro Único de

Fronteira São Borja São Tomé

10/11/1997 28/03/2000 3.467 17/05/2000

Convenio de Coop. Educativa. 10/11/1997 15/06/2000 3.547 21/07/2000

Ac. para Criação da Comissão de Coop.

e Desenv. Fronteiriço.

10/11/1997 05/05/1999 3.078 01/06/1999

Acordo de Integração Cultural. 10/11/1997 15/06/2000 3.548 21/07/2000

Acordo sobre Isenção de Vistos 09/12/1997 22/04/2000 3.435 25/04/2000

Tratado sobre Transferência de Presos. 11/09/1998 25/06/2001 3.875 23/07/2001

Ac. para Viab. Da Const. e Oper. de

Novas Travessias Rodoviárias sobre o

Rio Uruguai.

15/12/2000 06/10/2003 4.990 18/02/2004

Ac. para Provimento de Capacidade

Espacial.

08/05/2001 23/03/2004 5.118 28/06/2004

Ac. por Troca de Notas para Outorga de

Vistos Gratuitos aos Estudantes e

docentes.

14/08/2001 15/07/2005 5.562 10/10/2005

Convên.sobre Assist. aos Nacion. de

cada uma das Partes que se encontrem

em Terr.de Est. nos quais não haja

Repres. Diplom. ou Consular de seus

Respectivos países.

14/08/2001 07/10/2003 4.921 17/12/2003

Ac. de Coop. para Comb. ao Traf. de

Aeronaves Supost. Envolvidas Em

Ativivid. Ilícitas Internacionais.

09/12/2002 13/10/2006 5.933 13/10/206

Memor. de Entend. Entre Rep. Fed. do

Brasil e a Rep. Argentina para o Estab.

De um Mecanismo Perm. de

Intercambio de Infor. sobre a Circ. e

Trafico Ilícito de Armas de Fogo,

Munições, Explosivos e outros Materiais

Correlatos.

16/10/2003 14/07/2006 5.945 26/10/2006

Ac. Quadro de Coop. em Matéria de

Defesa.

30/11/2005 26/01/2007 6.084 19/04/2007

Ajuste compl. ao AC. de Coop.

Científica e Tec. na Área de Tec. Militar

30/11/2005 10/09/2008 6668 27/11/2008

Fonte: MRE http://www2.mre.gov.br/dai/biargent.htm

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Estes são os 52 acordos assinados e já promulgados pelo Brasil e

Argentina, mas existem outros 177 acordos assinados, mas ainda não

promulgados pelos dois países.

4.0 ASPECTOS ECONÔMICOS

A Argentina e o Brasil nas primeiras décadas do século passado eram

países tipicamente agrícolas. Eram apenas exportadores de matéria-prima e

importadores de manufaturas.

A Argentina passou por um período de grande turbulência em sua

economia de 1999 a 2002, vindo a dar sinais de recuperação a partir de

2003, onde seu PIB cresceu a uma media anual de 8,8% (Mdic, 2007).

Os fatores que contribuíram para este crescimento foram: a

desvalorização do peso argentino, os altos preços das commodities a política

fiscal expansionista do governo argentino (Mdic, 2007).

A Argentina no MERCOSUL tem como principal parceiro comercial o

Brasil, mais mesmo assim o governo argentino entrou na OMC, (Organização

Mundial do Comércio) contra o Brasil. Mesmo assim o Brasil vem investindo

no país vizinho. (Mdic, 2007)

Os brasileiros desde 2002 vêm investindo seriamente na economia

Argentina, entre 2002 a 2006 os investimentos brasileiros chegaram a Us$ 7

bilhões, dessa forma o Brasil passou a ser o terceiro maior investidor na

Argentina (Mdic, 2007)

Segundo dados do Mdic (2007), hoje existem várias empresas

brasileiras que estão investindo solidamente no mercado argentino dentre

estas: “a Camargo Corrêa, a Cia Belgo-Mineira, a AmBev, a Friboi, a

Petrobrás e a Coteminas: que tem buscado maior influencia e presença no

mercado Argentino através da aquisição de empresas locais.”

Segundo o Mdic (2007), em 2006 com as aquisições e fusões de

empresas brasileiras e argentinas, “segundo de relatório da consultora

KPMG, o Brasil foi o segundo maior investidor estrangeiro na Argentina.”

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Dentre as empresas argentinas adquiridas pelas empresas brasileiras

está a Loma Negra, que é a maior produtora de cimento na Argentina, e foi

comprada pela Camargo Corrêa por US$ 1.025 bilhão, em 2005.

Outra empresa comprada em outubro de 2002 foi a PECOM,

companhia do setor energético que pertencia a família Perez Companc, e foi

comprada pela Petrobrás, ainda aparece no setor da construção, a Belgo, ela

é a única fabricante no país, de aço longo, que é usado na construção de

edifícios. Esta empresa é controlada pela Arcelor Mittal, que é dona da

Acindar.

Da mesma forma que as empresas brasileiras compraram empresas

Argentina, e atuam no país vizinho, também existem as empresas argentinas

que atuam no Brasil e compraram empresas brasileiras.

Empresas Argentinas que atuam no Brasil, segundo a Agência

Argentina de Promoção de Investimento a ProsperAR (Agência Nacional de

Desarrollo de Inversiones), as maiores são: o Grupo Techint, este grupo atua

na Metalurgia, na Energia e na Engenharia, dentre as empresas que

compõem o grupo estão a, (Tenaris, Ternium, Tecpetrol e a Techint

Compañía Técnica Internacional).

A Arcor Saic, Indústria que atua no setor de Alimentos, a IMPSA,

(Industrias Metalúrgicas Pescarmona), esta empresa atua no setor de

produção de máquinas e equipamentos pesados e o Grupo Bagó, este atua

na produção de produtos farmacêuticos e produção de produtos para a

saúde animal.

Existem ainda outras empresas que atuam no Brasil segundo a

ProsperAR, como: a Sancor Cooperativa Unidas Ltda, que atua no setor de

bebidas e alimentos, a Petroquímica Rio Terceiro S.A., que atua no setor de

produtos químicos, a BHG, que atua no setor eletrônico. Estas empresas já

com longo período de atuações.

Mais existem outras com períodos recentes de atuações como: a

Cresud, empresa que atua no setor de produtos Agropecuário, na Argentina

e aqui no Brasil e proprietária da Brasilagro, o Grupo Los Grobo, também no

setor Agropecuário, e que aqui no Brasil adquiriu as empresas, Sementes

Selecta e Ceagro Business e a Roemmers.

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Mais existem, aqui no Brasil, outras empresas que não estão incluídas

no levantamento da ProsperAR, como a empresa; Atanor, esta no setor

químicos e produtora de defensivo agrícola.

A Agrometal, fabricante na Argentina de semeadoras, e atua no setor

de maquinas e equipamentos, e aqui no Brasil adquiriu a empresa

Fankhauser, que produz máquinas e suplementos agrícolas.

Os principais indicadores econômicos da Argentina, a partir de 1999

até 2009 foram: a População em 1999 era de 36,4 milhões de habitantes, e

chegando a 40,2 milhões de habitantes em 2009; o Produto Interno Bruto em

1999 era de 283.523 milhões de dólares e em 2009 chegou a 310.065

milhões de dólares, a renda per Capta em 1999 era de 7.792 dólares, e em

2009 baixou para 7.726 dólares, a variação da taxa anual do PIB em 1999

era de -3.4% e em 2009 foram de 0.9% (Centro de Economia Internacional,

2009).

A entrada de capital de investimentos estrangeiros diretos, em 1999 foi

de 23.988 milhões de dólares, e em 2009 foi de 4.894,5 milhos de dólares, a

variação da taxa anual do índice de preços ao consumidor m 1999 foi de -

1,8% e em 2009 foram de 7,3% (Centro de Economia Internacional, 2009).

No setor publico o balanço fiscal a percentagem do PIB foi em 1999

em -1,7% e em 2009 foi de -0,6%. As reservas internacionais da Argentina

em 1999 foram de 27.831 milhões de dólares e em 2009 ficou em 47.967

milhões de dólares (Centro de Economia Internacional, 2009).

Nas exportações de bens em 1999 foi de 23.309 milhões de dólares e

em 2009 foi de 55.668 milhões de dólares, e as importações foram de 25.508

milhões de dólares em 1999, em 2009 foi de 38.780 milhões de dólares,

ficando assim com um saldo comercial negativo de -2.200 milhões de

dólares, em 1999, e um saldo positivo de 16.888 milhões de dólares em 2009

(Centro de Economia Internacional, 2009).

A dívida externa total em 1999 estava em 145.289 milhões de dólares

e em 2009 baixou para 117.808 milhões de dólares, sendo que a divida

externa privada era de 60.539 milhões de dólares em 1999, baixando para

55.945 milhões de dólares em 2009, já a divida externa publica era de 84.750

milhões de dólares em 1999, e baixou para 61.864 milhões de dólares em

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2009. Dados do Banco Central da Republica Argentina, e do Ministério da

Economia (Centro de Economia Internacional, 2009).

Os principais indicadores econômicos do Brasil, a partir de 1999 até

2009 foram: a População em 1999 era de 168,8 milhões de habitantes, e

chegando a 191,5 milhões de habitantes em 2009; o Produto Interno Bruto

em 1999 era de 586.922 milhões de dólares e em 2009 chegou a 1.574.039

milhões de dólares, a renda per Capta em 1999 era de 3.478 dólares, e em

2009 subiu para 8.220 dólares, a variação da taxa anual do PIB em 1999 era

de 0,8% e em 2009 foram de -0,2% (Centro de Economia Internacional,

2009).

A entrada de capital de investimentos estrangeiros diretos, em 1999 foi

de 28.578 milhões de dólares, e em 2009 foi de 25.948.6 milhões de dólares,

a variação da taxa anual do índice de preços ao consumidor m 1999 foi de

8,4% e em 2009 foram de 4,1% (Centro de Economia Internacional, 2009).

No setor publico o balanço fiscal a percentagem do PIB foi em 1999

em 2,0 e em 2009 foi de -2,6. As reservas internacionais do Brasil em 1999

foram de 36.342 milhões de dólares e em 2009 foi para 239.054 milhões de

dólares (Centro de Economia Internacional, 2009).

Nas exportações de bens em 1999 foi de 48.011 milhões de dólares e

em 2009 foi de 152.994 milhões de dólares, e as importações foram de

49.282 milhões de dólares em 1999, em 2009 foi de 127.647 milhões de

dólares, ficando assim com um saldo comercial negativo de -1.271 milhões

de dólares, em 1999, e um saldo positivo de 25.347 milhões de dólares em

2009 (Centro de Economia Internacional, 2009).

A divida externa total em 1999 estava em 241.468 milhões de dólares,

os dados de 2009 não a no sitio apenas os dados de 2008, e subiu para

267.067 milhões de dólares, sendo que a divida externa privada era de

144.020 milhões de dólares em 1999, e subindo para 199.732 milhões de

dólares em 2008, já a divida externa publica era de 97.448 milhões de

dólares em 1999, e baixou para 67.335 milhões de dólares em 2008 (Centro

de Economia Internacional, 2009).

As exportações da Argentina em 1999, para o Brasil foi de 5.689

milhões de dólares, e em 2009 foi de 11.304 milhões de dólares. E para os

outros dois parceiros do Mecosul foi: para o Paraguai em 1999 foi de 358

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milhões de dólares e em 2009 foi 823 milhões de dólares; para o Uruguai em

1999 foi 512 milhões de dólares, e em 2009 foi de 1.449 milhões de dólares.

Fonte: Centro de Economia Internacional, (2009) com base nos dados do

Instituto Nacional De Estatística e Censos. (INDEC)

As exportações do Brasil em 1999, para a Argentina foi de 5.364

milhões de dólares, e em 2009 foi de 12.785,0 milhões de dólares. E para os

outros dois parceiros do Mercosul foi: para o Paraguai em 1999 foi de 744

milhões de dólares e em 2009 foi 1.683,9 milhões de dólares; para o Uruguai

em 1999 foi 670 milhões de dólares, e em 2009 foi de 1.360,1 milhões de

dólares. Fonte: Centro de Economia Internacional, (2009) com base nos

dados do Serviço de Comércio Exterior (SECEX).

As importações da Argentina em 1999, do Brasil foram de 5.596

milhões de dólares, e em 2009 foi de 11.822 milhões de dólares. E para os

outros dois parceiros do Mercosul foi: para o Paraguai em 1999 foi de 304

milhões de dólares e em 2009 foi 724 milhões de dólares; para o Uruguai em

1999 foi 389 milhões de dólares, e em 2009 foi de 356 milhões de dólares.

Fonte: Centro de Economia Internacional, (2009) com base nos dados do

(INDEC).

As importações do Brasil em 1999, da Argentina foram de 5.812

milhões de dólares, e em 2009 foi de 11.281,2 milhões de dólares. E para os

outros dois parceiros do Mecosul foi: para o Paraguai em 1999 foi de 260

milhões de dólares e em 2009 foi 585,4 milhões de dólares; para o Uruguai

em 1999 foi 647 milhões de dólares, e em 2009 foi de 1.240,3 milhões de

dólares. Fonte: Centro de Economia Internacional, (2009) com base nos

dados do SECEX.

Conforme dados encontrados no Ministério do Desenvolvimento e

Indústria e comercio exterior, (2010)

Em janeiro de 2010 as exportações brasileiras para a Argentina somaram US$ 973,3 milhões, o que representou um crescimento de 51,3% sobre janeiro do ano passado (US$ 643,4 milhões). Já as importações de produtos argentinos cresceram 53,4% ao passarem de US$ 608 milhões em janeiro de 2009 para US$ 932,5 milhões neste ano.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Analisando as relações econômicas entre Brasil e Argentina, que são

as duas maiores economias da América do Sul, nota-se que a Argentina

continua sendo o principal parceiro comercial do Brasil no continente, e, da

mesma forma o Brasil é atualmente também o maior mercado para a

Argentina. Dessa forma, se verifica que o mercado argentino é de muita

importância para as vendas de produtos brasileiros.

Considerando especificamente a situação dos dois países, vemos que

por possuírem relações históricas de comércio, a posição geográfica os ajuda

muito, pois elimina grande parte do tempo de trânsito existente no transporte

de mercadorias de um país para o outro.

Domingues (2004), diz “que o comércio internacional pode favorecer o

desenvolvimento econômico no longo prazo, na medida em que os países

adotem a redução das barreiras comerciais em decorrência de seu

crescimento endógeno”

O Brasil e a Argentina, hoje, já não podem mais serem considerados

exportadores exclusivos de alimentos e matérias-prima, pois, como vimos,

suas pautas de exportações tem mudado muito nos últimos anos.

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