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Discipulado Apostólico.

o Discipulado Apostolico

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TREINAMENTO PARA LIDERES DO MATK

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  • Apostilas para o Aperfeioamento de Discpulos e Obreiros do Reino.

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    INDICE:

    CAPTULO 1: Ide e fazei discpulos de todas as naes .................... 4

    CAPTULO 2: O papel do discpulo e a influncia sobre a igreja ...... 21

    CAPTULO 3 : Carter e Temperamentos .............................................. 35

    CAPTULO 4: Capacitao e Servio ....................................................50

    Gabarito dos exerccios .........................................................................73

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    CAPTULO 1: Ide e fazei discpulos de todas as naes

    Quando Deus criou o homem, criou-o para manter comunho com Ele, para represent-lo e para governar sobre a criao. No entanto, Satans intentou destruir os planos do Criador. Mas, como Deus soberano e nenhum dos seus planos pode ser frustrado, Ele enviou Jesus para resgatar seus propsitos no e atravs do homem. Pensando nisso foi que, quando esteve na terra, Jesus instituiu sua Igreja (Mt. 16:16-18), no como um fim em si mesma, mas como agente do Reino, no resgate do propsito de Deus. Em sua despedida, Jesus reafirma a misso da Igreja que fazer discpulos de todas as naes ( Mateus 28:19 - Portanto ide, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo;)

    O discipulado o processo pelo qual Deus deseja reproduzir sua vida em ns para a sua glria (Joo 15:8 - Nisto glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discpulos), de forma que somos chamados para ser e sucessivamente fazer discpulos , para reproduzirmos a vida de Cristo atravs da uno do Espirito Santo.

    Jesus usou o relacionamento para cumprir a misso de fazer discpulo , os quais se relacionaram com Jesus, convivendo com Ele e aprendendo a ser discpulo observado e vivendo as experincias vividas em um perodo de trs anos. Escutavam os seus sermes e memorizavam os seus ensinamentos, ento, aps sua ascenso, os discpulos continuaram a obra e confiaram seus ensinamentos a outros e encorajaram-nos a adotar o estilo de vida de seu mestre, com a finalidade de ensinar e propagar a cultura do Reino. O discipulado cristo um relacionamento de mestre e aluno baseado no modelo de Cristo e seus discpulos, no qual o mestre reproduz no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo e que o aluno capaz de treinar outros para ensinarem a outros.

    PRINCPIO DO DISCIPULADO Qual a maneira de um gro de trigo se multiplicar? No sendo saudado nem

    honrado, porm caindo no solo para morrer (Joo 12:24 - Na verdade, na verdade vos digo que, se o gro de trigo, caindo na terra, no morrer, fica ele s; mas se morrer, d muito fruto). Jesus era este gro de trigo: era-lhe necessrio morrer para que a vida divina no seu interior pudesse se multiplicar.

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    Este o princpio de vida para produzir e expandir a igreja. Se um gro de trigo no cair na terra nem morrer, permanecer um gro e nunca produzir nada. Mas, se negar-se a si mesmo e morrer, crescer, e um nico gro tornar-se- muitos.

    Jesus morreu para que seu elemento divino pudesse ser liberado de sua envoltura de humanidade, para reproduzir muitos atravs de sua ressureio (I Pe. 1:3). Em outro aspecto, ele foi levantado no madeiro como Filho do Homem para atrair todos a si mesmo (Jo. 12: 32). O propsito desta morte : Produzir muitos gros atrair todos os homens a Ele (Jo. 12:32); Liberar o elemento divino a vida eterna (Jo. 12: 23,28); Julgar o mundo e expulsar seu dominador (Jo. 12: 31). Foi por sua morte que o Senhor foi glorificado e glorificou a Deus Pai.

    Como glorificado o Pai? Atravs da sua morte e ressurreio o elemento divino liberado e manifestado

    e o Pai glorificado pela glorificao do filho. O elemento divino estava confinado em sua carne, assim como o elemento de vida, como um gro de trigo est confinado dentro de sua casca. O gro tem de morrer para que o elemento da vida, que est no seu interior, posa ser manifestado e glorificado o mesmo ocorreu com o elemento divino de Jesus. O elemento divino do Pai, que a vida eterna, estava no Filho encarnado. A sua carne tinha de ser partida para que a vida eterna pudesse ser liberada e manifestada em ressurreio. Essa foi a glorificao de Deus Pai na glorificao do Filho. Se a semente cair na terra, morrer e crescer, toda a beleza de seu interior ser manifesta. Isso a Glria .

    O mundo um sistema maligno, sistematizado por satans. De modo que ele domina os setores da humanidade a fim de prender pessoas e frustr-las do propsito de Deus. A morte de Jesus julgou este sistema maligno, e o seu prncipe foi expulso (dos que crerem em Jesus).

    Agora, por meio da morte de Jesus, somos redimidos e temos acesso a vida eterna liberada pelo sacrifcio na cruz de forma que se quisermos que a igreja produza, temos de morrer e seguir os padres do Reino de Deus, dessa maneira a igreja produz, o Pai glorificado, satans e o sistema maligno so julgados.

    Mas, como morremos? Quem ama a sua vida, perde-la-; e quem neste mundo odeia a sua vida, guarda-la- para a vida eterna (Jo 12:25). A palavra vida neste versculo no grego significa alma ou vida almtica (Mc. 8:34,35). Isso significa que

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    quando voc negar e rejeitar a sua alma, a sua vida natural, o seu ego, a Igreja surgir, Deus ser glorificado e satans ser julgado e expulso.

    O Senhor, como um gro de trigo caindo na terra, perdeu sua vida de alma por meio da morte, a fim de que, na ressurreio, liberasse a vida eterna para os muitos gros. Ns, como os muitos gros, precisamos perder a nossa vida almtica por meio da morte, a fim de podermos desfrutar a vida eterna em ressurreio. Isso significa segui-lo e servi-lo, ou seja, ser um discpulo de Jesus Cristo.

    COMPONENTES ESSENCIAIS AO DISCIPULADO O discipulado tem dois componentes essenciais: a morte de si mesmo (morte do

    eu, cruz de Jesus, seguir a Ele) e a reproduo (reproduzir tanto a quantidade como a qualidade de crentes que Deus deseja). Vejamos a seguir mais detalhes sobre esses dois componentes.

    1 - Morte de si mesmo O chamado de Cristo para o discipulado um chamado para a morte do eu, uma

    entrega absoluta a Deus. Jesus disse: Se algum quer vir aps mim, a si mesmo se negue, e, dia a dia, tome a sua cruz e siga-me (Lc. 9:23). Segue-me sempre tem sido uma ordem, nunca um convite (Jo. 1:43).

    Ningum pode interpretar, Arrependei-vos, porque est prximo o Reino dos cus (Mt. 4:17), como uma splica; Jesus ordenou a cada pessoa que renunciasse a seus prprios interesses, abandonasse seus pecados e obedecesse completamente a Ele.. O cristianismo sem a morte de si mesmo apenas uma filosofia abstrata. um cristianismo sem Cristo.

    Deus d a salvao aos homens principalmente para trazer glria a Ele atravs de um povo que tem o carter de seu Filho (Ef. 1:12). A glria de Deus mais importante do que o bem-estar do homem (Is. 43:7). Cristo no pode ser o Senhor da minha vida se eu for o Senhor dela. Para que Cristo esteja no controle, eu tenho de morrer.

    Como, esta auto-renncia se manifesta em minha vida? Estou crucificado com Cristo, logo, j no sou eu quem vive, mas Cristo vive

    em mim. (Gl. 2:19, 20). Quando morremos Cristo pode viver em ns.

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    As qualificaes de um morto (1) O morto j no se preocupa com os seus prprios direitos; (2) O morto no se preocupa com sua independncia; 3) O morto no se preocupa com as opinies dos outros a seu respeito. O morto liberto a fim de fazer todas as coisas para a glria de Deus (Rm. 8:10).

    Ele coloca tudo o que tem e tudo o que a disposio permanente de Deus, sua submisso ao senhorio de Cristo. A morte capacita a pessoa a agradar a Deus em cada deciso que toma, em cada palavra que diz, e em cada pensamento que tem. O discpulo v toda a sua vida e todo o seu ministrio como adorao (I Corintios 10:31 - Portanto, quer comais quer bebais, ou faais outra qualquer coisa, fazei tudo para glria de Deus.).

    Qualquer pessoa que no tenha experimentado a morte do eu, no pode se qualificar como elo legtimo no processo de discipulado, porque incapaz de reproduzir. Jesus ensinou: Se o gro de trigo, caindo na terra, no morrer, fica ele s ; mas se morrer produz muito fruto (Jo. 12:24). Sem reproduo no existe discipulado.

    2 - Reproduo Jesus ordenou que seus discpulos reproduzissem em outros a plenitude de vida

    que encontraram nEle (Jo. 15:8). Ele avisou que Todo ramo que estando em mim, no der fruto, ele o corta; e todo o que d fruto limpa, para produza mais fruto ainda (Jo. 15:2). Um discpulo maduro tem de ensinar a outros crentes como viver uma vida que agrade a Deus e a treinar outros e assim por diante (II Tm. 2:2).

    O discipulado o nico meio de se produzir tanto a quantidade como a qualidade de crentes que Deus deseja. O discipulador sabe que a responsabilidade continua at que seu discpulo chegue maturidade espiritual e a capacidade de reproduzir. Discipulado reproduo de qualidade que assegura que o processo da multiplicao espiritual continuar de gerao a gerao.

    A f um dos ingredientes mais importantes no discipulado (Hb. 11:1). O discpulo tem que ser uma pessoa de f, pois sem f impossvel agradar a Deus (Hb 11:6). A f cr que Deus far ou j ter feito alguma coisa, e no que ele apenas possa faz-la.

    Jesus Cristo comissionou seus servos a fazer discpulos de todas as naes, a pregar o evangelho a toda criatura (Mt. 28:19; Mc. 16:15).

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    Eles poderiam ter visto toda uma dificuldade para cumprir o ide de Jesus devido as condies daquela poca, mas no els creram na autoridade delegada a Eles, o poder do Espirito Santo e sua presena continua com Eles, isso j bastou. Eles criam e agiram por f. assim, a f vem pela pregao, e a pregao pela Palavra de Cristo (Rm 10:17). Ao estudar e aplicar a Palavra de Cristo aprendemos como que ela funciona! Aqui est a parte mais importante da armadura do discpulo de Cristo - a F (Ef. 6:16).

    Visto que andamos por f, e no pelo que vemos (II Co. 5:7). A f imprescindvel para uma vida de excelncia porque s ela capacita o discpulo a andar em confiana e maturidade. A f permanece em oposio completa a uma vida controlada por emoes. A f olha alm das circunstncias para um Deus que no muda.

    JESUS E O DISCIPULADO O discipulado o processo pelo qual somos formados e treinados para produzir

    Cristo. Na grande comisso, Jesus deixou-nos a responsabilidade de ir e fazer discpulos de todas as naes (...) ensinando-os a guardar todas as coisas (Mt. 28:19,20). Vejamos portanto, as caractersticas desse processo de discipulado.

    Nveis de Relacionamento de Jesus: Multido (Lc. 5:1; 6:17; 7:12) Discpulos (Lc. 6:1,17) Apstolos (Lc. 6:13) Os trs mais prximos (Mc. 14:32;33; Lc 9:28).

    Caractersticas desses relacionamentos: Multido: Seguiam a Jesus sem compromisso.

    Discpulos: Aluno de algum mestre: tal como os discpulos de Joo Batista (Mt. 9:24), ou de Jesus (Mt. 5:1). Os apstolos de Jesus tambm foram discpulos, eles aprendiam vendo, ouvindo e imitando o Mestre. Exemplo: os 70 enviados por Jesus.

    Apstolos: Quer dizer enviado. a pessoa que foi comissionada e enviada com algum cargo. Aplica-se aos doze discpulos escolhidos por Jesus para serem os seus companheiros e colaboradores (Mc. 3:13-19).

    Os trs mais prximos: Pedro, Tiago e Joo. Estavam sempre com Jesus nos momentos mais ntimos, com quem o Senhor Jesus compartilhava suas angstias.

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    Requisitos para se tornar seguidor de Jesus Negar a si mesmo, se entregando absolutamente a (Lc. 9:23); Identificar-se com

    o mestre, que a marca do verdadeiro cristianismo. O morrer precisa ser dirio (Gl. 2:19,20); vigiar, pois satans sempre tenta nos tirar da cruz (Mt. 16:21,23);

    Deixar pai, me, irmos, mulher, filho... Significa amar menos os familiares; Jesus deseja que nossa lealdade e amor a Ele sejam superiores a todos (Lc. 14:25,26);

    Renunciar a tudo quanto tem. No significa abandonar tudo quanto temos, mas que tudo quanto temos deve ser colocado a servio de Cristo e sob sua direo (Lucas 14:33 - Assim, pois, qualquer de vs, que no renuncia a tudo quanto tem, no pode ser meu

    discpulo.); Ter disposio e disponibilidade. No existe discpulo sem se ter tempo para

    estar junto; Conhecer a vontade do mestre e exerc-la (Lc. 10:1,3; 6:46). No caso do discipulado ministerial alm das caractersticas citadas

    anteriormente, agregamos: Deve ser um chamado segundo a soberania divina ( Lc. 6:13); Deve-se buscar incessantemente a santificao (Jo. 17:17); e Se despojar de tudo (Lc. 9:3,5).

    O PADRO DO DISCIPULADO: EXCELNCIA Os ensinamentos de Cristo tm sido interpretado de modos variados. Portanto sede vs perfeitos, como perfeito vosso pai celeste (Mt. 5:48). No

    discipulado precisamos entender que, como filho de Deus temos de refletir em todo o nosso ser a excelncia do Pai. Paulo demarcou para Timteo as cinco reas que revelam se o discpulo est refletindo acertadamente o seu Deus e Pai: Escreveu: Ningum despreze a tua mocidade, pelo contrrio, torna-te padro dos fiis, na palavra, no procedimento, no amor, na f, na pureza (I Tm. 4:12). Vejamos:

    Palavra: A maneira como se fala um instrumento precioso para medir a sade espiritual porque reflete o carter.

    Conduta: O comportamento deve produzir respeito a Cristo que habita em ns. A excelncia da conduta deve comear em casa.

    Amor: Resumo total da lei de Cristo. O cuidado que voc tem pelos outros a medida da sua grandeza.

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    F: No discipulado a pessoa tem que ter f, pois sem f impossvel agradar a Deus.

    Pureza: Pureza a separao da poluio e do pecado pelo poder purificador do sangue de Cristo. Trs elementos que do poder para andar em pureza: Mente pura encher sua mente da palavra de Deus; Corpo cristo saudvel; e, confessar voluntariamente sua impureza e aceitar perdo de Deus.

    A DINMICA DO DISCIPULADO Para que se transforme a disposio em dar frutos no discipulado na a

    capacidade de reproduzir, o ambiente tem de incluir diversos elementos. Esses elementos so a dinmica do discipulado. Uma vez que se tornem parte natural do discipulado, produziro um carter piedoso. Estaremos prontos para reproduzir, quando entendemos esses elementos to bem que possamos transmitir a outros. Vejamos quais so esses elementos:

    Adorao: o principal propsito honrar e glorificar a Deus. Adorao a atitude que expressa amor, temor e respeito por Deus. bom ser espontneo e ter liberdade na adorao. Deus no determinou nenhuma forma rgida para se seguir. Pode ser feita atravs da leitura, citao e msica, pode ser nas refeies, na orao, no bater de palmas, no tocar de um instrumento ou simplesmente ao se inclinar a cabea em humilde adorao.

    Memorizao de versculos: traz santidade, maturidade e segurana; a base para a correo; molda o carter; facilita a adorao e a comunho. Comece por memorizar um ou dois versculos de cada vez.

    Orao: a orao nos coloca na presena de Deus; produz paz, confiana e calma; ajuda a focalizar a mente somente em Deus, que a nossa fora, e a no ficar somente pensando nos temores.

    Comunho: a oportunidade para compartilhar os fardos e confessar os pecados um para o outro, e orarem especificamente. a oportunidade para se regozijar com as vitrias; para animar atravs das escrituras; para pedir a Deus proteo, crescimento e sabedoria; para ministrar.

    Ensino: ajuda a estimular o aprendizado de princpios, doutrinas, e outros ensinamentos bblicos; ajuda a estimular o raciocnio, o pensamento, a opinio (atravs

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    de perguntas e respostas). preciso, entretanto, estar bem preparado e se deve ser criativo para se ter um bom resultado.

    Compromisso: um fator muito importante no discipulado, bem como no Reino de Deus. Sem compromisso no se demonstra uma paixo ardente por Jesus e o Reino.

    No discipulado necessita-se, s vezes, desenvolver estratgias para se alcanar o alvo. As estratgias devem ser especficas, claramente definidas e atingveis. So trs os elementos vitais que precisam ser includos em toda estratgia para eliminar a fraqueza (aumentar a perseverana): (1) estudo bblico; (2) modelos positivos - possvel obedecer a Deus na rea de sua fraqueza; (3) aplicao prtica - se envolver em atividades que ajudem a corrigir a fraqueza.

    DISCIPULADO PATERNIDADE RESPONSVEL O discipulado no pode ser separado da paternidade responsvel. O pai

    espiritual, como o pai fsico, responsvel perante Deus pelo cuidado e pela alimentao do seu filho. A pessoa que faz discpulos sabe que a responsabilidade continua at que seu discpulo chegue a maturidade espiritual, capacidade de reproduzir. A pessoa que faz discpulos s fica sabendo quo eficazmente ensinou seu aluno quando ele v o aluno de seu aluno ensinando a outros (Ex.: PAULO TIMTEO HOMENS FIIS OUTROS).

    ALVO DO DISCIPULADO Levar o discpulo a ser como Jesus (Mt. 10:24,25). Isso no significa uma

    despersonalizao do discpulo, mas a vivncia dos princpios do Reino de Deus. Precisamos ter cuidado para no abafar a liberdade individual. Jesus no robotizou seus discpulos.

    Ensinar a guardar todas as coisas (Mt. 28:20). Levar o discpulo a imitar o Mestre (Fl. 3:17).

    O DISCIPULADO E OS RELACIONAMENTOS Com os Discpulos: orar por eles (Jo. 17); no ser egosta (Lc. 9:27-33); No ser

    o maior ou o melhor (Lc. 22:24-27; Mc. 10:41-45).

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    Com outros Grupos: no ser sectrio ( Lc. 9:49-50); no julgar; no fazer acepo; honrar ministrios (Lc. 7:28); ser humilde.

    Com os Incrdulos: ter amor, compaixo, solidariedade e misericrdia, pacincia; interesse maior na salvao; buscar a paz. (Lc. 10:2536; 9:55-56; 10:5-6).

    Com a famlia: ter tempo, prioridade a famlia, pois, a multido concorre com a famlia (Lc. 8:19); ter equilbrio; saber obedecer; proteger. (Jo. 19:26-27)

    REQUISITOS PARA SER UM DISCIPULADOR Ter salvao pessoal (Lc. 10:20) Estar sob autoridade (Lc. 10:17) Conhecer o pblico alvo (Lc. 10:3) Reconhecer a necessidade da obra Reconhecer os perigos

    CARACTERSTICAS DE UM DISCIPULADOR conhecido pelos frutos (Lc. 6:44-45); aquele que tem viso espiritual, tem maturidade (Lc. 6:39); aquele que sabe guiar, conduzir (Lc. 6:39) aquele que enxerga o que est em si mesmo em primeiro lugar; conhece a si

    mesmo (Lc. 6:41-42); bondoso; est cheio do que bom (Lc. 6:45); aquele que sabe colocar as palavras; cuidadoso; amvel; ama a todos sem distino; o que quer para si, deseja para os outros

    (Lc. 6:31,32); aquele que tem a capacidade de ser misericordioso (Lc. 6: 36); aquele que

    procura no julgar, criticar; no condena; esmera-se no perdo (Lc. 6:37); aquele que aberto para dar (Lc. 6: 38).

    TESTE PARA O DISCIPULADOR Embora Jesus chamasse a todos para serem discpulos, Ele testava-os, pois para

    ser discpulo-discipulador, no basta comear bem aceitando o convite, mas tambm perseverando no chamado.

    No deve querer ser popular, o melhor (Mc. 10:35-41)

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    No ter onde reclinar a cabea (Lc. 9:57:58) No dever desistir facilmente, no deve olhar para atrs (Lc. 9: 62; Jo. 6:65-71) Dever renunciar a tudo (Lc. 14:33) Dever ser fiel at a volta de Cristo ( Lc. 12:41,48)

    COMO ESCOLHER OS DISC PULOS Orando (Lc. 6:12) Chamando (Lc. 5:27,28; Mt. 4:18,22). Indo ao encontro (Mt. 4:18,22)

    Na escolha de um discpulo precisa-se observar se a pessoa que o alvo deseja conhecer intimamente a Deus, submisso, fiel e deseja fazer discpulos. Selecione com cuidado por isso antes, desenvolva um relacionamento de pr-discpulo: estudem a palavra, memorizem, meditem, orem, etc. O estimule e responsabilize, d tarefas. Ento quando ele estiver praticando esses pontos da vida crist, observe de perto: a motivao, a capacidade de aprendizagem e a consagrao a Deus. a que voc ver se poder ou no obter um relacionamento de discipulado. Se o esprito Santo lhe confirmar, explique o relacionamento de compromisso mtuo e de submisso, e deixe para que ele decida se aceita ou no.

    COMO DISCIPULAR Fazendo alianas. Mas, como formar aliana? Atravs do exemplo de Jesus e

    tambm da igreja primitiva, podemos aprender como desenvolvermos aliana no discipulado, gerando perseverana. Vejamos:

    1) Cuidando e zelando das ovelhas do Senhor (Jo 17:6). Eram teus, tu nos confiastes.... Muitas vezes abandonamos o discpulo sua prpria sorte ou aos cuidados do Senhor, enquanto este quem nos confiou a tarefa do pastoreamento de suas ovelhas (Jo21:15-17). Isso implica em contato telefnico, visitao, acompanhamento, aconselhamento, ateno, interesse.

    2) Atravs da intimidade compartilhando de momentos comuns, onde o discpulo aprende de forma prtica (Lc. 9:10).

    3) Atravs do ensino da Palavra (Jo 17: 6b,8,14; At 2:42).

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    O Salmo 1 nos declara que a meditao contnua na Lei do Senhor como estar plantado e cresce em solo frtil, o que possibilita a frutificao. Ento deve-se: ministrar as doutrinas fundamentais (Hb 6:1,2): arrependimento, f, batismos, imposio de mos, ressurreio dos mortos e o juzo eterno; estar disposto a ouvir dvidas e questionamentos e respond-los baseado na Palavra de Deus; confrontar em amor o pecado estimulando a santidade; estimular a leitura de livros que edificam e respeitar a maturidade do discpulo.

    4) Atravs do testemunho prprio (Jo 17:6, 19,21). Necessitamos manifestar, no nosso dia-a-dia, atravs de nossas aes e realidades do evangelho. No basta o ensino (faa o que falo), mas necessrio o exemplo (Sede meus imitadores como sou de Cristo- Paulo). Preciso dar meu testemunho: no relacionamento na intimidade, na transparncia e no servio.

    5) Atravs de uma vida intercessria (Jo 17:9, 11b,12; At 2:42b). Certa vez, Pedro discpulo de Jesus, ostentou, apoiado em sua fora humana, que jamais abandonaria seu mestre, mesmo que todos os demais o deixassem. Jesus lhe ensina que se no fosse sua intercesso, Satans estaria pronto a peneir-lo (Lc 22:31-34; Mt 26:31-35). Interceder colocar suas necessidades e dificuldades diante do Senhor, ter autoridade contra Satans e estimular o discpulo a vida de orao.

    6) Atravs da comunho e unidade (Jo 17:11b, 21, 23; At 2:42; Hb 10:24,25). Muita das vezes tendemos a nos fechar em grupos, no compreendendo que estamos unidos no Corpo de Cristo. Para evitar que os formemos necessrio que tomemos alguns cuidados prticos para preservar a unidade do Esprito Santo (Ef. 4:3). Ter pacincia com o discpulo (suas infantilidades e falhas), no estimular a competio, mas sim a cooperao, no expor o outro, no discriminar, e, estimular a participao do corpo.

    7) Atravs do servio e da misso (Jo 17:18; At 2:42,44,45)

    O DISCPULO E O MODELO A tarefa mais importante oferecer um modelo de excelncia ao seu discpulo,

    por isso antes de reproduzir voc tem que andar como Cristo andou.. Assim como Jesus delegava responsabilidades aos seus discpulos, temos que

    fazer o mesmo, porm nunca prematuramente, observe as capacidades e dificuldades de

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    Discipulado Apostlico. 14

    seu discpulo, seja sempre cloro e objetivo com ele, certifique-se que ele entendeu e inspire confiana, elogie, oferea criticas construtivas, deixe que ele conduza a situao a qual voc delegou a ele, mas sempre o apoie.

    Quando ele estiver produzindo, deixe-o seguir, apenas mude seu foco, sempre haver relacionamento com Ele, assim como Cristo e a igreja.

    A melhor forma de treinar um discpulo sendo exemplo, mostrando como fazer, mas sendo sensvel e respeitando as caractersticas e dificuldades de seu discpulo.

    Passe instrues que advm de experincias ( Lc :10:3-11) Acompanhe os resultados ( Lc 10: 17-21) Advirta sempre dos perigos ( Lc 22:31) No o force antes da maturidade (Jo16:12) Sempre seja franco, ore e interceda por ele, certifique se ele esta preparado para

    caminhar sozinho (At 1:8)

    RELACIONAMENTO COM O DISCPULO So as 8 qualidades que o auxiliaro a desenvolver um relacionamento

    saudvel: Amor, Lealdade, Imparcialidade, Maturidade, Disponibilidade, Pacincia, Honestidade e Motivao. Um relacionamento baseado nestas caractersticas fortalecem ambos e gera respeito mutuo.

    A comunicao muito importante, no esconda suas derrotas, importante para o crescimento, compartilhe suas dores, vitorias lutas, seja atento e saiba ouvir e aconselhar sempre com base na Palavra de Deus. Tenha percepo para corrigir sem magoar e o incentive sempre na caminhada, e de extrema importncia voc ajudar o seu discpulo a manter a direo, viso e confiana no proposito do Reino, para ento comear a produzir.

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    Discipulado Apostlico. 15

    Exerccios.

    1Qual o relacionamento que envolve o discipulado Cristo?

    2. O que foi necessrio acontecer para ser liberada a vida eterna?

    3. Como posso morrer para ser discipulador?

    4. Como Motivar meu discpulo?

    Marque certo ou errado: 5.____O discipulado reflete a Deus quando torna-se padro para outros na

    palavra, na conduta, no amor, na f e na pureza. 6. ____A adorao a atitude que expressa amor, temor e respeito a Deus. 7.. ____No discipulado no h a paternidade responsvel. 8. ____ O principal requisito para ser um discipulador ter a salvao. 9. ____ O discipulador deve ser popular e o melhor sempre. 10. ____ Na escolha de um discpulo precisa-se observar se a pessoa deseja

    conhecer a Deus intimamente.

    11.____ Para discipular no precisamos fazer aliana. 12.____ Seja como eu sou - Jesus Cristo. Ele o nosso modelo. 13.____ Sempre agir com franqueza um dos cuidados necessrios com o

    discpulo. 14____ A honestidade faz parte das qualidades que ajudam o relacionamento

    com o discpulo.

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    Discipulado Apostlico. 16

    CAPTULO 2: O papel do discpulo e a influncia sobre a igreja

    Quem discpulo? Quem segue a Jesus, quem tem o carter de Cristo - ser como Cristo. O carter cristo consiste na unio de qualidades mentais e ticas que o capacitem a andar de modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e sua glria, exige o Fruto do Esprito. importante aprendermos que o carter mais importante que habilidades e capacidades.

    OBJETIVOS DO DISC PULO

    So quatro os objetivos pelos quais os discpulos devero lutar:

    1. Obedincia: a motivao crist para a obedincia o amor. preciso querer obedecer, e querer estar comprometido com a Palavra de Deus. A obedincia o primeiro distintivo do discpulo (Jo. 14:15) somente quem obedece Palavra de Deus demonstra seu amor a Ele. O primeiro passo para obedincia ouvir e guardar a Palavra de Deus (Lc. 11:28); manej-la bem (II Tm. 2:15); faz-la prioridade na vida, pois a verdade contida nela traz libertao (Jo. 8:31). Comete-se erros, desobedece-se porque no se conhece as escrituras (Mt. 22:29). E, na Palavra de Deus sempre encontram-se princpios orientadores ou ordens direta para cada deciso que muitas vezes se precisa tomar (Sl 119:7,8). O segundo passo preciso para a obedincia querer obedecer compromisso ligar-se a uma pessoa, a um ideal ou a um alvo, no importam as consequncias.

    Seu compromisso um voto de estar unido a Jesus Cristo (Num. 30:2). Sua vontade, dinamizada pelo Esprito Santo pode vencer os seus sentimentos e lev-lo a agir conforme o seu compromisso anterior com Jesus Cristo (Fl 2:13).

    A fonte da verdadeira felicidade Podemos comparar a fora da gravidade com a obra de Deus que nos capacita.

    Sempre que se escolhe obedecer, ela estar disposio de cada um. Os homens acham que prazer e felicidade so sinnimos. Satans sempre quer fazer com que o mal parea

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    Discipulado Apostlico. 17

    bem, ele pinta o mal com beleza sedutora e promete gratificao e deleite. A verdadeira felicidade s se encontra atravs da obedincia a Deus. Quando houver conflito entre a Palavra de Deus e os nossos sentimentos, o discpulo deve fazer o que Deus ordena. nisso que se resume o cristianismo. Como o crente tem um compromisso de obedecer vontade de Deus, ele estuda a Palavra com um compromisso de viver aquilo que ele aprende, esta resoluo evidncia irrefutvel de que ele um discpulo de Jesus Cristo (Rm 16:6).

    2. Submisso: A autoridade de Cristo suprema. Cristo reina hoje atravs da autoridade delegada. Voc recebe autoridade atravs da submisso. Discpulos exercem sua autoridade servindo. Submisso uma atitude interior de confiana no Deus soberano, amoroso e onisciente. muito mais do que obedincia.

    Porque o meu jugo suave, e o meu fardo leve (Mt. 11:28-30). Tomai o meu jugo significa submeter-se autoridade de Cristo, confiar nEle. Jesus no se agrada de mera obedincia. Ele quer tambm que seus discpulos sejam submissos. Os farizeus ofereceram exemplo clssico de obedincia sem submisso. Eles obedeciam letra da lei sem compreender o Esprito pelo qual Deus tencionava que ela fosse interpretada. Eles no confiavam no julgamento de Deus.

    A Bblia relata incidentes de submisso sem obedincia. Se as leis dos homens entram em conflito com as leis de Deus, o discpulo pode ainda ter esprito submisso demonstrando abertamente a sua confiana em Deus. Pedro e Joo mantiveram esprito submisso para com Deus (At 4:18-20). Note que Pedro e Joo no ocultaram sua desobedincia, mas pregaram abertamente, confiando as conseqncias ao Senhor. Se o discpulo desobedece abertamente s autoridades temporais, em obedincia direta vontade de Deus, como a orao ilegal de Daniel (Dn. 6:10), e estiver disposto a sofrer as conseqncias, ele submisso.

    Se algum vem a mim e no aborrece a seu pai, e me, e mulher (...). E qualquer que no tomar a sua cruz e vier aps mim no pode ser meu discpulo (Lc. 14:26-27). Aborrecer refere-se autoridade a qual uma pessoa se submete. Sua submisso a Jesus, sua confiana nEle, tem de ser de tal forma grande que em comparao com sua ligao com autoridades conflitantes como se fosse dio. Tal submisso autoridade de Jesus, irracional para qualquer pessoa que no seja um homem morto, isto , algum que fez Jesus Cristo como Senhor de sua vida.

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    Discipulado Apostlico. 18

    Vida ressurrecta base de autoridade. Em Nmeros 17, Deus ordenou aos doze lderes da tribos que pegassem doze varas, uma para cada chefe de famlia, e que as colocassem na tenda da congregao diante do testemunho. A vara do homem que Deus escolhesse brotaria (ressurreio).

    A ressurreio base para a eleio como tambm para a autoridade. A vara representa homem morto, desprovida de folhas e razes, morta e sem vida. A base do ministrio est na recepo da vida ressurrecta alm da vida terrena, e isto constitui autoridade. A autoridade depende no da pessoa mas da ressurreio.

    Deus quem faz uma vara brotar. Ele que coloca o poder da vida numa vara morta e seca. A vara que brota torna humilde o dono da vara e aquieta as murmuraes dos donos de outras varas. S aqueles que passaram pela morte e pela ressurreio so reconhecidos por Deus como seus servos.

    A pedra de toque do ministrio a ressurreio. Ningum pode visar tal posio tem de ser escolha de Deus. Depois que Deus fez brotar, florescer e dar fruto a vara de Aro, e quando os outros lderes todos o viram, nada mais tiveram a dizer. Autoridade, ento no vem pelo esforo. estabelecida por Deus. Depende no de uma posio de liderana mas de experincia da morte e ressurreio.

    3. Amor fraternal: o amor a marca do discipulado. Para que tenhamos amor forte e consistente aos demais crentes, temos de entender e experimentar o perdo e a comunho. Joo 15:12, nos diz: Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei.

    Evidncias desse amor em nossas vidas: (1) Estar na luz - I Jo. 2:10; (2) Ser discpulo de Cristo - Jo. 13:35; (3) Vida espiritual - I Jo. 3:14; (4) A morte do eu - Mc. 12:33; (5) Conhecimento dos mistrios de Deus que caracteriza o vnculo da perfeio Cl. 2:2; 3:14; (6) A f Gl. 5:6.

    O amor deve ser exibido para com: Os santos I Pe. 2:17

    Os ministros I Tess. 5:13 Nossas famlias Ef. 5:25; Tito 2:4 Os inimigos Mt. 5:44 Deve ser exibido para: Ministrar s necessidades alheias Mt. 25:35

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    Discipulado Apostlico. 19

    Amar-se mutuamente Gl. 5:13 Vestir os nus Mt. 25:36 Visitar os enfermos Tg. 1:27

    Simpatizar com os outros I Co. 12:26 Apoiar os fracos I Tess. 5:14 Encobrir as faltas alheias Pv. 10:12; I Pe. 4:8 Perdoar os insultos Ef. 4:32 Ser paciente Ef. 4:2 Repreender os errados Mt. 18:15 Necessrio verdadeira felicidade Pv. 15:17 O amor de Deus motivo desse amor I Jo. 4:11

    4. Orao: comunicao com Deus. Voc deve na orao: (1) Elogiar, adorar e honrar a Deus; (2) Ser um ouvinte ativo: fique a ss com Ele; no se distraia; (3) Ser coerente: tenha uma comunicao regular; (4) Ser completamente honesto: franco, transparente, e sem capas.

    O DISCPULO RECONHECE A AUTORIDADE DELEGADA Jesus reina hoje atravs da autoridade delegada, Ele declarou: Toda autoridade

    me foi dada no cu e na terra. Baseado nisso ele comissionou seus discpulos (Mt. 28:18,19). Ele disse aos seus discpulos que: Aquele que vos recebe, a mim me recebe, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou (Mt 10:40). Cristo representa o Pai, os apstolos representaram a Cristo.

    Os primeiros discpulos delegaram a autoridade recebida de Cristo queles que eles treinaram. Com a autoridade de Cristo, designaram lderes para a Igreja (At. 6:3; 14:23) e comissionaram-nos a instruir outros, que por sua vez, ensinaram ainda a outros (II Tm 2:2).

    Paulo confiou sua autoridade a Tito (Tt 1:5) e instruiu-o: Repreende-os severamente, para que sejam sadios na f e exorta e repreende com toda a autoridade (Tt 2:15). Como toda autoridade vem de Deus (Rm 13:1-5) e Ele d autoridade a quem lhe aprouver, nossa atitude para com aqueles aos quais Ele confia autoridade, reflete a nossa verdadeira atitude para com Deus. Sempre que a autoridade delegada por Deus toca as nossas vidas, Jesus requer que a reconhecemos e nos submetamos a ela com

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    Discipulado Apostlico. 20

    alegria, assim como faramos se fosse o Senhor. Nossa submisso uma declarao de confiana em Deus. Voc recebe autoridade atravs da submisso. A autoridade exercida por algum determinada pela autoridade qual essa pessoa se submete.

    Assim como o centurio (Lc. 7:7,8) compreendia o poder da delegao da autoridade, o crente tambm necessita entender, que enquanto somos submisso a nossos lideres temos autoridade, o mesmo o principio de Jesus ( Ef 1:20;23) Ele a concede e Ele s a concede se formos submisso.

    A indisposio de submeter-se aos que tm autoridade sobre ns um grande pecado com severas consequncias. Paulo escreve: Caso algum no preste obedincia nossa palavra dada por esta epstola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, no o considereis inimigo, mas adverti-o como irmo (II Tes. 3:14,15). Quem se priva da direo espiritual de um orientador rejeita a proviso de Deus para seu alimento e enfrenta um futuro incerto. A confiana a fora do discpulo (Is. 30:15).

    O DISCPULO EXERCE AUTORIDADE SERVINDO A mensagem de Jesus clara: o amor espiritual serve, no deseja ser servido. O

    servio a forma mais alta de liderana. O cristo maduro escolhe servir em vez de ser senhor em toda situao. O amor de Jesus aos seus discpulos foi servio altrusta, Ele assumiu, por vontade prpria, a forma de escravo (Fl. 2:7). Ele lavou-lhes os ps e por sua vontade tomou o lugar que era deles na cruz. Jesus no estava reclamando ou esperneando quando o levaram para crucific-lo, Ele serviu sem reservas e depois anunciou: Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, faais vs tambm (Jo. 13:15).

    Os apstolos eram servos lderes (II Co. 1:24). Exerciam autoridade de modo humilde e amoroso. Ao contrrio dos no crentes que servem por temor, orgulho, lealdade ou desejo de dinheiro, a motivao do discpulo o amor. Ele coloca o bem-estar de seu irmo acima do seu prprio. No incomum ser incomodado. Ele ministra sem ser notado e, no nimo ou na tristeza do momento, frequentemente sai sem receber agradecimento (Mt. 20:26). Os discpulos exercem sua autoridade atravs do servio. S podemos funcionar corretamente no corpo de Cristo se entendermos e vivermos por estas cinco verdades bblicas que formam o fundamento para a submisso em alegria:

    Tenho uma atitude de confiana no meu Deus soberano, amoroso e onisciente;

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    Discipulado Apostlico. 21

    A autoridade de Jesus suprema em minha vida; Quando a autoridade delegada por Deus atinge a minha vida, eu me submeto a

    ela assim como me submeteria a Jesus; Posso exercer autoridade porque me submeto a autoridade; Exero a minha autoridade servindo.

    O DISCPULO CONSTRUINDO RELACIONAMENTO 1- Reconhecer a necessidade (II Tm. 4:9-13) assim como Paul necessitava de Lucas

    ns necessitamos uns dos outros, somos uma engrenagem, um completa o outro.

    2- Andar na luz da Palavra (Sl. 119:105). Ter a Palavra e o Esprito Santo como base para o andar, ou seja, o padro de relacionamento uns com os outros ser fundamentado pela Palavra.

    1- Trazer transparncia ao relacionamento (I Jo. 1:7). andar na Luz, ou seja, ser transparente com Deus consigo mesmo e com seu irmo. ser o que realmente sou diante de Deus, diante de Sua Palavra e diante dos meus irmos. S podemos construir relacionamentos sendo honestos.

    2- Estar preparado para frustraes (At 15:37-39). Podemos ter algumas frustraes na caminhada e devemos estar preparadas para elas. Estar preparado inclui trs fatores: Vencer ressentimentos se surgir algum sentimento negativo, temos

    que rejeita-los e assim Deus nos dar a vitria. . Vencer a desconfiana Precisamos rejeitar toda a semente de desconfiana que lanada no momento de frustrao, desconfiana uma brecha maligna, sabe por qu? Porque desconfiana gera julgamento, julgamento gera crtica e crtica feita com amargura destri. Vencer o desnimo Esse sentimento de desnimo comea a ser ministrado no momento da frustrao. Estar preparado rejeitar todo sentimento de desnimo. A desconfiana um demnio que ataca o relacionamento, impedindo o crescimento da confiana mtua, produzindo a quebra de relacionamento.

    3- Estar disposto a andar a 2 milha A primeira milha nossa obrigao, a segunda achamos que no mais nossa obrigao. Andar segunda milha dar sem receber em troca. corresponder sem ser correspondido, esperar por

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    Discipulado Apostlico. 22

    mudanas sem cobranas. fazer aquilo que gostaramos que fosse feito a ns. Isso construir relacionamento edificando pacientemente sobre o princpio da cruz.

    VALORES QUE OS DISC PULOS PRECISAM VIVER Jesus, pois, vendo as multides, subiu ao monte; e, tendo se assentado,

    aproximaram-se os seus discpulos, e ele se ps a ensin-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de esprito, porque deles o reino dos cus. Bem-aventurados os que choram, porque eles sero consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdaro a terra. Bem-aventurados os que tm fome e sede de justia porque eles sero fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcanaro misericrdia. Bem-aventurados os limpos de corao, porque eles vero a Deus. Bem-

    aventurados os pacificadores, porque eles sero chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que so perseguidos por causa da justia, porque deles o

    reino dos cus. Bem-aventurados sois vs, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo,

    disserem todo mal contra vs por minha causa (Mt. 5:1-16).

    O DISCIPULADO NA IGREJA LOCAL Sua influncia na caminhada crist rumo maturidade 1. As dimenses do discipulado O discipulado no um mtodo, mas um estilo de vida. O discipulado no tem

    fim, s termina com a eternidade. Suas dimenses: O discipulado formal. Inclui o tempo (um dia, hora marcada), um currculo (vida

    frutfera, a formao de um discpulo, ministrio proftico, beleza de Cristo e o carter cristo), disciplina (exige compromisso, responsabilidades, obrigaes) e ferramentas (Bblia, livros, tarefas).

    O discipulado informal. Um estilo de vida a ser compartilhado. Inclui: o desafio de expor-se sem pretenso de ser um super-homem, e depender somente de Deus; as circunstncias de vivncia didtica; e o trato do carter e as ocasies que o oportunizam.

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    Discipulado Apostlico. 23

    A integrao coletiva. Inclui a comunho, o partir do po, as oraes conjuntas.

    O trato individual. Inclui a formao do carter. A Bblia. O manual do discipulado, do discpulo e do discipulador. Tempo

    devocional dirio, para ter intimidade com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. comida para o crente. Deve se iniciar esta disciplina desde cedo no novo convertido. nfases constantes: o significado do jejum; as oraes especficas e registradas para crescimento em f; o princpio da respirao espiritual (Exale o pecado - confisso; Inale o perdo - amor e comunho); a maravilhosa descoberta de um vida cheia do Esprito santo, enfatizando o fruto do Esprito (Gl. 5:16-26); o ensino, laboratrio e ambiente de treinamento respeito dos dons espirituais, e indicadores dos ministrios no corpo de Cristo; os princpios elementares sobre como compartilhar sua f e viver a extraordinria experincia de conduzir pessoalmente outros Cristo, como uma parte natural e efetiva do seu dia dia.

    2. Maturidade crist um processo e no um ato. O princpio da mente renovada exposto em Rm. 12:1-2 e sua relao com o processo de crescimento rumo maturidade.

    Sua influncia no processo de integrao do Novo Convertido O processo de discipulado no somente importante ou desejvel para a

    integrao de um Novo Convertido, ele A ESTRATGIA DETERMINADA POR DEUS PARA EFETIV-LO.

    a) O aspecto sutil dos fundamentos da f. Os alicerces sobre os quais se edificar toda a caminhada crist (Ef. 2:19-22).

    b) A dimenso scio comunitria. Estou feliz com essa nova famlia. Deus faz com que o solitrio viva em famlia (Sl. 68:6). Pontos importantes: implicaes dessa nova realidade quanto ao desenvolvimento da auto-estima e da auto-aceitao; o processo teraputico desenvolvido pela ao efetiva de tornar-se parte de algo que possui reconhecido valor; e, Igreja, ltima fronteira de espao para uma identidade genuna e pessoal.

    c) A formao de uma nova identidade. No mais o que fao, mas quem sou!. A verdade posicional, emergente da experincia do Novo Nascimento, nos

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    Discipulado Apostlico. 24

    promove no somente a fazer, mas sobre tudo a ser uma nova criatura (I Co. 5:17).

    Sua influncia na formao e recrutamento de e para uma viso missionria.

    1. Salvos, para qu? (Jo. 15:5-8, 15,16). O conceito efetivo da salvao : Ns no escolhemos, fomos escolhidos. Foi

    Deus quem nos aceitou e no ns que o aceitamos.

    Fomos escolhidos para ir. No h outra alternativa. Os cristos quase sempre se formam (ou se deformam) de que a idia de que este IR somente para alguns poucos ETs espirituais, e isto mera decorrncia da falta de um programa de discipulado efetivo. Fomos escolhidos para ir e frutificar. Vida crist infrutfera significa s adeso a uma religio, a um sistema de valores esotricos, mas no a um estilo revolucionrio de vida!

    Frutificar um tipo de fruto caracterizado por excelncia. Tem a ver com a qualidade e no necessariamente com a quantidade. Se assim no fora, Jesus teria recrutado 120 discpulos e no 12. Fruto excelente fruto que permanece! S fruto que permanece gera novos frutos (II Tm. 2:1-2). A relao entre o frutificar e a vida pessoal com Deus concede-nos a certeza de que tudo que pedirmos ao Pai, Ele nos conceder (Jo. 15:16).

    2.Descobrindo sua identidade coletiva. Primeiro, sou uma nova criatura (II Co. 5:17) e segundo, somos uma raa

    eleita, um povo sacerdotal, de propriedade exclusiva de Deus (I Pe. 2:9,10). Igreja reunida para adorar a Deus. E espalhados para servi-lo e testemunhar dEle.

    Mas, o que significa ser POVO DE PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS?

    Que no somos mais de ns mesmo, temos um dono - DEUS (II Co. 5:15) - e que devemos viver para Ele, o nosso dono, para satisfazer seu propsito.

    3.Penetrando na viso: a) Aprendendo algo mais profundo.

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    Discipulado Apostlico. 25

    O discipulado no contexto da misericrdia de Deus, uma viso! Jesus tinha compaixo pelas multides. Tendo como alvo discipular naes e no somente indivduos, atravs de um projeto srio de misso integral, estendendo a possibilidade de vida abundante que o Senhor Jesus veio oferecer.

    b) Algo sobre o futuro da igreja, ou melhor, sobre a igreja em seus ltimos dias. O enfraquecimento do elo com a igreja local e o ressurgimento e expanso das

    igrejas lares. As imprescindveis e indispensveis parcerias ministeriais. A revelao do

    ensino prtico sobre os dons espirituais e a indicao dos seus respectivos ministrios, com a criao efetiva do espao para o exerccio testes dos mesmos. Igreja - Cosmoviso x Globalizao.

    4. Concluso: preciso, com urgncia, resgatar o eco do grito de Lutero e outros reformadores

    - SOMOS UM POVO SACERDOTAL -, sacerdcio universal de todos os crentes! O mundo est organizado, est em estado terminal.

    No h tempo a perder! A igreja est no fim de sua vida terrena!.

    ALGUMAS RAZES PORQUE O DISCIPULADO CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO SAUDVEL DA IGREJA

    Acompanhamento individual. Qualidade de ensino. Intensidade de relacionamento (comunho, intimidade). Melhora a qualidade do pastoreio. Exerce-se melhor a autoridade espiritual. As pessoas conhecem-se melhor, aumenta a transparncia.

    As necessidades so mais fceis de detectar. Descentraliza-se a carga do pastor. Possibilita-se a informalidade. Equipa-se melhor os santos para o desempenho de seu servio. Desenvolve-se melhor a orao.

    Acentua-se o comprometimento.

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    Discipulado Apostlico. 26

    O indivduo mais valorizado. Descobre-se e exercita-se os dons com mais espontaneidade. Trabalha-se melhor a viso da igreja. Transfere-se a vida espiritual, o modelo e o estilo de vida com mais

    intensidade. Cria novas expectativas (futuros lderes x quem no est sendo discipulado). O alcance geogrfico.

    Pode ser realizado em qualquer lugar e a qualquer hora. Pode ser uma alternativa para uma escola dominical fracassada. uma alternativa econmica (mesma regio, menos conduo). Pode-se trabalhar melhor a sensibilidade. Desenvolve-se com mais efetividade o mtuo encorajamento. Cresce a solidariedade no Corpo de Cristo. A responsabilidade incrementada. Desenvolve-se e pratica-se a hospitalidade com mais naturalidade. Estratifica-se

    mais intensamente a perseverana, a motivao e o nimo.

    Exercita-se com frequncia o senso crtico e os julgamento sadios. O amor desenvolvido e praticado com mais autenticidade.

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    Discipulado Apostlico. 27

    EXERCCIOS: 1. Quem discpulo:

    a) Quem se comporta inconvenientemente. b) Quem pratica a justia. c) Quem tem o carter de Cristo. d) Nenhuma das alternativas est correta.

    2. Os objetivos dos discpulos devem ser: a) A obedincia. b) A submisso. c) O amor fraternal d) Todas as alternativas esto corretas.

    3. Quais os fatores que devemos desenvolver para lidar com as frustraes?

    4: o Que um cristo maduro deve escolher?

    Marque certo ou errado:

    5. ____Andar na luz da Palavra t-la como base para o andar e para os relacionamentos.

    6.____O que ser transparente? estar fora da luz. 7.____Andar a segunda milha esperar receber agradecimento e reconhecimento. 8.____A Bblia no considerada como um manual para discipulado. 9.____O processo de discipulado a estratgia determinada por Deus para efetivar o novo convertido. 10.____O conceito efetivo da salvao Eu escolhi, no fui escolhido. .

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    Discipulado Apostlico. 28

    CAPTULO 3 : Carter e Temperamentos AUTORIDADE ESPIRITUAL

    osso Deus age a partir do seu trono, e o seu trono est estabelecido sobre sua autoridade. Todas as coisas so criadas pela autoridade de Deus e todas as leis

    fsicas do universo so mantidas atravs de sua autoridade. Se ofende- mos a autoridade de Deus, somos rebeldes, e bem mais srio do que ofender a sua santidade.

    E, somente mantemos essa autoridade, quando nos submetemos a ela com todo o nosso corao. O propsito de Deus de manifestar sua autoridade ao mundo atravs da sua igreja. E essa autoridade pode ser percebida na coordenao dos diversos membros do corpo de Cristo. Quando no consideramos o homem mas unicamente a autoridade investida nele, reconhecemos a autoridade no corpo de Cristo. No devemos obedecer ao homem mas autoridade de Deus que est nesse homem. De outro modo, como poderamos ficar sabendo o que autoridade? Estamos trilhando uma estrada errada se vemos o homem primeiro, antes de obedecer autoridade. O oposto o certo. Nesse caso no nos far diferena quem o homem.

    OBEDINCIA VONTADE DE DEUS

    A maior das exigncias que Deus faz ao homem no a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas ou negar-se a si mesmo. A maior das exigncias que obedea. S a obedincia honra a Deus de maneira absoluta, pois s ela coloca a vontade de Deus no centro. E a vontade representa autoridade. Portanto, para conhecer a vontade de Deus e obedec-la preciso sujeitar-se autoridade. E para que a autoridade se expresse preciso que haja submisso.

    A submisso absoluta, mas a obedincia relativa. Como isso? A submisso uma questo de atitude, enquanto a obedincia uma questo de conduta. s vezes a obedincia submisso, enquanto que, noutras ocasies, uma incapacidade de obedecer ainda pode ser submisso. Mesmo quando fazemos uma sugesto, deveramos manter uma atitude de submisso. Aquele que reconhece a autoridade ser delicado e respeitoso. Ser absoluto em sua submisso tanto no corao como na atitude e em

    N

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    Discipulado Apostlico. 29

    palavras. Quando a autoridade delegada (homens que representam a autoridade de Deus) e a autoridade direta (o prprio Deus) entram em conflito, a pessoa pode prestar submisso, mas no obedincia autoridade delegada.

    Resumindo: (1) a obedincia est relacionada com a conduta: relativa. A submisso relaciona-se com a autoridade do corao: absoluta; (2) S Deus recebe obedincia irrestrita sem medida; qualquer pessoa abaixo de Deus s pode receber obedincia restrita; (3) se a autoridade delegada emitir uma ordem claramente em contradio com a ordem de Deus, dever receber submisso mas no obedincia. Temos de nos submeter pessoa que recebeu autoridade delegada de Deus, mas devemos desobedecer ordem que ofende a Deus.

    Vejamos o caso de Ado. Deus o colocou sob autoridade para que aprendesse a obedecer. Colocou todas as coisas criadas na terra sob sua autoridade para as dominar; mas, por outro lado, Deus colocou o prprio Ado debaixo da sua autoridade para que ele obedecesse.

    Deus ento criou Eva, e a colocou sob autoridade de Ado. Estabeleceu os dois, um como autoridade e o outro em submisso. Mas, em lugar de obedecer a Ado, Eva tomou sua prpria deciso ao verificar se o fruto era bom. Alm de transgredir a ordem de Deus tambm desobedeceu a Ado. Mais tarde Ado ao dar ouvidos Eva e comer do fruto proibido, pecou contra a vontade direta de Deus. Isto foi rebeldia. Algumas lies sobre obedincia: Tenha um esprito de obedincia; Pratique a obedincia; e Aprenda a exercer a autoridade concedida.

    Exemplos bblicos de obedincia/submisso:. Os trs amigos de Daniel recusaram-se a adorar a imagem de ouro erigida pelo rei Nabucodonosor. Desobedeceram ordem do rei, mas submeteram-se ao fogo do rei.

    Daniel ignorou o decreto do rei e orou a Deus; no obstante submeteu-se ao julgamento do rei sendo lanado na cova dos lees..

    Pedro pregou o evangelho embora fosse contra a ordem do conclio governante, pois declarou que importava antes obedecer a Deus do que aos homens. Mas submeteu-se quando foi levado priso.

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    Discipulado Apostlico. 30

    A pessoa obediente acompanha-se de alguns sinais: reconhece a autoridade onde quer que v, comeando na igreja; manso e delicado; jamais deseja estar em posio de autoridade; mantm sua boca fechada, no fala levianamente porque h nela um senso de autoridade; sensvel a toda rebelio que h a sua volta; e, podem com sua experincia, levar outros obedincia. Mas, o princpio governante de nossa vida tem de ser a submisso, exatamente como a dos pssaros voar e dos peixes nadar.

    DOIS EXEMPLOS DE REBELDIA

    Em Nmeros 16, temos dois exemplos de rebeldia. Do versculo 1 ao 40, os lderes se rebelaram; do versculo 41 ao 50 toda a congregao se rebelou. O esprito de rebeldia muito contagioso. O julgamento dos 250 lderes que ofereceram incenso no deteve toda a congregao. Continuou rebelde, declarando que Moiss matara seus lderes. Moiss no podia invocar fogo para consumir o povo. O fogo veio de Deus. Muitos pecados Deus pode suportar e ignorar, mas a rebeldia ele no permite, porque o princpio de satans. Portanto, o pecado de rebeldia, mais srio do que qualquer outro pecado. Sempre quando o homem resiste autoridade, Deus julga imediatamente.

    REBELDIA ESTAR FORA DA AUTORIDADE

    Como vimos anteriormente, Ado desobedeceu a autoridade de Deus, foi rebelde. Por isso toda atitude que implica desobedincia constitui uma queda, e qualquer atitude de desobedincia rebeldia. Depois da queda de Ado, o homem pensa que capaz de distinguir o bem do mal e julgar o que certo e o que errado. Pensam saber melhor do que Deus. Isto a loucura da queda. Temos que ser libertos de tal engano, porque nada mais que rebeldia.

    Veremos a seguir que a rebeldia do homem se manifesta mais obviamente em trs setores.

    1) Palavras : Como podeis falar cousas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que est cheio o corao (Mt 12:34). Um homem rebelde de corao acabar proferindo palavras rebeldes. Muito rapidamente a rebeldia se expressa atravs da lngua. H duas coisas que levam os cristos a perder o seu poder: o pecado e a

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    Discipulado Apostlico. 31

    injria autoridade. A perda de poder maior quando a desobedincia expressa em palavras do que quando permanece escondida no corao.

    2) Razo: O princpio bsico de nossa vida o raciocnio. A rebeldia do homem contra a autoridade tambm se manifesta na razo. Quando no se reconhece a autoridade dizemos palavras injuriosas e tais palavras geralmente brotam do raciocnio. Mas o homem que se sujeita autoridade, vive sob a autoridade sem ouvir a razo. a pura verdade que precisamos arrancar os olhos de nossa razo para podermos seguir o Senhor. Quando uma pessoa iluminada pelo Senhor fica cega com a luz, e sua razo colocada de lado. Foi o caso de Paulo ficou cego sob a grande luz na estrada de Damasco; deixou de se guiar por sua prpria razo. Outro caso o de Moiss que jamais arrancou seus olhos, no obstante agia como se estivesse cego. Ele tinha seus argumentos e suas razes, mas em obedincia a Deus vivia acima da razo. Todos aqueles que se encontram com Deus tm de jogar fora o seu raciocnio. Tem de permanecer no solo da obedincia. Argumentar com Deus implica que Deus necessita obter nosso consentimento para tudo o que faz. Quando Deus age no tem nenhuma obrigao de nos contar os motivos, porque os seus caminhos so mais altos que os nossos caminhos.

    3) Pensamentos: O homem tambm expressa sua rebeldia nos pensamentos. Pois palavras rebeldes brotam de um raciocnio rebelde, e o raciocnio por sua vez trama o pensamento. Portanto o pensamento o fator central na rebeldia. Paulo menciona em II Co. 10:4-6, que temos de destruir argumentaes e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus. A frase toda altivez todo edifcio alto no original. Do ponto de vista de Deus, as argumentaes humanas so como um arranha-cu, obstruindo o seu conhecimento. Logo que o homem comea o raciocnio, seus pensamentos ficam sitiados e perde a liberdade de obedecer a Deus, uma vez que a obedincia uma questo de pensamento. A razo e o pensamento esto intimamentes ligados; o primeiro tende a derrotar o segundo. E uma vez cativa a mente, o homem encontra-se impossibilitado de obedecer a Cristo. Ningum neste universo pode exercer livremente sua vontade, porque ou cativo das argumentaes ou tomado por Cristo. Consequentemente ou serve a Satans ou serve a Deus.

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    Discipulado Apostlico. 32

    Exemplos de rebeldia no AT:

    A queda de Ado e Eva (Gn. 2:16-17; 3:1-6; Rm. 5:19);

    A rebeldia de Co (Gn. 9:20-27);

    Fogo estranho oferecido por Nadabe e Abi (Lv. 10:1-2);

    O ultraje de Aro e Miri (Nm. 12);

    A rebelio de Cor, Dat e Abiro (Nm. 16).

    OS CUIDADOS COM A LNGUA Na cabea humana h sete orifcios naturais. Todos vm em pares - ouvido,

    olhos, narinas - com exceo da boca. Suponho que ningum desejaria duas bocas. A maioria de ns j tem problemas suficientes com uma! Creio que quando Deus concedeu ao homem a habilidade de falar inteligentemente com frases e idias consecutivas, estava validando a afirmao de que Deus criou o homem sua prpria imagem. Quando Deus confiou ao homem o poder de falar, estava confiando-lhe sua prpria autoridade e habilidade criativa, pois foi atravs das palavras de Deus que toda criao veio existncia (Sl. 33: 6; Hb. 11:3).

    O corao a rvore, e a boca o fruto da rvore. A rvore (corao) conhecida pelo fruto (as palavras). O que sai da boca demonstra o que est no seu corao. O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas ms (Mt. 12:35).

    Digo-vos que toda palavra ociosa que proferirem os homens, dela daro conta no dia do juzo. Porque pelas tuas palavras sers justificado, e pelas tuas palavras sers condenado (Mt. 12:36,37).

    Em ltima anlise o destino da nossa alma determinada pelas nossas palavras. Se algum entre vs cuida ser religioso e no refreia a sua lngua, antes, engana o seu corao, a religio desse v (Tg. 1:26). Se voc no dominar a sua lngua a sua religio v.

    Sete problemas da lngua:

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    Discipulado Apostlico. 33

    - Falar demais (Pv. 10:19; Ec. 5:3): Se algum conversa o tempo todo, est simplesmente demonstrando a todos o que realmente , pois a voz do tolo se conhece pela multido das suas palavras. Jesus disse: Porque a boca fala do que est cheio o corao. Uma lngua irrequieta denota um corao irrequieto. Uma pessoa que no consegue ficar calada no est tranqila, por mais que fale sobre paz e alegria.

    - Palavras vs (Mt. 5:37; 12:36): Quando a pessoa emprega uma palavra forte para impressionar os outros, do tipo Fantstico. Enfatizar exageradamente destri rapidamente o efeito de uma palavra. A melhor maneira de impressionar no empregando esse tipo de palavra. simplesmente dizer o que se quer dizer.

    - O Fuxico (Lc. 19:16; Pv. 18:8): Voc sabia que possvel, literalmente, matar uma pessoa atravs de palavras. H casos reais onde ministros morreram sob o oprbrio, vergonha e feridas de lnguas maliciosas. Muitos servos de Deus morreram de feridas causadas pela lngua. Que nenhum de vs padea como homicida, ou ladro, ou malfeitor, ou como o que se intromete em negcios alheios (I Pe. 4:15). Voc no acha interessante o intrometido ser classificado junto com os assassinos, ladres e malfeitores? A maioria dos religiosos ficariam horrorizados ao serem classificados como um desses, no entanto, muito deles so intrometidos.

    - A Mentira (Pv. 6:16-19; 12:22; Ap. 21:8): Das sete coisas abominadas pelo Senhor, trs se relacionam com a lngua: a testemunha falsa, a lngua mentirosa e o que semeia contenda entre os irmos. Abominao a palavra mais forte que se pode usar para descrever o que desagrada a Deus.

    - A Bajulao (Sl. 12:1-3): Creio que a maioria das pessoas no entendem o perigo da bajulao e nem o quanto isso desagradvel a Deus. Um pregador da palavra deve apreciar uma genuna gratido, entretanto, tem que vigiar contra a bajulao. Muitos servos de Deus tm se enredado nesse caminho, a ponto de serem cativos e de perderam os seus ministrios.

    - Palavras Precipitadas (Pv. 29:20): No diga tudo o que sente na hora que sente. Se voc se apressar no falar poder acabar entrando em problemas srios - aprenda a se dominar. Indignaram-no tambm junto s guas da contenda, de sorte que sucedeu mal a Moiss, por causa deles; porque irritaram o seu esprito, de modo que falou imprudentemente com seus lbios (Sl. 106:32,33). Quando nosso esprito provocado, muitas vezes falamos imprudentemente, e isso falar apressadamente. Deus disse: Moiss, voc perdeu o privilgio de guiar o meu povo com as suas palavras.

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    Discipulado Apostlico. 34

    - Palavras Negativas (Nm. 13:30,31): Este um dos pecados respeitveis praticados regularmente por pessoas religiosas. No creio que conseguirei o dinheiro a tempo, Tenho certeza que ser preciso fazer uma operao, No tenho f para isso. As palavras podem ser muito educadas, mas em muitos casos so inaceitveis a Deus. Muitas vezes cavamos nossas sepulturas com nossas bocas. H muitas pessoas mortas hoje, que no deveriam ter morrido; morreram por causa do que falaram, selaram seus prprios destinos.

    Sete remdios para os problemas da lngua: - Reconhecer que o abuso da lngua um problema do corao (Mt.

    12:32,34). Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu corao, porque dele procedem as sadas da vida (Pv. 4:23). O que sai da boca vem do corao. A boca o barmetro (medidor de presso/temperatura) do corao.

    - Confesse os seus pecados e seja purificado (I Jo. 1:9). Deus tem um remdio para os problemas da lngua, mas enquanto no os reconhecemos como pecado, confessando e nos arrependendo deles, e buscando de Deus o perdo e a purificao, no estamos aceitando o remdio de Deus.

    - Recuse o mal, entregue-se a Deus. (Rm. 6:12,13). Quando Jesus morreu, comprou a minha lngua junto com todo o meu ser. Diga a Deus que voc quer que sua lngua seja instrumento de justia, e que est entregando a Ele para este fim.

    - Compreenda porque voc tem uma lngua (Sl. 16:9). Davi disse: Portanto est alegre o meu corao e se regozija a minha glria. A que Davi se

    referia quando disse a minha glria?. Encontramos a resposta em Atos 2:26, onde Pedro cita este Salmos: Por isso se alegrou o meu corao e a minha lngua exultou. Sua glria a sua lngua. Por que? Porque lhe foi dada para um supremo propsito: glorificar a Deus.

    - Resolva louvar a Deus (Sl. 57:7). Louvor resultado de uma deciso. No Salmos 34, Davi estava na corte do rei Filisteu, fugindo para salvar a sua vida, e fingindo ser maluco. Nesta poca ele tomou a deciso: Louvarei ao Senhor em todo o tempo; e o seu louvor estar continuamente na minha boca (Sl. 34:1). Primeiro voc toma uma deciso individual: Eu vou agir assim. Depois, voc encontra outras

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    Discipulado Apostlico. 35

    pessoas de igual pensamento, e diz: Vamos fazer juntos. Porm a deciso individual vem primeiro.

    - Lembre-se de Cristo, seu Sumo-Sacerdote. Ele intercede por ns ao Pai. O que voc diz com a sua boca limita o que Ele pode fazer por voc no cu. Se fizer uma confisso fraca, voc ter um Sumo-Sacerdote fraco em seu favor (Hb. 3:1). Faa sua confisso, continue fazendo e no pare (Hb. 10:21,23).

    - Submeta-se a disciplina do Corpo de Cristo. Se voc estiver sujeito disciplina do corpo, voc no falar a respeito de outras pessoas, por uma razo: ser embaraoso voc ter que ir pedir perdo (Mt. 18:15-17). Isso disciplina. No conte a outros primeiro, essa seria a primeira reao de muitos: algum me ofendeu, vou e falo com os outros menos com o irmo que me ofendeu. Depois torna-se quase impossvel curar a ruptura. H dois aspectos nisso: Primeiro, se algum cometeu algo considerado errado comigo, o que devo fazer? Devo ir pessoa para curar a ruptura.

    Agindo assim, na maioria dos casos, a ruptura curada; Segundo, quando algum vai a voc e diz: voc sabe o que o irmo tal falou sobre mim? Voc responde: Voc j foi ao irmo tal e falou com ele?. Se ela responder no, voc diz: Ento no quero saber. Isso disciplina. De outra forma voc se torna cmplice e responsvel por explodir a situao e criar ruptura no Corpo de Cristo.

    O FRUTO DO ESPRITO Nenhum trecho da Bblia apresenta um mais ntido contraste entre o modo de

    vida do crente cheio do Esprito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa, do que Glatas 5. Paulo no somente examina a diferena geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Esprito e a carne esto em conflito entre si, mas tambm inclui uma lista especfica tanto das obras da carne, como do fruto do Esprito. Em Glatas 5:22,23, temos o modo de viver ntegro e honesto que a Bblia chama o fruto do Esprito. Esta maneira de viver se realiza no crente medida que ele permite que o Esprito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunho com Deus.

    Deus exige que produzamos frutos, que so aes do Esprito Santo em ns. O fruto do Esprito inclui:

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    Discipulado Apostlico. 36

    AMOR

    Nisto todos conhecero que sois meus discpulos, se vos amardes uns aos outros (Jo. 13:35). Amor a maneira de viver dos cristos, o que se v, a prova ou testemunho prtico de que somos cristos, uma forma de se relacionar.

    ALEGRIA

    A alegria natural circunstancial, mas a do Esprito no. Ela no depende de uma satisfao interior realizada, mas provm de um contato vivo com Deus. A alegria do Senhor a vossa fora (Ne. 8:10). A alegria do Senhor nos traz fora. A alegria fruto de ver o Senhor ressureto. Isto produzir gozo em nossos coraes.

    PAZ

    Descanso profundo em Deus, que no depende de circunstncias; firme, slida, constante. Saber que Deus est no trono, e domina sobre tudo. Devemos ter paz nas horas de adversidade, pois Ele est conosco (Mc. 4:35-41). Tormentas que roubam a nossa paz:

    Que vem por causa de demnios (exterior): Vencemos pela autoridade do Senhor em ns (Mc. 4:35-47) Que vm da nossa carne (interior): Vencemos pela orao e pela cruz (Tg. 4:1-7; Ef. 6:13). Que vm do mundo (sistema opressivo): Vencemos pela f (Jo. 16:33; I Jo. 2:16,17; Ef. 2:12).

    LONGANIMIDADE

    Capacidade de suportar provas, ofensas e desgostos sem revidar.

    Saber esperar com nimo longo. A longanimidade faz parte do carter de Deus (x. 34:6); est ligada ao amor (Nm. 14:18; Sl. 86:15). Por que precisamos desse fruto? Para atingir alvos e isso exige pacincia, persistncia e perseverana; para vencer as

    tribulaes (Jo. 16:33); para alcanar vitria sobre o inimigo, pois ele persistente (Tg. 4:7); para o relacionamento com os irmos (Cl. 3:12).

    BENIGNIDADE

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    Discipulado Apostlico. 37

    Compaixo para com a humanidade perdida. Ternura ou delicadeza, meiguice, gentileza (II Co. 10:1). Capacidade de amar concedida a ns pelo Esprito Santo, maneira de nos identificarmos com os sofrimentos dos outros e sermos sensveis a eles.

    BONDADE

    Capacidade de andar a segunda milha, disposio para servir aos outros. ter o amor prprio quebrado. Disposio para ajudar sempre que for necessrio. S quem tem o decreto da cruz em suas vidas, que quebrou todos os direitos, ter a bondade em si. A cruz quebra nossos direitos. Em Mateus 5:40,41, temos a bondade do ponto de vista de Deus. Vejamos trs manifestaes da bondade: (1) Bons olhos, no v maldade em todo lugar (Mt. 6:22,23); Bom corao, sabe cobrir as falhas dos outros (Mt. 7:3); Bons lbios, no julga precipitadamente (Ef. 4:29).

    FIDELIDADE

    ser constante e firme nas alianas. estar firme em seus propsitos para receber do Senhor o que querem (Tg. 1:6,7). Quebrar uma aliana infidelidade e no agrada a Deus. Deve-se ser fiel a quem? A Deus - Sua palavra, Sua voz e Seus planos (Sl. 78:8 e I Sm. 2:35); A Igreja - irmos, liderana, dzimos e ofertas (Nm. 12:6,7 e Ef. 3:14,16); Aos Ministrios (Hb. 13:17 e I Rs. 19:19-21); Aos compromissos: famlia, emprego, autoridade, negcios etc.

    MANSIDO Reao contrria violncia ou ira (Gn. 6:1-16; Mt. 11:29). Manso aquele que

    tem o fardo suave, descansado. aquele que domina seu esprito, que desvia a ira na hora do furor (Pv. 15:1; 16:32). A mansido vem a ns por uma deciso prpria, por exerccio, determinao, vontade (I Pe. 5:6; Mt. 5:5).

    DOMNIO PRPRIO Capacidade de andar segundo a justia de Deus, no temendo o juzo. Diligncia

    humana para alcanar ou manifestar a justia de Deus. Conhecer as coisas de Deus e ter capacidade para pratic-las (II Pe. 1:6). O que justia? o padro de Deus para a conduta do homem (Pv. 11:19; 12:28). O que juzo? Avaliao de Deus em relao Sua justia na vida dos homens, demonstrada pelo domnio prprio (Ec. 12:14; Hb.

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    Discipulado Apostlico. 38

    9:27). Passos para obter o domnio prprio: Depender do Esprito de Deus ( II Co. 4:17,18); Entender a vontade de Deus para ns e as reas que precisam de domnio prprio (Ef. 5:17; 6:6); Exercitar: no desanimar, ser perseverante (Rm. 5:1-5).

    OS QUATROS TEMPERAMENTOS A teoria dos quatro temperamentos apenas uma ferramenta teraputica. Com os

    outros ou consigo mesmo, deve ser usada sempre com brandura, flexibilidade e de forma construtiva. Uma boa regra : no se ponha a analisar o temperamento duma pessoa, a no ser que isso contribua para melhorar o seu relacionamento com essa pessoa, e no diga a uma pessoa qual o temperamento que ela possui, a no ser que ela lhe pergunte diretamente. Nenhum cristo cheio do Esprito Santo invadiria o ntimo de outra pessoa, expondo-a ao ridculo psicolgico. Qualquer coisa que no seja benigna no provm do amor, e a Bblia nos ensina a falar a verdade em amor (Efsios 4:5), disse Tim Lahaye.

    Todos ns temos fraqueza em nosso temperamento, e precisamos saber que ele pode ser modificado (II Co. 5:17). O apstolo Pedro podia falar sobre o assunto por experincia prpria, pois seu temperamento foi altamente transformado quando recebeu a nova natureza. O Esprito Santo capaz de apossar-se de um temperamento fraco e depravado, e transform-lo num exemplo vivo do poder de Jesus Cristo. Assim vemos que a plenitude do Esprito Santo no apenas ordenada a todo cristo (Ef. 5:18), mas ela se evidencia no controle e transformao da natureza humana do cristo, levando-o alcanar realmente uma vida igual de Cristo.

    Temperamento Sangneo - sempre tem amigos, no aprecia solido, jamais deixa de encontrar a palavra exata, frequentemente desarma muitos dos seus interlocutores. Seu modo de vida desenfreado, aparentemente excitante e extrovertido, mas o torna alvo de inveja de alguns indivduos mais tmidos. Seus modos tumultuosos, barulhentos e amistoso o fazem parecer mais confiante em si do que na realidade o , mas a sua energia e sua ndole amvel o ajudam a vencer as fases difceis da vida.

    Exemplo: Pedro.

    Temperamento Colrico - o temperamento ardente, ativo, prtico e voluntarioso. Muitas vezes auto-suficiente e muito independente. Sua tendncia ser

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    Discipulado Apostlico. 39

    decidido e teimoso, tendo facilidade em tomar decises para si mesmo, assim como para as outras pessoas. Ele floresce na atividade, no precisa ser estimulado pelo meio em que vive, ao contrrio ele quem estimula seu ambiente com idias, planos. Possui um crebro perspicaz e prtico, capaz de tomar decises instantneas. Toma uma atitude definida diante de problemas e muitas vezes encontramos o colrico em campanhas contra injustias sociais ou situaes prejudiciais moral. No se amedronta diante das adversidades, de fato elas tm o dom de encoraj-lo. Quando j adulto difcil para o colrico alcanar a Cristo, devido sua atitude de auto-suficincia. Geralmente eles conseguem compreender o que Jesus disse: sem mim nada podeis fazer. No h limite para o que ele capaz de fazer quando aprende a caminhar ao lado do Esprito Santo e a viver em Cristo. Ele extrovertido mas com menor intensidade.

    Exemplo: Paulo.

    Temperamento Melanclico - classificado como o temperamento hostil e sombrio. Na realidade o mais rico de todos os temperamentos, pois um tipo abnegado, bem dotado e perfeccionista. Por natureza inclinado a ser introvertido, mas como os seus sentimentos o dominam ele dado a variaes. um amigo fiel, mas ao contrrio do sangneo, no faz amigos facilmente. Experincias decepcionantes o tornam relutante em aceitar as pessoas pelo seu valor pessoal, portanto tem propenso a

    sentir-se desconfiado, quando outros o procuram ou o encham de atenes. Sua excepcional habilidade analtica o capacita a diagnosticar apuradamente os obstculos e perigos de qualquer projeto de cujo planejamento participe. Este um acentuado contraste em relao ao colrico que raramente prev problemas ou dificuldades. Geralmente encontra o maior significado da vida atravs do sacrifcio pessoal, e inclinado a ser correto e persistente em sua atividade. Exemplos: Moiss, Elias, Joo.

    Temperamento Fleumtico - to calmo e despreocupado que jamais parece perturbar-se, no importa quais sejam as circunstncias. Raramente explode em riso ou raiva mantendo sempre suas emoes sob controle. o tipo de temperamento coerente. de personalidade fria, reticente, quase tmida, sente muito mais emoo do que demonstra. No faltam amigos, porque gosta do convvio social e tem um senso de humor enorme. Possui uma vida organizada, tem tima memria, e um bom imitador. Sente-se irritado com o entusiasmo desorientado e inquieto do sangneo e sempre lhe

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    Discipulado Apostlico. 40

    aponta essa futilidade. Fica aborrecido com as disposies sombrias do melanclico e est sempre disposto a ridiculariz-lo. Sente enorme prazer em jogar um jato de gua fria nos planos e nas ambies do colrico. Tem profunda tendncia a ser um espectador da vida e tenta no se envolver nas atividades do prximo. geralmente simptico e de bom corao, mas raramente deixa transparecer seus verdadeiros sentimentos. Uma vez incitado ao, demonstra ser capaz e eficiente. um pacificador nato. No aceitar a liderana por sua prpria vontade, mas quando lhe imposta.

    EXERC CIOS

    1. Quando ofendemos a autoridade de Deus nos tornamos:

    a) Abenoados b) Rebeldes c) Felizes d) Nenhuma das alternativas est correta.

    2. O Fruto do Esprito :

    a) Amor, paz, alegria, bondade. b) Domnio prprio, mansido, fidelidade. c) Longanimidade, Benignidade. d) Todas as alternativas esto corretas.

    3. Porque a boca fala do que...

    a) est vazio o peito. b) est para acontecer. c) est cheio o corao. d) Nenhuma das alternativas est correta

    4. Os quatros temperamentos so:

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    Discipulado Apostlico. 41

    a) Fleumtico, Colrico, Sangneo, Psictico. b) Psictico, Melanclico, Colrico, Fleumtico. c) Melanclico, Colrico, Sangneo, Fleumtico d) Todas as alternativas esto corretas

    Marque certo ou errado:

    5. ____Muitos pecados Deus pode suportar e ignorar, mas a rebeldia Ele no permite.

    6. ____Em Glatas 5:22,23 temos o modo de viver ntegro e honesto que a Bblia chama de O Fruto do Esprito.

    7.____Em I Corntios 13 temos a expresso prtica do amor, uma maneira de viver.

    8.____O Domnio prprio consiste em deixar as coisas de Deus e muito menos pratic-las.

    9.____Se no dominamos a lngua no tem importncia.

    10.____Sempre tem amigos e no aprecia a solido: Temperamento Sangneo.

    11.____ ardente, ativo, prtico e voluntarioso: Temperamento Colrico.

    12.____ classificado como hostil e sombrio: Temperamento Fleumtico.

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    Discipulado Apostlico. 42

    CAPTULO 4: Capacitao e Servio

    TALENTOS

    apacidade que Deus nos deu, ligados a traos do nosso carter, e que visam a edificao do corpo de Cristo. Funes que o cristo tem naturalmente.

    Porque assim como em um corpo tem muitos membros, e nem todos os membros tm a mesma operao, assim ns, que somos muitos, somos um s corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graa que nos dada: se profecia, seja ela segundo a medida da f; se ministrio, seja em ministrar; se ensinar haja dedicao ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faa-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericrdia, com alegria (Rm. 12:38).

    Qual o propsito dos talentos? Visa o suprimento da vida diria, corpo e alma; a edificao do corpo de Cristo; e tambm, como meio de levar incrdulos ao Senhor.

    O que nos impede de descobrir os talentos: Amargura contra Deus

    Tentativa de imitar os dons dos outros.

    Pecado voluntrio no confessado.

    Confuso entre dons, talentos e ministrio.

    Falta de envolvimento com os outros e com a obra.

    C

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    Discipulado Apostlico. 43

    DICAS PARA AJUDAR A DESCOBRIR O(S) TALENTO(S)

    Atravs da orao purifique o corao de todo pecado conhecido e pea ao Esprito Santo que lhe revele o talento e o dom pessoal.

    Elimine os talentos que obviamente no lhe pertencem.

    Reduza a lista at que encontre uma escolha entre dois talentos. Descubra oportunidades especficas de envolvimento espiritual com outras pessoas. Pergunte a si mesmo porque est fazendo aquilo.

    Como responderia a seguinte pergunta: Se estivesse livre para fazer o que quisesse, sem limitaes financeiras, sem presses sociais ou qualquer

    outra, o que mais gostaria de fazer, e por que? Se ainda estiver em dvida, escolha o mais provvel e concentre sua ateno naquela motivao bsica. Tambm existe a possibilidade de Deus lhe dar mais de um talento.

    TIPOS DIFERENTES DE TALENTO

    (1) PROFECIA

    Habilidade de falar