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94 www.backstage.com.br REPORTAGEM Jorge Pescara [email protected] O Elixir A cada ano prosseguimos com os avanços nas pesquisas em todos os níveis e assuntos do cotidiano humano, desde situações puramente psicológicas até aparatos e equipamentos eletromecânicos que facilitam o dia-a-dia das pessoas. No campo dos instrumentos musicais, mais e mais avanços são obtidos por intermédio de extensas pesquisas de campo. de longa vida E m se tratando especificamente da questão das cordas, te- mos desde as confeccionadas manualmente com tripas de animais até as fabricadas com a mais pura liga metálica. Mas a questão com que se depara é: o tempo de vida útil deste ape- trecho tão necessário ao músico! A empresa americana WL Gore & Associates (www.elixirstrings.com) ou (www.elixirstrings- americalatina.com) propõe ao mercado o seguinte resultado: Encordoamentos de contrabaixos elétricos (jogos com 4, 5 ou 6 cordas para instrumentos fretted, fretless ou eletroacústico/baixolão), guitarras (normal ou baritone/guitarra-baixo) além de violões (nor- mal, resonator ou 12 cordas), banjos e mandolins, tudo com uma co- bertura especial feita de um material chamado fluorpolímero. Fios extremamente finos compostos por fluorpolímeros são usados desde a década de 50 pela WL Gore para diversas aplicações, pois o material é altamente resistente graças às suas propriedades dielétricas e estabi- lidade termoquímica, além de sua biocompatibilidade, proporcio- nando infindáveis finalidades, tais como próteses médicas, calçados e uniformes altamente resistentes (à temperatura e à gravidade), fi- bras, membranas e até mantas isolantes, fiação e cabos eletrônicos, além, é claro, da cobertura para as cordas Elixir! Com relação a estas últimas, cordas de instrumentos musicais, que afinal é o nosso assunto, outras coberturas e materiais foram testados durante anos, mas nenhum se aproximou da Elixir. Co- berturas com: ouro 24k, temperaturas abaixo de 0º com criogenia, fios sintéticos de nylon, poliuretano, cêra anticorrosiva, enfim, tudo já foi testado, porém, os resultados acabam por ser contrários ao timbre e distantes de proporcionar mais vida útil às cordas. Com os fluorpolímeros temos uma longevidade superior a qualquer outro material, isto comprovadamente no uso diário das cordas. Outro fator importante na confecção das cordas para sua maior durabilidade é que o revestimento é aplicado imediatamente após a fabricação e enrolamento de cada corda, ou seja, todas as pequenas fissuras que compõem as espirais das cordas roundwound são tampadas, impedindo a ação nociva da poeira, suor, oleosidade, umidade, mudanças bruscas de tempe- ratura ambiente e acidez das mãos (ácido úrico). Este delicado aspecto é chamado de “zona crítica das cor- das” pela empresa WL Gore. Ali se acumulam os resíduos que

O Elixir - backstage.com.br · guitarras (normal ou baritone/guitarra-baixo) além de violões (nor- mal, resonator ou 12 cordas), banjos e mandolins, tudo com uma co- bertura especial

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REPORTAGEM

Jorge [email protected]

O ElixirA cada ano prosseguimos com os avanços nas pesquisas em todos osníveis e assuntos do cotidiano humano, desde situações puramentepsicológicas até aparatos e equipamentos eletromecânicos que facilitam odia-a-dia das pessoas. No campo dos instrumentos musicais, mais e maisavanços são obtidos por intermédio de extensas pesquisas de campo.

de longa vida

Em se tratando especificamente da questão das cordas, te-

mos desde as confeccionadas manualmente com tripas de

animais até as fabricadas com a mais pura liga metálica.

Mas a questão com que se depara é: o tempo de vida útil deste ape-

trecho tão necessário ao músico! A empresa americana WL Gore

& Associates (www.elixirstrings.com) ou (www.elixirstrings-

americalatina.com) propõe ao mercado o seguinte resultado:

Encordoamentos de contrabaixos elétricos (jogos com 4, 5 ou 6

cordas para instrumentos fretted, fretless ou eletroacústico/baixolão),

guitarras (normal ou baritone/guitarra-baixo) além de violões (nor-

mal, resonator ou 12 cordas), banjos e mandolins, tudo com uma co-

bertura especial feita de um material chamado fluorpolímero. Fios

extremamente finos compostos por fluorpolímeros são usados desde a

década de 50 pela WL Gore para diversas aplicações, pois o material

é altamente resistente graças às suas propriedades dielétricas e estabi-

lidade termoquímica, além de sua biocompatibilidade, proporcio-

nando infindáveis finalidades, tais como próteses médicas, calçados e

uniformes altamente resistentes (à temperatura e à gravidade), fi-

bras, membranas e até mantas isolantes, fiação e cabos eletrônicos,

além, é claro, da cobertura para as cordas Elixir!

Com relação a estas últimas, cordas de instrumentos musicais,

que afinal é o nosso assunto, outras coberturas e materiais foram

testados durante anos, mas nenhum se aproximou da Elixir. Co-

berturas com: ouro 24k, temperaturas abaixo de 0º com criogenia,

fios sintéticos de nylon, poliuretano, cêra anticorrosiva, enfim,

tudo já foi testado, porém, os resultados acabam por ser contrários

ao timbre e distantes de proporcionar mais vida útil às cordas.

Com os fluorpolímeros temos uma longevidade superior a

qualquer outro material, isto comprovadamente no uso diário

das cordas. Outro fator importante na confecção das cordas

para sua maior durabilidade é que o revestimento é aplicado

imediatamente após a fabricação e enrolamento de cada corda,

ou seja, todas as pequenas fissuras que compõem as espirais das

cordas roundwound são tampadas, impedindo a ação nociva da

poeira, suor, oleosidade, umidade, mudanças bruscas de tempe-

ratura ambiente e acidez das mãos (ácido úrico).

Este delicado aspecto é chamado de “zona crítica das cor-

das” pela empresa WL Gore. Ali se acumulam os resíduos que

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REPORTAGEM

corroem o material e acabam com a

longevidade e timbre das cordas. Em

1995, as pesquisas da WL Gore levaram

a empresa ao desenvolvimento da co-

bertura em politetrafluoroetileno com

os fluorpolímeros anteriormente citados.

Foram testadas as características técni-

cas e físicas das melhores cordas do mer-

cado, na época usando um analisador

dinâmico de sinais, onde foram estuda-

dos o tom, a medida de freqüências e a

quantidade de sustentação. Criou-se

no laboratório de testes da Elixir um dis-

positivo de teste contra abrasão (corro-

são) que simula o desgaste normal das

cordas. Foram convidados mais de 15

mil guitarristas para testes durante esta

fase. A partir daí, as provas finais de

campo, ou seja, no mundo real em estú-

dios, salas de ensaio, quartos de estudo

e palcos tornou-se a meta para cinco mil

músicos profissionais que receberam as

cordas protótipo. As novas cordas com

cobertura foram batizadas de Polyweb,

sendo que posteriormente um refina-

mento adicional foi colocado no mercado

com o nome de Nanoweb coating strings,

tudo para instrumentos acústicos e elétri-

cos (guitarras, violões, contrabaixos,

mandolins e banjos).

Cada uma delas produz um tom e “sa-

bor” diferente, mas todas são variações

da mesma idéia básica: um avançado

tubo polímero, microscopicamente fino

que cobre a corda para protegê-la da cor-

rosão sem comprometer o timbre final.

Os resultados apontam para uma aumen-

to na “expectativa de vida” das cordas

em até cinco vezes! Tudo isso tem um

preço. Para ser mais preciso: uma média

de R$ 170,00 para cada jogo de quatro

cordas, no mercado nacional. Porém,

faça suas próprias contas. Se a Elixir dura

5 vezes acima de uma corda convencio-

nal, que se encontra por uma média de

R$ 50,00 (sem levar em consideração as

melhores marcas e timbres, somente o

preço, hein!?!) multiplique e obtenha o

resultado: troca-se cinco vezes os jogos

de corda para ter o mesmo timbre que a

Elixir (e haja saco para o roadie ficar tro-

cando corda toda hora!) gastando muito

mais - R$ 250,00... E aí, vai encarar?

Ah! Ainda tem mais. Em 30 de mar-

ço de 2006 a corda de contrabaixo Elixir

Nanoweb foi apontada pela “Musikmesse

International Press Award for Bass Strings”

(uma espécie de Grammy da indústria de

instrumentos musicais e equipamentos de

áudio) como a melhor corda da categoria

no mundo! E, a partir de agora, qualquer

um pode customizar e personalizar seus jo-

gos de cordas para contrabaixo esco-

lhendo, a partir do catálogo existente,

as bitolas que mais se encaixam a seu gos-

to pessoal. Para finalizar, ainda cito alguns

nomes de artistas que usam diariamente

as cordas Elixir em palcos e estúdios do

mundo: Christopher Cross, Steve Howe,

Dave Hungate, Alan Parsons, e os brasi-

leiros Felipe Andreoli (Angra), Ney

Conceição (João Bosco), Serginho Car-

valho (Djavan), Itamar Colaço (Zimbo

trio), Pepeu Gomes, Faiska, Luciano

Magno, além das bandas pop Os Parala-

mas do Sucesso, Pato Fu, Violeta de Ou-

tono, Shaaman, Korzus... Quer mais?