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O ENSINO DE CIÊNCIAS E SUAS METODOLÓGIAS Professor Renato Abelha 1º Aula

O ensino de ciências e suas metodológias

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  • 1. O ENSINO DE CINCIAS E SUAS METODOLGIAS Professor Renato Abelha 1 Aula

2. Nome Escola Expectativas Apresentaes 3. O que cincia? Quais so as suas especificidades? Qual a diferena entre a cincia dos cientistas e a cincia da escola? Quem so os cientistas? Porque a educao cientfica importante para a formao da Cincia 4. O que devero saber e saber fazer os professores de Cincias Proposta baseada, de um lado, na ideia de aprendizagem como construo de conhecimento com as caractersticas de uma pesquisa cientfica e, de outro, na necessidade de transformar o pensamento espontneo do professor. 5. Fundamentos tericos do processo ensino aprendizagem das cincias da natureza Organizao dos contedos do componente curricular de cincias no EF Estratgias metodolgicas para o ensino de cincias; A investigao e a pesquisa em fontes diversas; Experimentao e aulas prticas; O uso das tecnologias da informao e da comunicao; Atividades ldicas e jogos no ensino de Cincias Cincias nos anos iniciais: currculo e experimentao 6. Saber Analisar criticamente o ensino habitual Conhecer as limitaes dos habituais currculos enciclopdicos e, ao mesmo tempo, reducionistas. Conhecer e ter em conta que a construo do conhecimento precisa de tempo. Conhecer as limitaes dos problemas habitualmente propostos. Conhecer as limitaes das formas de avaliao habituais. Conhecer as limitaes das formas de organizao escolar habituais, muito distantes das que podem favorecer um trabalho de pesquisa coletivo. 7. Procedimentos de ensino para uma aprendizagem como pesquisa Saber Propor situaes problemticas que sejam acessveis, gerem interesse e proporcionem uma concepo preliminar da tarefa. Orientar o tratamento cientfico dos problemas propostos, o que inclui, entre outros: - a inveno de conceitos e emisso de hipteses; - a elaborao de estratgias de resoluo para contrapor as hipteses luz do corpo de conhecimentos de que se dispe. -Favorecer, em especial, as atividades de sntese. 8. Saber Dirigir as atividades dos alunos Apresentar adequadamente as atividades a serem realizadas, tornando possvel aos alunos adquirir uma concepo global da tarefa e o interesse pela mesma. Saber dirigir de forma ordenada as atividades de aprendizagem. Facilitar, em particular, o funcionamento dos pequenos grupos e os intercmbios enriquecedores. Realizar snteses e reformulaes que valorizem as contribuies dos alunos e orientem devidamente o desenvolvimento da tarefa. Facilitar de maneira oportuna a informao necessria para que os alunos apreciem a validade de seu trabalho, abrindo-lhes novas perspectivas. Criar um bom clima de funcionamento da aula, sabendo que uma boa disciplina o resultado de um trabalho interessante e de um relacionamento correto entre professores e alunos. Saber agir, enfim, como especialista capaz de dirigir o trabalho de vrias equipes de pesquisadores iniciantes e de transmitir seu prprio interesse pela tarefa e pelos avanos de cada aluno. 9. Saber Avaliar Conhecer e utilizar a avaliao como instrumento de aprendizagem que permita favorecer um feedback adequado para promover o avano dos alunos. Ampliar o conceito e a prtica da avaliao ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes que interessa contemplar na aprendizagem , superando sua habitual limitao memorizao repetitiva de contedos conceituais. Introduzir formas de avaliao de sua prpria tarefa docente como instrumento de melhoria de ensino. 10. O componente curricular Cincias da Natureza engloba os campos da Biologia, Fsica, Qumica, Geocincias e Astronomia. Considera que os conhecimentos dessas diferentes disciplinas podem proporcionar ao estudante a construo do conhecimento cientfico. Exige TRANSPOSIO DIDTICA CONHECIMENTO CIENTFICO Ensino de Cincias Educao cientfica 11. Como ele elaborado PNLD Escolha Utilizao pro 3 anos Objetivos: Servir como instrumento de apoio e mediao no processo de construo das capacidades necessrias para o aprendizado; Mobilizar estudantes e professores na busca de informaes em outras fontes; Abrir um leque de possibilidades de uso e de interao com os estudantes. Livro Didtico 12. Ensino de Cincias: histria TENDNCIA TRADICIONAL (At 1950) TENDNCIA TECNICISTA (At 1970) TENDNCIA PROGRESSISTA (Atualidade) Ensino de Cincias Naturais Tendncia Ciberntica ??? 13. Ensino de Cincias: histria Informativo Fragmentado Estanque Na maioria das vezes, sem interesse prtico para os alunos Crtico Investigativo Contextualizado Propicia a participao do aluno na construo e socializao dos conceitos trabalhados Ontem Hoje 14. Fundamentos Terico- Metodolgicos A produo do conhecimento cientfico o caminho percorrido pelos pesquisadores para formular leis, teorias e modelos; Impossibilidade de um nico mtodo cientfico ser aplicvel a todo e qualquer domnio de investigao cientfica da Natureza; 15. CONTEDOS DE CINCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL Critrios de seleo de contedos Esses critrios, utilizados nas selees dos contedos dos eixos temticos, tambm sero teis para o professor organizador de currculos e planos de ensino, ao decidir sobre que perspectivas, enfoques e assuntos trabalhar em sala de aula. 16. Eixos temticos Os eixos temticos representam uma organizao articulada de diferentes conceitos, procedimentos, atitudes e valores para cada um dos ciclos da escolaridade. Nos Parmetros Curriculares Nacionais de primeiro e segundo ciclos, a escolha dos eixos orientou-se pela anlise dos currculos estaduais atualizados Eixos temticos estabelecidos para primeiro ciclo: Vida e Ambiente , Ser Humano e Sade e Tecnologia e Sociedade Os eixos temticos foram elaborados de modo a ampliar as possibilidades de realizao dos Parmetros Curriculares Nacionais de Cincias Naturais, com o estabelecimento, na prtica de sala de aula 17. Temas transversais e Cincias Naturais Os textos de cada eixo temtico de Cincias Naturais apontam vrias conexes com todos os temas transversais, seja para a melhor compreenso dos conhecimentos e questes cientficas, seja para a ampliao das anlises. Alguns deles tradicionalmente esto presentes em muitos currculos de Cincias Naturais, como Meio Ambiente, Sade e Orientao Sexual. 18. Programa Internacional de Avaliao de Alunos - PISA As avaliaes do Pisa acontecem a cada trs anos e abrangem trs reas do conhecimento: Leitura, Matemtica e Cincias havendo, a cada edio do programa, maior nfase em cada uma dessas reas. Em 2000, o foco foi em Leitura; em 2003, Matemtica; e em 2006, Cincias. O Pisa 2009 iniciou um novo ciclo do programa, com o foco novamente recaindo sobre o domnio de Leitura; em 2012, novamente Matemtica; e em 2015, Cincias. Panorama geral da rea de cincias do sculo XXI 19. Pisa 2000 Pisa 2003 Pisa 2006 Pisa 2009 Pisa 2012 Nmero de alunos participantes 4.893 4.452 9.295 20.127 18.589 Leitura 396 403 393 412 410 Matemtica 334 356 370 386 391 Cincias 375 390 390 405 405 20. Desempenho dos alunos em Cincias 20121. Xangai (China) 580 2. Hong Kong (China) 555 3. Cingapura 551 pontos 4. Japo 547 pontos 5. Finlndia 545 pontos 6. Estnia 541 pontos 7. Coreia 538 pontos 8. Vietn 528 pontos 9. Polnia 526 pontos 10. Liechtenstein 525 11. Canad 525 pontos 12. Alemanha 524 pontos 13. Repblica da China 523 14. Holanda 522 pontos 15. Irlanda 522 pontos 16. Macau (China) 521 17. Austrlia 521 pontos 18. Nova Zelndia 516 25. Letnia 502 pontos 26. Frana 499 pontos 27. Dinamarca 498 pontos 28. Estados Unidos 497 29. Espanha 496 pontos 30. Litunia 496 pontos 31. Noruega 495 pontos 32. Itlia 494 pontos 33. Hungria 494 pontos 34. Luxemburgo 491 35. Crocia 491 pontos 36. Portugal 489 pontos 37. Rssia 486 pontos 38. Sucia 485 pontos 39. Islndia 478 pontos 46. Srvia 445 pontos 47. Chile 445 pontos 48. Tailndia 444 pontos 49. Romnia 439 pontos 50. Chipre 438 pontos 51. Costa Rica 429 pontos 52. Cazaquisto 425 53. Malsia 420 pontos 54. Uruguai 416 pontos 55. Mxico 415 pontos 56. Montenegro 410 57. Jordnia 409 pontos 58. Argentina 406 pontos 59. Brasil 405 60. Colmbia 399 pontos 61. Tunsia 398 21. Padres de Preferncia de Estudantes (LAWSON, 2000) 1. Curiosos aprender a partir de livros, por descobertas e atividades prticas 2. Executores Sem preferncia por estilo de aprendizagem 3. Cumpridores de Tarefas - ensino didtico convencional (instrues) 4. Sociais maior afinidade por atividades em grupo 22. ... QUESTIONVEL UMA AO EDUCACIONAL BASEADA EM UM NICO ESTILO DIDTICO, QUE S DARIA CONTA DAS NECESSIDADES DE UM TIPO PARTICULAR DE ALUNO OU ALUNOS E NO DE OUTROS. 23. Se faz necessrio, no ensino de Cincias, ampliar os encaminhamentos metodolgicos para abordar os contedos escolares, de modo que os estudantes superem obstculos conceituais originados na sua vivncia cotidiana. 24. Formao de conceitos cientficos na idade escolar Para Vygotsky (1991): Conceito um ato real e complexo de pensamento que no pode ser ensinado por meio de treinamento, s podendo ser realizado quando o prprio desenvolvimento mental da criana j tiver atingido o nvel necessrio; 25. Considera que ZDP est: a) Entre o nvel de desenvolvimento real (o que o estudante j sabe e consegue fazer) e; b) O nvel de desenvolvimento potencial (o que o estudante ainda no sabe, mas pode vir a saber, com a mediao de outras pessoas) so obtidos principalmente por mediao didtica. 26. Assim, o conhecimento da vida cotidiana do estudante deve ser valorizado para que os primeiros obstculos conceituais sejam superados, uma vez que so teis para o desenvolvimento de novas concepes. Tom-los como ponto de partida e valoriz-los ter como consequncia a formao dos conceitos cientficos. 27. Apontamentos para Ensino-aprendizagem bem sucedido necessrio que professor de Cincias: Conhecer a histria da cincia; Conhecer os mtodos cientficos empregados na produo do conhecimento; Conhecer as relaes conceituais, interdisciplinares e contextuais associadas a produo de conhecimentos Conhecer os desenvolvimentos cientficos recentes; Saber selecionar os contedos cientficos escolares adequados ao ensino. 28. Aprendizagem Significativa no Ensino de Cincias A aprendizagem significativa no ensino de Cincias implica no entendimento de que o estudante aprende contedos cientficos escolares quando lhes atribui significados. Assim, a construo de significados o elemento central do processo de ensino- aprendizagem. 29. A construo de significados pelo estudante o resultado de uma rede de interaes composta: Estudante Contedos escolares Professor como mediador do processo de ensino-aprendizagem Sendo fundamental considerar: Organizao dos contedos Estratgias metodolgicas adequadas Material didtico significativo Conhecimento prvio relevante do estudante 30. O Professor Ensino de Cincias cada vez mais exigente. O professor deve ser capaz de ensinar mltiplas cincias e metodologias, a crianas de habilidades e culturas variadas, adaptando o ensino s concepes iniciais dos alunos e s condies da escola. Conhecer e aplicar cincias cognitivas, pedagogia, e cincias; pesquisar literatura e montar demonstraes. (Como as Pessoas Aprendem, NRC/EUA, SENAC/SP2007) 33 31. CONTEDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA MATRIA SISTEMAS BIOLGICOS ENERGIA BIODIVERSIDADE 32. CONTEDOS BSICOS ASTRONOMIA UNIVERSO SISTEMA SOLAR MOVIMENTOS CELESTES E TERRESTRES ASTROS ORIGEM E EVOLUO DO UNIVERSO GRAVITAO UNIVERSAL 33. MATRIA CONSTITUIO DA MATRIA PROPRIEDADES DA MATRIA SISTEMAS BIOLGICOS NVEIS DE ORGANIZAO CLULA MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS MECANISMOS DE HERANA GENTICA 34. ENERGIA FORMAS DE ENERGIA CONVERSO DE ENERGIA TRANSMISSO DE ENERGIA BIODIVERSIDADE ORGANIZAO DOS SERES VIVOS SISTEMTICA ECOSSISTEMAS INTERAES ECOLGICAS ORIGEM DA VIDA EVOLUO DOS SERES VIVOS 35. ENCAMINHAMENTO METODOLGICO A Diretriz Curricular de Cincias prope integrao dos conceitos cientficos e valorizao do pluralismo metodolgico. Para isso h que superar prticas pedaggicas centradas num nico mtodo e em aulas de laboratrio que visem somente comprovao de teorias e leis. 36. Organizao dos contedos e planejamento 37. Planejamento 38. CULTURAS E SOCIEDADES NATUREZA DA CINCIA E TECNOLOGIA ECOSSISTEMAS 39. Como vem trabalhando com a rea de cincias naturais? Como organiza seu planejamento? De onde obtm os contedos que privilegia em sala de aula? Que materiais didticos e paradidticos utiliza ? E voc? 40. Consideraes metodolgicas 41. PROBLEMATIZAO BUSCA DO CONHECIMENTO SISTEMATIZAO 3 momentos pedaggicos (Delizoicov, 1998) 42. Ponto de partida: conhecimentos prvios dos alunos. O professor deve estimular o questionamento das situaes e as interpretaes apresentadas pelos alunos, para que eles sintam necessidade de rediscut-las , reconstru-las ou ampli-las. (Porto et al., 2009) Problematizao 43. considerado uma das formas mais efetivas de ensino de cincias naturais no momento atual. O mtodo do 5Es foi descrito por Bybee et al. (1989 apud PATRO, 2008), e se baseia em uma viso construtivista da educao, que visa possibilitar um papel mais ativo dos estudantes no processo de aprendizagem. Estgios do Ciclo: Envolvimento Explorao Explicao Elaborao ou Aprofundamento Avaliao[1] [1] Em ingls, escreve-se evaluation. Por isso perfaz, com os demais estgios, os 5Es. Ciclo de aprendizagem 44. Estgios do Ciclo de aprendizagem Avaliao Envolvimento Explorao ExplicaoElaborao ou aprofundamento Ciclo de Aprendizagem 45. Observao (direta ou indireta): atividade intencional e planejada. Exemplo: observao do movimento aparente do Sol, as fases da Lua, dia e noite. Trabalho de campo: permite a integrao da criana com o ambiente, possibilitando o desenvolvimento de atitudes de preservao. Exemplo: observao dos componentes vivos e no vivos de um local. Algumas sugestes 46. Experimentao (experimentao problematizadora e investigao). Exemplo: identificao do amido nos alimentos, existncia do ar. Atividades de pesquisa: Individual ou coletiva. Busca pela internet ou em outras fontes como livros, enciclopdias, revistas, CD-ROM; Entrevistas; Pesquisa de opinio, a pesquisa histrica. Exemplo: Conversando com um profissional, com familiares, pessoas mais velhas. Algumas sugestes 47. O uso de programas da TV e do computador Interpretao de gravuras, esquemas, grficos, tabelas, desenhos; Exposies e os murais; Conversao dirigida (roda de conversa); Composio de relatrio; Msicas, poesias, livros de literatura; Jogos, brincadeiras; dramatizaes Dramatizaes e histria em quadrinhos. Algumas sugestes 48. Apontamentos Planejar diferentes estratgias, selecionadas em funo de critrios como: contedo, sujeito (estudante), ambiente de sala de aula, comunidade escolar, turma, entre outros. Problematizao, contextualizao, interdisciplinaridade, pesquisa, leitura, crtica, atividade em grupo, observao, ldico, atividades experimentais, aulas expositivas, entre outros. 49. Filmes Para Assistir A lngua da Mariposa http://pt.fulltv.tv/la-lengua-de-las-mariposas.html http://www.youtube.com/watch?v=QuT2by77zgs 50. Discusso Texto (Reflexo) Metodologia e prtica de ensino de cincias: A aproximao do estudante de magistrio das aulas de cincias no 1 grau. Fundamentos terico-metodolgicos do ensino de cincias. 51. Algumas observaes: O estudo de cincias naturais O estudo das cincias deve contribuir para que os aluno compreendam melhor o mundo e suas transformaes, possam agir de forma responsvel em relao ao meio ambiente e aos seus semelhantes e reflitam sobre as questes ticas que esto implcitas na relao entre cincia e sociedade. Nesse processo,o papel do educador fundamental. Sua atitude sempre uma referncia para os alunos: a considerao das mltiplas opinies, a persistncia na busca de informaes, a valorizao da vida e o respeito s individualidades sero observados e serviro de exemplo na formao dos valores dos 52. O livro texto: uma orientao geral O livro texto apenas um dos fatores que podem facilitar a aprendizagem, aumentando, por exemplo, a compreenso do estudante acerca de um conceito. No entanto, preciso que o livro texto seja combinado a estratgias que ajudem o estudante a construir o significado dos conceitos cientficos 53. O livro texto no , nem deve ser, o nico recurso disponvel para o professor. Ele um entre os diferentes meios de aprendizagem no processo que visa construo do conhecimento e que acontece por meio da interao de estudantes com professores. Dependendo dos recursos de cada escola, o professor pode valer se de textos de jornais, revistas e outros livros, fitas de vdeo, CDROM, softwares educativos e sites da internet, alm da realizao de experimentos em laboratrio e outras atividades que envolvam a participao ativa do estudante. Sem esquecer, naturalmente, a prpria exposio do tema pelo professor, que pode ser feita de modo a lanar desafios, levando o aluno a refletir sobre suas concepes e, com 54. As sadas da escola para a realizao de trabalhos de campo devem ter um objetivo claro e previamente especificado para os alunos. Eles precisam se preparar com leituras (livros didticos e paradidticos, jornais, revistas, apostilas) e ser orientados sobre todos os procedimentos adotados, alm de solicitados a resolver determinado problema durante a visita. Aps esse trabalho, os alunos devem apresentar suas observaes e dvidas oralmente ou em relatrio escrito, individual ou de grupo. Esse procedimento organiza as visitas, aumenta a motivao e evita ao 55. O professor dever desenvolver os contedos de Cincias, privilegiando os que sejam prementes na regio, podendo desenvolver projetos que auxiliem a comunidade a resolver ou eliminar problemas relacionados sade, ao meio ambiente ou vida. Nas ltimas dcadas, presenciou se a divulgao de problemas ambientais nos meios de comunicao, o que sem dvida tem contribudo para que as populaes estejam alerta. 56. No ensino de Cincias, essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes s relaes entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma educao que formar indivduos sensveis e solidrios, cidados conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, capazes assim de realizar aes prticas, de fazer julgamentos e de tomar decises. 57. A natureza passou a ser vista como algo afetado, em geral de maneira desastrosa, pela sociedade humana que, por sua vez, tornou se agressora do ambiente sua vtima. A, o conhecimento tornou se necessrio para proteger a natureza e corrigir os erros ecolgicos 58. TRABALHO COM ATIVIDADES PRTICAS O trabalho com atividades prticas muito importante para desenvolver habilidades de raciocnio no aluno e motiv lo para o aprendizado do tema em questo. 59. Trabalhando com filmes O filme uma fonte muito valiosa de relao entre a realidade e o contedo da aprendizagem formal, pois se trata de uma forma de linguagem mais prxima e distinta das utilizadas normalmente nas aulas. como as visitas, a sesso de filmes pode se tornar apenas uma diverso. Para evitar que isso acontea, devem ser feitos um trabalho prvio e outro posterior. Seria interessante discutir com a classe qual a contribuio especfica do filme para o estudo do assunto e dirigir a observao para determinados aspectos. Depois da exibio do filme, os alunos devem ser orientados a fazer uma pauta das informaes prioritrias, que ser utilizada na troca de idias. 60. Projetos O trabalho com projetos permite a construo coletiva do conhecimento. So atividades executadas por um aluno ou por uma equipe para resolver um problema e que resultam em um relatrio, uma coleo de organismos, enfim, um produto final concreto. 61. Temas transversais O trabalho com temas transversais constitui se numa estratgia que visa a globalizao do conhecimento, por meio de temas contextualizados relativos a questes sociais amplas e relevantes permite a abordagem dessas questes nos vrios campos do saber em toda a sua complexidade, evitando assim o seu enfoque em uma s rea 62. BIZZO, N. Cincias: fcil ou difcil? 2. ed. So Paulo: tica, 2001. BONAMINO, A.; BRANDO, Z. Currculo e tenso. Cadernos de Pesquisa, So Paulo: n 92, pp. 16-25, fev 1995. BORGES, R. M. R.; MORAES, R. Educao em cincias nas sries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais. Braslia: MEC/SEF, 1997. CARVALHO, A. M. P. et al. Cincias no Ensino Referncias 63. CARVALHO, A. M. P.;GIL-PREZ Formao de professores de Cincias: tendncias e inovaes. So Paulo: Cortez, 1993 NARDI, R. (org.) Questes atuais no ensino de cincias. So Paulo: Escrituras, 1998. _____________. Educao em cincias: da pesquisa prtica docente. So Paulo: Escrituras, 2001. OLIVEIRA, D.(org.) Cincias nas salas de aula. Porto Alegre: mediao, 1997. PERRENOUD, P. Avaliao: da excelncia regulao das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. WEISSMANN, H.(Org.) Didtica das cincias naturais. Porto Alegre: Artmed, 1998. Referncias 64. Grupo 1 Ambiente Grupo 2 Ser Humano e Sade Grupo 3 Recursos Tecnolgicos Grupo 4 Universo Trabalho em grupo Para 3 Aula 65. Grupo 1 Concepo de cincia Grupo 2 Cincia, tecnologia e sociedade Grupo 3 Ensinar cincias: resgate histrico Grupo 4 Repensando a prtica de ensino de cincias naturais nos anos iniciais Grupo 5 O uso do livro didtico Trabalho em grupo Para 4 Aula 66. 2 Aula -ASPECTOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE CINCIAS HISTRIA DA CINCIA O uso de documentos, textos, imagens e registros da histria como recurso pedaggico contribui para a formao do professor e possibilita melhorias na abordagem do contedo especfico. 67. Ensino de Cincias: histria TENDNCIA TRADICIONAL (At 1950) TENDNCIA TECNICISTA (At 1970) TENDNCIA PROGRESSISTA (Atualidade) Ensino de Cincias Naturais 68. Ensino de Cincias: histria Informativo Fragmentado Estanque Na maioria das vezes, sem interesse prtico para os alunos Crtico Investigativo Contextualizado Propicia a participao do aluno na construo e socializao dos conceitos trabalhados Ontem Hoje 69. Sobrevivncia nem sempre cientfica Especificidades do conhecimento cotidiano e do conhecimento cientfico: - Contradies - Terminologia - Independncia do contexto - Interdependncia conceitual - Socializao Texto: Conhecimento cientfico e cotidiano Nelio Bizzo, 2007 70. DIMENSO HISTRICA DA DISCIPLINA Objeto de Estudo: Conhecimento Cientfico Resultante da investigao das regularidades percebidas na Natureza. 71. Conceito de Cincia: Cincia uma atividade humana, construda coletivamente, que influencia e sofre influncias sociais, tecnolgicas, culturais,ticas e polticas. 72. necessrio e imprescindvel determin-la no tempo e no contexto das realizaes humanas, que tambm so historicamente determinadas. A Cincia no revela a verdade, mas prope leis, teorias e modelos explicativos utilizando mtodos cientficos, os quais, por sua vez, so construes humanas. 73. Histria da Cincia: Analisar o passado da cincia e daqueles que a construram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpret-la e compreend-la, nos diversos momentos histricos. 74. Na Cincia, rompe-se com modelos cientficos anteriormente aceitos como explicaes para determinados fenmenos da natureza. (Gaston Bachelard, 1964) Trs perodos do desenvolvimento cientfico: Estado Pr-Cientfico compreende as publicaes do perodo da antiguidade at sec. XVIII. Buscava-se a superao dos modelos construdos sob o pensamento mtico e teolgico. Ex: Systema Naturae de Lineu (1735) 75. Estado Cientfico compreende do final sec. XVIII at incio do sec. XX. Neste, buscou-se a universalidade do mtodo cientfico como estratgia de investigao valendo-se de procedimentos experimentais e levantamento de hipteses. Ex: Origem das Espcies (Charles Darwin 1859) 76. Estado do Novo Esprito Cientfico de 1905, a partir da Teoria da Relatividade de Einstein que deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre. Perodo em que a tecnologia influenciou e sofreu influncias dos avanos cientficos. Ex: inovaes tcnicas aps a Segunda Guerra Mundial. 77. O Ensino de Cincias no Brasil 1931 a disciplina consolidou-se no currculo das escolas. Tinha como objetivo transmitir conhecimentos cientficos de diferentes cincias naturais com metodologia centrada na aula expositiva, memorizao, privilegiand o-se a quantidade de informaes cientficas. 78. 1940 criou-se o Instituto Brasileiro de Educao, Cincia e Cultura que permitiu o desenvolvimento de pesquisas e treinamento de professores e a implantao de projetos que influenciaram a divulgao cientfica na escola. 1950 a 1960 educao cientfica centrada em aulas que reproduziam modelos cientficos por meio da experimentao seguindo os modelos americanos e ingleses. (Futuro cientista) 79. 1980 o mtodo cientfico cedeu espao para aproximaes entre cincia e sociedade valorizando contedos mais prximos do cotidiano, identificando problemas e propondo solues. 1990 LDB 5692/71 contedos escolares em trs eixos: 1-Noes de Astronomia,2- Transformao de Matria e Energia, 3- Sade 80. 1996 LDB 9394/96 os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) ocorre reorganizao dos contedos escolares das Cincias de mbito federal: 1-Terra e Universo, 2-Vida e Ambiente, 3-Ser Humano e Sade, 4- Tecnologia e Sociedade. 81. Divulgao Cientfica O uso didtico de materiais de divulgao cientfica como revistas, jornais, documentrios, visitas a museus e centros de cincias requer adequao didtica. (ex:linguagem, relao com o contedo especfico, recortes, rigor terico conceitual). 82. 3. Atividades Experimentais So estratgias fundamentais de ensino pois propiciam interpretaes, discusses e confrontos de ideias entre os estudantes, alm da natureza investigativa. A interveno didtica do professor ao propor atividades experimentais deve gerar dvidas, problematizar o contedo, valorizar os resultados errados, direcionando a construo de conhecimentos mais consistentes. 83. AVALIAO A avaliao importante no processo de ensino-aprendizagem, pois pode propiciar momentos de interao e construo de significados para o estudante. A avaliao dever valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construdos no cotidiano, nas atividades experimentais por meio de diferentes estratgias e, envolvendo recursos pedaggicos diversos. 84. APONTAMENTOS Utilizar instrumentos avaliativos diversificados, compostos por situaes novas (no familiares); Instrumentos que exijam mxima transformao do conhecimento adquirido, possibilitando que o estudante expresse a compreenso do conhecimento adquirido; Utilizao de instrumentos que possibilitem investigar o quanto o desenvolvimento potencial do estudante tornou-se real (aprendizagem significativa para a sua vida). 85. Parceria SME/SP EC/USP ECBI Ensino de Cincias Baseado em Investigao (IBSE em ingls) 98 86. Avaliao Diagnstica 2007 e 2008 Avaliao formativa do mtodo, no do aluno Exigncia SME Resistncia de Professores, CPs e fDEs Parceria SME-EC Desafio aos alunos fez sucesso. Educadores se converteram. Avaliao pode enriquecer um curso! E o resultado foi positivo, nos dois anos. 99 87. Atividade Investigativa 2007 Problema Como fazer para derreter uma pedra de gelo? Voc ter que derreter o pedao de gelo o mximo possvel, durante 15 minutos. 2008 Problema Muitas plantas crescem pra cima. O que sustenta esse tipo de planta para que ela fique em p? 100 88. Resultados e Concluso do Grupo Ns embrulhamos o papel filme ao redor do gelo e com o jornal embrulhamos o papel filme, com a l enrolamos o jornal. Aps 15 minutos o gelo tinha derretido muito pouco. O gelo do nosso grupo foi o que derreteu menos, achamos que tnhamos enrolado muito e ele tinha ficado sufocado... Grupo 2 3 Ano Registro Coletivo da Sala Chegamos a concluso que alguns materiais como a vela, lmpada, ventilador e o calor das mos ajudaram o gelo a derreter mais rpido e outros materiais como o jornal, plstico, l, o papel alumnio, o papel filme e o Atividade Investigativa - 2007 O que a gente vai fazer: vamos colocar o gelo dentro da tigela e vamos colocar a vela de baixo da tigela de alumnio e acender a vela com fsforo. O que vai acontecer: o gelo que esta dentro da tigela, a gente vai segurar a tigela e colar a vela embaixo da tigela , ai vai derreter.... Grupo 2 - 3 Ano Registro da Hiptese do Grupo 101 89. Atividade de Investigao 2008 Momento Inicial concepes prvias do aluno (individual) Descreva e desenhe uma das plantas que conhece. Girassol tem miolo laranja folhas amarelas e tambem tem calho verde. A rosa ela grande os galhos so groose tem espinho e folhas bonita 102 90. Atividade de Investigao Questo-problema Muitas plantas crescem para cima. O que sustenta esse tipo de planta para que ela fique em p? O que sustenta as razes e os troncos das rvores que so bem grossos. Hiptese Individual a raiz, eu no acho que a raiz eu tenho certeza que a raiz 103 91. Atividade de Investigao Verificao das hipteses do grupo sobre flor Buqu de Noiva Observaodaplanta 104 92. Alunos: a grande maioria confronta suas hipteses com os resultados obtidos e fornece explicao para o fenmeno estudado. expressa suas idias e observaes por escrito. participa da elaborao do registro coletivo. relaciona fenmenos observados com seu cotidiano . se apropria de um conceito mais real de cincia. Resultados 105 93. ensino mais atraente para os alunos. favorece aprendizagem dos contedos e ajuda observar, argumentar e organizar. aumenta prazer de ensinar cincias, embora aula mais trabalhosa, exige mais preparao. Professor conduz o trabalho na sala, intervm para que alunos aprendam. Auxilia discusso coletiva e conhecimento. Resultados - Professores dizem que ECBI: 106 94. Pesquisa sobre a Metodologia Implantao Trabalho Pioneiro. Precisa ser concebido como pesquisa. Planejar cada ao e como avali-la. Registrar os dados. Apresentar ao publico anlise do trabalho. Inclui avaliao. Importante para futuro e colegas! MUITO OBRIGADO ! 107 95. 1. O que estudar cincias? Confeccionar um mural com colagens e desenhos. Sugesto de atividades 96. 2. Quem so os cientistas?