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52 + Monet + SETEMBRO O fabuloso

O fabuloso destino de uma doida varrida monet setembro2014

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A ATRIZ MARIA CASADEVALLLEVA TODA A SUA ESPONTANEIDADE

PARA AS TELAS NA PELE DE UMAMULHER QUE SÓ PENSA EM INFERNIZAR

A VIDA DO EX-MARIDO.ACOMPANHAMOS AS GRAVAÇÕES E ENTREVISTAMOS

O ELENCO DA SÉRIE BRASILEIRA LILI, A EX, BASEADANAS TIRINHAS DO CARTUNISTA CACO GALHARDO,

E CONSTATAMOS QUE A VELHA MÁXIMA

“DE LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO”É A MAIS PURA VERDADE

por Raquel Temistocles

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“A Lili me deu a possibilidade de entrar em contatocom essa loucura, que é deliciosa. Falo que, depois dessasérie, posso ficar dez anos sem terapia” – Maria Casadevall

Uma maluca no pedaço – A história começa com Lili (Maria Casadevall)se mudando para perto de Reginaldo (Felipe Rocha). Além de atrapalhar osrelacionamentos dele com as novas namoradas (como na foto acima), ela agita a vidada amiga Cinthia (Dani Fontan) e do ex-cunhado Reinaldo (João Vicente de Castro)

LILy, A EX I apartir do

dia 24, quartas,22H30, gnt, 41

e 541 (Hd)

AAtormentAr, AssediAr, importunAr.independentemente do verbo, a situação é a mesma: serincomodado por alguém ou algo até não aguentar mais.mas se estar na posição de “perseguido” é ruim, estar nolugar de “perseguidor” é divertidíssimo. Lili que o diga.A personagem criada pelo cartunista Caco Galhardo éprotagonista de tiras cômicas sobre sua obsessão com oex-marido nas páginas dos jornais. Agora, a sua loucuraganha forma e vida na nova série nacional Lili, A Ex.

interpretada por maria Casadevall, atriz que con-quistou o público como a patrícia na telenovela globalAmor à Vida, Lili se muda para o apartamento ao ladodo ex-marido e transita entre realidade e sonho toda

vez que tem um surto psicótico em rela-ção a reginaldo (interpretado por Feliperocha). e são essas inserções delirantesda Lili em cada episódio que fazem comque o seriado não perca o vínculo comos quadrinhos.

“um dos diferenciais dessa série são osmomentos de nonsense. por exemplo: de repente a Lilipuxa uma bazuca, que é algo que está na cabeça dela.todos esses momentos fantasiosos acontecem quandoentramos na sua mente. A gente tem uma preocupaçãonão só de contar a história, mas de inovar, de fazer umacoisa diferente”, conta Caco Galhardo, que leva suaobra para a televisão em parceria com o diretor Luispinheiro e a produtora o2.

“Acho que a nossa linguagem vai trazer um produ-to pop e ágil. e com um formato diferente de outrasséries que são feitas. não tem pretensão cinemato-gráfica e não tem um corte-novela com multicâmera.A gente filma com uma câmera se deslocando dentro

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E la sempre foi maluca, mas pelo menos só nas páginas dojornal. em entrevista à Monet, o cartunista Caco galhardo

afirma que a ideia de transformar a personagem em alguém decarne e osso surgiu da identificação que ela tem com o público.“a gente achava que tinha um detalhe desse universo de umamulher separada que simplesmente ainda não havia sido ex-plorado. ninguém tinha feito. uma das coisas mais presenteshoje na sociedade são as separações. e é cômico e trágico. asérie tem um pouco da liberdade do quadrinho, no qual vocêdesenha o que quer.” abaixo, separamos duas tirinhas doautor, que mostram que lili não só sabe como importunar oex-marido, mas também faz isso consigo mesma. sempre commuito sarcasmo, é claro.

Publicadas no jornal folha de s. paulo, as tirinhas de Caco Galhardoacompanham Lili em situações cotidianas, curtas e irônicas

DO PAPEL PARA AS TELAS

Doida demais – Na foto acima, Lili se estica em cima de um montede plástico-bolha e surta de felicidade. Para Maria Casadevall, foi uma dascenas mais engraçadas de gravar. “A cena mais divertida até agora é umaem que ela está de mudança. É só a Lili, numa hora em que ela está deitadano chão, em meio a uma porção de caixas de papelão. A câmera foca nelae ela começa a gritar: “Ai tesão, que tesão”. Quando a câmera se afasta, elaestá amassando plástico-bolha. É muito divertido”, conta

da ação dos personagens. e funciona. A série tem essa fusãode linguagem de televisão e cinema”, explica pinheiro.

esse ritmo frenético da produção é um reflexo do que ocorretambém nos bastidores. durante a visita da monet ao set defilmagens, foi possível sentir o clima de descontração da equi-pe, em especial do elenco. A atriz maria Casadevall era uma dasmais animadas e garantiu que, apesar de ter incorporado o pa-pel de imediato, não é tão maluca – ou ciumenta – como a Lili.“embora eu seja leonina com ascendente em escorpião, ciúmeé uma coisa que não é muito presente na minha vida. sou umapessoa muito livre, preciso muito do meu espaço, então nãome sinto à vontade interferindo no espaço do outro. não vivoisso, mas existe esse universo, e a Lili me deu a possibilidade deentrar em contato com essa loucura, que é deliciosa. Falo que,depois dessa série, posso ficar dez anos sem terapia [risos]”,brinca a atriz, que buscou referências no cinema para interpre-tar a maluquinha Lili. “Uma Mulher Sob Influência (1974), doJohn Cassavetes, com a Gena rowlands, foi uma referência queo Luis [Pinheiro, diretor] citou e eu já havia buscado antes defazer o teste. mas foi uma orientação em relação à atmosfera,porque o filme e a personagem têm outra proposta”, diz.

Além de maria Casadevall e Felipe rocha, a série ainda con-ta com rosi Campos no papel de mãe de Lili, dani Fontan,interpretando a melhor amiga, e João Vicente de Castro, umdos fundadores do humorístico porta dos Fundos, no papel doirmão de reginaldo. Com 13 episódios, a primeira temporadatem como proposta atingir todo tipo de público. Afinal, desi-lusões amorosas e ciúme são sensações que quase todo mundojá viveu (se ainda não, com certeza viverá). “o amor é sempremuito presente na série. A despeito de todas as brigas, de todosos desencontros, eles têm um universo particular já construí-do que antecipa qualquer convivência”, conclui a atriz. Que oamor – ou a loucura – sejam eternos enquanto durem.

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