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3º TRIMESTRE • 2010 • Nº 292 O fim de todas as coisas está perto COMENTÁRIOS ADICIONAIS

O fim de todas as coisas está perto...rente: a atenção, o foco, não está em coisas ou ritos, mas numa pessoa, em Jesus Cristo. Ele é a salvação. A construção do versículo

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3º TRIMESTRE • 2010 • Nº 292

O fim de todas as coisas está perto

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

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2 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2010

3 Jul 2010

1“Louvado”: “... essa é a primeira palavra de uma doxologia, como, por

exemplo, na conclusão de muitos salmos: ‘Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, de eternidade para a eternidade’ (Sl 41.13; e, com variações, 72.18; 89.52; 106.48). A palavra bendito também é comum no Novo Testamento. Zacarias começa seu cântico irrompendo em louvor: ‘Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo’ (Lc 1.68; ver também Rm 1.25b; 9.5).” (Kistem aker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.56)

Novo nascimento: “... este é o novo nascimento para uma viva es-perança. Não é uma esperança lúgubre e morta. (...) Ela se exerce pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Como em todo o pen-samento cristão primitivo, aqui também o fundamento de esperança para uma nova vida, agora e além da morte, é a ressurreição de Jesus Cristo. Nessa ressurreição, o crente encontra o propósito final de Deus para todos os remidos.” (Allen, C. J. (ed. ger.). Comentário Bíblico Broad-man: Novo Testamento. Trad. Adiel Almeida de Oliveira. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, vol. 12, p.178)

Esperança viva: “... Pedro não só os lembra do propósito e poder de Deus revelados na salvação assegurada a eles pela Trindade (v.2), mas os encoraja a enfrentar o futuro com ousadia santa, porque a sal-vação deles será aperfeiçoada. (...) a fé ajuda os cristãos a crer, a obe-diência os encaminha a fazer e a paciência os conforta no sofrimento. A sua fé deve estar fundamentada na sua redenção e salvação por meio de Jesus Cristo, na herança da imortalidade que lhes foi comprada pelo sangue dele e na evidência e estabilidade do direito que têm a ela.”

Alegrem-se sempre

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Comentários adicionais | 3

(Taylor, R. S. at alli. Comentário Bíblico Beacon. Trad. Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 213)

A descrição da esperança cristã: “Uma ‘viva esperança’ contém vida e, portanto, pode nos dar vida. Uma vez que tem vida, essa esperança cresce e, com o passar do tempo, torna-se cada vez maior e mais bela. (...) Pedro chama essa esperança de ‘herança’ (1 Pe 1:4). (...) Convém ob-servar a descrição dessa herança, (...). Em primeiro lugar, é ‘incorruptível’, o que significa que nada pode destruí-la. Uma vez que é ‘sem mácula’, não pode ser infamada nem vulgarizada de maneira alguma (...) e, sendo imarcescível, jamais nos desapontará.” (Wiersbe, W. W. Comentário Bí-blico expositivo: Novo Testamento. Trad. Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 505)

Nisso exultais: “Aqui está a alegria do cristão, independente das cir-cunstâncias, paradoxal para o mundo. (...) esta alegria não é simples-mente uma antecipação intelectual das possessões futuras mas uma apropriação presente da riqueza de Deus mediante o Espírito Santo. (...)Por várias provações ou tentações (gr., peirasmos). (...) Aqui está uma referência ao peso das perseguições, além das que já estavam sendo ex-perimentadas.” (Pfeiffer, C. F.; Harrison, E. F. (editores). Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, vol. 5, p.345)

Exultação: “A exultação, que no v. 6 tinha como causa a salvação, agora concentra-se no próprio Salvador. Isso é o que torna o cristianismo dife-rente: a atenção, o foco, não está em coisas ou ritos, mas numa pessoa, em Jesus Cristo. Ele é a salvação. A construção do versículo no grego é de uma simetria quase perfeita, dando um tom solene às palavras, como se o autor estivesse tentando dizer o indizível. (Mueller, E. R. I Pedro: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1988, pp.89-90)

Regozijar-se nas provações: “Pedro lembra seus a seus leitores que muitas provações ou testes que experimentavam existiam para que sua fé fosse genuinamente comprovada (1.7). (...) Pedro considera essa prova de fé como ‘mais preciosa do que o ouro que perece’. Nessa compara-ção está implícito o fato de que a comprovação da fé é uma experiência maior do que qualquer tesouro humano, como, por exemplo, o ouro.” (Arrington, F. L.; Stronstad, R. (editores). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.1699)

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4 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2010

10 Jul 2010

Continuem atentos2

Atentar: “A palavra traduzida como ‘atentar’ significa contemplar uma situação como um observador externo. Os anjos assistem aos crentes (e lhes são frequentemente enviados como ministros) enquanto eles lutam e en-frentam a ridicularização ou a perseguição. Os anjos sabem que o povo de Deus é o destinatário da graça e das bênçãos de Deus e que um dia ele será altamente honrado, no reino futuro.” (Comentário do Novo Testamento: apli-cação pessoal. Trad. Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p.707)

Povo separado: “Pedro lembra a seus leitores que, como povo es-pecialmente escolhido por Deus, eles são ‘santos’ – separados, graças à conduta, da sociedade em que vivem. Sua forma de vida anterior, trazida até eles pelas tradições da sociedade nas quais viveram (1.18), era carac-terizada pela ignorância (1.4), pela futilidade (1.18) e por várias formas de sensualidade (4.3). Entretanto, agora, o Espírito de Deus (1.2; 4.14) apartou-os dessas sociedades, não fisicamente, mas mediante seu com-portamento.” (Thielman, F. Teologia do Novo Testamento: uma abordagem canônica e sintética. Trad. Rogério Portella, Helena Aranha. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p. 694)

“... cingindo os lombos do vosso entendimento”: “Vocês têm uma jornada pela frente, uma corrida a correr, uma guerra a travar, e uma grande obra para fazer; assim como o viajante, o corredor, o guerreiro e o trabalhador recolhem e cingem suas vestes longas e soltas, para que estejam mais bem preparados (...), assim façam vocês com sua mente, seu homem interior e as emoções situadas ali: (...) restrinjam suas extra-vagâncias, e deixem que seus lombos ou a força e o vigor de sua mente sejam exercidos no seu dever.” (Comentário Bíblico Matthew Henry Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Trad. Luis Aron, Valdemar Kroker e Harol-do Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.862)

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Comentários adicionais | 5

Entendimento: “Qual o significado do termo entendimento? Refere-se á consciência espiritual do crente, isto é, seu relacionamento cons-ciente com Deus. O termo também significa que sua mente está pronta e é capaz de pensar ativamente no sentido de promover o nome de Deus, sua vontade e seu reino. (...) O entendimento deve estar livre de qualquer coisa que lhe sirva de empecilho (como, por exemplo, medo ou preocupação) para servir o Senhor.” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.81)

“Esperai inteiramente”: “A palavra cristã tem uma qualidade espiritual. É a ‘paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai’ (I Ts. 1:3). Na graça que vos está sendo trazida. (...) Sem dú-vida não podemos compreender isto inteiramente. Certamente inclui a re-denção do corpo. (...) Pode ser uma referência à graça ministrada aos már-tires na hora da morte.” (Pfeiffer, C. F.; Harrison, E. F. (editores). Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, vol. 5, p.346)

Como filhos obedientes: “Como filhos obedientes imitam a vida do pai a quem amam, assim também estes filhos de Deus deviam emular o caráter de seu Pai. Não vos conformeis se relaciona com o estabeleci-mento de um esquema ou sistema de vida. Traduzindo livremente, sig-nifica: não esquematizeis a vossa conduta de acordo com as concupis-cências que antes tínheis na vossa ignorância.” (Allen, C. J. (ed. ger.). Comentário Bíblico Broadman: Novo Testamento. Trad. Adiel Almeida de Oliveira. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, vol. 12, p. 180)

Estar atento: “... o autor indica que a exortação que ele começa a fazer fundamenta-se no conteúdo do versículo anterior, 1.3-12, ou seja, na dádiva graciosa da salvação em Cristo. O recebimento dessa salva-ção (...) deve levar a uma conduta ajustada e compatível com ela. (...) Cingindo o vosso entendimento é uma metáfora que, na época, seria imediatamente compreendida, mas que hoje requer alguma explicação. (...) ‘Cingir os lombos’ é colocar o cinto, cingindo assim a túnica com-prida e solta sobre o corpo. (...) ‘Cingir o entendimento’ significa, en-tão, ‘pensar nisso, e tirar as conclusões apropriadas’; (...) ‘estar atento’.” (Mueller, E. R. I Pedro: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1988, pp.97-8)

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17 Jul 2010

Cheguem perto dele3

Despojando-vos, portanto (I Pd 2:1). “‘Portanto’ é uma flecha de duas pontas. Aponta para o versículo 23 do capítulo primeiro e para o nosso novo nascimento através da Semente incorruptível da Palavra de Deus. Qualquer vida que brota de Semente tão maravilhosa não poderia de modo algum manifestar os frutos da carne corruptível, por isso a pala-vra ‘portanto’ também aponta para a vida e nova conduta que são dignas da Semente.” (Welch, W. Wilber. Primeira Epístola de Pedro: O Valor da nossa fé. São Paulo: Imprensa da Fé, 1978, p. 36).

De toda maldade e dolo (I Pd 2:1). “A santidade exige a extinção de práticas pecaminosas. A purificação do coração, conforme vimos, é uma consequência da aceitação do evangelho (1.2). Agora Pedro exorta todos os seus leitores a tomar uma decisão consciente de exterminar os pecados que impedem o crescimento espiritual e destroem a unidade da família de Deus. A imagem de ‘despojar-se’, ou despir-se, lembra-nos da exortação de Paulo pata tirar as roupas sujas de pecado e colocar as vestes gloriosas da justiça.” (Shedd Russel P. Nos Passos de Jesus: Uma Exposição de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 35).

Sacerdócio santo e real (I Pd 2:5,9). “Somos ‘sacerdócio santo’ e ‘sa-cerdócio real’. Isso corresponde ao sacerdócio celestial de Cristo, pois ele é Rei e Sacerdote. (...) No tempo do antigo Testamento, o povo de Deus possuia um sacerdócio, mas agora é um sacerdócio. Todo cristão tem o privilégio de entrar na presença de Deus (Hb10:19-25). Ninguém se achega a Deus por meio de alguma pessoa aqui da Terra, mas pelo único Mediador, Jesus Cristo ( 1 Tm 2:1-8). (...) Como sacerdotes de hoje, é preciso trabalhar juntos segundo as orientações do Grande Sumo Sa-cerdote.” (Wiersbe, W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento . Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 517).

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Comentários adicionais | 7

A Pedra angular (I Pd 2:8). “Uma pedra angular não é a mesma coisa que pedra fundamental. Cristo é o nosso fundamento (I Co 3:11), sobre o qual foi levantado toda a superestrutura. Mas Ele é também a Pedra angular que une e mantém unidas com um todo as ‘pedras que vivem’ de cada tribo, família, povo e língua. (...) o versículo 6 diz que Ele foi ‘uma pedar angular’. Ele não foi apenas uma das muitas escolhas, mas a Pedra de Deus que reuniu em um Corpo, a Igreja, todos os redimidos... Ele é uma Pedra eleita e preciosa.” (Welch, W. W. Primeira Epístola de Pedro: O Valor da nossa fé. São Paulo: Imprensa da Fé, 1978, p. 36).

Pedra de tropeço (I Pd 2:8). “Jesus Cristo, apesar de ter sido eleito por Deus, foi rejeitado pelos homens. Não era o tipo de Messias que esperavam, de modo que tropeçaram nele. (...) O verdadeiro motivo pelo qual os judeus tropeçaram foi sua recusa em ser sujeitarem à palavra. Se tivessem crido e obedecido à Palavra, teriam recebido o Messias e sido salvos. É evidente que, hoje, as pessoas continuam tropeçando em Cristo e sua cruz (1 Co 1:18ss). O que crer em Cristo “não será, de modo algum, envergonhado”. (Wiersbe, W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testa-mento. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 517).

Vós sois... nação santa (I Pd 2:9). “Santo pode ser uma palavra ate-morizante. Embora signifique ser sagrado, ela pode ser intimidante. Já explicamos, anteriormente, que o significado da apalavra santo é ‘ser separado’. (...) Você e eu somos uma nação santa. Formamos o corpo se-parado para um propósito especial: para sermos embaixadores de Jesus Cristo, o rei da igreja. Somos as pessoas separadas para o seu propósito especial e para sua glória.” (Swindoll, C. R. Renove sua Esperança. Belo Horizonte: Atos, 2002).

Os privilégios dos cristãos (I Pd 2:9-10). “É uma condição real, não meramente um ideal. Eles são uma geração eleita (9), separados do mun-do e pelo seu novo nascimento receberam um novo relacionamento; um sacerdócio real, em que cada crente, pela completa identificação da sua vontade com a vontade de Deus, compartilha sua autoridade real e pode chegar-se a Deus diretamente por meio de Cristo. Eles são uma nação santa, ou povo, porque foram chamados por um Deus santo e purifica-dos pelo Espírito (cf. 1.22); um povo adquirido (‘povo exclusivo de Deus, NVI; ‘ povo comprado’...).” (Taylor, R. S. (at alli). Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. Vol. 10, 1ª Ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 227).

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8 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2010

24 Jul 2010

4A ignorância dos insensatos: “Quem são os adversários dos cristãos?

Pedro os chama de insensatos que falam em ignorância. São um de-terminado grupo de pessoas que se recusa a aceitar as provas que os cristãos estão mostrando por meio de seu comportamento moral e suas boas obras. Pedro, de fato, lança mão do termo ignorância. Isso significa que essas pessoas ‘falham em conhecer no sentido de, em desobediên-cia, fecharem a mente para a palavra reveladora de Deus.” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.138)

Livres da tirania do Estado: “Para Pedro, como para Paulo, os cristãos desfrutam liberdade aos olhos de Deus, mas não devem abusar dela pra-ticando o mal ou desrespeitando os outros (2:16; Gl 5:17). Pedro também deixa claro que, apesar de os cristãos serem livres da tirania do Estado (afinal, são cidadãos do céu), também são livres para guardar a lei do Es-tado como servos de Deus, pois o AT associa honrar a Deus com honrar as autoridades.” (Adeyemo, T. (editor geral). Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p.1559)

Liberdade cristã: “Surpreendentemente, a liberdade cristã é a liberda-de de viver como servos de Deus (16). Não é, portanto, uma autorização para satisfazer os seus prazeres, sob o pretexto da ‘permissividade’. Qua-tro ordens breves resumem essas exigências práticas: todos devem ser tratados com honra, como aqueles por quem Cristo morreu e em quem a semelhança e a imagem divina podem ser restauradas; os irmãos devem ser amados; os cristãos devem se aproximar de Deus com adoração (...); e o rei deve ser tratado com honra.” (Carson, D. A. [at al.]. Comentário Bíblico: Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, pp. 2063-4)

Vivam como pessoas livres

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Comentários adicionais | 9

Vida de santidade: “A vontade de Deus é que seu povo viva de forma honrada e irrepreensível a fim de que os incrédulos não tenham base para fazer acusações legítimas. Por meio de uma vida de conduta exem-plar, os cristãos podem e devem revelar a ignorância das acusações feitas contra o cristianismo por homens insensatos. (...) Pedro mostra que a vida de santidade é uma das melhores respostas a esses ataques.” (MacDonald, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.919)

A vida do peregrino: “A observação das tendências modernas con-vence-me de que existe razão acentuada para nos demorarmos, hoje, re-fletida e frequentemente sobre os parágrafos de Pedro a respeito da vida do peregrino. (...) A grande tendência atual é viver como colonizadores e não como peregrinos, como proprietários e não como despenseiros, e segundo os moldes humanos de cidadania, emprego e casamento, em vez de se conformarem aos ideais divinos aqui estabelecidos.” (Baxter, J. S. Examinai as Escrituras: Atos a Apocalipse. Trad. Neyd Siqueira. São Paulo: Vida Nova, 1989, p.324)

Fazer o bem: “A obediência que a verdadeira santidade mostra cum-pre a vontade de Deus (15), que sempre envolve uma vida irrepreensí-vel. Ao fazer o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos. Na terminologia moderna ‘fazer o bem’ silencia os tagarelas difamadores que repetem acusações falsas contra os cristãos. Nessa conexão, Pedro adverte contra qualquer traço da heresia que ensina que, visto que so-mos livres em Cristo, podemos agir como bem entendermos.” (Taylor, R. S. at alli. Comentário Bíblico Beacon. Trad. Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 228-9)

O bom uso da liberdade: “Sem dúvida, somos livres em Cristo. No entanto, jamais se deve usar a liberdade em prol de si mesmo, e sim do semelhante. Infelizmente, existem ‘charlatões religiosos’ que se apro-veitam de pessoas ignorantes e usam a ‘religião’ para encobrir seus atos perversos. O verdadeiro cristão (...) está, em primeiro lugar, debai-xo da autoridade de Cristo. Usa sua liberdade como instrumento para construir, não como arma para lutar.” (Wiersbe, W. W. Comentário Bíbli-co expositivo: Novo Testamento. Trad. Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 522)

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10 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2010

31 Jul 2010

Sigam os seus passos5

Escravos cristãos (I Pd 2:18-25). “Neste parágrafo, Pedro dirige-se aos escravos cristãos da congregação e, mais uma vez, ressalta a impor-tância da submissão. Alguns escravos recém-convertidos pensavam que sua liberdade espiritual também era uma garantia de liberdade pessoal e política e estavam causando problemas para si mesmos e para as igrejas. (...) Não existem mais escravos cristãos hoje, pelo menos não no sentido do Novo Testamento; mas aquilo que Pedro escreveu também se aplica aos empregados da atualidade”. (Wiersbe, W. Comentário Bíblico Exposi-tivo: Novo Testamento 2. Santo André, SP: Geográfica, 2006, p. 522).

Sede submissos (I Pd 2:18). “É a mesma palavra para ‘sujeitai-vos’ em 2.13, que é o verbo principal de todo o trecho. (...) O sentido literal é de ‘colocar-se abaixo’ (Gr hypo-tassein), numa relação de subserviência para com os senhores. Estes sãos despotais, palavra que ainda não tem a cono-tação negativa de que se revestiu mais tarde, principalmente no portu-guês ‘déspota’. Trata-se dos donos da casa, os senhores da oikos, chefes da família e controladores dos negócios da comunidade domestica (o próprio Deus é chamado assim em Lc 2.29; At 4.24). (Mueller, Ênio R. I Pedro, introdução e comentário”. São Paulo: Mundo Cristão, 1991, p. 157).

Sofrendo injustamente (I Pd 2:19). “Jesus provou que uma pessoa pode estar dentro da vontade de Deus, ser extremamente amada por Deus e, ainda assim, sofrer injustamente. Existe um tipo superficial de teologia popular e que afirma que os cristãos que estiverem dentro da vontade de Deus não passarão por aflições. Os que promovem tais idéias certamente não meditaram sobre a cruz”. (Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento 2. Santo André, SP: Ge-ográfica, 2006, p. 522).

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Comentários adicionais | 11

Seguindo seus passos (I Pd 2:21). “Os cristãos são chamados para seguir a Cristo, para ser santos (1:15,16) e, se necessário, padecer injus-tamente (v. 19). Eles devem ir aonde Ele vai e seguir o seu exemplo, quer seja para o glorioso monte da Transfiguração ou para os tristes Getsêmani e Calvário. (...) No versículo 21, temos uma metáfora dupla: um exemplo, i.e., uma cópia escrita definida pelo senhor para ser cuidadosamente ob-servada pelos seguidores; e um caminhar a ser imitado: para que sigais as suas pisadas”. (Taylor, R. S. (at alli). Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 230).

Não cometeu pecado... não revidava (I Pd 2:22-23). “(1) O nosso bendito Redentor era perfeitamente santo, e tão livre de pecado que ne-nhuma tentação, nem qualuqer provação, poderam arrebatar dele nem mesmo a mais insgnificante palavra indecente e pecaminosa. (2) ... A grosseria, a crueldade e a injustiça dos inimigos não justificam os cristãos a injuriar os inimigos e se vingar deles. As razões para o pecado nunca podem ser grandes demais, mas sempre temos razões mais fortes para evitá-los”. Henry. Comentário Bíblico, Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 871).

Ele morreu em nosso lugar (I Pd 2:24). “Morreu como Substituto dos pecadores. Esta seção inteira reflete Isaias 53, o ‘Capítulo do Servo Sofredor’, especialmente Isaias 53:5-7, mas também os versículos 9 e 12. Jesus não morreu como mártir; morreu como um Salvador, um Substitu-to sem pecado. O termo traduzido por ‘carregar’ significa ‘carregar com sacrifício’. (...) Os paradoxos da cruz são sempre surpreendentes. Cristo foi ferido para que pudéssemos ser curados. Morreu para que pudésse-mos viver”. (Wiersbe, W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento 2. Santo André, SP: Geográfica, 2006, p. 524).

Passado e presente (I Pd 2:25). “O passado triste desses cristãos é re-velado como ovelhas que se deviam (v. 25) da verdade, da santidade e da felicidade; dessa forma, eles estavam perdidos, desprotegidos, expostos aos perigos. Sua vida ‘carecia de um guia, guardião e alvo’; consequentemente, eles estavam se afastando cada vez mais. Mas, agora, tendes voltado por meio da influência da graça divina, para encontrar Cristo com um Médico para curá-los, um Pastor para orientá-los e alimentá-los e Bispo (Guardião vigilan-te) para cuidar da alma deles”. (Taylor, R. S. (at alli). Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 231).

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12 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2010

7 AGO 2010

Sejam sábios em casa6

Igualdade espiritual: “Mulheres agora recebem a ordem para que sejam submissas da mesma forma, pois o mundo antigo classificava as mulheres e os escravos juntos como ‘seres inferiores’. O cristianismo deu dignidade à posição de ambos, e Pedro ressalta a igualdade espiritual de homem e mulher como herdeiros juntos. É interessante observar que Paulo exorta casais casados à submissão mútua, em que a submissão da mulher deve ser correspondida pelo amor autossacrificial do homem (Ef 5.21-28).” (Carson, D. A. [at al.]. Comentário Bíblico: Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 2064)

Igualmente (3:1-7): “Antes que alguém proteste, é preciso observar que, mais adiante, Pedro usa a mesma expressão com referência aos ma-ridos: devem, igualmente, ter consideração por suas esposas e respeitá-las (3:7). Paulo argumenta de forma semelhante quando diz, antes de suas instruções para esposas e maridos: ‘Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo’ (Ef 5:21). ‘Submissão’ não é, portanto, sinônimo de opressão.” (Adeyemo, T. (editor geral). Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p.1560)

Mais fraca: “Neste contexto, ser mais fraca refere-se à fraqueza físi-ca, e não à inferioridade moral, espiritual, ou intelectual. (...) Os homens não deviam molestar suas esposas fisicamente ou sexualmente. (...) Um homem que respeita sua esposa irá protegê-la, honrá-la, e ajudá-la. (...) Ele irá respeitar as suas opiniões, ouvir seus conselhos, ter consideração pelas suas necessidades, e relacionar-se com ela, tanto de forma privada quanto pública, com amor, cortesia, discernimento, e tato.” (Comentário do Novo Testamento: aplicação pessoal. Trad. Degmar Ribas. Rio de Janei-ro: CPAD, 2009, vol. 2, p.721)

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Comentários adicionais | 13

Comportamento: “O comportamento reverente e honesto da es-posa pode causar forte impacto na vida do marido incrédulo. O Espírito de Deus pode usar a conduta da mulher para convencer o marido do pecado e conduzi-lo à fé em Cristo. (...) As mulheres devem praticar o bem e não deixar que nada as assuste. A esposa cristã deve cumprir o papel que Deus lhe deu como auxiliadora obediente.” (MacDonald, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cris-tão, 2008, pp.922-3)

Dever dos maridos: “Os maridos (7) também têm o dever de viver com suas esposas com entendimento (...) como iguais. Suas obrigações são iguais, porque eles são os seus co-herdeiros da graça da vida. (...) A desarmonia doméstica que nasce de discordâncias e sentimentos ne-gativos deve ser evitada, para que as orações deles não sejam inter-rompidas. A santidade produz atitudes certas e ações apropriadas entre maridos e esposas (cf. 1 Ts 4.3-7).” (Taylor, R. S. at alli. Comentário Bíblico Beacon. Trad. Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 232)

Imitando o exemplo de Cristo: “Quando os casais cristãos tentam imitar o mundo e seguem os padrões de Hollywood em vez dos padrões do céu, seu lar está fadado a ter problemas. Mas se os dois cônjuges imitarem Jesus Cristo em sua submissão e obediência e em seu desejo de servir a outros, seu lar terá vitória e alegria. (...) Em Cristo, encontramos uma combinação maravilhosa de força e ternura, justamente o que é necessário para ser um bom marido.” (Wiersbe, W. W. Comentário Bíblico expositivo: Novo Testamento. Trad. Susana E. Klassen. Santo André: Geo-gráfica, 2006, vol. 2, p. 526)

Testemunhar sem palavras: “Não temos sempre que usar de palavras para evangelizar as pessoas ao nosso redor. Com frequência, pelo nosso comportamento, podemos influenciá-las e mostrar-lhes Cristo. Pedro diz às esposas cristãs que devem testemunhar ‘sem palavras’ a seus maridos. (...) Deus chama a esposa cristã a mostrar amor obediente ao seu marido descrente, de modo que ele possa ver nela um retrato do amor de Cristo pela igreja.” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 163)

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14 AGO 2010

Paguem o mal com o bem7

“Sede todos de igual ânimo”: “Isto faz lembrar o ‘comum acordo’ do Pentecostes, ou as injunções de Paulo aos filipenses a que fossem de ‘um mesmo espírito’ (Fp. 1:27) e ‘o mesmo amor, o mesmo ânimo, sen-tindo uma mesma coisa’ (Fp. 2:2), seguindo de perto seu apego à mente de Cristo. O catálogo de Pedro das graças consequentes parece ter os aspectos graciosos e modestos do fruto do Espírito (Gl. 5:22, 23) ou da ‘sabedoria que do alto vem’ (Tg. 3:17).” (Pfeiffer, C. F.; Harrison, E. F. (edi-tores). Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, vol. 5, p.351)

Pagar o mal com o bem: “Depois de descrever como os cristãos de-vem agir uns com relação aos outros, Pedro descreveu como eles devem agir com relação àqueles que fazem parte da cultura pagã – uma cultura que em breve se tornaria (se é que já não era muito hostil a eles. (...) Je-sus tinha ensinado e dado exemplos de uma outra maneira de agir (Mt 5.39,44). Os crentes não deviam retaliar, mas pagar a ofensa com uma bênção.” (Comentário do Novo Testamento: aplicação pessoal. Trad. Deg-mar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p.722)

Chamados a herdar a bênção: “Em vez de nos vingar e injuriar, deve-mos bendizer (...) somos chamados para herdar os benefícios da bênção de nosso Pai celestial. Jacó havia roubado a bênção que Isaque desejava pronunciar sobre a cabeça de Esaú. Mas a família de Deus não tem lugar para a rivalidade. Todos os cristãos foram chamados a herdar a bênção, não de uma terra que mana leite e mel, mas do novo céu e da nova terra.” (Shedd, R. Nos passos de Jesus: uma exposição de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova,1993, p.64)

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Comentários adicionais | 15

Vivendo em meio aos ímpios: “Os cristãos, como povo de Deus, têm uma nova cidadania e identidade (2.9,10) e, por isso, estão na maravilho-sa luz dele (2.9). Eles ainda vivem em meio aos ímpios, mas não se amol-dam ao estilo de vida dos que estão ao redor deles nem refletem esse modo de viver. Ao contrário, eles são chamados a ser santos em toda sua conduta, já que Deus é santo (1.14-16). Eles devem proclamar as suas virtudes em um mundo de trevas (2.9).” (Zuck, R. B. (editor). Teologia do Novo Testamento. Trad. Lena Aranha. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 501)

Mais do que simples sentimentos: “Embora os cristãos não possam ter todos exatamente o mesmo sentimento, devem ter compaixão uns pelos outros, e se amarem como irmãos. Não devem perseguir ou odiar uns aos outros, mas amar uns aos outros com mais do que simples sen-timentos; eles devem se amar como irmãos. (...) Deve ser um pecador flagrante, ou um perverso apóstata, todo aquele que não é objeto da atenção e da polidez (1 Co 5.11; 2 Jo 10.11).” (Comentário Bíblico Mat-thew Henry Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Trad. Luis Aron, Valde-mar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.874)

Conduta necessária: “Pedro muda a ênfase da bem-aventurança do cristão sofredor para o perseguidor. Os eleitos de Deus devem não só submeter-se ao sofrimento injusto, como também abençoar os seus an-tagonistas. Pedro escreve que essa conduta é necessária, a fim de que os cristãos alcancem a bênção. Para explicar essa exortação e talvez até para cingir sua autoridade apostólica com autoridade bíblica, Pedro apela para o Salmos 34.12-16.” (Arrington, F. L.; Stronstad, R. (editores). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.1714)

Todos: “... reúne em um só grupo toda a sociedade cristã: escravos, esposas, maridos e todos os outros que faziam parte da comunidade de cristãos que eram alvo da epístola. Para todos eles, Pedro prescreve uma unidade de espírito, que seria realizada em certas atitudes de relaciona-mento. Compassivos dá a entender uma participação nos sofrimentos ou tristezas de outrem.” (Allen, C. J. (ed. ger.). Comentário Bíblico Broa-dman: Novo Testamento. Trad. Adiel Almeida de Oliveira. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, vol. 12, p.189)

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21 AGO 2010

8

Quem é que vos há de maltratar... (I Pd 3:13). “O povo de Deus não passaria por muitos dos problemas pelos quais passa. (...) Se os cristãos vivessem como deveriam, normalmente não despertariam perseguições, pelo menos, não do governo (...) Um cristão sábio não há de criar proble-mas. É muito mais sábio seguir o padrão que produz alegria em Cristo, mesmo no meio do sofrimento”. (Welch, W. W. Primeira Epístola de Pedro: O Valor da nossa fé. São Paulo: Imprensa da Fé, 1978, p.66).

Bem-aventurados sois (I Pd 3:14). “Pedro reconhece que alguns so-frerão pelo que é certo, pois vivemos num mundo em decadência, sujeito ao poder de Satanás (I Jo 5:19; II Co 4:4). (...) O fato de que alguns cristãos são chamados a sofrer injustamente é louvável (‘grato’, 2:19-20) a Deus. Agora Pedro tranquiliza seus leitores a respeito da mesma verdade. Jesus declarou: ‘Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuria-rem, e vos perseguirem’” (Shedd, R. P. Nos Passos de Jesus: Uma exposição de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 67).

Antes, santificai a Cristo... (I Pd 3:15a). “O segredo da coragem e sucesso em enfrentar oposição é santificar a Cristo, como Senhor, no co-ração (15). Isso significa entronizar no coração como o senhor suprema, que apesar de inocente sofreu pelos culpados e tem a preeminência em todas as coisas (Cl 1.18); reconhecê-lo com santo; confiar plenamente nas suas sábias providências com toda a sinceridade; amá-lo com um amor inspirado por uma teologia correta que cobre a sua morte ‘com significado expiatório’.” (Taylor, S. (at alli). Comentário Bíblico Beacon: He-breus a Apocalipse. 1ª Ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 233).

Não tenham medo

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Preparados para responder (I Pd 3:15b). “O cristão pode ser cha-mado para explicar a sua fé cristã a qualquer momento. (...) A palavra ‘responder’ implica na necessidade de se defender de alguma acusação.(...) É preciso estar pronto a dar uma ‘razão’ ou uma ‘explicação razoável’. A fé cristã não é irracional. O plano de Deus não violenta nossas mentes, mesmo quando o homem natural, através da razão, não consegue en-contrar a Deus e considera a mensagem da cruz como loucura.” (Welch, W. W. Primeira Epístola de Pedro: O Valor da nossa fé. São Paulo: Imprensa da Fé, 1978, p.66).

Com boa consciência (I Pd 3:16). ”Além se santificar a Cristo e defen-der a sua fé com mansidão e reverência, os crentes devem manter uma boa consciência (v. 16). (...) Mentir para encobrir o envolvimento real com o cristianismo era uma forte tentação em tempos de implacável perse-guição. E ainda é para muitos que desejam evitar o desdém do mundo.” (Shedd, R. P. Nos Passos de Jesus: Uma exposição de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova, 1993, p. 67).

Silenciando os caluniadores (I Pd 3:16). “Nada como um caráter sólido para enfrentar as provas. (...) O caráter terá sempre vantagens. Como escreveu Horace Greeley, ‘a fama é um vapor, a popularidade um acidente, o dinheiro cria asas, e apenas o caráter permanece’. Não existe defesa mais eloquente e eficiente da fé do que viver uma vida continua e consistentemente em integridade. Ela possui um poder invencível para silenciar os seus caluniadores”. (Swindoll, C. R. Renove sua Esperança. Belo Horizonte: Atos, 2002, p. 139).

Se for para sofrer, sofra pelo o que é bom (I Pd 3:17). “Se a vontade de Deus é padeçam. (...) (17), isso indica que seja a sua vontade que so-framos. Isso pode ser verdade em relação àqueles cujas vidas são santas, cuja defesa é lógica e completa e cuja inocência tem sido vindicada. (...) A forma mais elevada de sofrimento não é aquela que merecemos, mas aquela que vem por fazermos o bem.” (Taylor, R. S. (at alli). Comentário Bíblico Beacon: Hebreus a Apocalipse. 1ª Ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 233).

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28 AGO 2010

9 Rompam com o pecado

Sofrer na carne: “A referência de Pedro àquele que sofreu na carne (4:1) não significa que suas palavras se aplicam apenas àqueles que sofreram perseguição física. Dizem respeito a todos que anunciaram sua identificação com o sofrimento de Cristo ao aceitarem o batismo. Em vez de serem atraídos para um redemoinho de paixões, agora os cristãos têm apenas um foco: viver inteiramente segundo a vontade de Deus (4:2), ou seja, procurar agradar a Deus em tudo que fazem.” (Adeyemo, T. (editor geral). Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p.1561)

“... padeceu por nós na carne”: “Visto que Cristo padeceu por nós na carne (1), os cristãos devem armar-se ‘do mesmo pensamento’ (NVI) para sofrer pacientemente qualquer que seja a vontade de Deus. Isso não somente significa identificação com Cristo em espírito e propósito, mas em aborrecer o pecado. Pedro aqui usa a frase padeceu por nós na car-ne para indicar a morte do nosso Senhor. Em um modo paralelo, ele usa a frase aquele que padeceu na carne para referir-se à nossa morte para o pecado.” (Taylor, R. S. at alli. Comentário Bíblico Beacon. Trad. Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 237)

Entre o pecado e o sofrimento: “O cristão deve escolher entre o peca-do e o sofrimento. Pode optar por viver como os incrédulos, (...) e, desse modo, evitar a perseguição. Ou pode optar por viver em pureza e santi-dade, levar sobre si o opróbrio de Cristo e sofrer nas mãos dos perversos. (...) O cristão que se dispõe a sofrer perseguição por sua fé, ao invés de permanecer na vida pecaminosa, deixou o pecado. Isso não significa que não comete nenhum pecado, mas, sim, que sua vida não está mais sob o poder do pecado.” (MacDonald, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.930)

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Mesmo pensamento: “... parece, com base no contexto, uma refe-rência à experiência de sofrimento de Cristo. (...) Aquele que sofreu não é necessariamente uma referência aos que passam por sofrimento físi-co, mas inclui todos os que, na união mística simbolizada pelo batismo, compartilham os sofrimentos de Cristo. Essa união deve se tornar real e efetiva por meio da reivindicação da libertação do pecado e de uma nova vida de serviço para Deus.” (Carson, D. A. [at al.]. Comentário Bíblico: Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 2070)

“Armai-vos”: “A expressão ‘armai-vos’ é uma metáfora militar. Com que eles deveriam se armar? Com a mesma atitude que Cristo tinha em relação ao sofrimento. Isto não significa que os crentes devam procurar ativamente o martírio. Apesar disto, eles devem se armar para a morte, se necessário. Se os crentes sofrerem, isto deve acontecer por viverem a fé cristã; eles devem sofrer corajosamente, sabendo que Deus, no final, será vitorioso.” (Comentário do Novo Testamento: aplicação pessoal. Trad. Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, pp.726-7)

Atitude militante: “O Senhor veio à Terra tratar do pecado e o vencer para sempre. Ele tratou da ignorância do pecado ensinando a verdade e a colocando em prática em sua vida diante dos homens. Tratou das con-seqüências do pecado curando e perdoando e, na cruz, desferiu o golpe mortal contra o pecado em si. Apesar de sua imensa compaixão pelos peca-dores, podemos dizer que Jesus armou-se de uma atitude militante contra o pecado.” (Wiersbe, W. W. Comentário Bíblico expositivo: Novo Testamento. Trad. Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 541)

Atitude de Cristo: “A maior parte dos tradutores e comentaristas mantêm a conjunção causal pois no começo da oração. Afirmam que a conjunção expressa a razão para se imitar a Cristo. Podemos, contudo, interpretar essa última frase como uma explicação para a frase atitude de Cristo. (...) Quando o crente se identifica completamente com Cristo, ele sabe que ‘deixou o pecado’. Isso significa que as últimas palavras do versículo 1 aplicam-se ao cristão cuja vida está firmemente baseada em Cristo.” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pe-dro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.213)

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4 SET 2010

10 Amem-se mais ainda

Administração dos dons: “Quando os crentes usam os seus dons no serviço humilde aos outros, a graça de Deus pode fluir deles. Os dons que Deus dá aos crentes são tão variados e multifacetados quanto os próprios crentes. Assim como a graça de Deus varia ao tratar as pessoas, os dons de Deus (dados devido à sua graça) também variam na admi-nistração da sua graça como corpo de Cristo na terra. Administrá-los bem significa não ocultar os dons, mas usá-los (...) para servir e edificar o corpo de Cristo.” (Comentário do Novo Testamento: aplicação pessoal. Trad. Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p.729)

Amor: “Antes de sua exortação a amar uns aos outros, ele coloca a expressão acima de tudo. Em outras palavras, Pedro faz alusão à lei de Deus, que Jesus ensinou de forma resumida: ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração... Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.37-39). Além disso, Pedro se refere ao conhecido mandamento de Jesus: ‘Amai-vos uns aos outros’ (Jo 13.34).” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.227)

Amor semelhante ao de Cristo: “A centralidade do amor para a uni-dade da igreja tem uma boa razão, a saber, ‘porque o amor cobre multi-dão de pecados’ (v.8). (...) Enquanto o ódio provoca conflitos e divisões, o amor não leva em conta as ofensas, mantém-se em silêncio e perdoa os erros. (...) O amor semelhante ao de Cristo considerará um privilégio oferecer hospitalidade aos companheiros cristãos (v.9). Mas é muito fácil reclamar, especialmente quando os estranhos parecem aproveitar-se da generosidade natural ao cristão”. (Shedd, R. Nos passos de Jesus: uma exposição de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova,1993, p.77)

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“... cobre uma multidão de pecados”: “O amor subjuga a tentação de se apontar os pecados e as fraquezas dos outros. Ele procura oportu-nidades de ajudar os outros. Assim, sejam quais forem os muitos serviços funcionais, conforme o dom que cada um recebeu, que ele exercite esse dom ou graça no espírito de amor. O produto final será que Deus será glorificado. Esta é a maneira como o povo de Deus deve gastar o tempo enquanto espera a volta de Cristo.” (Allen, C. J. (ed. ger.). Comentário Bíblico Broadman: Novo Testamento. Trad. Adiel Almeida de Oliveira. Rio de Janei-ro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, vol. 12, p.197)

Hospitalidade: “A hospitalidade aqui requerida é o acolhimento es-pontâneo e amoroso de estranhos e visitantes. O objetivo apropriado da hospitalidade cristã seria abrigar os cristãos entre si. A intimidade da sua relação e a necessidade da sua condição naquela época de perseverança e aflições obrigavam os cristãos a serem hospitaleiros uns para com os outros. (...) Tudo o que o cristão fizer por conta da hospitalidade, deve fazê-lo com alegria, e sem murmurações.” (Comentário Bíblico Matthew Henry Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Trad. Luis Aron, Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 879)

O tempo do fim: “Ao longo da história do cristianismo, sempre se tem visto que esta perspectiva de viver ‘o tempo do fim’, da ‘utopia presente’, de se estar às portas de uma grande virada histórica, tem alimentado a fé dos cristãos; quando ela falta, a comunidade cristã tende ao esmoreci-mento e ao compromisso com o mundo. (...) Não menos afetada por ela é a espiritualidade dos crentes, pois ela significa a participação já, aqui e agora, daquela comunhão com Deus.” (Mueller, E. R. I Pedro: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1988, p. 235)

“Servi ... cada um conforme ...”: “ O ‘dom’ recebido é um karisma, uma graça, que torna seus possuidores despenseiros da multiforme graça de Deus. Esta graça deve ser administrada (gr., diakoneo; cons. ‘diácono’) aos outros, o melhor método também para continuar sendo desfrutado pelo possuidor original. Aqui está novamente a participação dedicada de bên-çãos espirituais.” (Pfeiffer, C. F.; Harrison, E. F. (editores). Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, vol. 5, p.353)

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11 SET 2010

11 Sofram por Cristo

Não estranheis: “... sugere que alguns de seus leitores estavam re-agindo com surpresa pelo fato de a vida cristã incluir sofrimento. O povo de Deus não devia isento de sofrimento? A resposta é não. Em um mundo de sofrimento, o povo de Deus compartilha do sofrimento. Portanto, eles não deviam pensar no sofrimento como coisas estra-nha, algo alheio à sua condição de cristãos, que lhes havia sobrevindo.” (Allen, C. J. (ed. ger.). Comentário Bíblico Broadman: Novo Testamento. Trad. Adiel Almeida de Oliveira. Rio de Janeiro: Junta de Educação Reli-giosa e Publicações, 1985, vol. 12, p.197-8)

Participar do sofrimento de Cristo: “Pedro lembra seu público de que a bênção escatológica que aguarda o povo de Deus vem para aque-les que, a despeito de seu sofrimento, permanecem fiéis a ele. Os leitores de Pedro, o povo eleito de Deus, não devem retribuir a seus persegui-dores com maldades e insultos, mas com ‘bênçãos’, porque isso significa que eles receberão a ‘bênção por herança’ (3.9). De igual forma, partici-par do sofrimento de Cristo conduz ao regozijo no último dia, quando ‘sua glória for revelada’ (4.13).” (Thielman, F. Teologia do Novo Testamen-to: uma abordagem canônica e sintética. Trad. Rogério Portella, Helena Aranha. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p.700)

Perseverando com fidelidade: “Vê-se o sofrimento como destino esperado para o povo de Deus neste mundo (4.12; 5.9), como parte da vontade e do chamado dEle para eles (4.19; 5.10) e o caminho de bên-ção para os que perseveram com fidelidade (4.14,10). Os cristãos devem ter cuidado para não incorrer em sofrimento como malfeitores, mas por serem pessoas comprometidas com Cristo (4.15,16), e eles, nessas difi-culdades, podem permanecer confiantes em relação ao cuidado de Deus

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Comentários adicionais | 23

por eles (4.19; 5.10).” (Zuck, R. B. (editor). Teologia do Novo Testamento. Trad. Lena Aranha. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 500)

Celebrar: “Pedro (...) coloca ênfase sobre a ordem alegrem-se. Ao in-vés de olhar de forma negativa para o sofrimento, os cristãos precisam, de modo positivo, olhar para Jesus e alegrar-se com seu destino. Pedro (...) está plenamente a par da aparente contradição (...). Pedro diz aos seus leitores que quando seu destino é sofrer por amor a Cristo, devem colocar suas aflições no contexto da alegria.” (Kistemaker, S. J. Comentá-rio do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.237)

Co-participantes dos sofrimentos de Cristo: “A verdade é que, por trás de coisas que não compreendemos e não conseguimos harmonizar na nossa cabeça, pode haver uma lógica que escapa à nossa presente capacidade de compreensão. E assim é que o alegrai-vos, aqui, não vem sozinho, mas acompanhado de um arrazoamento que permitirá aos lei-tores compreendê-lo melhor: na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo.” (Mueller, E. R. I Pedro: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1988, p. 245)

Paciência nos sofrimentos: “O bom comportamento dos cristãos nos sofrimentos é a parte mais difícil do seu dever, mas mesmo assim necessário tanto para a honra de Cristo quanto para o próprio consolo deles. E, por isso, o apóstolo, tendo exortado-os (...) ao dever maior da mortificação, aqui os orienta acerca do dever necessário da paciência nos sofrimentos. Um espírito não mortificado é muito inadequado para su-portar provações.” (Comentário Bíblico Matthew Henry Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Trad. Luis Aron, Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.880)

“Alegrai-vos”: “Aqui está a participação física da cruz de Cristo para a qual a participação espiritual (2:24) foi um preparativo adequado. A advertência para que se alegrem faz lembrar as palavras de Jesus em Mt. 5:12. Na revelação de sua glória. Ou, no tirar do véu (gr., apocalypsis) da sua glória. Uma ‘ressurreição melhor’ (Hb. 11:35) estava diante deles.” (Pfeiffer, C. F.; Harrison, E. F. (editores). Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, vol. 5, p.354)

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18 SET 2010

Cuidem bem do seu rebanho12

“Pastoreai o rebanho de Deus”: “Pastoreai usa a palavra que Jesus usou quando falou com Pedro após a ressurreição (Jo 21.16). Também é a ordem de Paulo aos presbíteros em Éfeso (At 20.28; cf. Sl 78.70-72). [O rebanho de Deus] que há entre vós (...), pode significar: ‘com o melhor da sua habilidade’. (...) Não por força (...) sugere um falso senso de dignida-de, uma relutância em assumir a responsabilidade, ou um desejo de não fazer mais do que é necessário.” (Carson, D. A. [at al.]. Comentário Bíblico: Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 2073)

“... não por torpe ganância”: “Em muitas igrejas, os presbíteros eram pagos pelos seus serviços; no entanto, esta remuneração sozinha prova-velmente não tornaria um presbítero rico. Esta tentação de ser ambicioso provavelmente surgiu porque as finanças da igreja (o dinheiro arrecada-do para os pobres etc.) eram normalmente confiadas ao presbítero ou ao bispo. A oportunidade de abusar da confiança era bastante real. (...) Em vez de se concentrarem no dinheiro, os presbíteros deveriam se concen-trar no serviço.” (Comentário do Novo Testamento: aplicação pessoal. Trad. Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p.733)

Alimentar o rebanho: “O pastor fiel não apenas protege o rebanho, como também o conduz de um pasto a outro, a fim de que as ovelhas sejam devidamente alimentadas. O pastor sempre ia adiante do reba-nho e explorava a região para ter certeza de que não havia nada ali que fizesse mal às ovelhas (...). Como é importante os pastores conduzirem as pessoas aos pastos verdejantes da Palavra de Deus, a fim de que se alimentem e cresçam!” (Wiersbe, W. W. Comentário Bíblico expositi-vo: Novo Testamento. Trad. Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 553)

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Comentários adicionais | 25

Capacitação divina e disposição humana: “O rebanho pertence a Deus, mas os presbíteros receberam a responsabilidade de cuidar dele como pastores auxiliares do Supremo Pastor. (...) O cuidado do rebanho não é um trabalho que alguém pode ser coagido a realizar por eleição ou nomeação. O Espírito Santo encarrega o indivíduo da responsabilidade e lhe concede capacidade para cumpri-la; cabe ao presbítero responder com um coração disposto (...). A capacitação divina deve ser acompanha-da de disposição humana.” (MacDonald, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.933).

Encorajamento: “Pedro encerra sua carta com um apelo a dois grupos que serão alvo específico de perseguição: os líderes da igreja e os jovens. Quando fala aos presbíteros, Pedro se identifica tal qual presbítero como eles, alguém que sabe das responsabilidades desse ofício por experiência própria. Difere deles no sentido de que foi testemunha ocular dos sofri-mentos de Cristo, mas é semelhante a eles na viva esperança da glória que há de ser revelada (5:1).” (Adeyemo, T. (editor geral). Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p.1562)

Testemunha das aflições de Cristo: “Uma administração sábia das obrigações da igreja é vital para a pureza e preservação da Igreja, e mais ainda quando as perseguições impõem responsabilidades peculiares para os líderes. (...) Pedro pode ter considerado seu apostolado um tipo de res-ponsabilidade de ancião em termos mais amplos ou ele pode ter servido como ancião (presbítero) na igreja da região onde morava. Com humil-dade ele refere-se ao seu apostolado, como testemunha das aflições de Cristo.” (Taylor, R. S. at alli. Comentário Bíblico Beacon. Trad. Valdemar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 10, p. 242)

Exemplos para o rebanho: “Os líderes da igreja devem ser ‘exemplos para o rebanho’. (...) Os presbíteros devem induzir o povo a imitá-los em verdadeira obediência ao evangelho de Cristo. Além disso, quando os lí-deres proclamam fielmente a Palavra de Deus e vivem de acordo com ela, fazem crescer o nome de Cristo e, assim, fortalecem sua autoridade. Em resumo, para os presbíteros, as palavras e os atos devem ser sinônimos.” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, pp. 260-1)

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26 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2010

25 SET 2010

Fiquem firmes na fé13

Trajetória de sofrimento: “Ao aceitar a humilhação à qual a socie-dade que os cerca os submete, os cristãos submetem-se à trajetória de sofrimento que Deus definiu para eles no presente. Entretanto, essa tra-jetória, no devido tempo, conduzirá à exaltação (5.6). Eles podem ter de sofrer por um pequeno período, mas, ao final, Deus ‘os restaurará’ e ‘lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces (5.10).” (Thielman, F. Teologia do Novo Testamento: uma abordagem canônica e sintética. Trad. Rogério Portella, Helena Aranha. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, pp.700-1)

Resistir: “[Pedro] recomendou-lhes que resistissem ao Diabo como se resiste a um leão rugidor e devorador. É o Diabo que se lhes opõe e é responsável por todos os problemas que eles estão enfrentando. Mas esses sofrimentos não são exclusivos. São comuns a todos os crentes, e apenas temporários. Além do sofrimento espera a eterna glória com Deus, que os chamou em Cristo.” (Allen, C. J. (ed. ger.). Comentário Bíbli-co Broadman: Novo Testamento. Trad. Adiel Almeida de Oliveira. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1985, vol. 12, p.201)

Inimigo voraz: “Não nos deve surpreender o fato de Satanás buscar sua presa como um leão faminto. Afinal, que pode satisfazer mais eficaz-mente sua hostilidade diabólica para com Deus do que a destruição dos filhos amados do Senhor? Talvez a metáfora de Pedro formou-se em sua mente quando o horror da arena estendeu seus terríveis tentáculos para jogar os cristãos inocentes aos leões.” (Shedd, R. Nos passos de Jesus: uma exposição de 1 Pedro. São Paulo: Vida Nova,1993, p.97)

Perseguições: “O diabo (...); esse título é derivado de uma palavra que significa traspassar, apunhalar. Ele quer infiltrar maldade na nossa nature-

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Comentários adicionais | 27

za e veneno na nossa alma (...). O plano de Satanás ao suscitar persegui-ções contra os fiéis servos de Deus é conduzi-los à apostasia, por meio dos seus sofrimentos e, assim, destruir a alma deles. (...) A sobriedade e a vigilância são virtudes necessárias em todos os tempos, mas espe-cialmente em tempos de sofrimento e perseguição.” (Comentário Bíblico Matthew Henry Novo Testamento: Atos a Apocalipse. Trad. Luis Aron, Val-demar Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.884)

Submissão: “Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer in-justamente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte central e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram mesmo sem me-recer, segundo o exemplo de Cristo (...) dirige-se aos presbíteros, res-ponsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1-4). Escrevendo como um presbítero mais experiente, Pedro é seu modelo de liderança sobre o povo de Deus.” (Arrington, F. L.; Stronstad, R. (editores). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.1725)

Firmeza na fé: “A palavra fé (...) pode ser compreendida no sentido subjetivo da fé pessoal e confiança em Deus. Também pode ser fé ob-jetiva, ou seja, o conjunto das doutrinas cristãs. Apesar de Pedro usar a palavra de forma subjetiva em outras passagens (1.5,9), aqui o contexto favorece o sentido objetivo. Pedro se refere não tanto à fé individual, mas à fé ou crenças da comunidade mundial de crentes.” (Kistemaker, S. J. Comentário do Novo Testamento: Epístolas de Pedro e judas. Trad. Susana Klassen. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p.274)

“... anda em derredor, como leão”: “Esta passagem pode ser uma re-ferência a Nero ou ao seu anfiteatro com os leões. Resumindo, é um dia-bo pessoal. Resisti-lhe. Compare Tg. 4:7. A determinação cristã provoca a ajuda divina. E o conhecimento do que a irmandade espalhada pelo mundo sofre as mesmas aflições tende a tornar os cristãos em dificulda-des mais firmes na fé. (Pfeiffer, C. F.; Harrison, E. F. (editores). Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, vol. 5, p.355)

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26, 27 e 28 de novembro de 2010Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

Informações no site: www.portaliap.com.br

Um dever do consagrado, um direito do membro

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