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REVISTA CIENTFICA ELETRNICA DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS DA EDUVALE Publicao cientfica da Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas do Vale de So Loureno - Jaciara/MT Ano V, Nmero 07, novembro de 2012 – Periodicidade Semestral – ISSN 1806-6283 1 O FLUXO DE CAIXA NO PLANEJAMENTO FINANCEIRO PARA OBTENO DE RESULTADOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE LATICNIOS DE DOM AQUINO – MT ANDRADE, Crislaine Barcelo 1 OLIVEIRA, Braz da Silva 2 JESUS, Esdras Warley Nunes de 3 RESUMO: A lucratividade das empresas j no mais definida com a fora bruta de seu servio prestado, mas sim de uma srie de fatores administrativos que interagem entre si, formando uma gesto slida que ir eficientemente levar o empreendimento a um nvel organizacional lucrativo. Um desses fatores a administrao financeira, onde se torna claro a sua misso junto ao corpo administrativo. A administrao do fluxo de caixa muito importante para a administrao financeira e consequentemente para a empresa, pois o gerenciamento dos recursos, a entrada e sada destes, algo que se deve ter grande controle e cuidado, a fim de propiciar agilidade e segurana nas tomadas de decises no corpo administrativo. Este trabalho tem como tema o fluxo de caixa no planejamento financeiro para obteno de lucro. A pesquisa foi realizada em uma empresa de laticnios de Dom Aquino - MT e os resultados obtidos mostraram que existe uma diferena significativa no exerccio do fluxo de caixa. PALAVRAS-CHAVE: fluxo de caixa; administrao financeira; finanas; administrao. Recursos. INTRODUO Em virtude das constantes mudanas ocorridas neste sculo, devido aos avanos tecnolgicos. As empresas esto cada vez mais preocupadas com a sua sobrevivncia neste novo cenrio, pois elas necessitam se adaptar aos meios tecnolgicos, para assim prestar informaes precisas e com rapidez, dessa forma a competitividade est cada vez mais acirrada, e para uma empresa se manter slida no mercado se torna uma tarefa difcil. 1 Graduada em Administrao pela Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas do Vale do So Loureno – EDUVALE. 2 Possui graduao em Cincias Econmicas pela Universidade Catlica Dom Bosco. Especializao em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade de Cuiab. Mestrado em Desenvolvimento Local pela Universidade Catlica Dom Bosco. Atualmente, docente na Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas do Vale do So Loureno – EDUVALE. E-mail: [email protected] . 3 Especialista em Auditoria, Controladoria e Gesto. Graduado em Administrao de Empresas. Docente de Administrao Financeira e Oramentria, Agronegcio, Relaes Internacionais e Administrao de Marketing e Servios pela Faculdade de Cincias Sociais Aplicadas do Vale do So Loureno – EDUVALE. E-mail: [email protected]

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REVISTA CIENT�FICA ELETR�NICA DE CI�NCIAS SOCIAIS APLICADAS DA EDUVALEPublica��o cient�fica da Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale de S�o Louren�o - Jaciara/MT

Ano V, N�mero 07, novembro de 2012 – Periodicidade Semestral – ISSN 1806-6283

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O FLUXO DE CAIXA NO PLANEJAMENTO FINANCEIRO PARA OBTEN��O DERESULTADOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE LATIC�NIOS DE

DOM AQUINO – MT

ANDRADE, Crislaine Barcelo1

OLIVEIRA, Braz da Silva2

JESUS, Esdras Warley Nunes de3

RESUMO: A lucratividade das empresas j� n�o � mais definida com a for�a bruta de seu servi�o prestado, mas sim de uma s�rie de fatores administrativos que interagem entre si, formando uma gest�o s�lida que ir� eficientemente levar o empreendimento a um n�vel organizacional lucrativo. Um desses fatores � a administra��o financeira, onde se torna claro a sua miss�o junto ao corpo administrativo. A administra��o do fluxo de caixa � muito importante para a administra��o financeira e consequentemente para a empresa, pois o gerenciamento dos recursos, a entrada e sa�da destes, � algo que se deve ter grande controle e cuidado, a fim de propiciar agilidade e seguran�a nas tomadas de decis�es no corpo administrativo. Este trabalho tem como tema o fluxo de caixa no planejamento financeiro para obten��o de lucro. A pesquisa foi realizada em uma empresa de latic�nios de Dom Aquino - MT e os resultados obtidos mostraram que existe uma diferen�a significativa no exerc�cio do fluxo de caixa. PALAVRAS-CHAVE: fluxo de caixa; administra��o financeira; finan�as; administra��o. Recursos.

INTRODU��O

Em virtude das constantes mudan�as ocorridas neste s�culo, devido aos

avan�os tecnol�gicos. As empresas est�o cada vez mais preocupadas com a sua

sobreviv�ncia neste novo cen�rio, pois elas necessitam se adaptar aos meios

tecnol�gicos, para assim prestar informa��es precisas e com rapidez, dessa forma a

competitividade est� cada vez mais acirrada, e para uma empresa se manter s�lida

no mercado se torna uma tarefa dif�cil.

1 Graduada em Administra��o pela Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale do S�o Louren�o – EDUVALE.2 Possui gradua��o em Ci�ncias Econ�micas pela Universidade Cat�lica Dom Bosco. Especializa��o em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade de Cuiab�. Mestrado em Desenvolvimento Local pela Universidade Cat�lica Dom Bosco. Atualmente, docente na Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale do S�o Louren�o – EDUVALE. E-mail: [email protected] Especialista em Auditoria, Controladoria e Gest�o. Graduado em Administra��o de Empresas. Docente de Administra��o Financeira e Or�ament�ria, Agroneg�cio, Rela��es Internacionais e Administra��o de Marketing e Servi�os pela Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale do S�o Louren�o – EDUVALE. E-mail: [email protected]

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A lucratividade das empresas j� n�o � mais definida com a for�a bruta de seu

servi�o prestado, mas sim de uma s�rie de fatores administrativos que interagem

entre si, formando uma gest�o s�lida que ir� eficientemente levar o empreendimento

a um n�vel organizacional lucrativo. Um desses fatores � a administra��o financeira,

onde se torna claro a sua miss�o junto ao corpo administrativo.

Sendo o setor da administra��o financeira um �rg�o que est� ligado

diretamente aos rendimentos e despesas da empresa, logo se torna um setor que

merece uma aten��o especial, pois n�o � apenas monitorar as entradas e sa�das de

recursos, mas sim desenvolver estrat�gias de lucros e despesas que conduz a

empresa � otimiza��o de seus recursos e lucratividade de toda a corpora��o.

Contudo, um empreendimento s� poder� sobressair no mercado, se houver

uma integra��o concreta entre o setor financeiro e os demais setores

administrativos, que por sua vez tamb�m desempenham um papel importante na

empresa.

Sabendo disso, se torna relevante aprimorar e aprofundar o conhecimento na

administra��o financeira da BRASILAC LATIC�NIOS – Ind�stria e Com�rcio de

Latic�nios do Vale do S�o Louren�o Ltda, situada na Rodovia MT 344, Km 23,

Distrito Industrial, Dom Aquino – MT.

METODOLOGIA

Em todo trabalho cient�fico o m�todo assume import�ncia fundamental porque

segundo Marconi e Lakatos (2005, p.83) “... o m�todo � o conjunto das atividades

sistem�ticas e racionais que, com maior seguran�a e economia, permite alcan�ar o

objetivo, tra�ando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as

decis�es do cientista”.

A escolha do m�todo a ser utilizado na pesquisa deve-se relacionar

diretamente com a situa��o problem�tica proposta. Os m�todos s�o moldados de

acordo com o objetivo do trabalho cient�fico e com os resultados que se busca

alcan�ar com a pesquisa.

As pesquisas cient�ficas n�o utilizam apenas um m�todo; dependendo de sua

abrang�ncia, podem empregar todas as t�cnicas necess�rias para delinear o

estudo.

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Este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso que �, de acordo com

Gil (1996, p. 58) “... estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de

maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente

imposs�vel mediante os outros delineamentos considerados”. O estudo de caso � um

m�todo de pesquisa e � definido por Young (1960) apud Gil (1996):

[...] um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo social de uma unidade, em suas v�rias rela��es internas e nas suas fixa��es culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma fam�lia, um profissional, uma institui��o social, uma comunidade ou uma na��o. (YOUNG, 1960 apud GIL, 1996, p. 59).

Outro conceito para estudo de caso � o de Vergara (2005, p. 49), que diz o

seguinte: “... estudo de caso � o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas

essas como pessoa, empresa, �rg�o p�blico, comunidade ou mesmo pa�s. Tem

car�ter de profundidade e detalhamento. Pode ou n�o ser realizado no campo”.

Como qualquer m�todo cient�fico, o estudo de caso apresenta vantagens e

limita��es. Segundo Gil (1996, p. 59) as vantagens do estudo de caso s�o:

a) O est�mulo a novas descobertas. Em virtude da flexibilidade do

planejamento do estudo de caso, o pesquisador, mant�m-se atento a

novas descobertas. Ao longo da pesquisa, o pesquisador pode-se

deparar com aspectos importantes para a solu��o do problema e que

antes n�o eram previstos.

b) A �nfase na totalidade. O pesquisador abrange todas as dimens�es do

problema, focaliza-o como um todo. N�o se limita � an�lise individual.

c) A simplicidade dos procedimentos. A coleta e an�lise de dados s�o

bastante simples, pois utilizam uma linguagem e uma forma mais

acess�vel que os demais relat�rios.

Seguindo as considera��es feitas por Gil (1996, p. 60), “o estudo de caso

tamb�m apresenta limita��es, das quais a mais grave � a dificuldade de

generaliza��o dos resultados, pois pode ocorrer que a unidade em estudo seja

at�pica �s muitas de sua esp�cie”.

Este estudo de caso assume predominantemente a natureza qualaitativa,

para se estudar como a Gest�o financeira utilizando o Fluxo de Caixa contribui

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paraobten��o de resultados na Empresa Brasilac Latic�nios. O m�todo quantitativo,

como o pr�prio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantifica��o, tanto

nas modalidades de coleta de informa��es quanto no tratamento dessas, atrav�s de

t�cnicas estat�sticas descritivas e simples (como percentual, m�dia, desvio-padr�o).

Para a coleta de dados, ser� utilizado um aplicada uma entrevista, a gerentes,

supervisores e coordenadores, especialmente a quem exerce fun��o financeira.

A metodologia adotada ser� a pesquisa de estudo de caso, com

caracter�sticas qualitativas constitu�das com principais artigos que possuem obras

relacionadas ao assunto: pesquisa documental, analisando as v�rias opini�es, que

consiste em analisar e identificar a import�ncia do planejamento financeiro para o

crescimento da empresa.

Fora feito a pesquisa documental

Tem – se como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, n�o s� de documentos impressos, mais sobre tudo de outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, grava��es, documentos legais. (SEVERINO, 2010, p. 123)

Eleita a pesquisa de estudo de caso, o instrumento usado ser� pesquisas

feitas atrav�s de grandes autores, e entrevistas com o Gerente Financeiro, e para

coleta de dados ser� utilizado question�rios.

O estudo caso pesquisado abrange todas as bibliografias tornada a publica em rela��o ao estudo, livros, jornais, revistas, como tamb�m explorar novos conhecimentos onde os problemas n�o se cristalizaram suficientemente.” (LAKATOS, 2007, p.66.)

O objeto de estudo dessa pesquisa se baseia em demonstrar a import�ncia

do planejamento financeiro para o crescimento e exist�ncia da empresa.

Em tempos de grande evolu��o e inova��o no mercado, as empresas

encontram grande dificuldade para continuar ativa e com sucesso diante das demais

empresas.

O planejamento financeiro � uma ferramenta de suma import�ncia para que a

empresa cres�a e continue no mercado, pois muitos empreendedores querem ter

seu pr�prio neg�cio, por�m n�o tem conhecimento de como administrar uma

empresa e quais as ferramentas que devem ser utilizadas no processo

administrativo.

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O processo de planejamento financeiro oferece roteiros para se atingir os

objetivos da empresa. Al�m de oferecer uma estrutura para coordenar as diversas

atividades e atua como um mecanismo de controle estabelecendo um padr�o de

desempenho contra a qual � poss�vel avaliar os eventos reais e buscar antecipar a

visualiza��o dos poss�veis resultados da organiza��o.

O fluxo de caixa � um dos meios para que se possa perceber a situa��o do

caixa da empresa.

ADMINISTRAÇÃO MODERNA CONTEMPORÂNEA

A administra��o moderna surgiu no inicio do s�culo, por dois engenheiros os

pioneiros da administra��o que publicaram suas experi�ncias, um era Frederick

Winslow Taylor que veio com a escola da Administra��o Cientifica com a

preocupa��o de aumentar a efici�ncia na ind�stria por meio de racionaliza��o de

funcion�rios, e Henry Fayol um franc�s que veio desenvolver a chamada Escola

Cl�ssica da Administra��o, com intuito de aumentar a efici�ncia por meios da

aplica��o dos princ�pios gerais da administra��o.

A administra��o moderna veio com o intuito de fazer um diferencial dentro da

empresa moderna, pois a administra��o n�o existiria sem os conhecimentos

adquiridos atrav�s dos anos, atrav�s dela podemos chegar ao alto �ndice de

conhecimento para alcan�ar um elevado n�vel de produ��o.

� neste universo que se encontram as Cooperativas, como organiza��es de

produ��o de bens e servi�os que precisam ser administradas, talvez n�o com total

modelo inspirado somente no empresarial, mas, um misto em que o empresarial seja

um dos pilares e o outro seja o social, cumprindo assim com os princ�pios

cooperativos.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Talvez seja o setor mais delicado da empresa, depois da gest�o de pessoas,

por�m se liderar pessoas � complexo, imagine-se gerenciar a parte financeira da

empresa, uma vez que o dinheiro � “sangue” da empresa. Ent�o administrar

finan�as � aplicar conhecimentos ou princ�pios para maximizar a riqueza e isto

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significa obter lucros, mas � l�gico, n�o � s� atrav�s do financeiros que se gera

lucros.

Para Gitmam (2005):

[...] finan�as como a arte e a ci�ncia da gest�o do dinheiro. Praticamente todos os indiv�duos e organiza��es recebem ou levantam, gastam ou investem dinheiro. A �rea de finan�as preocupa-se com os processos, as institui��es, os mercados e os instrumentos associados � transfer�ncia de dinheiro entre indiv�duos, empresas e �rg�os governamentais (GITMAM, 2005).

Tamb�m, conforme Gitmam (2005):

Consequentemente, pessoas de todas as �reas de responsabilidade dentro de uma empresa s�o for�adas a interagir com o pessoal de finan�as e os procedimentos da �rea financeira para executar suas tarefas. Para que o pessoal da �rea de finan�as possa fazer previs�es uteis e tomar decis�es, deve estar disposto e ser capaz de se comunicar com pessoas de outras �reas (GITMAM, 2005).

Gitmam (2002), define a administra��o como:Administra��o financeira, enquanto fun��o da Administra��o consiste em oferecer uma vis�o dos fluxos de caixa operacionais, de investimento e financiamento da empresa e conciliar tais fluxos com as varia��es dos saldos de caixa e aplica��es em t�tulos negoci�veis nesse per�odo. (GUITMAN, 2002, p.40).

A Administra��o Financeira � o recurso, a �rea utilizada pela diretoria para se

manter informada da vida econ�mica da empresa. Atrav�s dela os s�cios e diretores

tem conhecimentos dos recursos de curto, m�dio e longo prazo que a empresa pode

utilizar para liquidar seus compromissos e com isso se firmar, cada vez mais, como

uma empresa lucrativa neste competitivo mercado de trabalho.

Para Groppelli (2005, p. 03), ”dentro da �rea da administra��o financeira, as

finan�as s�o a aplica��o de uma s�rie de princ�pios econ�micos e financeiros para

maximizar a riqueza ou o valor total de um neg�cio”.

Função da administração financeira

Com os constantes avan�os tecnol�gicos que o mundo moderno nos

proporciona, � comum que as empresas invistam cada vez mais neste recurso. “Nos

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�ltimos anos, as mudan�as no ambiente econ�mico e regulat�rio elevaram a

import�ncia e a complexidade das responsabilidades do administrador financeiro”

(GITMAN, 2002 p. 04).

Outra importante tend�ncia a ser levado em considera��o � a globaliza��o

das atividades empresariais. Hoje, o crescimento empresarial do Brasil �

reconhecido e muito considerado diante do mundo e, com isso cada vez mais cresce

a necessidade de aperfei�oamento e investimento nesta �rea.

Segundo Gitman (2005): O porte e a relev�ncia da fun��o de administra��o financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas empresas, a fun��o financeira geralmente � desempenhada pelo departamento de contabilidade. � medida que a empresa cresce, essa fun��o se transforma num departamento separado e ligado diretamente ao presidente da empresa, com a supervis�o do diretor financeiro (GITMAN, 2005).

Pode-se, ent�o, dizer que a principal fun��o da administra��o financeira �

servir de suporte � diretoria, para que esta invista com seguran�a as finan�as da

empresa, uma vez que a fun��o do gestor sempre � trabalhar para que a vida

financeira da empresa n�o sofra flutua��es inconvenientes. Os administradores

desenvolvem uma variedade de tarefas, tais como: or�amento, previs�es

financeiras, administra��o do caixa, administra��o do credito, analise de

investimentos e capta��o de fundos.

� muito comum ver-se nos altos escal�es das esferas dos governos, federal,

estadual e municipal, administradores financeiros. Eles de certa forma levam suas

experi�ncias como administradores para o desempenho de suas fun��es.

Logo, se pode concluir que a fun��o do administrador financeiro dentro de

uma empresa � vital. Em �ltima instancia � esse profissional que vai “gerir” toda a

vida econ�mica de uma empresa. � dele a responsabilidade para que a empresa se

mantenha em dias com os seus compromissos financeiros e possa ter sempre uma

economia estabilizada. Podemos dizer que uma empresa bem orientada

financeiramente � uma empresa dada ao sucesso.

Preocupações da administração financeira

Conforme Tozzini (2005, p. 05) “...a administra��o financeira estar�

preocupada ent�o com dois aspectos distintos”.

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a) Gerencia dos recursos – normalmente a responsabilidade � da tesouraria

e tem como evidencia as contas a pagar, contas a receber e sua

solidifica��o no fluxo do caixa. “Sua atua��o em grande parte, est� muito

mais no curto prazo, devido ao dinamismo do mercado financeiro, as

flutua��es das taxas de juros, a montagem de estrat�gias de curto prazo.

De tal modo que a vis�o � financeira”.

b) Gerencia das Informa��es - normalmente a responsabilidade � da

Controladoria, tem como objetivo levantar elementos e analisar as

informa��es, como a de curto prazo e longo, tendo como responsabilidade

a elabora��o do or�amento anual da empresa, conhecido como

(BudjetFinance). “Foca sua vis�o mais para longo prazo, pois os acionistas

est�o sempre preocupados com o futuro de seu neg�cio e evidentemente

se o retorno continuar� sendo compensador. De tal forma que a vis�o �

econ�mica”.

Segundo Braga (1989):

Nas empresas de pequeno e m�dio porte, as atividades relacionadas com a fun��o financeira geralmente ficam sob a responsabilidade de um dos s�cios. N�o � raro essa pessoa acumular outras fun��es e relegar a �rea financeira a um segundo plano, preocupando-se basicamente com a administra��o das possibilidades. Nas grandes organiza��es, a fun��o financeira situa-se entre as mais relevantes e costuma ser desempenhada por tr�s executivos de alto n�vel: o Vice-Presidente de finan�as, o Diretor Tesoureiro e o Diretor de Controle. Tais cargos poder�o ter outras denomina��es: Diretor Financeiro e Gerentes Gerais ou Diretores Adjuntos de Finan�as e Controladoria (BRAGA, 1989, p.35-36).

Objetivos da administração financeira

Para Sanvicente (1987):

O objetivo principal impl�cito nas resolu��es da administra��o financeira � o maior rendimento poss�vel sobre a aplica��o realizada por pessoas ou institui��es caracterizadas como propriet�rio, acionistas ordin�rios, no caso de uma sociedade an�nima. (SANVICENTE 1987).

Contudo � feita um observa��o: o rendimento m�ximo, desde que n�o seja

afetada a liquidez da empresa.

Segundo Braga (1989)

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O objetivo principal da cada empresa � aumentar a riqueza de seus propriet�rios, essa riqueza representa o valor da empresa no mercado, ou seja, pelo valor que seria atingido na venda dos direitos da participa��o no seu capital social. (BRAGA 1989).

Com esse objetivo, n�o importa se a empresa � sociedade por a��es,

sociedade por quotas ou uma firma individual. Para cada empresa, os bons

resultados financeiros aumentar�o o valor de mercado do capital pr�prio do dono, e

os resultados ruins diminuir�o.

Relata Gitman (2000):Algumas pessoas acreditam que o objetivo dos propriet�rios � sempre a maximiza��o do lucro. Para atingir o objetivo de maximiza��o do lucro, o administrador financeiro toma apenas aquelas providencias que se espera ir�o dar maior contribui��o para a lucratividade total da empresa. (GITMAN, 2000, p. 16).

Administração do capital de giro

Segundo Souza, et.al, o capital de giro na gest�o financeira das empresas �

de fundamental import�ncia, haja vista estar relacionado diretamente com o ciclo

operacional e com o giro dos neg�cios.

A administra��o do capital de giro � muito �til para uma empresa que possui

um, ou v�rios recursos que giram em um determinado per�odo de tempo, onde �

prudente a monitora��o e controle destes montantes monet�rios, uma vez que a

inefici�ncia neste local � de veraz um preju�zo para a empresa.

Souza, et.al diz que, a administra��o do capital de giro abrange as contas dos

ativos e dos passivos circulantes. Uma empresa precisa manter um n�vel satisfat�rio

de capital de giro. Os ativos circulantes devem ser suficientemente consider�veis de

modo a cobrir seus passivos circulantes, garantindo-se, com isso, uma margem

razo�vel de seguran�a.

Segundo Oliveira (2009):

No caso de empresas de varejo, em que o ativo circulante responde pela maior parte dos investimentos realizados, e nas empresas de varejo eletr�nico, em que o ativo circulante chega a 80% do ativo total devido a menor necessidade de investimento em ativo fixo comparado com o varejo tradicional, a administra��o de capital de giro exerce papel fundamental na cria��o de recursos e na majora��o do retorno aos acionistas. (OLIVEIRA, 2009).

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Ainda conforme Oliveira (2008):A gest�o do capital de giro � extremamente din�mica exigindo a aten��o di�ria dos executivos financeiros, pois qualquer falha nesta �rea de atua��o poder� comprometer a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, saldar as dividas e prejudicar a sua rentabilidade (OLIVEIRA, 2008).

Com isso, uma administra��o eficiente e eficaz na �rea de capital de giro,

torna-se indispens�vel em qualquer empreendimento de hoje, sendo assim uma

fun��o important�ssima do administrador no quadro funcional da empresa.

Administração de disponibilidades

As disponibilidades resultantes do fluxo de caixa devem ser administradas

conscientemente pelo administrador, de forma a impelir a empresa ao lucro seguro e

liquidez eficiente dos d�ficits da receita.

Para Andrade; Cardoso (2012):A efic�cia do controle de caixa ou das disponibilidades coopera de maneira satisfat�ria para elevar ao m�ximo o lucro das empresas. Quando a tesouraria recebe ou paga as suas contas, as decis�es que geram os fluxos financeiros j� foram tomadas por outras �reas e nada ou pouco restar� ao tesoureiro para que possa incutir sobre esses fluxos de caixa (ANDRADE CARDOSO, 2010).

A administra��o de disponibilidade, segundo Sanvicente (1997), “bem

administrado, significar� uma boa interven��o no ponto nevr�lgico da fun��o

financeira, pois refere-se ao recurso que essa �rea preocupa-se em obter e

administrar para o adequado funcionamento da empresa como um todo”.

(SANVICENTE, 1997).

Segundo Rios (2011):

Desta forma, compete ao gestor financeiro uma boa gest�o dasdisponibilidades da empresa para que n�o prejudique a sua capacidade de solv�ncia. A empresa deve ter caixa suficiente para obter descontos comerciais; manter sua classifica��o de cr�dito; e atender a necessidade de caixa inesperada. (RIOS, 2011).

Conceituação do fluxo do caixa

O conceito de fluxo de caixa, ainda � uma inc�gnita no meio da

administra��o, sendo assim tratado de formas diferentes entre os pesquisadores e

administradores de empresas e institui��es de ensino. Mas, mesmo n�o havendo

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um conceito formado deste instrumento, � poss�vel ter uma s�ntese bem

concretizada do principal foco do fluxo de caixa.

Para Carneiro (2011):

O fluxo de caixa � um poderoso instrumento de planejamento financeiro, que estabelece proje��es atrav�s de informa��es detalhadas sobre as entradas e sa�das de recursos, trazendo um aux�lio pertinente �s necessidades financeiras de curto e longo prazo, demonstrando com anteced�ncia a real situa��o financeira da empresa e facilitando o controle dos custos e despesas de um determinado per�odo. (CARNEIRO, 2011).

Para um administrador obter um entendimento adequado da situa��o

financeira da empresa, e tamb�m promover um lucro, � preciso que haja uma

integra��o de todo o aparato administrativo do empreendimento com a ferramenta

de fluxo de caixa, desta forma, o fluxo de caixa � na verdade um conjunto de

informa��es que se completam com osobjetivos da diretoria, trazendo assim

estimativas e previs�es que ser�o �teis nas estrat�gias de mercado.

Segundo Pivetta (2005), diz que: O fluxo de caixa � uma demonstra��o din�mica, que oferece ao gerente financeiro uma bagagem de informa��es que o ajudar� na tomada de decis�es. Representa a previs�o, o controle e o registro de entradas e sa�das financeiras durante um determinado per�odo, contendo informa��es sobre a vida financeira da empresa. Atrav�s dele, obt�m-se as informa��es sobre o estado de liquidez da empresa; como utilizar seus recursos por um determinado per�odo; se h� capacidade da empresa aplicar recursos e/ou se h� necessidade de buscar um empr�stimo. (PIVETTA, 2005).

Demonstração do fluxo de caixa

Para que uma empresa possa obter �xitos em financiamentos ou

empr�stimos, ou mesmo transmitir seguran�a para investidores, � importante a

demonstra��o do fluxo de caixa. Por�m uma administra��o que possui falhas no

setor de fluxo de caixa e defici�ncias poder�, al�m de trazer preju�zos, levar a

empresa a um estado de deprecia��o em propor��es exponenciais.

“As informa��es hist�ricas do fluxo de caixa s�o extremamente importantes

para o planejamento futuro de qualquer empresa, onde atrav�s de proje��es, �

poss�vel construir cen�rios e se antecipar na execu��o das a��es”. (COSTA, 2011).

Para Carneiro (2011):No Brasil, o uso dessa Demonstra��o n�o � obrigat�rio, mas ap�s a emiss�o da Lei n� 6404/76, em 1999, todas as Sociedades por A��es com Patrim�nio L�quido igual ou maior de 20.000 ORTNs passaram a ser obrigadas a publicar a Demonstra��o das Origens e Aplica��es de

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Recursos (DOAR), o que refor�ava a possibilidade da Demonstra��o do Fluxo de Caixa (DFC) vir a ser obrigat�ria no Brasil (CARNEIRO, 2011).

Para os administradores, esta informa��o do fluxo de caixa n�o �

desperdi�ada, principalmente para com os acionistas, pois � uma das formas de ter

certeza da situa��o financeira da empresa, no presente e tamb�m no futuro. Por

meio da riqueza de detalhes que podem ser gerados na demonstra��o de fluxo de

caixa, � poss�vel o administrador projetar cen�rios prop�cios a investimentos, ou

empr�stimos, al�m de se proteger de poss�veis crises eminentes.

Segundo Gitman (2005): A demonstra��o de fluxos de caixa resume os movimentos de entrada e sa�da de caixa durante o per�odo considerado. Ela oferece uma vis�o dos fluxos de caixa operacionais, de investimento e financiamento da empresa e concilia tais fluxos com as varia��es dos saldos de caixa e aplica��es em t�tulos negoci�veis nesse per�odo. (GITMAN, 2005).

Instrumentos utilizados no processo de gestão financeira

A �rea de gest�o financeira abrange muitos aspectos, e disp�e de diversos

artificio para a administra��o gerir o setor financeiro das empresas. Os principais

instrumentos utilizados s�o basicamente o fluxo de caixa, e a demonstra��o de

resultados, ambos s�o de fundamental import�ncia para o administrador.

Segundo Ross (2002):

Grande parte das informa��es que obtemos provem de demonstra��es financeiras, e boa parte do trabalho de analise financeira consiste em extrair informa��o sob a forma de fluxo de caixa das demonstra��es financeiras dispon�veis. (ROSS, 2002, p. 27).

O fluxo de caixa � um instrumento eficaz para empresa que pretende ter um

controle de sa�das e entradas de recursos financeiros. � uma ferramenta de an�lise

financeira em curto prazo, e hoje com a grande competitividade no mercado, as

empresas n�o podem abrir m�o de uma ferramenta como esta. � muito importante

que uma empresa possa ter consci�ncia da import�ncia do fluxo de caixa a sua

disposi��o.

Conforme Gitman (1997), apud de Campos Filho:

O planejamento de caixa � a espinha dorsal da empresa. Sem ele n�o se saber� quando haver� caixa suficiente para sustentar as opera��es ou quanto se necessitar� de financiamentos banc�rios. Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de empr�stimos de

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�ltima hora poder�o perceber como � dif�cil encontrar bancos que as financie. (GITMAN, 1997, p.586).

Al�m da ferramenta fluxo de caixa, os administradores tamb�m t�m � sua

disposi��o os demonstrativos financeiros. Para GITMAN (2002, p. 13) “o

administrador financeiro analisa os demonstrativos cont�beis, desenvolve dados

adicionais e toma decis�es”.

Tomada de decisão

Para que administrador possa tomar suas decis�es com seguran�a, e em

beneficiamento a empresa, se faz muito importante a an�lise dos dados financeiros

adquiridos por meio das ferramentas administrativas financeiras.

Segundo GITMAN (2002, p. 13), “baseado em suas avalia��es acerca dos

riscos e retornos inerentes. O administrador financeiro utiliza esses dados, na forma

como se apresenta ou ap�s realizar alguns ajustes, e os toma como importante

insumo ao processo de tomada de decis�o”.

Basicamente existem dois tipos de decis�es:

a) Decis�es de Investimento – nessa o administrador financeiro determina a

combina��o e o tipo de ativos constantes do balan�o patrimonial da empresa. De

acordo Gitman (2002):

Essa atividade diz respeito ao lado esquerdo do balan�o. A combina��o refere-se ao montante de recursos aplicados em ativos circulantes e em ativos permanentes. Estabelecidas essas propor��es, o administrador financeiro deve fixar e tentar manter certos n�veis �timos para cada tipo de ativo circulante. Deve tamb�m decidir quais s�o os melhores ativos permanentes e adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substitu�dos ou liquidados. Essas decis�es s�o importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecu��o de seus objetivos. (GITMAN, 2002, , p. 14);

b) Decis�es de Financiamento – ainda segundo esse autor, essa atividade de

investimento relaciona-se com o lado direito patrimonial e envolve duas �reas

principais. Primeiro, a combina��o mais apropriada entre financiamentos a curto e a

longo prazo deve ser estabelecida. Uma segunda preocupa��o, igualmente

importante, � que fontes individuais de financiamento, a curto e longo prazos, s�o as

melhores, em um dado instante. Muitas dessas decis�es s�o ditadas pela

necessidade, mas algumas requerem uma an�lise aprofundada das alternativas de

financiamento dispon�veis, de seus custos e suas implica��es a longo prazo.

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Novamente, � o efeito dessas decis�es na realiza��o dos objetivos da empresa que

realmente importa.

ANÁLISE DOS DADOS

Ap�s a coleta dos dados, � necess�rio analis�-los. Esta an�lise � de suma

import�ncia porque proporciona resposta �s investiga��es desse estudo.

De acordo com Marconi e Lakatos (2005, p. 169) an�lise dos dados “... � a

tentativa de evidenciar as rela��es existentes entre o fen�meno estudado e outros

fatores”.

Ainda para Gil (1996, p. 123):

[...] para o estudo de caso n�o se pode falar em etapas que devem ser observadas no processo de an�lise e interpreta��o dos dados. Isto tende a provocar duas situa��es distintas, mas igualmente desfavor�veis para a pesquisa. A primeira consiste em finalizar a pesquisa com a simples apresenta��o dos dados coletados. A Segunda consiste em partir dos dados diretamente para a interpreta��o, ou seja, a procura dos mais amplos significados que os dados possam ter (GIL, 1996, p.123).

O presente trabalho cient�fico, sendo um estudo de caso, pode passar �

pesquisadora uma ilus�o quanto � certeza das suas conclus�es, portanto Gil (1996,

p. 123) ressalta que “... para evitar esses problemas, conv�m que o pesquisador

defina antecipadamente o seu plano de an�lise. Este plano deve considerar as

limita��es dos dados obtidos, sobretudo referente � qualidade da amostra”.

A an�lise dos dados permitiu responder �s indaga��es do estudo e

estabeleceu as rela��es necess�rias entre os dados e as hip�teses. A partir das

respostas, as hip�teses foram comprovadas ou negadas.

Análise dos resultados

No decorrer do m�s de setembro foi feita a entrevista com os principais

envolvidos na gest�o financeira da empresa estudada. Saliente-se de que n�o �

muito f�cil chegar numa empresa e falar da parte financeira. Portanto todos os

assuntos abordados aqui, s�o representativos e omitem-se valores e modelos, uma

vez que a empresa n�o permite que essas informa��es sejam fornecidas, nem

mesmo simula��es que por ventura transparecer valores da empresa. A entrevista

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apenas levantou informa��es sobre a import�ncia do Fluxo de Caixa como

instrumento de planejamento financeiro.

Ent�o as entrevistas tiveram como foco central a utilidade do Fluxo de Caixa

para a Brasilac no seu processo de gest�o financeira que segundo os entrevistados

na empresa Brasilac o controle do Fluxo de Caixa normalmente � subordinado ao

Diretor Executivo, Diretor Financeiro, ao Gerente Financeiro e ao Contador, porque

s�o estas pessoas que est�o envolvidas diretamente nos processos decis�rios,

sejam eles de rotina administrativa e sustentabilidade ou de investimento como

afirma Sanvicente.

Ao se perguntar quais instrumentos s�o utilizados para a tomada de decis�o,

prontamente todos afirmam que � o Fluxo de Caixa em primeiro lugar, para depois,

vir outros instrumentos, isto porque se os fluxos de caixa forem otimizados, reduz a

necessidade de correr atr�s de capital de giro. Al�m disso, o Fluxo de caixa � o

instrumento que permite ao administrador financeiro: planejar, organizar, dirigir e

controlar os recursos financeiros para um determinado per�odo de tempo e deste

modo demonstrando ou fornecendo informa��es para investimentos, pois as sobras

di�rias podem ser um alavancador ou protetor de novos investimentos.

Como se v�, para os entrevistados, fica claro que o Fluxo de Caixa � o

principal instrumento mais usado para definir a capacidade de investimentos da

empresa.

Outra pergunta que foi feita aos entrevistados �: “para verificar se a empresa

necessita de recursos financeiros, atrav�s da obten��o de financiamento, quais s�o

os instrumentos financeiros utilizados, e a resposta � atrav�s do Fluxo de Caixa

Di�rio, porque ele mostra o movimento de entrada e sa�da de dinheiro na empresa e

deste modo o fluxo de caixa mais uma vez j� se justifica, isto porque o fluxo de caixa

“mede as necessidades futuras de recursos, a capacidade de pagamento pontual

dos compromissos assumidos, bem como a disponibilidade para investimentos”.

A pergunta que encerra a entrevista e que foi formulada � se a empresa

Brasilac � saber quais s�o os instrumentos financeiros utilizados para projetar a

capacidade de honrar seus compromissos com terceiros, com folha de pagamentos

e os demais compromissos. Os entrevistados respondem que � utilizado o Fluxo de

caixa porque � um instrumento que permite avaliar o dia a dia da empresa e

possibilita que o gestortomar decis�es se caso houver atrasos no recebimentos de

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t�tulos, qual o valor das vendas e em que datas deve-se considerar, quando o fluxo

acumulado for negativo qual a solu��o a ser aplicada, enfim o fluxo de caixa � um

planejamento do uso do dinheiro na empresa. Segundo os entrevistados o Fluxo de

Caixa deve permanecer em cima da mesa dos gestores para que a todo o momento

esteja sendo trabalhado para evitar sobressaltos financeiros, e mesmo assim ainda

ocorrem disfun��es porque a empresa � muito din�mica e a todo o momento �

preciso correr para atender a uma necessidade emergencial n�o prevista.

Quanto a periodicidade na empresa Brasilac o Fluxo de Caixa � di�rio, mas

tem um per�odo de proje��o de uma semana, que � o mais pr�ximo poss�vel, mas

sempre elabora-se para dois a tr�s meses, dependendo das necessidades. E a toda

semana ele � revisado e atualizado, trazendo sempre para a semana atual e

projetando mais uma semana l� no final.

O Fluxo de Caixa � um instrumento que ajuda na gest�o da empresa porque

orienta os gastos, bem como os investimentos, e evidentemente,que as decis�es

tomadas v�o impactar no resultado no final do ano. Ent�o entende-se o Fluxo de

caixa � s� um instrumento de planejamento financeiro, mas � uma ferramenta de

planejamento que sistematiza o uso dos recursos financeiros da empresa e que

sinaliza sinais de alerta, evitando que hajam desajustes estruturais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o Fluxo de Caixa na Brasilac � um instrumento de

planejamento financeiro e que se bem administrado, embora acontecem, “corridas”

emergenciais no dia a dia em fun��o da rapidez e da din�mica da empresa, ele � um

orientador e ajuda muito no desempenho da empresa como um todo.

Um caso citado, � quanto as vendas, v�-se que atrav�s do fluxo de caixa �

poss�vel ativar o departamento de vendas para maior incremento quando estas n�o

est�o num n�vel satisfat�rio, ou em caso de gest�o do contas a receber. O fluxo de

caixa mostra velocidade deve-se atuar no setor de cobran�a e at� mesmo o �ndice

de inadimpl�ncia, pois na previs�o de entradas � poss�vel separar lotes por prazos

de recebimento, at� 30 dias, 45 dias, 60, 90 dias, mais de 90 dias, e assim por

diante.

A id�ia � que quanto mais r�pido a empresa receba seus valores, menos ela

precisa recorrer a bancos e menos encargos ela paga, por conseq��ncia

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possibilidade de aumentar lucros no final do ano. E assim outras situa��es, dinheiro

sobrando em caixa, por exemplo, o que vai ser feito, que tipo de aplica��o que vai

render mais e vai ter maior liquidez. Isso o Fluxo de caixa tamb�m ajuda.

REFERÊNCIAS

BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. S�o

Paulo: Atlas, 1989.

CARDOSO, F. P. P. A. O Fluxo De Caixa Como Ferramenta De Auxilio Ao

Administrador Financeiro Para Melhoria Dos Processos Na Organização. FA7.

Fortaleza: 2010.

CARNEIRO, R. B. O Fluxo De Caixa Como Instrumento De Gerenciamento

Financeiro Nas Empresas. FacUnicamps. Goi�nia: 2011.

GIL, Ant�nio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. S�o Paulo:

Atlas, 2010.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7 ed. S�o Paulo:

Harpa, 2002.

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GROPPELLI, A. A. e EHSAN, Nikbakht. Administração Financeira. Tradu��o C�lio

Knipel Moreira. 2 ed. S�o Paulo: Saraiva, 2005.

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S�o Paulo: Atlas, 2005.

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empresarial: minimiza��o do ciclo de caixa a partir da gest�o do ciclo operacional.

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ROOS, Stephen A. Administração Financeira. 2 ed. S�o Paulo: Atlas, 2002.

RIOS, D. G. Fluxos de caixa nas organizações. UNIPAM. Patos de Minas: 2011.

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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em

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O FLUXO DE CAIXA NO PLANEJAMENTO FINANCEIRO PARA OBTEN��O DERESULTADOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE LATIC�NIOS DE

DOM AQUINO – MT

ANDRADE, Crislaine Barcelo1

OLIVEIRA, Braz da Silva2

JESUS, Esdras Warley Nunes de3

RESUMO: A lucratividade das empresas j� n�o � mais definida com a for�a bruta de seu servi�o prestado, mas sim de uma s�rie de fatores administrativos que interagem entre si, formando uma gest�o s�lida que ir� eficientemente levar o empreendimento a um n�vel organizacional lucrativo. Um desses fatores � a administra��o financeira, onde se torna claro a sua miss�o junto ao corpo administrativo. A administra��o do fluxo de caixa � muito importante para a administra��o financeira e consequentemente para a empresa, pois o gerenciamento dos recursos, a entrada e sa�da destes, � algo que se deve ter grande controle e cuidado, a fim de propiciar agilidade e seguran�a nas tomadas de decis�es no corpo administrativo. Este trabalho tem como tema o fluxo de caixa no planejamento financeiro para obten��o de lucro. A pesquisa foi realizada em uma empresa de latic�nios de Dom Aquino - MT e os resultados obtidos mostraram que existe uma diferen�a significativa no exerc�cio do fluxo de caixa. PALAVRAS-CHAVE: fluxo de caixa; administra��o financeira; finan�as; administra��o. Recursos.

INTRODU��O

Em virtude das constantes mudan�as ocorridas neste s�culo, devido aos

avan�os tecnol�gicos. As empresas est�o cada vez mais preocupadas com a sua

sobreviv�ncia neste novo cen�rio, pois elas necessitam se adaptar aos meios

tecnol�gicos, para assim prestar informa��es precisas e com rapidez, dessa forma a

competitividade est� cada vez mais acirrada, e para uma empresa se manter s�lida

no mercado se torna uma tarefa dif�cil.

1 Graduada em Administra��o pela Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale do S�o Louren�o – EDUVALE.2 Possui gradua��o em Ci�ncias Econ�micas pela Universidade Cat�lica Dom Bosco. Especializa��o em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade de Cuiab�. Mestrado em Desenvolvimento Local pela Universidade Cat�lica Dom Bosco. Atualmente, docente na Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale do S�o Louren�o – EDUVALE. E-mail: [email protected] Especialista em Auditoria, Controladoria e Gest�o. Graduado em Administra��o de Empresas. Docente de Administra��o Financeira e Or�ament�ria, Agroneg�cio, Rela��es Internacionais e Administra��o de Marketing e Servi�os pela Faculdade de Ci�ncias Sociais Aplicadas do Vale do S�o Louren�o – EDUVALE. E-mail: [email protected]

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A lucratividade das empresas j� n�o � mais definida com a for�a bruta de seu

servi�o prestado, mas sim de uma s�rie de fatores administrativos que interagem

entre si, formando uma gest�o s�lida que ir� eficientemente levar o empreendimento

a um n�vel organizacional lucrativo. Um desses fatores � a administra��o financeira,

onde se torna claro a sua miss�o junto ao corpo administrativo.

Sendo o setor da administra��o financeira um �rg�o que est� ligado

diretamente aos rendimentos e despesas da empresa, torna-se um setor que

merece uma aten��o especial, pois n�o � apenas monitorar as entradas e sa�das de

recursos, mas sim desenvolver estrat�gias de lucros e despesas que conduz a

empresa � otimiza��o de seus recursos e lucratividade de toda a corpora��o.

Contudo, um empreendimento s� poder� sobressair no mercado, se houver

uma integra��o concreta entre o setor financeiro e os demais setores

administrativos, que por sua vez tamb�m desempenham um papel importante na

empresa.

Sabendo disso, se torna relevante aprimorar e aprofundar o conhecimento na

administra��o financeira da BRASILAC LATIC�NIOS – Ind�stria e Com�rcio de

Latic�nios do Vale do S�o Louren�o Ltda., situada na Rodovia MT 344, Km 23,

Distrito Industrial, Dom Aquino – MT.

METODOLOGIA

Em todo trabalho cient�fico o m�todo assume import�ncia fundamental porque

segundo Marconi e Lakatos (2005, p.83) “... o m�todo � o conjunto das atividades

sistem�ticas e racionais que, com maior seguran�a e economia, permite alcan�ar o

objetivo, tra�ando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as

decis�es do cientista”.

A escolha do m�todo a ser utilizado na pesquisa deve-se relacionar

diretamente com a situa��o problem�tica proposta. Os m�todos s�o moldados de

acordo com o objetivo do trabalho cient�fico e com os resultados que se busca

alcan�ar com a pesquisa.

As pesquisas cient�ficas n�o utilizam apenas um m�todo; dependendo de sua

abrang�ncia, podem empregar todas as t�cnicas necess�rias para delinear o

estudo.

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Este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso que �, de acordo com

Gil (1996, p. 58) “... estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de

maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente

imposs�vel mediante os outros delineamentos considerados”. O estudo de caso � um

m�todo de pesquisa e � definido por Young (1960) apud Gil (1996):

[...] um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do processo social de uma unidade, em suas v�rias rela��es internas e nas suas fixa��es culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma fam�lia, um profissional, uma institui��o social, uma comunidade ou uma na��o. (YOUNG, 1960 apud GIL, 1996, p. 59).

Outro conceito para estudo de caso � o de Vergara (2005, p. 49), que diz o

seguinte: “... estudo de caso � o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas

essas como pessoa, empresa, �rg�o p�blico, comunidade ou mesmo pa�s. Tem

car�ter de profundidade e detalhamento. Pode ou n�o ser realizado no campo”.

Como qualquer m�todo cient�fico, o estudo de caso apresenta vantagens e

limita��es. Segundo Gil (1996, p. 59) as vantagens do estudo de caso s�o:

a) O est�mulo a novas descobertas. Em virtude da flexibilidade do

planejamento do estudo de caso, o pesquisador, mant�m-se atento a

novas descobertas. Ao longo da pesquisa, o pesquisador pode-se

deparar com aspectos importantes para a solu��o do problema e que

antes n�o eram previstos.

b) A �nfase na totalidade. O pesquisador abrange todas as dimens�es do

problema, focaliza-o como um todo. N�o se limita � an�lise individual.

c) A simplicidade dos procedimentos. A coleta e an�lise de dados s�o

bastante simples, pois utilizam uma linguagem e uma forma mais

acess�vel que os demais relat�rios.

Seguindo as considera��es feitas por Gil (1996, p. 60), “o estudo de caso

tamb�m apresenta limita��es, das quais a mais grave � a dificuldade de

generaliza��o dos resultados, pois pode ocorrer que a unidade em estudo seja

at�pica �s muitas de sua esp�cie”.

Este estudo de caso assume predominantemente a natureza qualitativa, para

se estudar como a Gest�o financeira utilizando o Fluxo de Caixa contribui

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paraobten��o de resultados na Empresa Brasilac Latic�nios. O m�todo quantitativo,

como o pr�prio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantifica��o, tanto

nas modalidades de coleta de informa��es quanto no tratamento dessas, atrav�s de

t�cnicas estat�sticas descritivas e simples (como percentual, m�dia, desvio-padr�o).

Para a coleta de dados, ser� utilizado um aplicada uma entrevista, a gerentes,

supervisores e coordenadores, especialmente a quem exerce fun��o financeira.

A metodologia adotada ser� a pesquisa de estudo de caso, com

caracter�sticas qualitativas constitu�das com principais artigos que possuem obras

relacionadas ao assunto: pesquisa documental, analisando as v�rias opini�es, que

consiste em analisar e identificar a import�ncia do planejamento financeiro para o

crescimento da empresa.

Fora feito a pesquisa documental

Tem – se como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, n�o s� de documentos impressos, mais sobre tudo de outros tipos de documentos, tais como jornais, fotos, filmes, grava��es, documentos legais. (SEVERINO, 2010, p. 123)

Eleita a pesquisa de estudo de caso, o instrumento usado ser� pesquisas

feitas atrav�s de grandes autores, e entrevistas com o Gerente Financeiro, e para

coleta de dados ser� utilizado question�rios.

O estudo caso pesquisado abrange todas as bibliografias tornada a publica em rela��o ao estudo, livros, jornais, revistas, como tamb�m explorar novos conhecimentos onde os problemas n�o se cristalizaram suficientemente.” (LAKATOS, 2007, p.66.)

O objeto de estudo dessa pesquisa se baseia em demonstrar a import�ncia

do planejamento financeiro para o crescimento e exist�ncia da empresa.

Em tempos de grande evolu��o e inova��o no mercado, as empresas

encontram grande dificuldade para continuar ativa e com sucesso diante das demais

empresas.

O planejamento financeiro � uma ferramenta de suma import�ncia para que a

empresa cres�a e continue no mercado, pois muitos empreendedores querem ter

seu pr�prio neg�cio, por�m n�o tem conhecimento de como administrar uma

empresa e quais as ferramentas que devem ser utilizadas no processo

administrativo.

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O processo de planejamento financeiro oferece roteiros para se atingir os

objetivos da empresa. Al�m de oferecer uma estrutura para coordenar as diversas

atividades e atua como um mecanismo de controle estabelecendo um padr�o de

desempenho contra a qual � poss�vel avaliar os eventos reais e buscar antecipar a

visualiza��o dos poss�veis resultados da organiza��o.

O fluxo de caixa � um dos meios para que se possa perceber a situa��o do

caixa da empresa.

ADMINISTRAÇÃO MODERNA CONTEMPORÂNEA

A administra��o moderna surgiu no in�cio do s�culo XX, por conta da

publica��o das experi�ncias dos engenheiros Frederick Winslow Taylor e Henry

Fayol, dois engenheiros pioneiros da administra��o. O primeiro se filia a escola da

Administra��o Cientifica com a preocupa��o de aumentar a efici�ncia na ind�stria

por meio de racionaliza��o de funcion�rios e Henry Fayol, um franc�s, que se filia a

chamada Escola Cl�ssica da Administra��o, com intuito de aumentar a efici�ncia por

meios da aplica��o dos princ�pios gerais da administra��o.

A administra��o moderna veio com o intuito de fazer um diferencial dentro da

empresa moderna, pois a administra��o n�o existiria sem os conhecimentos

adquiridos atrav�s dos anos, atrav�s dela podemos chegar ao alto �ndice de

conhecimento para alcan�ar um elevado n�vel de produ��o.

� neste universo que se encontram as Cooperativas, como organiza��es de

produ��o de bens e servi�os que precisam ser administradas, talvez n�o com total

modelo inspirado somente no empresarial, mas, um misto em que o empresarial seja

um dos pilares e o outro seja o social, cumprindo assim com os princ�pios

cooperativos.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Talvez seja o setor mais delicado da empresa, depois da gest�o de pessoas,

por�m se liderar pessoas � complexo, imagine-se gerenciar a parte financeira da

empresa, uma vez que o dinheiro � “sangue” da empresa. Ent�o administrar

finan�as � aplicar conhecimentos ou princ�pios para maximizar a riqueza e isto

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significa obter lucros, mas � l�gico, n�o � s� atrav�s do financeiro que se gera

lucros.

Para Gitmam (2005):

[...] finan�as como a arte e a ci�ncia da gest�o do dinheiro. Praticamente todos os indiv�duos e organiza��es recebem ou levantam, gastam ou investem dinheiro. A �rea de finan�as preocupa-se com os processos, as institui��es, os mercados e os instrumentos associados � transfer�ncia de dinheiro entre indiv�duos, empresas e �rg�os governamentais (GITMAM, 2005).

Tamb�m, conforme Gitmam (2005):

Consequentemente, pessoas de todas as �reas de responsabilidade dentro de uma empresa s�o for�adas a interagir com o pessoal de finan�as e os procedimentos da �rea financeira para executar suas tarefas. Para que o pessoal da �rea de finan�as possa fazer previs�es uteis e tomar decis�es, deve estar disposto e ser capaz de se comunicar com pessoas de outras �reas (GITMAM, 2005).

Gitmam (2002), define a administra��o como:Administra��o financeira, enquanto fun��o da Administra��o consiste em oferecer uma vis�o dos fluxos de caixa operacionais, de investimento e financiamento da empresa e conciliar tais fluxos com as varia��es dos saldos de caixa e aplica��es em t�tulos negoci�veis nesse per�odo. (GUITMAN, 2002, p.40).

A Administra��o Financeira � o recurso, a �rea utilizada pela diretoria para se

manter informada da vida econ�mica da empresa. Atrav�s dela os s�cios e diretores

tem conhecimentos dos recursos de curto, m�dio e longo prazo que a empresa pode

utilizar para liquidar seus compromissos e com isso se firmar, cada vez mais, como

uma empresa lucrativa neste competitivo mercado de trabalho.

Para Groppelli (2005, p. 03), “dentro da �rea da administra��o financeira, as

finan�as s�o a aplica��o de uma s�rie de princ�pios econ�micos e financeiros para

maximizar a riqueza ou o valor total de um neg�cio”.

Função da administração financeira

Com os constantes avan�os tecnol�gicos que o mundo moderno nos

proporciona, � comum que as empresas invistam cada vez mais neste recurso. “Nos

�ltimos anos, as mudan�as no ambiente econ�mico e regulat�rio elevaram a

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import�ncia e a complexidade das responsabilidades do administrador financeiro”

(GITMAN, 2002 p. 04).

Outra importante tend�ncia a ser levado em considera��o � a globaliza��o

das atividades empresariais. Hoje, o crescimento empresarial do Brasil �

reconhecido e muito considerado diante do mundo e, com isso cada vez mais cresce

a necessidade de aperfei�oamento e investimento nesta �rea.

Segundo Gitman (2005):

O porte e a relev�ncia da fun��o de administra��o financeira dependem do tamanho da empresa. Nas pequenas empresas, a fun��o financeira geralmente � desempenhada pelo departamento de contabilidade. � medida que a empresa cresce, essa fun��o se transforma num departamento separado e ligado diretamente ao presidente da empresa, com a supervis�o do diretor financeiro (GITMAN, 2005).

Pode-se, ent�o, dizer que a principal fun��o da administra��o financeira �

servir de suporte � diretoria, para que esta invista com seguran�a as finan�as da

empresa, uma vez que a fun��o do gestor sempre � trabalhar para que a vida

financeira da empresa n�o sofra flutua��es inconvenientes. Os administradores

desenvolvem uma variedade de tarefas, tais como: or�amento, previs�es

financeiras, administra��o do caixa, administra��o do credito, analise de

investimentos e capta��o de fundos.

� muito comum ver-se nos altos escal�es das esferas dos governos, federal,

estadual e municipal, administradores financeiros. Eles de certa forma levam suas

experi�ncias como administradores para o desempenho de suas fun��es.

Logo, se pode concluir que a fun��o do administrador financeiro dentro de

uma empresa � vital. Em �ltima instancia � esse profissional que vai “gerir” toda a

vida econ�mica de uma empresa. � dele a responsabilidade para que a empresa se

mantenha em dias com os seus compromissos financeiros e possa ter sempre uma

economia estabilizada. Podemos dizer que uma empresa bem orientada

financeiramente � uma empresa dada ao sucesso.

Preocupações da administração financeira

Conforme Tozzini (2005, p. 05) “...a administra��o financeira estar�

preocupada ent�o com dois aspectos distintos”.

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a) Gerencia dos recursos – normalmente a responsabilidade � da tesouraria

e tem como evidencia as contas a pagar, contas a receber e sua

solidifica��o no fluxo do caixa. “Sua atua��o em grande parte, est� muito

mais no curto prazo, devido ao dinamismo do mercado financeiro, as

flutua��es das taxas de juros, a montagem de estrat�gias de curto prazo.

De tal modo que a vis�o � financeira”.

b) Gerencia das Informa��es - normalmente a responsabilidade � da

Controladoria, tem como objetivo levantar elementos e analisar as

informa��es, como a de curto prazo e longo, tendo como responsabilidade

a elabora��o do or�amento anual da empresa, conhecido como

(BudjetFinance). “Foca sua vis�o mais para longo prazo, pois os acionistas

est�o sempre preocupados com o futuro de seu neg�cio e evidentemente

se o retorno continuar� sendo compensador. De tal forma que a vis�o �

econ�mica”.

Segundo Braga (1989):

Nas empresas de pequeno e m�dio porte, as atividades relacionadas com a fun��o financeira geralmente ficam sob a responsabilidade de um dos s�cios. N�o � raro essa pessoa acumular outras fun��es e relegar a �rea financeira a um segundo plano, preocupando-se basicamente com a administra��o das possibilidades. Nas grandes organiza��es, a fun��o financeira situa-se entre as mais relevantes e costuma ser desempenhada por tr�s executivos de alto n�vel: o Vice-Presidente de finan�as, o Diretor Tesoureiro e o Diretor de Controle. Tais cargos poder�o ter outras denomina��es: Diretor Financeiro e Gerentes Gerais ou Diretores Adjuntos de Finan�as e Controladoria (BRAGA, 1989, p.35-36).

Objetivos da administração financeira

Para Sanvicente (1987):

O objetivo principal impl�cito nas resolu��es da administra��o financeira � o maior rendimento poss�vel sobre a aplica��o realizada por pessoas ou institui��es caracterizadas como propriet�rio, acionistas ordin�rios, no caso de uma sociedade an�nima. (SANVICENTE 1987).

Contudo � feita um observa��o: o rendimento m�ximo, desde que n�o seja

afetada a liquidez da empresa.

Segundo Braga (1989)

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O objetivo principal da cada empresa � aumentar a riqueza de seus propriet�rios, essa riqueza representa o valor da empresa no mercado, ou seja, pelo valor que seria atingido na venda dos direitos da participa��o no seu capital social. (BRAGA 1989).

Com esse objetivo, n�o importa se a empresa � sociedade por a��es,

sociedade por quotas ou uma firma individual. Para cada empresa, os bons

resultados financeiros aumentar�o o valor de mercado do capital pr�prio do dono, e

os resultados ruins diminuir�o.

Relata Gitman (2000):

Algumas pessoas acreditam que o objetivo dos propriet�rios � sempre a maximiza��o do lucro. Para atingir o objetivo de maximiza��o do lucro, o administrador financeiro toma apenas aquelas providencias que se espera ir�o dar maior contribui��o para a lucratividade total da empresa. (GITMAN, 2000, p. 16).

Administração do capital de giro

Segundo Souza, et.al, o capital de giro na gest�o financeira das empresas �

de fundamental import�ncia, haja vista estar relacionado diretamente com o ciclo

operacional e com o giro dos neg�cios.

A administra��o do capital de giro � muito �til para uma empresa que possui

um, ou v�rios recursos que giram em um determinado per�odo de tempo, onde �

prudente a monitora��o e controle destes montantes monet�rios, uma vez que a

inefici�ncia neste local � de veraz um preju�zo para a empresa.

Souza, et.al diz que, a administra��o do capital de giro abrange as contas dos

ativos e dos passivos circulantes. Uma empresa precisa manter um n�vel satisfat�rio

de capital de giro. Os ativos circulantes devem ser suficientemente consider�veis de

modo a cobrir seus passivos circulantes, garantindo-se, com isso, uma margem

razo�vel de seguran�a.

Segundo Oliveira (2009):

No caso de empresas de varejo, em que o ativo circulante responde pela maior parte dos investimentos realizados, e nas empresas de varejo eletr�nico, em que o ativo circulante chega a 80% do ativo total devido a menor necessidade de investimento em ativo fixo comparado com o varejo tradicional, a administra��o de capital de giro exerce papel fundamental na cria��o de recursos e na majora��o do retorno aos acionistas. (OLIVEIRA, 2009).

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Ainda conforme Oliveira (2008):

A gest�o do capital de giro � extremamente din�mica exigindo a aten��o di�ria dos executivos financeiros, pois qualquer falha nesta �rea de atua��o poder� comprometer a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, saldar as dividas e prejudicar a sua rentabilidade (OLIVEIRA, 2008).

Com isso, uma administra��o eficiente e eficaz na �rea de capital de giro,

torna-se indispens�vel em qualquer empreendimento de hoje, sendo assim uma

fun��o important�ssima do administrador no quadro funcional da empresa.

Administração de disponibilidades

As disponibilidades resultantes do fluxo de caixa devem ser administradas

conscientemente pelo administrador, de forma a impelir a empresa ao lucro seguro e

liquidez eficiente dos d�ficits da receita.

Para Andrade; Cardoso (2012):

A efic�cia do controle de caixa ou das disponibilidades coopera de maneira satisfat�ria para elevar ao m�ximo o lucro das empresas. Quando a tesouraria recebe ou paga as suas contas, as decis�es que geram os fluxos financeiros j� foram tomadas por outras �reas e nada ou pouco restar� ao tesoureiro para que possa incutir sobre esses fluxos de caixa (ANDRADE CARDOSO, 2010).

A administra��o de disponibilidade, segundo Sanvicente (1997), “bem

administrado, significar� uma boa interven��o no ponto nevr�lgico da fun��o

financeira, pois se refere ao recurso que essa �rea preocupa-se em obter e

administrar para o adequado funcionamento da empresa como um todo”.

(SANVICENTE, 1997).

Segundo Rios (2011):

Desta forma, compete ao gestor financeiro uma boa gest�o dasdisponibilidades da empresa para que n�o prejudique a sua capacidade de solv�ncia. A empresa deve ter caixa suficiente para obter descontos comerciais; manter sua classifica��o de cr�dito; e atender a necessidade de caixa inesperada. (RIOS, 2011).

Conceituação do fluxo do caixa

O conceito de fluxo de caixa, ainda � uma inc�gnita no meio da

administra��o, sendo assim tratado de formas diferentes entre os pesquisadores e

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administradores de empresas e institui��es de ensino. Mas, mesmo n�o havendo

um conceito formado deste instrumento, � poss�vel ter uma s�ntese bem

concretizada do principal foco do fluxo de caixa.

Para Carneiro (2011):

O fluxo de caixa � um poderoso instrumento de planejamento financeiro, que estabelece proje��es atrav�s de informa��es detalhadas sobre as entradas e sa�das de recursos, trazendo um aux�lio pertinente �s necessidades financeiras de curto e longo prazo, demonstrando com anteced�ncia a real situa��o financeira da empresa e facilitando o controle dos custos e despesas de um determinado per�odo. (CARNEIRO, 2011).

Para um administrador obter um entendimento adequado da situa��o

financeira da empresa, e tamb�m promover um lucro, � preciso que haja uma

integra��o de todo o aparato administrativo do empreendimento com a ferramenta

de fluxo de caixa, desta forma, o fluxo de caixa � na verdade um conjunto de

informa��es que se completam com osobjetivos da diretoria, trazendo assim

estimativas e previs�es que ser�o �teis nas estrat�gias de mercado.

Segundo Pivetta (2005), diz que:

O fluxo de caixa � uma demonstra��o din�mica, que oferece ao gerente financeiro uma bagagem de informa��es que o ajudar� na tomada de decis�es. Representa a previs�o, o controle e o registro de entradas e sa�das financeiras durante um determinado per�odo, contendo informa��es sobre a vida financeira da empresa. Atrav�s dele, obt�m-se as informa��es sobre o estado de liquidez da empresa; como utilizar seus recursos por um determinado per�odo; se h� capacidade da empresa aplicar recursos e/ou se h� necessidade de buscar um empr�stimo. (PIVETTA, 2005).

Demonstração do fluxo de caixa

Para que uma empresa possa obter �xitos em financiamentos ou

empr�stimos, ou mesmo transmitir seguran�a para investidores, � importante a

demonstra��o do fluxo de caixa. Por�m uma administra��o que possui falhas no

setor de fluxo de caixa e defici�ncias poder�, al�m de trazer preju�zos, levar a

empresa a um estado de deprecia��o em propor��es exponenciais.

“As informa��es hist�ricas do fluxo de caixa s�o extremamente importantes

para o planejamento futuro de qualquer empresa, onde atrav�s de proje��es, �

poss�vel construir cen�rios e se antecipar na execu��o das a��es”. (COSTA, 2011).

Para Carneiro (2011):

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No Brasil, o uso dessa Demonstra��o n�o � obrigat�rio, mas ap�s a emiss�o da Lei n� 6404/76, em 1999, todas as Sociedades por A��es com Patrim�nio L�quido igual ou maior de 20.000 ORTNs passaram a ser obrigadas a publicar a Demonstra��o das Origens e Aplica��es de Recursos (DOAR), o que refor�ava a possibilidade da Demonstra��o do Fluxo de Caixa (DFC) vir a ser obrigat�ria no Brasil (CARNEIRO, 2011).

Para os administradores, esta informa��o do fluxo de caixa n�o �

desperdi�ada, principalmente para com os acionistas, pois � uma das formas de ter

certeza da situa��o financeira da empresa, no presente e tamb�m no futuro. Por

meio da riqueza de detalhes que podem ser gerados na demonstra��o de fluxo de

caixa, � poss�vel o administrador projetar cen�rios prop�cios a investimentos, ou

empr�stimos, al�m de se proteger de poss�veis crises eminentes.

Segundo Gitman (2005):

A demonstra��o de fluxos de caixa resume os movimentos de entrada e sa�da de caixa durante o per�odo considerado. Ela oferece uma vis�o dos fluxos de caixa operacionais, de investimento e financiamento da empresa e concilia tais fluxos com as varia��es dos saldos de caixa e aplica��es em t�tulos negoci�veis nesse per�odo. (GITMAN, 2005).

Instrumentos utilizados no processo de gestão financeira

A �rea de gest�o financeira abrange muitos aspectos, e disp�e de diversos

artificio para a administra��o gerir o setor financeiro das empresas. Os principais

instrumentos utilizados s�o basicamente o fluxo de caixa, e a demonstra��o de

resultados, ambos s�o de fundamental import�ncia para o administrador.

Segundo Ross (2002):

Grande parte das informa��es que obtemos provem de demonstra��es financeiras, e boa parte do trabalho de analise financeira consiste em extrair informa��o sob a forma de fluxo de caixa das demonstra��es financeiras dispon�veis. (ROSS, 2002, p. 27).

O fluxo de caixa � um instrumento eficaz para empresa que pretende ter um

controle de sa�das e entradas de recursos financeiros. � uma ferramenta de an�lise

financeira em curto prazo, e hoje com a grande competitividade no mercado, as

empresas n�o podem abrir m�o de uma ferramenta como esta. � muito importante

que uma empresa possa ter consci�ncia da import�ncia do fluxo de caixa a sua

disposi��o.

Conforme Gitman (1997), apud de Campos Filho:

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O planejamento de caixa � a espinha dorsal da empresa. Sem ele n�o se saber� quando haver� caixa suficiente para sustentar as opera��es ou quanto se necessitar� de financiamentos banc�rios. Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de empr�stimos de �ltima hora poder�o perceber como � dif�cil encontrar bancos que as financie. (GITMAN, 1997, p.586).

Al�m da ferramenta fluxo de caixa, os administradores tamb�m t�m � sua

disposi��o os demonstrativos financeiros. Para GITMAN (2002, p. 13) “o

administrador financeiro analisa os demonstrativos cont�beis, desenvolve dados

adicionais e toma decis�es”.

Tomada de decisão

Para que administrador possa tomar suas decis�es com seguran�a, e em

beneficiamento a empresa, se faz muito importante a an�lise dos dados financeiros

adquiridos por meio das ferramentas administrativas financeiras.

Segundo GITMAN (2002, p. 13), “baseado em suas avalia��es acerca dos

riscos e retornos inerentes. O administrador financeiro utiliza esses dados, na forma

como se apresenta ou ap�s realizar alguns ajustes, e os toma como importante

insumo ao processo de tomada de decis�o”.

Basicamente existem dois tipos de decis�es:

a) Decis�es de Investimento – nessa o administrador financeiro determina a

combina��o e o tipo de ativos constantes do balan�o patrimonial da empresa. De

acordo Gitman (2002):

Essa atividade diz respeito ao lado esquerdo do balan�o. A combina��o refere-se ao montante de recursos aplicados em ativos circulantes e em ativos permanentes. Estabelecidas essas propor��es, o administrador financeiro deve fixar e tentar manter certos n�veis �timos para cada tipo de ativo circulante. Deve tamb�m decidir quais s�o os melhores ativos permanentes e adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substitu�dos ou liquidados. Essas decis�es s�o importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecu��o de seus objetivos. (GITMAN, 2002, , p. 14);

b) Decis�es de Financiamento – ainda segundo esse autor, essa atividade de

investimento relaciona-se com o lado direito patrimonial e envolve duas �reas

principais. Primeiro, a combina��o mais apropriada entre financiamentos a curto e a

longo prazo deve ser estabelecida. Uma segunda preocupa��o, igualmente

importante, � que fontes individuais de financiamento, a curto e longo prazos, s�o as

melhores, em um dado instante. Muitas dessas decis�es s�o ditadas pela

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necessidade, mas algumas requerem uma an�lise aprofundada das alternativas de

financiamento dispon�veis, de seus custos e suas implica��es a longo prazo.

Novamente, � o efeito dessas decis�es na realiza��o dos objetivos da empresa que

realmente importa.

ANÁLISE DOS DADOS

Ap�s a coleta dos dados, � necess�rio analis�-los. Esta an�lise � de suma

import�ncia porque proporciona resposta �s investiga��es desse estudo.

De acordo com Marconi e Lakatos (2005, p. 169) an�lise dos dados “... � a

tentativa de evidenciar as rela��es existentes entre o fen�meno estudado e outros

fatores”.

Ainda para Gil (1996, p. 123):

[...] para o estudo de caso n�o se pode falar em etapas que devem ser observadas no processo de an�lise e interpreta��o dos dados. Isto tende a provocar duas situa��es distintas, mas igualmente desfavor�veis para a pesquisa. A primeira consiste em finalizar a pesquisa com a simples apresenta��o dos dados coletados. A Segunda consiste em partir dos dados diretamente para a interpreta��o, ou seja, a procura dos mais amplos significados que os dados possam ter (GIL, 1996, p.123).

O presente trabalho cient�fico, sendo um estudo de caso, pode passar �

pesquisadora uma ilus�o quanto � certeza das suas conclus�es, portanto Gil (1996,

p. 123) ressalta que “... para evitar esses problemas, conv�m que o pesquisador

defina antecipadamente o seu plano de an�lise. Este plano deve considerar as

limita��es dos dados obtidos, sobretudo referente � qualidade da amostra”.

A an�lise dos dados permitiu responder �s indaga��es do estudo e

estabeleceu as rela��es necess�rias entre os dados e as hip�teses. A partir das

respostas, as hip�teses foram comprovadas ou negadas.

Análise dos resultados

No decorrer do m�s de setembro foi feita a entrevista com os principais

envolvidos na gest�o financeira da empresa estudada. Saliente-se de que n�o �

muito f�cil chegar numa empresa e falar da parte financeira. Portanto todos os

assuntos abordados aqui, s�o representativos e omitem-se valores e modelos, uma

vez que a empresa n�o permite que essas informa��es sejam fornecidas, nem

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mesmo simula��es que por ventura transparecer valores da empresa. A entrevista

apenas levantou informa��es sobre a import�ncia do Fluxo de Caixa como

instrumento de planejamento financeiro.

Ent�o, as entrevistas tiveram como foco central a utilidade do Fluxo de Caixa

para a Brasilac no seu processo de gest�o financeira. Segundo os entrevistados na

empresa, o controle do Fluxo de Caixa normalmente � subordinado ao Diretor

Executivo, Diretor Financeiro, ao Gerente Financeiro e ao Contador, porque s�o

estas pessoas que est�o envolvidas diretamente nos processos decis�rios, sejam

eles de rotina administrativa e sustentabilidade ou de investimento como afirma

Sanvicente (1997).

Ao se perguntar quais instrumentos s�o utilizados para a tomada de decis�o,

prontamente todos afirmam que � o Fluxo de Caixa em primeiro lugar, para depois,

vir outros instrumentos, isto porque se os fluxos de caixa forem otimizados, reduz a

necessidade de correr atr�s de capital de giro. Al�m disso, o Fluxo de caixa � o

instrumento que permite ao administrador financeiro: planejar, organizar, dirigir e

controlar os recursos financeiros para um determinado per�odo de tempo e deste

modo demonstrando ou fornecendo informa��es para investimentos, pois as sobras

di�rias podem ser um alavancador ou protetor de novos investimentos.

Como se v�, para os entrevistados, fica claro que o Fluxo de Caixa � o

principal instrumento mais usado para definir a capacidade de investimentos da

empresa.

Outra pergunta que foi feita aos entrevistados �: “para verificar se a empresa

necessita de recursos financeiros, atrav�s da obten��o de financiamento, quais s�o

os instrumentos financeiros utilizados, e a resposta � atrav�s do Fluxo de Caixa

Di�rio, porque ele mostra o movimento de entrada e sa�da de dinheiro na empresa e

deste modo o fluxo de caixa mais uma vez j� se justifica, isto porque o fluxo de caixa

“mede as necessidades futuras de recursos, a capacidade de pagamento pontual

dos compromissos assumidos, bem como a disponibilidade para investimentos”.

A pergunta que encerra a entrevista e que foi formulada � se a empresa

Brasilac � saber quais s�o os instrumentos financeiros utilizados para projetar a

capacidade de honrar seus compromissos com terceiros, com folha de pagamentos

e os demais compromissos. Os entrevistados respondem que � utilizado o Fluxo de

caixa porque � um instrumento que permite avaliar o dia a dia da empresa e

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possibilita que o gestor tomar decis�es se caso houver atrasos no recebimentos de

t�tulos, qual o valor das vendas e em que datas deve-se considerar, quando o fluxo

acumulado for negativo qual a solu��o a ser aplicada, enfim o fluxo de caixa � um

planejamento do uso do dinheiro na empresa. Segundo os entrevistados o Fluxo de

Caixa deve permanecer em cima da mesa dos gestores para que a todo o momento

esteja sendo trabalhado para evitar sobressaltos financeiros, e mesmo assim ainda

ocorrem disfun��es porque a empresa � muito din�mica e a todo o momento �

preciso correr para atender a uma necessidade emergencial n�o prevista.

Quanto a periodicidade na empresa Brasilac o Fluxo de Caixa � di�rio, mas

tem um per�odo de proje��o de uma semana, que � o mais pr�ximo poss�vel, mas

sempre elabora-se para dois a tr�s meses, dependendo das necessidades. E a toda

semana ele � revisado e atualizado, trazendo sempre para a semana atual e

projetando mais uma semana l� no final.

O Fluxo de Caixa � um instrumento que ajuda na gest�o da empresa porque

orienta os gastos, bem como os investimentos, e evidentemente,que as decis�es

tomadas v�o impactar no resultado no final do ano. Ent�o entende-se o Fluxo de

caixa � s� um instrumento de planejamento financeiro, mas � uma ferramenta de

planejamento que sistematiza o uso dos recursos financeiros da empresa e que

sinaliza sinais de alerta, evitando que hajam desajustes estruturais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o Fluxo de Caixa na Brasilac � um instrumento de

planejamento financeiro e que se bem administrado, embora acontecem, “corridas”

emergenciais no dia a dia em fun��o da rapidez e da din�mica da empresa, ele � um

orientador e ajuda muito no desempenho da empresa como um todo.

Um caso citado, � quanto as vendas, v�-se que atrav�s do fluxo de caixa �

poss�vel ativar o departamento de vendas para maior incremento quando estas n�o

est�o num n�vel satisfat�rio, ou em caso de gest�o do contas a receber. O fluxo de

caixa mostra velocidade deve-se atuar no setor de cobran�a e at� mesmo o �ndice

de inadimpl�ncia, pois na previs�o de entradas � poss�vel separar lotes por prazos

de recebimento, at� 30 dias, 45 dias, 60, 90 dias, mais de 90 dias, e assim por

diante.

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A id�ia � que quanto mais r�pido a empresa receba seus valores, menos ela

precisa recorrer a bancos e menos encargos ela paga, por conseq��ncia

possibilidade de aumentar lucros no final do ano. E assim outras situa��es, dinheiro

sobrando em caixa, por exemplo, o que vai ser feito, que tipo de aplica��o que vai

render mais e vai ter maior liquidez. Isso o Fluxo de caixa tamb�m ajuda.

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