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FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Ano 126 • Nº 2.156 • Novembro 2008 D EUS ,C RISTO E C ARIDADE R$ 5,00 ISSN 1413 - 1749 O Home m Be m de “O verdadeiro de é o que cumpre a lei de , de e de , na sua maior pureza.” homem bem justiça amor caridade

O Homem de Bem

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Coletânea de matérias publicadas na revista Reformador, ed. FEB.

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Page 1: O Homem de Bem

F E D E R A Ç Ã O E S P Í R I T A B R A S I L E I R A

Ano 126 • Nº 2.156 • Novembro 2008DEUS , CR I S TO E CAR I D ADE

R$ 5,00

ISSN

141

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749

O HomemBemde

“O verdadeiro de éo que cumpre a lei de ,

de e de , nasua maior pureza.”

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onforme relata o Espírito Humberto de Campos, as palavras acima desta-cadas foram dirigidas por Ismael ao Espírito que, com essa incumbência,reencarnou em Riacho do Sangue, Ceará, Brasil, em 29 de agosto de 1831,

e recebeu o nome de Adolfo Bezerra de Menezes.

Consciente da responsabilidade assumida, Bezerra de Menezes teve uma existên-cia plenamente voltada ao bem em todas as suas atividades: familiares, sociais, pro-fissionais, como médico – assistindo especialmente aos mais necessitados, o que lhedeu o título de “Médico dos Pobres”–, como político – atendendo aos interesses danação e da sociedade em geral –, e, posteriormente, como dedicado trabalhador doEspiritismo, empenhado no seu estudo, na sua divulgação e na sua prática, por re-conhecer nesta Doutrina um instrumento para a Humanidade sair do egoísmo e doorgulho em que se encontra e construir um mundo novo, assentado na fraternida-de e na solidariedade.

Desencarnado, em 11 de abril de 1900, deixou uma existência caracterizada pelaprática do bem, vivida dentro dos princípios do Evangelho de Jesus; e continua nomundo espiritual, até hoje, inspirando, orientando e amparando a todos os queestão tocados pela mensagem consoladora e esclarecedora da Doutrina Espírita e seesforçam por colocá-la em prática.

Bezerra de Menezes, por certo, não foi o único Espírito convidado a reencarnarna Terra para executar uma nobre tarefa. Mas, também nesse aspecto, serve deexemplo para todos nós, mostrando que os reais vitoriosos diante dos desafios domundo serão, sempre, os que praticam as leis de justiça, de amor e de caridade nasua maior pureza, conforme nos ensina a Doutrina Espírita.

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“– Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energiasno país do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregi-mentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim deque possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevadospropósitos de reforma e regeneração. Não precisamos encarecer aos teus olhos adelicadeza dessa missão; mas, com a plena observância do código de Jesus e coma nossa assistência espiritual, pulverizarás todos os obstáculos, à força de perseve-rança e de humildade, consolidando os primórdios de nossa obra, que é a de Jesus,no seio da pátria do seu Evangelho.”1

1Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho – psicografia de Francisco Cândido Xavier – Cap. XXII,Ed. FEB.

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verdadeiro homem debem é o que cumpre alei de justiça, de amor

e de caridade, na sua maiorpureza. Se ele interroga a cons-ciência sobre seus próprios atos,a si mesmo perguntará se violouessa lei, se não praticou o mal,se fez todo o bem que podia, sedesprezou voluntariamente al-guma ocasião de ser útil, se nin-guém tem qualquer queixa dele;enfim, se fez a outrem tudo oque desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na Suabondade, na Sua justiça e na Sua sa-bedoria. Sabe que sem a Sua per-missão nada acontece e se Lhesubmete à vontade em todas ascoisas.

Tem fé no futuro, razão porque coloca os bens espirituaisacima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudesda vida, todas as dores, todas asdecepções são provas ou expia-ções e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento decaridade e de amor ao pró-ximo, faz o bem pelobem, sem esperar paga

alguma; retribui o mal com o bem,toma a defesa do fraco contra oforte, e sacrifica sempre seus in-teresses à justiça.

Encontra satisfação nos bene-fícios que espalha, nos serviçosque presta, no fazer ditosos osoutros, nas lágrimas que enxuga,nas consolações que prodigalizaaos aflitos. Seu primeiro impulsoé para pensar nos outros, antesde pensar em si, é para cuidar dosinteresses dos outros antes do seupróprio interesse. O egoísta, aocontrário, calcula os proventos eas perdas decorrentes detoda ação generosa.

O homem de bemé bom, humano eb e n e v o l e n t e

para com todos, sem distinção deraças, nem de crenças, porque emtodos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas asconvicções sinceras e não lançaanátema aos que como ele nãopensam.

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Em todas as circunstâncias, to-ma por guia a caridade, tendo co-mo certo que aquele que prejudi-ca a outrem com palavras malé-volas, que fere com o seu orgulhoe o seu desprezo a suscetibili-dade de alguém, que não recuaà idéia de causar um sofrimento,uma contrariedade, ainda que li-geira, quando a pode evitar, faltaao dever de amar o próximo e nãomerece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem ran-cor, nem desejo de vingança; aexemplo de Jesus, perdoa e es-quece as ofensas e só dos benefí-cios se lembra, por saber que per-doado lhe será conforme houverperdoado.

É indulgente para as fraquezasalheias, porque sabe que tambémnecessita de indulgência e tempresente esta sentença do Cristo:“Atire-lhe a primeira pedra aque-le que se achar sem pecado”.

Nunca se compraz em rebus-car os defeitos alheios, nem, ain-da, em evidenciá-los. Se a isso sevê obrigado, procura sempre obem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfei-ções e trabalha incessantementeem combatê-las. Todos os esfor-ços emprega para dizer, no dia se-guinte, que alguma coisa traz emsi de melhor do que na véspera.

Não procura dar valor ao seuespírito, nem aos seus talentos,a expensas de outrem; aprovei-ta, ao revés, todas as ocasiõespara fazer ressaltar o que sejaproveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua rique-za, nem de suas vantagens pes-soais, por saber que tudo o quelhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bensque lhe são concedidos, sabe queé um depósito de que terá deprestar contas e que o mais pre-

judicial empregoque lhe pode dar éo de aplicá-lo à sa-tisfação de suaspaixões.

Se a ordem so-cial colocou sob oseu mando outroshomens, trata-oscom bondade e be-nevolência, porquesão seus iguais pe-rante Deus; usa dasua autoridade pa-ra lhes levantar omoral e não para osesmagar com o seuorgulho. Evita tudoquanto lhes possa

tornar mais penosa a posição su-balterna em que se encontram.

O subordinado, de sua parte,compreende os deveres da posi-ção que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosa-mente.

Finalmente, o homem de bemrespeita todos os direitos queaos seus semelhantes dão as leisda Natureza, como quer que se-jam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradastodas as qualidades que distin-guem o homem de bem; mas,aquele que se esforce por possuiras que acabamos de mencionar,no caminho se acha que a todasas demais conduz.

Allan Kardec

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