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A materialidade da lenda.
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O JUDEU ERRANTE
Esse tema to forte que atravessa as vrias literaturas e tem no universo das culturas tradicionais e populares um espao garantido.
Qualquer glossrio ou dicionrio da literatura universal o traz, em extensas
explicaes, estabelecendo muitas analogias com outros temas e nos levando a seguir
a narrativa (mythos) atravs de muitos meios e suportes, na voz, no impresso, no
drama.
O Dicionrio de Argumentos da Literatura Universal traz um claro e extenso
verbete, no qual comparecem vrias realizaes da lenda em diversos espaos
1
europeus .
O que nunca fica omitido, no caso das verses que nos transmitem esta
histria, fragmentos de histrias ou cenas do judeu errante o peso da punio, o vis
maldito, danao por toda a eternidade. Deve-se porm levar em conta que a este
heri se confere sempre a fora da rebeldia e a virtude da esperana. Foi dito que
2
Ashver (um dos nomes dados ao judeu errante ) no apenas um sapateiro da Via
Dolorosa, que afastou Jesus de sua porta e que foi amaldioado pelo rabi, sendo
condenado a perambular pelo mundo, dando a volta terra. Ele tambm o antpoda
de Lcifer, pois diferentemente dele vive sempre a esperana de modificar a situao
em que se encontra.
No difcil aproximar o tema e estas histrias das do Fausto, associando-se
s noes de desafio, rebeldia, busca de conhecimento e posterior castigo, e
admitindo-se em alguns casos a salvao. Prometeu e o Holands Voador so
associaes muito freqentes.
Mas, se para ns se torna importante acompanhar a composio e os tpicos
O JUDEU ERRANTE
A MATERIALIDADE DA LENDAA MATERIALIDADE DA LENDA
Jerusa Pires Ferreira*
Revista Olhar - Ano 2 - N 3 - Junho/20001
que compem a lenda ou a ela se relacionam, o
que conta no perder de vista a recepo e as
expresses de um "mito" que se materializa
atravs de textos concretos, que o vo perpe-
tuando. Mais uma vez nos encontramos diante de
uma verdadeira rede textual ou at de um grande
texto cultural, se considerarmos, em seu conjun-
to, as muitas criaes deste tecido lendrio.
Situamo-nos diante de uma rede de edi-
es e de referncias, de etapas sucessivas do
oral/escrito/oral, enfim de um complexo verbal
e visual que, em outras ocasies, tenho denomi-
nado "Matrizes impressas" do imaginrio. So
imagens que passam pela descrio verbal ou
pelo conjunto de ilustraes que nos revivificam
a memria, com a presena marcante dessa figu-
ra.
Ao enfocar a lenda do judeu errante, diz-
3
nos Gaston Paris que a fora de sua propagao
no to intensa por via oral quanto o por via da
letra. Creio que as duas vertentes transmissivas
se reuniram e que os materiais tm, em si, este
destino, misturando condies de letra e voz.
Acredito, como disse, na eficcia da transmisso
impressa dos cones verbalizados e nas imagens
das ilustraes. Este autor nos fala ainda da
remisso bblica a Caim - vagabundo e fugitivo
sobre a terra - e de uma lenda rabe, de um viajan-
te sem trgua.
Sabemos da fora que tem o tema no
Romantismo, merecendo uma acolhida especial
entre os nossos poetas romnticos, como o caso
de Castro Alves que, inclusive em Mocidade e
4
Morte nos remete figura maldita de
AHASVERUS. A partir do sculo XIX, intensifica-
se o conjunto de edies que trazem ou enfocam o
personagem Errante, smbolo da tragdia dos ju-
deus.
o grande momento do folhetim, e
Eugene Sue se encarregaria de levar ao mundo,
em fascculos, a histria, numa verso bem origi-
nal e ideolgica.
5
No prefcio ao Judeu Errante de Sue , por
Franois Lacassin, se l que o sucesso financeiro
deste autor se amplia bastante com este livro - Le
juif errant - e que Balzac faz ironia chamando a
obra de le suif errant. O fato que juntamente
com Les Mistres de Paris, fica demarcado um
apogeu do "gnero" folhetinesco. Comenta
tambm que Eugne Sue iria chocar ainda bem
mais o stablishment com o judeu errante do que o
fizera antes. Este romance no se limitou a reno-
var a denncia do sistema social, acrescentando
ao processo do poder econmico questes
relativas ao poder espiritual: escolhe a
Companhia de Jesus como o grande responsvel.
O judeu errante v o triunfo da injustia, a pere-
nidade do poder social, exercido de modo oculto
e malfeitor.
6
Em seu excelente livro sobre o folhetim ,
Marlyse Meyer destaca o sucesso desta obra em
1844, que pe em relevo os perseguidos do sinis-
tro jesuta Rodin e comenta a existncia de onze
edies sucessivas do livro de Sue. Ora, preciso
considerar que um negcio editorial dessa
ordem, a edio de um texto assim, implica em
enorme demanda por parte do pblico leitor e,
naturalmente, haveria de gerar o interesse pelo
tema e a re-articulao de outros textos e hist-
rias, alcanando diretamente, tambm, o pblico
brasileiro. Ela lembra que Gramsci nos fala da
leitura do Judeu Errante como uma prtica
corrente na Itlia.
Note-se que o mito do judeu errante sinte-
tiza, por um lado, a disperso pelo mundo, e se
espalha conseqentemente por quatro cantos da
terra, personificando a "nao judaica". As aes
de esconder-se, vagar, perambular sem pouso,
resignar-se tm a sua contra parte em desvendar,
descobrir, transgredir e integrar. Nesta direo,
Revista Olhar - Ano 2 - N 3 - Junho/2000 2
vale a pena referir ao livro de Jac Guinsburg -
Aventuras de uma lngua errante, associando o
idisch ao composto deste mito e o de Henri
8
Meschonnic, Jona le signifiant errant , em que o
autor parte das parbolas de Jonas para construir
uma crtica do significante judaico. J os telogos
cristos tomaram a histria (vaga) para faz-la
repercutir junto ao povo como histria de pro-
veito e exemplo ou o conto, remetendo sempre ao
castigo ou converso. Alguns tentaram dizer
que o judeu errante era Malchus, a quem So
Pedro cortou a orelha no jardim das Oliveiras, e j
houve quem o associasse ao mau ladro.
Costumava-se perguntar aos viajantes
que retornavam da terra santa se eles teriam
encontrado ou no o judeu errante. Na Idade
Mdia consta que uns respondiam sim e outros
no mas havia, de fato, toda didtica do mistrio
e do intimidamento e, ao mesmo tempo, um
grande interesse e curiosidade pela figura.
Atesta-se grande produo de textos
9
orais , de complaintes (como A vinda do Judeu
Errante, 1604) que, cantados, anunciavam a vin-
da deste personagem e tambm a repetio suces-
siva da lenda na boca dos peregrinos. Em verso e
prosa, escrito/oral ou oral/escrito, o judeu er-
rante continuava a peregrinar, metonmia incan-
svel.
Um detalhe interessante o fato de igno-
rarmos o nome que ele traz. Aqui neste territrio
tudo movente e fugidio, e a lngua que ele fala
indefinida.
Nesse conjunto de textos, o personagem
pode ter os mais diversos nomes como: Isaac
Laquedam, Cartaphilus, Joseph, Ahasverus:
"Isaac Laquedem
Pour nom ne fut donn,
N a Jerusalm
Ville bien renomme
Oui cest moi, mes enfants,
Qui suis le juif errant".
Mas o que importa sobretudo a traves-
sia, no sentido em que usou Guimares Rosa. A
travessia e a imortalidade esto em causa, para
alm da errncia.
O retrato do judeu errante foi reprodu-
zido pelos artistas do mundo da edio popular,
fosse em Metz, Montbliard, Nancy, Troyes,
sendo transmitido por incontveis variantes.
Complaintes eram cantadas nas feiras e
nos mercados e portanto tambm publicadas,
como parte deste grande circuito oral/escrito.
Menciona-se uma complainte publicada em
Bordeaux em 1609 e mais tarde em 1642.
muito popular a Histoire Admirable du
juif errant, que Charles Nisard acusa em seu
10
inventrio da literatura de colportage . Este
complexo conjunto oral/escrito/ dramatizado
repercute em peas, no teatro popular e na pera,
mas aponta-se como sendo a mais popular e
conhecida destas canes a Chanson de
Branger:
"Je suis, je suis le juif errant/ Qu'un
tourbillon toujours emporte/ Sans veillir,
accabl des jours/ La fin du monde est mon
seul rve/ Chaque soir, j'espre toujours/ mais
toujours le soleil se lve..."
A grande matriz oral vai se reunindo
sempre matriz impressa e a destaca-se o uni-
verso visualizante das representaes plsticas.
Por exemplo, ao falar do tema no se pode omitir
a gravura popularesca e popularizada de
11
Gustave Dor , plasmando com dramaticidade e
representao do personagem lendrio.
No mundo popular, no imaginrio me-
dieval, a figura do judeu errante teria muitos
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componentes necessrios para a fixao que per-
mitiu sua transmisso contnua. A noo do cas-
tigo, confirmada pela ronda, a concepo fantas-
mtica do homem que no morre, a travessia que
se liga idia de peregrinao, a imagem do
venervel velho-homem, aquele que testemu-
nhou todos os males e guerras, e a suposio de
que s o juzo final vai acabar com o tormento.
O autor da notcia bibliogrfica citada nos
diz que a organizao consistente da lenda do
judeu errante, alegoria e personificao da nao
judaica, anterior ao sculo XII. Corre o relato de
que um arcebispo armnio contou ter conhecido
pessoalmente Cartaphilus, que inclusive sentou-
se mesa com ele. Outros relatam que encontra-
ram em seu caminho o J. E, que falava um bom
espanhol, confirmando assim o trao cosmopo-
lita e universal. tambm dito que os campone-
ses da Bretanha e Picardia, diante dos temporais e
ventos fortes apontavam: " o judeu errante que
est passando".
Registra-se no mundo da lngua francesa
uma srie de textos que falam da apario do
judeu errante. Em 1774, 22 de abril, s 6 horas,
conta-se que o judeu errante passou por Bruxelas
e por Brabante. E o que notvel saber que esta
data e esta passagem ficaram fixadas numa
grande quantidade de imagens e gravuras em
madeira.
Na literatura de Cordel
O poeta popular brasileiro recebe dos
textos impressos ibricos a histria que contm a
punio e constri o seu texto que , em geral, um
recurso de converso ao Cristianismo. Liga-se o
judeu errante ao Anti-Cristo e trata-se de faz-lo
maldito, a qualquer custo. No contam o aspecto
filosfico da lenda, a errncia, a travessia, a
condenao pela rebeldia. Aqui, em cena, a partir
de matrizes textuais concretas, o judeu que avilta
Cristo, discurso de que se aproveita a prtica
religiosa crist. Este um ponto muito interes-
sante de se acompanhar. Porque a atitude do po-
eta popular, ao situar-se sobre determinados per-
sonagens que ele deveria acusar e cobrir de
oprbrio sempre a de estabelecer uma ambi-
gidade fundamental. Assim , por exemplo, o
caso de Lampio: constantemente acusado como
bandido mas defendido como salvador; o prpri-
o So Pedro, figura to ligada tradio gnstica,
tanto pode ser um severo capataz como apenas
um "enxerido". H, inclusive, um castigo parale-
lo ao do judeu errante, aquele de vagar por toda
a eternidade, atribuido me de So Pedro,
condenada e sem poder entrar no cu, castigada
por ser inconveniente e falar demais.
12
Um poeta romntico alemo, Schubardt ,
escreveu uma rapsdia lrica do judeu errante,
traduzida por Gerard de Nerval, e em que o
judeu errante aproximado das noes de magia
Revista Olhar - Ano 2 - N 3 - Junho/2000 4
e de feitiaria, o que tambm ocorre no mundo de
nossa literatura de folhetos populares.
Uma pesquisa mais prolongada, natural-
mente, far com que encontremos outros ttulos,
mas no momento destaco alguns deles:
- O judeu errante de Severino Borges, ro-
mance excepcionalmente longo (40 pginas) e
que provm diretamente do romance popula-
resco de que falaremos com mais detalhes, O Mr-
tir do Glgota, do escritor espanhol Perez Escrich.
Ao comear o seu folheto ele diz "ser o
quadro mais tocante/ que minha pena escreveu".
Fala-nos em seguida dos personagens, nominan-
do-os:
"Foram 3 judeus errantes/ O Smer foi o
primeiro/ o segundo foi Cataflio/ Samuel o
terceiro/ passou a judeu errante/ na vida de
sapateiro".
O poeta situa o judeu como o perseguidor
de Cristo, e configura-o como "monstro da
apostasia". Segue-se a descrio do escrnio dos
judeus pelo sofrimento de Jesus e a condenao
ao judeu, que teria partido de Cristo, e que a
apresentada, em forma de dilogo:
"Pedi gua e no me deste/ nem sombra
nem parreirais/ e mandaste que andasse/ mas tu
agora andars/ at o final dos sculos/ sem ter
sossego nem paz". E continua: "at minha volta,
tu ters de andar errante/...alma do tronco do
mal/ vagars mundo afora/ at o dia final".
E a cena prossegue, em dramatizao in-
tensa, quando uma voz acusadora, na consci-
ncia, o chama de maldito:
"Mais de mil vozes gritavam/ anda,
infeliz sem valia/ Samuel louco assombrado/
Por todo canto corria/ mas onde ele chegava/
s era a voz que ouvia/".
o prprio So Gabriel que lhe entrega o
basto de viajante, dizendo-lhe: "anda maldito".
Numa seqncia enumerativa, coloca seu
personagem como propiciador do mau agouro:
"dizem que ele tem passado/ por mato,
praa e ermida/ vila, beco, esquina e rua/
cabar, baile, avenida/ e quem se encontra com
ele/ tenha cuidado na vida".
O Mrtir do Glgota, do escritor espanhol
Perez Escrich foi o texto de apoio ou o contra-
texto, a partir do qual se criaram vrios folhetos.
Algumas obras deste escritor popularesco
tiveram grande difuso no universo da poesia
popular brasileira.
- A vida do judeu errante, de Manoel
Apolinrio Pereira, comea assim:
"Tirei do Mrtir do Glgota/ um
romance interessante/ de Samuel Belibeth/
soldado e negociante.../ a vida do judeu
errante".
Deve ter repercutido, na imaginao dos
poetas que versaram a histria, a vivacidade da
representao dos escrnios a Jesus, os
esqueletos e outras visagens de terror, bem como
o suposto dilogo com Jesus:
"Bem Samuel Belibeth/ poders te
preparar/ eu logo descansarei/ tu andars sem
cessar/ at que eu volte ao mundo/ para o
povo julgar/ .../ Tu no ters mais sossego/ de
agora por diante/ preparas tuas sandlias/ que
Revista Olhar - Ano 2 - N 3 - Junho/20005
sers um viajante/ e o povo vai chamar/ a ti de
judeu errante".
H nesta verso popular nordestina a
sonoridade e o clima das complaintes francesas:
"Os esqueletos no bosque/ gritavam pra toda
banda/ ou Samuel Belibeth/ anda, anda, anda".
O interessante nesta literatura popular
oral/impressa que estes folhetos sobre o judeu
errante ou histrias exemplares de judeus so de
longo flego, ou seja de mais de 32 pginas, ao
contrrio dos folhetos mais correntes agora, que
vo sendo quase todos de 8 e no mximo 16
pginas. Isto nos indica, claramente, que para
alm da memria episdica e dos fragmentos de
criao h um texto-matriz, que garante os vrios
passos da criao, como explcito, nesse caso, O
Martir do Glgota de Perez Escrich.
Delarme Monteiro da Silva um dos
melhores poetas da nossa literatura de folhetos.
Em O Filho do Judeu, ele relata a histria de um
banqueiro da cidade de Verona. Trata-se de um
judeu rico que pede a mo da filha de um cristo
endividado, a quem bondosamente perdoa as
dvidas, o que no o salva de ser chamado de
"judeu repugnante". Nesta histria, cuja matriz
textual no to clara, o conflito de cristos e
judeus seguido, sendo a converso final a nica
proposta possvel. E o poeta, em certo momento
passa a defender o heri/vilo e diz: "ele era
judeu de sangue/ mas de cultura elevada".
Os folhetos enfocados nos mostram, no
corpo de nossa rica e ainda viva literatura
popular, a manuteno de uma tradio e, ao
mesmo tempo, apontam para a continuidade do
preconceito, apesar das ambigidades em que se
situa o poeta popular, como o caso de Delarme
Monteiro da Silva.
Quanto ao desenvolvimento de O judeu
errante, de modo geral, entre outras personagens
errantes, condenadas a vagar como as almas
penadas, tem-se uma inflexo mtica ancestral, a
perder de vista.
Na medida porm em que se coloca o
judeu como o perseguidor de Cristo, trata-se de
uma outra questo. Entranha-se na cultura
nordestina, e no apenas na cultura popular, a
partir do prprio discurso persuasivo da igreja -
rumo converso, ao longo de sculos, o vis da
punio.
Ainda mais profundamente discrimina-
tria e preconceituosa a situao em que as
duas correntes se fundem e a alegoria do judeu
errante encampada, para conduzir um grande
texto moralizador e de converso, que continua a
ecoar no universo popular brasileiro.
Ao falar de materialidade da lenda, nos
referimos, como se v, a algo mais do que aos cha-
mados arqutipos. Situamos as matrizes impres-
sas e orais que continuaram a transmitir pela
palavra, pelos sons, pela imagem uma figura que
captada para responder pelos impasses do
homem e da vida social.
a
* Prof da ECA-USP e do Programa de Comunicao e
Semitica da PUC/SP e coordenadora do Ncleo de
Poticas da Oralidade, PUC/SP. Autora, entre outros, a
de Cavalaria em Cordel, SP, Hucitec, 2 ed.
Revista Olhar - Ano 2 - N 3 - Junho/2000 6
1 - FRENZEL, Elizabeth. Diccionrio de Argumentos de la Literatura Universal. Madrid,
Ed. Gredos, 1976. Cf. Judio Errante. Remete a a Schoebel. La lgende du juif errant. Paris, 1877.
2 - HEYM, Stefan Ahasver. Rio, Ed. Francisco Alves, 1984.
3 - PARIS, Gaston. Lgendes du Moyen Age. Paris, Hachette, 1904.
4 - CASTRO ALVES, Obras Completas, em suas vrias edies.
5 - SUE, Eugne. Le juif errant. Paris, Ed. Robert Laffont, 1983 / col Bouquins/.
Cf. prefcio de Francis Lacassin.
6 - MEYER, Marlyse. Folhetim. So Paulo, Cia das Letras, 1996.
Cf. Referncias ao judeu errante. Pgs: 31, 63, 72, 77, 79, 201, 211, 284, 287-7, 312, 380, 397, 415.
Cf. referncias a Gramsci.
7 - GUINSBURG. Jac. Aventuras de uma lngua errante. So Paulo, Ed. Perspectiva,
1996.
8 - MESCHONNIC, Henri. Jona et le signifiant errant. Paris, Gallimard, 1981.
9 - La lgende du Juif Errant. Compositions et dessins par Gustave Dor. Pome avec prologue et epilogue par Pierre Dupont. Prface et notice
bibliographique par Paul Lacroix (Bibliophile Jacob); avec la Ballade de Branger, mise en musique par Ernest Dor. Paris, Garnier Frres, s/ind. data.
A edio pelos seus elementos decorativos, indica ser do comeo do sculo e foi trazida da Rssia pela famlia de Boris Schnaiderman.
10 - Conferir ilustrao.
11- NISARD, Charles. Histoire de Livres Populaires. Paris, Maisonneuve
& Larose (s/d).
12 - SCHUBARDT, Chistian Friederich, organista, compositor e poeta. Stuttgart (1739-1791), levou uma vida boemia e foi preso por motivos polticos de
(1777-1791). Poeta muito popular (Sturm und Drang) deixou Poemas muitos deles musicados por Schubert.
13 - PEREZ ESCRICH, Enrique (1829-1897) romancista e dramaturgo popular espanhol, que publicou O proco da aldeia, A caridade crist, O Martir
do Glgota e outros textos de grande divulgao.
FOLHETOS CITADOS
- O Judeu Errante. Autor: Severino Borges da Silva. Editores proprietrios: Filhas de Jos Bernardo da Silva. 40 p.
- A vida do Judeu Errante. Autor: Manoel Apolinrio Pereira. Editor Folhetaria Luzeiro do Norte de Joo Jos da Silva. Cf. Acrstico e sem
indicao de data, 32P.
No comeo se l: "interessante romance de Luta, Mistrio, Paixo e Morte. O
Tratado de vida de um Judeu Errante que desconhecia a Deus e desobedecia todos
Seus mandatos, - Romance extrado do Martir do Golgota...".
- O Filho do Judeu. Autor: Delarme Monteiro da Silva. S/ind. editor. S/data, 44 p.
NOTAS BIBLIOGRFICAS
Revista Olhar - Ano 2 - N 3 - Junho/20007