O Ministério Do Aconselhamento - Estudos Bíblicos

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  • 8/17/2019 O Ministério Do Aconselhamento - Estudos Bíblicos

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    O Pastor como Conselheiro:

    Dom, Função ou Obrigação?

     

    INTRODUÇÃO

     

     A Seara do grande Mestre, nosso Senhor Jesus Cristo, precisa de pastores motivados pelo amor incondicional. (Mt 10:37).Esta deve ser a preocupação daqueles que querem ser pastores aprovados: encarar o amor como sendo a razão do serviço.Esta é a diferença: trabalhar não por obrigação moral ou ministerial.

    MINISTÉRIO QUE SOMENTE SE EXERCE COM AMOR 

     

    Na Igreja de Éfeso existia conduta moral, labor, boas obras, perseverança, mas, o amor estava abandonado (Ap 21:2:2-4).

    O Ministério do Aconselhamento

    Pastorais

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     A falta de amor representa a inexistência do ser. (1Co 13:1-3); amor é o requisito preeminente do trabalho pastoral. (Jo21:15-17).

    Três vezes Jesus insistiu com Pedro, requerendo dele uma só virtude para o cumprimento da tarefa: “Tu me amas?” Toda

    motivação do nosso ministério deve ser fruto do amor. O amor faz ver a realidade (Mc 6:34). E como bom conselheiro, o

    ministro de Deus nunca deve atentar para as faltas das pessoas, mas, cuidar com carinho das suas necessidades.

     

    DO PONTO DE VISTA DE JESUS

     

    O Senhor Jesus não via as pessoas apenas do ponto de vista cultural, étnico, sociológico, etc., mas como ovelhas sem

    pastor, como pessoas desgarradas e sem ter a quem recorrer. Ele procura pastores que vejam; e que ajam motivados pelo

    amor. (2Co 5:14; Fp 1:8). Logo, o gabinete pastoral deve ser um lugar de restauração, visto que, o pastor recebeu a missão

    de presidir e admoestar o rebanho de Jesus, o Sumo-Pastor, como aquele que há de dar contas dele. (1Ts 5:12, 17; Hb

    13:7, 17), e ajudar as ovelhas machucadas, desviadas ou até as rebeldes a se reabilitarem. E isto ele pode fazer através do

    aconselhamento. Mas, para isso é bom que o ministro seja cuidadoso e tenha além da chamada da parte de Deus, uma

    preparação acadêmica em teologia e secular, uma coisa está intrinsecamente ligada à outra. Como disse Paulo ele não pode

    ser neófito. (1 Timóteo 3:6).

    DA QUALIFICAÇÃO PARA O EXERCÍCIO

     

    Destarte, caso o ministro não haja por força das circunstâncias tido a oportunidade de se qualificar secularmente, mas, queo Divino Mestre o tenha chamado, esse ministro, indubitavelmente, exercerá sim, com proficiência o ministério que lhe foiconfiado. Do outro lado, ele pode ter estudado os melhores cursos, seculares e teológicos, nas melhores escolas do mundo,mas, se ele não tiver a chamada, para nada valerá esses estudos. E no Corpo de Cristo ele não desempenhará ministérioalgum. A não ser que esse ministério seja de ordem simplesmente secular.

    Quando estudamos a Palavra de Deus através da Escola Bíblica Dominical, de um curso teológico, ou simplesmente lendo,

    escrevendo, pregando ou ensinando, nos conscientizamos cada vez mais da vontade do Senhor e do conhecimento

    dele. Destaco, todavia, pela experiência que do Senhor adquiri, durante este período que por Sua graça estou inserido no rol

    dos santos, que o melhor e a maior Escola de Teologia, sempre foi e ainda é, a Escola Bíblica Dominical – Recomendo por

    conhecê-lo bem, o material didático da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). A CPAD fornece trimestralmente

    seus materiais didáticos para todas as faixas etárias, a partir do berçário, até ao adulto da idade mais avançada.

     A PRINCIPAL FORMA DE SE ADQUIRIR A VERDADEIRA SABEDORIA

     A verdadeira sabedoria consiste em colocar em prática a Palavra de Deus. Devemos vivê-la em nossa vida. (Rm 2:21-

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    22). Ninguém pode conhecer as coisas espirituais se não estudar cuidadosamente e com todo o interesse os pormenores da

    Palavra. Portanto, é imprescindível a leitura e o estudo sistemático das Escrituras. A Palavra de Deus nos ensina que o temor

    do SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para

    sempre. (Salmos 111:10).

     

    Em face ao acima exposto, chegamos ao seguinte consenso: quem não conhece a Deus (através de um estudo sistemático)

    e nem lhe obedece (através da prática do conhecimento que possui) tanto erra, como concorre para que outros errem

    também, o que é muito lamentável.

    FORMAÇÃO DE PASTORES APTOS PARA O ACONSELHAMENTO

     

     A formação de pastores aptos para o aconselhamento está fundamentada também em 2Tm 2:15. O preparo do obreiro estáintrinsecamente ligado não somente ao aspecto espiritual, mas também ao aspecto intelectual, conforme 2Pd 3:18.

    Crescimento Espiritual

    Oração, jejum, consagração e dedicação à santidade. Todavia, se crescermos somente nesse aspecto, sem equilíbrio, incorremos ao perigo do fanatismo.

    Crescimento intelectual

    Leitura e meditação da Bíblia, leitura de bons livros, estudos bíblicos, cursos teológicos, cursos seculares e Escola Dominical.

    Ressaltando, todavia, que se o nosso crescimento resumir somente nessa área, fatalmente cairemos no formalismo

    religioso.

    Se desejarmos exercer um ministério próspero e consciente, próprio de um obreiro aprovado, não nos esqueçamos de que

    em nossa formação deve sempre estar presente o binômio: crescer na graça (espiritualmente) e no conhecimento

    (intelectualmente).

    O PERIGO DO DESPREPARO

    No início da década de 60 tomamos conhecimento de uma ocorrência desagradável. Foi que uma congregação, estabelecida

    em um município do estado do Rio de janeiro; onde seu dirigente sem assistência pastoral entrou em um propósito de

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    consagração. Após jejuarem e orarem, alguém entendeu que recebeu do Senhor uma revelação. Tal revelação era para

    sacrificar uma criança e que no terceiro dia essa criança seria ressuscitada. Segundo consta, praticaram então esse ato

    abominável e como é sabido não houve a ressurreição, gerando assim um grande escândalo e consequentemente a

    intervenção da polícia.

    Isto significa que grupos isolados e principalmente na atual conjuntura eclesiástica, não funciona. Todas as frentes de

    trabalhos da igreja devem ser supervisionadas pelo pastor para evitar essas discrepâncias. Essas discrepâncias ocorrem

    sim, indubitavelmente, provocadas por obreiros ambulantes, que rondam as reuniões dos irmãos com mensagens não só

    puramente carnais, porque é comum haver forte influência do diabo também. Causando prejuízos irreparáveis, que

    dificilmente o pastor conselheiro contornará a situação.

    O que é Ministério?

     Vários são os ministérios estabelecidos, e quais são as necessidades destes nos dias atuais? A forma de governo

    estabelecida por Deus para a Igreja primitiva é ainda necessária nos nossos dias? Em face da atual crise espiritual, com o

    formalismo, o relativismo e a secularização do que é santo, qual deve ser o comportamento da Igreja do Senhor em face às

    realidades de tal contexto?

     

    O tempo passa, as coisas mudam, inclusive, os conceitos são alterados. Todavia, a palavra de Deus sempre é a mesma

    desde o princípio. Deus não muda; Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Sua Igreja é o Seu Corpo e as

    normas estabelecidas por Ele mesmo desde os tempos primitivos, serão sempre as mesmas até que Ele volte nas nuvens

    para o arrebatamento. A adequação à modernidade em nada pode alterar os princípios da Igreja. Com a tão necessária

    adequação da Igreja às novidades que aparecem, os ministros devem agir com sabedoria, para que a Igreja sobreviva a

    estas coisas sem se contaminar. Etimologicamente, a palavra ministério vem da palavra grega diakonia, que quer dizer:

    servir, ou seja, Deus, em sua soberania, escolhe alguns homens, e em seguida dota-os de DONS, para certas FUNÇÕES. Ele

    os chama e concede DONS para um ministério específico. Esse DOM é uma graça (capacitação) que alguém recebe paradesempenhar determinada FUNÇÃO no Corpo de Cristo.

    FUNÇÃO, DOM, OU OBRIGAÇÃO?

     

    O trabalho, FUNÇÃO do pastor na Igreja, não é somente batizar, celebrar casamentos, celebrar Santa Ceia, oficiar

    cerimônias fúnebres, pregar sermões, entre outras, mas, de acordo com Ef 4:11-16 é: a)  Aperfeiçoar os santos para odesempenho do serviço de cada membro do Corpo de Cristo; b)  Edificar o Corpo de Cristo que é a Igreja, para que o

    mesmo cresça sem anomalias. Entre essas FUNÇÕES insere-se a FUNÇÃO do aconselhamento. Em certo sentido o ministério

    chega ser uma OBRIGAÇÃO. (1Co 9:16), mas, o aconselhamento é uma FUNÇÃO própria do pastor. Do pastor porque é ele

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    quem está sempre mais próximo do rebanho e para que ele desempenhe essa FUNÇÃO com o desvelo que merece, ele

    deve conhecer as ovelhas, uma a uma. Nesse caso ele deve trabalhar o critério de equidade entre razão e coração. (Pv

    27:23). Inclusive conhecendo o estado de cada uma delas, afim de que, o tratamento necessário lhe seja aplicado.

     

    O ministro deve ter conhecimento ainda, de que, essas funções acima citadas, além do aspecto religioso, estão também

    intrinsecamente ligadas ao aspecto legal. E principalmente a do aconselhamento, pois nessa função ele será um elo

     “mediador” entre Deus, e no caso, a pessoa que possivelmente possa ter cometido um pecado grave. E que agora quer se

    livrar dele através da confissão a Deus, o que acredita ser possível fazer através da confissão a um de seus representantes

    na terra. Neste caso, o pastor; uma pessoa sobre a qual o faltoso deposita toda sua confiança. Confiança esta delegada por

    Jesus: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos” 

    (João 20:23).

    O pastor pode muito ajudar o transgressor a se reabilitar, bem como demovê-lo da ideia de praticar outros atoscriminosos. Equivocadamente, muitos pastores desinformados, entendem que, o que ouvem em seu gabinete tem que ser

    anunciado em público, nas reuniões de ministério e até mesmo à Igreja, em reuniões administrativas. Este, além de

    subestimar o versículo acima citado, peca também por violar os segredos do confessionário, não respeitando a dignidade da

    pessoa humana pelo que preceitua a (CF/88 art. 1º, inciso III, o CPP em seu artigo 207; e ainda o art. 154 do CP). É bom

    saber que toda transgressão à Lei constitui-se crime e consequentemente, pecado perante Deus. Paulo por sua vez afirma:

     “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça. (2Tm

    3:16). O ministro conselheiro precisa antes do exercício deste ministério, saber que o faltoso que lhe confia a confissão, o

    faz, na esperança de que, está confessando a quem realmente pode lhe ajudar. Inclusive, a confissão, não é feita a um

    ministro simplesmente por ele ser pastor, mas por ele ser um representante de Deus na terra.

     

    O que é bom ressaltar também:

    ENSINAR: Ministrar o ensino de; transmitir conhecimentos de; instruir; lecionar, transmitir conhecimentos; instruir, educar;

    pregar, doutrinar.

    REDARGUIR: Replicar argumentando; responder arguindo.

     

    CORRIGIR:  Atenuar os inconvenientes de: Reparar (agravo, injustiça, etc.). Castigar, censurar, repreender: Aplicar

    corretivo; Emendar, retificar, a si mesmo; Mudar de vida; emendar-se.

    INSTRUIR:  Transmitir conhecimentos; ensinar. Adestrar, habilitar: Adestrar, exercitar, domesticar: Transmitir instruções,

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    informar: Jurídico: Pôr (um processo, uma causa, etc.) em estado de ser julgado: Anexar a (uma petição apresentada em

    uízo) documentos comprobatórios de alegações nela feitas: Esclarecer, informar, cientificar: Receber instrução; adquirir

    conhecimentos.

     

    JUSTIÇA: Justiça significa respeito à igualdade de todos os cidadãos, e é um termo que vem do latim. É o principio básicode um que tem o objetivo de manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal. É um termo

    abstrato que designa o respeito pelo direito de terceiros, a aplicação ou do seu direito por ser maior em virtude moral ou

    material. A Justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação

    através dos tribunais.

    Em Roma, a justiça é representada por uma estátua, com olhos vendados, que significa que "todos são iguais perante a lei"

    e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos". A justiça deve buscar a igualdade entre todos.

    (SIGNIFICADOS.COM.BR). Se todos os crentes observassem pelo menos este versículo da Palavra de Deus, jamais haverianecessidade de ser convidado a comparecer à presença do Juiz para repreensão, ou para orientação sobre qualquer

    assunto. Assim como, se todos os cidadãos observassem a Lei Civil, seriam justos, e irrepreensíveis não somente perante a

    sociedade, como perante a Deus também.

    Na hierarquia dos códigos, a Bíblia sempre assumiu o primeiro lugar. Nela, há lei suficiente para reger o mundo todo; tanto

    que no preâmbulo da Constituição Federal de 1988 consta: “Promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte

    CONSTITUÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”. Isto mostra que até aqui as Leis tem sido instituídas em

    consonância com a Palavra de Deus.

     Ao ministro religioso, são delegadas autoridades, de no cumprimento de suas atribuições, orientar as pessoas o caminho do

    bem, tanto no sentido religioso como secular. “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que

    sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16).

    Uma experiência própria:

    Na década de 50 eu era pastor de gado, e Geasy Rosa da Silva, que hoje é pastor da Assembleia de Deus em Senador

    Camará – Rio, e que se entregou a Jesus na mesma noite que eu, em março de 1958, também era pastor comigo. Na

    verdade nós éramos somente pastores; meu pai era quem supervisionava nosso pastoreio, porque ele era o responsável

    pelo gado e meu avô era o dono. Onde fôssemos, seus olhos estavam sobre nós. Virávamos por detrás de uns morros, mas

    nem assim ele saia da janela da sua fazenda. Então nós tínhamos que pastorear com muito cuidado porque na volta, meu

    avô ia ao curral conferir se não havia algum hematoma provocado por vara. Todavia, esse cuidado, que a princípio era atépor temor pela cobrança do Papai e do Vovô, com eles aprendemos a amar o rebanho, e com pouco tempo notamos que

    esse amor era o mais recíproco e puro.

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     Aprendemos todos os seus costumes e eles (as) os nossos, eram entre 70 a 80 cabeças, mas, cada um(a) com um jeito

    diferente de ser; não aceitavam a entrada de ninguém no curral sem antes conversar conosco, que éramos seus pastores

    por alguns tempos, de igual modo, conhecíamos o comportamento de um(a) a um(a). Eles tinham a mais plena confiança em

    nós. Por que sabiam que nós somente lhes proporcionaríamos o que fosse bom para eles. Os levávamos aos pastos

    verdejantes, depois levávamos ao córrego de águas cristalinas. Colocávamos um salzinho no coxo, oferecíamos a eles(as)

    muitas palhas de milho molhadas com água de sal. Aplicávamos os medicamentos necessários, sendo que as injeções

    ficavam sempre por conta do Papai, bem como, os tratamentos com hematomas, ferimentos profundos, e quando necessário

    a assistência no momento do nascimento do bezerro.

    Do lado espiritual:

     

    Quanto ao aconselhamento pastoral, nem todos os pastores estão aptos para exercer essa FUNÇÃO, e na minha estimativaesse despreparo chega a 70%! (setenta por cento) nada menos que isso. Isto falando de igrejas “tradicionais” tais como,

     Assembleia de Deus e as outras com mais de 50, 100 ou mais anos de fundação.

    CONHECENDO O DESPREPARO

    Há aproximadamente dez anos (década de 1990) uma jovem senhora, com menos de trinta anos de idade, membro de uma

    grande igreja e que estava viúva. Procurou minha esposa, pedindo para marcar uma agenda no meu escritório, em nossa

    casa. A princípio relutei por uma questão de ética, mas, devido sua insistência, resolvi atendê-la, no horário marcado com

    minha esposa. Na hora marcada, ela compareceu muito temente porque havia pecado com um rapaz com que iria se casar

    (fornicação). Após sua confissão eu a orientei a procurar o dirigente da congregação; ao que ela me respondeu: - pastor, eu

    sei, este seria o caminho correto, mas, não posso nem pensar nisso, porque aconteceu o mesmo recentemente com outra

    irmã e ela teve que se mudar do bairro. Por que, ela confessou para o dirigente, o dirigente falou para a congregação e a

    congregação para o bairro, em seguida o assunto foi levado para a igreja sede, para proceder com a exclusão. E da sede

    para todas as demais congregações. E eu moro com meus pais que são muito rigorosos. Diante disto, eu a indiquei várias

    saídas, mas todas em sua igreja. Mas, ela simplesmente não confiava em mais ninguém, porque com todas que aconteciaisso a saída era a execração impiedosa. A maioria arranjava um pretexto e se desviava, tanto mulheres quanto homens e

    assim se livrava da humilhação.

     

    Muito arrependida implorou por minha ajuda. Esgotado todos os meios, a orientei a pedir sua carta de mudança e vir para

    nossa igreja. Passado poucos dias, ela compareceu com a carta, e ela mesma propôs em ficar noventa dias somente

    congregando, sem participar de nada e assim foi feito, pois a deixamos bem à vontade. Finalmente, após ter sido curadaespiritualmente e psiquicamente, depois de alguns meses voltou para sua igreja de origem, onde permanece firme, com

    bom testemunho. Mas, esse não foi um assunto isolado, entre eles, foram mais de vinte ou trinta. Estou me referindo a

    membros de outras igrejas de algumas cidades do Brasil.

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    Já atendi caso em que o pastor aconselhou o irmão a se separar da mulher com a qual estava amigado, para regularizar sua

    situação junto ao rol de membros da Igreja. Era tudo que o homem queria ouvir de um pastor para se livrar da mulher e dos

    filhos. Deixou a mulher na rua da amargura, e ela desesperada foi parar na casa do pastor, porque era do indivíduo, pai dos

    seus filhos, que vinha o sustento para a família. O pastor entrou em apuros, o que não poderia ser diferente. Tudo por falta

    de preparo para o aconselhamento.

    Pela misericórdia de Deus já conseguimos tirar pessoas da síndrome do pânico aguda. Destaco aqui, um jovem de outra

    igreja. Este já ficava em seu quarto com a luz apagada pelo desespero. Ele me tirou o sossego por algum tempo, mas,

    finalmente ficou curado pelo poder de Deus, se casou e foi viver sua vida normal, com a família e na sua igreja.

     VIGILÂNCIA QUE O MINISTRO CONSELHEIRO DEVE TER 

    Ressalto que a função de conselheiro, a tenho como a mais delicada no exercício pastoral, porque ele incorre no perigo decair em armadilha com pessoas do sexo oposto. Essas armadilhas podem surgir de dois lados, a saber: a)  se o ministrotiver com a vacina contra o vírus da impureza sexual vencida, ele pode sim cair no fracasso – b) do outro lado pessoas malintencionadas pode levantar um falso contra o conselheiro que dificilmente ele se sairá bem no final da história. Diante disto,ele (o pastor) nunca deve aconselhar uma pessoa do sexo oposto sem a presença de sua esposa, desde que esta tenhaidoneidade para isso, porque a violação do confessionário além de ser antiético e antibíblico, é também crime previsto emlei.

    Ressalto ainda, que o ministro deve olhar também o lado dele ao aconselhar pessoas com problemas sérios porque ele se

    torna um arquivo desses assuntos. Na minha trajetória ministerial, indiquei pessoas para se entregar a polícia e foi o que ela

    imediatamente fez. Já encaminhei à psiquiatra, psicólogos, neurologistas e urologistas para assuntos sexuais e outros, bem

    como a advogados e outras áreas profissionais, porque às vezes o assunto é para um profissional e o ministro do evangelho

    não dará conta, porque ele é pastor.

    CONCLUSÃO

    O ministério pastoral vem através de uma chamada da parte Deus. Ele chama quem Ele quer, capacita com os DONSnecessários, para que este desempenhe suas FUNÇÕES com o desvelo que merece. Concordo que o aconselhamento não éfeito por OBRIGAÇÃO e nem por DOM, mas, que é uma FUNÇÃO inerente ao cargo que ele exerce no Corpo do Senhor. Eque para tanto, é necessário que ele não seja irascível e nem temperamental. Mas que seja firme em seus propósitos, tendocapacidade para suportar calmamente ser incompreendido. E que em quaisquer circunstâncias ele não tenha nenhumadificuldade e dispensar às pessoas, membro ou não da Igreja: amor e toda sua atenção. Devendo inclusive ser: vigilante,

    destemido, amigo de todos - crentes ou não, agir com imparcialidade, ser enérgico, mas, educado e flexível ao mesmotempo. Que não faça acepção de pessoas – mas que aja com equidade e igualdade com todas, revelando sempre senso deustiça. Que não use de meias palavras, que minta em nenhuma hipótese – para poder contar sempre com a confiança de

    quem o procura. Que viva inteiramente sob o controle do Espírito Santo de Deus. Que não participe de ambientes, atémesmo de crentes, onde há brincadeiras, piadas – mesmo não sendo indecorosas – em parte ser austero para que não caiano descrédito das pessoas. Não deve ser santarrão, durão e nem radical, mas, manter o respeito para com todos para que

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    seja digno de respeito na hora do aconselhamento.

     Volta Redonda 22 de novembro de 2008

    Jorge Albertacci

    Pastor Jubilado da Assembleia de Deus do Retiro

    CGADB 10.092 – CONFRADERJ 1.135

     

    E-mail: [email protected]