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INDENTIDADE NORDESTINA E PSICOLOGIA SOCIAL: ENTRE PÁGINAS E CENAS UMA POSSÍVEL (DES)CONSTRUÇÃO Stallone Pereira Abrantes (Graduando em Psicologia-UFCG) RESUMO: Temos a identidade como um tema complexo e bastante plural, sendo ele amplamente discutido na Psicologia Social. O presente trabalho procurou abordar, bem como problematizar a identidade nordestina a partir de reflexões abarcadas na Psicologia Social, ancorando-se ‘ Volta Seca’ da obra de Jorge Amado ‘Capitães da Areia’ , os livros e filmes: O Auto da Compadecida’ e ‘Morte Vida Severina’, estes que nos trazem um olhar distanciado da realidade na qual estamos situados. Construímos uma identidade a partir de um coletivo, onde são estabelecidos preceitos e padrões, nos filmes e livros os próprios personagens são afastados de qualquer participação democrática do seu meio. A analogia fora possível graças à análise dos discursos e das narrativas produzidas (fatos narrados pelo autor) nos personagens, representando o próprio povo nordestino, focando as mazelas e uma imagem negativa, a exemplo do analfabetismo, da seca, da fome. Notam-se ainda características semelhantes entre os personagens, a saber: Severino de Aracajú e Volta Seca (observa-se certa diferença de idade, porém ambos têm personalidades muito parecidas, almejam justiça com as próprias mãos e estão sempre dispostos a ajudar aos carentes), Chicó e Severino (sonham em mudar de território, vida e clã, e para tanto se lançam nas mais variadas enrascadas da vida). Desta forma a tríade Literatura-Cinema-Psicologia Social facilitou nossa compreensão no

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Trabalho apresentado no II Congresso sobre Cangaço em Cajazeiras_PB

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INDENTIDADE NORDESTINA E PSICOLOGIA SOCIAL: ENTRE PÁGINAS E CENAS UMA POSSÍVEL (DES)CONSTRUÇÃO

Stallone Pereira Abrantes (Graduando em Psicologia-UFCG)

RESUMO: Temos a identidade como um tema complexo e bastante plural, sendo ele

amplamente discutido na Psicologia Social. O presente trabalho procurou abordar, bem

como problematizar a identidade nordestina a partir de reflexões abarcadas na

Psicologia Social, ancorando-se ‘ Volta Seca’ da obra de Jorge Amado ‘Capitães da

Areia’, os livros e filmes: ‘O Auto da Compadecida’ e ‘Morte Vida Severina’, estes que

nos trazem um olhar distanciado da realidade na qual estamos situados. Construímos

uma identidade a partir de um coletivo, onde são estabelecidos preceitos e padrões, nos

filmes e livros os próprios personagens são afastados de qualquer participação

democrática do seu meio. A analogia fora possível graças à análise dos discursos e das

narrativas produzidas (fatos narrados pelo autor) nos personagens, representando o

próprio povo nordestino, focando as mazelas e uma imagem negativa, a exemplo do

analfabetismo, da seca, da fome. Notam-se ainda características semelhantes entre os

personagens, a saber: Severino de Aracajú e Volta Seca (observa-se certa diferença de

idade, porém ambos têm personalidades muito parecidas, almejam justiça com as

próprias mãos e estão sempre dispostos a ajudar aos carentes), Chicó e Severino

(sonham em mudar de território, vida e clã, e para tanto se lançam nas mais variadas

enrascadas da vida). Desta forma a tríade Literatura-Cinema-Psicologia Social facilitou

nossa compreensão no que concerne a construção da identidade nordestina, verificando

que a grande parcela de personagens dos longas metragens e das obras são alvo de

estigma e preconceitos, (des)construindo a imagem de um povo marcado pela garra,

pela luta e principalmente por conquistas.

Palavras – Chave: Identidade; Literatura Brasileira; Psicologia Social.

“Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.

Tudo o que não invento é falso.”

(Manuel de Barros)

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Vivemos em um país com uma diversidade cultural bastante notória, na qual

somos dotados de uma formação sócio-cultural caracterizada por um imenso leque de

variabilidades, que vão desde o nosso território até a forma de ver – perceber tudo

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aquilo que nos cerca. O Brasil apesar de transmitir imagens que perpassam todo o

imaginário internacional, ora focando um povo alegre, musical e com belezas naturais

singulares, ora prezando pela sua História, pelos fatos e fenômenos vivenciados ao

longo de seus 511 anos. Nele “tanto os homens como as sociedades se definem por seus

estilos, seus modos de fazer as coisas.” (DAMATTA, 2001, p.15) Justamente por ter

como marca essa pluralidade, fica-se evidente a dificuldade de estabelecer apenas um

aspecto cultural, já que em nosso país há um entrelaçamento de culturas, raças e etnias,

ou seja, é nele que se fundem várias identidades, sendo assim no Brasil “as identidades

flutuam no ar, algumas de nossa própria escolha, mas infladas e lançadas pelas pessoas

em nossa volta, e é preciso estar em alerta constante para defender as primeiras em

relação às últimas.”. (BAUMAN, 2005, p.19)

A identidade configura-se como um conceito epistemológico-metodológico

bastante amplo e complexo, não sendo um conceito passível e/ ou fechado, a mesma

ainda pode ser considerada como produto do indivíduo com as marcas territoriais nele

estabelecidas, assim a nacionalidade abrange questões e paralelamente impulsiona a

restrição de tantos outros aspectos. Neste sentido, “sujeitos e identidades são

experiências sociais e históricas que se organizam a partir de lógicas distintas, todavia

suplementares.” (PRADO; COSTA, 2009. p.74) Assim, “a identidade passa a ser

constituída em uma rede discursiva, e não em essências, querendo dizer com isso que a

identidade não se trata de algo do sujeito (...) identidade e diferenças são produtos do

discurso, da cultura.” (BERNARDES; HOENISCH, 2003. p. 119)

Segundo Bernardes e Hoenish (2003) as identidades são móveis,

intercambiantes, inscrevendo-se em zonas de fronteira, nas quais os encontros com a

diferença constituem novas ambições.

Nosso objetivo é abordar, bem como problematizar a identidade nordestina a

partir de reflexões abarcadas pela Psicologia Social, tendo como âncora o personagem ‘

Volta Seca’ da obra de Jorge Amado ‘Capitães da Areia’, os livros e filmes: ‘O Auto da

Compadecida’ e ‘Morte Vida Severina’, estes que trazem um olhar distanciado da

realidade a qual estamos situados.

Os tantos Severinos que encontramos Nordeste afora.

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Logo no início do livro o personagem de João Cabral de Melo Neto Severino

procura se identificar, seu primeiro recurso utilizado é a apresentação do nome, seria

este então esse o nosso principal mecanismo de identificação, porém não o suficiente,

usando-se de outras importantes características, a saber: Graus de parentesco, região

geográfica, características físicas, entre outras.

Severino é um retirante que vê em sua jornada a morte como componente ativo,

busca encontrar um trabalho que dê seu sustento diário, contudo não se acha preparado

a exercer alguma função ligada a quaisquer afazeres. “Migra, como uma forma de

defender a vida, de encontrar vida” (CIAMPA, 2005)

Ao decorrer de sua jornada se depara com dois coveiros, atribuído-lhe uma

identidade que se aproxima a de um morto-vivo ou moribundo.

E agora descubro que,

esta viagem concluída

sem saber desde o sertão,

meu próprio enterro eu seguia.

Só que devo ter chegado

adiantado de uns dias.

O enterro parou na porta:

o morto ainda está com vida. (NETO, 2006. p.74)

Tudo começa a ter um novo sentido quando Severino se depara com o início da

vida. Pois “o humano é sempre uma porta abrindo-se em mais saídas. O humano é vir-a-

ser humano. Identidade humana é vida.” (CIAMPA, 2005)

Na sua versão cinematográfica de roteiro e direção de Walter Avancini

observamos os fatores que circunscrevem a vida do nordestino habitante do sertão, entre

todos eles está a morte, esta bastante comum no cotidiano, seja por causa da seca ou da

fome. Severino procura melhoria em sua vida, e para isso decide se deslocar para o

litoral perpassando todas as mazelas do interior do Pernambuco, esperando na região

litorânea uma forma de viver menos árdua e mais promissora.

Ao chegar à cidade (no Recife) depara-se com um “lugar de luta, de batalha, um

espaço cuja crueldade se dá no fato de contrariar frontalmente todas as nossas

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vontades.” (DAMATTA, 2001, p.29) Severino após algumas horas de sua chegada ao

meio urbano concluiu que todo seu trajeto resultaria em seu encontro com a morte, na

qual o mesmo havia chegado um tanto/ quanto cedo para seu fim, ou seu próprio

enterro.

Temos ao decorrer do longa-metragem a formação de uma dualidade: a morte

(principal companheira do homem durante sua jornada em Terra) e a vida (apresentada

como elemento festivo e propulsor de bons e maus momentos). A morte pode ser

considerada um fenômeno negativo quando vista de maneira comum, apenas como o

fim do corpo físico. O lado positivo apontado por filósofos contemporâneos mostram

que a morte é um fenômeno da própria existência, e não o fim dela. A morte só tem

sentido para quem existe, e é parte fundamental da mesma. O conhecimento da morte

tem um caráter de transcendência capaz de nos tirar das preocupações cotidianas, pois

poderemos pensar na nossa existência, questionar sobre ela, se por diante de si mesmo,

assumir nossa autenticidade. Há também um aspecto de temporalidade, no fato da morte

possibilitar o nosso pensar sobre passado, presente e futuro.

Segundo Mondim (1983) somos capazes de pensar, crer, imaginar a morte

alheia, até mesmo termos conhecimentos científico, histórico ou filosófico da mesma,

contudo quando se trata da nossa própria situação-limite existe algo além de nós, em

nosso próprio íntimo que não aceita o fenômeno, tornando-o desnecessário, porém

inevitável. -

Estarão no “Auto” as Compadecidas pelo povo Nordestino?

Ariano Suassuna procura em “O Auto da Compadecida” focar elementos da

nossa cultura popular que aos poucos vem se dissolvendo no mundo globalizado. O

livro retrata o nordestino como sinônimo de indivíduos espertos e cômicos, levando a

vida por um viés da sabedoria e de suas vivências cotidianas. João Grilo e Chicó são

constantemente passíveis e submissos aos outros, contudo buscam soluções corriqueiras

e acabam por violar regras e normas. Ariano nesta obra apresenta um Nordeste

intrinsecamente ligado ambientes rurais e sertanejos, construindo e reforçando um

processo de identificação. Através de suas vivências singulares, preocupando-se em

trabalhar com opiniões enraizadas pela própria população nordestina, sendo ela muitas

vezes esquecida por todo o restante do Brasil.

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No filme observamos o quanto à religião influencia os personagens das mais

variadas formas possíveis, o bispo e o padre João são apresentados como emissários do

catolicismo, aproveitando-se da crença e da fé para desviarem o pouco e da cobiça.

Nota-se que a Igreja Católica não é confrontada sob nenhuma hipótese e/ou

circunstância, as autoridades da cidade temem o confronto com a Igreja, visto que ela

atua com caráter dogmático e manipulador.

A Compadecida está para além da imagem de Nossa Senhora, pois nela temos a

concretude de afetos e emoções, a exemplo da misericórdia e condolência, a

heterogeneidade, ou seja, o tolerar as diferenças. Assim, nossos governantes podem

criar uma representação negativa do Nordeste, colocando-nos em um lugar de

inferioridade, colocando-nos (in)diretamente uma assistência marcada pelo compadecer-

se e pela marginalização.

Fica-se cada vez notório que a obra constrói a identidade do povo nordestino por

meio de estereótipos e estigmas, pois apresentam conteúdos bastante paradoxais, o

nordestino é sempre colocado como valente, macho e bruto, ou ainda como astuto e

fraco, levando-se ainda em consideração todas as mazelas que perpassam o seu

cotidiano, ser pobre, feio, analfabeto, características modeladoras de padrões postuladas

e ancoradas em nossas raízes ou por fatores naturais, a saber: o clima e a vegetação.

Evidentemente que a formação desta identidade em um coletivo perpassa por inúmeros

fatores, principalmente que se agreguem no sistema político e econômico.

Lampião aos olhos do jovem Volta Seca

Volta Seca vê no padrinho um futuro a ser seguido, via-se vestido de couro,

celado em um cavalo, manuseando uma boa arma de fogo, e não perdoaria qualquer

ofensa, ganhando respeito por onde passa nas mais variadas regiões do sertão afora,

porém não pisaria ou humilharia ninguém, procurando na humildade e na generosidade

aparatos e elementos para seguir suas trajetórias de vida. Jorge Amado com essa

temática não só denúncia a falta de atenção direcionada aos meninos baianos, bem como

focando figuras a exemplo de Lampião e características regionais estigmatizadas por

várias outras regiões brasileiras.

Para caracterizar o personagem o autor utiliza subsídios que vão desde aspectos

subjetivos (o desejo e o encantamento de Volta Seca por Lampião e sua forma de viver

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pelo Nordeste) até aspectos físicos e próprios da região (paisagens secas, plantação de

milho, vaqueiros e suas boiadas, queijos caseiros, rapaduras, cocadas, mingau,

mungunzá, pamonha e canjica. As saudades daquela terra um dia por ele habitada ali

notoriamente se entrelaçam fatores afetivos e pulsionais. Sua vida é marcada de fatos e

fenômenos pouco agradáveis para uma criança, um pedaço de terra de propriedade de

sua mãe é tomada por coronéis, obrigando-o a se tornar um ser humano frio e sombrio.

Os super-heróis na atualidade estão em um determinado patamar para as crianças

que causam estranheza aos adultos das mais variadas décadas. Volta Seca ao contrário

dos garotos atuais não procurava em um super-homem ou em um homem aranha um

exemplo de agir-pensar-refletir, porém é na figura de Virgulino Lampião (tanto por

representar o Robin-Hood dos habitantes nordestinos, tanto por ser visto como o grande

vilão das autoridades da época). O menino abandonado das ruas de Salvador se afeta

diretamente com o rei do Cangaço, tendo o mesmo como padrinho e almejando ser mais

um integrante do bando. Torna-se de valia atentar que a identificação com alguns

personagens se dá entre os mais variados contextos, pois o imaginário infantil na

atualidade se dá de uma forma diferente de algumas décadas atrás, ou seja, cada

contexto prima por fatores que são exclusivos daquele período e sofrendo influências e

modificações da cultura a qual estão inseridos

Percurso Metodológico

Para investigação das obras e dos filmes utilizou-se do método comparativo, este

procedimento “aborda duas ou mais séries ou fatos de natureza análoga, tomados de

meios sociais ou de outra área do saber, a fim de se detectar semelhanças e diferenças a

ambas”. (FACHIN, 2006. p.41) A analogia fora possível graças à análise dos discursos

e das narrativas produzidas (fatos narrados pelo autor) nos personagens, representando o

próprio povo nordestino, focando as mazelas e uma imagem negativa, a exemplo do

analfabetismo, da seca, da fome.

Considerações Finais

Temos ciência que a maneira de descrever o modo de vida das pessoas em seu

meio pode gerar uma representação coletiva das mesmas, sendo assim, os filmes e

algumas obras literárias criaram uma realidade maquiada do povo. Problematizamos

essas produções com a finalidade de nos desatarmos de identidades que nos prendem e

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nos colocam sob um aspecto submisso, ficando-se perceptível que muitos dos relatos

apresentados nessas produções ficam apenas no campo do fictício e não condizem com

a nossa realidade. Notam-se ainda características semelhantes entre os personagens, a

saber: Severino de Aracajú e Volta Seca (observa-se certa diferença de idade, porém

ambos têm personalidades muito parecidas, almejam justiça com as próprias mãos e

estão sempre dispostos a ajudar aos carentes), Chicó e Severino (sonham em mudar de

território, vida e clã, e para tanto se lançam nas mais variadas enrascadas da vida).

Nesta região esquecida, a identificação é fruto da mídia e de instituições de peso

no Brasil, observa-se que esse processo de identificação não estão somente interligadas

a gênero, fases da vida, formas de viver e levar o seu cotidiano. Temos então povos de

faces diversas fixadas em um vasto pluralismo, onde dificilmente poderíamos enquadrá-

las em modelos e padrões instáveis.

Desta forma a tríade Literatura-Cinema-Psicologia Social facilitou nossa

compreensão no que concerne a construção da identidade nordestina, verificando que a

grande parcela de personagens dos longas-metragens e das obras são alvo de estigma e

preconceitos, (des)construindo a imagem de um povo marcado pela garra, pela luta e

principalmente por conquistas.

Referencias Bibliográficas

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BAUMAN, Z. Identidade: Entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

2005.

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de interlocução da Psicologia Social com os Estudos Culturais. In: NEUZA MARIA DE

FÁTIMA GUARESCHI; MICHEL EUCLIDES BRUSCHI (Orgs.). Psicologia Social

nos Estudos Culturais: Perspectivas e desafios para uma nova psicologia social.

Petrópolis: Vozes, 2003.

CIAMPA, A. C. A Estória do Severino e a História da Severina: Um ensaio de

Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense, 2005.

DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. São Paulo: Saraiva, 2006.

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NETO, J. C. M. Morte e Vida Severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro:

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SUASSUNA, A. O Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: PocketOuro, 2008.

Filmografia

O Auto da Compadecida. Produção Daniel e Guel Arraes. São Paulo: Columbia Pictures

do Brasil, 2000. (104min)

Morte e Vida Severina. Produção Walter Avancini. São Paulo: Globo Filmes e Marcas,

1981-2011(60min)