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EDITORIAL Março / Abril / Maio 2006 - Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante - Rio de Janeiro - www.samm.org.br Se eu contasse ninguém acreditaria! Seria essa boa nova taxada como mais uma estória de pescador? Mas seria esse o rótulo do homem do mar? Mentiroso? Por quê? Muitos ainda duvidam da existência de Zé Peixe, enquanto outros questionam se haverá outro baile na EFOMM – RJ e se os convidados das alunas conseguirão adentrar ao local. No final das contas, tudo o que acontece nessa Escola, de segunda-feira a domingo, resume-se a uma eterna propagação de perguntas e dúvidas, das mais simples às mais complexas e elaboradas, quase sempre sem respostas. Ninguém quer deixar de saber de tudo, mas todos sabem de quase nada. “Neguinho disse!” ou “Sabe o que eu escutei na Praça do Sufoco?” são frases que escutamos antes de uma longa ou breve notícia, e nunca se sabe se o que estamos escutando é verídico ou se é alguma “carteação”. Talvez seja porque um dos grandes ícones da Escola, antigamente usual na rotina mensal, sumiu. Sumiu por dois longos anos e quem sabe agora ele comece a bater asas novamente? São tantas essas dúvidas e perguntas, que por enquanto temos apenas uma resposta certa que finalmente pode ser apresentada: O Pelicano voltou! Foi muito difícil dizer esta última frase com essa força, mas aqui está. Após inúmeros obstáculos, ele voltou e, agora, com mais força! Esse pássaro fofoqueiro, intrometido, inteligente e descolado encontrou um novo poleiro e agora voa na grande rede mundial. Em breve no endereço “ www.samm.org.br “ O Pelicano irá se mostrar mais vivo e próximo ao corpo de alunos da EFOMM – RJ e à qualquer outra pessoa ligada direta ou indiretamente a este mundo fantástico da Marinha Mercante. É uma nova equipe, nova formatação, é um outro pelicano. Após cinco anos de trabalhos integrados e diversas reuniões, os 106 Estados Membros da Organização Mundial do Trabalho, através de seus 318 delegados, aprovaram a convenção única para os trabalhadores marítimos do mundo. O resultado obtido certamente irá melhorar as condições de trabalho de milhares de pessoas que atuam nesse ramo. Essa convenção já está sendo chamada de Declaração Universal dos Direitos da Gente do Mar, a qual dispõe sobre as mínimas condições exigidas de qualificação, emprego, remuneração, férias, acomodação, segurança e seguridade social, e também protegerá os trabalhadores das condições laborais a bordo dos navios que operam com bandeiras de conveniência. Após denúncia feita, o navio Matarani, da companhia de navegação americana Prams Water Ship- ping, foi autuado pela Delegacia Regional do Trabalho em Belém. A embarcação, que adota a bandeira de conveniência, não oferecia condições salubres de trabalho para os marítimos embarcados. O chefe da seção de inspeção do trabalho do Pará, José Ribamar Miranda da Cruz, enfatiza: “Haverá o acompanhamento desse processo, pois os trabalhadores brasileiros precisam de condições básicas para desempenhar o trabalho”. Notas Marítimas Flávia Rocha

O PELICANO, maio de 2006

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Jornal O PELICANO de maio de 2006.http://pelicano.sammrj.com.br/memoria/linha-do-tempo/2006-maio/

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Page 1: O PELICANO, maio de 2006

EDITORIAL Março / Abril / Maio 2006 - Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante - Rio de Janeiro - www.samm.org.br

Se eu contasse ninguém acreditaria! Seria essa boa nova taxada como mais uma estória depescador? Mas seria esse o rótulo do homem do mar? Mentiroso? Por quê? Muitos ainda duvidam daexistência de Zé Peixe, enquanto outros questionam se haverá outro baile na EFOMM – RJ e se osconvidados das alunas conseguirão adentrar ao local. No final das contas, tudo o que acontece nessaEscola, de segunda-feira a domingo, resume-se a uma eterna propagação de perguntas e dúvidas, dasmais simples às mais complexas e elaboradas, quase sempre sem respostas. Ninguém quer deixar desaber de tudo, mas todos sabem de quase nada. “Neguinho disse!” ou “Sabe o que eu escutei na Praçado Sufoco?” são frases que escutamos antes de uma longa ou breve notícia, e nunca se sabe se o queestamos escutando é verídico ou se é alguma “carteação”. Talvez seja porque um dos grandes ícones daEscola, antigamente usual na rotina mensal, sumiu. Sumiu por dois longos anos e quem sabe agora elecomece a bater asas novamente? São tantas essas dúvidas e perguntas, que por enquanto temos apenasuma resposta certa que finalmente pode ser apresentada: O Pelicano voltou! Foi muito difícil dizer estaúltima frase com essa força, mas aqui está. Após inúmeros obstáculos, ele voltou e, agora, com maisforça! Esse pássaro fofoqueiro, intrometido, inteligente e descolado encontrou um novo poleiro e agoravoa na grande rede mundial. Em breve no endereço “ www.samm.org.br “ O Pelicano irá se mostrar maisvivo e próximo ao corpo de alunos da EFOMM – RJ e à qualquer outra pessoa ligada direta ou indiretamentea este mundo fantástico da Marinha Mercante. É uma nova equipe, nova formatação, é um outro pelicano.

Após cinco anos de trabalhos integrados e diversas reuniões, os 106 Estados Membros daOrganização Mundial do Trabalho, através de seus 318 delegados, aprovaram a convenção única paraos trabalhadores marítimos do mundo. O resultado obtido certamente irá melhorar as condições de trabalhode milhares de pessoas que atuam nesse ramo. Essa convenção já está sendo chamada de DeclaraçãoUniversal dos Direitos da Gente do Mar, a qual dispõe sobre as mínimas condições exigidas dequalificação, emprego, remuneração, férias, acomodação, segurança e seguridade social, e tambémprotegerá os trabalhadores das condições laborais a bordo dos navios que operam com bandeiras deconveniência.

Após denúncia feita, o navio Matarani, da companhia de navegação americana Prams Water Ship-ping, foi autuado pela Delegacia Regional do Trabalho em Belém. A embarcação, que adota a bandeirade conveniência, não oferecia condições salubres de trabalho para os marítimos embarcados. O chefeda seção de inspeção do trabalho do Pará, José Ribamar Miranda da Cruz, enfatiza: “Haverá oacompanhamento desse processo, pois os trabalhadores brasileiros precisam de condições básicaspara desempenhar o trabalho”.

Notas Marítimas

Flávia Rocha

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Apesar de já estarmos praticamente no meiodo ano letivo de 2006, só agora foi possível um contatomais próximo com todo o corpo de alunos. Todossabemos que há todo o tipo de alunos, com as maisdiversas características pessoais em nossa escola, queatualmente conta com aproximadamente 500 alunoscursando os diversos anos escolares do Curso deFormação de Oficiais da Marinha Mercante, de maneiraque se torna impossível atingir todos os alunos comgrande potencial de cooperação profissional e culturalpor outro meio que não o impresso.

A meta do Grêmio de Máquinas da EFOMM 2006é o crescimento profissional de todo o corpo de alunos,sendo a seriedade a única exigência para a participaçãoativa no Grêmio. Para o crescimento profissional,percebemos que é necessário uma interação muitomaior de 1°, 2° e 3° anos do que é hoje notado dentroda EFOMM. Muita informação foi perdida nas mudançasde gestão do Grêmio por esta falta de interação. A cadaturma que assume a direção das diversas divisões daSAMM, muitas são as mudanças na filosofia de trabalhoe não foram poucas as vezes que um ano inteiro detrabalho foi simplesmente ignorado e tudo foi começadoda “estaca zero”.Querendo evitar que isso volte a acontecer, sempre quehouver material de interesse dos alunos, este materialserá colocado no mural que nos pertence, e a diretoriado Grêmio estará sempre disposta a escutarsugestões, críticas e receber qualquer forma decontribuição.

Outro aspecto que vale a pena ser esclarecido éa hierarquia militar dentro do Grêmio. Desde já, énecessário deixar claro, como foi dito antes, que a únicaexigência para a participação no Grêmio é a seriedade.Portanto, com relação às atividades em que o Grêmiopuder escolher a forma de seleção dos participantes, oúnico critério a ser levado em conta será, por razõesóbvias, o tempo de escola restante para a formatura.No entanto, quando buscarmos cursos, palestras,visitações ou qualquer outra atividade, a nossa metasempre será por um número de vagas que comporte omáximo de alunos interessados.

Agindo dessa forma, esperamos trazer a máximacontribuição para a formação de todos, já que, comtodos os anos escolares atuando no mesmo sentido,os nossos objetivos serão alcançados com umafacilidade muito maior do que cada um lutando sozinho.Vale lembrar que, em pouco tempo, muitos de nósestaremos embarcando juntos, e é desejo de todos,evidentemente, que esse embarque seja feito compessoas e condições do mais alto padrão deprofissionalismo possível.

Grêmio de Máquinas

Spomberg

Atualidades Marítimas

Vanessa Freitas

O Ministro da Ciência e Tecnologia SérgioRezende assinou, no Rio de Janeiro, oito convênioscom instituições de pesquisa para a implementaçãodo programa de capacitação tecnológica para apoioà indústria naval brasileira. Em parceria com aPetrobrás, Transpetro e Centro de PesquisasPetrobrás (CENPES), serão investidos recursos daordem de 32 milhões de reais no desenvolvimentode estudos para modernizar a indústria do setor.Com esse desenvolvimento, o país será capaz deconstruir navios de origem nacional, uma vez que,atualmente, apenas 5% dos navios em atividadeforam construídos no Brasil, segundo o presidenteda Transpetro, que prevê a construção de 42 navioscom o programa de modernização da frota.

O Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) aprovou ofinanciamento de 42,6 milhões de dólares para umaempresa de apoio. Os recursos correspondem a89% do investimento de 48 milhões de dólares queserá realizado nos próximos 2 anos, para aconstrução de três barcos de apoio marítimo,utilizados no suprimento e prestação de serviços aplataformas de exportação e produção de petróleo.Os navios são do tipo PSV 3000 (Plataform Supply

Vessel) e atendem tecnicamente o padrão detecnologia internacional.

EXPEDIENTE

Oficial Responsável: Comte Câmara LeãoEditor-chefe: Aluno SerpaEquipe: Alunos

Bragança Michele FrançaCarla Cruz PradoCouto QuintanilhaCamila Viana Reinaldo LopesDottori Silva JúniorÉrika Lanes SylvioFerreira Gomes ThaináFlávia Rocha ValverdeFlávia Silva VanessaJanaína Ribeiro William SouzaMariana Coelho

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Aproveite melhor a vida!

Valverde

Existe uma série de cuidados que devemostomar para a obtenção de uma excelente qualidadede vida. Em sua maioria já são conhecidas pornós, porém, nem sempre são levadas emconsideração. Também não devem se converterem uma doutrina. Devem apenas ser fundamentaispara lidarmos bem com os problemas epreocupações que afetam nosso dia-a dia e nãopermitir que estes estejam presentes em nossavida. Algumas simples mudanças em nossoshábitos podem nos proporcionar uma melhorsaúde física, metal e material.

Cultive a amizade verdadeira: Para sermosfelizes, precisamos ter amigos. A amizade atua nocérebro liberando substâncias hormonais queestimulam a alegria. Um modo de vencer a solidãoé compartilhando uma boa amizade e um grandeamor. Não sendo necessário mais que um de cada.Se quisermos um verdadeiro amigo, contudo,devemos estar dispostos e disponíveis, sabertrocar e doar-se, pois o único amigo do egoísta éele mesmo. E que mau amigo!

Acredite: Pessoas otimistas e crentes emalguma idéia ou objetivo são mais saudáveis. Umsignificado para nossa vida pode estar emqualquer coisa – da religião à filantropia. Valedesde a crença em Deus até mesmo aimportância do seu papel como cidadão na históriada sociedade. Outra opção é o altruísmo: colaborarcom asilos, creches, trabalhos voluntários... oimportante é ajudar e acreditar!

Exercite seu cérebro: Durante as fériaspodemos até perder alguns indispensáveis pontosno Q.I.. Isto se deve ao repouso mental tãoalmejado. Entretanto, devemos exercitar o cérebro.Ler, escrever ou qualquer outra atividade que façapensar são boas opções. Ver TV por um longoperíodo de tempo, por exemplo, pode ocasionarfunções cognitivas alteradas, problemas depostura e articulação e causar dependência, alémde danificar as funções do lado esquerdo docérebro, reduzindo o desenvolvimento lógico-verbal.

Outra solução é a música. Está comprovadocientificamente que ouvir música aumenta as co-nexões cerebrais, desenvolve o raciocínio lógico,diminui o estresse da vida moderna e aumenta aconcentração. E não precisa ser uma clássica oujazz; pode ser um heavy metal, quem sabe.

Seja Natural: As facilidades e correrias docotidiano nos afastam cada vez mais da convivên-cia com a natureza e da simplicidade do viver. Umacorriqueira caminhada pode, inclusive, aumentarnossa inteligência, perda de peso e benefícios naoxigenação do corpo e no sistema imunológico.Ela melhora o desempenho da leitura e aprendi-zado, com um beneficio extra: proporciona umasociabilidade muito mais dinâmica e interessan-te. Ser natural inclui também respeitar o ritmo doseu corpo, a exemplo de como você se alimenta.Desfrutar as refeições lhe dará um mesmo nívelde satisfação e saciedade com o prazer de sabo-rear e apreciar o prato ingerindo uma menor quan-tidade de comida.

Ouça seu médico: Beba bastante água –durma bem – não fume – respeite sua coluna –faça refeições saudáveis – pratique exercícios re-gularmente – sexo só seguro, e - não se desespe-re, cair em tentação também é normal!

Relaxe: Permita que a criança que vive emvocê venha à tona. Mesmo numa pessoa adulta,ela ainda existe e pode ajudá-lo a relaxar. Não sereprima! Busque auxílio e exponha seus sentimen-tos, isso ajuda a aliviar a tensão. Cuidado com asobsessões, radicalismos e rigidez em seus ide-ais, podem não ser tão saudáveis. O melhor mes-mo é o equilíbrio e a flexibilidade. Lidar bem como estresse e as situações ruins podem lhe pouparde depressão, ansiedade e problemas cardíacose/ou respiratórios. No fim, se nada der certo, res-pire! Inspirar, contar até dez e só aí expirar. Costu-ma sempre funcionar!

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E le nãou s a

s a p a t o s ,dispensa assandálias enão é fã deágua doce. Ohabitat dos e r g i p a n oJosé MartinsR i b e i r oNunes, o ZéPeixe, é aá g u asalgada. Homem franzino , de 1,60 metro de altura,78 anos e pouca conversa, Zé Peixe fez seu nomeultrapassar, e muito, a barra do canal de Aracaju,onde trabalha desde 1947. Hoje, Zé Peixe éconhecido, reverenciado e aclamado pormarinheiros do país inteiro.

A maestria de Zé Peixe consiste em receberos navios em alto mar e guiá-los até a atracaçãono porto e vice-versa, tal como qualquer prático,evitando as armadilhas dos canais. Isso serianormal não fosse o fato deste senhor fazê-lo anado. Para alcançar os navios, ele pega caronaem alguma embarcação e desce a seisquilômetros da costa, na Boca da Barra. Nada atéuma bóia de sinalização, onde espera a chegadado navio. Quando o navio chega, ele é içado abordo e assume a pilotagem até o porto. O maisimpressionante é o processo inverso, ao retirar onavio do porto. Normalmente, um prático usa umbarco de apoio para retornar a terra. Mas essenão é o caso de Zé Peixe. Ele segue com o navioaté a Boca da Barra e ali avisa ao comandantedo navio que descerá da embarcaçãomergulhando! Salta, então, de alturas muitasvezes superiores a 40 metros, deixando atônitoscapitães e marinheiros.

Zé Peixe nunca errou em sua profissão econhece o mar de Aracaju como a palma da mão.Sabe a profundidade das águas pela cor e porvariações marítimas de temperatura. Hoje estáaposentado, e continua trabalhando, embora nãose importe com o dinheiro que recebe. Seu salárioé distribuído por ele a pedintes, velhos pescadoresque não podem mais trabalhar e não têm nenhumtipo de amparo, catadores de caranguejo que nãotiram seu sustento do mangue ou pobres que

Zé- Peixe - O velho peixe do mar

Serpacaíram na infelicidade da bebida e esmolam pelasruas. O interessante é que ele mesmo não tem nada,sua casa é um casebre entulhado de tudo que juntouna vida – ele não joga nada fora!

Zé Peixe virou biografia (não autorizada) emAracaju. A obra deveria ser distribuída gratuitamente,mas os autores ignoraram o pedido da família ecolocaram à venda. Agora, uma segunda biografia,desta vez oficial, está a caminho. Quem prepara ésua sobrinha-neta Luciana Shunk.

Zé Peixe não fuma, nunca bebeu álcool,dorme às 8 da noite e acorda quando o dia aindanão amanheceu. Apenas abre um largo sorrisoquando parte para o mar. Longe dele, sente-se umpeixe fora d’água, mas, nele, é um feliz homem semsapatos.

Este quadro, intitulado “Pescadores”, dopintor Arlindo Machado, professor de pinturada EFOMM, está em exposição na SAMM. Eleestá sendo rifado por apenas 1 real, e a arre-cadação será revertida para o Abrigo Tiago Félix(que ajuda idosos). Os interessados poderãoapreciá-lo e se informar através do diretor cul-tural da SAMM, Adriano. Participe deste gran-de ato de bom gosto cultural e de amor ao pró-ximo.

CARIDADE E BOM GOSTO

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BEM-ESTAR

Michele França e Camila VianaTONTURA - VERTIGEM -“LABIRINTITE”

Tontura é o termo que representagenericamente todas as manifestações dedesequilíbrio. As tonturas estão entre os malesmais freqüentes em todo o mundo e são deorigem labiríntica em 85% dos casos. Masraramente as tonturas podem ser de origemvisual, neurológica ou psíquica.

Vertigem é um tipo particular de tontura,caracterizando-se por uma sensação de rotação.

Labirintite é uma enfermidade de raraocorrência, caracterizada por uma infecção ouinflamação no labirinto. O termo é utilizado deforma equivocada para designar todas asdoenças do labirinto.

Existem dezenas de doenças e/oudistúrbios labirínticos e cada uma delas temcaracterísticas próprias que exigem formasespeciais de tratamento.

A maioria das pessoas usa a palavra tonturapara descrever a sua perturbação do equilíbriocorporal. Outras descrevem essa perturbaçãocomo atordoamento, sensação de “cabeça leve”,entontecimento, estonteamento, impressão dequeda, instabilidade, sensação de flutuação, deestar caminhando em cima de um colchão,tonteira ou, ainda, zonzeira.

A vertigem é o tipo mais freqüente detontura. O paciente sente-se girando no meioambiente ou sente o ambiente girando a sua volta.

As crises mais fortes de tontura podem seracompanhadas de náuseas, vômitos, suor,palidez e sensação de desmaio.

Muitos pacientes com tontura tambémpodem referir outros sintomas como ruídos noouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido,tinitus), diminuição da audição, dificuldade paraentender, desconforto a sons mais intensos, perdade memória, dificuldade de concentração, fadigafísica e mental. Isso é devido às inter-relaçõesentre o sistema do equilíbrio com a audição eoutras funções do sistema nervoso central.

As causas

O desequilíbrio corporal pode ocorrer porapresentar alterações funcionais originadas nasdiversas estruturas do sistema vestibular(vestibulopatias primárias) ou determinadas porproblemas clínicos à distância em outros órgãos ousistemas, que podem afetá-lo de diferentesmaneiras (vestibulopatias secundárias).

Numerosas são as causas de vestibulopatiasprimárias e secundárias: traumatismos de cabeçae pescoço, infecções, drogas ou medicamentos(álcool, nicotina, cafeína, maconha,anticoncepcionais, etc...), erros alimentares,tumores, envelhecimento, distúrbios vasculares,doenças metabólicas-endócrinas, anemia,problemas cervicais, doenças do sistema nervosocentral, alergia, distúrbios psiquiátricos, entre outros.

Vertigem e outras tonturas são sintomas quecostumam ser sensíveis ao tratamento desde quehaja coerência com o diagnóstico formulado. Emgrande número de casos, com auxílio de exameslaboratoriais e obtenção de imagens, conseguimosestabelecer a causa da doença e instituir o melhordos tratamentos, ou seja, o tratamento etiológico (dacausa). O tratamento atual das doenças oudistúrbios do equilíbrio consiste numa associaçãode providências que devem ser tomadas para seobter resultados mais satisfatórios. Essa múltiplaabordagem de conduzir o tratamento consiste noseguinte: procurar eliminar ou atenuar a causa datontura; utilizar criteriosamente os medicamentosantivertiginosos; personalizar os exercícios dereabilitação do equilíbrio; correção de errosalimentares que podem agravar a vertigem esintomas associados; mudanças de hábitos ouvícios que possam ser fatores de risco,principalmente quanto ao uso de açúcares deabsorção rápida, café, álcool e fumo e; cirurgia davertigem que deve ser destinada a casosespecíficos (tumores, fracassos do tratamentoclínico em certas doenças), em combinação, ounão, com as medidas que constituem a múltiplaabordagem do tratamento conservador.

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Carla Cruz e Flávia Silva

Este é um espaço reservado para esclarecimento de algumas de nossas dúvidas. Nadamelhor do que na 1ª edição de retorno do jornal “O PELICANO”, conhecermos um pouco donovo Comandante deste Centro, Comte Júlio César Barcellos Guimarães, e também suaspropostas.

Com procedência do Estado Maior daArmada, Comte Barcellos era

Encarregado da Divisão da Formação eTecnologia da Informação, gerenciando toda ainfra-estrutura dos projetos de implantação emodernização dos sistemas informatizados. Alémdisso, foi responsável pelo sensoriamento remotode satélites, participando de vários fóruns no Brasile exterior.

O Comte Barcellos deixa claro que “suaproposta é mais que uma proposta, é uma tarefaimposta”. Deseja gerenciar comcomprometimento total, dedicação e motivação.Reconhecendo a obrigação de formar os alunoscomo marítmos. Intencionando a melhoria daqualidade da formação, fornecendo informaçõesde caráter profissional aos alunos através depalestras de empresas de navegação, embarquese cursos de aperfeiçoamento.

Em suas palavras “ser exemplo e darexemplo” é necessário para a eficácia noprocesso objetivando deixar claro os projetos doCentro através do Plano Piloto. Este plano visa oplanejamento de todos os projetos a seremrealizados na OM, integrado ao programa deaplicação de recursos com objetivo de avaliarbenfeitorias aplicadas.

Dentro deste projeto consta a ampliação emodernização da biblioteca com a implantação daInternet II, integrada a universidades e centros depesquisas.

Entre suas palavras, o Comandante diz queliderar é difícil. Assim, tem interesse em dar ereceber ajuda dos alunos, principalmente dosalunos do 3º ano, os quais ele entende que são a“gerência” da EFOMM. No entanto, estes têm aobrigação de colocar em prática a liderança que

irão exercer em alguns meses. Além disso, osalunos do 3º ano têm um comprometimento com osalunos do 1º e 2º anos, sendo exemplos a seremseguidos, já que, para melhor condução do Centro,o Comandante Barcellos deseja umahomogeneidade, tendo como lema: “Eficácia eharmonia devem caminhar juntas”.

Tem em mente três frases que o ajudarão aexercer o comando:

‘”A PALAVRA CONVENCE,O EXEMPLO ARRASTA EO CAJADO EMPURRA.”

Estas são as armas que o Comandante podeusar para administrar, preferindo a palavra e oexemplo, sem descartar no entanto o cajado. 

ENTREVISTA

Page 7: O PELICANO, maio de 2006

PERFIL

Professor Alexandre Cherman

Valverde

Alexandre Cherman, 33 anos, morador do Rio deJaneiro, bacharel em Astronomia, mestrado e

doutorado em Física, astrônomo da FundaçãoPlanetária do Rio de Janeiro e professor visitante doCIAGA (conferencista). Cresceu em Santos,onde seus pais moravam e lá completou o ensinofundamental e médio em colégio particular. Após seformar, prestou vestibular para Engenharia. Passou,porém não compareceu ao curso. Permaneceu umano estudando nos Estados Unidos fazendointercâmbio cultural.

Voltou para o Rio de Janeiro para estudarAstronomia, uma vez que já se interessava pelaprofissão, devido a influência de seu pai, oficial daMarinha Mercante. Tal motivação se explica pelo fatode, na época, o GPS não ser usado em larga escalae a astronomia ser muito mais utilizada do que hojeem dia.

Para você, leitor, que talvez não saiba, umastrônomo não fica a noite inteira olhando para o céu.A profissão exige muito cálculo e muita física. Aastronomia na vida das pessoas encontra-se, porexemplo, na parte de satélites, a chamada “mecânicaceleste”.

Autor dos livros “Como-o-quê?” e “Sobre osOmbros de Gigantes”, seu objetivo é a difusão doconhecimento, pois o mercado é fraco, posto queo brasileiro não possui o hábito de comprar livros.Na sua opinião, o atual rumo da educação nãoestá bom, mas pode progredir com uma melhorformação técnica e profissional dos professores.Estes devem estar bem preparados e prontospara responder qualquer pergunta.

Com dois empregos e com a ajuda daesposa, que também trabalha, ele não seconsidera rico, mas consegue viver bem. Porém,afirma que trabalha de sete da manha às dez danoite. Apesar de tudo, é muito feliz nas profissõesem que atua. Considera-se bem casado e nãopossui filhos, mas um dia planeja tê-los. Resumeque a situação em que se encontra lhe agrada.

Quanto à avaliação dos alunos, Chermanafirma que a prova é um reflexo do relacionamentoturma-professor, devendo ser feita no nível da aula,o que é uma questão de respeito para ambas aspartes. Ele acha divertido a fama de terror quepossui e acredita ser natural alguns alunosgostarem de seu método e outros não. Para ele,o mais importante é que exista respeitoprofissional.

DESAFIO

É preciso organizar alguns navios de uma maneira em que reparos aconteçam nos mesmosem suas respectivas docas e especificações. Os navios maiores são os navios Andréa, Mayca,Mary, Samir, Amon, Theodor e os menores são: Savier, Loise e Marine. Sabe-se que os naviosmenores devem ficar ao centro, e os maiores devem ficar nas posições 1, 2, 3, 7, 8 e 9. As docassão intercaladas por cor verde e marrom. Andréa e Theodor estão em cor verde; Loise estáimediatamente a bombordo de Samir, e Mayca está em marrom, a bombordo de Andréa. Maryestá entre dois navios de grande porte. Theodor não é nem o primeiro nem o nono navio nasdocas. Marine está a bombordo de Andréa, mas não imediatamente dentre os menores. Qual aposição de cada navio? A resposta você confere na próxima edição. Boa sorte!

Page 8: O PELICANO, maio de 2006

BIZU

Atualmente, é a Organização MarítimaInternacional (IMO- International Maritime

Organization) o motor da ação internacional emmatéria de segurança marítima. Esta organizaçãotomou a seu cargo as convenções internacionaiscelebradas anteriormente à sua implementaçãoefetiva em 1982 e está encarregada de colocá-lasem prática. Desde então, foi sob a sua tutela queforam introduzidas alterações a convenções, bemcomo a adoção de novas convenções.

A Sociedade Das Nações (SDN) já tinhainstituído, na época entre-guerras, uma “Comissãoconsultiva e técnica para as comunicações etrânsito”. Em 1948, em Genebra, uma conferênciada Organização das Nações Unidas (ONU) criou aOrganização Marítima Consultiva Intergovernamental(IMCO- Inter Governamental Maritime Consultive

Organization) que só começou a funcionar em 1958.Mas foi necessário esperar por 1975 para que aconvenção de 1948 fosse revista e permitisse fixaro estatuto atual da IMO, que entrou em vigor em1982.

Segundo o modelo das outras organizaçõesespecializadas da ONU, a IMO consiste numaAssembléia que reúne de dois em dois anosrepresentantes de todos os Estados-Membros (maisde 160 atualmente) e das organizações não-governamentais com estatuto consultivo, entre osquais se encontra atualmente a Comissão Européia.Embora a IMO tenha um papel essencialmentetécnico, regulamentar e normativo através das suasconvenções, resoluções e circulares, ela não podeobrigar os Estados a incorporar estes textos nosseus códigos legislativos e regulamentares, nemassegurar a aplicação dos mesmos, ao contrário daOrganização da Aviação Civil Internacional (OACI),que dispõe, desde 1999, de um “Programa universalde auditorias de supervisionamento da segurança”,que compreende auditorias regulares, obrigatórias,sistemáticas e harmonizadas, efetuadas pelaOrganização em todos os Estados celebrantes, paraassegurar a aplicação das normas e práticasrecomendadas.

Na ausência de uma aplicação eficaz daregulamentação internacional pelos “Estados dabandeira” (países de origem dos navios), a via maiseficiente é a do controle pelos “Estados do porto”(durante as escalas) com a implantação de acordosregionais (Memorandum of Understanding on Port

State Control - MOU) visando assegurar estatarefa de modo harmonioso e não discriminatório.O primeiro MOU, o de Haia em 1978, foi alargadoem 1982 (MOU de Paris) à maioria dos países daEuropa do Norte para enfrentar as bandeiras deconveniência (oficialmente “de livre registro”).Certos acordos do mesmo tipo existem agorapara as zonas: América do Sul, Extremo Oriente,Caraíbas, Mediterrâneo, Oceano Índico, ÁfricaCentral e Ocidental, Mar Negro.

Em suma, um dos principais objetivos daIMO é criar regras para que haja uma padronizaçãodas atividades de marinha mercante a fim de zelarpela segurança da navegação, prevenção dapoluição do meio ambiente e principalmente zelarpela vida da tripulação.

Bragança

ATUALIDADES MARÍTIMAS

Thainá Com o desenvolvimento do mercado de transporte decabotagem, a Aliança Navegação e Logística anunciou que,a partir do segundo semestre de 2006, colocará novos naviospara atender o aumento do serviço marítimo. “Na percepçãode que o Brasil, com a extensão que tem e com adescentralização do desenvolvimento nacional, investimosna navegação de cabotagem, sentindo que as rodovias nãoteriam condições de suportar a demanda de carga e aintensidade do transporte, além de o governo brasileiro nãoter condições de aportar recursos para a imensa malharodoviária que temos”, informou em entrevista, José AntônioCristóvão Balau, diretor de Operações, Logística e Cabotagemda Aliança Navegação e Logística.

Em 2005, a empresa movimentou 200 mil TEUsna cabotagem. E para 2006, a perspectiva é chegar a 250mil TEUs. “Para isso, estamos oferecendo espaço, novasalternativas de serviço, melhorando a regularidade econfiabilidade, esperando assim ter um retorno significativodo mercado aos nossos investimentos”, ressaltou.

Com relação aos navios alocados para atuar notransporte costeiro, a Aliança Navegação conta, atualmente,com sete embarcações de bandeira brasileira, além de maisum navio que entrará em operação em breve (Aliança Leblon),conforme o executivo, e os dois novos (Aliança Brasil e AliançaEuropa), com previsão de operarem já no segundo semestre.“Com isso, até o final de 2006, teremos dez navios operandona cabotagem, disponibilizando uma capacidade total aomercado de 17 mil TEUs”, disse.

Page 9: O PELICANO, maio de 2006

BAILE DOS FERAS 2006

Há quem diga que o dia 25 de Março não deveriaacabar. O tão esperado baile do primeiro ano

(mais conhecido como Baile dos Feras) superou asexpectativas.

Realizado no Clube Riviera na Barra, o Baileestava decorado com mesas, faixas, balões em

formato degolfinho, arranjode mesa emforma de aquárioe bolas nos tonsde azul e branco.A pista de dançatinha um palcoc e n t r a lacompanhado deum telão quemostrava clipes

durante o evento.No cardápio podia se encontrar variedade de

salgadinhos e bebidas. Cerveja,caipirinha esmirnorff ice por um real, enquanto que água erefrigerantes foram servidos gratuitamente.

Na categoria sonorização, pôde-se contar comdiversos estilos de música. Os DJs Bob Esponja,Mário Gonçalves e Júnior Gonzalez mostraram a quevieram e não deixaram a pista ficar vazia. E este foio local escolhido para a confraternização com osconvidados.

O Baile dos Feras 2006 serviu para aproximara nova turma dos demais alunos e serviu ainda paraaliviar o stress devido às provas e aos trabalhosfeitos durante a semana, dando veracidade à teoriade que o baile só foi ruim para aqueles que ficaramdo lado de fora.

Com isso, se você foi um dos que torceu parao baile não acabar,fique tranqüilo. O próximo eventopromete ser ainda melhor. A Festa Junina daEFOMM já está sendo planejada e maioresdetalhes serão divulgados posteriormente.

DE OLHO

O número de convidadas atingiu oesperado e houve grande quantidade demeninos barrados na entrada, uma vez quenão possuíam o nome na lista. O critérioadotado pelos alunos do 3º ano foi oferecerapenas um convidado por aluna e somenteautorizar a entrada de mulheres nos ônibusque saíram de pontos estratégicos do Rio deJaneiro. Desta forma, o corpo de alunassentiu-se prejudicado, pois não teve aoportunidade de levar amigos e pessoaspróximas para a confraternização que deveriaser o principal motivo deste baile.

Deve-se ainda ressaltar dois pontosimportantes do evento: o comportamento dosalunos e convidados, considerado bom, nãohavendo brigas e nem desentendimentos.

O segundo ponto positivo  foi a presençado Comandante e Imediato do Ciaga, doComCA, ImCA, Comte Câmara e da OficialFernanda Barbosa até o final da festaoferecendo grande credibilidade ao evento.

Baile dos Feras 2006: muita gente e muita animação!

Fotógrafo: William Souza

Érika Lanes

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CULTURA

O neguinho viu!

Serpa

Apesar de já ter lido muitos livros e visto váriosfilmes, não poderia deixar de tecer meu

primeiro comentário sobre o livro mais vendido ecomentado durante todo o ano passado: CódigoDaVinci. Embora o primeiro, o segundo e o maisrecente livro de Dan Brown não terem emplacado,“Código DaVinci” só fez o sucesso que fez por umúnico motivo, o fato de envolver em polêmica umtema que põe em xeque 2000 anos de História. Seutexto, sem dúvida, é envolvente e repleto deinformações que a maioria dos leitoresdesconhecia, mas é claro que nem tudo pode sertomado como verdade absoluta. Alguns relatos quese referiam a Leonardo DaVinci nunca existiram,ou pelo menos não consta em relatos oficiais,excetuando outros assuntos referentes à seita e àprópria Igreja Católica, que só serviam paraincrementar o cenário de ação e suspense.

Como seu sucesso foi tão grande, o filme foiproduzido e estréia na segunda metade de maiono Festival da Cannes, para depois sim, chegaraos cinemas, com estréia mundial (19/05). Isso seDan Brown vencer mais um processo que vemcolecionando desde a publicação de “CódigoDaVinci”, mas isso não é nenhum motivo parasustos, o autor venceu todos.

Pelo que parece, Tom Hanks fará o papel dohistoriador e professor Robert Longdon, oprotagonista da estória e a quase desconhecidaAudrey Tautou, a criptógrafa Sophie Neveu. Esperoque o filme seja tão bom quanto o livro e que aessência e objetivo da estória não fiquem perdidosem meio aos efeitos especiais, na tentativa de sefazer um filme unicamente para ser sucesso debilheteria como faz a máquina hollywoodiana decinema. Com certeza depois da sua estréiaestaremos aqui, novamente, observando tudo!

Nada poderia ser mais categórico que Portinaripara se abrir o ano cultural da EFOMM no dia

16/04. Composta de vinte e nove quadros, aexposição foi um grande sucesso, tendo o Salãode Leitura como ponto de encontro entre os alunosda EFOMM e o mundo de Portinari.

Portinari nasceu em 1903 e, desde então,dedicou - se integralmente ao trabalho e tentouemancipar seus conceitos e sua visão através dapintura.De acordo com Antônio Callado (escritorresponsável pela biografia do pintor) ,“Portinarilavrava sua plantação de quadros como seus paishaviam feito com o café: de sol a sol”.E essadevoção à pintura foi o motivo de sua morte em1962, por envenenamento causado pelas tintas queusava.

A exposição trazida para a nossa escola é umapequena amostra das mais de 5.400 pinturasreunidas pelo projeto Portinari, que iniciou - se noano de 1979. Os quadros expostos retrataram,essencialmente, as marcas do Brasil: sua cultura eseu povo.Podendo-se, assim, confirmar a teoria deque ser Portinari é ser Brasil de corpo e alma.

Algumas obras ressaltavam as regiõesbrasileiras separadamente, ou seja, abrangiamdesde o nordeste com sua seca, seus imigrantesaté as favelas e morros da região sudeste. Houveum grande destaque para as crenças populares(bumba-meu-boi, Judas) e para interação homem-animal.

O Brasil de Portinari

Por Erika Lanes

O evento contou com a participação do coralda EFOMM que homenageou a senhora SuelyAvellar, diretora da área de arte-educação doprojeto Portinari, que ministrou uma palestra paratodo corpo de alunos, transmitindo seusconhecimentos e aumentando o apreço dos alunospela arte em caráter geral.

Suelly Avellar, do Projeto Portinari e o Comandante Júlio CésarBarcellos Guimarães na inauguração da exposição de répli-cas de Portinari

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ESPORTES

A preparação das equipes

Prado

O ano começou árduo para as equipes da EFOMM,já que elas tiveram pouco tempo de preparação

e já enfrentam vários amistosos. A equipe de futebol,por exemplo, em poucos meses já disputou cerca detrês amistosos, com duas vitórias e uma derrota. Aequipe de basquete foi disputar um amistoso emBelford Roxo e por pouco não venceu. O vôlei tambémestá no caminho da vitória.

A parte de formação marinheira está disputandoregata após regata, treinando para se manter nascabeças do ranking carioca. A equipe de remo disputousua primeira regata no ano e obteve medalhas, o quesignifica que o treinamento está dando certo.

Uma equipe que nunca se oficializou, e que esseano promete despontar nos esportes, é a equipe detênis que a cada dia melhora seu desempenho commuito treinamento. Uma equipe de tênis sempre foi umprojeto da EFOMM. Entretanto, somente neste ano,aumentou o número de atletas interessados no esporte.

O ano tem tudo pra ser bom para as equipes daEFOMM, pois todos estão bem motivados eempolgados com as competições. Se todas asequipes competirem igual à vitoriosa equipe de futebol,vamos conseguir muitos títulos e medalhas para nossaescola.

Prado e Ferreira Gomes

A grandiosa regata Volvo Ocean’s Race fez suaparada no Rio de Janeiro no dia 25 de março

de 2006. Uma regata de enormes proporções comuma incrível quantidade de espectadores vindo detodas as partes do mundo, muitos em barcos,alguns em terra e uns poucos helicópteros. Aequipe de vela do CIAGA estava lá, aprendendoum pouco mais com os melhores do mundo. Na primeira perna da regata, já se via asuperioridade dos integrantes do Holanda 1,sempre na frente. O Brasil 1, que conta com obrilhante Torben Grael a bordo, usou uma táticadiferente das demais: ele foi por um caminhoafastado do meio

A volta ao mundo passa pelo Rio

do canal, perto de Niterói, tendo em vista que amaré estava enchendo. Naprimeirab ó i a , oHolanda1 estavan af r e n t e ,seguidodo Brasil1, mas oq u echamoumuita atenção foi o belo balão dos americanoscom um símbolo dos piratas. Após a bóia, algodeu errado com o Brasil 1: eles arriaram a balãoe perderam algum tempo parados. Na segunda perna de contra vento, o Brasil1 foi o penúltimo a armar o balão. Com umamanobra muito inteligente, ele foi orçando obalão para o meio do canal, aproveitando acheia da maré e retomou a segunda colocação.Essa manobra na perna seguinte deu certo denovo, dessa vez com o Holanda 2, que quasesempre era o último colocado. A regata ficou muito equilibrada na últimaperna. A disputa pela terceira posição foi muitoacirrada, mas o Brasil 1, após ótimarecuperação,conseguiu sustentar o terceirolugar. A regata terminou com a esperada vitóriado Holanda 1, que liderou a regata inteira. No final, muitos barcos acompanharam oBrasil 1 com o tratamento que eles merecem,como os melhores. Mesmo não conseguindo avitória, para nós, brasileiros, eles são campeõespor estarem lá.

ESPAÇO DOS LEITORESSe você tiver sugestões de matérias, críti-cas, contribuições ou quaisquer outros co-mentários, ficaremos felizes em receber oseu e-mail . Escreva [email protected] . A próximaedição sai no início de julho, antes das nos-sas férias.

Foto: Ferreira Gomes

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Esta edição foi digitalizada através do Projeto Memória, divisão do Jornal Pelicano encarregada derecuperar e digitalizar todo conteúdo produzido pelos alunos da Escola de Formação de Oficiais daMarinha Mercante.

Processado em Fevereiro de 2009 com a colaboração dos alunosLorenzeto, Túlio, Souza Mattos, Leandro, Farsura, Sara e Dieinielle.

Conheça os Termos de Uso e saiba como colaborar acessando nosso site.

http://pelicano.sammrj.com.br/memoria

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MemóriaMemória