O Pensamento lógico

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  • 8/14/2019 O Pensamento lgico

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    Nossas percepes sensoriais declaradamente constituem nosso nico conhecimentosobre as coisas. O mundo objetivo continua sendo uma hiptese, apesar de natural..A lgica clssica (de dois valores) de lgica bivalente. a lgica dominada pelo

    princpio da no contradio, a lgica do "ou... ou". No entanto, esta lgica noage sempre em nosso pensamento consciente verbal (e pr-consciente ou mtico);

    o uso da metfora, a expresso do imaginrio , muitas vezes, governada por um'pensamento combinatrio', uma lgica do 'ambos-e'. Alm disso, uma emoo requeruma avaliao simultnea de um evento ou circunstncia 'externa' e uma reao'interna' a ele; uma 'experincia holstica de multiplicidade', como Reiner a chama. Adiscriminao da diferena do conceito de simetria e assimetria so funes bsicastanto do perceber quanto do pensar logicamente, a capacidade de identificarassimetrias de suprema importncia para o raciocnio lgico. A simetrizao doassimtrico, que ocorre, com freqncia, no inconsciente ou nas doenas mentais, um destruidor da complexidade e tende a simplificar as coisas de maneira norealista.(Matte Blanco).

    Ns temos duas maneiras de expor as percepes e o pensar, em forma de smbolosou signos. A de signos, a que utilizo no momento, mas poderia utilizar a outra pormeio de smbolos que damos o nome de Matemtica.

    Ao longo dos sculos, os matemticos desenvolveram novas ferramentasmatemticas que sustentam a atividade matemtica. Essas ferramentas inventadasincluem aqueles materiais, como rgua, o baco e a calculadora, e tb incluem assimblicas, como o sistema de coordenadas cartesianas e o algoritmo paramultiplicaes. O estudo da histria de uma ferramenta especfica surgiu em umcontexto cultural em que havia uma necessidade pragmtica para um artefato dessetipo. Por exemplo, no sculo III, os chineses desenvolveram um sistema de nmerosnegativos para solucionar problemas com dficit numa transao comercial.

    Como outro exemplo: a noo de tempo e espao, para Kant como qq fsico de suapoca espao e tempo eram duas concepes inteiramente diferentes, ele no tinhadvidas a denominar o espao como a forma da nossa intuio externa e o tempo , aforma da nossa intuio interna.

    Mas, coube a Einstein, Lorentz, Poincar, Minkowski, uma mudana desta viso,pois as relaes espao-temporais so muito mais intricadas do que Kant sonhavaque fossem. Seu mais forte impacto est sobre a noo de tempo. Tempo a noode antes e depois. A noo de antes e depois reside na relao de causa eefeito, utilizando a explicao de Schrdinger:

    Aceitemos isso como um fato fundamental da natureza. Segue-se ento que a mencionadadiscriminao entre antes e depois ou mais cedo e mais tarde (baseada na relao de causa e efeito)no universalmente aplicvel, falhando algumas vezes. Isso no to facilmente explicvel emlinguagem no-matemtica. No que o esquema matemtico seja to complicado. Mas a linguagemcotidiana prejudicial, pois est de tal forma imbuda da noo de tempo - no se pode usar um verbosem empreg-lo em alguma conjugao.

    A Matemtica a linguagem que Deus escreveu o Universo. Galileu Galilei