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O pinhal de leiria de crianças para crianças

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Este livro reúne as pesquisas dos alunos de sexto ano sobre a Fauna e Flora do Pinhal de Leiria. Projeto realizado em EVT e Area Projeto. Ano letivo 2010/2011

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ESCOLA EB 2 PADRE FRANKLINAGRUPAMENTO DE ESCOLAS VIEIRA DE LEIRIA

O Pinhal DE LEIRIA

para criançasde crianças

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Título: O Pinhal de Leiria - de crianças para crianças

Autores: alunos do 6º ano:6º A - “A fauna e fl ora do Pinhal de Leiria”6º B - “As aves da nossa terra”6º C - “As árvores da nossa terra”6º D - “Reciclar para viver”

Coordenação: Lúcia LopesHelena Silvestre

Ilustrações: Alunos do 6º ano

Ilustração da capa: Adriana Coelho 6º D

Concepção Gráfi ca:Daniel RodriguesLúcia Lopes

Revisão Linguística,tendo em conta o novo acordo ortográfi co:Isabel Figueiredo

Revisão Científi ca:Autoridade Florestal NacionalUnidade de Gestão do Centro Litoral

Impressão:Palma - Artes Gráfi cas

Tiragem:1300 exemplares

Edição:1ª edição - junho 2011Ano lectivo 2010/2011

ISBN: 978-989-20-2464-6

Depósito Legal:

Ficha Técnica

Agradecemos a participação de todos os alunos e professores envolvidos do 2º ciclo: Anabela Vieito, Carlos Cruz, Cristina Madeira, Deolinda Miguel, Isabel Figueiredo, Margarida Sequeira, Olga Gonçalves; às professoras de Língua Portuguesa do 7º ano, Brigite Rascão, Maria do Céu Sousa, e a todas as entidades que, com a sua generosidade, permitiram a publicação deste livro.

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Prefácio

Inventar palavras será difícil, mas encontrar razões para a edição deste livro é tarefa bastante mais fácil.

No ano em que se comemora o Ano Internacional das Florestas uma edição como esta tem um signifi cado especial. “O Pinhal de Leiria - de Crianças para Crianças” teve, pois, como objetivo central compreender o meio que nos rodeia, tendo sido realizado em Área de Projeto, área curricular não disciplinar que congregou participações de todas as outras disciplinas do currículo.

É um trabalho notável que revela o empenho e dedicação de muitos alunos, bem patente na qualidade das imagens e dos textos apresentados. É ainda o resultado de um esforço louvável por parte dos docentes que idealizaram e coordenaram este projeto multidisciplinar.

A História é feita de factos e documentos e o registo que este livro nos deixa sobre a fauna e a fl ora do Pinhal de Leiria é o testemunho vivo de todos: alunos, professores e comunidade em geral, em prol de uma geração melhor. Este é um exemplo de transmissão de um saber interessante e signifi cativo de uma forma motivadora para as crianças: como uma realidade concreta e não como algo distante e abstrato.

Ao folheá-lo, orgulho-me de uma obra que dignifi ca todos os que para ela contribuíram e que muito me honrou prefaciar.

Lígia Maria Moreira PedrosaA Diretora do Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria,

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Patrícia Pedrosa 6ºA

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Nota Introdutória“Professora, porque é que não fazemos um livro?”

Porque não?! Um livro que reunisse as pesquisas feitas pelos alunos, nas aulas de Área de Projeto, com o devido tratamento da informação e ilustrado por eles. Tendo em conta que todas as turmas do 6º ano estavam a abordar a Educação Ambiental, esta ideia foi crescendo e foi partilhada com vários professores.

Com grande sentido empreendedor, os alunos agarraram este projeto com muito entusiasmo e motivados continuaram os seus trabalhos, agora com o intuito de editar um livro.

Uma das primeiras atividades desenvolvidas foi a participação no III Encontro Internacional de Obser vadores de Aves, promovido pela Associação Vertigem e Turismo de Leiria/Fátima, em outubro de 2010. Os alunos do 6º B, junto à Foz do Rio Liz, tomaram contacto direto com as aves autóctones e migratórias que voam nas nossas praias. Para além da articulação interdisciplinar, esta iniciativa contemplou ainda a articulação vertical entre o 2º e 3º ciclos, nomeadamente ao nível da Língua Portuguesa, de onde surgiram os poemas subordinados ao tema “Semear Poesia pela Natureza”, que aqui se apresentam, como uma vertente poética à temática abordada pelos alunos.

Este projeto acontece no Ano Internacional das Florestas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU).Após visitas de estudo aos locais de interesse do Pinhal de Leiria e de registos fotográfi cos dos elementos da

natureza, os alunos desenharam e registaram grafi camente o que os seus olhos viram, através de linhas, cores e sensações, com a expressividade única de cada criança, revelando assim os seus talentos artísticos. As professoras de Educação Visual e Tecnológica orientaram os alunos nas ilustrações, ao nível dos registos gráfi cos e desenhos dos animais, da fl ora e de outros elementos históricos do Pinhal de Leiria.

Temos consciência de que este livro não reúne toda a Fauna e Flora existentes na riquíssima biodiversidade do Pinhal de Leiria, mas é o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos. Pretende-se que este livro seja um meio para promover a defesa da nossa fl oresta, e uma forma de fomentar a Educação para a Cidadania e o estudo do património ambiental e histórico da nossa região.

E assim, nasceu um livro feito por crianças, para chegar às mãos de outras crianças!

As Professoras: Lúcia Lopes e Helena SilvestreJunho de 2011

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História do Pinhal de Leiria

O rei D. Afonso lll era muito inteligente e pensou que o Pinhal de Leiria podia ter muitas utilidades. Foi ele que aprovou as primeiras leis para proteger o Pinhal.

O Pinhal foi muito útil para os Descobrimentos Marítimos, pois era com a madeira dos pinheiros que se construíam as naus e as caravelas para as viagens marítimas. A construção naval era tão importante que chegaram a cortar metade do pinhal. Era necessário voltar a plantar e semear mais pinheiros e foi o rei D. Dinis que intensifi cou a cultura de pinheiros, por isso diz-se que foi ele que mandou plantar o Pinhal de Leiria. Até fi cou conhecido pelo “Rei Lavrador”.

O Pinhal também foi plantado para proteger as terras cultivadas dos habitantes dos ventos salgados e com areia das dunas que existiam numa faixa junto ao litoral, desde a atual praia da Vieira até à foz do ribeiro de Moel. Claro, também temos a vantagem dos pinheiros purifi carem o ar e “fabricarem” oxigénio para nós sobrevivermos.

Em 1910, o Pinhal passa a chamar-se Pinhal de Leiria, mas em 1917, com a elevação a concelho da Marinha Grande, o Pinhal passa a pertencer a esta cidade. Como o Pinhal ocupa mais de metade do concelho, podia chamar-se “Pinhal da Marinha Grande”, mas não. Os nossos avós e as pessoas mais idosas continuam a chamar-lhe “Pinhal do Rei”, apesar de este nome ter sido recentemente alterado para Mata Nacional de Leiria.

Por ser nosso e ser tão conhecido a nível nacional e da Europa, com este trabalho fi cámos a saber por quem, para quê e porque é que foi plantado o Pinhal de Leiria. É um luxo que nós cá temos.

Francisco Silva, Márcia Ramos, Catarina Neves 6º C

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6ºA

Os Pontos de Vigia Um ponto de vigia é uma coluna muito alta com escadas, para

ver o pinhal todo, a partir dos pontos mais altos. Há três pontos de vigia no Pinhal de Leiria: Crastinha, Facho e Ponto Novo, que funcionam no Verão. Para comunicar entre si, usam um rádio.

Os pontos de vigia da Crastinha e do Facho foram mandados construir no séc. XIX, pelo Eng. Silvicultor Bernardino Barros Gomes. No início, foram construídos com madeira, depois com ferro e em 1936 com cimento armado, projetados pelo Eng. Silvicultor Mário Amaro dos Santos Galo, para durar mais tempo.

Ao lado dos pontos de vigia, existia uma casa pequena para os vigilantes dormirem de noite. Quando não tinham nada para fazer, fabricavam colheres e garfos de madeira de urze.

Na visita de estudo que fi zemos ao pinhal, fomos ao ponto de vigia do Ponto Novo, que foi construído em 1937, a 104m de altitude.

Tiago Parracho 6º C

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Localização e Ordenamento

O Pinhal de Leiria situa-se entre o rio Lis, até à praia da Água de Madeiros, ao lado das dunas da praia, num total de 11 080ha, dos quais 7 087ha são a zona de produção, 3 540ha são zona de proteção e 18,22ha são de suporte ao recreio, sendo a restante área ocupada por estradas, aceiros, arrifes ou áreas sem fl oresta.

Foi o Marquês de Pombal o responsável por criar um conjunto de normas para a organização e exploração do Pinhal do Rei. Depois, em 1824 foi criada a Administração Geral das Matas do Reino, com sede na Marinha Grande. No entanto, o primeiro ordenamento do pinhal, em 1892, foi feito pelo Engenheiro Silvicultor Bernardino Barros Gomes, que fez o levantamento do mapa do pinhal.

Para fazer o seu ordenamento, dividiu o pinhal com linhas perpendiculares: os arrifes e os aceiros. Os arrifes têm 5m de largura e estão numerados de zero a vinte e dois e de este para oeste; enquanto os aceiros têm o dobro da largura e são identifi cados por letras de A a T, de norte para sul.

Os aceiros e os arrifes foram construídos para proteger o pinhal dos incêndios, servindo como linhas de corta-fogo. Com esta espécie de ruas e caminhos, pode-se chegar a qualquer ponto do pinhal. Alguns dos aceiros e arrifes foram alcatroados e agora são estradas.

O pinhal de Leiria é composto por 342 talhões numerados de este para oeste e de norte para sul. Os talhões são a porção de terreno delimitada pelas linhas divisórias (os arrifes e os aceiros). Para cortar os pinheiros da Mata Nacional de Leiria há regras bem defi nidas de cultura e exploração, no Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral e no Plano de Gestão Florestal da Mata Nacional de Leiria.

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Antigamente, quando os lenhadores cortavam os pinheiros, deixavam os sementões, que são pinheiros grandes e têm uma boa semente para voltar a semear o pinhal, com a ajuda dos ventos. A partir de 1914, começaram a fazer uma sementeira artifi cial, com semente aproveitada e recolhida nas eiras de Vieira de Leiria e Pedreanes, para onde eram levadas as pinhas da mata. No outono e no inverno fazia-se a sementeira dos talhões que foram cortados no ano anterior, garantindo assim a continuidade do crescimento do pinhal.

As árvores produtoras de madeira são cortadas quando chegam aos 70 anos mas, antigamente, deixava-se crescer ainda durante mais tempo e por isso havia pinheiros muito grossos. Se estivermos com atenção, conseguimos quase adivinhar quais são os pinheiros que serão cortados em breve, pois têm muitos púcaros à volta dos troncos, para retirar a resina e assim secar os pinheiros e obter uma madeira de qualidade. A este processo chama-se “resinagem à morte”.

Em 1980, o Silvicultor Acácio Amaral elaborou um novo Ordenamento, no qual determinou um novo plano de exploração do pinhal até 2073, a ser revisto de 10 em 10 anos.

Em 2010, foi elaborado o Plano Florestal da Mata Nacional de Leiria, que defi ne o ordenamento e a gestão desta mata até 2026, vindo este instrumento de planeamento suceder aos planos de ordenamento.Ana Lima, Letícia Claro, Raquel Teodósio 6º C

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A importância económica do pinhal para as povoações

O Pinhal do Rei já tem sete séculos e ainda hoje é uma das fl orestas mais notáveis do nosso país pela sua antiguidade, dimensão e importância económica.

Durante séculos, o Pinhal forneceu muitas matérias-primas, que deram origem ao aparecimento de diferentes tipos de indústria (serração, transportes, limas, resinagem e carvão), infl uenciando o desenvolvimento das povoações do concelho da Marinha Grande.

No século XVIII, com os irmãos Stephens, a indústria do vidro

começou a crescer, porque havia no Pinhal bons recursos naturais e muito combustível para aquecer os fornos do vidro. Desde dessa altura, a Marinha Grande passou a ser conhecida como “Capital do Vidro”.

O Pinhal de Leiria foi e é muito importante porque, desde sempre, deu madeira, caça, resina, lenha, carvão, pinhas, camarinhas, água potável e outros bens que foram, e muito bem, aproveitados pelas pessoas.

Miguel André, João Pedrosa, Leandro Matos 6º C

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Exploração do PinhalExtrair madeira sempre foi o principal objetivo. A madeira de qualidade é usada para muitos

fi ns: para além da construção naval desde a época dos Descobrimentos, para o fabrico de mobiliário, serração, postes, estacaria e material para triturar.

Para cortar a madeira era preciso serras e serrotes que, de vez em quando, precisavam de ser afi ados; para isso nasceu uma fábrica de limas aqui perto de nós, em Vieira de Leiria. Essa fábrica chama-se Fábrica de Limas Tomé Feiteira. Para além da madeira, tirar a resina dos pinheiros é uma atividade muito antiga. Mas só em 1859 começou a funcionar uma fábrica de resinagem no centro da Marinha Grande, que agora já não existe. Ficava naquele edifício onde esteve o mercado municipal.

Fazer carvão era uma atividade muito importante. O local onde se faz carvão chama-se “carvoeira” e havia muitas no Pilado. Com a lenha fazia-se o carvão, que servia de combustível para as indústrias metalúrgicas e de vidro, mas também para o aquecimento das casas e para usar no dia a dia. Naquele tempo não havia fogões nem eletricidade e as nossas avós cozinhavam com uma panela preta ao lume da lareira. Sabiam lá elas o que era um micro-ondas!

As pinhas também eram aproveitadas. Depois de apanhadas pelos Serviços Florestais, fi cavam a secar nas eiras em Pedreanes, durante o verão. A seguir, tinha que se bater nas pinhas para tirar o penisco e, por fi m, as pinhas (casco) eram vendidas novamente às pessoas. As mulheres da Praia da Vieira, para ganhar o pão do dia a dia, para além das pinhas, também apanhavam e vendiam camarinhas. As camarinhas são umas bolinhas brancas de uns arbustos pequenos, que se encontram perto das praias. São doces e fresquinhas para comer no verão.

Miguel André, João Pedrosa, Leandro Matos 6º C

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Os guardas fl orestais O meu avô Clemente foi guarda fl orestal. Ele explicou que “um guarda fl orestal era um homem

que mandava e supervisionava as mulheres a plantar os talhões ou a arranjar os pinheiros. Estava nas tranqueiras (entradas) do pinhal para ver se as pessoas traziam algum bocado de madeira no meio das carradas de mato.” Ainda existe uma casa de madeira junto à rotunda, bem perto da nossa escola Padre Franklin, que era uma das entradas para o pinhal.

O meu avô disse que “para ser guarda fl orestal, era preciso conhecer muito bem as plantas e os terrenos do Pinhal, ter pelo menos a 4ª classe e tirar um curso sobre o pinhal, que naquela altura só se tirava em Sintra.” Na conversa que tive com o meu avô, ele explicou ainda que “os troncos eram vendidos, o resto da madeira era para o povo, que podia levar a quantidade que queria, mas apenas em alguns dias da semana. Aos domingos e feriados era proibido entrar no pinhal, porque era dia de descanso dos guardas fl orestais.” O meu avô fazia muitas rondas durante o dia, a pé ou de bicicleta. Filipe Morganiça 6ºC

Atualmente, podemos entrar no Pinhal quando queremos, seja para caminhar, ir buscar lenha, pinhas ou caruma ou até fazer um piquenique. Mas antigamente, antes do 25 de Abril de 1974, não era assim. Havia um regulamento especial para entrar no pinhal. As estradas tinham uma placa a indicar que só podiam passar os veículos dos Serviços Florestais ou as pessoas que tirassem uma licença.

Pelo Pinhal, podemos encontrar várias casas onde viviam os guardas fl orestais. É pena que muitas estejam abandonadas e a fi carem danifi cadas. Na nossa visita de estudo, vimos uma dessas casas junto ao Tremelgo.

Diogo Sena, Beatriz Lopes 6º C

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Carro-dobradoDesde os primeiros tempos do Pinhal de Leiria que a madeira era transportada com a ajuda de

carros de bois. Existiam dois tipos: o carro singelo e o carro-dobrado.

O carro singelo era um carro de duas rodas apoiado num burro, vaca, boi ou cavalo, que transportava lenha. Hoje em dia, não é utilizado.

O carro dobrado era puxado por duas vacas ou bois, tinha dois eixos e quatro rodas e transportava troncos inteiros. O comprimento variava conforme o tamanho dos pinheiros a transportar.

Os carreiros transportavam a madeira desde o interior do pinhal até aos “portos artifi ciais”, para seguir de barco para os estaleiros da Nazaré, S. Martinho do Porto e Lisboa. Mais tarde, levavam a madeira para as serrações e para as fábricas de vidro para aquecer os fornos, ou até à beira dos caminhos para ser transportada pelos camiões. Esta profi ssão já não existe. Um dos últimos carreiros foi o Senhor Manuel Pedrosa, mais conhecido por “Manuel das Vacas”, que vivia perto da nossa escola.

Com o pinhal, apareceram novas profi ssões. Muitos pescadores e agricultores começaram a ser carreiros, lenhadores, resineiros, serradores e carpinteiros.

Miguel André, João Pedrosa, Leandro Matos 6º C

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Emanuel Fonseca 6ºB

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Miguel André 6ºC

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Comboio de lataNo início do século XX, os Serviços Florestais gastavam muito dinheiro com o transporte da madeira

da Mata Nacional, para o qual eram necessárias muitas carroças, várias centenas de juntas de bois e muitos homens (os carreiros). Para poupar dinheiro, o Estado Português autorizou a compra de um comboio vindo da Alemanha. Chamava-se Decauville e era composto por três máquinas alimentadas a lenha e vários vagões onde se transportava os troncos de madeira. Tinha também uma carruagem de passageiros, aberta e com bancos de madeira, que servia para o transporte dos guardas fl orestais e trabalhadores.

O “comboio de lata”, como lhe chamavam, começou a andar em 1923 e circulou durante 42 anos. Partia da estação principal de Pedreanes, entrava na Guarda Nova, até São Pedro de Moel, pelo interior do pinhal. Em 1965, acabou as suas viagens, porque foi criada uma rede de estradas e os camiões transportavam a madeira de uma forma mais rápida e mais barata.

Em determinados dias, o “comboio de lata” fazia viagens especiais: no feriado de 1º de Maio

era emprestado aos operários vidreiros, que o enfeitavam e iam festejar o Dia do Trabalhador na Ponte Nova; aos fi ns-de-semana, principalmente na primavera e no verão, era alugado para passeios turísticos na Mata. O mesmo acontecia na quinta-feira de Ascensão. Devia ser divertido. Eu gostaria de ter andado nesse comboio.

Hoje em dia, não conseguimos ver os carris porque foram retirados e no seu lugar foram construídas algumas das estradas que hoje utilizamos. Durante muito tempo, o “comboio de lata” podia ser visto em S. Pedro de Moel, ao pé do café Bambi, mas agora está a ser restaurado.

Rui Armindo 6º D

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O Grande IncêndioA minha mãe é bombeira e contou-me que houve um grande fogo na Mata Nacional de Leiria, em

agosto de 2003, num dia de verão muito quente. O incêndio foi detetado cerca das 15h, do dia 2 de agosto, sábado, pelo ponto de vigia Ponto da Crastinha, situado no interior da mata, próximo do lugar denominado Poço dos Ingleses e Samouco. Logo a seguir, o ponto de vigia Ponto Novo comunicou o local exato da grande coluna de fumo, para o Centro de Prevenção e Deteção de Fogos, para combinarem qual seria a melhor maneira de apagar o fogo. O incêndio ardeu com grande intensidade até ao dia 3 de agosto e foi preciso pedir ajuda a muitas outras corporações de bombeiros. Estiveram no local cerca de 300 bombeiros e 53 viaturas. Os bombeiros e a Proteção Civil fi caram uma semana a tomar conta do pinhal, a fazer a vigilância e o rescaldo, para terem a certeza que o maldito fogo não recomeçava.

Filipe Fernandes 6ºD

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De acordo com a estação meteorológica de Pataias, quando começou o incêndio registava-se uma temperatura de 35,6 graus. O incêndio, em apenas dois dias, destruiu cerca de 2 506ha, ou seja, cerca de 1/4 da área total da Mata Nacional de Leiria.

O meu pai levou-me a ver o fogo (o que pode ser muito perigoso!), mas eu era muito pequena, tinha apenas 4 anos. Agora os pinheiros estão da minha altura, quero dizer que eles ainda são pequenos. A minha mãe disse-me que só quando eu for adulta é que o pinhal voltará a ser como era. Vamos ter que esperar mais 20 ou 30 anos!

Na Mata Nacional de Leiria não é normal ocorrerem incêndios de grandes dimensões, mas este foi o maior incêndio fl orestal de que há memória.

Beatriz Botas 6º C

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Natureza, és o símbolo da extinção,mas morrer não queres, não.

Mas se o Homem não te cuidar, sem ti pode até fi car.

Os meus pulmões já estão manchadospelos gases que me sufocam,

pelas queimaduras nas minhas fl orestas.Hei! Seres humanos, porque não se tocam?

Carina Letra 6ºA Diogo Antunes 6º A

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Pinhal de Leiria

O nosso Pinhal de Leiria,Tantas árvores tem para ver,

Sem elas eu não viveriaPara agora as poder descrever.

O pinhal é um amigo De quem nós todos gostamos

Porque nos dá o ar puro De que todos precisamos.

As árvores é que nos dão A madeira de que precisamos

E oferecem-nos também a sombra De que nós tanto gostamos.

Ana Lima 6ºC

Fábio Gabriel 6ºB

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Locais de interesse do Pinhal de Leiria

O Pinhal de Leiria é muito bonito, tem espaços com muitas cores, cheiros e sons. Há muitos locais de interesse no Pinhal que merecem ser visitados, desde os parques de merendas, às fontes, aos pontos de vigia, ao Ribeiro de Moel, às dunas, às praias e às Árvores Notáveis que são especiais, por serem tão grandes e únicas. Para melhor conhecer o Pinhal, podemos ir aos pontos de vigia: Ponto Novo, Ponto da Crastinha e Ponto do Facho. Do Alto dos Picotes, junto à estrada nacional, podemos ver todo o Pinhal, que parece nunca mais acabar. Tem uma vista que enche o coração.

Pelo Pinhal, existem muitas fontes com água fresquinha durante todo o ano: a Fonte da Garcia, a

Fonte da Formosa, a Fonte do Tremelgo e a Fonte da Felícia. Perto do Pinhal, há muitas praias ótimas: ao pé de nós há a Praia da Vieira, depois fi cam a Praia das Pedras Negras, a Praia Velha, a Praia da Concha, S. Pedro de Moel e, no limite a sul, a Praia de Água de Madeiros.

No Pinhal de Leiria, podem fazer-se muitas atividades lúdicas e desportivas, ligadas à natureza: passear a pé ou de bicicleta, correr, observar os animais e as plantas, acampar nos parques de campismo, apanhar cogumelos (mas cuidado, têm que ser comestíveis) e até caçar. Do que gostamos mais é de fazer piqueniques com a família e amigos e a seguir até dá para dormir uma sesta. Há muitos sítios para fazer piqueniques, mas sugerimos o Ribeiro de Moel, onde existem muitas mesas e espaços agradáveis para conviver com a natureza. O ribeiro tem pequenas cascatas e barragens, que antigamente se aproveitava para as moendas de farinha, talvez por isso se chame “Ribeiro de Moel”, que vem da palavra “moher”. Uma dessas cascatas fi ca junto à Ponte Nova.

O Pinhal de Leiria, para além de produzir muita madeira, é um local de lazer de que todos gostam. Beatriz Campos, Sandra Soares 6º C

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Cuidados a ter no pinhalNão devemos: • levar qualquer automóvel para dentro do pinhal, • fazer fogueiras,• lançar foguetes, • tirar os potes de resina,• atirar vidros ou outro tipo de lixo para o chão,• arrancar as plantas,• fazer barulho para não incomodar os animais,• deixar o nosso lixo depois dos piqueniques. Jéssica Rodrigues 6ºD Um cigarro mal apagado pode causar um grande incêndio, por isso, peçam aos pais para:• Não fumar na fl oresta,• Não pôr o cigarro no chão quando se acaba de fumar,• Não deitar cigarros pela janela do carro. Carolina Triães 6ºC

Helder Graça 6ºC

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26 Carolina Silva 6ºD

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A Natureza

No meio ambiente,Toda a gente está contente,É a reciclar, Que toda a gente vai ajudar.

Vamos ajudar o ambienteVamos reciclarPara que o mundo fi que contente.Vamos separar.

No ecoponto verdePões o vidro para triturarE uma nova garrafa formar.

No ecoponto amarelo Pões o plásticoPara que o ambiente fi que fantástico.

No ecoponto azulPões o papelPara dar novas folhasPara eu pintar com o meu pincel.

No pilhãoPões as pilhasQue todas juntas formarão um montãoQue mais parecem ilhas.

Na nossa casa temos de reciclarPara o mundo preservar.O lixo deve ser separadoPara não fazer amontoado.

Mariana Ferreira 6ºD

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Era uma vez a reciclagem ...

Um dia a Daniela passou por uma rua que estava toda suja e decidiu ir chamar a Joana, o Luís, e a Carolina. Mas viu que o seu grupo era pequeno para limpar a rua e decidiu ir chamar a Adriana, o Renato, o Hugo e o David, para os ajudar a limpar a rua. Assim não demora muito tempo a limpá-la! Mas apareceu o Gustavo e disse-lhes: - Vou sujar a rua e vão continuar a apanhar mais lixo.O grupo de amigos respondeu:- Não, não vais.- Porquê? - perguntou ele.O grupo respondeu:- Porque estás a sujar o Planeta Azul e se ele estiver sujo, morre.O Hugo disse:- Então vamos ao trabalho, porque temos muito trabalho pela frente.O Renato afi rmou: -Concordo plenamente contigo. Vamos ao trabalho! Não podemos deixar o Planeta Azul morrer.O Gustavo perguntou:- Porque é que não podemos sujar?O grupo respondeu:- Porque nós estamos cá para o limpar, não para o sujar! Ao terminar de limpar a rua, o grupo observou:- Está tudo limpo, fi zemos um bom trabalho. E o David disse:- Agora é a vez da Daniela pagar um gelado a todos! Mas cuidado para não sujarem o Planeta Azul. Depois de comerem os gelados, foram todos para casa olhar pela janela, para ver se alguém colocava

lixo no chão.

Alexandre Portugal, Renato Ciríaco 6º D

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O Pinhal de Leiria

No Pinhal, há pessoas que fazem fogueirasNem sabem o risco que estão a correrFaçam-nas nas lareirasPara o Pinhal não arder!

Lixo no chão,Isso é que nem pensar,Tropeçam e dão um trambolhão,Depois não se venham queixar.

Não cortem as árvores!Senão não teremos ar para respirar. Não maltratem a naturezaÉ melhor se todos a respeitarmos.

Esta mensagem que vos tragoÉ para nunca mais esquecer,Vai convosco para todo o ladoDesde pequeno até crescer.

De um ambiente limpo Todos nós precisamosPara vivermos agoraE daqui a mais uns anos.

Pinhais, mares, lagos, ribeiros...Fazem todos parte do ambienteSe os mantivermos limposFaremos toda a gente contente!

Agora que me despeçoJá não há muito para dizerEstou muito mais feliz, confessoSó tenho de vos agradecer!

Diana Costa 6ºD

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Das árvores vamos cuidarE felizes vamos fi carTodos vamos aprenderPara as árvores conhecer.Luana Canossa e Sofi a Francisco 6ºC

Ana Lima 6ºC

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A Flora

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É primavera

Chegou a primaveraJá se ouvem os pássaros a cantar.

As fl ores desabrochamE o amor está no ar!

Os animais e as fl oresEnchem-se de alegria

E celebram a primaveraCheios de energia.

As águas do rioDesatam agora a correr.

As aves fazem o ninho,Há novas crias a nascer.

É tempo de calor,Felicidade e animação.

As crianças brincam sem pararÉ a primavera no coração.

Ana Faria 7ºB

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O Pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma árvore da família das Pináceas, de 25-30m de altura e 50-60cm de diâmetro à largura do peito, podendo atingir 45m de altura. Estas dimensões ocorrem nos melhores exemplares, nos locais mais férteis e em idades já perto dos 100 anos.

O tronco está coberto por uma casca espessa, rugosa, de cor castanho-avermelhada. As folhas são as carumas com 10 a 15cm. As fl ores são amarelo clarinho e estão nas pontas dos ramos. Em fevereiro e março, quando abrem deitam tanto polén que fi ca tudo amarelo.

O fruto do pinheiro bravo são as pinhas, cónicas e longas e libertam muitas sementes (penisco), que têm uma asa quatro vezes maior, para poderem voar e nascer noutro lugar. As pinhas amadurecem e caem no verão, por isso é melhor apanhá-las nessa altura.

O pinheiro instala-se através de sementeira ou plantação e depois cresce naturalmente.

Para melhorar a produtividade, fazem-se limpezas da mata e cortam-se os ramos mais baixos dos pinheiros para crescerem mais depressa.

Tal como as pessoas, os pinheiros com 80 a 90 anos já são considerados velhinhos, mas ao contrário de nós, eles podem viver até aos 150 anos. Em 1912, o pinheiro mais alto media 41 m de altura, por 3.70m de circunferência, com cerca de 130 anos de idade.

No talhão 273, há um pinheiro centenário com cerca de 40 m de altura e com 4,51 m de perímetro do tronco medido a cerca de 1,30 m de altura. É o exemplar de pinheiro bravo com maior perímetro do tronco medido em Portugal.Juliana Gil e Sofi a Francisco 6º C

Pinheiro-bravo

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De um pinheiro Caiu um pinhão Mesmo em cima

Do meu cão.

De um pinheiroCaiu resina

Mesmo em frenteDa menina.

De trás de um pinheiroSaiu um tratorFoi o senhor ZéQue é lenhador.

De um pinheiroCaiu uma pinhoca

Até o coelhoSaiu da sua toca.

De um pinheiroCaiu uma folhaFez-me alergia

E fi quei com uma bolha.

Carlos Piedade 5º A

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Uma árvore tinha um ninhoDentro havia um passarinhoA tentar voar sozinho,Mas caiu com tanta velocidade Que não conseguiu voar.Quando fui lá e o viParecia uma panqueca. E disse:“Coitadinho, mais valia ter ido de bicicleta!”

Diogo Lopes 5º A

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Pinheiro-manso

O pinheiro-manso (Pinus pinea) é uma árvore resinosa que cresce até 25-30m de altura. Possui copa verde intenso, arredondada em forma de guarda-sol. O tronco é robusto, coberto por casca espessa, castanho-avermelhada com ramos grossos virados para cima.

As pinhas deste pinheiro têm umas sementes que dão para comer, são os pinhões, que podemos

utilizar em muitas receitas de culinária. Ainda podemos encontrar à venda os tradicionais fi os de pinhões, que são muito saborosos.

O pinheiro-manso encontra-se em alguns talhões, ocupando apenas cerca de 0,3% da área do pinhal. Cresce lentamente e pode ser explorado até aos 100 anos, podendo atingir os 180 anos, quando a sua função não é a exploração. É mais resistente ao fogo do que o pinheiro bravo e produz igualmente lenha, resina e pinhas.

Na nossa escola, há um canto do recreio com pinheiros mansos. É lá que gostamos de brincar e até de fazer piqueniques, porque tem uma sombra muito boa, principalmente nos dias de muito calor.

Juliana Gil 6ºCPintar na primavera é uma inspiraçãoRimar com a Natureza é uma invenção.Um poema da Natureza maravilha o coraçãoUm canto da primavera é uma bela canção.Amar a primavera com o nosso coraçãoViver a primavera como uma bênção.Ariana Cardoso – 7ºC

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Pinheiros-serpenteAs árvores vulgarmente chamadas “pinheiros-serpente”, também são pinheiros bravos (Pinus

pinaster). Tal é a força dos ventos marítimos, que os pinheiros mais junto às dunas vão fi cando todos tortos e inclinados, os ramos torcidos, deformados e até deitados pelo chão.

Estes pinheiros são conhecidos por “pinheiros rastejantes” ou “pinheiros-serpente” e são muito importantes para a fi xação das areias das dunas mais próximas do mar. Alguns até foram classifi cados como Árvores Notáveis de Interesse Público, por isso, são árvores protegidas, que não devemos cortar nem danifi car.

Um deles é muito fácil de encontrar. Está mesmo no caminho que vai dar à praia das Pedras Negras. É um enorme pinheiro bravo rastejante com 10 m de altura e com diâmetro da copa que mede cerca de 18,8m. Este pinheiro tem mais de 100 anos, imaginem!

Os pinheiros mais longe da costa marítima, para o interior do Pinhal, crescem em altura. João Pedrosa 6º C

André Miranda 6ºC

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39 António Barosa 6ºA

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O eucalipto (Eucalipytus globulus) da família das Mirtáceas, é uma árvore de origem Australiana, que chegou a Portugal há mais de 200 anos. Não é uma árvore muito abundante na Mata Nacional de Leiria, mas existem alguns eucaliptos muito altos, principalmente junto do Ribeiro de São Pedro de Moel.

Alguns cresceram tanto que foram classifi cados como Árvores Notáveis de Interesse Público. No

talhão 289, próximo da Fonte do Tremelgo, existe um eucalipto centenário com 47m de altura, tem 37,5m de diâmetro médio da copa e apresenta, a 1,30m de altura, 9,35m de perímetro e forma ramifi cada. Da próxima vez que fores passear pelo Pinhal ou fazer um piquenique no parque de merendas, leva a tua família a visitar esse eucalipto, que é bastante interessante.

Na nossa visita de estudo ao Pinhal de Leiria, fomos ao Tremelgo, onde vimos várias árvores, entre elas esse eucalipto muito, mas muito grande e com o tronco enorme. Foram precisos nove amigos meus para o abraçar. Conseguem imaginar?

No talhão 246, existe um maciço de eucaliptos centenários, com mais de 60m de altura. É o maciço de árvores mais altas da Europa. Podemos vê-lo na margem norte do Ribeiro de Moel, perto da Ponte Nova, onde há vários eucaliptos também muito grandes.

Perto da nossa escola, também há vários eucaliptos, todos eles muito grandes e inclinados por

causa da força dos ventos marítimos.

Márcia Ramos, Catarina Neves 6º C

O Eucalipto

O eucalipto é muito fácil de queimarA natureza vai prejudicar.As suas raízes de tanta água beberemA terra vão secar.Luana Canossa 6ºC

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A primavera é….

A primavera é a estação que abre os portõesPara a Natureza acordarE vestir-se de novoCom as cores do arco-íris. Ana Carqueijeiro 7º B

A primavera na minha infância…

Quando chegava a primaveraOs passarinhos começavam a voltar,Voltavam para o solQue os punha a bailar.

O arco-íris apareciaE alegrava-nos o dia,Dançando e cantando,Os pássaros eu via.

No campo ao pé do lagoOs animais eu via.Com as cores das fl ores,Nascia um novo dia.Ana Pedro 7ºB

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A AcáciaA acácia é uma árvore originária da Austrália. Existem várias espécies, mas

no nosso pinhal podemos encontar principalmente duas: a acácia mimosa (Acacia dealbata) e acácia austrália (Acacia melanoxylon). As acácias crescem muito rapidamente e podem chegar até aos 20m de altura. As suas raízes crescem por todo o lado e nascem muitos rebentos de novas acácias, não permitindo que outras plantas autóctones vivam na mesma zona. É muito difícil controlar o seu crescimento, porque se adapta a quase todos os tipos de solo e às condições atmosféricas diversas, por isso é considerada uma árvore invasora, prejudicial para o ecossistema do pinhal.

Tem folhas alongadas, verde-escuro, muito bonitas e brilhantes. Facilmente conseguimos identifi cá-la, porque as suas fl ores são bolinhas muito amarelas que aparecem a partir de fevereiro e durante a primavera. Fica uma árvore muito bonita, na minha opinião, mas as suas fl ores têm muito pólen, que faz muito mal a pessoas com problemas respiratórios.

Márcia Ramos 6º C

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Medronho

Medronho é o seu nome,

Esse fruto tão docinho,

Delicioso ao paladar

Redondo e vermelhinho.

Outubro é o melhor mês para o apanhar,

Ninguém lhe é indiferente.

Há por todo o Pinhal

Onde eu e tu o podemos encontrar.

Um fruto bem vermelhinho vai darTodos poderemos apreciar,Álcool ele contémMas, tirando isso, sabe muito bem!

Luana Canossa 6º C

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Uma fl oresta grandevivem lá muitos animaishá ali uma ribeiraque passa entre os pinhais.

Olha que grande árvorecheia de folhas verdinhasVou subir ao escadotee colher uma maçãzinha.Rafael Rego 6ºA

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Camarinha é o seu nome

Aonde se encontra no pinhal

Mas é pequenina e branquinha

Assim brilha como um cristal.

Redondinha é ela

Incrivelmente fresquinha

No verão a vou procurar

Há mesmo à minha beirinha

Apanho-as para as saborear.Sofi a Francisco 6ºC

Tânia Mendes 6ºD

A primavera está a chegarComeçam as fl ores a crescerVemos as andorinhas a voarE a magia da Natureza a acontecer!Os dias luminosos estão a regressarToda a vida a resplandecerAs crianças a sonharE o tempo a aquecer!Diogo Pedrosa, Wilson Gomes 7ºD

A Natureza

A natureza é alegriaDou largas à imaginaçãoÉ tudo o que eu queriaPara alegrar o meu coração.

As cores que me rodeiamFazem-me amar a naturezaE sonhar ao luar, Por causa de toda essa beleza.Cheila Jesus 6ºB

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O meio ambiente agonizaA natureza pede socorro,As matas pedem conservação,Os bichos pedem preservação.O ar não quer poluição,A água não quer contaminação,E o Homem quer solução.Ele sabe que é uma grande preocupação,Para melhorar a situação Para a próxima geração!Com muitas árvores para refrescar,Variedade de animais para admirar,Ar puro para respirar, Água cristalina para tomar.Tudo isso depende de mim… Tudo isso depende de nós…Vamos consciencializar, Os nossos hábitos devemos mudar,Novas atitudes tomar:Aprender a Conservar,Aprender a Respeitar,Aprender a Reciclar,Para o meio ambiente preservarE a vida melhorar…

Ariana Ferreira 6ºD

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Passar e visitar o

Inesquecível Pinhal de Leiria

Numa noite de verão.

Há estrelas a brilhar,

As árvores a bailarem

Lá no chão cigarras a cantar.

De tarde e ao

Escurecer

Lá perto das dunas

Estão os pinheiros notáveis

Inevitavelmente com a força dos ventos

Rastejam e serpenteiam pelo chão.

Irresistível pinhal tão

Agradável para passar grandes momentos.

Letícia Claro 6º C

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Os pássaros a voar, Os pássaros a cantar,Junto das árvoresSempre a abanar.Carolina Elias 5ºA

As árvores a abanarCom o vento a soprarÉ tão bom verO que está a acontecer.

Há tanta alegriaNo Pinhal de Leiriacom os passarinhos a cantarE as fl ores a bailar.

A naturezaÉ uma riquezaQue devemos preservarPara o ambiente não estragar.

Ana Cláudia 5º A

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O sol brilha de novo,de novo transmite o calor.De novo é uma bola, uma bola cheia de amor.Ana Carqueijeiro 7ºB

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A natureza é linda É uma grande verdade As fl ores pedem águaAs andorinhas liberdade.Bruno Lavos 7ºD

Na primavera as fl ores voltam a nascerOs pássaros voltam a cantarAs árvores voltam a crescerE os rios voltam a dançar.Beatriz Pinto 7ºC

Hugo Alexandre 6ºD

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A Fauna

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Águia-cobreira

Eu gostaria de ter uma águia-cobreira em cima do meu braço.

Gabriel Frank 6ºB

Eu nunca vi uma águia–cobreira, mas se visse, seria um sonho realizado.

Gonçalo Lopes 6ºB

Com rá-rá comunico euVeloz em voo picado

Apanho as minhas presas sem falhar.Voo, voo sem parar,

Lá do alto sempre a mirar.

Uns dias caço outros não,Cobras para mim são um petisco,

Mas para vocês não são.

Às vezes vou passearUns meses, vou até África invernar.

Estou sempre a emigrarE sempre a acasalar.

Venho ao pinhal para nidifi carE lá vou eu outra vez viajar.

Gabriel Frank 6ºB

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A águia-cobreira (Circaetus gallicus) existe no Pinhal de Leiria há alguns anos. Tem uma envergadura de asas de 160 a 180 cm, enquanto o comprimento de uma asa tem 65 a

70 cm. A brancura das partes inferiores é o aspecto que mais chama a atenção na plumagem desta águia.

A base alimentar da águia-cobreira são pequenos répteis, mas o seu petisco preferido são cobras e lagartos. Para apanhar facilmente as suas presas, atira-se em voo picado.

A águia-cobreira gosta de viajar: escolhe a Europa para se reproduzir, depois dá um saltito para ir invernar no centro de África, para um clima mais quente e depois tira umas férias no sul da Ásia. Quando é altura de acasalar, a fêmea começa a fazer o ninho para os seus fi lhotes.

Gabriel Frank, Gonçalo Lopes 6ºB

Pássaros que cantam Riem de amor Voando na margem do rio Como uma fl or. Amanhã ao pôr-do-solVeremos as fl ores a crescerOs rios eu vou ver No meio da Natureza vou viver .

Débora Rosa 7ºD

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Chapim de poupa eu sou tenho sempre a crista no arde árvore em árvore eu voupara fazer um ninho e acasalar.

Sérgio Lamandé, Nuno Deodato 6ºB

Chapim-poupa

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O Chapim-azul (Parus caeruleus) é da família de aves Paridae. É uma ave muito difundida e comum, saltitando sempre de ramo em ramo, chamando a atenção pelos seus tons azul e amarelo.

O Chapim-azul localizado na Europa e na Ásia Ocidental, tem como características um «barrete azul» na cabeça e uma risca ocular preta, a cara tem bochechas brancas e o seu peito é amarelo torrado, enquanto o dorso é cinzento azulado.

Distribui-se por todo o território: em zonas de parques, fl orestas mistas no pinhal, zonas ribeirinhas e até aparece nos jardins e quintais. Apesar das suas pequenas dimensões, é uma ave que voa por cima das nossas cabeças durante todo o ano.

É o mais comum e familiar de todos os chapins em toda a Europa, aceitando a comida das pessoas em caixas. Também se alimenta de frutos secos, minhocas e passas.

Mafalda Esperança, Cheila Jesus 6ºB

Nunca vi este pássaro, mas tenho muita curiosidade em conhecê-lo. Com esta pesquisa, não só aprendi algo sobre o Chapim-azul, como também sobre outras aves.

Mafalda Esperança 6º B

O Chapim-azul

Mafalda Esperança 6ºB

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Chapim-realO chapim-real (Parus major) é uma ave muito alegre e muito bonita, que vive na Europa e na Ásia.

O chapim-real é uma ave da família Paridae. Pode chegar aos 13 a 15 cm de comprimento e é muito fácil ser identifi cado, por causa do seu peito muito amarelado, cabeça e pescoço pretos com bochechas brancas e um bico preto curto. É o maior dos chapins portugueses e tem como petisco os insetos, mas também algumas sementes e frutos.

O seu ninho tem a forma de uma taça e é feito no buraco de uma casa ou de uma árvore. O chapim-real põe 7 a 12 ovos de março a maio.

Hugo Oliveira, Fábio Lucas 6º B

Chamam-me Parus major, cientifi camente falando. Happy sou eu.A minha esposa faz uma Postura que pode ir de 7 a 12 ovos, a I ncubação é feita por ela. Muito sossegadinha fi ca no ninho durante 12 a 16 dias.

Real é o meu apelidoEuropa e Ásia é de onde eu sou.Amarelo no peito e de gravata preta, queLindo e colorido que sou. Fábio Lucas 6º B

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Pardal

O pardal (Passer domesticus) é a ave mais fácil de observar e pode ser vista em todos os cantos do mundo. A sua alimentação consiste em sementes, tais como a aveia, o trigo, o milho, a cevada e o arroz, mas também migalhas, insetos e minhocas.

O pardal é muito social. Chega a formar bandos enormes com 500 pardais que, todos juntos, fazem um chilrear muito característico que chega a ser ensurdecedor, só se calam ao anoitecer.

O pardal é uma ave com cerca de 14-16cm de comprimento.

Faz os ninhos debaixo de telhas, em buracos e em cavidades. Também pode construir um ninho no exterior, por exemplo em arbustos e árvores ou ocuparem os ninhos de outras aves.

O pardal está muito ligado às habitações humanas e encontra--se vulgarmente ao pé de qualquer aglomerado humano, perto dos quais essas aves se reproduzem rapidamente.

Ivo Santos, Francisco Santos 6º BFrancisco Santos 6ºB

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Coruja-das-torresA coruja-das-torres (Tyto alba) geralmente habita em lugares abertos como pastagens, terrenos

agrícolas ou vive em cavernas, telhados de celeiros, prédios e nas torres das igrejas, daí o seu nome, e vive em todos os continentes, menos na Antártida. É uma das aves com maior distribuição no planeta.

Esta ave pode pesar entre 250 a 750 gramas, as fêmeas são geralmente 25% maiores que os machos, podendo viver até 10 anos em ambiente selvagem.

A cauda é a forma de distinguir a verdadeira coruja-das-torres. Quando ela voa, os seus movimentos são oscilantes. Esta ave desloca-se voando com fortes batidas de asas, abrindo as pernas e balançando as penas.

Antes da reprodução, o macho faz um voo de exibição, para chamar a atenção da fêmea. Normalmente, não precisam de fazer ninho, porque usam o anterior. A fêmea, quando está “grávida” põe os ovos num sítio escuro e fi ca lá a chocá-los.

Sabiam que a coruja-das-torres mais velha conhecida, vivia em cativeiro em Inglaterra e já tinha 25 anos quando deixou de pôr ovos?

Maria Pedrosa, Eduardo Penela 6ºB

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Coruja é o meu nomeOlho atenta para caçar.Ruidosa fi co quando tenho fome.Ui ui, se vejo um rato não resisto, emJejum é que não fi co!Agora ou à noite, quando vou caçar.

De cara brancaAsas cinzentas e alaranjadasSou capaz de assustar!

Torres é o meu apelidoOpto por viver nosRefúgios das torres e casas emRuínas, nos campanários, celeiros ou atéEstações de caminhos de ferro,Sempre perto dos campos agrícolas, para me alimentar.

Maria Pedrosa 6ºB

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Emanuel Fonseca 6ºB

Felosa-comumA ave que estudámos chama-se felosa-comum, mas o seu nome científi co é

Phylloscopus collybita. Esta ave aparece mais durante o inverno, entre novembro e março e vive em muitos habitats.

A felosa-comum alimenta-se de pequenos insetos, por isso classifi ca-se como insetívora.

Este passarinho é rechonchudo e pequeno, o dorso é cinzento esverdeado, tem as asas escuras, o peito e a plumagem na barriga têm tons pálidos. O bico é fi no e curto. Esta ave nidifi ca no centro e no norte da Europa e da Ásia.

Nós nunca vimos uma felosa-comum mas gostaríamos de ver, deve ser bonita!

Emanuel Fonseca, Leonardo Loureiro 6º B

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Muito bela sou eu para os machos agradar,Porque se for feia eles não querem acasalar.Os meus ovos tenho de proteger, para os lagartos não os comerem.

De noite ou de dia O meu marido anda sempre a caçar,Para os nossos fi lhos alimentar.Sempre alegre tenho que estar,Para os meus fi lhos não começarem a chorar.Às vezes uma canção tenho de cantar, Para o ambiente alegrar.

Emanuel Fonseca 6º B

Emanuel Fonseca 6ºB

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Gaivotas As gaivotas (Laurus argentatus) são aves predadoras e necrófagas, que se alimentam de quase tudo

o que encontram. Normalmente, comem desperdícios, peixe, invertebrados e frequentam algumas lixeiras junto às praias.

Uma vez por ano, reúnem-se em colónias, no início da primavera. As gaivotas iniciam o acasalamento e a construção dos ninhos. Quando os casais de gaivotas acasalam, necessitam de ausência de predadores e de 4m2 de área mínima para o ninho fi car seguro.

As gaivotas acasalam para toda a vida. Os ovos da gaivota são castanhos esverdeados com pequenas manchas escuras, têm uma ninhada por ano, com três ovos de cada vez. Os ovos têm 25 dias de incubação. As crias possuem um chamamento para dizerem que têm fome. Só com 6 semanas de idade, atingem plena capacidade de voo. Enquanto são jovens, as crias têm plumagem escura com tons pardos estriados e o bico é negro. A mudança da plumagem do jovem a adulto é gradual, mas adquire a plumagem adulta aos 3-4 anos.

O adulto possui chamamentos que variam com as circunstâncias (alarme ou ansiedade) que pode ser alto ou calmo. A plumagem é clara, bico forte, amarelo vivo com uma pinta vermelha ou amarela na ponta, olhos amarelos, patas curtas palmeadas. Tem dorso e asas cinzentas, à exceção da extremidade, que é branca e negra. As asas são compridas com batimentos lentos.

Quando termina a época da reprodução, algumas gaivotas migram para locais com clima mais ameno.

Laura Leal, Tiago Vicente 6º BTiago Vicente 6ºB

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Pisco-peito-ruivo O pisco-peito-ruivo (Erithacus rubecula) é facilmente

reconhecido pela enorme mancha alaranjada que se estende da testa até ao peito, que contrasta com o resto do corpo acastanhado. Tem cerca de 14cm de comprimento e pesa entre 15 a 20 gramas.

Pode ser observado em Portugal durante todo o ano: no sul do país, é mais fácil encontrá-lo no outono e no inverno, enquanto a norte, a primavera é a melhor altura. É uma das aves que mais alegra os dias de inverno.

Esta ave é típica de zonas arborizadas, desde bosques a parques e jardins, especialmente nas regiões mais húmidas.

O pisco-peito-ruivo costuma nidifi car no Pinhal de Leiria. É uma das aves portuguesas mais fáceis de identifi car.

Cláudio Rocha, Maria Faustino 6º B

Maria Faustino 6ºB

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Melro é meu nome

Estou por todo o lado.

Lesmas, insetos, vermes e bagas

Raramente me escapam!

Ondulante é meu voo, pelos campos abertos.

Nelson Duarte 6ºB

Melro-preto

Nelson Duarte, Fábio Gabriel 6º B

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Esta ave tem como nome comum melro-preto, mas o seu nome científi co é Turdus merula.

As asas têm uma envergadura (de uma ponta até à outra) de 24 a 27cm e pesa entre 75 a 120 gramas. O melro-preto faz um voo ondulante, pousa em campo aberto, caminha e saltita.

Alimenta-se de insetos, vermes, sementes e bagas. Esta espécie é ovípara, põe de 3 a 5 ovos, que

demoram 15 dias a incubar. Faz um ninho em forma de taça com manchas acastanhadas.

O melro-preto habita nos bosques, charnecas, jardins e sebes. Tem um canto sonoro e áspero, que mais parece um chilreio de alarme; por vezes também faz um gorjeio afl autado.

O melro fêmea é castanho, enquanto o melro macho é preto.

Nelson Duarte, Fábio Gabriel 6º B

Eu já tive melros machos em casa, mas foram mortos pelos ratos. Agora tenho dois melros fêmeas.

Nelson Duarte 6º B

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O Guarda-rios O guarda-rios (Alcedo atthis) é visto frequentemente perto de rios e ribeiras com muito peixe. É uma ave pequena com um comprimento de 10 a 16cm. Tem uma grande cabeça, bico comprido,

asas arredondadas e penas da cauda curtas. Na plumagem do dorso e asas, predomina a cor azul e verde brilhante, na parte inferior o laranja avermelhado.

O bico do macho é preto acinzentado, o da fêmea tem a base da mandíbula inferior vermelha. O guarda-rios faz um voo tão rápido, por cima da água, que não conseguimos vê-lo bem, mas faz uns assobios agudos. Quando os guarda-rios se encontram, cumprimentam-se com assobios. É uma ave diurna e sedentária.

O guarda-rios vive e reproduz-se perto dos rios ou de ribeiros lentos, escavando os seus ninhos

nas margens. Quando põe os ovos, normalmente 3 a 7 ovos, estes serão incubados pelo macho e pela fêmea durante 2 a 4 semanas. Gosta muito de estar empoleirado debaixo de pontes e nos ramos. Para apanhar o alimento mergulha de cabeça.

Jéssica Barros, Minhui Zhou 6ºB

Eu raramente vejo guarda-rios, mas já consegui ver. Estava eu junto a um rio e muito caladinha para o ver e consegui. Era muito bonito, mas para não o afastar do seu habitat, não me aproximei muito.

Jéssica Barros 6ºB

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Guarda-rios é o meu nome,

Um ás a voar.

Amável, comunicativo, espetacular.

Rasante e muito veloz é o meu voo.

Dos ovos eu nasci, azul nas costas e barriga laranja.

Ando sempre a acasalar e passo a vida a passear.

Rios e ribeiros são o meu habitat,

Imóvel fi co antes de pescar,

Olhando atentamente toda a

Superfície da água, para nada me escapar.

Jéssica Barros 6ºB

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68 Nuno David 6ºA

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GenetaA geneta (Genetta genetta) é um mamífero carnívoro de médio porte, delgado, com membros

baixos, cauda muito longa, focinho pontiagudo e orelhas grandes, eretas e triangulares. Tem pelagem espessa onde predomina o tom cinzento, com manchas negras que formam listas longitudinais. A cauda, bastante característica, tem um tamanho semelhante ao corpo e apresenta 9 a 12 anéis negros. A geneta ocupa uma grande variedade de ambientes, desde fl orestas a zonas rochosas. As zonas com matagal, perto de cursos de água, são também habitats preferidos. A toca é feita em árvores ou em buracos entre as rochas.

A geneta tem como base de alimentação os roedores e aves, mas também come répteis, frutos e

insetos, consoante as características do habitat e a altura do ano. É um animal solitário e territorial, sai da sua toca ao anoitecer e dorme durante o dia em buracos no interior de árvores, nas copas cerradas de árvores ou em zonas de matagal denso. É um animal ágil, que trepa e nada muito bem.

Reproduz-se ao longo de todo o ano, embora seja mais frequente entre fevereiro/março e julho/

agosto. Após 70 dias de gestação, nascem as ninhadas com 2 a 3 crias, no fi nal da primavera/ início do verão ou outono, deixando a toca ao fi m de 8 semanas.

João Pedrosa, Nuno David 6ºA

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O saca–rabos O saca-rabos (Herpestes ichneumon) é um animal de médio porte castanho-acinzentado. Também conhecido por mangusto, manguço ou escalavardo. Ele tem um corpo alongado e de

aspeto fusiforme, o focinho é pontiagudo, as patas são curtas e a cauda vai-se afunilando até à sua extremidade, onde se encontra um pincel de pelos mais escuros.

É uma espécie carnívora que se alimenta basicamente de coelhos, roedores, aves, ovos e répteis.Vive em grupos familiares formados pela mãe, crias e juvenis (da ninhada anterior). A época de

reprodução ocorre em fevereiro/março e após cerca de 84 dias, nascem 4 a 6 crias.

Tem uma altura de aproximadamente 20cm, pesa 2 a 3Kg e tem um comprimento total de cerca de 90cm, podendo a cauda chegar aos 50cm. Na cabeça, distinguem-se umas orelhas pequenas e arredondadas e uns olhos cor de âmbar, que têm a particularidade de exibir uma pupila horizontal, caso quase único entre mamíferos e que revela hábitos diurnos.

Carolina Pedro 6ºA

Carolina Pedro 6ºA

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O ToirãoO Toirão (Mustela putorius) é um pequeno e belo carnívoro de hábitos discretos. Vive por todo o

território continental e é muito parecido com o furão. O seu corpo vai do castanho escuro ao preto. Tem as orelhas e o focinho brancos. Gosta de viver nas áreas arborizadas ou nas margens de rios próximas de zonas agrícolas. O macho é maior do que a fêmea.

A gestação dura 41 a 42 dias e as crias nascem entre abril e junho. Podem nascer entre 1 a 12 crias, mas geralmente nascem entre 3 a 7. O desmame verifi ca-se no fi nal do primeiro mês e tornam--se independentes aos 3 meses.

Tiago Vicente 6ºB

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Coelho–bravoO nosso amigo coelho (Oryctolagus cuniculus) é muito

parecido com a lebre, mas esta não existe na nossa área. Tem umas orelhas grandes e arredondadas e desloca-se em pequenos saltos. Gosta de viver em pequenas zonas de matos, terrenos de pastos com arbustos, ao pé de terrenos agrícolas, bosques e solos quentes e arenosos. O coelho é a base da alimentação da maioria dos predadores, por isso é muito importante nos ecossistemas em Portugal.

Diogo Sena, 6º C

Carina Letra 6ºA

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Ouriço–cacheiroO Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus) é um mamífero pertencente à ordem insetívora. É o único

mamífero da nossa fauna que apresenta o corpo coberto por espinhos (cerca de 6 mil, imaginem!), que não são mais do que pelos modifi cados, utilizados para diferentes fi ns: camufl agem, defesa, ataque e até para transporte de comida. Quando sente perigo enrosca-se, expondo os espinhos como arma de defesa. O ouriço-cacheiro hiberna entre novembro e março.

Esta espécie animal alimenta-se sobretudo de invertebrados que encontra no solo: minhocas,

escaravelhos, lagartas, aranhas e lesmas. Por vezes, come ovos e pequenos vertebrados: sapos, crias de roedores e de aves.

O ouriço-cacheiro vive em fl orestas, prados, pastagens,

zonas dunares e jardins. É um animal noturno, que vive num ninho feito de ervas secas e folhas, escondido debaixo de um monte de lenha ou na fenda de um muro. É um animal pouco sociável e, por isso, vive muitas vezes só. A fêmea dá à luz de três a seis fi lhotes e amamenta-os. Quando nascem, são cegos, rosados e os “picos” que trazem são brancos e moles. Depois de duas mudas, fi cam com os pêlos mais fortes.

André Pedrosa, Daniela Oliveira, Leandro Veríssimo 6ºA

Patrícia Pedrosa 6ºA

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Lontra A Lontra (Lutra lutra) é um animal que depende muito dos rios e de outros pontos com água.Possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada

para o isolamento térmico. O corpo, que é alongado ( 59-90cm) e esguio, é hidrodinâmico, ou seja, preparado para o mergulho e para nadar em alta velocidade.

As patas apresentam uma membrana interdigital, que facilita o nado. A lontra é um animal essencialmente noturno, silencioso e de difícil observação. Come sobretudo peixe, embora também possa consumir anfíbios, répteis, aves aquáticas, mamíferos, insetos e crustáceos. Pode reproduzir-se durante todo o ano, mas acasala sobretudo na primavera e no fi nal do inverno. A gestação dura nove semanas e nascem duas a três crias, que fi cam com a mãe até à idade de um ano.

Vive entre seis a oito anos, não se lhe conhecendo predadores. A redução da sua população deve-se sobretudo à poluição das águas e à destruição dos seus habitats naturais.

Sandro Francisco, Carina Letra 6º A

Mariana Lourenço 6ºA

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Raposa

A raposa (Vulpes vulpes) é um animal com uma cor geralmente castanha-avermelhada, focinho esguio e orelhas eretas, pontiagudas, na parte posterior são pretas, tem a garganta geralmente branca com rebordo preto. Mede entre 58 a 90cm e tem uma cauda grande. A raposa pode atingir os 10kg e é um animal carnívoro, bastante abundante, pois tem uma grande capacidade de adaptação, ocupando uma enorme diversidade de habitats.Mariana Lourenço 6ºA

João Pedrosa 6ºA

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Salamandra-de-pintas-amarelas

A salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra) é um anfíbio grande e robusto, mas com uma cauda pequena. Mede entre 14 a 20cm de comprimento. Esta espécie apresenta manchas amarelas num fundo preto, mas na zona dorsal da cabeça e do corpo podem existir alguns pontos vermelhos. É um animal noturno, sedentário e terrestre.

Esta espécie encontra-se nas áreas de bosque, normalmente em terreno montanhoso ou de colinas. Escolhe preferencialmente habitats húmidos e sombrios, por vezes nas proximidades dos ribeiros ou charcos. Na época da reprodução, prefere águas limpas e correntes; no entanto, também é frequente vê-la em charcos, canais de rega, tanques e até em albufeiras. Alimenta-se de invertebrados terrestres como aranhas, caracóis, formigas, lesmas ou escaravelhos.

André João, Daniel Pedrosa 6º A

André João 6ºA

Sandro Francisco 6ºA

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77 Maria Pedrosa 6ºB

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Luana Canossa 6ºC

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O PINHAL (pág. 6)

História do Pinhal de Leiria Pontos de vigiaLocalização e ordenamentoA importância económica do pinhal para as povoações A exploraçõ do PinhalOs guardas fl orestaisTransportes

Carro dobradoComboio de Lata

O grande incêndioLocais de interesse do Pinhal de LeiriaCuidados a ter no Pinhal

A FLORA (pág. 29)

Pinheiro-bravoPinheiro-mansoPinheiros-serpentesEucaliptoAcáciaMedronhoCamarinha

ÍNDICE

A FAUNA (pág. 49)

Águia-cobreiraChapim-PoupaChapim-AzulChapim-RealPardalCoruja-das-TorresFeloza-comumGaivotaPisco-Peito-RuivoMelro-PretoGuarda-RiosGenetaSaca-rabosToirãoCoelho-bravoOuriço-cacheiroLontraRaposa Salamandra-pintas-amarelas

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Fontes consultadas

Suporte escrito:ANDRÉ, J. e CORDEIRO M. (1999): Percurso Ambiental-Geobotânico da Lagoa da Ervedeira a S. Pedro de Moel (Matas Nacionais do Pedrógão e de Leiria), ed. Câmara Municipal de Leiria, Tipografi a Lis, LeiriaAZAMBUJA, J. (1998): Cidade da Marinha Grande- subsídios para a sua história, Câmara Municipal da Marinha GrandeCRUZ, C. (1995): O Pinhal de Leiria- sua importância na economia local, Inst. Inov. Educ./EB2 Padre Franklin- Vieira de LeiriaEnciclopédia Vida na Terra- Aves, Dep. Desenvolvimento e Criatividade (2010), EuroImpala, SintraGUERRA, S. e FERREIRA, O. (2009): Pinhal do Rei, 700 anos de Floresta, Exposição de Fotografi a do Pinhal do Rei, Câmara Municipal da Marinha Grande, Offsetlis, LeiriaGUERRA, S. (2010): Guia da Natureza de São Pedro de Moel, Palma, Mira de AireLEMOS, P. (2007): Vidas de Carvão, As Carvoeiras do Pinhal de Leiria, Jorlis, LeiriaPINTO, A. Arala (1938/39): O Pinhal do Rei, (vol. I e II), AlcobaçaROCHA, S.; RIBEIRO, R. (2008): Anfíbios e Répteis do Ribeiro de São Pedro, Vertigem- Ass. para a Promoção do PatrimónioS.O.S. Animais em Perigo, Revista do Jornal de Notícias, Edição Edson, FCBVITORINO, A. (1951): Praia da Vieira- sua pena e sua glória, Lisboa

Suporte digital:http://www.drapc.minagricultura.pt/base/documentos/matas_nacionais_litoral.htm (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://bicharada.net/animais/animais.php?gid=13 (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://espr.ccems.pt/comenius/pmarinha/PMBI0100.html (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://www.avesdeportugal.info/sitpinhalleiria.html (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://www.prof2000.pt/users/rcrespo/p8-fauna.htm (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://ww2.cm-mgrande.pt/ (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://www.seleccoes.pt/article/11698 (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=55&cid=25703&bl=1 (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://portugalcultural.net/2011/01/29/a-raposa-em-portugal/ (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)http://pinhaldeleiria.host-ed.net (acedido de Novembro 2010 a Março 2011)

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Frangos do Luzeirão (Marinha Grande); Foz Bar (Vieira de Leiria); Mitos- Skate and Surf Shop (Vieira de Leiria); BricoVieira (Vieira de Leiria); Pastelaria Vieiramel (Vieira de Leiria); Pastelaria Hugtel (Marinha Grande); Ofi cina Auto Sérgio Ferreira Guerra (Carvide); Ourivesaria Rosete (Vieira de Leiria); Garrafeira A Cave (Vieira de Leiria); Cidália Cabeleireiro (Vieira de Leiria); Sapataria Pompom (Vieira de Leiria); Café A Carochita (Vieira de Leiria);Snack-Bar O Grilo (Monte Real)

Fábrica Material Eléctrico S.A.

Vieira de Le iria

Café Restaurante Solemar ( COELHO)

APOIOS

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