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7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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R e v i s t a
do
luno
C U RR Í C U LO -
Cl /LTURA
CR ISTÃ
IJ
ir/JSJ/JD
5o/è
Mis
António de Pádua
Rua
Francelina
P. de
Araújo
s/n -
Centro
58370-000
Salgado de São Félix
PB
n r r
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Cultura Cristã
adultos
\\^V\F
A
-- ™^^wi
0A* -\Vr.-* £
>^-r-v
V^
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eç
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Miguel Teles Júnior, 394 - Cambuci
JE
01540-040 São Paulo SP Brasil
C.Postal
15.136
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São Paulo
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01599-97S^
Fone 0**11)3207-7099-Fax 0**11) 3209-12
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Lição
Texto básico:
Génesis 1.1 2
O
E S P ÍR I T O S A N T O
N O
A N T I G O T E S T A M E N T O
INTRODUÇÃO
Quando pensamos
no
Espírito Santo,
logo nos lembramos do dia de Pentecos-
tes, quando Deus enviou o
Espírito
San-
to do céu, e ele encheu os discípulos de
Jesus
e os
capacitou para
a
tarefa
de
pre-
gar o Evangelho em todo o mundo. A
p a r t i r
daí a
Igreja Crista começou
a se
desenvolver. Mas onde estava o
Espírito
Santo no tempo do Antigo Testamento?
Qual foi a sua atuação desde o início do
mundo até à ressurreição de Jesus? Sendo
o Espírito Santo a terceira pessoa da Trin-
dade, não
devemos pensar
que ele
esti-
vesse
inativo. Jesus disse
aos
discípulos
que
enviaria
o
Espírito Santo
(Lc
24.49),
e
que
eles deveriam esperar essa vinda. Pre-
cisamos entender em .qual sentido essa
vinda caracterizaria
um a
novidade. Então,
primeiro, precisamos entender como o
Espírito Santo agiu antes do Pentecostes.
l. O
ESPÍRITO
E A
CRI ÇÃO
No princípio, críou Deus os céus e a ter-
ra (G n
1.1).
Por seu
imenso poder cria-
dor,
do
nada Deus
fez o
mundo passar
a
existir
(Hb
11.3).
Mas
quando Deus trou-
xe
a terra à existência, ela não estava pron-
ta
para
ser
habitada.
Foi aí que
começou
a
obra
do
Espírito Santo.
Ele pairava
sobre
a
terra recém-criada
que era
sem forma ,
vazia , e somente habitada pelas trevas
(v.2).
Sem forma e vazia quer dizer sem
aparência definida, ela nada possuía do que
viria
a ter. Era um
caos
como trazem algu-
mas traduções da Bíblia. As trevas
domi-
navam.
Quando
não há luz, não há
bele-
za,
não há
vida,
nada. Assím era a terra no
início. N ão havia beleza, ne m
vida
— ape-
nas escuridão.
Mas Deus arquitetara um
plano
brilhante e
glorioso para
a sua
cria-
ç ã o
Quando
começou a criar a terra, ele
era
corno um construtor que segue uma
planta. No começo, quando os alicerces es-
tão
sendo lançados,
não
parece
te r
multo
sentido. Você olha para certas
construções
e não
imagina
o que vai
sair daquele mon-
te de estacas e de pedras aparentemente
desordenados.
Se
passar
ali
tempos depois,
parecerá
incrível
que uma
construção
tão
bela tenha se originado daquela confusão.
A o criar a terra Deus começou a colocar
em
prática
s eu
propósito
de fazer um
gran-
de e
belíssimo jardim
que refíetisse,
ain-
da que limitadamente, a beleza da har-
m o n i a das
perfeiçÕes divinas.
E le
quis criar
um mundo
radiante,
cheio de alegria, de
luz, de propósito, onde cada coisa se en-
caixava no seu devido lugar, e nada, abso-
lu ta m e n te nada fosse i m p r ó p r i o , feio ou
inú t i l .
Deus colocaria
nesta
terra
sua
obra
p rí ma,
o próprio homem, e teria um re-
lacionamento íntimo e pessoal com ele
por
toda
a
eternidade.
Para ler e medi ta r
dura n te
a s e m a n a
D — G é ne si s 1.1,2 OEspírito Santo agiu
n a c r ia ç ã o ; S — S a l m o s 104.27-30
— O Espírito Santo
renovaa
vida; T-2
Pedro
1.20,21 OEspírito inspirou os profetas; Q-João 14.16,17-Um
novo tipo d e habitação;
Q-2
Crónicas 24.20-O
Espírito
capacica a profetizar;
S —
2Timóteo
3.16
A
Escritura
é inspirada pelo
Espírito;
S -
Êxodo
31.3-5 - O Espírito
capacitando
os homens
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Essência da Fé—Parte ~O que a Bíblia
ensina sobre
o
E spírito Santo
C o m o t r ans fo rmar um a cerra caóti-
ca, sem fo rma , vazia e coberta de trevas}
num belo jardim ? A Bíblia nos diz que o
Espírito
de
Deus começou
a
realizar esse
trabalho
"pairando"
sobre
aquele çpns. _ ^ \ J ~
guns
dizem que ele estava chocando, ou
incu bando alguma coisa, como a gal inha
fa z isso com os
ovos.
E possível, mas a
ideia
m aior é que o poder de Deus es tava
presente sobre o caos, p r o n to , c om toda
a energia do Espíri to divino, para trans-
f o r m a r aquela si tuação.
Foi por meío do
Espí r i to
Santo
que Deus t rouxe à
exis-
rêncif l__n rm i n r l n
Transformado
e
cheio
de
belezas na tura i s . .
Com o diz
Palmer,
o Es-
píri to "não criou o m u n d o , m as extraiu
potencia l idades que já estavam n o m u n -
do, e ainda inclus ive impla nt ou as seme n-
tes da
vida".
1 Na criação, foi tarefa do Es-
pírito Santo extrair
as
poten cial idades
da
t e r r a , por
isso,
se diz que ele "pairava" ou
"incubava" a terra. Toda a beleza e perfei-
ção que vemos nos seis dias da criação fo-
ram realizadas por m e i o do Espíri to. O
caos deu lugar à ordem, pois "o Es píri to
põe a desordem em ordem.
Sua presença
exclui a possibilidade de caos
ou
c o n f u -
são".
2
Desde
o
início, p o r t a n t o ,
a
função
do Espí r i to Santo foi agir em meio ao
caos, implantando o sent ido e a ordem.
Vemos também a obra do Espí r i to
antes
do
P e n t e c o s te s n a q u i l o
que
comumente chamamos de
Providência,
a
obra divina pela qual Deus mantém, sus-
tenta e renova todas as coisas. O Salmo
104
fala
sobre
essa
atribuição divina: "To-
dos esperam de ti que lhes dês de comer
a seu te mpo. Se lhes dás, eles o rec olhem ;
se
abres a mão, eles se fa rta m de bens. Se
ocultas o rosto, eles se perturbam; se lhes
cortas a
respiração,
m or rem e voltam ao
seu pó. Envias o teu Espírito, 'eles .são cri-
ados,
e ,
assim, renovas
a
face
da
terra" (SI
104.27-30). O Espíri to é enviado espe-
cif icamente para renovar a ter ra . Nas pa-
lavras
de Berkhóf, no
Antigo Testamen-
to é evidente que a or igem da vida, sua
ma nu te nção e s eu desenvolv ime nto de-
p e n d e m
da
operação
do
Espíri to
Santo.
A
re t i rada
do
Espíri to significa morte .3
Graças a Deus por esse Espíri to que im-
põe ordem, desper ta
a
beleza, renova
a
vida
e
desfaz
o
caos.
II
O
ESPÍ R ITO
E A REVEL ÇÃO
U m a
outra a tuacão
do
Espí r i to desde
o
i
n ício foi na revelação divina (H b 1.1,2).
ATação
divina de falar, de revelar a si pró-
pr io , é realizada pelo Espí r i to Santo. A
pr imei ra
vez na
Bíblia
que
vemos
o
exer-
cício da
profecia l igada
à
obra
do
Espíri-
to Santo foi quando Moisés se se ntiu so-
brecarregado com a tarefa de l iderar o povo
grande e num ero so sozinho. A Bíbl ia d iz
que De us t i rou um pouc o do Espí ri to que
estava sobre Moisés e colocou sobre um
grupo
de anc iãos . Números 11.25 regis-
tra: "Então,
o S E N H O R
desceu
na
nuvem
e
lh e
íãlou; e,
tirando do Espíri to que esta-
va sobre ele, o pôs sobre aqueles se tenta
anciãos; q u an d o
o
Espíri to repousou
so-
bre eles, profe t izaram; rnas, depois , nun-
ca mais". Assim que o Espíri to de Deus
repousou sobre aqueles homens eles pro-
fetizaram. Naquela mesma ocasião, quan-
do
Josué
se
dem ons t rou enc iumado por-
que dois homens estavam profetizando no
arraial,
Moisés disse: "Tens tu ciúmes por
mim?
T omara todo
o
povo
do
S E N H O R fosse
profe ta , que o S E N H O R lhes desse o seu
Espíri to " (N m 11.29; Cf. l Sm KUO;
iSm
19.20).
Para
se r
profeta
havia
a ne -
1 E d w i n H . Palmer. E l Espiritu Sunto Edinburgo:
B a n n e r
o f T r u t h T r u s t, 1995. p. 24
2
R. C.
Sproui . O
M istério
do Espírito
Santo São
Paulo : Edi tora Cul tura
Cristã,
1997.
p.
85-86
3
Louis Berkhóf.
Teologia Sistemática 4
a Edição. Campinas:
Luz
Para
o
Caminho, 1996.
p. 426
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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O
Espírito
Santo no ntigo
Testamento
cessidade
do
Espíri to
de
Deus.
Em sua
velhice,
Davi reconheceu que o Espírito
do Senhor falava por seu intermédio: O
Espírito do S E N H O R fala por meu
inter-
méd io, e a sua palavra está na minha lín-
gua (2Sm
23.1,2).
A
profecia
sob
inspi-
ração divina escava, portanto, intimamen-
te
ligada
à
atuação
do
Espírito Santo.
Por
essa razão,
é dito de
Zacarias:
O
Espírito
de D eus se apod erou de Zacarias, filho do
sacerdote Joiada,
o
qual
se pôs em pé di-
ante do povo e lhes disse: Assim d iz D eus;
Por que
transgredis
os
mandamentos
do
S E N H O R
de
m o d o
que não
prosperais?
Porque deixastes
o
SENHOR,
também
ele
vos deixará (2Cr 24.20; C f. N e 9-30 ; Is
59.21; Zc 7-12 ). N esse texto, p ercebe-
mos que no
momento exato
em que o
Espírito se apossa do
profeta,
ele dirige
ao
povo a
Palavra
do Senhor. £ o Esp írito
que traz a revelação divina p ara o povo.
Na
passagem
messiânica de Isaías
61.1,2, encontramos a declaração: O Es-
pírito do
S E N H O R Deus
está sobre
mim,
porque o S E N H O R me
ungiu
para pregar
boas-novas aos quebrantados, enviou-me
a
curar
os
quebrantados
de coração, a
pro-
clamar libertação aos cativos e a pôr em
liberdade os algemados; a apregoar o ano
aceitável do S E N H O R e o dia da vingança
do
nosso Deus;
a
consolar todos
os que
choram .
O
Messias seria revestido
com
esse Espírito de revelação que é o
capacitador de quem anuncia as boas no-
Devemos também lembrar
que as
Escrituras, que são justamente o registro
desses atos
r s
ss
atos
de
R evelação
de
Deus
no An,-
TestamentoTTõrarn
compostas sob
a_
inspiração do
Espírito Santo.
Por essa ra-
zão,
Paulo
diz:
Toda
a Escritura é
inspi-
rada por Deus e
útil
para o ensino, para a
repreensão, para
a
correção, para
a
edu-
cação na justiça (2Tm 3.16). Timóteo
deveria
permanecer
na
Palavra
em vez de
seguir as invenções dos homens, porque
somente
ela é
inspirada p elo Espírito San-
to .
E
Pedro confirma; ... sabendo, pri-
meiramente ,
isto: que nenhuma profecia
da Escritura provém de
particular
elucidação; porque nun ca jamais qualquer
profecia
foi dada por
vontade humana;
entretanto, homens
santos
ralaram
da
parte
de Deus,
movidos pelo Espírito Santo
(2Pe 1.20,21). Palmer, acertadamente,
diz
que devido à inspiração do Espírito
Santo,
está garantida a exatidão do que se
diz
nela [Escritura] sobre
os
eventos pas-
sados, apesar das falhas da memór i a , e
apesar
dos erros que naturalmente acon-
tecem em qualquer relato de segunda ou
milésima
mão . *
A Bíblia está livre desses
erros,
graças
à
atuação
do
Espírito Santo.
TU ÇÃO
DO
ESPÍRITO
NO
SER
H U M N O
Nos tempos do
Antigo
Testamento uma
das
tarefas
específicas do
Espírito
Santo
era capacitar pessoas
arealizar certas ta-
refas. Assim,
um h omem chamado Bezalel
foi
capacitado por
Deus
para
confeccio-
nar objetos para o Ta bern áculo: ... e o
enchi do Espírito de Deus, de habilida-
de, de intel igência e de conhecimento ,
em
todo artifício para elaborar desenhos
e
trabalhar
em
ouro,
em
prata,
em
bron-
ze, para lapidação
de
pedras
de
engaste,
para entalho
de
madeira, para toda sorte
de lavores (£x
31.3-5). Da
mesma for-
ma, Sansão
foi
enchido desse Espírito
para
realizar
prodígios, como está relatado
em
Juizes 14.6, quando matou urn leão: En-
tão7
o Jispírito do
S E N H O R
de tal maneira
se
apossou
dele,
que ele o
rasgou
como
quem rasga
um
cabr i to ,
s em
nada
te r
na '
O
Senhor capacitou homens como
ão
Edwin H .
Palmer. El Espíritu
Santo
Edinburgo: Bann erofTruthTrusi: , 1995.
p. 53
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A
Essência
da
Fé—Parte
5—
O
que a Bíblia
ensina sobre
o Espírito
Santo
Sansão
a
realizarem pelo Espírito
Santo
coisas que jamais conseguiriam sozinhos.
O
Espírito também
dava
força
n u rn outro
sentido.
Os profetas Ageu e
Zacarias
encorajaram o
povo
na
obra
da
reconstrução
de
Jerusalém
e do
templo,
falando sobre
a
presença
do
Espírito San-
to: o meu Espírito habita no meio de
vós; não
temais
Ag_2J5). O
Espírito
era
a garantia de que a
obra
seria realizada:
Esta é a palavra do S E N H O R a Zorobabel:
Não por
força
nem por pod e r , mas
pelo
meu
Espírito,
diz o
S E N H O R
dos Exérci-
tos
(Zc^-f^JOa
mesma
f orm a os
juizes
e os reis
governaram
sobre
Israel
com a
unção
do E s p í r i t o
Santo (Cf.
Nm 27.18;^
Jz
3.10; iSm 16.14).
que fazia com que
homens simples pudessem desempenhar
ofícios
de governantes. Porém, como diz
Hodge, todas essas operações são inde-
pendentes
das
mtiuências s a n t t r t c a d ora s
do Espírito. Quando
o
E s p i ri t o
veio sobre
Sansão ou sobre
Saul,
não foi com o
intui-
to
de torná-los
santos,
mas
para dotá-los
co_m
extraordinário poder
físico e
intelec-
tual; e, quando lemos que o Espirito se
afastou
deles.
isso_sjgnÍfica
que
eles
foram_
prívados dos dons extraordinários .
5
Não
devemos confundir essas
manifestações
do
Espírito
com a
obra
da
conversão.
lòdavía, o Antigo
Testamento
ap_on-
ta
para
o
futuro,
quando o Espírito
seria
todos em
Israel
jifl-
mens
e mu ere s , ovens
bem,
sobre outros indistintamente
(E
cumprimento
dessa
promessa
estaria
re-
lacionado com a~obra do Messias, que
vi-
ria —
como
de
fato veio
— na plenitude
do tempo e do
E s p í r i t o
Santo (Is 11.2;
42.1;
48.16;
6l.l ll7/Lcj4J6I21jJo^
334; 14.16,17,26;
15.26J. DeuslêT
repousar plenamente
o seu
Espírito
so-
bre
Jesus para
que ele
fosse
um a
fonte para
nós,
a fim de
recebermos
por
meio dele
da sua
plenitude
e,
associados
a ele, pu-
déssemos,
nessa comunhão, participar das
graças do Espírito Santo , conclui
Calvinos [Trararemos disso com mais de-
talhes
na
lição
de n°
3].
Como podemos ver, é muito clara a
operação do
Espírito
no
Antigo Testamen-
to no
sentido
de
capacitar
os
homens.
P oré m ,
questiona-se, se esse Espírito tam-
bém atuava a fim de
salvá-los.
Nesse
pon-
to, um texto de Jesus é bastante discuti-
do. Jesus disse certa vez aos apóstolos;
... eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro-
Consolador,
a fim de que
esteja para sem-
pre convosco,
o Espírito da verdade, que
o mundo não pode receber, porque não
no vê, nem o conhece; vós o conheceis,
porque ele habita convosco e estará em
vós
(Jo
14.16,17).
Essas palavras
de Je-
sus têm dado margem para muitos ima-
ginarem que o
Espírito Santo
não
habi-
tasse
dentro
dos crentes no Antigo Testa-
mento, especialmente quando considera-
das em
conjunto
com as
palavras
de Jesus
registradas
em
João 7.38,39: Quem crer
em
mim,
como
diz a Escritura, do seu
i n t e r i o r
fluirão
rios
de
água viva. Isto
ele
disse com respeito ao Espírito que havi-
am de
receber
os que
nele cressem; pois
o
E s p í r i t o
até aquele momento não f o r a
dado,
porque
Jesus
não havia
sido
ainda
glorificado .
A
opinião
de
Grudem
é
5
Charles Hodge. Teologia
Sistemática.
S ão Paulo: Hagnos, 2001. p. 395
f l
A. A.
Hoekema,
A
Bíblia
e o
Futuro
São
Paulo:
Casa
Editora Presbiteriana, 1989,
p.
15-16;
Wayne
A.
G r u d e m ,
Teologia
Sistemática.
S ão
Paulo;
Vida Nova,
1999,
p. 640.
7 Vd. G. Van G r o n i n g e n , Revelação Messiânica no Antigo Testamento.
Campinas,
SP: L uz
para
o Caminho,
1995, p. 602-603.
s João Calvino, As Institutos (l 541), II.4.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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O Espírito Santo no Antigo
Testamento
5
m u i t o
úci l nesse po nto : Ambas as passa-
gens devem ser m anei r as d i f er ent es de
dizer que a obra mais poderosa, mais ple-
na do E spírito Santo, característica da vida
após o Pentecostes, ainda não havia co-
meçado
na
vida
dos discípulos .
9
Não
sig-
nifica que o Espírito Santo não
habitasse
com os
c rentes
no
Antigo Testamento (cf.
Lc
1.15; 1-67; 2.26,27;
IS m
10.6; Is 4.4;
11.2), mas que ele
seria derramad o
de
for-
m a
m ai s abu ndant e
a
par t i r do' Pentecos-
tes. Bavinck
dá
duas razões
por que
havia
diferença
entre o Espírito antes e depois
do
Pentecostes:
Em
primeiro lugar, por-
que a velha dispensação sempre olhava
para
a frente,
para
o dia em que
surgir ia
o
servo
do Senhor, sobre quem o Espírito
repousaria
em
toda
a sua
plenitude (...)
Em segundo lugar, o Antigo Testamento
prediz que, embora houvesse já naquele
t e m p o
u m a
cer ta operação
d o
Espír i to
Santo, que esse Espírito seria derramado
sobre toda
a
carne .
10
Portanto , como
diz
Stott,
no tempo do Antigo Testamento_,
ele
estava
incessantemente
ativo —
na
cri-
ação e na preservação do universo, na pr o-
vidência e na
revelação,
na
regeneração
de
crentes, e na capacitação de pessoasespe-
r i f l i s n a r a
rãrg|gs espec iais''7
Mas, eviden-
temente, havia diferença n o sent ido de
que o derramar do Espírito era mais res-
trito. Após
o
Pentec ostes, atestando
o
c u m -
pr i m ent o da obra
sacrificial
de Cristo, ve-
m os
um derramar generalizado e a garan-
tia de nossa salvação através de seu selo
c o m o
o
prim eiro pagam ento , depósi-
to , o sinal de c o m pr a c o m o c o m p r o -
misso
solene d e
efetivar a
transação12 (2Co
1.22; 5.5; Ef
1.13,14;
4.30).
Com relação à
regeneração
dos
cren-
tes, sabem£S_serekj£inc^siVel sernaati^
ação do Espírito
Santo.
Então,
se havia
crentes
no
Antigo
Testamento,
essas pes-
soas precisavam ter s ido t ransformadas
pelo
Espírito. Encontramos no Salmo 5 1
u importante dec laração de
Davi
so-
p re isso. Consciente de seu pecado com
Bate-seba, D a v i
ora a
Deus: N ão
me
repulses da tua presença, n e m m e retires
o teu
Santo Espírito
(51J5L11).
C o m o
diz Lloyd-Jones, a^miestava um ho m em
sob
a
velha dispensação,
um
ho m em
an-
terior ao Pentecostes, e o r o u par a qu e
Deus não
retirasse dele
o seu Espírito .
13
Se Davi t inha o Espírito Santo, devemos
também pensar
que
todos os demais cren-
tes, como Abraão, Isaque, Jacó, José,
etç.,
t i nham o
Espírito
Santo.
ON USÃO
O Espírito esteve em franca atuação du-
rante todo
o
período
do
Antigo Testamen-
to, cr iando, renovando, revelando, capa-
c i t ando
e
regenerando homens . Porém,
no Novo Testamento,
ele
passou
a
agir
de
f o r m a
m ai s
general izada, e também de
f o r m a
m ai s c o m u m .
PLI ÇÃO
D e v e m o s
louvar a Deus pela obra do Es-
pírito
que
sempre agiu
no
sentido
de es-
t abe l ec e har m o ni a , c apac i t a r e regene-
rar. Essa mesma obra todos
os
crentes
já
exper i m ent ar am ,
e
devem desfrutar cada
vez mais.
Wayne Grudem.
Teologia
Sistemática
p. 533
10 Hermann Bavinck. Teologia Sistemática.-São Paulo: Socepj 2001, p. 424
John
Stott.
Batlsmo
e Plenitude do Espírito Santo
2
a Edição.
São
Paulo: Edições
Vida
Nova, 1986,
p. 17
11
A presença do Espírito Santo é a prim eira prestação do s benefícios da redenção de Crisro, concedidos
àqueles
para
quern
foram adquiridos, e assim a garantia e penhor da consumação dessa redenção no devido tempo.
(Archibald A . Hodge, Confissão de Fé
W cstminster
A.A. Hodge. São Paulo: Editora os Puritanos, 1999, p. 328).
13
D. M. Lloyd-Jones. Deus o Espírito Santo São Paulo: PÉS, 1997. p. 45
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição
Texto
básico:
oão 3 8
A
P E S S O A
D O
E S P Í R I T O S A N T O
INTRODUÇÃO
Fazer uma declaração sobre quem é o Es-
pírito Santo é
uma
tarefa muito dif íci l .
Quando
explicou
a
Nicodemos sobre
a ne-
cessidade de nascer de novo, Jesus afirmou
que esse novo nascimento era uma obra
do
Espírito (Jo 3.8).
A
palavra vento
e a
palavra Espírito
são
exatamente
a
mesma
na língua grega. Jesus disse: o vento so-
pra onde quer . Quem pode controlar o
vento?
Também ninguém pode controlar
o
Espírito,
Em
seguida disse: ... ouves
a
sua voz,, mas
não
sabes
de
onde vem, nem \aondeva
não possamos vê-lo. Todos os crentes
sa-
bem quem é o Espirito Santo. Ninguém
precisa
descrevê-lo
para
eles,
até porque ,
sã. Boas ou más intenções são limitadas
s d F : seEes^pessoai L' Todas es-
sãs coisas podem ser vistas nas descrições
que a Bíblia faz do Espírito Santo..
A. Ele possui os elementos essenciais
à
personalidade
ninguém conseguiria.
Todo
crente sabe o
que é esse maravilhoso sopro de vida e de
paz
que
preenche
a vida e
eleva nosso
cotí-
diano. Neste estudo, analisaremos algumas
características
do
Espírito
Santo,
como
re-
veladas na Bíblia.
I. A PERSONALIDADE DO ESPÍRI
TO SANTO
A Bíblia
mostra
que o Espírito Santo é
uma pessoa. Ele tem habilidades
própri-
as de uma
personalidade. Corno disse
Sproul ...
uma
personalidade incluí
ín-
teligêncía, vontade, individualidade.
Uma
pessoa
age por
intenção. Nenhuma
força
abstrata pode tencionar fazer
qualquer
coi-
l.Tem inteligência
(mente, intelecto)
2. Tem vontade
3. Tem
sensibilidade
I s40 . 13 , l 4 ;To
14.26; 15-26;
Ac
15.28;
Rm
8.27;
iCo
2.10-12
SI 106.32,33;
Is 34,16; At 13.2;*
1 6 7 ; 21. 11;
ICo
12.11;
iTm
4.1
Mq
2.7 Irrita-se;
Rml5.30-Ama-
Is
63.10; Ef 4.30-
Entrisrece-se
B. Ele é o autor de toda. vida
intelectual
Como
já
vimos,
no Amigo Testa-
mento encontramos
com
frequência
a
ação do Espírito associada à vida intelec-
tual (Vd. Jó 32.8; 35.10,11/Gn 2.7; Êx
31.2-6; 35.31-35;
Nm 11.17,25-29;
27.18-21/Dt
34.9;
Jz
3.10; 6.34;
11.29;
13.25; 14.6; 15.14;
ISm
10.6/11.6). O ^
Espírito é o autor de toda vida intelectu-
al e artística; nele temos o sentido do belo
e sublime como expressão
da
santa har-
monia procedente
de Deus, que é
perfei-
tamente belo em sua santidade.
Para
ler e
meditar durante
a
semana
D — A c o s
8.29
— O
Espírito
falou
co m Filipe;
S — J oã o
15.26-O
Espírito
dá
testemun ho;
T — Efésios
4.30
— O
Espírito
pod e se entristecido ; Q — A t os
5.1-10-
M en t ir ao
Espírito
é
ment i r
aDeus; Q — J oã o 15-26-Aprocessão do Espírito; S
— Gé n e si s
1.1- 3— A Tri ndade na Criação;
S — l Pedro 1.1,2 — A T r in d ad e na Redenção
1 R. C. S proul. O Mistério do Espirita Santo São
Paulo: Editora
Cultura Cristã, 1997. p.
17.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A P es s o a ao E spiri to
Santo
7
C. O Espirito é chamado de
Canso leidor
Como o designativo consolador
(Parqklétd)
é
aplicado a Cristo, indican-
do a sua
personalidade
(Jo
14.16; IJo
2.1), o mesmo pode ser dito em relação à
pessoa
do
Espírito Santo. Jesus confor-
tou os
seus
discípulos, prometendo-lhes
outro consolador , referindo-se a uma
D.
Atos
pessoais lhe são atribuídos
pessoa distinta dele; um consoíador se-
melhante
a ele (Jo
14.26; 15.26;
16.7).
O consoíador é Jesus Cristo; o Espírito é
o
outro, semelhante a Jesus Cristo. .
O
consolador
é
aquele
que
confor-
ta, exorta, guia,
instruí
e defende; é um
amigo
que assiste a seus
amigos;
essas ati-
vidades são
próprias
de uma
pessoa,
não
de uma mera força ou influência.^
Trabalha: ICo
12.11
Intercede: Rm 8.26,27
Proíbe: At 16.7
Decide: At 15.28
Perscruta: 1 Co 2.
10
Fala: Ac 13.2; Ap. 2.7
Testifica: Jo
15.26;
At5.32;Rm
8.16
Ensina: Ne 9.20; Jo 14.26; 1 Co 12.3
Consola:
At
9.31
Reprova:
Jo
16.8-11
Regenera: Jo 3.
5;
Tt
3. 5
Ora: Rrn 8.26
Guia à Verdade: Jo 16.3
Glorifica
a
Cristo:
Jo
16.14
Chama e dirige os
homens
ao
trabalho: Is
61.1;
Ac
13.2-4;
16.6,7; 20.28
E. Relaciona-se com outras pessoas
O Espírito
relaciona-se
com seres
pessoais, não sendo confundido com nin-
guém, nem com o
Pai,
nem com o
Filho.
A
própria associação
do
Espírito,
em tal
conexão, com o Pai e com o Filho, visto
que se admite serem eles pessoas distintas,
prova que ele
é_ um a pessoal (Mr
28.19;
Lc
1.35;
Jo 14.26; 15.26;
16.7 13 14; At.
15.28; 2Co 13.13; Ef
1.3-14; 2.13-22;'
2Ts 2.13,14; iPe 1.1,2; Jd 20-21).
E
P e c a s e
contra o
Espírito
O
Novo Testamento
nos
exorta
a
não
pecar contra
o
Espírito Santo (Mt 12.31);
fala
do
perigo de resistir ao Espírito San-
to
(At
7.51)
e do
dever
de não
entristecê-
lojEf
4.30).
Como diz Sproui: ... ele
nos é apresentado
como.uma
pessoa a
quem
podemos agradar ou
ofender,
que
pode amar e ser amada e com quem po-
demos
ter
comunhão
pessoal .3
Todas
es-
sas
coisas
são
próprias apenas
de uma
pes-
soa. Independentemente da interpretação
que dermos
a
este texto
(Mt 12.31,32),
o
fato é
que a blasfémia é um pecado co-
metido contra uma pessoa. Aqui, o
Espí-
rito
é relacionado com o Filho no mesmo
nível de
honra
e
glória, destacando-se ain-
da,
como imperdoável
a
blasfémia contra
o
Espírito.
A
linguagem aqui usada
im-
plica que é impossível cometer um pecado
contra uma deidade maior que o Espírito
Santo,
e
que,
de
todos
os
pecados,
o
peca-
do contra
ele é o
maior, tanto
na sua natu-
reza, como pelas suas consequências; tudo
isso
implica em sua dignidade e deidade
eternas , conclui
Boetcner.
4 Portanto, o Es-
pírito Santo não é uma força ou uma ener-
gia, mas uma pessoa.
1 Charles
Hodge,
T e o lo g i a Sis tem ática. . São Paulo: Hagnos, 2001, p. 391.
3 R. C. Sproul.
O Mis tér io d o
Espírito Santo. São Paulo: Edi tora Cultura
Cristã,
1997- p. 19-
4
Loraíne Boet tner,
Studíes
in
T h e o l o g y .
9
a
ed .
Filadélfia:
The Presbyterían and Reformed
Publishing
Company,
1970, p. 88. Turretín argum enta: ... Como a blasfémia di r igida
cont ra
o Pa i e o Filho supõe
que eles sã o pessoas, do mesmo
m o d o
a blasfémia contra o Espírito Santo (F . Turre t in ,
I ns t i tuíes
o f
Elenct ic
T h e o l o g y . Phil l ipsburg,
Ne\ Jersey:
Presbyterian
and
Reformed Publ ishing
Company, 1992,
Vol.
I, III.30.9. p. 305).
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A Essência da Fé— Parte
5—0
que a Bíblia ensina sobre o Espírito
Santo
DEID DE DO ESPIRITO S NTO
Muito mais
do que uma
Força ativa,
a
Escritura apresenta
o
Espírito Santo como
uma
pessoa
divina.
Alguns textos pode-
rão
nos dar uma
breve descrição
do que a
Escritura considera ser a deidade do Es-
pírito
Santo.
A. Ele possui atributos
divinos
Já vimos o
papel dele
na Criação (Gn
1.2)
e na Providência
(51
104.30). e isso
nos
fala
de sua onipotência.
Também per-
cebemos sua Onisciência.- pois
Isaías
per-
gunta:
Quem
guiou o Espírito do SE-
N H O R ?
Ou,
como
seu
conselheiro)
o
ensi-
nou?
(Is 40.13,14). E
Paulo diz
que o
Espírito
a
todas
as
coisas perscruta,
até
mesmo as
profundezas
de
Deus (l
Co
2.10).
Sua Onipresença pode ser vista no
Salmo 139.7,8 Para onde me ausentarei
do teu Espírito? Para onde fugirei da tua
face? .
O
fato
aínda de que
o nome do Espí-
rito Santo
apareça
junto com o
nome
do Pai
e
com o
nome
do
Filho
ncl-fórmulq
batisnial
(Mt 28.19), e na bênçân_âpostólica (2Co
13 .13), demonstra a
igualdade entre
as
três
pessoas
da
Trindade,
e
nos leva
:
a conside-
rar a deidade do Espírito
Santo.
De todos, o
texto
que
mais clara-
mente aponta
a
deidade' do Espírito San-
to é
Atos 5-3,4: Então, disse Pedro:
Ananias, por que
encheu Satanás
teu co-
ração, para
que
mentisses
ao
Espírito San-
to...?
... Não
mentiste
aos
homens,
mas a
Deus .
Se mentir ao Espírito Santo é
mentir
a
Deus,
então, o
Espírito Santo
é
Deus. O
testemunho
da
Escritura sobre
a deidade do Espírito é bastante grande.
O
ESPÍRITO S NTO
E
TRIND DE
Em b o
rã
haja
diferentes
funções
entre
as
crês pessna.^
ha
igualdade.de essência en-
O Pai
não
é maior em essência do que o
Filho e nem o Filho maior do que o Espí-
rito Santo.
O Pai não
deve
ser
mais ado-
rado do que o Espírito, ou o Espírito mais
que o Filho. São absolutamente iguais.
Entretanto,
há características próprias em
cada
uma das
pessoas
da Trindade, as
quais
não
encontramos
nas
demais.
São
carac-
terísticas únicas dessas pessoas divinas
e
que
tem a ver com o
relacionamento man-
tido
dentro da Trindade.
jao_eks:
Pater-^
nidade, Filiação e Processão. A
paterni-,
da.de é exclusiva da Primeira Pessoa da ,
Trindade,
ou seja, o Pai. A Filiação é ex-
clusiva da
Segunda Pessoa
da
Trindade,
\u
seja
da Terceira Pessoa, o Espírito Santo.
A. O Espírito
procede
do Pai e
do Filho
Assim
como
o
Filho
é
eternamente
gerado
do
Pai,
o
Espírito Santo proce-
de
eternamente
do Pai e do
Filho.
Nas
línguas
grega
e hebraica as palavras
pneuma
e
ruach aplicadas
ao
Espíri-
to,
derivam de raízes que significam
so-
prar,
respirar, vento .
Daí a
ideia
do Es-
pírito
ser
soprado
por
Deus (Jo
20.22).
O
Espírito
Santo é chamado de Es
tre elas._
Logo,
não
existe qualquer grau
de
subordinação
e nem
mesmo
de
honra.
pírito do Pai (M t 10.20; Lc 11.13;
6.19j_lTs
4.8) e
E spirito
do Filho (Gl 4.6;
Fp
1.19: IPe
1.11),
sendo
Enviado
por
Deus (At
5.32): Pai (Toj4.26;
Gl
4.6)
e
Filho
(Jo
15.26).
O
texto
que
mais espe-
cificamente
trata
des.ta_relacão THnitária
é o de Romanos,
quando Paulo
diz:
Vós
.„
não estais na carne, mas no Espírito,
se de fato o Espírito de DeusJbabita em
vós. E se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9).
Paulo estabelece uma relação de
identificação
entre
o
Espírito
de Deus e
o
Espírito de Cristo, que é um e o mes-
mo
Espírito
que
habita
em nós e nos
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A
e s s o a
do
Espíri to Santo
identif ica
como propr iedade
de
Deus
e
de Cristo Vd. tamb ém: 2Co 1.21,22;
5.5;
Ef 1.13,14; 4.4,30). ICO
mesmo
Es-
pírito é comum ao Pai e ao Filho, o qual é
com eles de uma só essência e possui a
mesma
De idade
eterna.
5
A relação tr ini tária foi compreendi-
da
pela
Igreja da
seguinte forma:
Quan-
do
fa lamos
do
Filho
em
relação
ao
Pai,
dizemos
qu e
aquele é gerado
d o Pai e
quan-
do nos referimos ao Espíri to, declaramos
que ele
é p ro cedente
do Pai e do
Filho. Esta
relação ocorre
.eternamente, sem
princí-
pio nem f im, jamais havendo qualquer
t ipo
de
mudança
na
essência
divina, nem
qualquer tipo de subordin ação ontológica,
mas sim
existencial econ óm ica). Deste
modo, a nomenclatura Pai, Filho e Espí-
rito
Santo,
é
apenas
um
designativo
que
implica
um a
correlação
intertrinitária que
é necessária e eterna, não uma pr imazia
de
essência,
no que
resultaria
em
diferen-
ças de
honra
e
glória.
Reto r nando
à
nossa
linha
mestra ,
devemos enfatizar que a relação Trinitária
tem sido compreendida pela Igreja como
uma procedência
eterna
e
necessária,
do
Espírito da parte do Pai e do Filho. As
palavras
de
Ag os t inho
(354-430
d.C .) tor-
•naram-se basilares na com preen são O ci-
dental: O Espír i to Santo, conforme as
Escrituras,
não é
somente
Espírito
do
Pai,
nem
somente
o
E spírito
do
Filho,
mas de
ambos. 6 Daí
q u e ,
a
Conf i s são
de
Westmiwter (1647), refletindo esta com-
preensão bíblica conforme
a
tradição
te-
ológica ocidental, dizer: O Espír ito Santo
é eternamente procede nte do Pai e do Fi-
lho
II.3)
O o 15.26; Gl
4.6).
Na
procedência
do
Espírito
da
par-
te
dp Pai
e_do Filho temos
uma
relação
trinitária ontológica
e
económica;
em ou-
trps.termos, partindo do princípio de que
a
revelação
de
Deus alude
à
essência
de
Deus; através
da
manifestação
da
Trinda-
de, vemos, limitadamente, aspectos da re-
lação essencial
da Trindade.
Privar-nos des-
ta com preensão procedência do Pai e do
Filho) equivale
a
empobrecer
a
nossa com-
preensão de Deus conforme nos foi dado
conhecer na Palavra e definitivamente em
Jesus Cristo. Corremos
o
risco
de
cair par-
cialmente
num
agnostícismo teológico.
B Qtiemfaz o quê na T r i ndade
Devemos evitar
a formulação
simplista de que o Pai é o responsável pela
Criação e o Filho pela Redenção. Como
já dissemos, todas
as
obras
da Trindade
pertencem a ela como um todo. Horton
nos
lembra
que enquanto o perigo, em
gerações prévias, pode
ter
sido
a
negação
de qualquer s ignificado prático do min is-
tério do Espírito Santo, hoje devemos ter
cuidado em.não separar o Espír ito Santo
do
Pai e do Filho como se ele,
sozinho,
fosse
Deus .7
Esse perigo existe ho je de-
vido à ênfase
desproporc ional
que as
igre-
ja s carismáticas
e
renovadas têm dado ao
Espíri to Santo.
Mas, em
qual
sentido
podemos
di-
zer
que há diferenças no
modo
de agir das
pessoas da
Trindade? Podemos
fazer a se-
guinte distinção
dídática: ao Pai pertence
mais
o ato de planejar, ao Fnhojgjie
medi-
ar, e ao Espírito o de agir. Já vimo s sobre o
papel do
Espírito
na
Criação. Agora preci-
samos ver
isso
em relação ao papel do Pai e
5
João Calvino, E xpos ição de Romano s
São
Paulo: Edições Paracletos,
1997 (Rm
8.9),
p.
271.
fi
Agostinho,
A Tr indade São Paulo, Pauius,
1994,
XV.
17.27.
p.
522.
Vd.
também:
IV.20.29; V.14.15;
XV.17.29;
26.47;
27.50.
7 Michal Horton.
Creio
São Paulo: Editora C ultu ra C ristã,
2000.
p. 148.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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10
A Essência da Fé—Parte 5— O que a Bíblia ensina sobre o E spírito Santo
do Filho. A
Bíblia diz: No
pr inc ípio ,
c r iou
J3eus os céus e a terra. A terra , p o r é m , es-
tava sem
Forma
e
vazia; havia trevas sob re
a
face
do
ab ismo._ f^n RçpímtQ-d.e-.ÍVny pá
rava
por
sobre
as
águas. Disse Deus: Haja
luz.;
e houve luz
(Gn_LJ_=3 ) .
O
aço
de
criar é um ato do Deus Trino. A s três pes-
soas esrao presentes nesses três versículos.
Espírito pai ra sobre
as águas, o Pai fala,
e o Filho é a V oz de Deus, ou
seja,
a Pala-
vra
(c£
Jo 1.1). Poderíam os dizer que o Pai
planeja
(iCo 8.6),
o
Filho
é o
in s tr u m en -
to
pelo
qual todas
as
coisas
são
criadas
(Jo
1.3,10; Cl 1.16; H b 1.1-3). e o Esp í r i to
Santo
é o
meio pelo qual
as coisas são leva-
_das à complementa rão T o 33.4). O Espí-
rito é o que age díretamente
sobre
a cria-
tura , pairando sobre o abismo, nu m ver-
bo que
também
é
usado para descrever
os
movimentos
da
águia
sobre seu n inho (Dt
32.11).8 Percebemos a mesma ordem de
atuação
n a
própr ia redenção.
O
texto
de
1
Pedro 1.1,2
nos
a juda
a ver
isso: Pedro,
apóstolo
de
Jesus Cristo,
aos
eleitos
qu e
são
fo ras te i ros
da
Dispersão
no P on t o ,
Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,
eleitos
s eg u n d o a p resc iênc ia de
Deus Pai
em
santificação do
Espírito
pa ra a obediência
e a
aspersão
do
sangue de Jesus Cristo gra-
ça e paz vos sejam multiplicadas . Esse
texto
parece
s u g e r i r q u e o J P a i é o _
í d e a i i z ad o r
da redenção a inda em seus
p r im ó r d io s
n a
p r ó p r i a eleição, en qu a n to
que o Filho é o que
possibi l i ta
a obediên-
cia a Deu s_através da aspersão do sangue,
e o
Esp í r i to Santo
por sua vez é o que
santifica,
ou
separa para si
os
eleitos. As-
s im,
o Pai planejou a
salvação
(Jo
6.37,38)
e escolheu
os
eleitos
(Ef
1.3,4),
o
Filho
executou o plano de D e u s 0o 17.4; Ef
1.7),
e o
Espírito confirma essa obra
so-
bre
os crentes (Ef
1.13,14).
ON LUSÃO
A
Escr i tu ra dem ons t ra
a
personal idade
e
a deidade do Espírito Santo. Pelas suas
características
e por sua ação, bem
como
p or seu relacionamento dentro e
fora
da
Trindade,
fica
claro que o Espírito Santo
é u ma
pessoa
e é
Deus .
Negar
isso resul-
tará
em nega rmos a adoração que me de-
vemos. Ignoraço..seu
re lac ionamen to
com
o
Pai e
com
o
Fi lho
poderá levar
os
cren-
tes, e tem ' levado , a lhe dar nos cul tos e
n a
vida
u m lugar que não é
dele.
Q u e a s
l ições aqui es tudadas
n os
orientem na correta e piedosa relação com
o Santo Espírito de Deus .
PLI ÇÃO
A
personal idade do Espí r i to d ivino n os
leva a ve r que podemos ter um relacio-
namento rea lmente pessoal com ele. Por
essa razão, esse estudo
não
pode
se r
ape-
n as in te lec tua l , m as p r á t i co . Deve n os
levar a
buscar esse relacionamento mais
í n t i m o c o m o Senhor.
Cf . Derek Kidner . Génesis
— Introdução
c
C omentário.
Sã o Paulo: Edições V ida Nova, 1974 , p. 43.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição 3
Texto básico: João 14.16 17
A
P R O M E S S
D O
ES PÍR ITO S A N T O
INTRODUÇÃO
A vinda de Jesus foi a entrada
definitiva
de
Deus neste mundo e na vida dos homens.
E nqu anto ele esteve aqui, seus discípulos e
as multidões puderam vê-lo, ouvi-lo
e até
tocá-lo. M as Jesus sempre soube que sua
vida seria bastante breve. Quando se apro-
ximava o mom ento de partir deste m u n d o ,
sabendo
que os
sacerdotes conspiravam
contra ele, e até mesmo sabendo que uni
dos
seus discípulos
o
trairia, Jesus
fe z
ques-
tão de falar palavras de despedida e de con-
solo para seus querido s discípulos: não se
turbe o vosso coração; credes em D e u s ,
crede também
em
mim
(Jo 14.1).
Saben-
do
da
absoluta necessidade
de sua
partida,
mas não querendo deixar seus discípulos
abandonados, Jesus lhes disse: E u rogare i
ao
Pai,
e ele vos dará outro Consolador, a
fim de que
esteja
para sempre convosco, o
Espírito
da
verdade,
que o
m u n d o
não
p o d e
receber, p orqu e não no vê , nem o conhece;
vós
o
conheceis, porque
e le
habita convosco
e estará
ern
vós. Não vos deixarei órfãos,
voltarei para
vós
outros
(J o
14.16--18). N a -_
quele m o m e n to , Tesus lhes prometeu o Es-
pírito Santo. Porém, essa promessa já ha-
via sido
feita
por Deus muito tempo antes.
I
A PROMESSA PROFÉTICA
H á muito tempo Deus vinha anunci ando
por^ meio dos profetas a
chegada
de uma
era muitas vezes
identificada
com o derra-_
m a m e n t o do
Espír i to
Santo. Apesar d o E s -
pírito Santo já estar em
aúvídade
d u r a n t e
todo o período do A ntigo T estamento, como
disse S tott, mesmo assim, alguns
profetas
predisseram que,
nos
dias
do
Messias, D eus
concederia uma difusão
liberal
do Espírito
Santo,
nova e diferente, bem como acessí-
ve l a todos .1 Isaías
profetizou sobre
um tem-
po de muíta
destruição para
o
povo
dê
Isra-
el. E le
falou
em palácios abandonados, ci-
dades desertas, torres destruídas (I s 32.14),
mas,
na esperança profética, isso duraria
...
até que se
derram e sobre
nós o
E spír ito
lá
do
alto; então,
o
deserto
se
tornará
em
pom ar, e o po m ar será tido por bosque (Is
32.15). E sse derramar do Espírito passou a
se r
uma das grandes expectativas escatoló-
gicas do
povo
de
Deus. Isaías fala ainda:
... derramarei água sobre
o
sedento
e
tor-
rentes s o b r e
a
terra seca; d erram arei
o meu
Es pír i to
s o b r e
a tua
posteridade
e a
m i n h a
b ê n ç ã o , s o b r e
os
teus descendentes
(I s
44.3). E z e q u i e i
foi ainda mais específico
s o b r e e s s e d e r r a m a m e n t o : ... aspergire i
água pu ra sobre vós, e ficareis pu rificad os;
de todas as vossas
ímundícías
e de todos os
vossos
ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei
coração novo e po rei dentro de vós espírito
novo; tirarei de vós o coração de pedra e
vos darei coração de carne. P orei dentro de
vós o meu Espírito e farei que andeis nos
meus estatutos, guardeis os meus juízos e
os observeis
(E z
36.27). E Joel fala da am-
plitude desse derramamento: ... derrama-
re i o meu
Espírito sobre toda
a
carne; vos-
Para ler e
meditar
durante a semana
D — J o ã o 14.1-15-Não se turbe o vosso coração; S — J o ã o 14.25-31 - Ele vos fará lembrar de
tudo o que
tenho dito;
T — J o ão 16.1-15— Guiará a toda verdade e me
glorif icará;
Q — J o ã o
7.37-39 —
Espírito do Cristo glori f icado; Q
—
Salmos 51.1-12
—
O Espírito na
vicia
cie
um crente do Antigo
Testamento; S—Atos2. 5-ll —
O
Espírito unindo
as línguas;
S — l Coríntíos
3.16
— O Santuário do Espírito Santo
1 John Stott.
Batísmo
e
Plenitude
do E spírito
Santo
2a
Edição.
S ão
P aulo: E dições Vida
N o v a , 1986, p. 17
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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12 A Essência da Fé—Parte 5— O que a
Bíblia
ensina sobre o Espírito Santo
sós filhos
e
vossas
filhas
profetizarão, vos-
sos velhos
sonharão,
e
vossos
jovens terão
visões; até sobre os servos e sobre as servas
derramarei o meu Espírito naqueles dias
(J l
2.28,29).
Toda
essa expectativa sobre
Q
derramamento
do
Espírito vinculada tam-
bém ao
pe rdão
dos pecados pode ser vista
nas palavras de
João
Batista no início de
seu
ministério:
Eu
vo s
tenh o batizado
com
água;
ele,
porém, vos banzará com o Espí-
r i to Santo
(Mc
1.8). João Batista anunciou
que a profecia do Antigo Testamento sobre
o
derramar
do
E spirito Santo
logo
se
cum-
.priría na pessoa que ele estava anunc iando ,
p
Senhor
Jesus
Cristo.
E o
pró pr io Senhor .
após
a sua ressurreição, disse aos apósto-
los: Eis
que
envio sobre
vós a
promessa
de
meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até
que do
alto sejais revestidos
de
poder (Lc
24.49). Bruner enfatiza
a
imp or tância
de
]e-
rusa lém
nesse ponto: para receberem o
Espírito Santo, os apóstolos são orde nado s
a não se ausentarem de Jerusalém. Jerusa-
lém,
no conceito de Lucas, será o local do
penú l t imo evento da história da salvação
antes do últ imo evento: a volta de Cristo .2
Por ísso, no dia do Pentecostes, Pedro cla-
ramente
entendeu que a p r ornes
sã
havia se
cu m pr i do . Percebemos isso
por
suas pala-
vras: ...
o que
ocorre
é o que foi
dito
por
intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos
últimos dias, díz o Senhor, que derramarei
do meu
Espír i to sobre toda
a
carne (A t
2.16,17).
Sobre essa base, ele teve a cora-
gem de
proclamar
à
multidão
que o
ouvia:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja ba-
tizado em nom e d e Jesus Cristo pa ra re-
missão dos vossos pecados, e recebereis o
dom do Espírito Santo. Pois para vós ou-
tros é a promessa, para vossos filhos e para
todos os que ainda estão longe, isto é, para
quan tos o Senhor, nosso Deus, chamar (At
2.38,39).
O
perdão
dos
pecados
e o dom
do Espírito eram uma promessa de
Deus
que
havia
acabado de se cumprir
naquele
dia. A última expressão de Pedro dizendo
que a promessa era para todos os que
Deus
chamar , aponta para o aspecto universal
da promessa do Espírito. Joel já havia dito
que
o derramamento seria sobre todo t ipo
de pessoas, incluindo jovens, velhos, ho-
m en s e mu lheres, servos e servas (Jl
2.29).
Independen te de idade, sexo, raça e classe
social,
o dom incluía todos os que se arre-
pendessem e cressem.
3
Percebemos, por tan to , que desde o
Antigo Testamento, sempre ho uve u m a pro-
messa divina de enviar o Espírito Santo a
fim de iniciar um a nova era, a Era do Espíri-
to. O
Espírito
viria habitar de forma mais
plena e universal o povo d e Deus, engloban-
do pessoas de todas as tribos, raças, línguas
e nações. O momento quando aquela pro-
messa
fosse cumprida
seria um
momento
único
na histó ria da salvação.
Mas,
para que
o
Esp írito fosse enviado,
antes
Jesus p recisa-
ria realizar a sua obra.
I I
O OUTRO CONSOLAD OR
Voltemos
agora para as palavras de Jesus
sobre a vind a do Consolador: eu rogarei
ao
Pai,
e ele vos
dará outro Consolador .
Devemos notar
a
expressão outro . Quan-
do nos
referimos
a
alguma coisa
como
ou-
tra , em geral é po rqu e já havia um a antes.
Jesus
foí
o grande consolador. A palavra
grega
para consolador épamkletos e
signifi-
c a
iiteraImeji.tQ-1'ãquele.que está ao lado de .
Mas,
agora, ele
p recisava
partir , e não po-
deria mais permanecer ao
lado
de seus dis-
_cípulos. Entre tan to , não deixaria seus dis-
cípulos órfãos, pois mandaria um dom ex-
tremamente necessário para a vida deles: o
Espírito Santo. O E spír i to Santo viria_p_ara
ocup ar o lugar deixado po r ele. A pa rtir da-
quele momento Jesus seria o consolador
F. D.
Bruner .
Teologia do Espírito Santo. 2a Edição. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986. p. 126
3 Cf. John Srotr. Batismo e Plenitude do
Espírito
Santa 2a Edição. São Paulo: Edições Vida N ova, 1986, p. 20
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A
Promessa
do
Espírito Santo
13
pamkletos)
no
cé u
(l J o
2.1), intercedendo
por
seus discípulos
lá ,
enquanto
que o
Es-^
píri to
seria
o
consolador
parakletos]
na
ter-
ra^ também
jn t , . _
discípulos
Rm 8.26) .
A A
Vinda
do
Consolador
Por
várias vezes Jesus advertiu seus
discípulos de que precisava partir . Um dos
motivos pr inc ipa is é que somente após sua
part ida poderia enviar
o
outro Consolador.
Em
João
7.38,39Jesus diz: ... quem crer
em mim,
como
d iz a
E scr i tura ,
do seu
inte-
rior fluirão rios de água viva. Isto ele disse
com respeito ao Espí r i to que haviam de
receber os que nele cressem; pois o Esp í r i -
to até esse mom ento não fora dado, porque
Jesus
não
havia ainda sido glorificado .
E n-
quanto Jesus não fosse glorif icado, o Espí-
rito Santo não poder ia ser enviado. Por isso
Jesus disse
aos
discípulos ...
eu vos
digo
a
verdade: convém-vos que eu vá, porque , se
eu não for, o Consolador não virá para vós
outros;
se,
porém,
eu
for,
eu
vo-lo
envia-
rei (Jo 16 .7 ) . E r anecessá r io que Cristo
subisse
aos céus e se
assentasse
à
direi ta do_
t rono
à
D^ us^e^assim^glo^ificado, env ias-
se
c - E s p í ri t o Santo aos
discípulos. J A
J
B O Testemunho do Espírito Santo
Era muitíssimo necessário que o Espí-
rito viesse. Ele teria a função de substituir
Jesus durante a ausência dele. M as além de
substituir, ele
teria
outras
funções,
como
lem-
brar os discípulos das coisas que Jesus havia
aito (Jo 14.26). Também fazia parte de sua
obra convencer
o mundo do
pecado
da just^Tj
ca e do juízo (Jo 1&8). Jesus disse que cr
Espírito Santo viria também para guiar
discípulos a toda a verdade J° 16.13). C
tame nte a obra dele não seria indep ende nte,
mas sua função era glorificar o
própr io
Je -
sus, exaltando sua pessoa, seu poder e
suaf
obra
Q o 16.14).
E sse
é um
ponto
de máximaM
importância.
E
comum,
no s
dias atuais,
as
pessoas enfatizarem mais
a
pessoa
e a
obra
do Espírito Santo do que a do Pai e do Fi-
lho. É verdade que, o E spírito Santo não foi
considerado como devia
ao
longo
da
histó-
ria
da
Igre ja .
Porém, é um
er ro querer
enfatizar a
obra
do
Espírito acima
da
obra
de Jesus. A função do Espírito seria exata-
mente
a de
testemunhar de
Jesus: ele me
glorificará, porque há de receber do que é
meu e
vo-lo
há de
anunciar
Jo
16.14).
Como
escreveu Lloyd-Jones, ... esta
é uma
das
coisas mais espantosas
e
extraordinárias
acerca
da
doutrina bíblica sobre
o
Espír i to
Santo. E le parece esquivar-se e ocultar-se.
E le
está sempre,
por
assim dizer, focalizando
o
Filho .4 D e fato, a obra do Espírito Santo
não é glorificar a si
mesmo.
E le é
como
um
holofote, sua
função
é
ilum inar algo
que não
ele próprio.
E le
quer glorificar
o
Senhor
Je -
sus, e nos dar
conhecimento dele
e de seu
amor por nós. Por essa
razão,
Lloyd-Jones
está certo
em
af irmar
que
podemos saber
o
quanto temos
do
Espí r i to
de
acordo
com o
quanto consideramos
o
Senhor Jesus.
3
Jesus disse
que o
Espírito Santo seria
enviadojgara estar sempre com
os
discípu-
los,
ou seja,
eles
não
poderiam viver
se m o
EspJri.tQ. Isso nos fala da impor tânc ia do
Espír i to
Santo para
a
vida
do
crente.
Não dá
para conceber
um
crente
sem o
E spírito San-
to , pois ele é absolutam ente vital para que o
crente conheça Jesus
e
receba
a
salvação.
Um
crente
sem_o
E spír i to Santo
em
hipótese al-
guma é um crente
verdadeiro,
pois a
presen-
ça cio Espír i to Santg_n£rvida~cTos discípulos
seria
a^arantiajde
que
os
discípulos
de
fato
pertenciam a Jesus (Cf. Rm 8.9, Ef l. 13,14).
O
SIGNIFICADO
DA VINDA DO ES
PÍRITO SANTO
Como já v imos, o Espí r i to Santo já habi -
tava
com os
crentes antes
do
Pentecostes,
D. M. Lloyd-Joncs. Deus o Espirito Santo. São Paulo: PÉS, 1997. p. 31
D. M. Lloyd-Jones.
D eus o
Espírito
Santo.
São Paulo:
PÉS.
1997.
p.31
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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14
A Essência da
Fé—Pa rte
5— que a Bíblia en sina sobre
o
Espírito Santo
porém, ele
sería dado
de
forma mais ple-
na. Veja que Jesus diz que os discípulos já
conheciam
o
E spírito
Santo,
enquanto
que
o mundo
ainda
não o conhecia (v .
1 7),
o
que é mais uma prova de que eles já pos-
suíam
a
pessoa
e
obra
do
Espírito Santo.
Mas,
já
vimos
que
somente após
a
part ida
de
Jesus
é que o
outro Consolador
viria
para
guiar
os
discípulos
a
toda
a
verdade.
N o Pentecostes,
_ o s
beram
o
Espír i to
do Cristo
glorificado,
e
assim . foram
banzados
no
corpo
de
Gris-'
to, ou
seja,
na Igreja. A
vinda
do
Espírito
Santo no dÍa_jj&Jjejit££Qsj:e<:
f n ? sJn.g ticui
—
cão da
Igreja
no
Novo
Testamento.
Isso
não quer dizer
que não
havia crentes
an-
tes. Mesmo os apóstolos já eram crentes,
porém,
eram crentes segundo
o
padrão
do •
Antigo Testamento,
Mas no dia do
Pente-
costes
receberam a promessa do Espírito
Santo que veío
formar
o
corpo
de Cristo
(Igreja) e se tornaram crentes do No v o
Testamento.
Geralmente
se
resume
a
dife-
rença
entre
ser
"crente
do
Antigo
Testa-
mento e "crente do Novo Testamento ,
pela expectativa em relação à vinda de Je-
sus.
Os
crentes
do
Ant igo olhavam para
o
futuro ,
para quando o Messias
viria,
en-
quanto isso ofereciam sacrifícios
pelos
pecados. Os crentes do Novo Testamento
olham para
trás,
para o
Messias
q ue já veio,
e
seus_p ceados,
são perdoados no sacríff-
cio definit ivo de Cristo. Os a póstolos pas-
saram pelas duas exp eriências. Foram cren-
tes do Ant igo Testamento, e depois passa-
ram a ser
crentes
do
Novo Testamento.
Pedro testem unh ou que eles haviam crido
no dia do
Pentecostes
(At
11.15-18).
Para que o derramamento do Espíri-
to
acontecesse, Jesus precisava
ser
exaltado
através da Ascensão. Foi
naAscensão,
quan-
do se assentou à destra d e
Deus
que Cristo
recebeu o título de "Cabeça da
Igreja"
(Ef
somente após sua Ascen-
são ele pôde mandar o
£ sp f r í
f n S g n r n . p g r g ^
ligar os
membros
a fim de formar um só
corpo. Alguém dirá: Mas, então,
não
havia
~
igreja no Antigo Testamento? Certamente
que sim, porém
não nos
mesmos termos
do N ovo Testamento. No dia do Pentecos-
tes aconteceu algo novo que
jamais
havia
acontecido antes. Nesse dia a unidade
foí
- -
estabelecida.
Podemos
ver o
Pentecostes
como
uma
espécie
de Babel
invertida.
A
igreja
composta de todas as nações se reu-
niu num
único
corpo. Foi por isso que o
dom de línguas fo i concedido. As línguas
de
todos
os
povos
foram
unidas
no dia do
Pentecostes
simbolizando a un idade da igre-
ja
em todas as nações, e não mais apenas
dentro dos limites de Israel. As línguas ha-
viam sido divididas
po r
ocasião
da
tor re
de
Babel, mas no
Pentecostes
toram
reunidas
demonstrando a unidade do povo de
Deus.
ON LUSÃO
O Espírito Santo é o substituto de Jesus,
enviado para consolar
os
discípulos
e
tam-
J3ém_p ara.
completar
a ob ra de Jesus na vida
deles
até o dia em que Jesus voltar para
buscá-los., O Espír i to
Santo
to i derramado
para cumpri r a promessa de Jesus e dos
profetas,
entretanto,
isso não
quer dizer
que
não tinh a sido dado antes, mas que no Pen-
tecostes
aconteceu algo no vo e tremendo, a
unidade
da
Igreja
fo i
estabelecida,
e os
dis-
cípulos foram capacitados para desempe-
nhar
a
obra
da
pregação
do
Evangelho.
PLI ÇÃO
nrnn_é_mgravi hnsn
s
outro Consolador habitando den tro de nós.
Temos
um
parakletos
no céu e
outro
na
ter-
ra E através dele po dem os ter a certeza de~
que
Jesus será
glorificado
nas
nossa vida.
Como você
tem reagido à ação do Es pírito?
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição
Texto
básico:
ucas 4.1 21;
Atos 1.6 8
A O B R A D O E S P ÍR I T O S A N T O
INTRODUÇÃO
O
Espírito Santo
é
responsável
por uma
Uma das principais obras
do
Esr^í-
rito
Santo
está
v i n c u l a da
à
pessoa
de
Cris-
vasta obra. Desde o início até à consuma-
ção de
todas
as
coisas,
o
Espirito
Santo
agiu
e
agirá
para cumprir o soberano pro-
pósito de Deus. Já vimos sua atuação na
criação,
na
revelação
e na capacitação das
pessoas no Antigo Testamento. Agora ve-
remos um pouco mais de sua obra. Po-
S
rém, diversas coisas certamente ficarão de
fora , pois , não teríamos condições, nem^
espaço para registrar toda a obra do
Espf-^
rito Santo. Trataremos aqui sobre(o
Espí-
to. Em todo o ministério de Jesus, o Es-
pírito Santo teve participação. Isaías pro-
fetizou q u e o Espírito repousaria sobre o
Messias dando-lhe sabedoria, força e co-
nhecimento em seu
ministério
(Is
42.1;
11.2,3). O
Espírito Santo
não
veio sobre
Jesus a
f im
de capacitá-lo para a obra por-
qu e Jesus n ão tivesse poder em si mesmo.
Certamente ele tinha, porém, a atuação
do Espírito
Santo
em Cristo aponta para
a
unidade
da
Trindade.
rito Santo em relação a
Cristo,
nos cren-
te s e no
Reino
de
Deus.
L OBR DO ESPIRITO N VID E
MINISTÉRIO DE
CRISTO
O ministério do Espírito só pode ser com-
p r e e n d i d o
e avaliado de modo correto den-
tro da perspectiva cristocêntríca; um
e n f o q u e
sem
esta consideração consiste
num esquecimento do Espírito por mai-
or que seja o nosso desejo de reabilitá-
lo à
igreja. Compreendendo adequada-
mente quem é Cristo e o seu ministério,
a
igreja
está honrando o
Espírito,
porque
esse conhecimento
só
pode
ser
alcançado
por obra de Deus (Mt
11.27; 16.17)
e
é _
o
Espírito
de Deus quem nos conduz à
v e rd a d e i ra co m p re e n sã o
de
Cristo.
A
con-
flssão
do
Cristo
por
parte
da
Igreja,
é, de
certa forma,
a
glória
do Espírito (Jo
14.26; 15.26; 16.13-15/lCo 12.3).
A O n scimento virginal
O nascimento virginal de
Tesus foi
operado
pelo Espírito
Santo (Lc 1.35) e
lhe
conferiu
a condição de ser
livre do
pecado
o r i g i n a l _ q u e todos
o s
humanos
herdam. Sua pessoa divina sempre exis-
t i u , mas sua natureza humana se origi-
n ou
no
ventre
da
virgem Maria.
O
Espí-
r i to formou o corpo e dotou a alma hu-
mana de Cristo com todas as qualifica-
ções para sua obra.
1
O
Logos
eterno to-
mou uma natureza humana naturalmen-
te incapaz de qualquer ação santa sem o
poder
do
Espírito Santo;
daí a
necessida-
de
da
ação
sant i f icadora e
preservadora
do
Espírito. Na encarnação, o Espírito pre-
servou a Jesus
C.ri.srn
H a
m q n r h a
do
peca-
do original que é a herança de todo ser
humano,
fazendo com que ele tivesse uma_
natureza imaculada. Se assim não fosse,
Para ler e medit r durante a semana
D
—
Isaias6l.l-3
— O
Espír i to
sobre
o
Messias;
S
— M a t eu s
3.16)17 — A
unção
n o
Bacismo;
T — T i t o 3.4-7-Regenerados pelo Espírito;
Q — E fésio s 1.13,14-O
selo
do
Espírito;
Q - Acos 5.17-42 -A ousadia dos discípulos; S - Mateus 13.31-33 - O crescimento do Reino de
Deus; S — L u c a s 1 3 . 2 0, 2 1— A e x p an s ã o do reino -
1 C har les
Hodge,
e o l o g i a Sistemática Sã o Paulo: Hagnos,
2001.
p.
395.
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16
A Essência da Fé—Parte 5—O que a
Bíblia
ensina sobre o Espírito Santo
Cristo não
poderia se oferecer pelo seu
povo,
apresentando
um
perfeito sacrifício
10.13), p o d e m o s p e r c e b e r o
q u a o _
amadurecedorayela pode sei7
para
a
nossa
vicário, sem
mácula
e de
valor eterno (2£o, vida espiritual./O
primeiro
Adão
sucum-
r n - .
TL -To^n-í.-iT^
^
-
o ni . o
i
o\U à tentação
JcSUS CtisCO O
último
5.21j. Hb
7.26,271
IPe
1.18-21;
3.18).
B. No batismo
N o
bat i smo
não
houve qua lque r
mudança metafísica
no ser de
Cristo,
nem
ele
passou a ter uma relação nova com o
Pai; entretanto, nesse ato
histórico,
vemos
a
manifestação
da
Trindade
num só
pro-
pósito: a salvação do seu povo.
Como
sacerdotes (Ex
28.41)
e reis
(2Sm 2.4),
o
Messias
fo i
ungido pelo
Es-
pír i to
para
poder
realizar sua
obra
(M t
3.16;
Lc 4.18 L.
Cristo
foi
ungido desde
toda
a
eternidade;
há referências no An-
tigo Testamento qu e falam da sua h abita-
ção do Espí rito, indican do dessa form a, a
sua unção, a sua capacitação eterna para
o
c u m p r i m e n t o
da sua
obra
(Is 11 2;
42.1;
61.1).
Todavia, historicamente,
ele
foi
ungido
por
ocasião
da sua
geração
e
santificação
em
Maria
(L c
1.35) e, tam-
bém,
no
bat ismo
(M t
3.16;
M c
1.10;
Lc
3.22; Jo 1 32; 3.34; At
10.38).
O
Crisro_
esteve eternamente capacitado para ser o
Salvador
dos eleitos; e agora,
encarnado,
recebe essa confirmação
do Pai e
do Es p
í-
rito: a salvação é obra da Trindade; po7
isso,
as
três pessoas
estão
empenhadas
na
execução
do pacto salvador.
C. Na sua
tentação
Lc
4.1,14)
O
Espírito guiou '[ impeliu
2 (Mc
(J Adão, deve ser
tentado para poder
levar
sobre
si o
pecado
dos
eleitos.
Se
Cristo
não
vencesse
o
tentador, jamais poderia
ser o Salvador daqueles que estavam sob
o
domínio
de
Satanás.
E
relevante
ob-
servar, que o seu
ministério público teve
início
após esse episódio, com eçando
com
um
sermão
(Lc
4.16-21/Is
61.1,2).
D. No seu
confronto
com
Satanás
Jesus
realizou
milagres
no
poder
do
Espírito. O
Reino
de
Deus
é o
Reino
de
Cristo — o governo t r iunfante de Cristo
sobre
todas
as
coisas, visíveis
e
invisíveis
—
e, esse Reino se
f a z
presente por meio da
obra
de
Cristo, libertando
os
homens
do
domínio
de Satanás e dos poderes do mal,
desmantelando
a
cidadela
do
inimigo
(M t
12.28,2$).
O pavor dos
demónios
diante
Crísro aponta para a chegada poderosa
e
vitoriosa do
Reino
(M t
8.29).
.
E. Na sua
obra
sacrificial
A
obra sacrificial
de
Cristo
fo i
cum-
prida de forma completa e com o senti-
mento adequado
peia operação
do
Espíri-
to
(Hb
9.14).
Em
total harmonia corno
Espírito,
Cristo ofereceu-se
a
si
mesmo,
tendo plena
consciência das
implicações
dessa oferta:
a
dor,
a vergonha, a humi-
lhação,j)_peso da ira de Deus, o abando-
.12)] Jesus ao deserto e permaneceu com
ele ali (Lc 4.1,2). Jesus foi
tentado
desde/x-jno. Cristo
sofreu
como
homem,
no en-
s
j
a sua
chegada.
A_tentação fez
parte
do
tanto,
a fim de que sua
morte pudesse
seu
am adurecimento para
o m inistério q ue efetuar
nossa salvação,
su a
eficácia
fluiu
o Pai lhe confiara. A tentação é m uito pé- do p od er do Espírito. O
sacrifício
q ue
nosa, contudo,
quando avencemos, con/jj
produziu
a
expiação eterna
foi muito
mais
victos
da sustentação de
Deus iCcr
que uma obra meramente
humana .
3 No
2
Jesus, sendo cheio
do Espírito,
sentia
a sua força no
ín t imo
da Sua
alma (Abraham Kuyper,
The
Work
of
theHoly Spirit,
p.
108).
3 J.
Calvino, Exposição
de Hebreus. Sã o
Paulo:
Paracletos, 1997, (H b
9.14),
p.
231-232.
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A Obra do Espirito Santo
17
entanto, em todo o seu
sofr imento,
ele
pôde usufruir
do consolo do
Espírito
que
sempre estivera plenamente nele.
O
Espirito
que
esteve
em
Cristo
durante todo o seu ministério terreno, o
capacitou a apresentar-se voluntariamente
(G l 1.4/Jo
10.11,15,17,18)
como sacer-
dote
e vítima: o
ofertante
e a
oferta
—
para
resgatar os seus (Hb 9.23-28).
F. Na
sua ressurreição
O
Novo Testamento declara
que a
ressurreição de Cristo foi obra do Pai (Gl
1.1;
Ef
1.17-20),
do
Filho
(Jo 2.18-22;
10.17,18)
e do
Espírito
Santo
(iPe
3.18/
Rm
8.11). O
mesmo
Espírito que
Divino-Hnmana
Crísto, acompanhando-o e
fortalecendo
emtQ_do_Q_ se u ministério, agiu decisiva-
mente
em sua ressurreição, a
qual
assina-
la a vitória de Deus sobre o pecado, a
morte
e
Satanás.
O
Espírito
que
atuou
em Cristo no seu estado de humilhação é
o
mesmo
na sua
exaltação.
Concluindo esta divisão, observa-
mos que o
Ministério
de
Cristo
foi
mar-
cado pela_ plenitude do Espírito
(J
o
3 34 LcJ
OBR DO ESPÍRITO NOS
C R E N T E S
Dajnesma
forma
que
o
Espírito agiu
na
vida de Cristo, ele age na vida dos
jgs. Como diz Hoekema, todos os
maio-
res
elementos no processo de salvação sã o
atr ibuídos
à autoria do Espírito
Santo /
Ele
é o grande despenseiro das bênçãos
conquistadas
por
Cristo. Podemos vê-lo
agindo na
regeneração,
na conversão, na
santificação, na adocão. na segurança da
salvação e intercedendo por nós.
A
Regeneração
Regenerar significa
gerar
de novo. O
Espírito Santo é o autor desse ato. Em Ti
to
3.5 encontramos a seguinte declaração: ele
nos salvou mediante o lavar regenerador e
renovador
do
Espírito Santo .
B Faz nos reconhecer e confessar o
Senhorio de Cristo
Somente pelo Espíri to (iCo 12.3)
e
_Cristp
crerão fanhnr. vivendo de forma
coerente com essa
confissão
(M t 22.43;
iCo
12.3/Rm
10.9,10).
C.
Justificação^
O Espírito
aplica
em nós a
justiça
de Cristo (l
Co
< B 8 H f c
6.1 l ; _
declarados
jus tos
diante
de
Deus.
Deus, desde toda a eternidade, decre-
tou
just i f icar todos
os
eleitos;
e
Cristo,
no cumprimento do tempo, morreu pe-
los
pecados deles
e
ressuscitou para
a
jus-
tificação
deles;
contudo,
eles
não são
jus-
tificados
até que o Espírito Santo, no tem-
po
próprio
e de
fato, comunica-lhes
Cris-
to
5 (Rm 3.4; 4.25; Tt 3.6,7/1 Co
6.11).
D . -Conversão •
A conversão — a resposta do homem
à
regeneração
operada
dentro dele — tam-
bém é obra d o
Espírito
Santo. Geralmente
vemos
a
conversão como consistindo
de
arrependimento e
fé . Ambos aspectos
sã o
descritos
na
Bíblia como obra
do
Espíri-
to
Santo (Cf. AC U.15.1& l Co 12.3).
J
Santificação
O Espírito Santo vem habitar o crente
na conversão e o santifica ao longo da viga
cristã: ....
Deus
vos
escolheu desde
o
prin-
cípio para a salvação, pela
santificação
do
An thon y Hoekema. Salvos Pela Graça. S ão Paulo:
Editora C ultura Cris ta,
l 997. p. 36
Confissão cie
Westmlnster XI.4.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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18
A
Essência
da Fé—Parte 5~O que a Bíblia ensina sobre o
E spírito
Santo
Espírito e fé na verdade (2Ts 2.13) (Cf.
iTs 2.13; Rm 15.16; IPe 1.2).
F. Intercessão
Uma das obras mais importantes que
o
Espjrito realiza pelos crentes
é a de in-
terceder por eles (Rm 8.26,27). Não
sabendo
nós o que
havemos
de
pedir,
como convém, o Espírito nos assiste em
nossa fraqueza, habilitando-nos a saber
por quem, pelo quê, e como devemos orar;
operando e despertando em nossos
cora-
ções (embora não em todas as pessoas,
nem em
todos
os tempos, na
mesma me-
dida) aquelas apreensões,
afetos
e graças
que são
necessários
para o bom cumpri-
mento
do
dever. 6
Ele
funciona como
um
intérprete entre
nós e
Deus, traduzindo
nossas orações. Ao fazer isso, intercede por
nós, buscando o melhor para nossa vida.
G .
Adoção
Não sabemos se Deus nos faz seus
filhos
primeiro e depoís nos dá o seu Es-
pírito ou se ele nos dá o Espírito e depois
nos faz
filhos, não importa como você
encara a questão: o resultado é o mesmo.
Todos
os que têm o Espírito de Deus são
,. filhos de Deus, e todos os que são
filhos
de
Deus
têm o Espírito de Deus .7 O Es-
píri to nos concede a bênção da adoçao.
H
Segurança
da
Salvação^
A
segurança
da
salvação
do
crente
é
totalmente
condicionada
ao Espírito San-
to: em quem também vós, depois que
ouvistes a palavra da verdade, o evange-
lho da vossa salvação, tendo nele também
crido, fostes selados com o Santo Espíri-
to da promessa; o qual é o penhor da nos-
sa
herança,
ao
resgate
da sua
proprieda-
de,
em louvor da sua glória (Ef
1.13,14;
Cf. 2Co
1.22).
As expressões selo e pe-
nhor indicam
a
marca
de
segurança
que
o Espírito Santo significa na vida dos cren-
tes. Ele é o
selo,
ou seja, a marca de pro-
pjriedade, o invólucro
inviolável
que ga-
rante
a
integridade
do
crente,
e, ao
mes-
mo tempo, é o
penhor,
o
pagamento
an-
tecipado que garante que o Senhor ad-
quir iu
o
crente como propriedade
sua e
que virá no fu turo resgatá-lo em caráter
definitivo: ...
não
entristeçais
o
Espírito
de Deus, no qual fostes selados para o dia
da
redenção Ef 4.30).
OBR
DO
ESPÍRITO S NTO
REINO
Até o Pentecostes, os discípulos espera-
vam que ele libertasse a nação e a estabe-
lecesse como um reino próspero sobre
todos os reinos da terra. Essas esperanças
se acabaram
com a
morte
de
Jesus, entre-
tanto, se reacenderam com a ressurreição:
Senhor, será
este o tempo em que
res-
taures
o
reino
a
Israel?
(At
1.6). Jesus
respondeu
que a
eles
não
seria
dado co-
nhecer tempos (cronos) e épocas (kairós)
que o
Senhor havia reservado exclusiva-
mente para ele, mas, prometeu mandar o
Espírito Santo
que
faria deles testemu-
nhas cheias de
jpoder
em todoo mundo.
Ele capacitaria a Igreja a desempenhar seu
papel
no
mundo.
A
Igreja
seria
o
instru-
mento para o estabelecimento do Reino
de
Deus.
Porém, seria um reino diferente.
A .. Fonte de poder
Aproximava-se
o
instante
da
parti-
da de Jesus e ele tinha planos grandiosos
para seus discípulos. Mas eles precisavam
entender o caráter do Reino de Deus que
se
manifestava
naquele
momento.
Em
várias ocasiões, quando Interrogado,
Je-
6
Catecismo Maior
de Westminster, Perg. 182.
7
John
Stotc. Batismo e Plenitude do Espírito Santo 2a
Edição.
São Paulo:
Edições Vida
Nova, 1986, p. 15.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A Obra do Esp írito Santo
19
sus explicou
que o
Reino
de
Deus
já
esta-
va no meio do povo. Ele se fazia
presente
na
pessoa,
na
obra
e no
ensino
do
Messi-
as.
Dessa
forma o
r ein o poderia estar
de .
tro de cada um Lc 17.21). A expansão
terística da testemunha, ela sustenta seu
do
reino
espiritual era assunto para aque-
le m o m e n to . Os
discípulos-seria_rp
res-
pensáveis por essa
tarefa
e, para garantir
q u e
eta teria
êxico,
lhes seria mandado o
Espírito Santo como fonte de poder.
~
Entre
os benetíaos
poderosos
que o^
Espírito Santo concederia àqueles hom ens
estavam entendimento, ousadia e resul-
tados. Com novo entendimento escreve-
ram mais tarde cartas que foram e conti-
nuam sendo o fundamento teológico da
Igreja. Com
ousadia,:
falaram sobre Jesus,
a
pon to
de não
temerem mais
os
casti-
gos, as afrontas, ou a própria morte (Cf.
Jo
20.19; At
2.14-36; 4.1-22;
5.17-42).
E o Espírito Santc* autenticou a obra de-
les conferindo
resultados.
Até o dia do
Pentecostes 120 pessoas se denominavam
discípulos. Naquele mesmo día foram
acrescentadas mais três
mil (At 2.41). E
pouco tempo dep ois o nú m ero sub iu para
cinco mil (At 4.4).
B. Fonte de
testemunho
Jesus
disse
que a
vinda do Espírito
Santo faria dos discípulos suas
testemu-
testemunho até o fim. A
pró pria palavra
testemunho na língua grega é martyres
donde
vem o
s igni f icado moderno
de
mártir.
O
mártir está disposto
a
morre r
nhãs.
Em
primeiro lugar,
um a
testemu-
nha é
alguém
que esteve presente e
pode
verificara
exatidão de certos acontecimen-
tos. Os discípulos possuíam essa caracte-
rística. Em segundo, lugar uma testemu-
nha é
alguém
que
comunica
o que
viu.
Quem
v iu ,
mas não se
manifesta
não é
um a
testemunha verdadeira. Porém,
em
terceiro
lugar,
e talvez seja a maior carac-
por
aquilo
que
diz.
Nada
menos
do que
ísso pode ser chamado de tes temunha, e
somente
a
presença
do
Esp íri to Santo
poderia habilitar os amedrontados discí-
pu los
a se tornarem valorosos mártires
(testemunhas) do Senhor Jesus.
O livro de Atos se
const i tuí
no mai-
or relato da glorificação de Cristo pelo E s-
p í r i t o :
A
e x p an s ã o m i s s i o n á r i a
e a
edificação
dos
crentes.
Q ua n do cristãos^
sinceros pregavam o Evangelho e pessoas
eram transformadas peio
seu
poder, sen-
do conduzidos um vida santa, Cristo
estava sendo
glorificado.
~ ' ~
—
ON USÃO
Q Espírito Santo não só
capacitou
a Je-
T ~ i
. r: --
sus para seu ministério, como realiza a
obra de
Deus
na
vida
do
crente,
e impul -
siona o Reino de Deus. Sua obra é imen-
samente vasta
e
preciosa. Devemos,
as-
sim,
aprender a perceber mais essa obra
dele no m un do e, em nossa pr óp ria vida.
Identificar
essa atuacão deve
nos
levar
a
adorar a Deus, e
a
.ey pfírímpnjar mais da
raça
dele.
_Acima- d e tudo, provar
dessa-.
fonte
de poder e de testemunho.
PLI ÇÃO
Se
Deus nos tem dado o Espírito Santo,
elevemos
usá-lo
para testemunhar a re7-
peito
de Cristo e da salvação. Deus não
nos deu o Espírito para ele Ficar inativo
ern
nós.
Ele
nos
deu o
Espírito para
nos
capacitarjjara
a o b r a .
Então, mãos à obraT
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição 5
Texto
básico: Atos 2.1 4
O
B T I S M O C O M
o
E S P Í R I T O S N T O
INTRODUÇÃO
O
termo pentecostal está definitivam en-
te incorporado ao
vocabulário
da
Igreja
Cristã.
Desde o início do século 20 quan-
do um grupo de crentes começou a
falar
em línguas nu m a missão evangélica na
ru a
Azusa, em Los
Angeles,
o
movimento
pentecostal
se
espalhou pelos quatro can-
tos do plane ta. Esse term o pentecostal
é t irado do
episódio..que
ocorreu no
dia
de
Pentecostes
em
Jerusalém quando
o s
d i s c í p u l o s
d o S e n h o r lesus
f o r a m
Banzados c o m o E s p í r i t o S a n t o O s
pentecostais dizem que tiveram uma ex-
periência igual àquela. Eles raciocinam:
os discípulos eram crentes,
m as
recebe-
ram o barismo
depois,
e falaram em lín-
guas, então,
há uma
conversão
o p e r a d a
pelo Espírito Santo,
mas o
bat ismo
é
u m a
segunda bênção, ou uma segunda expe-
riência, um a experiência pós-conversão.
Dessa rotina, para
o
pentecostalismo, há
duas classes de crentes
dentro
da
Igreja,
os que já chegaram lá e os que ainda não
conseguiram.
Quem
já fo i batizado faz
parte da elite do.s. crentes, enqu anto qu e
q u e m não foi batizado faz parte de uma
categoria inferior .
Justes
úl t imo s, frequen-
temente, recebem alguma discriminação
por p a r t e dos mais
adiantados ,
e se
vêem ameaçados pela pergunta t radici-
o nal destes irmão s: você ainda
não foi
batizado no Espírito
Santo? .
Esta lição
vai
ajudá-lo
a ver o
quanto essa visão
carismática é distorcida e não faz justiça
ao ensino bíbl ico.
l O PENTECOSTES E A REDENÇÃO
Atos 2.1-4 tem sua importância não por
causa
da
fesca
judaica do
Pentecostes,
m as
no
fato
d e que Deus cu m prir ia mais um
evento da história da redenção. O nasci-
mento de
Jesus
foi o
prim eiro evento his-
tórico da
redenção realizado
na
pessoa
de
Cris to . O próximo
eveftto
foi sua morte,
depois
sua ressurreição,' por fim sua As-
censão e a descida do Espírito Santo. D e-
pois disso,
só
resta
a
segunda vinda. Por-
tanto, o
evento
que aconteceu no dia
de
Pentecostes fo i
o últ mo da
histórica ati-
vidade salvadora de Tesus. Assim como a
m o r t e
de
Jesus
e sua
ressurreição não
po -
dem
ser repetidas, também a descida do
Espírito
Santo
não se
repete.
M as
c o m o
o s efeitos da morte e da ressurreição de
Jesus, t a m b é m o s
efeitos da
descida
do
Espíri to
Santo estão presentes em todas
as épocas.^
Sem a descida do Espírito
Santo,
a
ob ra
redentora
de Jesus não
esta-riajica-
bada, e sua promessa não teria sido cum-
_ g n d a . E m e s m o a promessa do Ant igo
Testamento do der ramamento do Espíri-
to Santo passaria em branco. Mas, tudo
isso
se cu mpr iu no dia do Pentecostes. E
c o m o
cu mpr imento , podemos dizer que
Para
ler e meditar
durante
a
semana
D — J o e l 2.28-32-A prom essa no Ant igo T es tamento; S Mateus 3.11,12-João Batistaea
promessa do Espírito; T - Lucas 24.44-49
A
promessa
de
Jesus; Q - R o m a n o s 8.9 — T er o
Espírito
e
ser
de C risto; Q
— l
Coríntios
12.13 -Todos
os crentes fo ram ban zado s;
S — Efésios 1.13-14
— Selados
com o Espír i to ; S — Gaiatas 3.13,14 — Espíri to recebido pela fé
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O
Batismo
co m o Espírito
Santo
21
se
cumpriu-de-iima-vez-por
rodas.
E n r r e - rito
Santo,
mas a
man ifestação visível
deie,
tanto, os
efeitos
da vinda do E spí r i to San- até que os apóstolos pudessem compro-
t n
/ n ? r ? M t f « j ? / : C T M n a i f i r R J f l Dessa forma
não var a
veracidade
do
acontecimento.
Deve
precisamos e
não
devemos ped ir ao Pa i ser notado que não foi ide nt i f icad o ne-
gue
nos dê o
Espírito Santo. . .pois
e\e
já nhum problema
com os samaricanos
pro-
nos
deu.
priamen te. Ne nhum a condição foi ofere-
cida a eles. O problema também não es-
tava com Filipe que, logo em seguida, vai
pregar ao eunuco etíope, e não foi neces-
Alçuém
poderia obje ta r que ,
em
pelo
m e-
•
,
j ^ \ > rr c
r }
^ £
-_
sano
que os
apóstolos
fossem atras
(Cr.
nos
três ocasiões,
o
evento
do
Pentecostes Ac
8
.26-40).
O
problema estava
no re-
se
repet iu
na f o r m a de uma segunda_bên-_
ladonamenco
nuJemsaléin Samaria
II O
EVENTO
DO
PENTE OSTES
SE REPETIU?
cão. Isso aconteceu com os samaritanos,
com os gentios em Cesaréia, e com os dis-
cípulos de João em Éfeso. Será importan-
te anal isar estes três acontecimentos.
A Houve um
P entecostes Sam arita.no?
Em Atos 8.5-17 está descrita a con-
versão dos s a m a r i t a n o s . Muitos
Está no fato de que Deus desejava elimi-
nar uma
inimizade
histórica. Deus
rete-
ve
a
manifestação visível
do
Espírito San-
to a fim de que os apóstolos testificassem
que a fé também estava sendo encontra-
da em Samaria, e assim, autenticassem a
obra entre os samaritanos.
Portanto,
não
samaritanos haviam crido no Evangelho
na
razão para
pensar
n u m
segundo pente-
por meio da pregação do evangelista Fili-
pe e,
c o m o c o n s e q u ê n c i a , f o r a m
batizados.
Não
temos motivo para duvi-
dar da
conversão daquelas pessoas.
A
única
coisa estranha é a descida de Pedro e João
para
lá .
Pelo
que se
sabe,
não
era comum
os após to los inspec iona rem a obra dos
costes, e nem o
acontecimento
samantano
deve ser aceito como norma para os cren-
tes em todos os tempos,
pois
sua diferen -
ça explíca-se pe r fe i t amen te por causa d
sua
situação histórica.
B O que
aconteceu
em
Cesaréia?
No capí tu lo 10 de Aros é na r rada a
evangelistas. E ntão, por_que
foram
lá? Não
COIWersão
de um gentio (estrangeiro) ao
é difícil descobrir. Aquela era a pr ime i ra Cristianismo. Foi um homem chamado
vez
que o
Evangelho havia
sido
aceito
fora/g/ Ç n r n é l ln . Deus
d i r e c i o n o u P e d r o
até
de
Jerusalém,
e
Lucas
quer ia
mo s t rar
como^
aque
i
e
h om e m , de m on s t r a n do
que não
jpjEvangelho saiu da
exclusividade
do am- d isc r imina r ia n ing uém por ser de ou t r o
bientejudeu,
sob a supervisão dos
após- povo
p
e
d
ro
entrou
na
casa
de
Cornélio
e
tolos e com todas as bênçãos do E spir i to começou a pregar o Evangelho. A certa
Santo (Cf. At
1.8).
Mas a ocasião era ré- altura da pregação de Pedro, precisamen-
a lmente c ruc ia l . Os samaritanos, mimi-^
re
quando
falava
sobre a remissão dos pe-
gos
históricos dos
judeus ,
haviam rêcêrji^
cados
que Deus concede aos que crêem
do a mensagem. Será que os crentes ju- por meio do n om e de Jesus (At 10.43), o
deus ir iam aceitá- los? Ou a div isão ju- Esp ír i to Santo caiu sobre todos os que
deus-samarí tanos permanecer ia
na igre-
ouviam
a
palavra
(At
10.44).
Depois
dos
já ?
Certamente, foi por esse motivo que
samarStanos,
agora os
gentios
eram incor-
Deus reteve, não o ba t ismo com o Espí- po r a dos à
Igreja.
A manifestação visível
1 Cf. E D. Bruner.
Teologia
do Espirito
Santo.
2a
Edição.
São
Paulo: Edições
Vida
Nova, 1986.
p. 137
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 24/68
22
A Essência d a
Fé—Pa rte
5—0 que a Bíblia ensina sobre o
Esp írito
Santo
tencionava autenticar
a
conversão deles são.
Foi somente
quando receberam
o
perante
as
autoridades
da
Igreja como Espjrito qu_e_s,e_s.ejitjxam capazes
de
dizer
havia
acontecido em Sarnaria. Uma
coisa
que
acreditavam".
3 Portanto, nem os
após-
está por demais clara no texto: não houve
"segunda benção". Bruner
diz que "o
pro-
pósito do episódio de Cornélio é ensinar
a
igreja,
de
modo
tão
dramático quanto
a
iniciação samaritana lhe ensinara, que
Deus aceita todos os
homens
à
parte
da
guarda de quaisquer disposições legais, ao
dar gratuitamente o dom do Espírito San-
r »
to a ré
Algo que gêralmente passa desper-
cebido
é o
testemunho
do apóstolo
Pedro
que tem implicações muito sérias para a
Doutrina da
Segunda Bênção. Pedro rela-
ta a igreja em Jerusalém: "Quando ... co-
mecei a
falar ,
caiu o Espírito Santo sobre
eles,
como também sobre nós, no princí-
pio. Então,
me
lembrei
da
palavra
do Se-
nhor, quando.disse: João, na verdade, ba-
tizou
com
água, mas'vós sereis batizados
com o Espírito Santo. Pois, se Deus lhes
concedeu o mesmo dom que a
nós
nos
outorgou
quando
cremos no Senhor Jesus,
quem era eu para que pudesse resistir a
Deus?"
(At 11.15-17).
Algo nessa
decla-
ração
de
Pedro
é de
suprema importân-
cia.
Ele diz que a
conversão
dos
gentios
tolos receberam realmente uma Segunda
Bênção.
Eles receberam o Espírito Santo
quando
se
converteram, assim como
to -
dos
os
crentes.'
C. E quanto aos discípulos de Éfeso?
Esse incidente está descrito em Atos
19.1-7- Em sua terceira viagem missionária
Paulo encontrou alguns discípulos
na ci-
dade
de Éfeso e
logo lhes perguntou
se
haviam recebido o Espírito Santo quan-
do creram.
Veja
que Paulo vincula o rece-
bimento do Espírito Santo com o ato de
crer. Paulo estranhou alguma coisa naque-
les
homens, e
logo
a sua
suspeita veio
a se
confirmar.
Eles responderam:
"Espírito
Santo?
Nem sabemos quem é ele?" Eles
eram discípulos
de
João Batista
e não co-
nheciam
a
verdade plena
a
respeito
de
Jesus. JE difíci l imaginar
q u e
aqueles
dis-
cípulos fossem realmente crentes Nem
sabiam que Jesus já tinha se manifestado,
e
nada sabiam sobre
a
vinda
do
Espírito
Santo. Certamente
não
eram,
mas
torna-
ram-se
com a
pregação
de
Paulo
e
recebe-
ram o dom do Espírito
Santo. Logo,
o
? r ,, ,
=
—j , , que aconteceu neste episódio, longe de
rói semelhante a conversão dos apóstolos. 2 ;— — £
*
2
^7 -j ;—í
ser
urna segunda benção, confirma
que o
Mas,
quando os apóstolos s e converteram? - — — — ; — r -
0
T~i—,
; r^—r—
>,
..
n
K ,
<
— :
r ~
~
—
E s p í r i t o
òanto
e
dado quando alguém cré.
Como diz r 3 runer , e de igual importan-
.— —
^
,
cia
se,
como
é provável,
Pedro aqui com- |||. TODOS BATIZADOS
EM UM
para a fé dos de Cesaréia
corn
a fé dos . ESPÍRITO
apóstolos
no
Pentecostes
- 'quando [nós] . — P o d e m o s ver os p n s i n n s n n r m a r í v n s sobre
c remos*
-
então aqui temos
a
informação o batismo
com o
Espirito Santo
signíficante
que os
apóstolos considera-
vam o Pentecostes como o ponto
i n i c i a l
da
registrados nos ensinos doutrinários do
apóstolo Paulo,
por
exemplo.
Em
sua
té, e, portanto,
a data da
sua^çonvex--/^
C o r f n t í o s
12.13
o
apóstolo Paulo
fez
1
E D.
B r u n e r .
Teologia
do
Esp írito
Santo.
2
a Edicãa~São Paulo;
Edições
Vida Nova 1986
p 148
3 F. D.
B r u n e r .
Teologia
do Esp irito Santo. 2 a
Edição.
São P au lo :
Edições Vida Nova, 1986.
p. 151
4
Já dissemos em outra lição que os apóstolos podiam ser chamados de crentes antes do
Pentecostes
de
acordo com a terminologia do
A n t i g o
Testamento. Mas só se tornaram c rentes no
sentido
que o Novo
Testamento
a t r i b u i
a Palavra no dia do Pentecostes.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 25/68
O
Bddsmo
co m o E spíri to
Santo
23
uma declaração m u l t o , importante para
a consideração desse assunto. Ele disse:
...
em um só
Espír i to , todos
nós fo-
mos batizados em um corpo, q u e r ju-
deus , quer gregos, quer escravos, quer
livres.
E a
todos
nós foi
dado beber
de
um só
Espirito .
A A
força ,
do
todos
Para entendermos bem o que P a u l o
está querendo dizer nesse
versículo,
pre-
cisamos considerar todo o capítulo 12 de
l Cor fn t io s , pois, nesse capitulo, Paulo
está concentrando
seu
ensino
a
respeito
dos dons espirituais.
Seu
ponto alto
é
que,
embora os dons sejam variados, podendo
e de
fato
se
manifes tando
de
várias for-
mas, há apenas um or iginador deles, que
é o Espírito Santo. Paulo diz: ... ora os
dons são
diversos,
m as o Espírito é o mes-
mo
(v. 4). Entre os
versos
8-10 ele
exempli f ica alguns dons que podem ser
dados à Igreja visando a edificação (v. 7),
entre ta nto enfa t iza um só e o mesmo
Espírito realiza
todas
estas coisas, distri-
buindo-as
como
lhe
apraz,
a
cada
um, in-
dividualmente (v. 11). Ele demons t ra a
unidade da Igreja
apesar
da diversidade
de dons exatamente p o r q u e todos esses
dons são concedidos pelo m e s m o
E s p í r i t o .
sso que
ele prerea
H
13: somos diferentes
tanto
em serviços,^
como em dons e até mesmo na raça, mas
nu m a coisa todos nós crentes somos iguais:
todos fomos batízados^pjdiLjnesmQ Espíri-
to,
portanto somos um mesmo corpo.
B .
Cren te
s e m o
E s p i r i t o ?
Certamente a referência do apósto-
lo
ao batismo
nesse texto nada
tem a ver
com
cTbatismo
com
água,
e nem
mesmo
com o que
aconteceu
no
dia
de
Pentecos-
tes, pois nem Paulo nem os corfntios
lá
estiveram naquele dia. Mas, então, quan-
do Paulo e todos os crentes da cidade de
Corinto
foram
batizados? Nenhuma ou-
tra resposta pode ser coerente a não ser:
no dia da conversão deles. Não havia duas
classes dentro
da
Igreja
de
Corinto.
To-
dos os que
pertenciam
ao
corpo
de
Cristo
foram
batizados
com o
Espírito Santo.
E
esse não é o único lugar em que isso fica
claro.
Em
Romanos 8.9 Paulo escreveu
igualmente Vós ... não estais na carne,
mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de
Deus habita
em
vós.
E, se
alguém
não
tem o Espírito de
Cristo,
esse tal não é
dele . O texto é claro: se alguém não tem
o Espírito de
Cristo,
essa pessoa não per-
tence a Cristo. Paulo não diz que se al-
guém não tem o Espírito é crente de se-
gunda classe, mas que não é de Cristo,
ou seja, não é crente, não é convertida.
Não, podem existir duas classes de cren-
tes dentro de uma igreja.
Todos
os verda-
deiros crentes foram batizados
com
o_JBsr_
pírito
Santo.
C.
A f o r ç a d o n ó s
N a língua original em que foi escri-
to o Novo Testamento há uma grande
ênfase na palavra nós nessa passagem.
Paulo
poderia
ter
escrito
o
mesmo texto
sem
usá-la,
e o
signif icado seria
entendi-
do,
mas ele fez
questão
de
dizer todos
.
nós
fomos batizados . Com essa expres-
são,
ele não
admite
excecoes.
Todos
os
verdadeiros crentes foram batizados com
o
Espírito Santo.
D
Quem
tem
sede
bebei
Da m esma fo rm a Paulo enfatiza que
todos já puderam beber do mesmo Espí-
rito. Note a conexão entre beber a q u i e
o
que é dito em João 7.37,38: No últi-
mo dia, o grande dia da festa, levantou-
se Jesus
e
exclamou:
Se
alguém
tem
sede,
venha a mim e b e b a .
Quem
crer em mím,
com o diz a
Escritura,
do seu interio r flui-
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 26/68
24
A Essência d a
Fé—Pa rte
5 — O
que
a
Bíblia ensina sobre
o
Es pírito San to
rao rios de água viva. Isto ele disse com
respeito ao Espírito que
haviam
de rece-
ber os que
nele cressem .
Quem Fosse até
Jesus e
bebesse receberia
o
Espírito Santo
quando cresse.
Todos
os
que
creram
já
kekejcam_d.Q_J^spfrito
Santo,
ou
seja,
já
foram banzados.
um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre
todos,
age por
meio
de
todos
e
está
em
todos
(Ef 4.4-6).
Graças
a
Deus porque
a
Igreja dele
não
está dividida.
Não há
divisões
ou
classes distintas
de
crentes
dentro da Igreja,
ON USÃO
E A
força.
do um Umaj^rande
confusão
tem sido
causada
Em um único Espír i to Jesu s bat i- na igreja BQH-lídaces^flue ensinam a ne-
zou
todos
os
crentes
num
ún ico corp o, cessidade
de uma segunda
obra
da
graça.
- q u e r
judeus , q u e r
gregos,
quer escravos
_
Por todos os lados podemos
ver,
frustra-
querjivres.
Nada po deria ser mais enfáti-
co. De fato não há classes distintas de cren-
tes.
Em um só
Espírito
foi
estabelecida
uma só
igreja.
Não há
crentes parciais ,
assim como
não há
membros parciais
do
c o r p o
de Cristo. Não há
meio t e rmo .
Gaiatas 3.26-28
afirm a: ... tod os
vós
sois
filhos de D eus m edian te a fé em Cristo
J e s u s ; p o r q u e todos q u a n t o s f o s te s
batizados
em C r i s t o de Cr i s t o vos
revestistes. Destarte, não pode haver ju-
deu nem
grego;
nem
escravo
nem
liber-
to; nem homem nem
m u l h e r ; p o r q u e
todos
vós
sois
um em
Cristo Jesus .
To-
dos os crentes em Cr i s to se t o rna r a m
m em b ro s p l eno s
de seu
co rpo ,
que e a
Igreja,
no exato momento em q u e foram
salvos, pois há somente um corpo e um
Espíri to, como também fostes chamados
n u m a
só
esperança
da
vossa vocação;
há
um só
Senhor,
uma só fé, um só
bat i smo;
cão
e_
desapontamento
na
vida
de
mui tos
que ainda não conseguiram checar a essa
segunda bênção.
O
p ro b l em a
é
que, quan -
do
alguém acha
que
precisa buscar algo
que
não
tem, certamente deixa
de dar
impor tância
ao que já
tem.
Ora
todos os
crentes já possuem
a
o b r a
da
graça em
suas vidas e possuem os meios para al-
cançar a verdad eira santidade. Deixam de
valorizar
o que Deus já lhes deu para bus-
car
aquilo que não existe.
PLI ÇÃO
1.
Que impo r t ânc ia t emos dado à obra
do Es píri to Santo em nossa vida?
2. Precisamos nos sentir insegu ros diante
dos ataques daqueles que julgam que
ainda não chegamos lá?
3. Cremos no que a B íblia diz ou no que
as
pessoas
ou
mesmo
as
experiências
a p o n t a m ?
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição
Texto básico: Romanos 8.1 17;
1 Coríntios
2.6 16
O
T E S T E M U N H O IN T E R N O
E
I L U M I N Ç Ã O
D O
E S P Í R I T O
INTRODUÇÃO
J á _ f a l a m .
o s bas t ant e s o br e a o br a do E s pí -
r i to S a n t o no m u n d o e na vida do crente.
De c e r t a f o r m a , a l g u n s spêcíõT dãrtP
coes passadas dizem respeito a uma obra
i n t e r i o r do
E s p í r i t o S a n t o . Quando pen-
s a m o s
e m
r e g e n e r a ç ã o , s a n t i f i c a ç ã o
o u
certeza da salvação, sabemos que essas são
coisas q u e o E s p í r i t o S a n t o realiza dent r o
de nós
e,
p o r t a n t o , s ã o o b r a s in t e r n a s . M a s
nes t a l i ção q uer em o s falar d a q u i l o que é
j i —
• ~ í ^
m a i s n o r m a l m e n t e a t r i b u í d o a o E s p í r i t o
S a n t o , e que diz respei to à
obra
dele d e
t e s t e m u n h a r e i l u m i n a r . O t e s t e m u n h o
i n t e r n o d o E s pí r i t o S ant o e a
i luminação^
s ã o
co i s as
d e
i m e n s a i m p o r t â n c i a
p a r a
nossa
vida,
di zenao r es pei t o ao no s s o
status
de f i lhos _ d e .Deu.s_e_crentes_ern ..Gr isto Je.:t
sus , bem com o da certeza dessas coisas .
l O
TESTEMUNHO
INTERNO
Oajp^stolo_jPaulo
diz: O p r ó p r i o
E s p í r i -
to _ t e _ s t i f i c a com o j iosso^ esp ír i to que so-
mos
fi lhos
de
D e us
(Rm 8.16). Em todo
o capítulo 8 de R o m a n o s , P a u l o e s t á fa -
l a n d o s o b r e
a
no va co ndi ção
e m q u e o
cr i s t ão s e enco nt r a a par t i r da co nver s ão .
E le diz
qu e é u ma
real idade
de
abs o l vi -
ção c o m p l e t a , p o i s n e n h u m a condenação
existe par a q uem es t á em J es us ( R m 8.1).
Es^ãTnova realidade
é
t o t a l m e n t e m e d i a d a
pelo
Espír i to . Esse Espír i to nos l ivrou do
pecado e da
morte,
que era a
consequência
natural d e n o s s a n a t u r e z a p e c a m i n o s a ,
p o r é m , q u a n d o nos u n i u a Cristo, o Es-
p í r i t o n o s i n t r o d u z i u e m u m a n o v a v i d a ,
a vidado Espírito J^Rm_.8.2i.4). Por sua
vez, agora o s c re n te s p r e c is a m t o m a r u m a
decisão p o r essa
vida
n c T E s p i r i t o , u m a
vez
que, c o n t i n u a r in c l in a n d o - s e p a r a a
c a r n e
é
c a m i n h a r p a r a
a
m o r t e , p o i s
a
carne não consegue se s u j e i t a r a D e u s e ,
p o r isso, quem está n a c a r n e n ã o a g r a d a
a
D e u s (R m 8.5-8).
A O
spírito
garante
nossa
filiação fA A
O p o n t o , p o r é m , que P a u l o q u e r ar-
g u m e n t a r _ é que_^Vós .. . não estais na car-
ne, mas no
E s p í r i t o ,
se, de
f a t o ,
o
E s p í r i -
t o de D eus habi t a em vós. E , s e a l guém
n ão tem o E s pí r i t o de Cristo, esse ta l não
é
dele (R m 8 . 9 )
L
_ S e o E s pí r i t o es t á em
nós, P a u l o diz, c e r t a m e n t e
n ão
e s t a m o s
m a i s n a car ne. A l ém di s s o , po dem o s dei-
xa r
par a t r ás a no s s a vel ha vi da, po r q ue
ela
não ex i s t e m ai s (R m 8.10). A o mes-
mo t e m p o , o E s p í r i t o que está em nós,
passa
a n os
vivificar,
d a n d o - n o s
um a
vida
de ressusci tados, ou seja, um a vi da no va
(R m 8 .11) . O resul tado disso é que não
d e v e m o s m a i s n a d a p a r a a c a r n e , e n ã o
t e m o s o b r i g a ç ã o n e n h u m a de servi-la (R m
8.12). Em s e g u i d a , ele acrescenta um
no vo dado que ai nda não havi a s i do con-
Para ler e meditar durante a semana
D
— R o m a no s 8.1-17-O Espírito
na c o n f i r m a ç ã o d o s
crentes; S —
l
Coríntios 2.6-16
—
i l u m i n a -
ção dos crentes; T 2 C o r í n t i o s
4.
l-6-Deus t i r o u n o s sa c e g u e ir a ; Q-Atos 16.13,14
—
0
E s pír i to c o n f i r m a a P a l a v ra ; Q
—
E fésios
4.17-24 - O b s c u r e c i m e n t o a n t e s do E s p í ri to ;
S -Efésios
1 . 1 5 - 1 9 — A
i l u m i n a ç ã o dos crentes;
S-Efésios 5.11-14 — I l u m i na d o s
por
Cristo
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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26
A Essência da Fé—Parte —O que a
Bíblia
ensina sobre
o
Espírito Santo
siderado:
...
todos
os que são
guiados pelo
Espírito de Deus são
filhos
de
Deus5'
(R m
8.14).
Seu
argumento
é que, uma vez que
somos
filhos, já não
precisamos viver
afas-
tados de
Deus,
nem submissos à
realida-
de do
mundo
e da
carne. Somos
f i lhos
como Jesus.
O
pecado
não
pode dominar
um filho de
Deus,
por isso ele continua:
Porque
não
recebestes
o
espírito
de es-
cravidão, para
viverdes,
outra vez, atemo-
rizados, mas
recebestes
o espírito de
ado-
çao,
baseados
no
qual clamamos:
Aba, Pai
(Rm
8.15). Escravos éramos antes
de
ser-
mos
unidos
a Cristo, agora
somos
adotados
em
Cristo,
e
desfrutamos
de um
re lac ionamento
íntimo
com
Deus.
Mas
como
eu
posso
ter
certeza
de que
todas
essas
coisas realmente aconteceram comi-
go?
Paulo responde:
O própr io
Espírito
testifica com o nosso
espírito
que
somos
f i lhos
de Deus (Rm 8.16). É como se
ele dissesse: olhe
para dentro
de
você
mesmo.
Existe
algo
dentro
de
você
que
dá um
testemunho
inquestionável: p Es-
pírito Santo. Ele se
comunica
com o nos-
so espírito, dando-nos certeza íntima
de
que
somos salvos.
Calvíno
diz,
nossa
mente, por
iniciativa
própria ,
jamais
nos
comunicaria
tal
segurança
se o
testemu-
nho do
Espírito
não a precedesse .1 Por
mais
que as
obras
tenham uma
grande
importância
na
confirmação
da
conver-
são,
o
testemunho interno
do
Espírito
Santo é o primeiro que deve ser ouvido.
Cadaum deve buscar dentro
de si
mes-
mo
a certeza de sua salvação. E
pelo
tes-
temunho
do Espírito q p p _ a grara H e Deqs
nos
é
conscientízada.
B O
Espírito
e
a
Palavra.
Como
já
vimos
em
outra lição,
o
Espirito Santo inspirou
a
Palavra. Então,
pr imeiramente , o
Espírito confirma den-
tro
de nós que a B íbl ia é a Palavra de Deus
Esse é um
dado importante, porque
pçr
mais
que
tenhamos
uma boa
apologética,
e
consigamos levantar bons argumentos
a
favor
da
integridade
e da autoridade da
Palavra
de
Deus, sabemos
que os
incré-
dulos
a
rejeitam. Para
que
alguém acredi-
te na B í b l i a , o Espírito Santo precisa
convencê-lo antes.
Calvino, o
teólogo
3a
Palavra
e do
Espírito, escreveu magistral-
mente sobre este ponto:
O
testemunho
do
Espírito
é
supe-
rior a
todos
os
argumentos.
Deus na sua
Palavra
é a
única testemunha adequada
a
respeito
de si
mesmo,
e, de
maneira
se-
melhante,
sua
Palavra
não
será verdadei-
ramente
crída nos
corações
dos
homens
até que
tenha sido selada peio testemu-
nho do seu
Espírito.
O
mesmo Espírito
-, que falou por meio dos profetas deve en-
trar
em
nosso coração para convencer-nos
que eles entregaram fielmente a mensa-
- gem que
Deus lhes
deu.
Embora
as
Es-
crituras manifestem sinais
claros
e
inquestionáveis da sua
autoridade divina
e
exibam evidências satisfatórias
da sua
origem divina, essas evidências
não nos
persuadem plenamente
até que, ou a
menos
que, sejam seladas em nosso cora-
ção por
meio
do
testemunho interior
do
Espírito
Santo. Lembramos nesse ponto
do
caso
de
Lídia.
jSía
cidade
de
Filipos,
Paulo encontrou essa mulher num local
de
oração.
Lura.1; nos diz que Lídia, 3a
cidade
de Tiatíra.
vendedora
de
púrpura.
temente
a
Deus, escutava
a
pregação
dos
evangelistas, e então, o
Senhor
lhe
abriu
o
coração para atender
às
coisas
que Pau-
lo
dizia (A t
16.14). Evidentemente Paulo
estava pregando
a
Palavra
de
Deus.
Deus
agiu na vida de Lídia levando-a a aceitar
a
Palavra
que lhe
estava sendo
pregada,
João Calvino.
Romanos São Bernardo do
Campo: Edições
Parakletos,
1997
(Rm
S.16),
p. 279
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 29/68
O
Testemunho Interno
e a
Iluminação
do
Espírito
27
ou seja,
acei tar a autoridade dessa
Pala-
vra. Sproul diz que o
Espírito
...
opera
em nosso espí r i to para quebrar e vencer
nossa
resistência
à verdade de Deus . Ele
nos move a nos rendermos ao ensino cla-
ro
da
Palavra
de
Deus
e a
abraçá-la che ios
de confiança .2 O Espírito não falseia as
e v i d ê n c i a s , antes
d e s o b s t r u i a s nossas
mentes e corações para
enxergá-las,
sen-
do assim persuadidos por elas. Por isso, o
t e s t e m u n h o i n t e r n o d o Espí r i to Santo
sempre deve es tar l igado
à
Palavra
de
Deus , A certeza que temos de nossa
sal-
vação decorre desse testemunho vincula-
do à
Palavra
que
produz
em
nosso interi-
or
a convicção de noss a aceitação por par-
te de
D e u s ,
median t e a obra de Jesus.
Não devemos,
porém, imaginar
q ue
es se t e s t emunho do Espíri to dentro de
nós seja algo tão místico a ponto de tor-
nar
nossa
fé
algo
subjetivo.
Devemos
to -
m a r
muí to cuidado
com o
estilo
de
reli-
gião
m ui to popu lar
em
nossos dias para
a
qua l os sentimentos pessoais são conside-
rados autoridade absoluta . É c o m u m as
pessoas dizerem: sent i no coração que
devo fazer isso. A Bíblia diz que devemos
te r cuidado com nosso coração (P v 28.26),
p o í s , p o r n a t u r e za , e l e é co r rupto ( J r
17.9))
e um a
fonte donde
ne m
sempre
procedem coisas boas (Mt 15.18,19; Lc
6.45;
Tt 1.26). O
t e s t e m u n h o
i n t e r i o r
do Espíri to Santo não vem do nosso co-
ração, vem do Espírito por meio da Pala-
vra. Sp roul diz: Não é um testem unho
separado ou desprovido da Palavra .3
II
A
I LUM INAÇÃO
DO
ESPÍRITO
A
obra
d e i l u m i na çã o do
E s p í r i t o
na
vida do cren t e é uma das maio res bên-
çaos
que
Deus concede
ao ser
h u m a n o .
N e s s a d w i s ã o
p r o c u r a r e m o s
e n t e n d e r
co m o
ela funciona.
A. Inspiração e Iluminação
^
j) Inspiração é o a to do Espírito Santo
pelo q u a l ele d i r i g i u e superv i s ionou os
escri tores bíblicos para que registrassem
a revelação de D e u s . Isso significa que al-
guém inspirado
é
alguém
que
está
sob
a direção do Espíri to Santo de tal m o d o
que ao escrever algo, está registrando a
Palavra de Deus. Esse processo de inspi-
ração a t ingiu exclus ivamente
os
escrito-
re s da Bíbl ia . Se
ainda houvesse inspi ra-
ção hoje, teríamos que dizer que a Bíblia
cont inua sendo escri ta . I luminação refe-
re-se
à
atuação
do
Espírito Santo capaci^
t ando os h o m e n s a entenderem a Palavra
de Deus . A i luminação não provê
infor-
mações ou revelações além daquelas en-
contradas na Bíblia. A iluminação escla-
rece a Bíblia para nós. O Espíri to Santo
nos
convence
da
v e r d a d e
da
Palavra
de
Deus e, então, nos ajuda a en tender e a
aplicar
essa verd ade
em
nossa vida.
O
tes-
temunho interno nos falou sobre o
acei-
tar
a
Palavra
de
Deus ,
mas a
i lumina ção
fa z com que ela_possa ser entendida .
Am bas as coisas,
porém,
são operadas pelo
Espírito
Santo.
B Luz
adicional
Sem essa i luminação
do
Espírito
ja-
mais poder í amos en t ender
a
Palavra
de
Deus. Calvino
diz,
a carne não é
capaz,
~de
tão
alta sabedoria como
é
co m pr e e n-
der
a
Deus
e o que a
Deus pertence,
sem
se r i lumina da pelo Espíri to
Santo .4
A Es-
critura
já é luz por s i mesm a (SI 119.105).
Porém,
precisamos de uma luz adicional
porque ,
por
natureza, estamos
em
trevas.
2 R. C. Sproul . Verdades Essenciais da F é Cristã. São Paulo: Edito ra Cu l t u ra C ristã, 1999. Vol 2, p. 13.
3 R. C. Sproul .
Verdades
Essenciais da. Fé Cristã. São Paulo: Ed itora C ultura
Cristã,
1999. Vol 2, p. 14
João Calvino. Instítuciân delaRetigíôn Cristiana. Barcelona: Fel ire:
1994.
(2.2.19)
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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28
A Essência ãa F é—
Parte
5— O que a Bíblia ensina sobre o Espírito Santo
S p ro u l
diz : ... o mesmo Espíri to Santo
que inspira a
Palavra,
age
para iluminar
a
Palavra
em
nosso benefício.
Ele
derrama
luz sobre a
Palmer
diz:
pa ra adq u i r i r
conhec imento
verdadeiro
não basta, pois, possuir a clara revelação
de
Deus;
o
homem precisa também p p _ r
der ver.
E
p recisamente aqui é ond e entra
o^Espírito Santo.
Dá ao
h omem
não so-
mente um l ivro infalível, mas t ambém
olhos para que o possa ler .6
C
Vendo o que olhos não viram
Paulo deixa isso
bem
claro
em sua
pr imei ra
carta
aos
Coríntios.
Ele
diz: ...
como
está escrito: Nem
olhos viram,
nem
ouvidos ouviram, nem jamais penetrou
em coração humano o que Deus
têm
pre-
parado
para
aqueles que o amam (l
Co
2.9). Geralmente
as
pessoas pensam
que
Paulo está falando sobre o céu, o paraíso
que
n inguém jamais
viu,
p o r é m ,
ele
está
fa lando do Evangelho de Cristo. Esse
Evangelho fo i revelado pelo Espírito, con-
fo r me
ele declara: Mas De us no-lo reve-
lou pelo Espíri to; porque o Espíri to a to-
das as
coisas pe rsc ru ta ,
até
m e s m o
as
p ro f u ndezas de Deus (ICo 2.10). Se-
gundo esse texto, o Esp í r i t o nos revela
aqu i lo que está na
mente
de Deus,
pois
ele a
conhece. Aquilo
que os
olhos huma-
nos não conseguem contemplar o Esp íri-
to
revela,
... para que conheçamos o que
p o r
Deus
nos fo i
dado
gra tu i tamente
(l Co 2.12).
Obviamente ,
ele
está
se re-
fer indo à salvação pela graça. Po rém , ...
o
homem
natural não aceita as coisas do
Espíri to de Deus, po rq ue lhe são loucu -
ra ;
e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiri tualmente
(l Co 2.14).
Aqu í
está a declaração de que o homem
natural , ou seja, o homem não converti-
do, por
ainda
não ter
sido i lum inado pelo
Espirito,
não
consegue aceitar
e
entender
essas
coisas do Espírito. Ele as acha uma
grande loucura. A razão estigmatizada pelo
pecado,
que se
mostra
tão
eficaz
nas
coisas
naturais ,
perde-se diante do mistério de
Deus revelado em Cristo e, também dian-
te da
revelação geral
na
natureza.
D Cegados feio deus desse século
Pau lo explica
por que
muitas pesso-
as não
e n t e n d e m
o Evangelho
(2Co
4.3,4).
Essas pessoas estão cegas. Sacanas
as cegou. Elas não conseguem entender o
evangelho
da Palavra de Deus po rq ue lhes
falta um disposit ivo interno chamado: en-
tendim ento. Suas mentes estão ob scure-
£Ídas fEF4 .17 .18X
Elas só podem crer se
fin£mJlnm..i.Dada&J2CcLA6). Essa tarefa
de i luminar pertence ao Espíri to Santo.
E
Iluminação contínua
Quando
age na vida de uma pessoa
incrédula,
o Espírito Santo abre os olhos
e
os
ouvidos espirituais dessa pessoa para
ela
ver e ou vir a
revelação
~de Deus na Es-
critura.
A pessoa passa a ter convicção de
seus
pecados
e
entenderá
que a
salvação
somente é possível na pessoa de Cristo.
Mas a obra da i luminação não pára por
aí. Duran t e toda a vida, o crente rerá a
disposição
essa obra i luminadora do
Es-
pírito Santo que lhe ajudará a entender a
Escritura e a discernir a vontade de Deus.
Esse
facor de i luminação é um
imenso
dispositivo de
ajuda
que
Deus
nos dá
pelo
se u
Espírito, a Fim de que
desenvolvamos
um a
vida
de
sabedoria
e
obediência
à sua
vontade. Nesse sentido, Paulo orava pe-
los
crentes
a fim de que
Deus concedesse
... esp írito de sabedoria e de revelação
no pleno conhecimento dele, i luminados
5
R C
Sproul. Verdades Essenciais da
F é
Cristã São Paulo: Ed itora Cu ltu ra Cristã, 1999. Vol 2, p. 15
6 Edwin H. Palmer. EtEsfirítu Santo
Edinburgo:
Th e Banner
ofTruth
Trust, 199 5. p. 68
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 31/68
Testemunho
nterno e
t
luminação do
spírito
os olhos do vosso coração, para saberdes
qual é a
esperança
do seu chamamento,
qual a
riqueza
da glória da sua
herança
nos
santos
e
qual
a
suprema grandeza
do seu
poder para
com os que cremos,
segundo
a
eficácia
da
força
do seu
poder
Ef
1.17-
19). Mediante a i luminação do Espírito
podemos compreender as grandezas de
Deus para nossa vida e desfrutar delas.
Nesse sentido, João chamava
a i luminação
de unção
que vem do Santo , a
qual
era
responsável
pelo conhecimento
que os cris-
tãos
têm da
verdade (IJo 2.20,21). João
apela para essa unção
a fim de
evitar
que
os
crentes
sejam
enganados
por
falsos
en-
sinos.
Evidentemente, precisamos dizer
mais uma vez, que esse conhecimento está
sempre ligado
à
Palavra
de
Deus,
que é a
Palavra da Verdade (Jo
17-17).
29
ON USÃO
O testemunho interno do Espír i to
Santo
e sua
obra
de i luminação são
duas
gran-
des
bênçãos
de
Deus para nossa vida,
que
npsdão
certeza
da
salvação, confiança
na
Palavra de
Deus
e capac i tacão
para saber
a vontade de Deus através da Palavra dele.
'O crente deve
fazer uso
dessas coisas, afi-
nal, JJeus concedeu
isso
justamente para
ò~rTÔsso desenvolvimento espiritual.
APLICAÇÃO
D evem o s sempre buscar na leitura da
Palavra,
juntamente
com
a
oração, o
dis-
cernimento
da
vontade
de Deus,
ando que o Espírito Santo nos iluminará
e nos dará sempre a direção.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 32/68
Lição
Texto básico: Efésíos
5.18 21
A
PLENITUDE
DO
ESPÍRITO
INTRODUÇÃO
A
Plenitude
do
Espírito Sanco
é a vida
idealizada por Deus para todos os cren-
tes. b o segredo do sucesso espiritual, e a
garantia
da
felicidade
e da
realização
de
cada pessoa. Quando criou o ser humano
à sua
imagem. Deus
estabeleceu
um
re-
iacionamento íntimo
com
ele. Esse rela-
cionamento se quebrou por causa do pe-
cado.
Em
Jesus
Cristo
o ser
humano
é
restaurado ao relacionamento pessoal com
Deus no
nível mais elevado: passa
a ser
habitação do
Espírito. Assim,
podemos
desfrutar do maior benerício imaginável~
Sem
essa plenitude, somos muito pouco
diferentes da maioria das pessoas. A ple-
nitude nos torna realmente diferentes.
l. UMA OBRA CONTÍNUA
Como diz
Stott.
"... quando falamos do
batismo do Espírito estamos nos referin-
do a uma concessão
definitiva; quando
falamos da plenitude do^Espírito estamos
reconhecendo
que é preciso
apropriar se
contínua, e crescentemente deste dom } Por-
tanto, reconhecer que o
batísmo
é uma
experiência da qual não participamos não
faz
de nós
pessoas
inatívas.
Temos
a
res-
ponsabilidade da plenitude do Espírito.
Porém, devemos entender bem: em
lugar
algum a Bíblia nos
manda buscar
o ba-
usmo
com o
Espírito,
pois,
todos
o rece-
bemos quando cremos.
Porém, a
Bíblia
nos manda buscar a plenitude, o enchi-
mento do
Espírito.
Isso nos leva ao en-
tendimento
de que é bem
possível
alguém
ter sido
barizado
com o Espírito, mas se
esvaziar
desse Espírito
e
precisar
ser
enchido
novamente.
Não significa que ele
será
ba-
nzado
outra vez, pois
o
batismo
é
único,
porém,
ele
será enchido novamente, pois
a
plenitude
é
algo
a ser
buscado sempre.
gr)í .
No dia do
Pentecostes
(At 2) os
dis-
cípulos
receberam
o
batismo
e a
plenitu-
de
do
Espírito.
O
batismo nunca mais
se
repetiu, mas a plenitude sim. Em Atos
4, a Igreja e n f ren tou a primeira persegui-
ção. Os sacerdotes prenderam os apósto-
los
e os lançaram na prisão. Após interrogá-
los, exigiram
que não
falassem mais
no
nome de Jesus e lhes fizeram ameaças (At
4.1-3,18,21). Quando foram soltos, os
crentes
se
reuniram
e
começaram
a
orar:
"Senhor, olha para as suas ameaças e con-
cede aos teus servos que anunciem com
toda a intrepidez a tua palavra, enquanto
estendes a mão para fazer curas, sinais e
prodígios por intermédio do nome do teu
santo Servo Jesus" (At
4.29,30).
Lucas re-
lata a resposta de Deus àquela oração:
"Tendo
eles
orado,
tremeu
o
lugar onde
estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunci-
avam
a
palavra
de Deus" (At 4.31). Eles já
haviam sido batizados
com o
Espirito,
mas
precisaram
de um
novo enchimento
do Es^
pírito
para continuar a obra de Deus.
Para ler e
meditar durante
a
s e m a n a
D — A t os
4.23-31
— A
Igreja ora
e é
novamente enchida;
S
— J oã o
7-37-39
—
Quem
quiser
pode
ser
cheio; T — J o ã o 4 .1 - 1 5 — Jesus oferece
o
Espírito; Q-Atos 6. l-7 — O Espírito capacita para
a
obra;
Q — A t o s
4.30 — N ã o
entristecer o Espírito; S
—
lTessa onÍscenses5.10 — N ã o apagar o Espírito
S — Gaiatas
5.ló — A n d ar
no Espírito, vencer a carne
1 John Stott. Batismo e Plenitude do E spírito Santo. 2
a
Edição. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986, p. 35
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
http://slidepdf.com/reader/full/o-que-a-biblia-ensina-sobre-o-espirito-santo-licoes-biblicas-da-ipb 33/68
Plenitude do Espírito
II. ENCHEI VOS DO ESPÍRITO
Em Efésios 5.18 Paulo diz:
...
não vos
embriagueis co m vinho, no qual há dis-
solução, m as enchei-vos do Espír i to . A
p r imei r a
coisa que n o t a m o s
nn
reyrcLjLa..
expressão: enchei-vos . O verbo está no
\y\moao
imperativo, o q ue significa q u e é uma
ordem
a ser
obedecida. Devemos consí-
31
como
recurso
para
fugir de seus proble-
m as
pelo en torpec im ento de suas men-
tes, devem
os
crentes buscar
o
discerni-
mento
do
Esp í r i to para com preender
a
vontade
de
D eus
(Ef 5.17). J3
enchimen-
to do
Esp í r i to p roduz
consciência, não a
. perda do controle por meio da ênfase na
emocjto em detrimento da razão. Para que
o contraste ficasse bem
claro,
Paulo não
usa para
o
enchimento
do Espírito o ver-
bo
embriagar . Antes, nos fala de um
dade de sermos cheio s d o Espír i to . O ver-
bo.está
no tempo presente^ expressando
derar
essa ordem tão importante quanto
as outras que a Bíblia nos dá,
com
o
./pó
r
exemplo,
não matar, ou
pregar
o Evanggr
Iho. jTemos
a obrigação e a responsabili-^ enchime nto consc iente e santamente vo
l u n t á r i o . A expressão do Esp í r i to
con-
d u z - n o s
a
e m o ç õ e s santas ;
a emoção
m undana l im i ta
toda
a sua
vida
ao cor-
p o , s u b s t i t u i n d o a a l e g r i a d o E s p í r i t o
pela
intoxicação
alcoólica. O
cristão,
ao
contrár io , busca o sent ido da pleni tude
da sua existência, na p len i tude do Espí-
r i t o . O
Es p í r i t o
Santo opera
di ferente-
mente.
Não,
.exige
um a
mente
vazia: ao
contrár io ,
enche e controla a
mente.
Traz
ordem
e
p r o f u n d i d a d e
ao c o n h e c J m e n -
cesso
p e r m a n e n i f -
r n n r f n n n .
pe lo qua l
vamos,
cada
vez
mais, sendo
dominados
po r ele, passando a ter a nossa
mente,
o
nosso coração
e a
nossa vontade —
o ser
integral — s u b m e t i d o s ao Espír i to. Po r
i s s o , p o d e m o s i n t e r p r e t a r o texto de
Efésios 5-18, como
que
Paulo dizendo:
Sede constantemente, mo me nto após
momento,
controlados pelo Espírito .
Outro aspecto impo r tante é que o verbo
que indica que a ordem
assim,
todos os crentes têm a obrigação de se-
rem
cheios
do
Espír i to
Santo.
Além
dis-
- v prpraS) 0
to. às afeições e às emoçSes. ...} O álco-
ol é d es t ru id or dos
sent idos ,
mas o Es-
pírito
Santo é construtivo.
2
O álcool leva a perda do controle, e
fa z
co m
m
só,
o verbo está na voz
passiva,
o^ucde bom sensQ) e
monstra que
a ação de
encher
é do
Espf-
ri to
e não nossa. Uma boa tradução po-
deria ser deixai o Espír ito vos encher .
nos
dá autocontro
l
e
,
cpm qu£ nQssas
seam
M as
isso
não
signif ica
que
sejamos passi-
vos.
Como
veremos abaixo, alguém fica
cheio bebendo.
Paulo faz um
contraste entre
a em-
briaguez que gera a dissolução de todos
os bons costumes, devassidão e libertina-
gem — e o enchimento do
Espírito.
Por-
tanto,
em vez de
procura r
a excitação de-
sen f rea d a
da b e b i d a , o u a e m b r i a g u e z
I I I . Q U E M T E M SEDE V E N H A
Jesus fez uso de um ri tual da Festa dos
Tabernáculos para i lustrar algo de Imen-
so valor. Um sacerdote saía com uma pro-
cissão e
buscava
num
jar ro
de
o u r o
um
p o u c o de água da piscina de Siloé. Aque-
la água seria derramada no altar e, prova-
velmente, simbolizasse
o próprio
derra-
m a m e n t o
f u t u r o
do Espír i to
Santo
q ue
Ezequiel e os
profetas haviam anunciado
2
Errol l
Hulse ,
O Batismo do
Espírito
Santo, São José dos
Campos,
SP.: Fiel, 1995, p. 113.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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32
A Essência da
Fé— Parte
5—O que a Bíblia ensinei sobre o Es pírito
Santo
(Is 44.3;
Ez
39.29; Jl 2.28). Jesus,
en-
tão, levantou-se
e
falou
de uma
água
me-
lhor, o Espírito Santo
(Jo
7.37-39). Ele
já havia oferecido essa água à m u l h e r
samaritana no poço de Jacó (Jo 4.10-15).
Jesus nos explica aqui como esse Esp írito
pode
se rco n seg u id b —
bebendo: "Quem
te m sede venha a m im e beba". Q méto-
do divino pelo qual
podemos
ser enchidos
cio
Espírito _SaatajLo._mais simples
de ro-
pode
ser feito a
q u a l q u e r mom e nto ,
em
qualquer lugar, e em
qua lquer situação.
IV. A NECESSIDADE DO ENCHI
MENTO
Quais
são os benefícios de sermos
cheios
do
Espíritoj^asicamente
sã o duas razoes:
ele
nos dá
m aturidade
e nos
capacita para
o
serviço.
A Maturidade
Quando
nascemos
de
novo passa-
m os a ser
"crianças"
ou
m esm o
"bebês
ir
em
Cristo. Precisamos crescer. Esse cres-
cimento vem
pelo enchimento do Espí-
rito Santo. Certa ocasião Paulo teve que
dizer aos Coríntios: "Eu ... não vos pude
falar
com o a espirituais, e sim com o a car-
nais, como a crianças em Cristo" (l Co
3.1).
Paulo havia detectado
um a
série
de
problemas na Igreja de
C or in to : divisões,
o rgu lho
espiritual ,
fornicação
e uso
im-
p r ó p r i o dos dons espir i tuais . O enchi-7
mento do Espírito nos faz
espirituais,
ou
seja, mad u tos na fé. A falta
desse enchi-
mento nos torna débeis, e presa fácil do
m u n d o ,
da
nossa própria
natureza
peca-
minosa
e do
diabo.
B
Serviço
Desde
o
Antigo Tes tamento^o
Es-
p frito capacitava pessoas para funções
e s-
peciais na
obra
de
Deus.
Toão
Batista
foi
cheio
do
Espírito Santo desde
o
ventre
materno para ser o pr ecu rsor de Cristo
(L c 1.15-17).
Os
diáconos escolhidos
em
Atos
6 , para se rv i r as mesas, tam bé m
eram cheios do Espírito Santo (A t 6.3-
5).
Barnabé
era homem cheio do Espíri-
to Santo (A t 11.24).
Paulo
não poder ia
se r
di ferente . Somos informados de que,
quando ficou cheio do Espírito, ele ime-
diatamente começou a pregar que Jesus
era q Filho de Deus (A t 9.17,20). E hou-
ve
mom entos
em que os
crentes fora m
no-
vamente enchidos,
de
acordo
com a ne-
cessidade da ocasião. A Igreja ficou
cheia
do E s p í r i t o após
as
ameaças
e.
então,
com
mais
intrepidez
an u n c io u
o Evangelho
.{At
4.31,32). Pedro estava cheio do Espírito
""Santo quando encarou
o
S inédr io
que o
julgava (A t 4.8). Estevão
t a m b é m ,
n o
m o m e n t o
em que fo i
m ar t i r i z ad o
(A t
7.55). E
Paulo, quando repreendeu
o má-
gico Elimas, estava novamente
cheio
do
Espírito (A t
13.9).
Tudo isso nos aponta
para a necessidade da plenitude do Espí-
rito
Santo para
realizar
o
serviço
na
obra^
de
Deus,
e nos
l embra
que o
sucesso nes-
sa
obra não é "por força, nem por poder,
m as
pelo
m eu
Espírito"
(Z c
4.6).
E Im-
possível realizar a obra de U eus sem esse
enchimento do Espírito. Mas, a grande
notícia é que podemos ser enchidos a
qual-
quer
momento. Quem tem sede, beba.
V
MANT END O A PL ENIT UDE
Para
sermos
cheios
do Espírito devemos
ir
a
Jesus
e
beber. Mas, quando estamos
esvaziados,
há dificuldades em ir a Jesus,
p o r q u e
a
nossa carne fará
de
tudo para
impedir .
O segredo é
evitar
o esvaziamen-
to. A Bíbl ia nos
aponta
algumas condi -
cõesque devem ser
observadas
a fim de
que possamos manter essa
plenitude
A
Não
entristecer
o
Espírito
Em Efésíos 4.30>
Paulo diz; "...
não
entristeçais o Espírito de Deus . A in d a
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A
Plenitude
do Espírito
33
neste trimestre falaremos mais sobre essa
questão. Oque devemos pensar nesse mo-
men to é que o Esp írito se entristece qua n-
do
estamos
cedendo ao pecado. No con-
texto, Paulo está falando sobre
abandoj-
nar
a
mentíra
(4.25).
refrear
a
íra
(4.26),
não dar
lu^ar
ao diabo (4.27),
trabalhar
e socorrer os necessitados, em vez de
fur-
ta r (4.28), evitar palavras torpes (4.29),
bem como amargura , cólera, ira, grita-
ria, blasfémias e
malícia (4.31).
O
peca-
do entristece o Espiri to que está dentro
de
nós,
e
isso certamente
faz com que
percamos a pleni tude.
B Não apagar o
Espírito
Somos exortados
a
não apagar
o
Espírito HTs 5.191. O contexto indica
que Paulo está falando sobre o m inistério
(5.12,13). Ele fala sobre a necessidade de
a judarmos
uns aos
outros (5.14,15), de
estarmos sempre alegres na obra de Deus
(3.16)» de orarmos
sempre
e
sermos
agra-
decidos
a
Deus
por rndo
CS.17.181.
Fala
3e
não
desprezarmos
a s profecias,rnas as
julgarmos, com o
critério
da
Palavra
de
Deus, abstendcMios do mal,
qualquer
que
'seja a sua aparência (5.20,21). Portanto,
apagar o Espirito é deixar de fazer
essas
coisas. E não dar a devida importância à
obra dele. £ esfriar na prática das virtu-_
dês
cristãs,
da
oração
e da Palavra de
Deus.-
C Andar no
Espírito
As vezes pensamos que é preciso lu-
ta r contra a carne para vencer o pecado e
as
tentações. Mas essa lura não é nossa
(G l
5-16).
Essa é a luta do Espírito
con-
rraja r,arner a carne milha contra o
Espírito,
e o
Espírito, co ntra
a
carne, por-
que são
opostos entre
sí;
para
que não
façais
o qu e, po rventu ra, seja do vosso q ue-
rer (GULIZL
A
luta
já é
bastante real.
Não
somos chamados para entrar nela,
somos chamados para andar no Espiri-
to
e
ele fará
o
resto.
O
fruto
do
Espírito,
que é consequência da
plenitude
do Es-
pírito,
acontecerá
naturalmente em
nós.
Tão
natural quando
um fruto
pode ser.
VI. AS C O N S E Q U Ê N C I A S DA PLE
NITU
Devemos pensar ainda
nas
consequências^
de uma
yí.da
cheía
do
Espírito
Santo.
Po-
deríamos resumir dizendo
que
será
um a
vida de obediência ao Senhor. Mas há al-
guns elementos que podem se destacados.
A
Bênçãos
no
relacionamento
Após pro ib i r
a
embriaguez
e
orde-
nar a plenitude do Espírito, Paulo listou
quatro
consequências desse
enchimento^
Ele fala de bênçãos espirituais desenvol-
vidas no relacionamento com os outros.
i rmãos
{Ef 4 1
1. A primeira consequência é
a^de
estar falando entre vós com salmos . Isso
nos
aponta
pa r a
a
com unhã o. Pessoas
cheias
d o
Espírito falam entre si ,
ou
seja,
mantêm um relacionamento de a m o r e
edificação mutua . E
Ínteressjmteaue__elas.
não falam qu alq ue r coisa entre si, mas sal-
mos , ou seja, algo da Palavra de Deus, a
f ím de edif icar um ao outro.
2.
Asegunda consequência
é o
lou-
vor
do
Senho r: entoando
e
louvando
de
coração
ao
Senhor
com
hinos
e
cânticos
espirituais . O texto nos aponta para a
sinceridade,
adedicaçao
e o modo varíã-
'^Õ~cTJrrru
dtiVeTnos cantar
ao
Senhor, exal-
çando seu
nome.
Alguém cheio do Espí-
nto gosta muito de fazer isso.
3. A terceira consequência é ser agra-
.decido a Deus:
dando
sempre graças por
tudo
a
nosso Deus
e
Pai,
em
nome
de
nosso Sen ho r Jesus Cristo . Alguém cheio
do
Espírito
Santo não v ive murm urando.
Ele consegue achar, mesmo nas situações
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34
Essência
da
Fé—Parte
— O
que a Bíblia
ensina sobre
o
Espírito
Santo
. r u i n s , motivos
legí t imos
para agradecer
ao Senhor.
4. E a últ ima consequência é a su b -
missão: sujeitando-vos uns aos
ourros
no
temor
de
Cristo . Exaltação própria
n ão
combina
com p len i t ude do
Espírito
San-
_ t o Já dissemos em ou t ra
lição'
que o Espí-
ri to não glorifica a si mesmo, mas a Jesus.
Então, podemos d izer que em hipótese
alguma
ele glorifica
aquele
qu e
esra sendo
enchido por ele. Para ilustrar
isso,
Paulo
c on t i n u a
falando
da submissão da
esposa
diante do marido, dosjBlhos perante os país
e dos empregados perante _os_.patrÕ es.
B
Vencer
a
carne
Ainda
há mais uma
consequência,
e m b o r a
n ão
es t e jamos esgotando
o as-
su n t o , que é a de vencer a carne. Se an-
d a r m os no Esp í r i t o nunca sat i s faremos
os
desejos da
carne (Gl 5.16). Quando
es tamos che ios do E s p í r i t o , o m u n d o
n ão
brilha
tanto
para nós , não nos rasci-
na.
Sa tanás
já não é tão
ameaçador ,
e
nossa
carne
fica
bastante
enfraquecida.
Ser
cheio
do
Espí r i to
é a
garant ia
de um a
vida crista autêntica.
ON USÃO
A pleni tude
do
Espí r i to
é a
vida
ideal
do
crente. Nada
menos do que Isso deve nos
satisfazer. Essa vida está acessível
a
todos
os
convertidos, po is Jesus con t inua aces-
sível a t o d o s dizendo: ven ha e b e b a .
Quando deixamos
o
pecado
se
avultar
em
nós,
perdemos o que temos de mais pre-
cioso: essa comunhão com Deus med i -
ante a
plenitude
do
Espírito.
PLI ÇÃO
Façamos uso dil igente de todos os recur-
sos que a Palavra nos indica para sermos
enchidos do E spír i to Santo e para que n ão
percamos essa plenitude. Que nosso ob-
jetivo
na
vida seja esse enchimento , nada
menos
do que
isso.
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Lição
Texto básico: aiatas
5.16 25
O F R U T O D O E S P I R I T O S A N T O
INTRODUÇÃO
N a Igreja, os dons do Espírito são m u i to
mais populares do que o fruto do Espíri-
to. É c o m u m ver crentes otand o p or dons.
Mas,
raramente
vemos alguém
orando
pelo f r u t o .
E não é difícil
fácil s abe r
o
porquê:
os
dons
nos falam de
algo extra-
ordinário, sugerindo
poder
e feitos mag-
níficos. O f r u t o nos fala da dura rot i na
de evidenciar um caráter
t r an sf o r m ad o . ,
C o m o
diz
S p r o u l , "o f r u t o d o Espíri to
parece estar condenado à o b s c u r i d a d e ,
oculto
na s ombra dos dons mai s
preferi-
dos .1
Porém,
a
grande evidência
de que
alguém é cheio do Espíri to são os frutos e
não necessariamente
o s
dons. Isso
nos
l e m-
bra as palavras de Jesus: "Não po de a ár-
vore boa produzi r frutos maus , ne m a ár-
vore má produzi r
frutos
bons.
Toda
árvo-
re
que não
p r o d u z
bom
fruto
é
cortada
e
lançada
ao
fogo. Assim, pois, pelos seus
frutos
os
conhecereis
(Mt
7.18-20).
O
p r ó p r i o Jesus disse que a simples evidên-
cia
de poder na vida das pessoas não sig-
nifica necessariamente conversão: "Mui-
tos, naquele dia, hão de dízer-me: Senhor,
Senhor Porventura, não temos nós pro -
fetizado
em t eu
nome,
e em t eu n o m e
não expelimos demônios} e em teu n o m e
não
fizemos
m u i t o s
milagres?
Então, lhes
direi explici tamente: nunca vos conheci .
Apartai-vos de m im , os que praticais a ini-
quidade" (Mt 7.22,23). O critério não é
o poder,
m as a
obe di ênci a,
a
vida real-
mente t ransformada. Isso nos ensina que,
mais do que manifestações espirituais, de-
víamos buscar a real
transformação
de
vida
que se demonstra em ati tudes prát icas de
obediência à Palavra de D e u s .
I GUERRA SEM TRÉGUAS
Quando
no s
convertemos,
já nos
encon-
tramos envolvidos em um
terrível
com-
bate
que já vem
sendo travado
há
m u i t o
tempo. Paulo diz que estamos em meio a
um a
guerra que não é cont ra o sangue e
a carne , e sim cont ra os p r i n c i p a d o s e
potestades, contra os dominadores deste
mundo tenebroso, contra as forças espi-
r i tuais do mal, nas regiões celestes" (E f
6.12).
Não há
como escapar dessa
guer-
ra .
Uma ve z que
fomos t i rados
do impé-
rio
das
trevas
(C l
1.13), agora todo aque-
le império é nosso inimigo. Por isso só
nos
resta vestir
a
a r m a d u r a , e m p u n h a r
a
espada e orar se m cessar (E f
6.11-18).
M as
era
de se
esperar
que a
luta fosse apenas
externa. O probl e ma é que há uma luta
dentro
de nós
t a m b é m :
...
a
carne
mili-
ta
cont ra
o
Espírito,
e o
Espírito, contra
a
carne , porque
são
opostos entre
si;
para
que não
façais
o que, porventura, seja do
vosso
querer" (Gl 5-17). Esta
é uma ba-
talha terrível. O v e l h o h o m e m , a nat ure -
Para
ler e
meditar durante
a
s e m a n a
D
-
Ma t eu s 7.18-23
—
Frutos
ou
poder;
S -
R o m a n o s
5.5
O
amo r através
do
Espírito;
T
—
Ro ma n o s
14.17
- A
alegria
do
Espírito;
Q
—
Fiiipense s
4.7
—
Paz que
excede
o
e n t e n d i m e n t o ;
Q —
Gaiatas
6.8 —
Sem ear p ara
o
Espírito;
S —
Fiiipenses
3.3 - Não
confiar
na
carne;
S — Ro ma n o s 8.11-16 — Poder para vencer a carne
R. C. Sproul. O
Mistério
do Espirito
Santo
São Paulo:
Editora Cu ltura Cristã, 1997.
p. 163
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36
Essência
da Fé—Parte
5—
que a Bíblia
ensina
sobre o Espírito San to
za humana inclinada para o pecado, não
quer entregar
o
terreno
de bom
grado
e
se
arma
até aos
dentes
a fim de resistir ao
Espírito.
Como diz
Sproul , emb ora essa
guerra seja interna
e
invisível ,
há
claros
sinais externos da
carnificina provocada pela
batalha .
2
Ele
está
se
referindo especial-
mente ao que acontece q uand o a carne ven-
ce, pois aparecem as obras da carne.
Pau lo diz: ...
as
obras
da
carne
são
conhecidas e
são:
prostituição,
impure-
za, lascívia,
idolatria,
feitiçarias,
inimiza-
des,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dís-
sensões, facções , i nve jas ,
bebedices,
glutonarias e coisas sem elhantes a estas, a
respeito
das
quais
eu vos
declaro, como
já, outrora, vos preveni, que não herda-
rão o
re ino
de
Deus
os que
tais coisas pra-
ticam (Gl 5.19-21).
Evidentemente,
es-
sas
obras caracterizam a vida de uma pes-
soa
não-regenerada.
Não significa que um
crente
não
possa cair
em
algum desses
pe-
cados
ocasionalmente, porém, se
eles
fo-
rem evidências contínuas na vida de al-
guém, como Jesus disse, isso caracteriza
árvore
má, ou
seja, ausência
de
conver-
são.
A
lista parece
falar de
pecados
que
tem
relação
com o
sexo
(pros t i t u i ção ,
impureza,
lascívia),
com a
religião (ido-
latria, fei t içarias), com o relacionamento
com outros ( inimizades, porfias, c iúmes ,
iras, discórdias, dissensões, facções, inve-
jas), e por
fim
com pecados relacionados
aos apet i tes
(bebedices, glutonarias).
Po-
rém, a lista não pretende ser completa, pois
Paulo diz:
e
coisas semelhantes
a
essas .
Quatro
áreas problemáticas
ficam bem
fri-
sadas: sexo, religião, rela cio nam en to e ape-
tites. São quatro áreas em que a natureza
pecam inosa gosta de se manifestar.
Vamos considerá-las agora separada-
mente:
•
Prostituição
representa a quebra do
séti-
mo mand amen t o
e diz
respeito
a
todo
t ipo de re lacionamento sexual
fora
do
casamento.
Impureza
i nc l u i o que foi di to sobre
prost i tuição
e pode
inclui r
relaciona-
mentos homossexuais.
Lascívia
aponta para a disposição men-
ta l
reprovável dando
um
sentido sexual
impl íc i to
que se
expressa
em
palavras,
posturas
e
roupas impróprias
e
provocativas.
Idolatria fala de
adorar qualquer out ro
se r ou objeto que não seja Deus. Deus é
o único que deve ser adorado.
•
Feitiçarias
aponta para a prát ica de ma-
gia e todo tipo de espirit ismo.
Inimizades
denota o caráter da pessoa
agressiva, hostil
e
rancorosa.
• Porfias
tem a ver com desafiar os outros,
provocá-los para discussão ou briga.
•
Ciúmes
dem ons t ra um caráter egocên-
trico,
preocupado com suas próprias pos-
sessões materiais, pessoais
ou
espirituais.
• Iras são explosões de cólera.
•
Discórdias
aponta para
uma
mente
que
semp re cem uma opinião diferente dos
outros e nunca pode ceder.
•
Dissensões
dá a ideia de alguém que sem-
pre busca criar inimizad e entre as pessoas.
•
Facções
caracteriza-se por part idar i smo,
são as fam osas panelinhas , o desejo de
não se relacionar ou não concordar com
os outros.
•
Invejas aponta para
o
desejo
de
possuir
o
que o
o utr o possui, seja material
ou
não.
•
Bebedices é o uso descontrolado do
álco-
ol
e de
todo tipo
de
entorpecente.
•
Gkitonarias
representa a vida de quem
vive para enche r o
estômago,
preocupan-
do-se apenas
com
satisfação
dos
apeti-
tes pessoais.
2
R. C. Sproul.
O
Mistério ao
Espírito Santo
São Paulo Editora Cultura C ristã, 1997. p. 164
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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O frito do
Espirito
Santo 37
Como podemos ver, a guerra é real-
mente
árdua.
As
armas
da
carne
são po-
derosas.
Elas
atuam
em
todos
os
nossos
pontos
mais fracos. E como
Paulo diz,
são
conhecidas.
São
nossas conhecidas
ínti-
mas.
São as
coisas
mais comuns
que en-
cont ramos n o mun do , quando ligamos a
TV, abr imos o
jornal ,
ou batemos papo
com os amigos. M e sm o no recanto de
nossa
mente ,
e inclusive nos
sonhos, elas
t ramitam
e
fazem
guerra cont ra o
Espíri-
to. Que
Deus
fortaleça o seu
Espírito
dentro
de
nós
TRÍPLICE REL CION MENTO
E m
cont rapar t ida
o
f ru t o
do
Esp í r i to
apresenta
as
v i r t ude s
da
vida crista
au-
têntica. Stott
vê uma
tríplice divisão nes-
se fruto, que é composto de nove elemen-
tos, classificando-o como: relacion am ento
com Deus, relacionamento com os outros,
e relacionamento conosco
mesmos.
3
A Em
relação
a Deus
1. Am or
O amor é o único que figura tanto
na lista do fruto quando dos dons do Es-
pí r i to . É o pr ime iro e o maís im po r t an t e
nas duas. Paulo diz que o amor de
Deus
é
derramado em
nossos corações pelo
Es-
pír i to
(Rm 5.5). Pala também explicita-
men te do "amor do Espírito'* (Rm 15-30)
e "n o
E spíri to"
(C l
1.8).
De
certa
forma,
exibir esse amor é evitar todas as obras da
carne (iCo 13.4-7). Esse amor do Espí-
rito é possível em nós porque Deus nos
amou primeiro
(IJo 4.19).
Ainda falare-
m os
neste trimestre sobre
o
relacionamen-
to do amor e os dons do Espírito.
2. Alegria
A
alegria
do
Espírito
é
urna marca
fundamental do crente, e é uma das ca-
racterísticas principais do próprio re ino
de
Deus
(Rm 14.17). Ela
está relaciona-
da à
posição
que o
crente
te m
diante
de
Deus. Não é uma simples euforia por al-
guma
conquista pessoal,
mas uma
alegria
sincera
e
p ro funda
oriunda da certeza da
salvação, e que não se abate em meio as
dificuldades e provações da v ida (Fp 4.4).
3. Paz
A paz que é fruto do
Espíri to
tam-
bém
é
bastante diferente
da
"paz"
.que o
mundo
almeja.
Essa paz não
significa
apenas ausência de c on f l i t o . O c ren te
pode es tar em paz mesmo em meio às
guerras
e
tribulações
da
vida , afinal,
a
vida
crista é uma guerra externa e interna. Essa
paz "excede todo
o
e n t e nd im e n t o"
(F p
4.7). Como diz Stott, amor, alegria e paz
são
característ icas fundamentais
do
cris-
tão, "tudo
o que ele faz é
concebido
com
amor, iniciado com alegria e executado
com
paz /
B Em
relação
aos
outros
1.
L ongan im idade
Um temperamento longânimo de-
mora
em se
irritar.
Consegue suportar as
ofensas dos outros e evita totalmente o ato
de julgar. A característica principal da lon-
ganimidade
é a
capacidade
de
esperar.
O
crente
espera
que as
coisas mudem
a
lon-
go prazo.
Ele não
deseja tudo para hoje,
pois consegue
esperar
o momento certo.
2. Benignidade
Essa
vi r tude tem a ver com o devi-
do controle da força. É uma característi-
ca própria de Deus que não usa sua força
além
do
necessário. Alguém ben ign o sabe
se r
bondoso
com os que
estão errados.
3.
Bondade
Somente Deus é bom, e é o padrão
da bondade. Quando somos convert idos,
3 John Stoct.
Batismo
e
P lenitude
d o Espírito Santo 2
:
John
Stott.
Batismo
e
Plenitude
do Espirito
Santo
2:
Edição.
São Paulo:
E dições Vida Nov a, 1986,
p. 56
Edição.
S ão Paulo:
Edições Vida
Nova,
1986,
p. 56
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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38
A Essência da
F é
—
Parte
5— que a Bíblia
ensina
só br e o
Espírito Santo
o Espírito muda nossa essência má, tor-
nando-nos
bons . As s i m, podemos de-
mo nstrar bondade uns com os outros, sem
esperar
nada em
troca.
C Em
relação a
nós
1. Fidelidade
Um conv ertido recebe a graça de ser
fiel. Ele não é fiel aos ou tros, ele é fiel a si
mesmo. Sua preocupação não é com o que
os outros vão pensar, mas sim, com o que
Deus pensa dele, e com o que ele pensa
de si
mesmo.
Ele
deseja agir coerentemen -
te
com o que
recebeu
de
Deus.
2. Mansidão
Não devemos confu nd ir man sidão
com
fraqueza.
Tem
mais
a ver com o
con-
trole da força. Alguém que tem o poder e
até o
direi to
de
revidar,
mas que
abre
m ão
disso
por uma
questão
de f é
não
é um
covarde, é um corajoso. Somente alguém
rnuíto corajoso pode ser manso.
3. Domínio própr io
Essa é a v i r t ude do autocont ro le .
Tem domínio própr io quem recebeu o
poder de controlar a língua, os apetites e
até os pensamentos.
I I I
CARACTERÍST ICAS
DO
FRUTO
Devemos notar que há apenas um fruto
do
Espírito. Ainda que,
geralmente
fale-
mos em frutos do Espírito , a palavra em
Gaiatas 5.22 está no sing ular. Isso
faz
con-
traste
com as
obras
da
carne
que são
muitas e estão no plural, e também com
os dons do Espíri to . Em relação aos
dons do Espírito, eles são muitos porque
caracterizam a diversidade de m e m b r o s
no corpo de Cristo, e por conseguinte,
n inguém
te m
todos
os
dons.
Mas o
fruto
não tem essa função
e,
por
isso,
cada cren-
te verdadeiro deve produzir todo o fruto
do Espírito.
Todo crente
te m
pelo menos
um dom que lhe foi concedido soberana-
mente pelo Espír i to, além de ter a res-
ponsabilidade de buscar outros dons (Cf.
ICo 12.3),
porém,
corno diz Hoekema,
podemos ser
salvos
sem muitos dos dons
do
Espíri to,
mas não
podemos
ser
salvos
se m o
fruto
do Espírito .
5
A
un i dade
do
fruto
do Espírito,
por tanto,
nos diz que
não podemos escolher virtudes. Devemos
evidenciá-las
todas. Uma pessoa não pode
ser apenas longânima
sem ser
fiel .
Do
mesmo modo não pode evidenciar
amor
sem
domínio próp r io .
Mas,
uma vez que
estamos falando
de
fruto , também devemos pensar
em
seu
crescimento orgânico. Isso nos suge-
re duas coisas: primeiro, que ele precisa
crescer, e segundo, que cresce em certas
circunstâncias. Não devemos esperar que
um a
pessoa
recém-convertlda
demons t re
o fruto do
Espírito
em sua
forma plena.
Ele será desenvolvido gradualmente. Isso
nos
leva
à
segunda observação, pois para
que algo se de senvolva, precisa ser alimen-
tado. Usando
a
analogia
da
natureza,
sa-
bemos que uma árvore não precisa fazer
força para produ zir frutos, ela precisa dis-
por dos elementos necessários, como chu-
va,
boa terra, sol, etc., e assim os produ-
zirá naturalmente. D a mesma forma, o
crente
não
produz frutos pela
força, m as
quando dispõe
dos
elementos necessários
para
isso, como a pregação da Palavra, a
com unhão en tre os irm ãos , a oração, a
meditação, etc., essas santas influências
do Espírito Santo produzirão na vida do
crente o be ndito fruto do Espírito. Esse é
o segredo
de
andar
no
Espírito .
Quem
anda
no
Espíri to
rem a
garantia
de não
satisfazer
as concupiscências da
carne
(G l
5.16),
e por
isso Paulo conclui
o
assunto
no mesmo tom que começou: Se
vive-
Anthony Hoekema.
Salvos Pela Graça São
Paulo: E ditora C ultur a Crisrã,
1997. p.
51
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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jhito do Espírito Santo
mós
no Espíri to , andemos também no
Espírito
(G l
5-25).
ON USÃO
O
Espírito
da vida, condirz-nos à vida e
paz. Andar no Espírito significa agir, deci-
dir, planejar e viver sob a
díreção
e contro-
le do Espírito de Cristo, conforme a nossa
nova condição
de
filhos
da luz (Ef 5-8).
Neste novo contexto devida, encon-
t r amos no Espír i to a
capacitaçao
para
cumpr i rmos
a
lei.
A lei nos
mandava cum-
pr i r seus preceitos; o Espírito nos leva a
fazê-io com o
coração alegre,
iíbertando-
nosj
assim, do domínio do
pecado
e da
morte.
A lei
revela
o
nosso
pecado, o Es-
pírito demonstra a graça através de nossa
obediência. Portanto, andar no Espírito
é viver não à revelia da lei, antes é cami-
nhar em ha rmon ia com a lei de Deus, que
é
a
lei
da
liberdade (Cf.
Tg
1.25; 2.12).
É justamente essa a vitória sobre o pecado
(G l 5-1-12,18).
Estar
no
Espírito signi-
fica
estar
na
esfera
do
reino
libertador
de
Deus, que é mediado pelo
Espírito .6
A
f igura bíbl ica
do
andar
é
sig-
nificativa
pois aponta para
a
nossa rea-
l idade diária de caminhar , deparando-
nos com
novas
e desafiadoras
situações,
para as quais o Espírito nos c ondu z i r á
de fo rma segu ra c on fo rme as Esc r i t u -
ras. Ávida no Espírito é por tanto , uma
aventura integral
na
qual descobr imos
diar iamente a r iqueza da Palavra e a sua
peren idade pa ra cada e nova c ircuns-
tânc ia de toda a
nossa
exis tênc ia (SI
119.105).
Andar
no
Espírito aponta
para um novo i t ine rár io e,
t ambém,
para
um a nova qual idade de vida. A Palavra
de
Deus
é o
l iv ro
que
regu lamenta
os
princípios desse caminhar;
O
Espír i to
não
nos
dirige aparte
da
Palavra/ 7
PLI ÇÃO
Devemos fazer uso de todos os benefícios
concedidos
por
Deus para
que o
Espírito
Santo produza seu fruto em nossa vida.
Isso deve
ser a
maior prioridade
de
nossa
vida,
uma vez que
somos convertidos.
6 George E.
Ladd,
Teologia do Novo Testamento Rio de
Janeiro: JUERP,
1985, p. 451.
7
A.A. Hoekema,
Salvos p e la Graça.
São
Paulo:
Cul tura Cristã, 1997, p. 59.
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o
Lição
Texto
básico: 1
oríntios
12 14
O s
D O N S
D O
E S P ÍR I T O S A N T O
INTRODUÇÃO
Concepções muito diferentes existentes no
meio evangélico em relação à
natureza
e o
us o dos dons do Espírito, causam ruptu-
ras, escândalos e confusão em
'muitas
igre-
jas. Infelizmente, aquilo Deus deu para
servir,
e por
cons eguinte unir
os crentes,
em muitos lugares, acaba causando de di-
visões. Porém,
isso
não
deve impedir
que
estejamos interessados e que conheçamos
bem
esse assunto.
De
acordo
com a Bí-
blia, os
dons
do Espírito
foram dados
a
fi m de ajudar a Igreja na tarefa de evangeli-
zação
e
edificação. Eles
são as
armas mais
poderosas e
variadas
que Deus deu à sua
Igreja a fim de
capacitá-la para
a
missão
que
precisa realizar neste mundo.
Um dos me-
lhores lugares
de
onde podemos buscar
compreensão
dos
dons
do
Espírito
são os
capítulos
12—14
de l
Coríntios.
I DEF I N I ÇÃO DOS DONS
Paulo está muito interessado em que os
crentes de Corinto tenham conhecimento
verdadeiro sobre os dons: A respeito do s
dons
es pir i tuais , não quero,
irmãos ,
qu e
sejais ignorantes (iCo 12.1).
Essa
é uma
séria advertência. Ignorância a respeito d os
dons es pirituais pode complicar seriamente
o ministério e a
vida
cristã.
A.
Unidade
e diversidade lC o 12.4)
Stott nos diz que a Igreja é u m a ,
p o r q u e o E s p í r i t o h a b i t a e m todos o s
crentes. A Igreja é multifacetada, porque
o
Es pír i to d is t r ibui d iferentes dons aos
crentes. D e f o r m a q u e o d o m d o Es pír i to
(q ue Deus nos .dá) cria a unidade da Igre-
ja, e os dons do Espírito (que o Espírito
dá)
diversificam
o
minis tério
da
Igreja .
1
Essa
é uma
af irmação muito importante .
De
fato, todos
os
crentes
são
batizados
com o Espírito Santo, e isso
f a z
deles um
c o r p o
(iCo 12.13),
o u
seja,
um a
Igreja
única e
unida.
Por
outro lado,
o
Espírito
que habita em todos os crentes dis tribui
dons variados, criando a divers idade de
m e m b r o s qu e , n ão obstante, pertencem
ao
m e s m o c o r p o .
B. A
Soberania
d o Esp írito
iC o
12.7)
O dom
e s p i r i t u a l
não é
algo
que
conq uis tamos ,
m as
algo
que nos é
dado
com um objetivo. Logo adiante Paulo
conclui: ... um só e o m e s m o E s p í r i t o
real iz a todas es tas cois as , d i s t r ibuindo-
as , como
lhe
apraz,
a
cada
um,
indivi-
d u a l m e n t e
1 1 (iCo 12.11). Dom não é
q ues tão d e escolha pessoal. Isso certa-
m e n t e tem a ver com a necessidade da
Igreja.
Se os d o n s s ão dados v is ando a
u m fim provei tos o, cer tamente o Espí-
r i t o c o n c e d e s o b e r a n a m e n t e os
dons
mais ateis
a um
determinado lugar,
e a
um d e t e r m i n a d o tempo.2
Para
ler e
meditar durante
a
semana
D — l Coríntios
12.1-11 — Muitos dons, mas um só Espírito; S- l Coríntios 12.12-26 — M u i to s
membros,
mas
um
só Corpo; T — l
Coríntios
12.27-30 — D o n s e
valores
diferentes;
Q —
l
Coríntios 12.31-13.13 — O
dom
mais importante;
Q
— l
Coríntios
14.1-19 — O mau
uso
do
dom de
línguas;
S - l
Coríntios
14.20-25
—
Escândalo
para
visitantes;
S — l Coríntios 14.26-40— Ordem
para
a Igreja
1
J o h n
Stotr.
Ba tismo e Plenitude do
Espírito
Santo.
2
a Edição.
São
P aulo: Edições Vida
N ova , 19 8 6 , p. 64
D e ve m os c ons i de r a r
Isso j unt a m e nt e com a
Ideia
de
bus c a r m os
os
m e l hor e s dons
(iCo 12.31). É
nos s a
função
bus c a r m os os melhores, m as de ve m os e nt e nde r qu e D e u s nos dará o que é melhor.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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O s dons
ao
Esp írito Santo
41
C. Todos
têm um
dom,
mas não
o mesmo
Todos
os
crentes necessariamente pos-
suem pelos menos
um dom do
Espírito.
Isso fica
ainda mais óbvio porqu e Paulo
usa
o
corpo humano como
uma
analogia
da
Igreja.
Ele fala da
diversidade
de
membros
que
um corpo possui. Um membro é al-
guém que tem uma função. Então ter um
dom e ser crente são coisas sinónim as.
O mesmo não é dado a todos. O cor-
po é composto de vários mem bros, e Paulo
sugeriu que um
corpo
com
apenas
um
membro ser ia a lgo monst ruoso.
Ele faz
questão de listar os dons distinguindo en-
tre
pessoa
e pessoa,
demonstrando
que as
pessoas recebem dons diferentes (Cf.
Co
12.8-10). Afirmar, por exemplo, que quem
não
possui
o dom de
línguas,
não foi
bati-
zado com o Espírito
Santo,
é um equívoco.
D. Valores diferentes
l
Co 12.28,31)
Interessantemente, o dom que é o
mais valorizado
e
buscado
por
tantas pes-
soas figura na lista em último lugar no
texto acima. Aliás, o problema da Igreja
de
Corinto
era
justamente
que
estava dan-
do um valo r excessivo ao do m de línguas.
Por essa razão Paulo precisou ensinar que
esse dom não era o mais importante.
Paulo introduz a realidade do amor no
uso dos dons espirituais. Vai dizer que sem o
amor, por ma is espetaculares que sejam os
dons,
eles de nada servirão iCo 13.1-3).
II DESCRIÇÃO DOS DONS
A Bíblia não nos diz quantos dons espiri-
tuais
há.
Sabemos apenas
que são
bastan-
te diversos. Toda tentativa de fixar um
n u me r o
fracassa porque
o
Espírito con-
cede tantos quantos lh e apraz e como lh e
apraz. Destacamos apenas alguns.
A.
Apóstolo Ef4.ll;
Co
12.28)
Duas vezes Paulo disse que os após-
tolos ocupavam o prim eiro lugar (Ef 4.11;
iCo
12.28).
Eles foram o fundamento
da Igreja Ef
2.20),
foram chamados pes-
soalmente por Jesus Lc 9.1) e receberam
poderes especiais como confirmação de
seu
apostolado (2Co 12.12; Mc
16.14-
18).
As
qualificações para
o
ofício
At
1.21,22)
envolviam o caráter de
testemu-
nha
ocular
dos
feitos .de Jesus desde
o
batismo
de
João
até a
ascensão.
O
caso
de
Paulo
é
único .
Ele foi um
apóstolo fora
do tempo
iCo 15-8,9),
porém, foi
comissionado pessoalmente pelo Senhor
(A t 26.14-16). Certamente, esse dom e
ofício)
não
existe mais, pois
fo i
usado
por
Deus como fundam ento
da
Igreja
Ef
2.20). Desde
que a
Igreja
foi
estabelecida,
não havia mais necessidade dele, até por-
que, ninguém mais conseguiria preencher
os requisi tos de
Atos
1.21,22. Isso im-
plica em que não há revelação adicional à
Palavra
de
Deus.
R Profeta. P m 12.6;Ef4.11; iCo
12.28)
Esses são os
profetas
do Novo Testa-
mento. Foram um gru po especial que, com o
os
apóstolos, falava sob a inspiração do Es-
píri to Santo. Podemos ci tar Agabo
At
11.27,28; 21.10,11), Judas, Silas
At
15-32),
e outros (At
13-1).
Também não
há m ais profetas hoje, como não há apósto-
los, pois esses dois ofícios foram usados por
Deus na formação da Igreja. Foram o
fun-
damento
da
Igreja
Ef
2.20),
num
tempo
quando a
Bíblia
ainda não estava completa.
Até ao encer ramento do cânon, o
dom de profecia foi
importante para
edificação da Igreja, pois o profeta rece-
bia revelação direta de Deus e ensinava o
povo, edificando, exortando e consolan-
do ICo 14.3). Entretan to, mesmo na-
quele
ternpo
essas profecias deveriam ser
analisadas
e
ju lgadas
lCo 14.29;
iTs
5.20,21;
IJo
4.1),
po rqu e semp re havia
o
risco
de falsos profetas aparecerem e fa-
larem coisas de seu próprio coração, para
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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42
A
Essência
d a
Fé—Parte 5—0
que a Bíblia ensina
sobre
o Esp írito Santo
granjear o respeito, a admiração e até
mesmo vantagens pessoais de outras pes-
soas.
Isso também nos leva ao entendi-
mento
de que
Deus providenciou
que a
Bíblia fosse escrita justamente para anu-
lar a possibilidade de
fraude,
oferecendo
uma revelação mais segura.
C.
Evangelista-
Ef4.ll)
Aparentemente havia uma classe de
evangelistas como
a dos
apóstolos
e
pro-
fetas. Sabemos que Filipe era um
evangelista
(At 21.8), e
parece
que
Timó-
teo também
(2Tm
4.5). Em todo caso,
certamente
o dom de evangelizar deve
continuar existindo, pois o Senhor nos
ordenou que evangelizássemos (Mt
28.18-20). Mas também esse dom deve
ser exercido mediante a Palavra de Deus,
Ela é a portadora das boas novas .
D. Pastor
At 20.28; Ef4.11; Pé 5.1,2)
A função do pastor é conduzir o re-
banho,
cuidar
dele,
alimentá-lo e curá-lo
(At 20.28;
iPd
5.2-5).
No
texto
de
Efésios, Paulo liga
a
obra
do
pastor
a do
mestre. Isso significa
que o
pastor pode
ter também a habilidade de ensinar. De
qualquer forma,
todos os
pastores
(os
presbíteros da
igreja
devem supervisio-
nar o
ensino
na igreja.
Esse
dom
tomava
a forma de ofício quando nas Igrejas eram
escolhidos
bispos
ou
presbíteros
(At
14.23; iTm 3.2;
Tt
1.5,
7).
Isso
nos faz
pensar que certamente, ranto o dom
quanto
o ofício
permanecem
até aos
dias
de hoje, uma vez que o oficial não era es-
colhido diretamente por Deus como os
apóstolos e profetas, mas pela Igreja, des-
de que
evidenciasse
o
dom.
E.
Curas
l
Co 12.9)
O dom de cura é muito parecido
com o dom de mi lagres , porém, é mais
específico.
O dom de
curas envolvia
a
habilidade
de uma
pessoa para curar
ou-
tras de
todas
as
formas
de
doenças.
A
par-
tir da atividade de Cristo e dos apóstolos
no
início
da
pregação evangélica, perce-
bemos que as curas eram
instantâneas
(Mc
1.42);
completas
(Mt
14.36);
permanen-
tes (Mt 14.36);
incondicionais Qo
9.25);
e
ilimitadas Qo
11.44;
At 9.40). Nos dias
de
hoje, apesar de pessoas reivindicarem
o dom de cura, as características acima
não são
encontradas. Aparentemente
o
dom de curas esteve em atividade por um
período relativamente curto
do
início
da
Igreja.
Naqueles
dias,
Pedro
e Paulo cu-
ravam
e até
ressuscitavam mortos
(At
9.40). Seu poder era
tanto
que a sombra
de Pedro curava
(At
5-15,16)
e até
mes-
mo os
aventais
de
Paulo eram instrumen-
tos de cura e libertação (At 19-12). Po-
rém, anos mais tarde, parece
que
essa ope-
ração especial do Espírito havia cessado,
pois
Paulo não curou Timótep das enfer-
midades do estômago
(ITm 5.23);
e até
mesmo deixou um companheiro doente
em
Mileto (2Tm 4.20). Isso
sem falar que
o apóstolo Paulo ficou doente uma vez,
provavelmente com um problema nos
olhos (Gl 4.13-15),
e
Deus
se
recusou
a
conceder-lhe
um
milagre,
que bem
pos-
sivelmente
fosse
uma cura (2Co 12.7-10).
Isso
nos
leva
a
pensar
que o dom de
curas
esteve em atividade durante algum tem-
po, mas que depois cessou. O carisma tem
sempre um fim social: a Igreja; a comu-
nhão
dos
santos.
E
também, como ele-
mento
de
ajuda
na
proclamação
do
Evan-
gelho (Hb 2.3,4).
E
Línguas
e
interpretaçã o lCo
12.28)
O livro de Atos estabelece que o
dom de línguas consistia
ern falar idio-
mas
de
outros povos
(At
2.6,8,11).
Quan-
do
judeus estrangeiros estavam
em
Jeru-
salém, no Pentecostes, eles ouviram os dis-
cípulos proclamando as maravilhas de
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Os
dons
do
spírito Santo
43
Deus em suas línguas nativas (Cf. Ac 2.8-
11). As línguas de Aros e de l Coríntios
são necessariamente as mesmas. Um
exa-
m e
cuidadoso most ra
que a
B íbl ia
não dá
qualquer evidência de que o dom tenha
mudado
de
Atos
2
para
l
Coríntios 12—
14. O dom de l ínguas é uni dom de
falar
idiomas das nações.
O dom de línguas é um dom menor
(lCo 12.28). Além disso, nem todos os
crentes
possuíam esse do m (iCo
12.29,30).
Logo, a exigência para que se fale em
lín-
guas
a
f im
de
comprovar
o
batismo
com o
Espírito Santo é completamente sem base
bíblica. Nem
todos
os
b atizados
com o Es-
pírito
no livro de Atos falaram em línguas
(Cf. At
4.31; 8.17; 9.17-19).
Como
os
dons
de milagres, o dom
de línguas foi usado para
autenticar
a
mensagem apostólica,
e
também para
fa-
cil i tar
o entendimento dos estrangeiros.
No dia do Pentecos tes os es t rangei ros
ouvi ram os após to los f a l ando sobre as
grandezas de Deus e pud eram entender
em sua pr óp ria l íngua nat iva. Línguas
foram usadas como
um
sinal para
os ju-
deus incrédulos e, nesse sentido, foram
usadas na
evangelização
(iCo
14.21,22).
Argumenta-se que hoje exista um
dom de l ínguas extá t icas baseado em
l Coríntios
14.2.
Po rém , esse texto diz
apenas
que a pessoa que
está
falando
em
línguas está dizendo algo misterioso para
aquele que está ouvindo porque não en-
tende a
língua,
uma vez que, dentro da
Igreja,
supõe-se
que as
pessoas falem
a
mesma língua.
O
fato
de l
Coríntios 14.4
dizer que quem íàla em línguas edifica-
se a si mesmo levou m uitos a pensarem
que
esse
dom foi dado
para ben efício pró-
prio,
entre tanto,
claramente
a
Bíbl ia
não
apoia esse
tipo de
edi f icação, po is
a
edificação da Igreja deve ser preferida, e
não a pessoal (14.12; Ef 4.11,12),
Paulo diz expressamente que falar
em
l ínguas na Igreja não traz qualquer
proveito (lCo
14.6); é como se alguém
tocasse ins t rumentos sem saber música
(iCo 14.7-9). Ele diz ainda que quando
alguém orava
em
outra
língua, apenas seu
espírito estava pa rticip an do , e
isso
não era
certo, pois a mente também precisava ser
edificada
(iCo 14.14-17).
Por f im, Paulo díz que falava em
muitos
idiomas, porém, preferia
falar na
Igreja
em
l íng ua compreensível cinco
pa-
lavras
do que dez mil em l íngua incom-
preensível (lCo 14.18,19). A compara-
ção
é
b astante sugestiva.
Mas
talvez
o
ata-
que mais frontal ao uso de l ínguas sem
interpretação na
Igreja seja
sua
afirmação
de que
falar
em línguas denigre o Evan-
gelho causando escândalo entre
os
incré-
dulos (lCo 14.23). Porém, como o dom
ainda estava em operação naqueles dias,
Paulo o regulamenta estabelecendo que
não mais do que três pessoas falassem em
línguas
no
culto. Além disso deveriam
falar um a
após
a outra ,
nunca s imul tane-
amente.
E
ainda
um
terceiro requisito
era
necessário: a necessidade de tradução. Sem
t radução, línguas estrangeiras não pode-
riam ser faladas na igreja (iCo 14.27,28).
G.
Administração Rm 12.8;
Co 12.28)
Em
Romanos Paulo
fala
de
presi-
dir e em l Coríntios de governar .
Cer-
tamente isso se refere à capacidade que
D e u s
dá a algumas pessoas de conduzi-
rem os
trabalhos
com
ordem, disciplina
e
objetivo
sob
a. direção
de
Deus. Este
dom
está relacionado aos
presbíteros,
docentes
ou regentes. Os presb íteros que presidem
bem a Igreja, devem ser honrados
pro-
porcionalmente (iTm 5-17). O governar
bem está
associado
ao que Paulo escreveu
ao s
Rom anos:
o que
preside,
co m
diligên-
cia
(R m
12.8).
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Essência da Fé Parte 5 0que a
Bíblia
ensina sobre o Esp írito
Santo
III O PROPÓSITO OS DONS
A. Benefício do outro
Algo
que
parece
óbvio , mas que nem
sempre é devidamente en tend ido , é que
os dons
são
dados para
benefícios
dos
ou-
tros. Eles servem para 'a edificação da Igre-
ja
(iCo
14.12). Se o
E spíri to concede
um
dom a alguém, não é por
causa daquela
pessoa em
si,
e nem para
benefício
pessoal
dela,
mas,
por causa da Igreja. Todo tipo
de orgulho ou exaltação são coisas
Incon-
cebíveis dentro do uso dos dons. Por
essa
razão,
quando Paulo explica aos Romanos
como devem usar seus dons,
faz
questão
de
dizer: ... pela graça
que me foi
dada,
digo
a
cada
um
dentre
vós que não pense
de si
mesmo além
do que
convém (Rm
12.3).
O dom nunca deveria servir para
que
alguém
se
ostentasse perante
a
con-
gregação. O dom fo i dado por causa dá
congregação
e
para
benefício
dela.
B.
Nossa
responsabilidade
O Senhor concedeu os dons com
vistas ao aperfe içoamento dos santos para
o
d e s e m p e n h o
do seu se rv iço ,
pa ra
a
edificação do
corpo
de
Cristo
(E f 4.12).
Três coisas
são
ditas nesse versículo: aper-
feiçoam ento, serviço
e
edificação
dos
cren-
tes.
O u
seja, Deus concedeu
os
dons para
elim inar as imp erfeições , para realizar
as
tarefas
da
Igreja
e
para
fazer
a
Igreja
crescer (ser edif icad a).
O
limite
dos be-
nefícios
que os dons trazem é
levar
todos
os
crentes
a
serem iguais
a
Jesus
(E f 4.13).
Eles igualmente ajudam
os
crentes
a se-
re m f i rmes e não se desviarem (E f 4.14).
Significativa
é a
declaração
dos
versos
15
e 16. Novamente é evocada a imagem de
um
corpo. Esse corpo
tem uma
cabeça
que o
governa,
e
todos
os
membros reali-
zam a sua parte,
fazendo
com que o
cor-
po aumente a si mesmo.
Essa
é uma ideia
espetacular. Para o bom andamento da
Igreja,
cada crente deve
fazer uso de seu
dom.
No
corpo,
se
algum órgão deixa
de
fazer
a sua
parte, haverá
com plicações
para
os demais membros .
Quando
vemos
ir-
mãos nossos errarem
e
caírem
em
peca-
do, às vezes f icamos irr i tados com eles.
Será
que nós
mesmos
não
temos alguma
parcela
de
culpa? Anomal ias
no
c o r p o
surgem
quando a lgum órgão
não
realiza
a função que lhe é
devida.
CONCLUSÃO
Todos
os
dons
do
Espír i to foram
conce-
didos
aos
homens para benef íc io
da
obra
de Deus.
Os dons são
variados
e não exis-
tem
todos
ao
mesmo tempo. Deus
usa os
dons
mais
necessários conforme
as
épo-
ca s exigem, mas acima de tudo, confor-
me sua soberania de termina .
APLICAÇÃO
Cada
crente
tem um
dom.
Temos,
por-
tanto, a responsabilidade de saber qual é,
e usar o nosso dom para benef íc io dos
outros. Comece hoje mesmo usando seu
dom
para a judar
os
ou t ros i rmãos .
A
Escritura, para
nos
persuadir
a
respeito,
lembra-nos de que tudo o que recebemos
da
graça
do
Senhor
nos foi
entregue
sob
esta condição: que o tornemos par te do
bem comum
da
igreja.
E ,
por tanto ,
que
o uso
legít imo
dos
bens recebidos consis-
te em comparti lhá-los
fraternal
e l iberal-
mente, visando
ao bem do
nosso próxi-
mo. Para levar a
efeito
esse comparti lhar,
não
se
pode achar melhor regra
nem
mais
certa do que quando se diz: Tudo o que
temos de bom nos foi conf iado em depó-
sito
por
Deus, e, nessas
condições,
deve
se r
d is t r ibu ído para
o bem dos demais .3
3 João Calyino,
A s Institutos
(1541), IV.
17 .
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição 10
Texto básico:
Coríntios
12.28 13.13
A M O R
- o
D O M S U P R M O
INTRODUÇÃO
Qual
será
a
manifestação
espiri tual
mais
impor tante numa
igreja?
A g o r a qu e você
já
leu o título da lição certamente dirá: o
amor. Mas, será que você pensava nisso
antes? Será que os crentes d as
igrejas
con-
sideram o amor a mais imp ortante mani-
festação espiritual? E m muitas congrega-
ções existe uma verdadeira guerra entre
os crentes para um ser mais espiritual
do que o outro. Todos querem demons-
t rar sua espir i tua l idade, contan do expe-
riências
pessoais
e
buscando semp re algo
novo para relatar. Quando o apóstolo Pau -
lo listou os dons
maís
c o m u n s na igreja
de Co rinto, e le dem onstrou que nem to-
dos t i n h a m o m e s m o dom (iCo
12.29,30). N o
entanto,
ele enfatizou qu e
nós temos a respo nsabi l idade de buscar
os melhores dons, sendo
que,
em seu en-
tendim ento, o dom de líng uas certamente
não era o
melhor. Porém, antes
de
falar
das líng u as e do seu dom preferido, a pro-
fecia, Paulo quis falar de algo que consi-
derava sup erio r a todos os
dons.
E le diz:
.. eu passo a mostrar-vos ainda um ca-
minho
s o b r e m o d o e x c e l e n t e (iCo
12.31). Essas palavras significam:
...
eu
vou mostrar a vocês o caminho que é o
m e l h o r
de todos
(BLH),
ou seja, algo
que era superior a qualquer coisa espiri-
tual que os coríntios já tivessem experi-
mentado. E le passaria a fa lar sobre o
amor. Se devemos buscar os melhores
dons,
há um que
s o b r e p u j a
a
todos:
o
arnor
—
o dom
supremo.
I SEM ELE NADA TEM VALOR
O
pr imei ro arg u mento
de
Paulo para
de-
m onst ra r
que o
a m o r
é o dom
s u p r e m o
é
qu e sem
ele,
os
demais dons
são
total-
mente sem valor. Paulo
diz:
Ainda que
eu
fale
as l íng uas dos homens e dos an-
jos, se não tiver amor, serei como o bron-
ze
que soa ou
como
o
cfmbalo
qu e
retine.
A i n d a que eu tenha o dom de profetizar
e conheça todos
os
m istérios
e
toda
a ci-
ência;
ainda
que eu
tenha tamanha
fé, a
ponto
de
transportar montes,
se não ti-
ver
amor, nada serei. E ainda que eu
dis-
t r i bua todos os meus bens entre os po-
bres
e ainda qu e entreg ue o meu p róp rio
c o r p o
para ser queimado, se não t iver
amor, nada disso me aproveitará (iCo
13.1-3). Ele díz,
sem o
amor, posso falar
todas as líng uas existentes, mas será tu do
inút i l ; posso
ter
todo
o
conhecimento ,
mas em nada me aproveitará; posso ter
uma fé inigu alável, mas ela não servirá pa ra
nada; posso ser o mais abnegado dos ho-
mens, mas será tudo em vão. Percebemos
que ele usa intencionalmente o exagero a
f im de
d e m o n s t r a r
que o
a m o r
é
mais
importante
até do que um dom
elevando
à categoria máxima. A o todo ele lista
cin-
co
dons: l ínguas,
profecia,
conhecimen-
to, fé e serviço.
Mas,
ele exag era esses don s
ao
máximo. Por
isso
el e compara: l ínguas
Para ler e
meditar
durante a semana
D - l João 4.8 -
Ele
nos amou
p r imeiro;
S — R o m a no s 5.8 — A maior pro va de amor ;
T — R o m a no s 13.8 - A única dívida p e r m i t id a ; Q — G ai a t as 5.22 - Fruto do Esp írito;
Q - Filipenses l .6-11
—
O amor deve au m enta r ; S - Colossenses 3.12-17
—
O v í n c u l o da perfei-
ção;
S-2Timóteo
1.6,7 — O
a m o r
é dom do Espírito
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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46 A E ssência, da Fé—Parte 5— O queta Bíblía ensina, sobre o Espírito
Santo
dos homens: Línguas do s anjos', p ro fec i a /
conhecimento:
todos os mistérios e toda ci-
ência;
fé : transportar
montes;
serviço: dis
tribuir todos os
bens
e
m orrer peio próximo.
As
expressões
em itálico representam o
exagero que
Paulo
faz
de
cada dom.
Ele
quer dizer que
ainda
que o exercício de
um dom normal fosse exagerado, nada
valeria
sem o amor.
O entendimento erróneo desse tex-
to tem
levado muitos
a
dizer
que as lín-
guas que são faladas hoje nas igrejas são
línguas do anjos . Como vimos, Paulo
usou a expressão língua dos anjos como
um
exagero
do dom de
línguas normal
que é dos
homens .
Da mesma forma
exagerou
o dom de
profecia
e de conheci-
mento falando em conhecer todos os mis-
térios
e
toda
a
ciência. Quem poderia
di-
zer
que tem
esse tipo conhecimento?
So-
mente Deus. Ainda deve ser observado
qu e as línguas descritas em Atos 2.5-11
são de povos ou nações desse mundo. Se
fosse nos nossos dias seria alemão, italia-
no, inglês, russo, j a po n ê s , etc. A Bíblia
não diz que
alguém
falou
língua
de an-
jo s no dia de Pentecostes. Igualmente a
Bíb l i a
não d íz que o dom de línguas do
Pentecostes (nações) mudou para um
dom angelical.
Voltando ao aspecto do amor, isso
basta
para
nos
demonstrar
o
quanto
o
amor é fundamental nessa questão dos
dons. E muito f á c i l
alguém
se
ensoberbecer quando tem algum dom, e
usá-lo para benefício
p r ó p r i o ,
e por essa
razão, ainda que tivesse superdons , eles
seriam
totalmente
inúteis,
p o i s
estariam
sendo usados sem amor. Mas o que é o
a r n o r
afinal de contas? A expressão que
Paulo usa aqui é ágape. Isso representa um
amor altruísta e totalmente desinteressa-
do consigo mesmo em termos de retor-
nos ou vantagens pessoais. Porém, algo
que geralmente as pessoas não sabem é
que esse amor não diz respeito apenas a
um tipo
de
sentimento abstrato. Como
diz o Dr. A. N. Lopes, o apóstolo não
está falando aqui de emoções, embora
elas, sem dúvida, possam estar presentes
quando esse amor entra
em
ação;
ele não
está falando aqui de sentimentos, mas de
um estilo de vida, de uma atitude que as
pessoas decidem tomar para com a vida e
pa r a
com as
outras pessoas
e
para
com
Deus .1 Ninguém ama .abstratamente.
Am o r i - é uma atitude que se demonstra
em algo que acontece realmente, tangí-
vel. O amor não é, primariamente, um
s e n t i m e n t o , mas, sim,
uma
entrega
de
alguém a outra pessoa.
2
SOMENTE ELE FAZ O
DEVE
SER
FEITO 1Co 13.4-7)
Em
seguida Paulo
fala das
características
desse amor enquanto atitude, como se
fosse urna pessoa. É uma espécie de per-
sonif icação do amor. Encontramos uma
lista de o amor
é ,
o amor não e o amor
tudo . Ele diz o que o amor é, o que não
faz,
e o que ele faz.
A. O
amor
é,,.
O amor é paciente , é benigno .
Caivino dizque. o objetivo primordial (d e
Paulo) é mos t ra r quão necessário ele (o
a m o r ) é na
preservação
da
unidade
da
Igreja .
3 E de fato, nenhuma qualidade é
mais necessária na
Igreja
a fim de manter
a unidade do que paciência e benignida-
de.
Segundo Paulo,
o
amor
é
composto
' A uguscus N . Lopes. O
Culto
E spiritual, São Paulo: Edi tora
Cultura
Cristã, 1999, p. 139
*Jay
A.
Adams, A
Vida
Cristã n o Lar.
4
a ed.,
S ão
Paulo: Fiel, 1986,
p. 104 e
105-
3
João Caivino.
Exposição
de l Corintios.S^o Paulo:
Edições Paracletos, 1996
(l Co 13.4), p. 396.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Amor—
o dom supremo
dessas duas coisas.
Quando
existe amor,
as
pessoas
são
pacientes
em
relação
as
outras, isso significa
que não
irão retru-
car ou
retribuir
na
mesma m oeda. Tam-
bém não esperarão que os outros sejam
sem
defeitos,
mas
pacientemente
espera-
rão que Deus os transforme. No uso dos
don s esp iritua is essa característica é ne-
cessária
porque dessa forma n ing uém co-
locará o carro na frente dos bois.
Quem
trabalha esperará
que o
resultado venha
no tempo
certo.
Da
mesma
forma a be-
nignidade levará a pessoa a usar seu dom
para beneficio dos outros, desejando ca-
rinhosamente ajudar os que
precisam.
B O amor não.. .
Em
seguida
Paulo dá uma longa lista
sobre
coisas
que o
amor
não
faz.
Ele
diz:
amor
não
arde
em
ciúmes,
não se
ufana,
não se
ensoberbece,
não se
conduz incon-
venientemente, não procura os seus inte-
resses,
não se
exaspera,
não se
ressente
do
mal; não se alegra com a injustiça, mas
regozija-se
com a
verdade .
A
solução
para todos os problemas que existiam na
igreja dos
coríntios estava aqui. Ciúmes
(iCo 1.12; 3.3), ufanismo
(iCo 3.18),
sobe rba (iCo 3.21;
4.6-8),
compor ta -
mento inconveniente
(iCo
5.1-13), ego-
ísmo
(iCo
11.17-22), exaltação
(iCo
6.7),
ressentimento
(lCo
3.3)
e
alegria
diante da injustiça (iCo 5.1-3) eram coi-
sas
extremam ente comu ns naquela com u-
nidade.
O
amor
era o
remédio para
a si-
tuação trágica em que eles se encontra-
vam, devido
ao uso
indevido
dos
dons
espirituais. Eles m ante rão seus dons sob
controle, enquanto o amor gozar de
urn
lugar
de
proeminência
em seu
relaciona-
mento
recíproco. 4
C
O amor tudo
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo
suporta .
Aq ui certamente
está o aspecto mais altruísta do amor. Ele
está disposto a sofrer tudo , aguentar as
ofensas
e os
ataques.
Ele está
disposto
a
crer em tudo , referindo-se provave lmen-
te ao ato de
acreditar
nas
pessoas, naqui-
lo
que
elas
dizem,
em
suas promessas
de
mudança
ou de
inocência.
Ele
espera
tudo ,
ou
seja, con fia
no
próximo, espe-
ra
dele
o
melhor .
5 E por fim,
tudo
su-
porta ,
no
sentido
de que
aguenta todas
as
cargas, e enfrenta todas as dificulda-
des. O resumo disso é que o amor sem-
pre está disposto a
sofrer
primeiro do que
fazer
os
outros sofrerem.
Por
isso
ele é a
grande característ ica
do
p róp r io Deus
(IJo
4.8). Pois para salvar os homens ,
Deus
p r e f e r i u e l e p r ó p r i o s o f r e r ,
encarnando-se
e
sendo sacr i f icado
na
maior prova de amor que esse mundo já
viu
(Rm
5.8).
I I I SOMENTE ELE PERMANECE
Paulo
ainda
te m
algo
a
dizer
a fim de de-
mons t rar que o
amor
é o
caminho
so-
bremodo excelente .
Seu
argumento
é que
o amor jamais desaparecerá. Ele diz: O
am or jamais acaba; mas, havendo profe -
cias, desap arecerão ; havendo línguas, ces-
sarão; havendo ciência, passará
(l
Co
13.8).
Os dons
espirituais,
por mais im -
portantes que sejam, são temporários, ou
seja,
eles cumprem
a uma
função deter-
minada
por
Deus. Quando essa função
estiver
cumprida, os dons desaparecerão.
Mas
isso
não
acontecerá
com o amor.
Mesmo depois d consumação de todas
as
coisas e do estabelecimento pleno do
Reino de Deus, o amor continuará exis-
João Calvino,
Exposição
de l Coríntios São Paulo: Paracletos, 1996 (l Co
14.1),
p. 408.
5 Charles Hodge.
Comentário
de I
C oríntios . E d i nbu r g o i The Ba nne r o fTr uc hT r us t ,
1969 (l
Co
13-7),
p.
250.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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A
Essência
da
Fé—Parte
5— O que a Bíblia ensina sobre o Espírito
Santo
tíndo e sendo o grande elo enrre Deus e
os
homens,
os
homens
e
Deus,
e os ho-
mens enrre si. Paulo cita rrês dons nesse
contexto.
EJe
fala
do dom de
l í nguas
g l o s s a f , do dom de profecia (propheteiai),
e do dom de conhecimenro
(gnosis).
Es-
ses
rrês
dons,
como rodos
os demais, se-
gundo Paulo, um dia deixariam de exis-
tir, mas o
amor jamais
deixará de exisrir,
por
isso,
o
amor
é
mais ímporranre
do
que rodos eles.
Há um deralhe que geralmente
pas-
sa
d e s p e r c e b i d o nesse texto,
mas que
merece consideração
da
nossa parre.
É a
maneira como
os
rrês dons listados che-
garão
ao fim. Paulo díz que rodos os dons
som enre irão durar are a vinda do que é
perfei to
(13.10). A interpretação
mais
plausível dessa expressão deve ser como
se referindo à consumação dos planos de
Deus
para o m u n d o na segunda vinda de
Jesus. Deve se referir à perfeição da era
vindoura
onde
os
dons
espirituais
não
serão mais necessários, porém, o amor
cont inuará sendo.
O que
chama
a
aten-
ção é o tratamento
diferenciado
que
Pau-
lo
concede
aos
três dons listados acima.
Ele diz:
profecias,
desap arecerão (gre-
go: kâtargetesont&t); línguas, cessarão
(grego:
pausontai);
ciência,
passará
(gre-
go:
katergetesetctí} (lCo 13.8). Percebe-se
que a palavra para o modo como as lín-
guas
acabariam
é diferente da palavra
como profecia
e
conhecimento desapare-
ceriam.
Na
verdade,
a
expressão gramati-
cal
é um
verbo
na voz
média,
que com
objetos
implica
numa
ação reflexiva, cuja
trad uçã o ma is precisa po der ia ser: cessa-
rã o por si mesmas .6 E quando no verso
seguinte
ele diz ... em parte, conhece-
mos e, em
parte,
proferizamos
(13.9),
ele
não
incluí
o dom de línguas. No ver-
so
10, ele diz que Quando,
porém, vier
o que é perfeíro,
então,
o que é em
parte
(profecia
e
conhecimento) será aniquila-
do
(grego:
kãtergetesetai\
mesmo ver-
bo usado
para
profecia
e
conhecimenro
em 13.8,
mas não
para línguas).
O que
isso sugere? Que o dom de línguas não
precisaria
permanecer
até a
segunda vin-
da de
Jesus.
Portanto,
Paulo está
dizendo
que
os
dons
são
menos importantes
do
que o amor porqu e chegará um dia quan-
do
todos
acabarão, e que o dom de
lín-
guas poderia ser o primeiro a cessar.
Na verdade, diante das evidências
bíblicas
e
históricas (ver
lição
anterior),
podemos
afirmar
que o dom de línguas
teve um propósito na história da Igreja e
Deus
o fez
desaparecer quando esse pro-
pósito se
cum pr iu .
Ele foi usado na im-
plantação
da Igreja e cessou corn a era
apostólica. A p rim eira carta aos Co rínrios
é uma das
primeiras carras
do Novo
Tes-
tamento,
e é a única que
traz
referência
ao dom de
línguas. Nenhuma ourra car-
ta
fala
qualquer coisa dele. Isso
nos
leva
a
pensar que, quando foram escritas, pro-
vavelmente
o dom já
tivesse cessado.
M uitos escritos pós-apostólicos dizem que
fi
O Dr.
Nicodemos acha
que
Pau lo está fazendo apenas
um
jogo
de
palavras nesse texto
e que a voz
med ia
não significa reflexivo nesse caso, e que se Paulo quisesse diz er que o dom de língu as cessaria antes, po der ia
te r argu m entad o mais . Porém, parece muito mais
do que um
jogo
de
palavras,
uma vez que ele
insiste
até
o
verso
10 na distinção
entre l ínguas
e
profecia/conhecimento. Quando
à voz
média, outros autores
pensam diferente. Ainda quanto à questão do argumento de Paulo, os corínt ios que liam em grego
certamente
o
entender iam,
o u
seja,
ele
estava
argumentando exatamente aquilo. Mais argumentos
não
poderia
acrescentar, afinal,
o dom de
línguas ainda existia naquela ocasião,
e
Paulo
não
tinha como saber
qua ndo exatamente ele cessaria (Cf. A ug ustu s N. Lopes. O
Culto
Espiritual. São Paulo: Editora Cultura
Cristã,
1999, p. 166 167. Cf.
também:
John
M acAr thur
J r.
First
Carinthians.
Chicago: Moo dy
Press,
1983
[in
/oco]; e
Os Carismáticos.
3
a Edição.
São
Paulo:
Fiel,
1995-
p p. 157-160).
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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mor— o dom supremo
49
o dom havia cessado na era apostólica. Isso
acrescentado ao fato de que em lugar al-
gum
hoje vemos pessoas falando línguas
de outros povos (sem havê-las aprendi-
do) conduz-nos à conclusão de que ele
realmente
cessou.
Por fim, em defesa da superiorida-
de do
amor, Paulo faz
uma
comparação
entre a fé, a esperança e o amor. Ele diz:
Agora,
pois , permanecem
a fé, a
espe-
rança e o amor, estes três; porém o maior
destes é o amor (lCo 13.13). Com toda
certeza, fé, esperança e amor são as três
maiores v i r tudes que um crente pode
possuir. Basta ver quantas vezes a Bíblia
fala dessas três virtudes juntas
(R m
5.1-
5; Gl
5.5,6;
Ef
1.15-18;
Cl
1.4,5; ITs
1.13; 5.8;
IPe 1.21,22).
Fé é o
instru-
mento pelo qual somos salvos (Ef 2.8)
e,
sem
ela,
Deus não pode se r agradado (H b
11.6).
A esperança fala da vida de expec-
tativa
que o
crente deve
ter em
relação
à
segunda vinda de
Jesus,
estando sempre
preparado para ela. Essas duas coisas cer-
tamente são grandiosas , porém, Paulo
entende que o amor é ainda ma ior do q ue
elas.
Então, podemos ter uma noção da
importância dele. Se ele é mais impor-
tante até do que o
instrumento pelo qual
somos
salvos, e do instrumento que nos
mantém preparados para
a
vinda
de Je-
sus,
certamente sua importância
excede
o p rópr io
entendimento.
ON USÃO
Ser espi r i tua l , portanto,
é
viver
e de-
monst ra r
o amor de Deus para com os
outros pelo uso dos nossos dons. De
nada adianta sermos agrac iados
com
dons, se o amor não os temperar. Ao fi-
nal eles serão coisas bas tante indigestas.
A mor é o tempero da vida, é o dom su-
premo,
é
aquilo
que
mais devemos dese-
jar
e
buscar. Onde
o
a m o r
não
reina,
tamb ém n ão existe edificação para a Igre-
ja ,
senão mera
dispersão.
7
PLI ÇÃO
Que
evidências
há em sua
vida
de que
você esteja impregnado pelo
amor e
seja
dirigido por ele no
exercício
dos
seus dons?
O que
mudar ia
em
seus pensamentos,
pa-
lavras e açÕes, por força do
amor?
7 João Calvino, E f é s i o s São Paulo: Paraclecos,
1998 ,
(Ef
4.16),
p.
132.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição
11
Texto básico Mateus
1 2 .31 32
O PEC DO CONTR O
ESPÍRITO
S NTO
I N T R O D U Ç Ã O
Todos os
pecados
são
desagradáveis
a
Deus,
mas há um pio r do que codos. Deus
perdoa todos
os
pecados,
m as há um que
ele declara
não
perdoar:
O
pecado con-
tra o
E sp írito Santo . Jesus disse: todo
pecado e blasfémia serão perdoados aos
homens;
mas a
b lasfémia contra
o
Espíri-
to não
será perdoada.
Se
alguém proferir
alguma palavra contra o Filho do Homem,
ser-lhe-á
isso perdoado; mas, se alguém
falar
contra o Espírito
Santo,
não lhe será
isso perdoado, nem
neste mundo
nem no
porvi r
(M t
12.31,32). Marcos
diz que
o
Senhor chamou esse pecado
de
pecado
eterno (M c 3.29).
João lembra dele
ao
dizer:
Se alguém vir a seu irmão come-
te r
pecado
não
para morte, pedirá,
e
Deus
lhe dará vida, aos que não pecam para
morte. Há pecado para
morte,
e por esse
não digo que rogue (IJo 5.16). João não
diz
qu e
não se deve
orar
por
esses casos,
mas se
recusa
a
recomendar
que se ore
por
eles. Deus estabeleceu
uma lei
para
esse pecado.
Quem
cometê-lo jamais
po-
derá se r salvo. Poderá ler a Bíblia, ouvir o
evangelho. Mas nunca poderá ser salvo.
As
portas
do céu
estarão definitivamente
fechadas
para ele.
I.
O QUE
E SSE PE CADO
NÃO É
Antes
de
analisarmos
o
ensino bíblico
sobre o que caracteriza esse pecado, será
interessante fazermos algumas observa-
ções sobre
o que
esse pecado
não é.
A Negar Cristo
Por
mais estranho que possa pare-
cer,
o fato de
alguém
em
algum determi-
nado momento negar
a
Cristo,
não ca-
racteriza o
pecado imperdoável.
Se
assim
fosse, pessoas que negaram a
Cristo
no
passado não
poderiam
se
converter.
E te-
mos o caso do próprio Pedro, que já era
convertido e negou a Jesus, porém, o Se-
nhor
o
restaurou.
Se
negar
o
Sen hor fosse
o
pecado imperdoável, Pedro estaria per-
dido
para
sempre. E o
próprio Jesus eli-
mina essa possibilidade
(M t
12.31,32).
B
Ofender
o
Espírito Santo
Apesar de Jesus dizer que o pecado
consiste
em blasfemar contra o Espíri-
to ,
não
devemos, contudo, pensar
que
isso
significa dizer algum nome
feio
ao
Espírito. As vezes, os adoradores de Sata-
nás são ensinados a falarem palavras de
baixo
nível
contra o Espírito Santo, como
se assim estivessem cometendo o pecado
imperdoável. Apesar de que alguém que
faz
isso pode estar no caminho certo para
cometer esse pecado, evidentemente
o ato
em si de
ofender
o
Espírito
não é o
peca-
do imperdoável.
C Entristecer o Espírito Santo
Som os advertidos na B íblia a não en-
tristecer o
Espírito
(E f 4.30). O
Espírito
Santo pode
ser
entristecido
a
par t i r
de
nossos
pecados. Porém, isso
não é
come-
ter o pecado imperd oável. Os pecados que
Para
ler e
meditar
durante
a
s e m a n a
D Marcos 3.20-30 — U m pecado eterno; S
— M a t eu s
13. l -23— Nasceu, mas não produziu ;
T
Hebreus 6.4-9 - Perdido para sempre; Q - Hebreus 10.26-29 - Ultrajar o sangue de Cristo;
Q 2
Timóteo 4.18 —
O Senho r guarda; S
João 6.37-44
Ele não perde os seus;
S
—
l
João 5.16-19 — O pecado para
a morte
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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O
pecado
contra o
Espírito Santo
51
comeremos podem ser perdoados, somen-
te a blasfém ia conrra o Espírito não pode.
Vemos na Bíblia o exemplo de homens
de
Deus como Abraão, Davi
e
Moisés
que
pecaram
e
certamente entr is teceram
o
Espírito, porém,
eles
não pecaram contra
o Espírito Santo.
D Suicídio
Por mais que seja um pecado sério
contra
Deus,
o suicídio não é o pecado
imperdoável. Isso quer dizer
que um
sui-
cida pode ser salvo? Se o único pecado
que não tem perdão não é o suicídio, en-
tão, m esmo o suicídio pode ser perdoado
por Deus. Uma pessoa
pode,
num mo-
mento extremo de desespero, atentar con-
tra a
próp ria vida,
o que
certamente
não
faria em outra situação. Temos um exem-
plo bíblico de um suicida que aparente-
mente
fo i
salvo. Trata-se
de
Sansão.
Seu
áltímo
ato
nesse mundo
foi
derrubar
uma
coluna
que
destruiu
os
inimigos
de Israel
(Jz
16.27-30). Mas, aquele foi um ato
suicida,
ele
mor reu j un to .
No
entanto,
Hebreus o coloca entre os heróis da fé
(Hb 11.32), O suicídio pode ser o últi-
mo ato de
alguém
que
realmente pecou
contra o Espírito
Santo,
como é o caso de
Judas (Mt
27.5).
Porém, nesse caso, o
pecado fo i cometido antes do suicídio.
Todos
esses pecados relatados
aci-
ma são graves. A questão é que podem se
perdoados. Apenas o pecado contra o Es-
pírito não pode.
II O QUE O PECADO É
Passemos
agora
a
considerar
o que
carac-
teriza
o
pecado contra
o
Espírito Santo.
No
contexto
em que Jesus declarou que a
blasfémia con tra o Espírito não tinha per-
dão,
algumas coisas bastante sugestivas
para nosso entendimento da matéria ocor-
reram. Jesus manifestou a
si
mesmo para
a
nação
da
Israel
por
meio
de
seus ensi-
nos (Mt
5-7)
e de
seus milagres
(M t
8—
10),
de modo que exibiu sinais claros de
que era o
Messias prometido. Apesar dis-
so
tudo,
os
líderes religiosos
da
nação
não
acreditavam nele,
e
foram
ínvestigá-lo.
Queriam apanhá-lo. Foi-lhe trazido um
h o m e m p o s s e s s o
e ele o
c u r o u
(Mt
12.22).
Em
resposta
a
isso,
a
multidão
se
perguntou: é este, po rven tura, o filho de
Davi?
(Mt
12.23).
A
estrutura gramati-
cal
da pergunta na língua em que foi for-
mulada antecipava um a resposta negati-
va.
Ou seja, a multidão, influenciada pe-
los líderes religiosos, du vidav a que ele fosse
o Messias. E eles ainda fizeram questão
de pôr
rnais
lenha na
fogueira,
conforme
M ateus relata: .. .
os
fariseus, ouv indo
isto, murmuravam: Este não
expele
de-
mónios senão pelo poder de Belzebu,
maioral dos demónios (Mt
12.24),
Je-
sus argumentou
co m
eles
que
expulsava
demónios pelo poder
do
Espírito Santo
(Mt
12.28),
mas os religiosos atribuíram
ao
díabo a
obra
que
Deus estava realizan-
do. Foi nesse contexto que Jesus declarou
que
a blasfémia contra o Espírito não se-
ria perdoada.
Os
fariseus tinham teste-
munhado, visto
e
experimentado
o
ensi-
no e os milagres de Jesus. Seria impossí-
vel que
aquilo
não
tivesse mexid o
com
eles,
O
Espírito lhes testemunhava
a
verdade,
mas eles resistiam ao Espírito (A t 7.51).
Poderiam ter sido perdoados se tivessem
crido, e tinham todas as razoes para crer,
porém, ainda assim
se
recusaram.
Precisamos ainda considerar o texto
de
H ebreu 6.4-6:
É
impossível, pois,
que aqueles que uma vez foram ilumina-
dos,
e
provaram
o dom
celestial,
e se
tor-
naram participantes do Espírito Santo, e
provaram a boa palavra de Deus e os po-
deres do mundo vindouro , e
caíram,
sim,
é impossível outr a vez renová-los para arre-
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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52
Á
ssência
da
Fé—Parte
5— que a
Bíblia
ensina sobre
o
spirito
Santo
p e n d i m e n t o , visto
que,
de novo, estão
crucificando para si mesmos o Filho de
Deus
e
expondo-o
à
ignomínia . Esse tex-
to diz que algumas pessoas que caem não
podem mais
ser
perdoadas. Apesar
de
muitos defenderem que esse é um caso
de perda da salvação , certamente não é.
Aq ui também está uma explicação sobre
o pecado contra o Espírito. Como sabe-
mos que
essas pessoas
não
eram converti-
das?
Primeiramente porque
não há
qual-
quer referência
à
conversão delas
na
pas-
sagem. Nada
fala
sobre regeneração
ou
novo nasc imento .
Em
se gu ndo
lugar ,
po rqu e na continuação o autor declara:
... a terra que absorve a chuva que fre-
quentemente cai sobre ela e pro du z erva
úti l para aqueles por qu e m é t ambém
cultivada recebe bênção da parte de D eus;
mas, se
produ z espinhos
e
abrolhos,
é re-
jeitada e perto está da maldição; e o seu
fim é ser queimada (Hb 6.7,8). Ele está
fazendo
um a
analogia entre
a
terra
que
recebe a chuva e as pessoas que recebem
as
influências do Espírito. Está dizendo
que existem pessoas que são
como
a
terra
que recebe muita chuva, absorve a água e
p rodu z bons f ru tos , enquanto que há
outras pessoas que são como a terra que
igualmente recebe a
chuva,
absorve a
água, mas produ z frutos inúteis. Essa terra
é amaldiçoada. Como o texto está falan-
do em frutos, convém lembrar que Jesus
disse que pelos frutos
poderíamos
conhe-
cer as pessoas. Ele disse que a árvore boa
produz fruto bom e a árvore má produz
fruto
mau (Mt
7.16-20).
A
árvore
m á é a
pessoa não-convertida. Assim, também ,
o autor aos Hebreus está falando de pes-
soas
não-converti
das,
pessoas que recebe-
ra m
muitas bênçãos
de
Deus,
mas não se
converteram. E a terceira razão para crer-
mos
nisso,
é porque o próprio autor con-
tinua
o
texto dizendo que,
em
relação
a os
seus leitores, cria que eles possuíam a sal-
vação (Cf. H b 6.9). Então, evidentemente
estava falando de não-salvos até aquele
mome nt o .
Voltemos agora a analisar os versos
4-6.
O
autor está falando
de
pessoas
que
experimentaram muito da graça d e Deus.
As expressões foram iluminadas , pro-
varam
o dom celestial , se tornaram par-
ticipantes
do
Es pírito Santo , provar am
a boa palavra de Deu s , e os poderes do
mundo vindouro ,
por
certo
se referem à
iniciação que
essas pessoas tiveram
na
gra-
ça
de
Deus.
Há
pessoas
que
frequentam
a
igreja por
muito tempo. Começam
a
des-
f ru t a r dos benefíc ios que Deus reparte
naquele lugar. .Sentem a i n f l u ênc i a do
E s p í r i t o
Santo.
Re ce be m até c u r a s
miraculosas. Sua vida inclusive começa a
mudar. Mas, de repente, largam tudo e
nunc a m ais voltam. Eram crentes? João
diz:
Saíram
de
nosso meio, entretanto
não eram dos nossos, porque se tivessem
sido dos nossos, t e r iam pe rma ne c i do
conosco
(IJo 2.19). São
como
a
semen-
te da parábola que
Jesus
contou. Ela foi
semeada, mas o diabo a rou bou do cora-
ção (Mt 13.19). Ou talvez, tenha ido ain-
da mais longe: fo i semeada, nasceu logo,
porém, não teve
raiz
e morreu em meio
as provações
(Mt
13.20,21).
Ou
talvez,
ainda mais longe: foi semeada, nasceu,
cresceu, parecia que ia vingar, mas os es-
pinhos da fascinação das riquezas e do
cuidado desse mundo
finalmente
a sufo-
caram (Mt 13.22). Nenhuma dessas se-
mentes viveu para produzir frutos. Não
houve conversão autêntica em ne nhu m
desses casos, apesar de ter havido alguns
sinais dela. Essas pessoas
de
Hebreus
6
experimentaram
as influências do Espíri-
to, mas não se
converteram
verdadeira-
mente, e ao renegarem a fé, pecaram con-
tr a
o
Espírito Santo.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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pecado contra
o
Espírito Santo
53
Há ainda
mais
um texto que podemos
visualizar
rapidamente. Hebreus 10.26-29
diz:
... se vivermos de l iberadamente em pecado,
depois de
termos
recebido o pleno conheci-
mento da
verdade,
já não
resta sacrifício pelos
pecados; pelo contrário, certa expectação hor-
rível
de
juízo
e
fogo vingador
prestes
a
consu-
mir os adversários. Sem misericórdia m orre pelo
depoimento
de duas ou três testemunhas quem
tiver rejeitado a lei de
Moisés.
De quanto mais
severo castigo julgais vós será cons iderad o dig-
no aquele que calcou aos pés o
FÍI
ho de Deus,
e
profanou
o sangue da aliança com o
qual
foi
santificado, e ul t ra jou o Espírito da graça? . É
a mesma rotina do texto anterior: conheceu a
verdade
- desprezou - jam ais será
salvo
—
pe-
cado
sem perdão.
Esse texto sugere que esse pecado é tão
grave porque recusa a of erta gratuita e amorosa
de
Deus
e a pisoteia ou seja, profan a, não só
fazendo
pouco caso,
como
insultando.
Portanto, o
pecado contra
o
Espíri-
to
Santo
é uma
rebeldia
que vai
contra
todos os
fatos,
uma indesculpável
indis-
posição
contra Deus, apesar
de
tudo
que
viu de Deus e ouviu dele . Como diz
Berkhof, o pecado ifiesmo consiste, não
em duvidar da verdade, nem numa sim-
ples
negação dela,
mas,
sim, numa con-
tradição dela
que vai
contra
a
convicção
da mente, a iluminação da consciência, e
até mesmo contra o veredicto do coração .'
Como
no
caso
dos fariseus, a
pessoa
tem
todos
os
m otivos para crer
em
Jesus,
mas
ainda assim se recusa. Ain da devemos con-
siderar, como
diz
Berkhof
que é imper-
doável, não porque a sua culpa transcen-
de os
mé ri tos
de
Cristo,
ou
porque
o pe-
cador esteja fora
do
alcance
do
poder
re -
novador
do Espírito Santo, mas sim, por-
que há ta mbém no m u n d o de pecado
certas leis
e
ordenanças estabelecidas
por
Deus
e por ele
mantidas.
E no
caso desse
pecado particular,
a lei é que ele
exclui
toda
a possibilidade de arrependimento,
cauteriza
a
consciência, endurece
o
peca-
dor e,
assim, torna
imperdoável o
peca-
do .2 Portanto, pecado
contra
o Espírito
Santo
é uma
rebeldia completa contra
Jesus que somente é possível depois de
conhecê-lo.
Calvino
resume este
pecado
com a palavra apostasia , um aba nd on o
consciente
e deliberado da fé cristã. Com o
ele
mesmo define: A pessoa
apóstata é
alguém
que renuncia a Palavra de Deus,
que
extingue
sua
luz,
que se
nega
a
pro-
var o dom celestial e que
desiste
de
parti-
cipar do Espírito. Ora, isso
significa
uma
total renúncia de Deus. 3 Em outro lu-
gar: O pecado
contra
o Espírito Santo
só é cometido quando os homens mor-
tais deflagram d elib erad am ent e gue rra
contra Deus,
de tal
sorte
que
extingue-se
a luz que o Espírito lhe
oferecera.
Essa é
um a espantosa perversidade e uma mons-
truosa temeridade. 4 No entanto, acres-
centa: Mas se alguém se ergueu nova-
mente de sua queda, podemos concluir
que,
por
mais
gravemente
tenha
ele pe-
cado,
o
m e s m o
não é
c u l p a d o
de
apostasia. 5 Por outro lado, Se foi devi-
do à ignorância que
Deus
perdoara a Paulo
suas
blasfémias,
os que
blasfemam cons-
ciente e deliberadamente não devem es-
perar
o
perdão.
6
Logo, aquele
que
since-
ramente se arrepende de seus pecados, por
mais graves
que sejam, não cometeu o
pecado descrito como imperdoável. Por-
tanto, os eleitos se acham fora do
perigo
1
Louis Berkhof.
Teologia Sistemática. 4a
Edição. Campinas:
Luz Para o
Caminho, 1 994.
p. 255
1
Louis Berkhof.
Teologia
Sistemática
4
a
Edição, Campinas:
Luz
Para
o Caminho,
1994.
p. 255
3 João C alvino, Exposiçã o
de Hebreus (H b
6.4),
p.
1 5 1 .
4 João Calvino,
Ás
P astorais
São
Paulo, Paracletos, l
998
(l
Tm
1.13),
p. 41.
João Calvino, Exposição de Hebreus
(H b
6.6),
p.
155-
6 João Calvino,
AsPastorais
(iTm 1.13), p. 41.
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Essência da Fé—Parte 5 — O que a Bíblia ensina sobre o Espírito Santo
da aposrasia final , porquanto o Pai que
lhes
deu Cristo, seu
Filho,
para que se-
jam por ele preservados, é maior do que
todos,
e Cristo promete
Q o
17.12] que
cuidará de todos
eles,
a fim de que ne-
nhum
deles venha
a
perecer.
7
Sejam quais
forem as
nuanças interpretativas, este
pe-
cado, segundo
nos
parece,
é
resultado
de
uma rejeição consciente, deliberada, ar-
rogante e despreocupada da obra do Es-
pírito em Cristo, atribuindo-a a Satanás
de
forma provocativa e,
por isso,
blasfema.
Este pecado é imperdoável porque quem
o comete não está disposto a arrepender-
se e,
portanto,
não
deseja
ser
salvo.
Rejei-
tar o
Espírito
de
Cristo significa
rejeitar
os
atos salvadores
da
Trindade:
do
Pai,
do Fi-
lho
e do
Espírito Santo.
O
Espírito proce-
de do Pai e do
Filho;
a sua
obra consiste
em dar testemunho do Pai e do Filho;
rejeitá-lo significa repudiar o seu
ofício.
SEGUR NÇ DO CRENTE
As
considerações acima
nos
levam
a
con-
cluir
que o crente verdadeiro nunca come-
terá o pecado contra o Espírito Santo. De
fato,
o crente desfruta da segurança da sal-
vação. Deus
o
levou
até
Jesus,
e
Jesus
não
deseja perdê-lo 0o 6.37-40,44). Ele é uma
ovelha
de Jesus a qual o
Senhor diz
que
ninguém pode arrebatar da sua mão
(Jo
10.27-29).
Deus
lhe
preparou
uma
salva-
ção com início, meio e fim
(R m
8.29,30).
Nada pode separá-lo do arnor de Deus
(Rm 8.31-39). O
Senhor
que
começou
boa
obra nele vai completá-la (Fp 1.6),
confirmá-lo e guardar do maligno (2Ts
3.3). O Senhor vai guardar o depósito do
crente até o último dia (2Tm 1.12). Vai
livrá-lo de toda obra maligna e o levará a
salvo para
o
reino celestial (2Tm
4.18).
Afinal,
ele é guardado pelo poder de Deus
(IPe
1.5). Essa
ultima
expressão
pode es-
tar ligada à ideia de ser guardado para não
pecar contra o Espírito Sanro.
Assim, aquele crente que teme co-
meter
esse pecado,
é o que
está mais segu-
ro
de que não o
cometerá.
Ele
precisa ape-
nas continuar vivendo sua vida em obedi-
ência a Palavra e na dependência de Deus.
Como diz Paimer, quando uma pessoa
recebe
a
Cristo
e
estuda
sua
Palavra, pode
te r a segurança de que é um filho de Deus,
salvo
por
Jesus
e que
nunca
se
perderá .8
O crente verdadeiro não comete o pecado
imperdoável
porque
é
guardado pelo
po-
der
de
Deus. Após descrever
em
tons vivos
o significado desse pecado, Bavinck acres-
centa: Mas nós não devemos nos esque-
ce r
do
conforto
que
está contido nesse
en-
sino, pois se esse pecado é o único pecado
imperdoável, até mesmo os maiores e os
mais severos podem
ser
perdoados. Eles
podem
ser perdoados não através de exer-
cícios
penitenciais humanos,
mas
pelas
ri-
quezas da Graça de Deus. 9
CONCLUSÃO
O pecado contra o Espírito Santo é uma
r ebe ld ia total que algumas pessoas de-
monstram depois
de
conhecer
a
verdade
e até experimentar muito do seu poder.
Essas pessoas
se
rebelam contra Deus
e
n u n c a
mais voltam
e nem
desejam voltar
para a comunhão com ele.
PLIC ÇÃO
Se
somos
crentes verdadeiros
não
precisa-
mos temer o pecado contra o Espírito San-
to porque somos guardados por Deus. Po-
rém, isso não deve nos levar ao desleixo es-
piritual
porque
é a
continuidade
e a
firme-
za
da fé que
evidenciarão
a
nossa salvação.
7 João Calvino, Exposição de
Hebreus
(H b 6.4), p. 153.
8
Edwin H .
Palmer.
El Esp ir i
u Santo
Edinburgo:The Banner ofTruth Trust, 1995. p. 14
9 Herman Bavinck,
Our
Reasonable Fahh Chaattanooga, AJVÍG : Publishers, 1995, p. 254.
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Lição 2
Texto
básico:
tos
2.42 47
E V I D Ê N C I S
D E U M
I G R E J
C H E I
D O E S P Í R I T O S N T O
INTRODUÇÃO
O Cristianismo
enfrenta
uma de suas pi-
ores crises, desde os dias de sua funda-
ção. Se por um lado ele nunca foi tão co-
nhecido, poderoso e numeroso, por ou-
tro lado, nunca esteve tão esfacelado e
tão
descaracterizado como é hoje. Nunca se
falou
tanto no Espírito Santo, nunca se
buscou
tanto o Espírito Santo. Mas, pa-
rece
também, que nunca fomos cão ca-
rentes
do Espírito Santo. Em meio aos
ataques e inovações de movimentos dis-
tantes da Bíblia, não se sabe mais qual é
o
rumo
a
seguir.
Diante das
milhares
de
novas igrejas
que surgem a todo momen-
to, como saber qual é a igreja
ideal?
Quem
está
certo
afinal
de contas?
Lucas nos mostra como viviam as
pessoas cheias
do
Espírito Santo.
E ao
olharmos para sua vida, atitudes e com-
portamento, somos ajudados a responder
a pergunta acima.
l
PERSEVERANÇA
NA
DOUTRINA
VERDADEIRA
Muitos têm apregoado que não há como
conciliar
doutrina
com
vida
no
Espírito.
Dizem que esse negócio de estudar es-
fria,
que a letra é
m orta, etc.
Mas o Espí-
rito
Santo inspirou
o
registro
da
Palavra
de
Deus,
a fim de que ela
fosse lâmpada
para nossos pés e luz para o caminho SI
119.105). Por ela temos acesso à vida de
Deus,
a vida de santidade. Para outro
gru-
po doutrina refere-se a usos e costumes
impostos sobre a comunidade como sen-
do marcas de espiritualidade. Doutrina é
usar
determinada roupa, abster-se de
cer-
tos al imentos e
obedecer
a
certos rituais.
Evidentemente, essa
não era a
doutrina
da
Igreja
primitiva,
cheia
do
Espírito
San-
to. Ainda há outro tipo, que pode ser ainda
mais perigoso. São aqueles famosos
pre-
gadores
que abrem a Bíblia, lêem o texto,
e logo a seguir passam a
falar
sobre uma
porção
de coisas que nada tem a ver com
o
texto lido. Aparentemente, estão
pre-
gando
a
Palavra
de Deus,
mas,
na
verda-
de,
estão pregando suas próprias experi-
ências
e ideias. Infelizmente, essas práti-
cas
são bastante comuns hoje, e todas elas
impedem que o crescimento dos crentes.
O
ensino
foi uma das
característi-
cas
marcantes
da
Igreja naqueles tempos
pr imit ivos .
Jesus havia ensinado muito
durante
seu
ministério terreno
(Mc
1.22). Posteriormente, ele ordenou que
os
apóstolos ensinassem os evangelizados,
dando-lhes
toda
autoridade para essa
missão (Mt
28.20).
No
versículo
que con-
tém
a ordem expressa para evangelização,
a palavra que mais se destaca é justamen-
te ensino .
Ele diz:
fazei discípulos ,
en-
sinando-os... .
Não poderia ser diferen-
Para ler e meditar durante a semana
D —
Mateus
28.18-20 —
Evangelizar e
ensinar;
S -Atos 4.32-37 — A comunhão do s convertidos;
T — l João
3 .1 6 -1 8 — A m o r não só de
palavras;
Q
— M a rc os
12 .28-30— Todo
coração, alma,
entendimento e força; Q — Atos
5 .1 2 -1 6 — A
multidão crescia e testemunhava;
S — A t os
9.31
— A igreja crescia em paz; S — A t os
19.18-20
— Testemunho e crescimento
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56
A Essência da
é~
Parte — O que a Bíblia ensina
sobre
o Espírito Santo
te ,
pois
o
evangelho
é
dout r ina
em sua
essência. Jam ais foi ensinado pelo Senh or
ou por seus discípulos que o crente pre-
cisa colocar de lado sua capacidade men-
tal para crer
no
Evangelho.
E
nada
po-
deria
ser tão
contrário
ao
ensino
de Je-
sus.
Há um
perfeito encaixe,
um
ensino
harmon ioso e sublim e que foi planejado
pelo própr io Deus,
e que
desenvolve-se
ao longo de todos os l ivros da Escritura
com uma perfeição maravi lhosa. A Bí-
blia, e em especial o
Novo
Testamento,
é
fruto
do ensin o de Jesus e p osterior-
mente
dos apóstolos.
Nesses ensinos os crentes cheios do
Esp írito Santo certam ente perseveravam.
As
histórias a respeito de Jesus, seus fei-
tos, seus milagres, seus ensinos, corriam
de boca em boca, de casa em casa. Falta
hoje muitas vezes
o
desejo
de ler a
Bíblia,
de estudá-la, de descobrir as maravilho-
sa s
verdades transformadoras
que ali es-
tão
relatadas
Mas não era
essa
a
situação
daquela Igreja cheía
do
Espírito Santo.
Os crentes ansiavam por ouvir a Palavra
de Deus. Se alguém se diz cristão, m as
não tem a menor vontade de aprender
sobre
Jesus
em sua
Palavra, deveria rever
a
autenticidade
de sua
conversão.
Os
novos convertidos
não
estavam
atrás
de uma
experiência mística
tão so-
me nte. Eles quer iam exercitar suas men -
tes, entender as maravi lhas que estavam
acontecendo em seus dias e que haviam
sido predi tas pelos profetas . Queriam
aprender
o que os apóstolos tinham para
ensinar. Com base no livro de Atos, po-
demos afirmar que o conteúdo principal
do en sino dos apó stolos era: Jesus Cristo,
sua pessoa e sua obra. Pelo que podemos
ver
no s sermões profer idos tan to po r
Pedro como
por
Paulo,
a
mensagem
de
que
Jesus Cristo
era o
cumprimento per-
feito
de
toda profecia,
e que por
meio
de
sua vida de o b e d i ê n c i a , sua
morte
sacrificial, sua ascensão e seu governo, a
salvação havia sido co nquis tada pa ra todo
o que
cresse.
Sem
dúvida
um a
grande
ênfase
deles
era a
pregação
da
cruz (l
Co
1.18; 2.1 .
A
simples
e
velha mensagem
da
cruz
que nos
fala
da
maldade
de
nos-
sos
pecados, de nossa indignidade diante
de
Deus, e também do amor inigualável
do Salvador que se deu a
si
mesmo, su -
portando o nosso castigo, redimindo-nos
por sua
graça,
eta o que
m ais ocupava suas
mentes.
Por
isso, podemos afirmar
que
essa
é uma das características marcantes,
uma das principais evidências de que uma
Igreja
está cheia do Espírito Santo. Pois a
Igreja primitiva perseverava em aprender
dout r ina , mas não qualquer doutrina, e
sim a doutrina verdadeira, a doutrina bí-
blica. Devemos
perseverar na
doutrina
dos
apóstolos, e ela está registrada na Bíblia.
II COMU NHÃO QUE VAI ALÉM DE
PALAVRAS
Eles perseveravam na comunhão, tanto no
partir
do pão, quanto na oração. Não há
a menor possibilidade de
termos
comu-
nhão uns com os outros se antes não ti-
vermos comunhão com Deus. Por meio
da
oração podemos entrar
num
relacio-
nam en to í n t im o e pessoal com nosso
Deus.
N ão
vejo como alguém pode
se
dizer cristão
se não tem a
menor vontade
de
orar. Oração não é um dever, é um
privilégio.
Deus quer que derramemos
nosso
coração diante dele,
com
reverên-
cia,
mas
também
com a
int imidade
que
o sangue de Jesus co mp rou pa ra nós.
Como consequência da intimidade
que aquela Igreja tinha com o Senhor
ressurrecto, havia comunhão
de uns com
os outros. Aqui, chegamos
a um
p o n t o
crítico
da
narrativa
de
Lucas. Estaria
ele
ensinando
que a
Igreja Cristã Primitiva
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Evidências de uma
igreja
cheia do Espirito anto
57
vivia um
t ipo
de
comunismo ?
A
alguns
q u i l ó m e t r o s a leste de J e r u s a l é m , em
Cunrã , havia um a comunidade dos cha-
mados
essênios,
que viviam um t ipo de
comun ismo pr im i t ivo . Mas , será que a
Igreja
Cris tã
seguiu
o
exemplo daquela
seita? Cer tamente
não.
Vender tudo
o que
possuía
e d is t r ibu i r a os
outros não era
um a
das
condições para
se
entrar
na Igreja
Cris-
ta. O texto não sugere isto. Está escrito
que eles partiam o pão de casa em casa,
logo,
cont inuava
a existir a
p rop r i edade
pr ivada . E m Atos 5, no relato s o b r e a
morte
de
Ananias
e
Safira,
Pedro
d iz a
eles:
conservando-o, porventura não seria
teu?
E v e n d i d o , não estaria em teu pode r ?
(v.4).
Ou
seja,
eles eram livres para doar
ou
não.
O
p róp r io
fato de
Lucas citar
o
caso de Barnabé, que t inha um campo e
o vendeu , v indo a depos i t a r o d inhe i ro
aos pés dos apóstolos (4.36,37), indica
que esse não era um acontecimento tão
corr iqueiro ass im pelo s imples des taque
que lhe foi dado. Qual a conclusão a que
devemos chegar a p a r t i r do texto? Q ue
Lucas está querendo
enfatizar a
generosi-
dade
dos
convertidos. Eles
não
deixavam
n i n g u é m passar necessidade, colocando
seus bens à disposição dos que precisas-
sem.
Portanto , a
venda
e a
par t i lha
foram
ocasionais, e em resposta a necessidades
específicas.
O amor que
eles
sentiam por
Deus e pelos irmãos não era só de
pala-
vras,
mas de
fato
e de
verdade (IJo
3.18).
Eles viviam plenamente o que João disse
em sua pr im eir a epístola: ... a qu ele que
possuir recursos deste mundo e vir a seu
i r mão
padecer necessidade e fechar-lhe o
seu coração, como pode permanecer
nele
o
a m o r
de
Deus?
(IJo
3.17 .
S o m e n t e
quando o amor de Deus penet ra profun-
damente em nossos corações, retirando a
erva
daninha do
egoísmo,
mos t rando-nos
que recebemos gratui tamente de Deus o
maio r t e s ou ro
que
existe,
é que
en ten -
deremos
que
nossos bens materiais nada
r ep r e s en t am.
E
verdade
que há
m u i t o s
aprove i t adores pe lo mundo, mas se não
f izermos um esforço para a judar aqueles
que
estão perto
de nós e que
conhece-
mos,
que
t ipo
de
Cris t ianismo es tamos
v ivendo? Quando na
p len i tude
do
Espí-
rito Santo,
uma
Igreja
está cheia do que
existe de mais precioso. Por isso, ela não
tem d i f icu ldade em se doar. M as
q u a n -
do não c aminha sob a direção do Espí r i -
to seus valores são
todos
materiais, e en-
tão ela não quer se
desfazer
deles. Cristi-
an ism o é essencialmen te dar. Igreja cheia
do Espí r i to Santo tem c omunhã o com
Deus e com os
i rmãos
de
forma prá t ica
e
com
a tos
específ icos que ev idenc iam
seu enchimento .
DOR ÇÃO CONTÍNU
E
SINCER
Lucas d iz: D ia r iamen te per severavam
u n â n i m e s n o t e m p l o , p a r t i a m p ã o d e
casa
em
casa,
e
tomavam
as
suas refei-
ções com alegria e
singeleza
de coração,
l ouvando a Deus. . . . N o texto q ue tra-
b a l h a m o s a n t e r i o r m e n t e s o b r e
c o m u -
nhão está escrito
que
eles perseveravam
no p a r t i r do pão. Isto também
p o d e
ser
t omado c omo pa r t e
da adoração .
Pois,
esse par t i r
de pão
refere-se provavelmente
à San t a Ce i a , que n a q u e l e
t e m p o
e ra
muito mais
um a refeição
púb l i c a
do que
passou
a ser
depois . Porém,
o que
prec i-
sa ser enfa t izado aqui é a
espontaneida-
d e d a
a d o r a ç ã o d a q u e l a I g r e j a ,
b e m
como a sua constânc ia e o modo c o m o
era real izada. O texto nos diz que eles
iam dia r iamente ao templo onde perse-
veravam unidos , bem como iam de casa
em casa f azendo re fe ições em comuni-
dade,
demons t rando a legr ia
e
s ingeleza
de
coração no louvor a Deus .
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58
A Essência da Fé— Parte O que a Bíblia ensina sobre o E spírito
Santo
Percebemos duas formas de culto no
caso deles,
O
cu lto institucionalizado,
que
era no
templo aonde
ia m todos, e o
culto
de casa em casa, informal, mas que era
feito com
alegria
e
singeleza
de
coração.
Aparentemente
não
havia programas
de
culto, talvez nem mesmo hora marcada.
Era
algo
tão
natural quanto comer.
Por
isso, alguns autores ligam
o ato de
comer
com o culto, na cerimónia chamada de
Ágape, a Ceia primitiva.
Outro aspecto é a continuidade des-
sa adoração que, segundo nos relata Lucas,
era diária. Ou
seja,
para eles, o Cristia-
nismo
não era
vivido somente
nos
domin-
gos, mas era uma deliciosa e edificante
experiência diária. E um outro aspecto
dessa
adoração
é que era
alegre
e
singela.
Todo o seu m od o de viver era alegre e sin-
gelo. Eles tinham pleno conhecimento
de
que haviam recebido o melhor presente
do mundo. Outrora tinham estado per-
didos, agora salvos; antes blasfemos, ago-
ra adoradores; antes incrédulos, agora
crentes; antes tristes
3
agora felizes e com
todos os motivos do mund o para isso. Às
vezes, nossas igrejas são tristes po rq ue n os-
so s crentes são tristes. Certamente ísso
acontece porque
não
entenderam
comple-
tamente a mensagem de Jesus (falta-lhes
doutrina). Não vivem em comunhão ver-
dadeira.
Têm muíto
pouco
do
Espírito
Santo.
Por que o
culto
tem de ser
sisudo,
melancólico e triste? Alguns dizem: por-
que esse é o culto reformado. Esses nun-
ca leram do q uan to Calvíno
ficava
impres-
sionado com a alegria dos crentes da ci-
dade de Estrasburgo.1 Isso não significa
que um culto alegre é o que tem b aru lho ,
afinal, este po de ser um triste culto b a-
rulhento . Cada culto de adoração deve-
ria
ser uma
alegre celebração
d os
atos
po-
derosos
de
Deus
por
meio
de
Jesus.
Um culto alegre é aquele ern que os
crentes estão ali gratos pelo que seu Sal-
vador
fez por
eles. Sentem-se realmente
as
pessoas mais felizes
do
m u n d o ,
e por
isso
não faz a m e n o r di ferença se estão
em segurança,
ou em
meio
à
persegui-
ção; se têm alimento sobrando ou se lhes
falta
tudo;
para
eles o que importa é Je-
sus,
o Salvador que é tudo para eles. Po-
rém, essa
alegria
nunca
é
irreverente.
Ela
é singela
e
sincera.
IV CRESCIMENTO ESPIRITUAL
U ma
Igreja
que aprende é uma Igreja que
ensina. Uma igreja pode ter muitas coi-
sas: um grande número de m e m b r o s ,
cântico maravilhoso, e até mesmo um ex-
celente pregador, mas se não se preocupa
em
trazer pessoas para
a
cruz,
ela não é
um a igreja completa. Falta-lhe uma de
suas prin cip ais colunas: o crescimento por
meio da evangelização, que é uma evidên-
cia da presença do Espírito Santo.
Se prestarmos atenção
ao
texto,
ve-
remos
que não era o testemunho da Igre-
ja que pro du zia conversões, mas o Senho r
usava esse testemunho, além, é claro da
própria proclamação da Palavra, para ele
mesmo acrescentar
ao
número
dos
cren-
tes,
os que iam sendo salvos. E ele quem
realizava essa tarefa suprema. Ele acres-
1
Quanto à oração, digno de n ota é o que ele escreve em sua obra: Conc luamos
pois,
que é impossível,
tratando-se de oração pú blic a ou privada, q ue a língua sem o coração não desagrade a Deus sob remodo. Pois
na
verdade,
o coração deve estimular-se com o
fervor
do que p ensa e ir mu ito mais além do que a língua pod e
pronunciar
(...) Porque,
ainda
que
algumas vezes
as
melhores orações
se feçam sem
falar,
sucede
sem
dúvida
muitas
vezes, qu e
quando
o
afeto
do
coração está muito acendido,
a
língua
se
solta,
e os
demais membros
também; e isto sem pretensão alguma, senão espontaneam ente (João Calvlno, Institución de La
Religlân
Cristíana.
(3
20.33 .
Para
fazer
os corações dos santos
rejubilar-se,
o favor divino é o
único
sobejamente
suficiente. Q.
Calvino,
O Livro aos Salmos. São Paulo: Paracletos, 1999, Vol. 2 (SI
48.2 ,
p. 355].
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Evidências de uma igreja cheia do Espírito
Santo
centa
ao seu
corpo
os
mem bros.
Por Isso
dizemos
que o
crescimento natural
é
mais
uma evidência de uma igreja
cheía
do
Espírito Santo. Não é preciso
forçar,
não
é
preciso criar
inchaços ,
urna igreja cheia
do Espírito cresce de forma saudável.
Um
aspecto importante dessa ativi-
dade
soberana
de
Deus,
é que ele
acres-
centava e salvava. As duas coisas aconte-
ciam simultaneamente.
Não
havia
cren-
tes sem igreja, nem descrentes na igreja.
Essa
é uma das
nossas maiores deficiê nci-
as na evangelização contemporânea. Mui-
tas
vezes,
tal é o nosso apelo ao s ímpios
para que venham para a Igreja, que eles
acabam adentrando sem serem
realmen-
te convertidos. Ficam só convencidos. Por
outro
lado,
quantos crentes hoje
em dia
pre fe rem não ser
m e m b r o s
de
alguma
igreja local? Também isso
não se
encaixa
no
ensino bíblico.
Além disso, o Senhor acrescentava
os
salvos dia
a
dia .
Era uma
tarefa
ininterrupta .
E interessante que todas as
arividades deles eram diárias. Assim como
a
doutrina ,
a
comunhão
e a
adoração,
o
processo
de
evangelização também
era
perseverante, feito dia a dia . Portanto,
as
características
da Igreja
prim itiva eram
doutr ina ,
comunhão, adoração, e é claro,
crescimento natural. Essas são as quatro
colunas
da
igreja
em todas as épocas. Se
faltar
uma delas, a Igreja não será firme.
Uma Igreja cheia do Espírito evidencia
todas essas marcas.
ON USÃO
Se quisermos ser uma Igreja que segue fi-
elmente os ensinos do Novo Testamento,
voltemos então, aos princípios. Busque-
mos
incessantemente
a
instrução
medi-
ante
o
dil igente es tudo
da
Palavra
de
Deus, mas não nos
esqueçamos
da comu-
nhão que, como filhos, devemos ter com
Deus e com os irmãos. Enfatizando sem-
pre o
papel fundamental
da
oração
que é
o privilégio
único
da
Igreja
de ser ouvida
pelo Senhor
do
Universo.
E não
guarde-
mos
estas
coisas apenas para nós
mesmos,
mas
levemos adiante, pelo testemunho
de
nossa
vída
remida pelo sangue
do
cordei-
ro ,
e
abrindo nossa boca para falar
as ma-
ravilhas a
respeito daquele
que nos
cha-
mou das trevas para o reino da sua mara-
vilhosa luz. Assim, Deus fará nossa Igreja
crescer,
e seremos uma Igreja completa,
um a Igreja cheia do Espírito Santo.
PLI ÇÃO
De que
modo você pode contribuir para
desenvolver em sua c o mu n id a d e as ca-
racterísticas
de uma
igreja cheia
do Es-
pírito Santo?
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Lição 13
Texto básico; Efésios 4 1
5 21
OMO
NÃO ENTRISTE ER O ESPÍRITO
INTRODUÇÃO
Nesta lição aprenderemos como podemos
ser crentes e uma
igreja
cheios do Espíri-
to
Santo
sem
perder essa plenitude.
Esta
lícão
é
muito mais prática
do que
teoló-
gica. Em Efésios
4.30
o
apóstolo
Paulo,
inspirado pelo Espírito
Santo,
nos dá uma
pista pa ra isso. Ele diz ... não entristeçais
Espírito
de
Deus,
no
qual
fostes
sela-
dos
para
o dia da
redenção .
Quando-en^
trísrecemos
o
Espírito
nãp__podemos
dis-
por
de sua
plenitude. Nesse ponto
nos_
tornamos crentes enfraquecidos. Estuda-
remos nesta lição como não entr istece r o
Espírito
Santo que habita em nós.
l
CRENTES VAZIOS
Jesus ensinou
que o
número
dos
verda-
deiros convertidos
não é
grande: Entrai
pela
porta estreita (larga é a porta, e es-
paçoso,
o caminho que
conduz,
para a per-
dição,
e são
mui to s
os que
entram
por
ela), porq ue es tre i ta é a porta, e aperta-
do, o
caminho
que
conduz para
a
vida,
e
são poucos os que acertam com ela
(Mt
7.13,14). Esperar que, como no caso do
Brasil, esse imenso número
de
pessoas
que
frequenta igrejas evangélicas
seja
todo
de convertidos é ser demasiado crédulo e
ir
muito além
do
ensino
bíblico. Por ou-
tro lado, há verdadeiros convertidos que
não dão o testemunho que deveriam dar.
Isso
não
desculpa aqueles
que
vivem
uma
vida medíocre,
porém,
os que nasceram
de
novo perten cem a Cristo e herdarão a
vida eterna, apesar de muitas vezes, per-
manecerem como crianças
em
Cris to .
Não significa que não foram batizados
com o
Espírito Santo,
mas que
vivem
uma vida num nível bem
inferior
de en-
chimento
ao
qual
o
batismo
que
recebe-
ram
lhes poss ibi l i ta
e
mesmo exige.
Se
Paulo
disse que não deveríamos entris-
tecer o Espírito, esses crentes certamen-
te o têm
entristecido.
Outra coisa que deve ser notada é
que falhas
de
caráter podem
se r
achadas
me s mo
nos
mais consagrados .
E nem
estamos pensando aqui naquele imenso
número de pessoas que
possui
uma apa-
rência de espiritualidade, mas que são os
primeiros a cair em pecados grosseiros.
Evidentemente, muitas pessoas disfarçam
su a
vída
ím pia com uma capa de espiri-
tualidade. Percebe-se que
toda
evidência
exagerada
de
espiritualidade tende
a es-
conder um comportamento imprópr io .
Mas, estamos pensando naqueles que são
verdade i ramente consagrados . Mesmo
esses
podem cair,
o que não
significa
que
suas experiências
não
foram
válidas. É
nor-
m al lembrar aqui do rei Davi, um ho-
mem segundo o coração de
Deus
(A t
13.22). Poucos foram
tão
ín t imos
de
Deus e tão usados por ele. Mas Davi caiu
num pecado extremamente grave.
E le
a d u l t e r o u
com uma
m u l h e r chamada
Bateseba,
e
a inda p rov ide nc iou
que o
Para
ler e
meditar durante
a semana
D — J o ã o 15.26 27-0 t e s t emu n h o da verdade; S — l João 2.18-29 - O Espírito g uia à verdade;
T — l Corín tios 6.12-20 — Som os tem plo do Espírito; Q — R o m a n os 8.12-17 — P a r a vencer o
pecado; Q — Isaías 63.7-10 — O Espírito e a rebeldia; S — Tiago 4.4,5 — Ciúmes de nós;
S — l
Tessalonícenses 5.19-22
- Não
apagueis
o
Espírito
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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C o m o não entr i s tecer o Esp ír ito
61
marido dela fosse morto.
Quando
o pro-
feta Nata o confrontou de seu
pecado,
e le
orou: Cria em mim, ó Deus, um cora-
ção
puro
e
renova dentro
de mim um es-
pírito inabalável. Não me repulses da tua
presença,
nem me
retires
o teu
Santo
Es-
pír i to . Restitui-me
a
alegria
da tua
salva-
ção e sustenta-me com um espírito vo-
l u n t á r i o
(SI 51.10-12). Consciente de
que
havia entristecido
o Esp ír ito, e le
cla-
ma ao Senhor para que não deixe o Espí-
rito se retirar
dele, esvaziando-o.
É justa-
mente
com
relação
a
esse perigo
de
esva-
ziar-se que devemos estar constantemen-
te
atentos.
Não
estamos dizendo
que o
Espírito possa
se
retirar totalmente da vida
de um crente verdadeiro, mas não é
difí-
cil entristecer o Espírito dentro de nós,
por isso, devemos ser vigilantes.
II HONRANDO A S NTID DE DO
ESPÍRITO
Entr i s tecemos
ao Espírito que em nós ha-
bi ta todas as vezes que agimos de f o r m a
contrária
aos
ensinamentos
da
Palavra
de
Deus. Ele também se entristece conosco
quando caminhamos
de
modo contrário
ao propósito de Deus para nós, que é a
santificação (iTs 4.3/2Ts
2.13),
quando
as obras da carne estão cada vez mais evi-
dentes em nossa vida e o
fruto
do Espíri-
to
parece mais distante
do
nosso proce-
dimento
(Gl
5-16-26).
Se por um
lado
o
entristecimento do Espírito revela o nos-
so
pecado,
por outro, fala-nos do seu
invencível
amor,
que não se
intimida
nem
se acomoda com a nossa desobediência ,
antes
se expõe, nos
atraindo para
si em
amor. Podemos magoar
ou
irar alguém
que não nos tem afeição, m as
entristecer
podemos só a quem nos ama .
1
Portanto, a melhor forma de evitar-
mos
o entristecimento do Espírito é hon-
rando a santidade dele. Estamos tão acos-
tumados
a
dizer Espírito Santo
que
muitas vezes
nem
percebemos nesse nome
a
presença
e o
significado
do
adjetivo san-
to . A palavra
santo
não é apenas um
título do Espírito. Se o Espír i to é Santo
então,
uma
maneira
de o
entristecermos
é não honrando sua santidade. E come-
temos esse erro quando nossa própria vida
não é
santa.
A
santidade
nos
fala
de uma
vida consagrada, separada do mundo,
absolu tamente
dedicada ao Senhor. Pau-
lo
diz que o
Espírito
nos
selou para
o dia
da redenção. Esse selo nós recebemos no
instante
em que
cremos
(Ef
1.13,14),
e é
a mesma coisa
que o bat i smo com o Es-
pír i to Santo, que já estudamos. Um selo
é uma
marca
de
propriedade. Quando
um fazendeiro quer identificar o seu gado
ele coloca
nos
animais
um a
marca
a ferro.
Dessa forma, seu gado se torna diferente
do gado de outros fazendeiros, exatamen-
te porque possui sua marca. O
Espír i to
S a n t o
é a
marca
que af i rma que
somos
separados do mundo e que pertencemos
a Deus. Ele também sinaliza a garantia
de que
nada poderá fazer
com que
perca-
mos a salvação que foi conquistada para
nós na cruz. Ambas as figuras — penhor
e
selo
—
assinalam
que
pertencemos
a
Deus
e, que a
obra
que ele
mesmo ini-
ciou será plenamente cumprida em nós
(Fp 1.6).
Desta
fo rma, o penhor e o
selo do Espírito têm implicações
es cato
lógicas,
porque apontam para o fu-
turo, quando a obra do Deus Trino será
concluída em nós (IPe 1.3-9).
Objet iva
m e n t e considerando, o penhor assinala a
garantia oferecida pelo próprio Deus a
B i l l y Graham, E s p í r i to
Santo.
São
Paulo:
Vida
Nova,
1988
p.
123.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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62
A
Essência
da
Fé—Parte
— O
qiie
a
Bíblia
ensina
sobre
o Espírito
Santo
respeito de nossa salvação, tendo, como
amostragem» o p ró pr io Espírito em nós.
O penhor é da mesma essência da heran-
ça. Hoje nós já temos um a amostragem
do que será a nossa vida com Cristo, quan-
do o Espírito será tudo em todos nós, os
que cremos. Stibjetivamente temos a cer-
teza que o
Deus
on ipo ten te e fiel cum-
prirá as suas promessas, preservando-nos
até o fim.
Enquanto vivemos neste mun-
do, necessitamos de um penhor, porque
combatemos em esperança; mas
quando
a possessão mesma se manifestar, então
cessará a n ecessidade e o uso do penh or. 2
Mas, como marcados ou
selados,
devemos viver
uma
vida
de
separação
do
mundo, em busca constante pela santi-
dade que o Espír i to pode nos conceder.
Sempre
que
deixamos
de
perseguir
um a
vida
santa
estamos entristecendo o Espí-
rito
Santo. De fato através de toda espé-
cie de imaginação, cogitação ou motiva-
ção,
em
contato
com
este Espírito habi-
tante e santificante, ele é, figuradamente,
in jur iado e reduzido no coração dos fi-
lhos de Deus .3 Pela habitação do
Espíri-
to Santo em nossa vida nós somos consi-
derados templos do Espírito (lCo 6.19;
Ef 2.22). Não é errado dizer que o tem-
p lo
precisa
se r
mantido p uro
po r
causa
da
pureza daquele
que
nele habita.
A expressão entristecer vem carre-
gada de conotação de aflição e até mesmo
dor.
Isso
nos
fala também
da
pessoalidade
do Espírito Santo, pois somente alguém
pessoal poderia sentir algo assim. De
fato,
quando não vivemos vida santa, estamos
causando
um
grande crim e contra esse
Es-
píri to
tão santo e pu ro que habita em nós
e
que é a
fon te
de
todas
as
bênçãos
de
Deus
sobre
a
nossa vida.
M NTENDO UNID DE DO
ESPÍRITO
A
falta
de unidade ou de com unhão tam-
bém
en tristece o Espírito Santo,
pois
sen-
do ele .'um só Espírito3 (2.18; 4.4), a
de-
sunião também
lhe
causará tristeza .
4
E
interessante
que, na bênção apostólica, a
parte > q u e
cabe
ao
Espírito Santo
é a co-
TOaralíão. Pa ulo -diz A graça do Senh or
Jesas
Cristo, -e
o
amor
de
Deus,
e a
comu-
nhão 4o
Espírito .Santo sejam
com
todos
vós ;(2Co 13.13). O Espír i to Santo fo i
enviado para tornar a Igreja um Corpo ,
sendo
que é a sua
atuação
no
meio
da
igre-
ja que une os diferentes membros . Por
isso, quando a unidade ou a comunhão é
quebrada
o Espírito Santo é entristecido,
pois seu objetivo maior não é alcançado.
E
nossa
função mós
esforçar diligente-
imente
por,preservar a-unidade'do Espíri-
t o ' no
vínculo ;da paz (ÇBf4.3).
Devemos
nos esforçar f p o : r imanter a un idade uns
co m
o s
outros ,
pois
assim
não
estaremos
entris tecendo
o
Espírito Santo
que
habi-
ta em
nós.
No contexto próximo Paulo estava
faiando sobre o m au uso da língua: Não
saia da
vossa boca nenhuma palavra tor-
pe,
e sim
unicamente
a que for boa
para
edificação, conforme a
necessidade, e,
as-
sim,
transmita..graça
aos que ouvem (Ef
4.29) . -Mui tas
vezes<a ' fo rma
como con-
versamos • com as 'pessoas causa divisões
sérias na
igreja.
A
palavra torpe
era
usa-
da
para
1 referir-se a frutos ou mesmo ár-
vores podres. Dessa forma,
se
aplicada
a
palavras,
refere-se a palavras corruptoras.
Mas não é somente por meio de palavras
que podemos causar divisões na igreja.
Também at i tudes dire tas
ou indi re tas ,
tanto atos como omissões produzem esse
2 João Calvino, Efêsios. São Paulo:
Paraclecos,
1998, (Ef 1.14), p. 37.
3 William. Hendriksen.
Efêsios.
São Paulo: Editora Cu ltura Cristã, 1992, p. 276
4 John
Stott.
A Mensagem de
Efêsios. 41
Edição. São Paulo: Edições Vida Nova, 1994, p.
139
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Com o não entristecer o Espírito
efeito. Todas essas coisas entristecem
o
Espíri to Santo , pois
ele é o
Espíri to
da
Unidade e seu único interesse é fazer de
nós um corpo bem es t ruturado que fun-
c ione em perfei ta harmonia . Ele sabe que
dessa
f o r m a
nós
estaremos glorif icando
ao
Senhor
Jesus,
e, glorif icar
ao
Senhor,
sempre
foi a
principal atividade
do Es-
pír i to
Santo.
É impressionante ver quantas refe-
rências
existem
na
Palavra
d e
Deus sobre
a necessidade de unidade dentro da igre-
ja . E,
talvez, hoje seja esse
o
maior pro-
b lema dela. Por todos os lados vemos dis-
putas,
conflitos,
pessoas
que não se
dão .
É
es t ranho
que
mui tas delas
se
digam
cheias
do
E s p í r i t o
Santo .
Quando
o
Espíri to Santo é entristecido significa que
su a
atuação
vai
sendo resistida
(A t
7.51)
e isso é apenas um passo para que ele seja
apagado
(iTs
5.19).
Em
carta
a
Cranmer (abril
de 1552),
ressaltando a
i mp o r t â n c i a
da
un idade
da
Igreja,
a certa altura Calvino
díz:
...Es-
tando os me mb ros da Igreja dividid os, o
corpo sangra. Isso me p reo cup a tanto que,
se pudesse fazer algo, eu não me recusa-
ria
a c ruza r até dez mares, se necessário
fosse, po r essa. causa?. 5
IV PREFERINDO A VERDADE
Talvez
o
único
1
t í tulo comparável
ao
San-
to que o Espír ito possui foi o que o pró-
p r io Jesus
lhe deu (Jo
14.17; 15.26):
quando
vier,
p o r ém,
o
Espírito da verda-
de ele vos guiará a toda a verdade; por-
que não falará por si mes mo , m as d i r á
tudo o que t iver ouvido e vos anunciará
as
coisas que hão de v i r (J o 16.13). A
grande função do Espír i to da Verdade é
guiar
os crentes a
toda
verdade, e por isso
sempre que a verdade é deixada de
lado,
63
o Espírito Santo é entristecido. E m Efésios
5.25 Paulo recom endo u; ... de ixando a
ment i ra ,
fale
cada um a verdade com o
seu
próximo, po rqu e somos mem bros uns
dos
outros .
A
men t i r a
fere
a
atuação
do
Espírito
da Verdade e da U nidade em nós.
N ão devemos ment i r porque somos m em-
bros
do
mesmo
corpo, e
assim
estaríamos
men t i n do a nós mesmos. Se um m e m b r o
prejudica
o corpo, que esperanças tem ele
de não ser at ingido tam bém ? Quando não
h o n r a m o s a verdade fazemos mal a nós
mesmos
e ao Corpo de Cristo.
Sempre que a men t i ra é honrada, o
Espírito Santo é entr is tec ido. A men t i ra
é algo pró prio de Satanás, o pai da m en -
tira
(Jo
8.44).
Também por
causa
do
pecado que entrou no m u n d o a m en t i ra
se
to rnou a lgo ineren te à h uma n i da de .
Romanos 1.25 diz que os homens mu-
daram a verdade de Deus em ment i ra ,
adorando e servindo a criatura em lugar
do
Criador . Mentir
é uma das
caracte-
rísticas
mais comuns da hum anidade de-
caída, mas não deve ser da
igreja,
que se
compõe de pessoas com uma nova natu-
reza, pessoas que f or am revestidas do novo
h o m e m
e
que, portanto,
não
devem mais
viver como outrora .
Entretanto,
a
ment i ra pode
se apre-
sentar
de
mui tas formas .
Às
vezes pensa-
mos que
men t i ra
é
somente alguma his-
tória inventada para nos safarmos de al-
gum aperto.
Mas a
ment i ra pode
ter um
significado
bem
mais amplo. Sempre
que
não
damos crédito à
verdade
estamos pre-
ferindo
a
mentira.
O
simples fato
de
dei-
xar a verdade de lado já é uma posição a
favor
da mentira. Nesse sentido, a maior
manifes tação da ment i ra se faz v is ível
quando
a
Palavra
de
Deus
é
atacada.
Je-
sus
disse que a Palavra de Deus é a Ve rda-
5 Letters ofjohn
Calvin
Seleclonadas da edição B o n n e t , Edínburgo :
T he Banner
o fTruth
Trusc,
1 9 8 0
p.
132 133.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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64
A
ssência ãa Fé—Parte
—
O que a
Bíblia ensina sobre
o
spírito
Santo
de Jo 17.17)) e nós vivemos tempos em
que de
m uita s form as essa Palavra
tem
sido
a b a ndo na da . O que está em m o d a nos
dias atuais é um evangelho destituído de
Bíblia. Existe por aí um evangelho cheio
de
m e n s a g e n s
de auto-ajuda de
encora jamento , de pensamento pos i t ivo ,
de prosperidad e. Esse é um evangelho sem
cruz,
sem arrependim ento de pecado, sem
desafio
a uma
v i da santa. Esse tipo
de
pregação não está de acordo com a verda-
de e por
consequência
não
pode agradar
o Espír i to
da
Verdade, antes,
com
toda
certeza o entristece. O Espírito Santo que
in sp i rou
a Escritura é entristecido quan-
do
a Escritura não é honrada, pregada e
obedecida .
ON LUSÃO
De várias formas o Espíri to pode ser en-
tristecido,
mas
isso
acontece
especialmen-
te quando não honramos sua
santidade,
quando não nos
esforçamos
para manter
sua u n i da de
e
quando neg l igenc iamos
a
sua verdade. Tom emos cuidado , portan -
to , para que
ele
c o n t i nu e a l eg r emen t e
ag i n d o
em nós . Depois de tudo o que
aprendemos sobre
ele
neste trimestre, po-
demos praticar buscando o
enchimento ,
o bom uso dos dons reg ulado pelo amor,
e o relac ion am ento íntimo cada vez mais
forte
e
pessoal
co m
ele.
PLI ÇÃO
Como s e r v o s
d o
S e n h o r Jesus nes te
m u n d o t e m o s
u m a
missão
a
c u m p r i r :
fazer o
no me de l e h o nr a do
e
conheci-
do .
Este também
é o
m aior in teresse
do
E sp í r i t o Santo
e para essa finalidade
nos foi
da do . Devemos, por tanto hon-
rar
este Espíri to
e não
entristecê-lo
com
nossas
atitudes.
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Educação Cristã
e Publicações
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E ITOR
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EDITORES
ASSISTENTES
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Marcelo Smeeís
PRODUTORA
Rosemeire Martins
A
ESSÊNCIA
DA FÉ -
Parte
5
O que a
íblia
ensina
sobre
o
Espírito Santo
AUTORIA
DAS
LIÇÕES
Leandro
António d e
Lima
REVISÃO
Hermísten Maia Pereira da Costa
Renata
Rocha Vargas Henrique
FORMATAÇÃO
Ris
s ato
CARA
Leia Design
f
ÍN I E
1 O
Espírito Santo
no
Antigo Testamento
l
2. A
Pessoa
do Espírito
Santo ,.
6
3 A Promessa do Espírito Santo 11
4 A
Obra
do
Espírito
Santo..
15
5 O Batismo com o Espírito Santo.. 20
6 O Testemunho Interno e a Iluminação
do Espíri to
25
7 A Pleni tude do
Espí r i to
30
8. O
fruto
do Espírito Santo 35
9.
O s dons do Espírito Santo 40
10
Amor
— o dom
sup remo
45
11 O
pecado contra
o
Espírito Santo
50
12 Evidências de uma igreja cheia do
Espírito Santo
55
13 C o m o não entristecer o Espírito 60
7/21/2019 O Que a Bíblia Ensina Sobre o Espírito Santo - Lições Bíblicas Da Ipb
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Pastores
presbíteros
e
diáconos têm uma
revista?