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O QUE A SALIVA ESTÁ DIZENDO?
“Embora a saliva possa ser facilmente coletada, observa-se que médicos e dentistas raramente avaliam os padrões salivares na
rotina clínica.”
DAWES, C. Considerations in the development of Diagnostic Tests on Saliva. Ann N Y Acad Sci, p.265-269, 1993.
SALIVA
A saliva total é um complexo de secreções multiglandulares, além de ser composta de fluido gengival, células epiteliais descamadas, microrganismos, leucócitos, resíduos alimentares e sangue. Entretanto, seu maior componente é a água – 99%
(MANDEL, 1989; SAHINGUR & COHEN, 2004)
FUNÇÕES DA SALIVA
LUBRIFICAÇÃOREMINERALIZAÇÃO
DOSDENTES
NEUTRALIZAÇÃODOS
ÁCIDOS BUCAIS
PERCEPÇÃO GUSTATIVADOS
ALIMENTOSEXCREÇÃO
DETOXINAS
BALANÇO HÍDRICO
DIGESTÃO DOAMIDO
AÇÃOANTIMICROBIANA
AUTO LIMPEZADA
BOCA
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
GLÂNDULAS SALIVARES
• Glândula Parótida
• Glândula Submandibular
• Glândula Sublingual
• Glândulas salivares menores
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
TIPOS DE SECREÇÃO
•Glândula Parótida: serosa / aquosa
•Glândula Submandibular: mista (serosa + mucosa)
•Glândula Sublingual: mucosa
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
ANATOMIA / HISTOLOGIA
Sua formação embrionária se dá entre a 4° e a 12° semana (P – SM – SL – gl.menores)
GLÂNDULA PARÓTIDA• é a maior• localiza-se superficialmente ao bordo posterior do músculo masseter e do ramo ascendente da mandíbula.• ducto de Stensen se abre na altura do 2° molar superior
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR• cerca de ½ da glândula parótida• localiza-se no triângulo do pescoço (ventres anterior e posterior do músculo digástrico e bordo inferior da mandíbula)• ducto de Wharton se abre dentro do assoalho bucal via carúncula, próximo aos incisivos, na parte mais anterior da junção do freio lingual e o assoalho de boca.
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
GLÂNDULA SUBLINGUAL• é a menor (cerca de 1/5 da gl. submandibular)• localiza-se sobre a face superior do músculo miloióide no espaço sublingual.• ductos de Bartholin se abrem para dentro da região anterior do assoalho de boca sobre uma crista de mucosa, conhecida com prega sublingual.
GLÂNDULAS SALIVARES MENORES• situadas na língua, palato e mucosas bucal e labial• secreção mucosa
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
Basal – estimulada pela ativação de receptores da retina pela luz (Emmelin,N–1972)
Reflexa – estimulada pelos mecanorreceptores e quimiorreceptores. REFLEXO PERIODONTAL-PAROTIDAL (Hector&Linden-1987)
Secreção
INERVAÇÃO
S.N.A.
Simpático – secreção viscosa e não abundante
Parassimpático – secreção fluida e abundante
Ação Moduladora
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
COMPOSIÇÃO
99% água
1% mol.orgânicas grandes(proteínas,glicoproteínas e lipídios)mol.orgânicas pequenas (glicose,uréia,...)eletrólitos (amônia, bicarbonato, cálcio,...)
SREEBNY L M, VALDINI A. Xerostomia. A neglected symptom. Arch Intern Med,1987; 147:1333-7.
SALIVA NÃO ESTIMULADA
É o conjunto de secreções produzidas na ausência de estímulos exógenos, tais como o paladar e a
mastigação.
SREEBNY L M, VALDINI A. Xerostomia. A neglected symptom. Arch Intern Med,1987; 147:1333-7.
SALIVA ESTIMULADA
É a saliva secretada em resposta ao estímulo mastigatório ou gustativo, ou a outro tipo de estímulo
menos comuns como o da ativação do centro responsável pelo vômito.
SREEBNY L M, VALDINI A. Xerostomia. A neglected symptom. Arch Intern Med,1987; 147:1333-7.
FLUXO SALIVAR x SAÚDE BUCAL
•Fluxo salivar não estimulado: + importante
•A mastigação promove a remoção de restos alimentares da cavidade bucal, além de contribuir para o aumento do fluxo salivar não estimulado
ALTERAÇÕES DOS PADRÕES SALIVARES
• Hipossialia
• Assialia
• Xerostomia
1. Hipossialia
•É a diminuição do fluxo salivar
•Pode ser leve, moderada ou severa
•pH alcalino ou neutro
•Favorece o aumento da microbiota anaeróbica proteolítica
sinal
Estagnação de matéria orgânica
formação de saburra
Halitose Real(C.S.V.)
Doença Periodontal
Alteração Gustativa
Hipossialia
Disgeusia
Sinais Sintomas
Presença de Saburra
74%
11%15%
simnãoem branco
Levantamento Epidemiológico,2003, ABO dos pacientes portadores de Halitose da Clínica Oris
2. Assialia
• É a ausência de saliva
• pH ácido
• Favorece o aumento da microbiota acidogênica
sinal
•queilite angular•secura da boca, língua e lábios•lábios e língua avermelhados•língua despapilada•dificuldade de retenção de restaurações e próteses•cárie•gengivite•candidíase
•ardência da língua e mucosa•sede•perda ou alteração do paladar( gustina)•dificuldade de deglutição•desconforto durante a mastigação e para usar próteses
Assialia
Sinais Sintomas
3. Xerostomia
É a “Sensação de Boca Seca”, que pode ser resultado da assialia ou da ausência de produção de
mucina salivar.
sintoma
NEDERFORS, T. Xerostomia and hiposalivation. Adv Dent Res v.14, p. 48-56, 2000.
• 50% fluxo salivar não estimulado queixa de boca seca
•Causa: patologia que afeta + de 1 par de glândulas(provavelmente doença sistêmica)
•Dentistas e médicos raramente medem a taxa de fluxo salivar de seus pacientes
•Fluxo salivar não estimulado ≤ 0,1 ml/min
•Fluxo salivar estimulado ≤ 0,5 ml/min
•Pacientes com alto fluxo salivar podem se queixar de boca seca
Xerostomia
NEDERFORS, T. Xerostomia and hiposalivation. Adv Dent Res v.14, p. 48-56, 2000.
FATORES PROMOTORES DAS ALTERAÇÕES SALIVARES
Interferência no suprimento de metabólitosDano às glândulas salivaresFalha na transmissão neural
Redução na síntese de saliva
1.Perda de metabólitos / ÁguaDesidratação• Ingestão de água insuficiente• Perda de água através da pele (febre,queimadura,...)• Perda sangüínea• Vômito• Diarréia• Perda de água renal (Diabetes)• Desnutrição
2. Dano às glândulas salivares• Irradiação de cabeça e pescoço (radioterapia / quimioterapia)• Doença auto-imune (Síndrome de Sjögren, Lúpus Eritematoso, Artrite Reumatóide,...)• HIV• Idade (?)
3. Interferência na transmissão neural• Drogas / medicamentos• Disfunção autônoma (neuropatia ganglionar)• Condições que afetam o SNC (Alzheimer)• Desordens psicogênicas• Trauma• Decréscimo na mastigação
O que devemos abordar???
• Freqüência de ingestão de água• Ingestão de líquidos durante a refeição• Queixa de ressecamento da mucosa• Dificuldade em engolir a saliva• Alteração do paladar, etc.
1. Grau de Hidratação
Prática de esporte:
• Freqüência de ingestão de água
• Suor excessivo: perda de nutrientes
• Nível de estresse
1. Grau de Hidratação
• Fobias, manias, ansiedade, estresse, depressão, etc.
• Relacionamento social/familiar
• Mudança de comportamento
• Lazer, hobby
2. Perfil emocional
3. Drogas (medicamentos xerogênicos)
Alguns efeitos bucais e de interesse odontológico
Hipossialia; ressecamento da boca, nariz e garganta; lábios secos, rachados e descamados
Hiperssialia
Alteração nas glândulas salivares
Alteração na garganta; por deglutição; reflexo faringeano dificultando moldagens
Alteração do paladar; perda temporária do paladar
Valor Absoluto
Valor Relativo
148 36,6%
4,32%
2,5%
12,5%
13,41%
19
11
55
59
Drogas Xerogênicas
Anti - ácidos- alérgicos- convulsivos- eméticos- espasmódico- neoplásicos- hipertensivos- colinérgicos- depressivos
Diuréticos
AnoréticosAtropínicosAnalgésicos narcóticosCalmantesDescongestionantesHipnóticosHipotensoresLaxantesQuimioterápicos
3. Drogas
27%Listerine
28%Licor Amaretto
43%Wisky (Jack Daniels)
% ÁLCOOLPRODUTO
Uso de Anti-sépticos
3. Drogas
“Muitos anti-sépticos bucais, quando testados clinicamente ou em laboratório, não confirmam as propriedades e/ou especificações informadas pelo fabricante, o que pode agravar as condições de higiene bucal, em função da
falsa idéia de limpeza.”
Avaliação In Vitro de Anti-Sépticos Bucais Sobre a Microbiota da Saliva – Rev. da APCD vol. 54,n.5 set/out. 2000Dra. Mariângela Cagnoni Ribeiro – Prof. Titular da Disciplina de Microbiologia e Imunologiada Faculdade de Odontologia da PUC de Campinas.
Uso de Anti-sépticos
3. Drogas
Radioterapia / Quimioterapia / Iodoterapia
• sinais/sintomas: xerostomia, hipossialia, mucosite e disfagia
• xerostomia acontece logo no início do tratamento
• 24 horas após a administração de 225 rads, ocorre um decréscimo de 50% na produção de saliva da parótida
• com a contínua radiação, esse déficit pode chegar a 90%
3. Drogas
Radioterapia: Iodoterapia:
O I 131 provoca inflamação das glândulas salivares – sialoadenite. Sabe-se que as glândulas salivares participam do transporte da proteína Simporte Iodo de Sódio (SIS) que está presente em altas concentrações na tireóide onde sua função é transportar o iodeto para a tireóide produzir hormônio. As glândulas salivares podem acumular iodeto e sabe-se que as concentrações do iodeto salivar são maiores que as séricas.Estudos evidenciam que exposições de 100 a 300 mCi (3.7 – 11 GBq) ao I 131 foi capaz de provocar sialoadenite em poucas semanas e com duração de 2 a 3 anos.
Agency for Toxic Substances and DiseaseRegistry – USA Government.
3. Drogas
31%
69%
simnão
Levantamento Epidemiológico,2003,ABO dos pacientes portadores de Halitose da Clínica Oris
Medicamentos Xerogênicos
3. Drogas
Drogas lícitas - tabagismo
4. Hábitos sociais/culturais
Drogas lícitas - tabagismo
4. Hábitos sociais/culturais
Drogas lícitas – cafeinismo
ansiedade, irritabilidade e depressão; aumento do nível de vários hormônios no sangue associados ao estresse
4. Hábitos sociais/culturais
(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)
Drogas lícitas – alcoolismo
aumenta descamação epitelial;altera a flora intestinal;promove a sensação de saciedade;provoca distúrbios gastrointestinais que acarretam a má absorção de nutrientes;desidrata o organismo.
LIEBER, CS. Hepatic, metabolic and toxic effects of athanol. Alcohol Clin Exp Res v.15 n.4 p. 573-92, 1991.
4. Hábitos sociais/culturais
Drogas lícitas – alcoolismo
FAUSTINO, S E S; STIPP, A C M. Efeitos do alcoolismo crônico e da Desintoxicação alcóolica sobre a Glândula submandibular de ratos. Estudo morfométrico. J Appl Oral Sci 11(1): 21-26, 2003.
“ O álcool promove mudanças na saliva causando diminuição do fluxo salivar e modificações na sua
consistência, tornando-a mais viscosa.”
4. Hábitos sociais/culturais
Drogas ilícitas
O uso freqüente de maconha precipita disfunções pulmonares como tosse, dificuldade de respiração e formação excessiva de muco
4. Hábitos sociais/culturais
Tese de Doutorado: “A saliva como espécime biológico para monitorar o uso de álcool, anfetamina, metanfetamina, cocaína e maconha por motoristas profissionais” Prof. Dr. Maurício Yonamine
• Consistência
• Horário
• Qualidade
• Diet/light
5. Histórico Alimentar
6. Doenças Sistêmicas
SÍNDROME DE SJÖGREN
• A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença de caráter crônico, sistêmico e auto-imune.
(Pedersen et al., 1999; Boutsi et al., 2000)• Primeiramente envolve as glândulas exócrinas. As glândulas salivarese lacrimais são as mais atingidas.
(Al-Hashimi, 2001;Christensen et al., 2001)• Atualmente a etiologia é desconhecida. Acredita-se que seja de etiopatogenia múltipla, e tenha origem genética, imunológica, endócrina e microbiológica
• O diagnóstico é dado por uma combinação de vários exames clínicos e laboratoriais
(Tervahartiala et al., 1996)
• Pode se apresentar de 2 formas:Primária – caracterizada pela hipossalivação e queratoconjuntivite (olhos secos)Secundária – um ou ambos sintomas são acompanhados por doença auto-imune
• É a segunda doença reumatóide mais comum
• + comum em mulheres (9:1), acima de 40 anos
• Hipossalivação é observada em mais de 90% dos pacientes
BIÓPSIA
BIÓPSIA
Histológicogl.salivares – lesão linfoepitelial
Sialoadenite linfocítica Sialoadenite linfocítica Sialoadenite difusa difusa periductal focal compatível
com Síndrome de Sjögren
BIÓPSIA
Histopatológico
Meios de diagnóstico das alterações salivares
• Ectoscopia
• Anamnese
• Exames complementares
• Oroscopia
• Avaliação dos Hábitos Alimentares
• Sialometria
I. Ectoscopia
Dados do Paciente
• Profissão• Estado Civil• Peso• Pressão Arterial
II. Anamnese
III. Exames Complementares
Radiografias periapicais
III. Exames Complementares
Radiografia oclusal
Cintilografia
III. Exames Complementares
IV. Oroscopia
IV. Oroscopia
IV. Oroscopia
IV. Oroscopia
Ordenha de Glândula
IV. Oroscopia
Ordenha de Glândula
IV. Oroscopia
Ordenha de Glândula
IV. Oroscopia
IV Oroscopia – saburra lingual
Índice de saburra área
Índice de saburra espessura
IV Oroscopia – saburra lingual
0- sem saburra
4- presença de saburra em mais de 2/3 da língua.
3- presença de saburra em até 2/3 da língua
2- presença de saburra em até 1/3 da língua
1- saburra sub-clínica
Índice de saburra área
IV Oroscopia – saburra lingual
0- sem saburra
4- presença de saburra em mais de 2/3 da língua.
3- presença de saburra em até 2/3 da língua
2- presença de saburra em até 1/3 da língua
1- saburra sub-clínica
Índice de saburra área
IV Oroscopia – saburra lingual
0- sem saburra
4- presença de saburra em mais de 2/3 da língua.
3- presença de saburra em até 2/3 da língua
2- presença de saburra em até 1/3 da língua
1- saburra sub-clínica
Índice de saburra área
IV Oroscopia – saburra lingual
0- sem saburra
4- presença de saburra em mais de 2/3 da língua.
3- presença de saburra em até 2/3 da língua
2- presença de saburra em até 1/3 da língua
1- saburra sub-clínica
Índice de saburra área
IV Oroscopia – saburra lingual
0- sem saburra
4- presença de saburra em mais de 2/3 da língua.
3- presença de saburra em até 2/3 da língua
2- presença de saburra em até 1/3 da língua
1- saburra sub-clínica
Índice de saburra área
IV Oroscopia – saburra lingual
2- saburra espessa, papilas linguais sem visibilidade
1- saburra fina, papilas linguais visíveis
0- sem saburra
Índice de saburra espessura
IV Oroscopia – saburra lingual
2- saburra espessa, papilas linguais sem visibilidade
1- saburra fina, papilas linguais visíveis
0- sem saburra
Índice de saburra espessura
IV Oroscopia – saburra lingual
•Presença de saburra:
sub-clínica( ) clínica( )
•Cor:
branca( ) amarela( ) marrom( )
•Local da saburra - dorso:
posterior( ) médio( ) anterior( ) total( )
•Espessura da saburra:
papilas visíveis( ) papilas cobertas( )
IV Oroscopia – saburra lingual
Presença de Doença Periodontal
41%
59%SimNão
IV. Oroscopia
Não esquecer da avaliação periodontal!!!
IV. Oroscopia
857
758
828
7465
57
98 3 77 5 7
8 5 7 8 7 67 5
Sondagem periodontal -Cuidados necessários:
Bochechar digluconato de clorexidina por 1 minuto previamente à sondagem;Sondar 3 pontos nas faces vestibular e outros 3 na lingual ou palatina;Usar leve pressão durante a sondagem (20 g);Não sondar pacientes submetidos a tratamentos periodontaisrecentes;Não sondar pacientes com comprometimento cardiovascular sem uma cobertura antibiótica profilática.
IV. Oroscopia
DESJEJUM COLAÇÃO ALMOÇO LANCHE JANTAR CEIA
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V. Avaliação dos Hábitos Alimentares
Fatores que afetam a coleta do fluxo salivar:
Grau de hidratação Ritmo circadianoPosição do corpo Ritmo circanualExposição a luz DrogasEstimulação prévia Doenças Sistêmicas Tamanho da glândula OlfaçãoNatureza do estímulo Estímulo unilateral
VI. Sialometria
Saliva and oral health (Edgar,W.M.; O’Mullane,D.M.), 2° edição
Quantidade CorpH Qualidade
VI. Sialometria
Sialometria em repouso
Técnica•Tempo de coleta: 5 minutos•Paciente sentado•Olhos abertos•Sem conversar ou abrir a boca•Pescoço inclinado frontalmente e para baixo para favorecer o escoamento “passivo” da saliva•Sem deglutir a saliva durante o tempo de coleta
1. QUANTIDADE
VI. Sialometria
Sialometria estimulada
Técnica• Mastiga o dispositivo durante 1 minuto
sem coletar.• Tempo de coleta: 5 minutos• Paciente sentado• Olhos abertos• Sem conversar ou abrir a boca• Pescoço inclinado frontalmente e para baixo para favorecer o
escoamento “passivo” da saliva• Sem deglutir a saliva durante o tempo de coleta
1. QUANTIDADE
VI. Sialometria
O volume salivar sofre influência direta do:
• tamanho e consistência do dispositivoutilizado;
• horário da coleta;
• posição do paciente;
• ambiente;
Portanto, torna-se importante a padronização da coleta.
Sialometria estimulada– considerações:
VI. Sialometria
VALORES SIALOMÉTRICOS (repouso) :
0,0ml/min: assialia0,1 a 0,25ml/min: hipossialia0,3 a 0,4ml/min: ideal
VALORES SIALOMÉTRICOS (estimulada) :
0,0 ml/min: assialia
0,1 a 0,4ml/min: hipossialia severa
0,5 a 0,9ml/min: hipossialia moderada
1,0 a 1,4ml/min: hipossialia leve
1,5 a 2,5ml/min: ideal
acima de 2,5ml/min: hiperssialia
Sialometria
2. QUALIDADE = FIABILIDADE
VI. Sialometria
•Serosa : não forma fio
•Fluida: 2cm a 4cm
•Viscosa: ≥ 5 cm
2. QUALIDADE = FIABILIDADE
VI. Sialometria
3. pH
pH ≥6,5
VI. Sialometria
transparente turva amarelada avermelhada
4. COR
VI. Sialometria
Data Hora pH Fiabilidade Vl/min R E Cor
Fluxo Salivar Estimulado por Minuto
63%
36%1%
< ou = 1ml> que 1mlEm branco
Tratamento
I. Restabelecer a higiene local
II. Restabelecer a saúde odontológica
III. Restabelecer os padrões salivares
IV. Adequar Hábitos Alimentares / Sociais
Técnicas de Higiene Bucal
Higienista
Motivação
Individualização da Orientação
Conservar hábitos
Monitoramento
I. Restabelecer a higiene local
Materiais de Higiene Bucal Indicados
•Escovas Dentárias•Fio dental•Gaze•Super floss•Passa fio•Limpador de língua•Evidenciador•Espelho•Creme dental
•Hipoclorito de sódio•Ácido Acetil Salicílico•Bicarbonato de sódio•Peróxido de Hidrogênio•Anti-sépticos ???
I. Restabelecer a higiene local
•Visita ao profissional a cada 3 meses
•Conversar a respeito da importância da higiene bucal
•Prescrição de bochechos com flúor
I. Restabelecer a higiene local
Doença periodontal
Cárie
Endodontia (fístulas ativas)
Remoção de fatores de retenção
...
II. Restabelecer a saúde odontológica
Uso de Sialogogos
III. Restabelecer os padrões salivares
•MECÂNICO
•GUSTATIVO
•QUÍMICO
•ELÉTRICO
•Gomas de mascar
•Alimentos fibrosos
•Hiperbolóide........
III. Restabelecer os padrões salivares
A. Sialogogos Mecânicos
III. Restabelecer os padrões salivares
B. Sialogogos Gustativos
• Alimentos cítricos
• Alimentos picantes
•umebochi•cristais de gengibre (doce/salgado)•cubinhos de maçã em limão •frutas cítricas em pequenos pedaços
III. Restabelecer os padrões salivares
B. Sialogogos Gustativos
• Pilocarpina
• Cemivelina: Evoxac
• Betanecol: Liberan
Alopáticos:
C. Sialogogos Químicos
III. Restabelecer os padrões salivares
Forma líquida:Colírio-1% ou 2%
Forma de comprimidos:Salagem-5mg
Pilocarpina
III. Restabelecer os padrões salivares
C. Sialogogos Químicos
Observações Prévias:
1- histórico médico2- aferir a pressão arterial3- batimentos cardíacos4- peso corpóreo
Pilocarpina
C. Sialogogos Químicos
III. Restabelecer os padrões salivares
Contra-Indicações:
•glaucoma (> fechado)•asma brônquica•doença de Parkinson•espasmo gastro-intestinal•bradicardia•hipertensos•uso de β-bloqueadores
Pilocarpina a 2%
III. Restabelecer os padrões salivares
C. Sialogogos Químicos
Contra-Indicações:
•hipertireoidismo•Insuficiência cardíaca aguda•obstrução do trato urinário•hipertrofia de próstata•úlcera péptica•lactante•doenças obstrutivas pulmonares
C. Sialogogos Químicos
III. Restabelecer os padrões salivares
Pilocarpina
Efeitos Colaterais:
•enjôo•vômito•diarréia•sudorese•tontura•constrição da bexiga
Pilocarpina
III. Restabelecer os padrões salivares
C. Sialogogos Químicos
Efeitos Colaterais:
•alteração da pressão arterial•bradicardia•taquicardia(raro)•rinite•mal estar geral
C. Sialogogos Químicos
III. Restabelecer os padrões salivares
Pilocarpina
•Nome genérico: hidrocloreto de cemivelina•Fabricante: Daiichi Pharmaceutical CO. LTD.•Aprovada em janeiro de 2000 pela FDA para o tratamento da boca seca decorrente da Síndrome de Sjögren
Não está disponível no Brasil
III. Restabelecer os padrões salivares
C. Sialogogos Químicos
Evoxac
Contra-indicaçõesEfeitos colateraisInteração medicamentosa
As mesmas da pilocarpina
III. Restabelecer os padrões salivares
C. Sialogogos Químicos
Evoxac
•LASER - Light Amplification byStimulated Radiation
•TENS- Transcutaneous EletricNerve Stimulation
•SALIWELL
III. Restabelecer os padrões salivares
D. Sialogogos Elétricos
LASER – origem na língua inglesa, significa: Light Amplification byStimulated Radiation;
Luz gerada por uma fonte de energia, possuindo características especiais que lhe conferem propriedades terapêuticas.
III. Restabelecer os padrões salivares
D. Sialogogos Elétricos - LASER
Efeitos do laser terapêutico
•Primários ou diretos:Bioquímico, bioelétrico e bioenergético
•Secundários ou indiretos:Estimulação da microcirculação e trofismo celular
•Terapêuticos gerais:Antiálgico, antiinflamatório, antiedematoso, normalizadorcirculatório
D. Sialogogos Elétricos - LASER
III. Restabelecer os padrões salivares
Contra indicações:
- Lesões tumorais e/ou lesões sem diagnóstico;- Irradiar diretamente sobre processos altamente infectados; - Aplicações extra-orais em pacientes que usam drogas foto-sensibilizantes endógenas ( tetraciclina, griseofulvina, sulfamina e furocumarina) ou exógenas (ácido retinóico e glicólico)
Lopes, LA. Laserterapia na odontologia. Clínica odontológica integrada. V.1, n.1, 2004.
D. Sialogogos Elétricos - LASER
III. Restabelecer os padrões salivares
TENS Transcutaneous Eletric Nerve Stimulation
III. Restabelecer os padrões salivares
D. Sialogogos Elétricos - TENS
Efeitos da eletroestimulação:
• aumenta o fluxo sanguíneo;• melhora a oxigenação;• estimula a síntese de DNA e de proteínas;• aumenta a produção de ATP;• melhora o transporte da membrana citoplasmática
Vladimir Kaye, MD , Consulting Staff, Departments of Neurology and Psychiatry, HoagHospital Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation. August 26, 2005
D. Sialogogos Elétricos - TENS
III. Restabelecer os padrões salivares
Contra indicações:•pacientes que façam uso de dispositivos eletrônicos como: com marca-passo cardíaco, bomba de insulina e dreno cerebral;•pacientes epilépticos;•na região dos seios carotídeos, musculatura da laringe;•sobre feridas cutâneas, lesões malignas e osteomielites;•em locais que tenham recebido substâncias tópicas que contenham íons metálicos, por exemplo: iodo e mercúrio cromo.
III. Restabelecer os padrões salivares
D. Sialogogos Elétricos - TENS
Assuta Medical Centers-Israel Coordenador: Dr. Andy Wolff
Aparelho removível- Dentista molda e encaminha para confecção.
Bateria recarregável 1 x ao ano pela empresa, que instala uma nova e oferece serviço permanente.
D. Sialogogos Elétricos - SALIWELL
III. Restabelecer os padrões salivares
Assuta Medical Centers-Israel Coordenador: Dr. Andy Wolff
•Instalado na região de terceiro molar;
•Envia, através de um chip, corrente elétrica de baixa intensidade, que irá estimular os nervos das glândulas salivares promovendo a secreção salivar;
•200 experimentos, confirmam ausência de efeitos colaterais.
D. Sialogogos Elétricos - SALIWELL
III. Restabelecer os padrões salivares
Assuta Medical Centers-Israel Coordenador: Dr. Andy Wolff
•dar preferência aos alimentos fibrosos e detergentes como: maçã, laranja, abacaxi, cenoura;
•diminuir o consumo, bebidas alcoólicas, cigarro, café, chápreto...
•evitar o excesso de leite e seus derivados (dê preferência aos desnatados);
•incluir sempre que possível verdura, vegetais;
•consumir alimentos ricos em vitaminas A, B, C e D.
IV. Adequar hábitos alimentares / sociais
•Faça exercícios aeróbicos;
•Hidrate seu organismo;
•Se exponha ao sol durante 10 a 15 minutos, pelo menos 2x/semana;
•Diminua o consumo de drogas lícitas;
•Elimine o consumo de drogas ilícitas –grupo de apoio.
IV. Adequar hábitos alimentares / sociais
Dentistas devem adotar como exame de rotina a sialometria, medindo o fluxo salivar não estimulado de seus pacientes em intervalos apropriados, de modo a servir de base para futuras comparações.
Conclusão
Esta aula estará disponível nos sites :
www.halito.com.br www.saliva.com.br
O grupo Oris agradece o convite!!!!!!
Celi VieiraBeatriz AlhanatiCristiani FioriAna Carolina HelfenstensFernanda de Paula
contato: [email protected]